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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ........................................................................................ 4

1 CONCEITO ........................................................................................ 5

2 ARQUITETURA ANTIGA ................................................................... 6

2.1 Arquitetura Rupestre ................................................................... 6

2.2 Arquitetura do Neolítico ............................................................... 7

2.3 Arquitetura Egípcia ...................................................................... 9

2.4 Arquitetura Assíria ..................................................................... 10

2.5 Arquitetura Babilónica ............................................................... 11

2.6 Arquitetura Etrusca .................................................................... 13

2.7 Arquitetura Minóica ................................................................... 15

2.8 Arquitetura Micênica .................................................................. 17

2.9 Arquitetura Persa ...................................................................... 18

2.10 Arquitetura Suméria ............................................................... 19

3 ARQUITETURA CLÁSSICA............................................................. 20

3.1 Arquitetura Clássica Grega ....................................................... 21

3.2 Arquitetura Clássica Romana .................................................... 22

3.3 Arquitetura Paleocristã .............................................................. 24

4 ARQUITETURA MEDIEVAL ............................................................ 25

4.1 Arquitetura Bizantina ................................................................. 27

4.2 Arquitetura Mourisca ................................................................. 28

4.3 Arquitetura Islâmica ................................................................... 29

4.4 Arquitetura Românica ................................................................ 31

4.5 Arquitetura Gótica ..................................................................... 32

4.6 Arquitetura Estilo Tudor ............................................................. 33

5 APÓS O RENASCIMENTO ............................................................. 34

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5.1 Estilo manuelino ........................................................................ 34

5.2 Estilo Barroco ............................................................................ 35

5.3 Palladianismo ............................................................................ 35

5.4 Arquitetura Rococó .................................................................... 36

5.5 Arquitetura Georgiana ............................................................... 37

5.6 Arquitetura Historicista .............................................................. 37

5.7 École des Beaux-Arts ................................................................ 38

6 ARQUITETURA MODERNA ............................................................ 39

7 ARQUITETURA PÓS-MODERNA ................................................... 44

8 ARQUITETURA CONTEMPORÂNEA ............................................. 46

9 ESTILOS ARQUITETÔNICOS MAIS MARCANTES NO BRASIL ... 48

9.1 Maneirismo ................................................................................ 48

9.2 Barroco e Rococó ...................................................................... 48

9.3 Neoclassicismo ......................................................................... 49

9.4 Ecletismo ................................................................................... 49

9.5 Neogótico .................................................................................. 49

9.6 Neocolonial................................................................................ 49

9.7 Modernista................................................................................. 49

9.8 Contemporâneo ......................................................................... 50

BIBLIOGRAFIA ...................................................................................... 51

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INTRODUÇÃO

Prezado aluno,

O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é


semelhante ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase
improvável - um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao
professor e fazer uma pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o
tema tratado. O comum é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos
ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não
hesite em perguntar, as perguntas poderão ser direcionadas ao protocolo de
atendimento que serão respondidas em tempo hábil.
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da
nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à
execução das avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da
semana e a hora que lhe convier para isso.
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser
seguida e prazos definidos para as atividades.

Bons estudos!

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1 CONCEITO

Estilo arquitetônico é uma expressão utilizada com o fim de classificar


períodos da história da arquitetura de acordo com suas caraterísticas formais,
técnicas e materiais.
Este esforço de classificação tem, por vezes, resultados um pouco
arbitrários: é, no entanto, unânime a consideração de que existem caraterísticas
comuns nas obras de arquitetos de tenham trabalhado na mesma época, na
mesma região geográfica ou, simplesmente, quando têm conhecimento dos
trabalhos desenvolvidos pelos outros – as chamadas “influências” na obra
individual de cada criador. Professor Fernando Araújo de Camargo

Fonte: pt.wikipedia.org

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2 ARQUITETURA ANTIGA

À medida que as comunidades humanas evoluíam e aumentavam,


acometidas pelas ameaças bélicas constantes, a primeira modalidade
arquitetônica a se desenvolver foi essencialmente a militar.
A humanidade confrontava-se com um mundo povoado de deuses vivos,
gênios e demónios: um mundo que ainda não conhecia nenhuma objetividade
científica. O modo como os indivíduos lidavam com a transformação de
seu ambiente imediato era então bastante influenciado pelas suas crenças.
Muitos aspectos da vida cotidiana estavam baseados no respeito ou na adoração
ao divino e ao supernatural. O poder divino, portanto, equiparava-se (ou mesmo
superava) o poder secular, fazendo com que os principais edifícios das cidades
fossem os palácios e os templos. Esta importância fazia com que a figura do
arquiteto estivesse associada aos sacerdotes ou aos próprios governantes e a
execução dos edifícios era acompanhada por diversos rituais que simbolizavam
o contato do Homem com o divino.
As cidades marcavam uma interrupção da natureza selvagem,
consideradas o espaço sagrado em meio natural. Da mesma forma, os templos
dentro das cidades marcavam a morada dos deuses em meio ao ambiente
humano.

2.1 Arquitetura Rupestre

A arquitetura rupestre foi a primeira a surgir. Porém, só teve início quando


o homem passou a ter o corpo ereto. Os materiais variavam muito. Tanto para
fazer armas, construir e principalmente, pintar. Há evidências singulares que a
necessidade de fazer situações serem gravadas cresceu conforme
a inteligência do homem. Existem três tipos de arquitetura rupestre:

Dólmens

Um dólmen é um monumento do período neolítico, de forma circular ou


poligonal, formado por duas ou mais pedras verticais e onde assenta uma grande
pedra, formando assim uma espécie de abrigo. Muito se tem especulado sobre

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a utilidade de tal construção, mas sabe-se que praticamente em todas elas
apareceram restos de esqueletos e utensílios usados na época, deduzindo-se
então que funcionaria como túmulo.

Menires

Também denominado perafita, é um monumento pré-histórico de pedra,


cravado verticalmente no solo, às vezes de tamanho bem elevado.

Cromlech

Cromlech, são menires e Dólmens organizados em um ou vários círculos,


elipses, retângulos, em semicírculos ou estruturas ainda mais complexas como
o Cromlech dos emendes, sendo o mais famoso de Stonehenge, na Inglaterra.
Estão associados ao culto dos astros e da natureza, sendo considerados um
local de rituais religiosos e de encontro tribal, logo depois serviram também de
abrigo e cemitério.

Fonte: kultura.ejgv.euskadi.eus

2.2 Arquitetura do Neolítico

Apesar de rudimentares, os monumentos megalíticos são considerados a


primeira forma de arquitetura monumental realizada pelo homem. A cultura
megalítica, que se desenvolve entre 5000 e 3000 a.C., é a primeira expressão

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da vontade e da necessidade das sociedades conceberem e organizarem os
espaços e os lugares, não só em termos físicos, como também em termos
simbólicos. Os monumentos mais importantes e característicos da arquitetura
neolítica foram as construções paralíticas e as megalíticas. As construções
palafitas são habitações rústicas de madeira, reunidas em verdadeiras cidades
erguidas sobre pilotis, estacas resistentes e profundamente enterradas no fundo
dos lagos ou às margens de rios, em várias regiões da terra.
Os monumentos megalíticos são enormes construções de pedra
toscamente lavrada, que assumem formas e disposições diversas e recebem
denominações de menir, alinhamento, cromleques e dolmen.

Como principais tipos de monumentos megalíticos temos:

Menir
Que consiste num megálito, coluna rudimentar, erguida em direcção ao
céu, sendo muitas vezes trabalhado de modo a apresentar uma configuração
cilíndrica ou cónica, associada à forma fálica. Na sua origem, admite-se estar
uma manifestação ritual à vitalidade e à fertilidade da terra ou, pela sua forma
fálica, uma evocação à fecundidade.

Alinhamento
Designação dada a um agrupamento de menires organizado em linha
recta.

Cromeleque
Designação dada a um agrupamento de menires organizado em círculo.
Os cromeleques acentuam a ideia de recinto sagrado ou lugar de culto. Alguns
podem estar relacionados com a astronomia e o estudo de fenómenos celestes.
Stonehenge é o maior, o mais complexo e o mais característico monumento
megalítico edificado pelo homem.

Anta ou Dólmen:

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Construções megalíticas formadas por pedras colocadas na vertical sobre
as quais assenta uma laje formando uma câmara circular que serviriam como
locais de enterramento ou de culto ligado à morte.

Fonte: resumoescolar.com.br

2.3 Arquitetura Egípcia

Os egípcios demonstram nas suas manifestações artísticas uma profunda


religiosidade, dando um caráter monumental aos templos e às construções
mortuárias, notabilizando-se entre elas as pirâmides, construídas de pedra,
quando todas as comunidades ao longo do rio Nilo são unificadas em um
único Império (cerca de 3.200 a.C.).
As construções mais importantes para os egípcios eram aquelas
destinadas a uso religioso. Por isso, os edifícios civis recebiam menos atenção
e neles eram empregados materiais menos duráveis. Os construtores
procuravam adaptar os seus edifícios às condições do meio ambiente, dando-
lhes uma aparência de grandiosidade, através da amplitude das dimensões. As
grandes manifestações da arquitetura egípcia foram os magníficos templos
religiosos, as pirâmides, os hipogeus e as mastabas.
A primeira pirâmide, "pirâmide de degraus", é construída pelo
arquiteto Imhotep, como tumba de Djoser, fundador da III dinastia,
em Saqqarah. A chamada pirâmide de degraus não passa, na realidade, de uma
construção constituída de túmulos primitivos (mastabas), cujas formas se

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assemelhavam a um tronco de pirâmide, que continuaram a ser construídas para
tumbas de nobres e outros grandes funcionários do Estado. As pirâmides mais
conhecidas são Quéops, Quéfren e Miquerinos, da IV dinastia, já com a forma
geométrica que conhecemos, apontadas pelo poeta grego Antípatro no século II
a.C. como uma das sete maravilhas do mundo antigo. E no Egito também era
muito usado vasos para colocar os órgãos.
Os tipos de colunas egípcias são divididos conforme seu capitel. A ordem
protodórica marca sob o Antigo Império a transição entre o pilar e a coluna:
 Palmiforme – inspirada na palmeira branca;
 Papiriforme - flores de papiro. O fuste da coluna papiriforme é
igualmente fasciculado, desta vez em arestas vivas. Quando as
umbrelas estão abertas, o capitel é chamado de campaniforme;
 Lotiforme – capitel representa um ramo de lótus com corolas
fechadas e o fuste reproduz vários caules atados por um laço.
Os templos são características das monarquias média e recente.
Apresentam forma tripartida: pátio colunado, salas hipostilas e santuários.
Podem ser aparentes, semi-enterrados (hemispasmos) ou nos subterrâneos
(spéus).
Os fatores geográficos para essas construções eram essenciais, no
entanto, para a garantia da vida após a morte do faraó e pessoas importantes do
reino. A localização privilegiada no vale do rio Nilo, com terras altamente férteis,
devido às cheias anuais do rio, cercado por desertos e montanhas de pedra,
também colaboraram para o recolhimento e lapidação das pedras das pirâmides.
Dos palácios e resilmeira na arquitetura civil.

2.4 Arquitetura Assíria

A arte assíria genuína teve sua época fulgurante no período neoassírio ou


período assírio tardio (1000-612 a.C.). Com Assurbanipal II, que converteu a
cidade de Nimrud (antiga Calah da Bíblia) em capital militar. Dentro de seus
muros, encontravam-se a cidadela e as principais construções reais, como o
palácio do noroeste, decorado com esculturas em relevo. Sargon II, que reinou
entre 722 e 705 a.C., criou uma cidade de planta nova, Dur Sharrukin (atual
Jorsabad), que estava rodeada por uma muralha com sete portas, três delas

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decoradas com relevos e tijolos vitrificados. No interior, erguia-se o palácio de
Sargon, um grande templo, as residências e os templos menores. Seu filho e
sucessor, Senaqueribe, que reinou entre os anos de 705 e 681 a.C., mudou a
capital para Nínive, onde construiu seu próprio palácio, o qual denominou
"palácio sem rival". Os assírios adornaram seus palácios com magníficos relevos
esculturais.
A arte dos entalhadores de selos do último período assírio é uma
combinação de realismo e mitologia. Mesmo nas cenas naturalistas, aparecem
símbolos dos deuses. Datam desse período, em Nimrud e em Jorsabad,
fabulosas esculturas de marfim. Na primeira, foram econtradas milhares de
pequenas figuras de elefantes, que manifestam uma grande variedade de
estilos. A arte assíria genuína teve sua época fulgurante no período neoassírio
ou período assírio tardio (1000-612 a.C.). Com Assurbanipal II, que converteu a
cidade de Nimrud (antiga Calah da Bíblia) em capital militar. Dentro de seus
muros, encontravam-se a cidadela e as principais construções reais, como o
palácio do noroeste, decorado com esculturas em relevo. Sargon II, que reinou
entre 722 e 705 a.C., criou uma cidade de planta nova, Dur Sharrukin (atual
Jorsabad), que estava rodeada por uma muralha com sete portas, três delas
decoradas com relevos e tijolos vitrificados. No interior, erguia-se o palácio de
Sargon, um grande templo, as residências e os templos menores. Seu filho e
sucessor, Senaqueribe, que reinou entre os anos de 705 e 681 a.C., mudou a
capital para Nínive, onde construiu seu próprio palácio, o qual denominou
"palácio sem rival". Os assírios adornaram seus palácios com magníficos relevos
esculturais.

2.5 Arquitetura Babilónica

Para melhor compreender a arte babilônica é preciso remontar à origem


dessa antiga civilização. Descobrir um povo como os sumérios, misterioso e ao
mesmo tempo fascinante, através de vestígios deixados pelo tempo, propiciou
aos historiadores da arte investigar os ancestrais da Babilônia, ou melhor, suas
raízes. Esta cultura desenvolveu-se em um antigo reino, o do Oriente Próximo.
Sua capital era justamente a Babilônia, localizada próxima à cidade de Al Hillah,
no Iraque.

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Não se sabe exatamente quando ela foi fundada, calcula-se que tenha
sido por volta do quarto milênio a.C. No século XVIII a.C. ela já era o núcleo de
um amplo império, durante o reinado de Hamurabi. A arte suméria foi fonte de
inspiração da sua produção artística pelo menos sob a primeira dinastia.
Posteriormente a Babilônia foi dominada por outras culturas e no período de 722
a 626 a.C. permaneceu refém dos assírios. Após a derrota deste povo, a
civilização babilônica atingiu seu apogeu, depois da reconstrução da cidade por
Nabucodonosor II, que reinou de 605 a 562 a.C. e transformou a Babilônia em
uma das maiores cidades da Antiguidade. Possivelmente ele foi o responsável
pela construção dos conhecidos Jardins Suspensos da Babilônia – terraços
elevados, irrigados pelas águas do Rio Eufrates.
Outra preciosidade babilônica são os “animais-humanos”, principalmente
leões com asas de águia. Este leão alado, muito encontrados nos objetos
artísticos, é um verdadeiro símbolo deste povo. Eles são vistos com frequência,
nas pinturas, em combate com o deus protetor da cidade, Marduque. Alguns
profetas associam o Rei Nabucodonosor com imagens semelhantes. O leão, rei
dos animais, e a águia, que governa os pássaros, simbolizam o apogeu do
império babilônico, o poder e a glória. Os “animais-humanos” são assim
chamados porque, no Antigo Testamento, no qual são muito mencionados, eles
são descritos como entes fantásticos com expressões humanas e corpos de
animais. Muitas passagens abordam estas figuras, também conhecidas como
“quatro gênios”. O aventureiro Henry Layard, ao analisar esta região, encontrou
a primeira destas estátuas, construídas há milhares de anos. Foi necessário
recorrer ao esforço de mais de trezentos homens para erguê-la do veículo no
qual havia sido transportada, tamanha a sua grandiosidade.
A relação entre as citações da Bíblia e estas descobertas revelam que
estas obras detinham um profundo significado para esses povos ancestrais, mas
não há um consenso sobre ele. Alguns afirmam que estes seres eram deuses
dos assírios, portanto protegiam os palácios reais. Outros pesquisadores
asseveram que as estátuas são mais antigas e talvez remontem às construções
dos sumerianos, assumindo assim um teor espiritual.
A arquitetura babilônica tem sua melhor definição na observação da Porta
de Ishtar, edificada provavelmente em 575 a.C., uma imponente estrutura de
tijolos recoberta de esmalte, a mais majestosa das oito portas que eram usadas

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como entrada para a Babilônia. Ela hoje se encontra no Museu Staatliche, na ex-
Berlim Oriental. Os Jardins Suspensos também são um exemplo da riqueza
arquitetônica característica desta cultura. Alguns dizem que foram construídos
para consolar a esposa dileta de Nabucodonosor II, Amitis, saudosa de sua terra
natal, a Média. Infelizmente, não resta nenhum sinal concreto dos jardins. Eles
são conhecidos através das detalhadas descrições de historiadores gregos,
como Berossus e Diodorus, embora também estes não os tenham visto
pessoalmente. Arqueólogos trabalham incansavelmente para encontrar
vestígios que indiquem efetivamente sua localização.
Outra construção característica deste povo são os zigurates, templos
edificados no alto de uma torre de tijolos. O acesso se dá por meio de uma
rampa, que aparenta pisos cada vez menores. Eles são igualmente conhecidos
como Torre de Babel, presente no Gênesis e nele utilizada como símbolo para
explicar a origem das diversas línguas e raças existentes. Na Bíblia, ela é
definida como uma concepção humana urdida para se atingir o céu, ou seja, sua
construção era uma forma de assumir poderes divinos. Assim, o Homem é
punido por sua pretensão – Deus confunde as linguagens, para que cada um
fale uma língua diferente, ninguém mais se entende a partir desse momento e
seus construtores são disseminados pelo mundo.

2.6 Arquitetura Etrusca

A arte etrusca designa aquela realizada pela antiga civilização dos


etruscos, que se desenvolveu a partir do século VII a.C. A arte etrusca foi
inspirada nos modelos da arte oriental, egípcia, fenícia, assíria e grega e possui
um estilo único e inovador.
Os Etruscos são um dos povos da antiguidade que habitaram a península
itálica. Eles representaram uma civilização muito avançada para a época, os
quais influenciaram diversos povos, inclusive os romanos.
Assim, o florescimento da civilização etrusca foi essencial para o
desenvolvimento de Roma antes da chegada dos romanos. Eles foram os
primeiros a construírem uma muralha para proteger a cidade de Roma.
Na arte, os etruscos se destacaram no artesanato, pintura, escultura e
arquitetura. Os principais materiais utilizados eram o barro, terracota, argila,

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pedras, madeira, mármore, ouro e marfim. Além disso, eles dominavam as
técnicas de fundição de metais e, portanto, desenvolveram diversos objetos de
ferro e bronze.
Uma das importantes características da arte etrusca deve-se ao
desenvolvimento do artesanato, uma vez que os etruscos foram grandes
artesãos. Vasos, potes, jarros, caixas e joias em ouro, prata e marfim fazem parte
do artesanato etrusco, as quais eram utilizadas e também comercializadas.
Os afrescos, realizados em cores vivas (vermelho, amarelo, azul, ocre,
branco, preto) e de caráter plano (bidimensional, sem perspectiva), foram as
principais pinturas da civilização etrusca. Surgiam nos templos e túmulos e
possuíam um caráter bastante realista com figuras de homens, mulheres,
animais, objetos e vegetação.
A pintura etrusca apresentava simetria e movimento e fazia parte do
imaginário de eternidade ou da vida após a morte. Por esse motivo, muitas
figuras aparecem em estado reflexão bem como em contextos festivos (danças,
banquetes, ritos funerários), de luta e temas mitológicos.
Uma das principais características das esculturas etruscas é o realismo.
Geralmente eram feitas em pedra, bronze, terracota, barro e argila. A arte
funerária e religiosa foram uma das importantes características da arte etrusca.
Os túmulos eram formados por bustos e esculturas em tamanho real e
geralmente possuíam relevo. Essas esculturas faziam referência ao falecido.
As câmaras funerárias reuniam aspectos da arquitetura, escultura e
pintura etrusca. Merecem destaque o “Sarcófago dos Esposos” e o “Sarcófago
de Cerveteri”, ambos produzidos em terracota, donde surge a imagem de uma
mulher e um homem reclinados numa suposta cama.
Além disso, as esculturas etruscas zoomórficas de caráter naturalista
representavam animais mitológicos, geralmente esculpidos em bronze.
Merecem destaque a “Quimera de Arezzo” e a “Loba Capitolina”.
Necrópoles, templos, palácios, edifícios públicos, aquedutos, pontes,
muralhas, portais, túneis, pontes e estradas são as grandes construções
arquitetônicas da civilização etrusca. Note que as cidades-estados da Etrúria
seguiram um padrão quadriculado, nunca visto antes pelas civilizações antigas
da Europa.

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O arco e a abóboda, geralmente feito em pedra e madeira, são as duas
características mais importantes que os etruscos introduziram na arquitetura
urbanística. As casas eram simples e feitas geralmente de tijolo e barro.
Os templos, normalmente em formato quadrangular e de pequenas
dimensões, eram construídos no local mais alto e por isso, fora das cidades.
Dentro dos templos eram reunidas diversas pinturas e esculturas, local onde
eram realizados diversos rituais para as divindades.

Fonte: todamateria.com.br

2.7 Arquitetura Minóica

A única contribuição da civilização minóica para arquitectura europeia é


possivelmente mais evidente nas estruturas dos principais centros de Knossos,
Festos, Malia e Zakros minóica grande palácio. Talvez influenciado pelo Egito e
o Oriente próximo e evoluindo através dos túmulos monumentais do anterior
período, esses magníficos edifícios, construídos a partir de c. 2000 A.C.-c. 1500
A.C., na época que, em Cnossos, pelo menos, eles podem até ter sido a fonte
original do mito do labirinto eram tão complexo e em frente a tal ponto dos
padrões arquitetônicos , tal teria sido seu efeito sobre o visitante ocasional.
Enquanto a palavra "palácio" é comumente usada para se referir a estes
centros minóico, um deve ser cauteloso em conotações modernas tais como
'político' e 'poder centralizado' que a palavra 'Palácio' implica. Os complexos

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minóico eram grandes e bem equipados, incluía grandes áreas públicas e tinha
revistas de armazenamento extensivo, mas a evidência arqueológica é,
actualmente, não é suficientemente conclusivo afirmar com certeza que esses
palácios eram o assento de um governante religioso/político central ou o corpo
governante. No entanto, é justo dizer que a presença de um grande número de
selos, tablet archives, pithoi e ânforas e o espaço dedicado à armazenagem
(mais de um terço do site) gostaria de sugerir que os palácios eram o centro de
uma espécie de comércio centralizado e comerciais, tanto locais como
estrangeiros. Além disso, o esplendor dos edifícios e tamanho muito gostaria de
sugerir a necessidade para um determinado planejamento centralizado, artesão
e organização de materiais.
A característica marcante dos palácios monumentais minóica é seu
tamanho geral, abrangendo vários mil metros quadrados.
A característica marcante dos palácios monumentais é seu tamanho geral,
abrangendo vários mil metros quadrados. Também impressionante é a sua
altura; atingindo quatro andares em algumas partes. Outra característica era a
relativa pequenez das salas individuais dentro do palácio. Estes quartos foram
frequentemente multi-funcional como corredores, entradas e saídas, passagens
de ar ou luz-poços, outra inovação minóica. Infelizmente, a escassez de achados
arqueológicos tornou difícil determinar a função exata de muitos dos quartos. Por
exemplo, as pequenas salas afundadas ou 'bacias lustral', que estavam abaixo
do nível do piso e atingido por uma escadaria angular, são muito discutidas
quanto à sua função original. As presenças de chifres sagrados podem sugerir
uma finalidade ritual, mas é falta de evidências mais concretas.
Fechado ou aberto por meio de portas de madeira que podem ser definidas volta
em recessos das paredes, os quartos dos palácios podem ser arranjados em
muitas maneiras diferentes. Este layout labiríntico foi talvez aumentou a natureza
evolutiva do desenvolvimento do palácio, construído a partir de para fora de
centro. Um outro efeito disto era que o visitante teria de viajar através de muitas
voltas e voltas antes de finalmente chegar ao tribunal central impressionante, o
ponto focal de todo o complexo, construído em 2:1 proporções e orientado norte-
sul.
Apesar do layout estrutural aparentemente aleatório e confuso, é possível
observar um certo grau de estrutura organizacional e repetitiva nos palácios

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diferentes. Leste e ou oestes asas geralmente contidos grandes salões, menores
e às vezes afundados quartos eram frequentemente perto de áreas de
armazenamento, que muitas vezes foram localizadas na ala ocidental. Luz-
poços eram geralmente de um lado os quartos menores e no centro dos mais
longo, retangular. Sempre houve entradas principais e subsidiárias e um interior
existe uma câmara (Colunada) na ala norte. Em contraste, alguns recursos não
são compartilhados entre os locais, por exemplo, a 'sala do trono' exclusivo para
Knossos ou as piscinas de pedra circulares de Zakros.

2.8 Arquitetura Micênica

A arte ou micênica refere-se à arte dos aqueus, um povo que se


estabeleceu na costa sudoeste da Grécia entre aproximadamente 1600 e 1100
a.C., no período final da Idade do Bronze. Os seus habitantes formam vários
núcleos agrupados em torno de palácios, sendo o centro mais importante o
de Micenas, nome que cunha a Civilização Micénica. A sua produção artística
recebe diversas influências sendo a da Civilização Minoica (Creta) a mais
evidenciada. Do Antigo Egito recebem também influência relacionada com o
culto dos mortos, nomeadamente no que diz respeito à construção de câmaras
funerárias em pedra.
Deste período são de referir o primoroso trabalho em metal e
a joalharia que recebem grande herança minoica no tratamento formal e na
técnica, se é que não terão mesmo sido produzidos por artesãos vindos de Creta.
Os mais relevantes achados arqueológicos originam das câmaras funerárias
descobertas em 1876 em Micenas por Heinrich Schliemann, onde se
englobam punhais com incrustações, ornamentos para
indumentária, diademas e as famosas máscaras funerárias em ouro que
serviam para cobrir o rosto do falecido, a mais famosa é a erroneamente
atribuída ao rei Agamémnon.
No repertório formal dominam, em geral, cenas de caça e a representação
de animais como golfinhos, cobras, pássaros, touros principalmente felinos é
regra aparecerem com as patas dianteiras e traseiras esticadas, símbolo de
movimento. Também são comuns elementos da flora marítima e a espiral,
elemento decorativo muito usado, mesmo associado à arquitetura.

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A escultura não é comum, sendo possível que alguma produção
em madeira tenha desaparecido com o tempo. No entanto são
conhecidas terracotas representando deusas do lar. A escultura pode também
aparecer associada à arquitetura, como no caso da Porta dos Leões em
Micenas, onde se vêm dois leões virados para uma coluna micénica inseridos
na muralha defensiva. Neste exemplo são notórias semelhanças com a tradição
da escultura mesopotâmica pela imponência e severidade formal.
Contrariamente à arquitetura minoica, a micénica possui um forte sentido
militar onde se observam fortalezas rodeadas de muralhas edificadas em pedra
com grande precisão. O palácio divide-se em três áreas simples; um pórtico com
duas colunas leva à antecâmara que antecede a grande sala de audiências,
retangular e com quatro colunas a envolver uma lareira central circular.
Afrescos micênicos foram encontrados em palácios, em cidades como tais
como Tirinto e Pilo. Eles represetam o que pode ter sido um grande ciclo mural.
Entre os temas destes murais estavam cenas do cotidiano e descrições do
mundo natural. A arte, em comparação com a dos minóicos, era solene.
A arte micênica e a arte minoica formam as ancestrais da arte grega.

2.9 Arquitetura Persa

A arte persa recebeu grande contribuição dos estilos mesopotâmicos e


egípcios. A arquitetura persa teve, contudo, caráter bastante original na
harmoniosa combinação dos elementos estrangeiros, no luxo da decoração e na
grandiosidade das estruturas, porém não podemos considerar a arquitetura
persa como uma arte popular. A arquitetura persa foi, sobretudo, uma criação
dos reis para a sua própria exaltação. Um exemplo de tamanha glorificação é a
cidade de Persépolis, hoje Irã, construída em 520 a.C., que foi uma das grandes
capitais do Império Persa.
A existência de cidades como Pasárgada e Susa demonstraram
claramente – através dos seus imensos palácios e de seus salões magníficos
sustentados por colunas de estilo extremamente original, e pelos capitéis com
motivos baseados em cabeças de cavalo, águia ou touro – a arte dos grandes
soberanos persas. As grandes construções continham revestimento de ladrilhos
esmaltados em tonalidades vivas que geraram grande efeito ornamental. O

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bronze marchetado era usado nas portas. O ouro e a prata foram também
cuidadosamente trabalhados.
A escultura persa era acentuadamente assíria. O mais famoso relevo é o
de Behistum, rocha gigantesca de 456 metros de altura, coberta de inscrições e
entalhes que narram episódios da história persa.
Dadas as concepções religiosas do zoroastrismo (religião monoteísta
fundada pelo profeta Zaratustra) não houve uma arquitetura religiosa na Pérsia,
porém, em diversas partes do atual Irã, ainda são encontradas mesas de pedra
chamadas de lugares de fogo que foram antigos altares do culto zoroástrico.
Mais tarde, a arte persa sofreu forte influência grega, sobretudo após a conquista
de Alexandre Magno, quando o rígido esquematismo das representações do
corpo humano foi substituído pela liberdade plástica helênica.

Fonte: brasilescola.uol.com.br

2.10 Arquitetura Suméria

A arquitetura suméria difere da arquitetura egípcia pelo exclusivoempreg


o de tijolo, pois a região era muito pobre em pedra. Das muitasestruturas arquit
etónicas erguidas por esta civilização, sobreviveramalguns setores urbanos, u

19
m conjunto de necrópoles e de templos degrande dimensão, chamados Zigurat
es.
Na Súmeria cada, cidade-estado tinha o seu Deus, constituindo uma
obrigação do seu rei, enquanto representante terrestre desse deusprotetor, a c
onstrução de um local de culto para sua veneração. Estestemplos, que primitiv
amente eram pequenas estruturas com forma oval, transformaram-se mais
tarde em grandes edifícios, construídos em tijolos de argila, secos ao sol.
Com plantas regulares, de base quadrada ouretangular, eram constituíd
os por plataformas elevadas, que formavamtorres, sobre as quais se erguiam
santuários. De entre estas construções destaca-se o Zigurate de Ur-Nammu
o rei fundador da IIIdinastia de Ur, cerca de 2100 a. C. Formado por uma série
de terraçossobrepostos (que de certa forma recordam as pirâmides em degrau
s daarte egípcia), aos quais se acedia por rampas ou vastas escadarias, estete
mplo apresenta paredes maciças que são ritmadas por saliências e reforçadas
por torres.
Contrariamente aos templos que alcançaram um desenvolvimento tecno-
construtivo e formal, os túmulos Sumérios, geralmente enterrados e abobadado
s no interior, são destituídos de importância em termosarquitetónicos.

3 ARQUITETURA CLÁSSICA

Fonte: estilosarquitetonicos.com.br

20
A arquitetura clássica refere-se à arquitetura da Antiguidade Clássica,
especificamente à arquitetura grega e de algum modo a toda aquela nela
inspirada e baseada, como a arquitetura romana, do Renascimento ou
do neoclassicismo. Pode-se assim dizer que os elementos que compõem esta
corrente arquitetônica são aplicados em diferentes contextos daqueles para os
quais foram pensados inicialmente sem, no entanto, perderem a sua designação.
Este gosto pela corrente clássica e consequentemente pela recriação das suas
componentes em edifícios posteriores não tem um período temporal definido e
observa-se ao longo da história da arte nos mais variados revivalismos.

3.1 Arquitetura Clássica Grega

A arquitetura grega antiga tinha uma função pública a até


aproximadamente o ano 320 a.C. e ocupava-se de assuntos religiosos e dos
acontecimentos civis mais importantes, como as competições esportivas.
A maioria das construções conduzidas pelos arquitetos gregos foi feita em
mármore ou em calcário, além de madeira e telhas, usadas essencialmente na
cobertura dos edifícios.
As edificações mais marcantes da arquitetura grega são os templos.
Embora fossem imponentes por si, eram na verdade construídos com o intuito
de proteger as esculturas de deuses e deusas das chuvas e do sol. Portanto os
templos não foram construídos, como se imagina, para reunir em seu interior um
grupo de pessoas para um culto religioso como nas igrejas atuais.
Um dos monumentos gregos mais conhecidos, o Pathernon, está na
Acrópole de Atenas, construída entre os anos de 447 a 438 a.C., no ponto mais
alto da cidade. Os construtores do Partenon merecem destaque. São eles Ictínio
e Calícrates.
As características mais evidentes dos templos gregos é a simetria entre o
pórtico de entrada, conhecido como pronau e os fundos, o opistódomo. No
interior, pelas naus, há o recinto onde ficava a imagem da divindade. Ele era
cercado também por uma colunata conhecida pelo nome de peristilo. A formação
dessa colunata já chegou a ter duas séries de colunas que ficavam em torno do
núcleo do tempo. Isso geralmente acontecia em cidades mais prósperas.

21
As principais linhas técnicas e estéticas exploradas pelos gregos na
arquitetura foram a jônica, a dórica e a coríntia. A forma mais clara de
diferenciação entre elas estava no feitio do capitel das colunas. No estilo jônico,
destaca-se o uso evidente dos traços de elegância e beleza. São exclusividades
do estilo dórico a simplicidade e o rigor das formas, expressões nítidas em
Esparta. Em Corinto (uma das cidades gregas mais opulentas à época), há
predominância de decorações que remetam à abundância e à riqueza de
detalhes.
As construções gregas mais famosas foram feitas de mármore. Esse
elemento começou a ser usado no século VI a.C., juntamente com técnicas de
encaixe semelhantes às dos egípcios, que utilizavam madeira. Com o passar do
tempo, após o domínio da confecção do ferro, os gregos substituíram o encaixe
de madeira por encaixes e dobradiças de metal, dando mais resistência às suas
estruturas.
Apesar de manter uma forte ligação com a religiosidade, a arquitetura
grega se destaca pelo grande valor dado à razão. Em tudo que produziam e
construíam, os gregos buscavam alcançar o máximo da perfeição por meio de
cálculos matemáticos e geométricos, regras, proporções e perspectiva.
As esculturas magníficas, a perfeição geométrica dos templos gregos, a
organização e o planejamento das cidades gregas com seus teatros destacam-
se no decurso da história da arquitetura. Por tudo isso, e pela beleza dos traços
que transcendem os séculos, a arquitetura grega é considerada clássica.

3.2 Arquitetura Clássica Romana

A arquitetura romana foi bastante influenciada pelos gregos, em especial


pelos templos, pelo realismo e pela preocupação com a beleza. Também foi
direcionada pelo espírito guerreiro e prático dos próprios romanos. Suas
conquistas eram celebradas com esculturas, monumentos, obeliscos e arcos de
triunfo. Mas as principais marcas deixadas pelos romanos foram as estradas
construídas em linha reta — para facilitar o deslocamento rápido das legiões de
guerreiros — e os aquedutos para abastecer e desenvolver as colônias romanas
espalhadas pelos territórios conquistados.

22
Os templos romanos foram o resultado de uma combinação de elementos
gregos e etruscos: planta retangular, teto de duas águas, vestíbulo profundo com
colunas livres e uma escada na fachada dando acesso ao pódio, ou base. Além
das das tradicionais ordens gregas – dórica, jônica e coríntia – os romanos
inventaram outras duas: a toscana, uma espécie de ordem dórica sem estrias na
fuste, e a composta, com um capitel criado a partir da mistura de elementos
jônicos e coríntios. A Maison Carrée, da cidade francesa de Nimes (c. 16 d.C.),
é um excelente exemplo da tipologia romana templária.
Na península Ibérica, subsistem alguns restos arqueológicos de templos
da época romana. Na Espanha, podem ser encontrados nas cidades de
Barcelona, Mérida (dedicado à deusa Diana), Córdoba (colunas da rua Claudio
Marcelo) e Sevilha. Em Portugal, destacam-se o templo de Egitânia
(provavelmente dedicado a Júpiter ou Vênus), o de Évora (ou Diana) e o de
Almofala (em Figueira de Castelo Rodrigo).
Devido à cobertura de cinza depositada após a erupção do Vesúvio em
79 a.C. a cidade de Pompéia permaneceu enterrada durante mais de 1.500 anos.
Dessa forma ela remanesceu como um importante exemplo de uma cidade
romana, sendo escavada por arqueólogos no século XVIII. Entre os restos
encontrados, encontra-se o Foro, templos, tribunais e palácios que constituíam
o centro administrativo da cidade.
Os teatros e os anfiteatros romanos apareceram pela primeira vez no final
do período republicano. Diferentemente dos teatros gregos, situados em declives
naturais, os teatros romanos foram construídos sobre uma estrutura de pilares e
abóbadas e, dessa maneira, puderam ser instalados no coração das cidades. Os
teatros de Itálica e de Mérida foram realizados nos tempos de Augusto e de
Agripa, respectivamente. O mais antigo anfiteatro conhecido é o de Pompéia (75
a.C.) e o maior é o Coliseu de Roma (70-80 d.C.). Na Hispânia romana,
destacam-se os anfiteatros de Mérida, Tarragona e Itálica. Os circos ou
hipódromos também foram construídos nas cidades mais importantes; a praça
Navona de Roma ocupa o lugar de um circo construído durante o reinado de
Domiciano (81-96 d.C.).
Entre os diversos projetos de construções públicas dos romanos, a rede
de pontes e calçadas, que facilitaram a comunicação através de todo o império

23
e os aquedutos, que levavam água às cidades a partir dos mananciais próximos
(como Pont du Gard, ano 19 d.C., próximo a Nimes), são os mais extraordinários.
Os romanos usaram como inspiração a arquitetura etrusca e grega para
desenvolver seus projetos. Porém, não podemos falar em cópia, pois a
arquitetura romana possuía muitos elementos inovadores e avanços nas
técnicas de arquitetura.

3.3 Arquitetura Paleocristã

Durante o século I o cristianismo era amplamente perseguido e não aceito


pelos romanos. Enquanto eles construíam obras gigantescas e magnificas, os
cristãos construíam coisas mais simples e com um significado
religioso. Podemos dividir essa arquitetura cristã primitiva em duas fases, antes
e depois de Constantino se tornar cristão e liberar o culto, em 313 d.C.
A primeira fase é marcada pela arquitetura mais simples, usada para que
os cristãos pudessem celebrar seus cultos sem serem perseguidos. Conhecida
como fase catacumbária, possuía arquitetos desconhecidos, as catacumbas
eram subterrâneas e dispunham de pinturas murais, sem proporções. Esse é o
começo da ruptura com alguns padrões clássicos que antecederam o século I.
Elas também serviam de cemitérios para os cristãos mortos.
A secunda fase é a basilical, fase promovida principalmente por
Constantino, para aumentar sua popularidade e aceitação entre os cristãos. Vale
lembrar que nessa época a população cristã crescia muito, por isso o interesse
de Constantino, então ele ratificou Édito de Milão que foi responsável pela
liberdade cristã.
As basílicas já eram adotadas pelos gregos e pelos romanos como um
lugar civil, com o Édito os cristãos começaram a utilizar esses edifícios para
realizar suas celebrações. As principais características dessa arquitetura eram a
espiritualidade, o simbolismo, a simplicidade e a inspiração em temas bíblicos.
Essas construções geralmente possuíam três naves e a abside elevada
para o leste. A nave central era sempre mais alta que as duas laterais. Elas
possuíam um longo corredor, formado por colunatas de pilares que separavam
as naves da basílica. A sua cobertura era feita de madeira e elas possuíam
pequenas janelas sem vidros, protegidas por tecidos ou mármore. O

24
revestimento interno era feito de mosaicos que representavam passagens do
antigo e novo testamento.
Elas ainda possuíam um transepto, estrutura perpendicular a nave que
lembra a cruz de Jesus, Geralmente eram construídas em formato de cruz latina.
A abside era uma construção semi-circular, normalmente abobadada e utilizada
como santuário. O nartéx, que era o pórtico que ficava na entrada da igreja. O
átrio que era um pátio na entrada da igreja, ao redor dele outras construções a
circundavam, como nas basílicas romanas. Geralmente eram o batistério, a sala
de Catecismo (cathecumeneum), as capelas de mártires e funerárias, escritórios
e salas para acomodações clero.

4 ARQUITETURA MEDIEVAL

Fonte: todamateria.com.br

Na História, muitas de suas fontes não estão codificadas por meio de


antigos documentos escritos. Recentemente, novos estudos procuram
compreender as transformações do passado por meio de outros documentos
que estabelecem sua própria narrativa, com o uso de construções, objetos e
imagens até pouco tempo compreendidas como “acessórias” nos estudos

25
historiográficos. Nesse aspecto, podemos perceber tal campo de possibilidades
nas pesquisas que hoje analisam a arquitetura medieval.
Sem dúvida, as construções que surgem entre os séculos V e XV têm uma
rica capacidade de expressar e fornecer sentido à dinâmica experimentada
durante este intervalo milenar. Para tanto, realizamos uma útil análise
comparativa que trabalha os traços da arquitetura medieval dividido-a entre os
períodos da Alta e Baixa Idade Média. Além disso, reafirmando a forte cultura
religiosa elaborada durante todo esse tempo, privilegiamos a observância das
igrejas construídas nessa época.
Durante a Baixa Idade Média, os edifícios eram compostos por paredes
espessas e maciças que refletiam toda insegurança causada pelas guerras e
invasões que ainda tomavam a Europa. As igrejas contavam com uma
ornamentação mínima dominada por linhas de sentido horizontal. Além disso, as
construções contavam com poucas janelas, geralmente produzidas por arcos
semicirculares. Usualmente chamado de românico, esse tipo de construção
predominou na Europa até o século XII.
Após esse período, podemos observar que a arquitetura medieval passa
a experimentar novas perspectivas, possíveis somente no contexto do
renascimento comercial. O chamado estilo gótico começou a ser formulado nas
igrejas que viriam a ser estabelecidas nos reaquecidos ou recém-formados
centros urbanos europeus. A construção tinha aspecto mais leve com o uso de
grandes paredes e janelas cravejadas de vitrais multicoloridos.
A ornamentação e a decoração contavam com um maior número de
detalhes que indicavam a presença de novas descobertas arquitetônicas. A
envergadura desses novos prédios era bem maior e contava com um número
mais elevado de torres na mesma construção. Os detalhes ornamentais
observados indicavam claramente uma concepção estética requintada, que não
poderia ser imaginada sem os materiais e pedrarias trazidos pelas novas rotas
comerciais que colocavam a Europa em contato com o Oriente.
Em muitas análises, observamos a preocupação em se avaliar estes dois
estilos arquitetônicos como signos de natureza contraposta. Contudo, tanto no
estilo românico quanto no estilo gótico, percebemos que fortes valores religiosos
são reafirmados. Seria um grande equívoco simplesmente interpretar as

26
transformações entre a Alta e a Baixa Idade Média como um movimento restrito
às rupturas.
Por um lado, o estilo românico reafirmava a religiosidade cristã ao explorar
espaços mal iluminados e fechados, os quais reforçavam a necessidade de
meditação espiritual em tempos de diversas incertezas. Por outro, as
construções, apesar de todo o seu colorido e vivacidade, também reafirmavam
a religiosidade da época com o uso de arcos ogivais que sinalizavam a parte
mais alta das construções para os céus. Além disso, a grande envergadura dos
edifícios reforçava a inferioridade do homem em relação a Deus.

4.1 Arquitetura Bizantina

O Império Bizantino tinha sua capital em Bizâncio (atual Istambul –


Turquia), nome que precedeu o nome Constantinopla, em homenagem ao
imperador romano Constantino, que a fundou como segunda sede do Império
Romano, enquanto este chegava à sua decadência.
Após a queda de Roma, Constantinopla foi por quatrocentos anos a maior
cidade do mundo e foi a capital do império que resistiu por um milênio, entre os
séculos V e XV, enquanto a Europa ocidental vivia o período da Idade Média.
A arquitetura bizantina caracteriza-se fortemente por mosaicos
vitrificados e pelos ícones, que eram pinturas sacras feitas normalmente sobre
madeira. O estilo bizantino também tinha como destaque técnicas de construção
inovadoras para a época, em especial, as voltadas para a construção de cúpulas,
que surgiram por volta do século VI.
O Mosaico foi um tipo de arte muito difundido no Império Bizantino,
principalmente durante o reinado do imperador Justiniano de 526 a 565. As
imagens em mosaico eram formadas a partir de pequenos pedaços de pedra
coloridos, colados nas paredes.
Como boa parte da arquitetura antiga, também a bizantina se
caracterizava pelas obras de cunho religioso. E a Catedral de Santa Sofia tornou-
se o maior símbolo desse estilo arquitetônico. Outros exemplos das primeiras
obras bizantinas são a basílica de São João e a basílica dos Santos Sérgio e
Baco.

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O edifício da Catedral de Santa Sofia é resultado da união dos vários
estilos das grandes construções romanas. A estrutura se assemelha a uma
basílica romana, com uma forma retangular. Além da dimensão, o seu grandioso
domo central, que é aqui pela primeira vez utilizado, torna-se um dos mais
impressionantes atrativos e fica como símbolo maior da arquitetura bizantina.
Quatro arcos formam um quadrado que sustenta pendentes de abóbadas
esféricas, que, por sua vez, apoiam o imenso domo. A base deste domo é
vazada por quarenta janelas em arco que permitem a entrada da luz, dando
leveza à estrutura e oferecendo a ilusão de um halo celestial.

4.2 Arquitetura Mourisca

A arte hispano-muçulmana ou arte mourisca é a arte


islâmica desenvolvida no Alandalus entre os séculos VIII e XV. Tem como
principais expoentes a Mesquita de Córdova e a Alhambra de Granada. Outra
expressão notável da arte hispano-muçulmana é o Palácio da
Aljafería de Saragoça.
A invasão muçulmana da península Ibérica em 711 pelos Árabes mudou
a inércia histórica da sociedade goda nas terras ibéricas, que discorria em
consonância com o Ocidente europeu após a queda do Império
Romano. Alandalus, que assim passou a ser denominada
a Hispânia muçulmana, manteve umas condições culturais peculiares
diferenciadas tanto do Islãooriental quanto do contexto europeu dessa data.
Essas condições perduraram até a conquista do Reino de Granada em 1492, à
dinastia nasrida. Mas, ao mesmo tempo, esta singularidade geográfica e cultural
constituiu um dos fatores que repercutiram decisivamente no despertar
da Europa, após os séculos de desunião e letargo que se seguiram à queda
do Império Romano do Ocidente e as invasões bárbaras.
A invasão muçulmana e o desaparecimento do reino visigodo de
Toledo não implicou a extinção das comunidades cristãs e judaica. Uns fugiram
para norte, onde formaram um reduto de oposição ao novo poder instituído em
Córdova e, com o tempo, constituiriam o gérmen da posteriormente
chamada Reconquista; outros, os cristãos que permaneceram em território
muçulmano, passaram a ser conhecidos com o apelativo de moçárabes. Tanto

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esta minoria quanto a judaica gozaram da proteção estatal, conformando
comunidades numerosas em grandes cidades
como Mérida, Toledo, Valência, Córdova, Sevilha, Granada, Almeria, Málaga,
etc.
As circunstâncias mudastes ao longo dos mais de oito séculos de Islão
hispânico fizeram que o processo artístico desenvolvido durante estas centúrias
seja sistematizado seguindo os períodos históricos.

4.3 Arquitetura Islâmica

A partir da Hégira (fuga de Maomé de Meca para Medina em 622), em um


intervalo de aproximadamente cem anos, o islamismo cria um dos maiores
impérios que já se viu. Estendia-se pela Síria, Egito, Iraque, Pérsia, Ásia Menor,
parte do norte da África, Espanha e Sicília. A diversidade dos povos que o
compunham determinou o aparecimento de diversos estilos, porém com uma
estética própria.
A construção típica da arquitetura islâmica é a mesquita, espaço
destinado à congregação dos fiéis para a oração. Seu plano básico é simples,
compreende: um grande pátio (zam) com um chafariz central (sabil), para
abluções; uma grande sala (baram), que por seu formato longitudinal utiliza
muitas colunas, orientada para Meca, a parede do fundo (qibla) tem no centro
um nicho (mirhab) e ao lado do mirhab ergue-se um púlpito (mimbar). Outra
característica marcante são os minaretes ou almenaras, torres de onde o
almuadem convoca os fiéis.
Na síria encontram-se os exemplos mais importantes da primeira etapa
da arte islâmica, época da dinastia oméia (661-750). Na então capital Damasco,
ocupam a grande basílica de São João e a transformam em mesquita, assim
como em Jerusalém a mesquita de al – Aqsa e junto a ela a Cúpula da Rocha.
Nelas verifica-se a influência dos modelos bizantinos, como a abobada de
pingentes, a arcada contínua e os mosaicos intrincados. Da Pérsia sassânida
deriva grande parte da arquitetura islâmica, já nesta primeira etapa inicia-se a
construção de palácios com influências sassânidas, o uso do tijolo na construção
das abóbadas, a decoração geométrica, o arco pontiagudo e a ornamentação
em estalactite. São desta época o palacete de Qusair Amra, nas margens do Mar

29
Morto, o palácio de Qasr al – Hair, entre Palmira e Damasco, e o grande palácio
de Khirbat al – Mafdjar.
A sede islâmica muda-se para Bagdad (Iraque) e lá floresce em cidades
como Rakka, século VIII, e Samarra, século IX, com mesquitas como a de
Mutawakkil (847-861), quase totalmente destruída. São desta época grandes
palácios como os de Uhaydir e Balkuwara. No Egito a mesquita mais antiga é a
de Amr, século VII, em Fustat, a qual já demonstra influência mesopotâmica em
virtude da transferência para Bagdad. O general turco Ahmad ibn Tulun torna o
Egito independente por algum tempo, seu legado é a mesquita que leva seu
nome, a qual é inspirada na mesquita de Samarra e demonstra influência das
construções espanholas.
No século X tem início a dinastia dos fatímidas, que criam uma nova
capital ao norte de Fustat, a origem da atual Cairo, al – Qahirah. Em 1012
terminou-se a segunda grande mesquita fatímida, a do sultão al – Hakim.
A partir do século IX, a arte mesopotâmica perde influência em detrimento
da arte persa. Na Pérsia a arquitetura monumental é derivada da antiga arte
iraniana, lá surge o liwam (câmara abobadada), que pode ser visto na mesquita
de Ispahan. Suntuosos palácios são erguidos, como o de Ispahan, onde é feita
uma decoração com faiança policromada, um azulejo primitivo.
Na Índia a arquitetura islâmica também se adapta às formas tradicionais,
durante a dinastia mongul (XVI – XVII) são construídas obras esplêndidas como
os palácios de Delhi, Agra, Fatehpur, Sikri, Lahore e Udaipur, que eram divididos
em partes públicas e privadas. As mesquitas são de influência persa. Mas é na
arquitetura mortuária que se encontra o maior esplendor da arquitetura islâmica
indiana, como o de Mahmud, em Bijapur, mas sobretudo pelo famoso Taj Mahal,
erguido pelo imperador Shah Jahan entre 1631 e 1633 em memória de sua
esposa Mumtaz-i-Mahal.
Exemplo da arquitetura islâmica africana é a mesquita de Kairouan,
Tunísia, construída em 670 e reconstruída em 836. Lá surge uma nova forma, a
maksoura, espaço coberto com uma cúpula e fica em frente ao mirhab. Esta
arquitetura reflete-se na arquitetura espanhola (Sevilha, La Giralda), onde as
mais belas casas e palácios são obras de arquitetura mourisca como em
Alhambra, Granada.

30
4.4 Arquitetura Românica

Antes de começar o post sempre é bom lembrar que a arquitetura


ROMÂNICA não é igual a arquitetura ROMANA. Apesar de claramente sofrer
influências da arquitetura romana, a românica era feita para a religião cristã,
portanto não possuía o mesmo simbolismo e continha características próprias.
É dado o nome de arquitetura românica para aquela desenvolvida no final
do séc. XI e XII na Europa. O edifício mais tipico dessa arquitetura eram as
igrejas, que seguiam a planta de uma basílica (construção tipicamente romana
empregada como igreja em diversos estilos arquitetônicos). Acredita-se que
essa arquitetura começou com o renascimento carolíngio, também chamado de
Renovação Romana empreendida por Carlos Magno, podendo traçar assim o
progresso da arquitetura medieval religiosa do ocidente.
Essa arquitetura adotou a planta basilical com cruz latina como principal
tipo de planta para as igrejas, porém há um outro tipo, menos utilizada, que é a
planta centralizada de cruz grega, influência oriental, que podia ser hexagonal,
octogonal ou circular; e para muitas pessoas da época era inviável.
As igrejas construídas até então possuíam um telhado de madeira, mas
durante a idade média muitas cidades eram invadidas e saqueadas, e essas
igrejas eram facilmente incendiadas. Pensando nisso a necessidade era cobrir
grandes espaços e protege-los de incêndios. A alternativa foi usar as abóbadas,
que podiam ser de berço, arestas ou cruzaria.
Porém o uso dessas abóbadas era muito instável, porque elas tendiam
a abrir, ou seja, elas empurravam os pilares para fora. A solução encontrada
foi engrossar as paredes e utilizar contrafortes nas laterais. Esses contrafortes
são pilares grossos que ficam na parte externa da igreja e fazem força contrária
a dessas abóbadas.
Os detalhes que diferem essas igrejas da arquitetura romana são vários.
Tipicamente ela possui três naves, raramente cinco, todas cobertas por
abóbadas; a nave central possui altura superior em relação as outras. Seu
telhado é de duas águas e possui formato triangular. Na fachada há a presença
de arcadas; do pórtico com uma função catequética, ele é extremamente
ornamentado e no seu tímpano há a presença do Cristo Pantrocrator, envolto em

31
uma mandorla, para destacar sua imagem. Outro elemento presente na fachada
é a rosácea, que pode possuir vitrais ou não.
Outras construções que faziam parte da arquitetura religiosa românica
eram o batistério e o campanário. Separamos algumas imagens da Catedral do
Duomo em Pisa, apesar de ser românica, ela sofreu algumas alterações góticas
ao longo do tempo.

4.5 Arquitetura Gótica

A arquitetura gótica é uma forma de expressão que se situa,


historicamente, entre a arquitetura românica – vigente no continente europeu no
século X – e a arquitetura renascentista – responsável por uma significativa
ruptura na história da arte de projetar e construir edifícios.
Esta modalidade arquitetônica evoluiu no solo francês durante o período
conhecido como Idade Média; no início era denominada ‘obra francesa’. A
expressão ‘gótico’ surgiu apenas no fim do Renascimento, com uma conotação
pejorativa. O núcleo central deste estilo, que nasceu no final do século XII, e
depois se disseminou pela Europa Ocidental, vigorando até o século XV no
território italiano, é o arco de ogiva, embora ele também esteja presente em
outras Arquiteturas.
Este elemento predomina especialmente nas regiões mais intensamente
influenciadas pelos mouros. Assim, ele pode ser encontrado na catedral
românica de Monreale, no românico espanhol e até no estilo provençal. Em
algumas outras obras deste período, porém, ele é substituído pelo arco de volta
completa, como na Catedral de Chartres. Assim, ele não é tão determinante do
Gótico.
Em meados do século X, a Europa se encontrava em um estado crítico, e
a autoridade do rei era questionada. O continente então se reorganiza
socialmente e nasce o sistema feudal. A França, como outras regiões, via-se na
iminência de ser invadida; neste contexto, a população se escondeu nas suas
raras e frágeis fortalezas.
Ao longo desta era foram produzidas esculturas, pinturas e outras
expressões artísticas que retratavam o pavor das pessoas, que intuíam as
guerras, a fome, e outras tantas catástrofes previstas pela Igreja. Alguns séculos

32
mais tarde, com as profecias frustradas, a ocorrência das Cruzadas e a
decadência do Feudalismo, surge o então chamado Estilo Francês, que logo se
irradia por toda a porção da Europa Medieval.
A primeira obra francesa no estilo gótico é a Basílica de Saint-Denis,
situada na Ile-de-France, atualmente Paris, a capital da França. Com a volta dos
reis ao poder, o povo, em festa, dirige-se às igrejas e catedrais. Os arquitetos
optavam então por ambientes repletos de luzes, ausentes na Arquitetura
Românica, mas bem presentes no gótico.
Esta concepção arquitetônica apresenta abóbadas amplas e altas,
sustentadas por pilastras ou colunas. Elementos denominados arcobotantes e
contrafortes eram responsáveis pela manutenção do equilíbrio da construção,
procurando compensar o peso desmedido das abóbadas. Vitrais e rosáceas
tomam o lugar de densas paredes. Estes aspectos constituem as características
principais de uma arquitetura considerada pura.
Esta arquitetura é hoje considerada Patrimônio Mundial da UNESCO, e
pode ser contemplada em catedrais como a de Notre-Dame, Chartres, Colônia
e Amiens, em toda sua glória e realeza, verticais no seu diálogo com o sagrado.

4.6 Arquitetura Estilo Tudor

O estilo arquitetônico Tudor é o último estágio da arquitetura medieval


durante o período Tudor (1485–1603) e é predominantemente inglês; é uma
adaptação inglesa para a arquitetura gótica. Surge durante o primeiro reinado da
dinastia Tudor, entre os reinado de Henrique VII e Henrique VIII.
Embora seja substituído pela arquitetura elisabetana na construção
doméstica, o estilo Tudor ainda se manteve no gosto inglês, inclusive nas
universidades, como as de Oxford e Cambridge, onde continuam a ser realizadas
obras no estilo Tudor que remontam os primeiros tempos do neogótico.
O arco de quatro centros, agora conhecido como arco Tudor, foi um
elemento definidor; as construções incorporam planos assimétricos e janelas
que terminam em ângulos, formando pontas; algumas das mais notáveis janelas
de sacada envidraçadas pertencem a este período; as molduras são mais
espalhadas e os ornamentos de folhagem tornam-se mais naturalistas.

33
Depois de 1500, surgiram as torres octogonais, os tijolos coloridos, as
chaminés decoradas e, no âmbito doméstico, surge uma preocupação especial
com as lareiras, que ganharam formas mais elaboradas.

5 APÓS O RENASCIMENTO

5.1 Estilo manuelino

Esta tendência artística era conhecida, na época, como a variante


portuguesa da arquitetura ad modum Yspaniae (ao modo hispânico) que, por
sua vez, estava incluída na corrente arquitetônica "ao moderno" - expressão
utilizada para o gótico tardio onde também havia a variante, por exemplo,
do modo tudesco ou alemão na então nova arquitetura nórdica. Esta corrente
opunha-se à arquitetura ao modo antigo ou ao romano.
No seu conjunto, pouco muda relativamente à estrutura formal do gótico
alemão e plateresco. O alçado interior das igrejas mantém-se através da
orientação leste oeste, da planta, dos sistemas de suporte e cobertura, do
cálculo de proporções. As naves da mesma altura, influência das igrejas-
salão alemãs, de cinco tramos, ausência de transepto e cabeceiras retangulares
são as principais características diferenciais. Apesar de ser essencialmente
ornamental, o Manuelino caracteriza-se também pela aplicação de determinadas
fórmulas técnicas da altura, como as abóbadas com nervuras polinervadas a
partir de mísulas.
Na componente civil destacam-se os palácios, como o Paço de D.
Manuel, em Évora, e solares rurais, como o Solar de Sempre Noiva,
em Arraiolos, todos de planta retangular. E na tipologia militar é referência maior
o baluarte do Restelo, a Torre de Belém. Um dos
primeiros baluartes de artilharia do país, a quebrar a tradição das torres de
menagem, a sua planta retangular sobrepõe-se a uma base poliédrica, que
penetram Tejo adentro. A retangularidade da planta opõe-se à curvilínea da
decoração esculpida.

34
5.2 Estilo Barroco

O Estilo Barroco, período denominado de Seiscentismo, surgiu na Itália


em 1600. Ele se manifestou na arquitetura, pintura, escultura, música, literatura
e teatro.
O barroco surge durante o período da Contrarreforma de Martinho Lutero.
Ou seja, em meio à crise da Idade Média, decorrente sobretudo das dificuldades
econômicas e lutas religiosas que ocorriam em grande parte da Europa.
A mudança de mentalidade tem início com o surgimento do
antropocentrismo renascentista onde o homem ocupa uma posição central.
Fica claro que esse momento é caracterizado pela confusão de conceitos
e ideias, busca dos valores humanísticos e o conflito do corpo e da alma.
As principais caraterísticas do estilo barroco são:
 Contrastes, dualidades e excessos;
 Temas religiosos e profanos;
 Estilo exuberante e decorativo;
 Figuras de linguagem: antítese, paradoxo, hipérbole, metáfora,
prosopopeia.
A arquitetura barroca demonstra uma libertação espacial das geometrias,
perpetrando uma riqueza de detalhes que exasperavam as emoções.
Trata-se de uma declaração visível da riqueza e do poder da Igreja cujo
estilo manifestou-se, em particular, no contexto das novas ordens religiosas.
Dessa maneira, na arquitetura barroca o que prevalecia era a teatralidade
e as obras monumentais. Provocava distintos resultados visuais, tanto no
exterior, quanto no interior das construções.

5.3 Palladianismo

O palladianismo ou arquitetura palladiana é um estiloa


rquitetônico derivado da obra prática e teórica do arquiteto italiano Andrea
Palladio (1508-1580), um dos mais influentes personagens de toda a história da
arquitetura do Ocidente. O termo palladianismo pode se referir
à estética pessoal do próprio Palladio, mas é mais usado para descrever a sua
escola como um todo.

35
A típica villa palladiana consistia em um bloco central relativamente
compacto, com alas de cada lado que se estendiam em linha reta. Uma
característica recorrente na fachada da residência palladiana é o pórtico em
forma de templo, o qual Palladio, tanto em igrejas quanto em villas, incorporou
em sua obra madura. Este elemento da composição veio a se tornar um
verdadeiro clichê no vocabulário dos neo-palladianos na Inglaterra, imprimindo
um ar solene e de dignidade às residências rurais e villas. Trata-se de um corpo
central, avançado, formado por um pedimento coroando colunas ou pilastras de
ordem dórica, jônica ou coríntia, destacado de um conjunto composto por uma
sucessão de janelas pedimentadas sobre a parede lisa.
Palladio trabalhou no período de transição do Renascimento para o
Maneirismo, e sua obra reflete essa passagem. Sua apropriação do legado
clássico de arquitetura faz dele um dos grandes exemplos renascentistas, mas
as modificações que introduziu no cânone recebido espelham o individualismo
que marcou os maneiristas. A arquitetura da Antiguidade clássica nunca deixará
de influir na Itália, mesmo ao longo da Idade Média, pois muitas ruínas do
antigo Império Romano permaneceram sempre visíveis.

5.4 Arquitetura Rococó

Manifestou-se principalmente na decoração dos espaços interiores. Essa


decoração era detalhada e bem ornamentada e um exemplo são suas salas e
os salões. Os artistas procuravam fazer uma arquitetura diferenciada nessas
áreas, com formato oval, paredes com pinturas luminosas e suaves, espelhos,
florais, etc. Já por fora dos edifícios, eles amenizavam na decoração. Exemplos:
O Hotel de Soubise, construído por Germain Boffrand e decorado por Nicolas
Píneau, o Petit Trianon.
Existem lugares da Europa que não sofreram a diferenciação entre o
Barroco e o Rococó, pois o Barroco veio aos poucos atingindo os outros países
e conseguindo se consolidar, apenas, no século XVII. Nesse período, os artistas
já estavam influenciados com o Rococó. Como um exemplo de obras
arquitetônicas temos: Palácio Episcopal e a igreja de Vierzehnheiligen,
projetado pelo arquiteto Balthazar Neumann e pintura no teto por Giambattista
Tiepelo, o mais importante dos decoradores do Rococó.

36
5.5 Arquitetura Georgiana

Arquitetura georgiana é o nome dado na maioria dos países anglófonos


à arquitetura produzida ao longo dos reinados de Jorge I, Jorge II, Jorge
III e Jorge IV, compreendendo o período de 1720 a 1840, aproximadamente.
Apesar de receber um nome genérico, não é um estilo fortemente
unificado, pois transita do final do Barroco até o ecletismo romântico de meados
do século XIX, passando pela voga palladiana, o Neoclassicismo, recupera
traços do Rococó e assimila influências do Neogótico. As estruturas geralmente
empregam uma forma básica clássica mas incorporam uma série de elementos
e ornamentos daquelas outras origens. Esse ecletismo agradou especialmente
a classe média, mas também serviu à nobreza. As casas são geralmente de dois
pavimentos principais, amplas e confortáveis, com uma distribuição simétrica e
regular de aberturas, e uma ornamentação relativamente discreta, mas podendo
ter uma entrada bastante imponente com pórticos, escadarias e colunatas. Foi
um estilo largamente empregado nas Ilhas Britânicas, nos Estados
Unidos, Canadá e em outras colônias inglesas. O estilo declinou no fim do século
XIX, mas no século XX conheceu uma voga revivalista.

5.6 Arquitetura Historicista

Arquitetura historicista (ou revivalista) é um conjunto de estilos


arquitetônicos que centrava seus esforços em recuperar e recriar
a arquitetura dos tempos passados. As tendências revivalistas na arquitetura
surgiram na Europa no século XVIII, atingiram seu auge no século XIX e
chegaram até meados do século XX.
Dependendo da época e arquiteto, a arquitetura historicista foi mais ou
menos fiel aos modelos do passado. Alguns arquitetos tentavam reproduzir
fielmente os modelos antigos, enquanto que outros foram menos estritos. O
revivalismo foi muito associado à arquitetura, sendo muitas vezes arbitrário
definir se uma obra pertence a um ou outro estilo. O ecletismo arquitetônico
dedicava-se a misturar estilos antigos sem a rigorosidade da arquitetura
revivalista propriamente dita. Apesar de usar formas do passado, tanto a

37
arquitetura historicista como a eclética fizeram uso de técnicas modernas como
as estruturas de ferro e, mais modernamente, de cimento e concreto (betão).
O historicismo começa no século XVIII. Na Inglaterra surge nessa época
a arquitetura neogótica, que atinge seu auge em obras do século XIX como
o Parlamento Britânico. Também no século XVIII desenvolve-se no Norte da
Europa a arquitetura que, especialmente em sua última fase, resgata a severa
harmonia dos templos greco-romanos. Estes estilos passaram rapidamente a
outros países europeus e às Américas, e logo surgiram outros estilos revivalistas
como o neo-renascimento, o neo-românico, o neomourisco, o neobarroco e
outros.
Os estilos historicistas muitas vezes foram parte de movimentos de
valorização e idealização da história nacional, assumindo um caráter
nacionalista. Em Portugal, por exemplo, surgiu em meados do século XIX
o neomanuelino, que revivia o estilo da época áurea das Navegações.
No Brasil e em outros países da América Latina foi muito popular a partir dos
anos 1910 até finais da década de 1930 o estilo neocolonial, que recriava os
estilos vigentes durante a colonização.
Em paralelo à arquitetura, também a pintura, escultura e artes decorativas
tiveram vertentes revivalistas.

5.7 École des Beaux-Arts

O termo École des Beaux-Arts refere-se a diversas escolas


de Arte na França, sendo a mais famosa delas a École Nationale Supérieure des
Beaux-Arts, localizada em Paris, próxima ao Museu do Louvre.
O estilo arquitetônico Beaux-Arts, originado da Escola de Belas Artes de
Paris, combina influências gregas e romanas com idéias renascentistas. É um
estilo muito ornamentado, com muitas colunas, flores, estátuas, etc. No Brasil,
um exemplo é o Theatro Municipal do Rio de Janeiro, construído no início
do século XX. O estilo foi amplamente utilizado em prédios públicos e durou das
últimas décadas do século XIX até a década de 1920.

38
6 ARQUITETURA MODERNA

Fonte: archdaily.com.br

Arquitetura Moderna é o conjunto de movimentos e escolas arquitetônicas


que vieram a caracterizar a arquitetura produzida durante grande parte do século
XX (especialmente os períodos entre as décadas de 20 e 60), inserida no
contexto artístico e cultural do Modernismo. Não há uma ideologia moderna
única. Suas características podem ser encontradas em origens diversas como
a Bauhaus, na Alemanha; em Le Corbusier, na França, e em Frank Lloyd
Wright nos EUA. Muitos historiadores de arquitetura (como Leonardo Benevolo
e Nikolaus Pevsner) traçam a gênese histórica do moderno em uma série de
movimentos ocorridos em meados do século XIX, como o movimento Arts &
Crafts (Artes e Ofícios).
Um dos princípios básicos do modernismo era renovar a arquitetura de
modo a rejeitar toda a arquitetura anterior ao movimento – fato
posteriormente questionado pelos pós-modernistas.

39
Considera-se genericamente que tenham existido duas
grandes vertentes do movimento moderno: o International Style, de origem
europeia; e a Arquitetura Orgânica de origem americana.
Apesar de ser um momento multifacetado da produção arquitetônica
internacional, o Modernismo manifestou alguns princípios que foram seguidos
por vários arquitetos, das mais variadas escolas e tendências. A primeira e
mais clara característica é a rejeição por parte dos modernos do repertório formal
do passado, e a aversão deles à ideia de estilo. Conjuntamente às vanguardas
artísticas que se manifestavam no período de gênese do moderno (décadas de
1920 e 30), havia no ar um sentimento de construção que levaria à criação e ao
estudo de espaços abstratos, geométricos e mínimos.
Os modernos viam no ornamento, um elemento típico dos estilos
históricos, um inimigo a ser combatido: "produzir uma arquitetura sem
ornamentos", tornou-se um desafio constante! Outra característica importante
eram as ideias de industrialização, economia e a recém-descoberta noção
do design. Acreditava-se que o arquiteto era um profissional responsável pela
correta e socialmente justa construção do ambiente habitado pelo homem,
carregando um fardo pesado. Os edifícios deveriam ser econômicos, limpos,
úteis. Neste sentido, duas máximas permearam o período do moderno: “Menos
é Mais” frase cunhada pelo arquiteto Mies Van der Rohe e “A Forma Segue a
Função”, do arquiteto Louis Sullivan. Estas sentenças sintetizam bem o ideário
moderno, ainda que em vários momentos tenham sido confrontadas.
É possível traçar três principais linhas evolutivas nas quais pode-se
encontrar a gênese da Arquitetura Moderna. O que une as três linhas é o fato de
que elas terminam naquilo que é chamado de Movimento Moderno na
Arquitetura, considerado o clímax de uma trajetória histórica que desembocou
na arquitetura realizada na maior parte do século XX.
A primeira destas origens é a que leva em consideração que a ideologia
arquitetônica moderna está absolutamente ligada ao projeto da modernidade e,
em particular, à visão de mundo iluminista. Esta linha localiza o momento
de gênese na arquitetura realizada com as inovações tecnológicas obtidas com
a Revolução Industrial e com as diversas propostas urbanísticas e
sociais realizadas por teóricos como os socialistas utópicos e os partidários
das cidades-jardins. Segundo esta interpretação, o problema estético aqui é

40
secundário: o moderno tem muito mais a ver com uma causa social que com
uma causa estética.
A segunda linha leva em consideração as alterações que se deram nos
diversos momentos do século XIX com relação à definição e teorização da arte
e de seu papel na sociedade. Esta interpretação dá especial destaque ao
movimento Arts & Crafts e ao Art Noveau de uma forma geral, consideradas
visões de mundo que, ainda que presas às formas e conceitos do passado,
de alguma forma propunham novos caminhos para a estética do futuro.
Uma terceira linha, normalmente a mais comumente entendida como
sendo a base do modernismo, é a que afirma que a arquitetura moderna surge
justamente com a gênese do movimento moderno, sendo as
interpretações anteriores apenas conseqüências desta forma de pensamento. A
Arquitetura Moderna surge, portanto, com as profundas transformações
estéticas propostas pelas vanguardas artísticas das décadas de 10 e 20, em
especial o Cubismo, o Abstracionismo -com destaque aos estudos realizados
pela Bauhaus, pelo De Stijl e pela vanguarda russa- e o Construtivismo.
A Bauhaus, ou como é conhecida, "Staatliches Hauhaus" (casa estatal de
construção), é uma escola de design, artes plásticas e arquitetura de
vanguarda que funcionou entre 1919 e 1933 na Alemanha. A Bauhaus foi uma
das maiores e mais importantes expressões do que é chamado Modernisnmo
no design e arquitetura, sendo uma das primeiras escolas de design do mundo.
Um de seus principais objetivos era unir artes, artesanato e tecnologia.
A máquina era valorizada, e a produção industrial e o desenho de produtos
tinham lugar de destaque.
O Arts & Crafts (Artes e Ofícios), foi um movimento estético surgido na
Inglaterra em meados do século
XIX. Entre outras idéias, defendia o fim da distinção entre o artesão e o
artista. Durou relativamente pouco tempo, mas influênciou o movimento
francês da Art Nouveau e é considerado por diversos historiadores como uma
das raízes do modernismo do design gráfico, desenho industrial e
arquitetura. Era relacionado com o movimento Arts & Crafts e teve grande
destaque durante as últimas décadas do século XIX e primeiras décadas do
século XX. Caracteriza-se pelas formas orgânicas, escapismo para a natureza e
valorização do trabalho artesanal.

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A Arquitetura Moderna Internacional teve grandes nomes de referência.
Os mais influentes foram: Mies Van der Rohe, Frank Lloyd Wright e Le
Corbusier.
Mies van der Rohe procurou sempre uma abordagem racional que
pudesse guiar o processo de projeto arquitetônico. Sua concepção dos
espaços arquitetônicos envolvia uma profunda depuração da forma, voltada
sempre às necessidades impostas pelo lugar, segundo o preceito no
minimalismo, Less is More(menos é mais). Atuou como professor da Bauhaus e
um dos formadores do que ficou conhecido por International Style, onde deixou
a marca de uma arquitetura que prima pela clareza e aparente simplicidade. Os
edifícios da sua maturidade criativa fazem uso de materiais representativos da
era industrial, como o aço e o vidro, presentes na maioria das obras
modernas. Grandes referências de sua arquitetura são a Casa Farnsworth e
o Pavilhão Alemão da Feira Mundial de Barcelona.

Fonte: refarq.com

Frank Lloyd Wright é considerado um dos mais importantes arquitetos do


século XX. Foi a figura chave da arquitetura orgânica, um desdobramento da
Arquitetura Moderna que se contrapunha ao International Style
europeu. Trabalhou no início de sua carreira com Louis Sullivan, um dos
pioneiros em arranha-céus da Escola de Chicago. Wright defendia que o
projeto deve ser individual, de acordo com sua localização e finalidade. Também
influenciou os rumos da Arquitetura Moderna suas idéias e obras. Seus

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principais trabalhos foram a Casa da Cascata, também conhecida por Casa
Kaufmann, e a Sede do Museu Solomon R. Guggenheim, em Nova Iorque.
Le Corbusier é considerado juntamente com Frank Lloyd Wright, Alvar
Aalto e Mies Van der Rohe, um dos mais importantes arquitetos do século XX.
Le Corbusier defendia que, “por lei, todos os edifícios deviam ser
brancos”, criticando qualquer esforço artificial de ornamentação. A sua influência
estendeu-se ao urbanismo, onde defendia que a cidade do futuro, na
sua perspectiva, deveria consistir em grandes blocos de apartamentos
assentados sobre pilotis, deixando o terreno fluir sob a construção, formando
algo semelhante a parques de estacionamento. Entre as contribuições de Le
Corbusier à formulação de uma nova linguagem arquitetônica para o século XX,
encontram-se cinco pontos, tais como:
 construção sobre pilotis, ao tornar as construções suspensas,
cria-se uma inédita relação “interno-externo” entre observador e
morador;
 terraço-jardim - com o avanço técnico do concreto-armado, seria
possível aproveitar a última laje da edificação como espaço de
lazer;
 planta livre da estrutura, o uso de sistemas viga-pilar em
grelhas ortogonais geraria a flexibilidade necessária para a melhor
definição espacial interna possível;
 fachada livre da estrutura, os pilares devem ser
projetados internamente às construções, criando recuos nas lajes
de forma a tornar o projeto das aberturas mais flexível;
 criação da janela em fita, à uma certa altura, de um ponto ao outra
da fachada, de acordo com a melhor orientação solar.

Suas principais obras são a Villa Savoye, na qual aplicou seus


cinco pontos, e as Unidades de Habitação em Berlim, onde estabeleceu a
prática da construção modular, possibilitando ao arquiteto estudar as
proporções humanas aplicadas ao projeto de edificações.

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7 ARQUITETURA PÓS-MODERNA

Fonte: ricardotrevisan.com

A arquitetura pós-moderna é um termo genérico para designar uma série


de novas propostas arquitetônicas cujo objetivo foi o de estabelecer a crítica à
arquitetura moderna, desse ponto surge uma nova corrente arquitetônica, desta
vez antagônica ao modernismo como um todo, o chamado “pós- modernismo”.
A expressão pós-modernismo tentava identificar tudo o que vinha após o
modernismo. No entanto, é difícil definir esse movimento, porque ele bebeu de
todas as fontes arquitetônicas ocidentais, até mesmo do modernismo, apesar de
renegá-lo em muitos aspectos.
Surgiu a partir da década 60 e perdurou até o início da década de 90 . Seu
auge é associado à década de 80 (e final da década de 70) em figuras como
Robert Venturi, Philip Johnson e Michael Graves nos Estados Unidos, Aldo Rossi
na Itália, e na Inglaterra James Stirling e Michael Wilford, entre outros.
O pós-modernismo teve muito impacto na Europa nos Estados Unidos, no
Brasil não existiu o debate com o mesmo vigor e a grande tradição moderna,
mesmo bastante desgastada, não permitiu muito espaço para uma crítica de
qualidade da produção arquitetônica. Apesar de no Brasil não haver tamanha
representatividade na arquitetura pós-moderna, houve discussões em diversas
áreas. Como exemplo tem-se Vila Nova Artigas, que mesmo não tendo se

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desvinculado quase que por completo do Movimento Moderno, já mostrou-se
crítico e insatisfeito.
A chamada “arquitetura pós-moderna” brasileira se reflete em grande
parte na adoção dos elementos formais mais óbvios da manifestação norte-
americana do “movimento”. No Rio de Janeiro seu exemplo mais conhecido
talvez seja o edifício Rio Branco, projeto de Edison Musa, que repete o uso do
frontão – que se tornou uma marca de Philip Johnson – e subdivide o edifício em
base, corpo e coroamento (como na divisão clássica). Igualmente, o arquiteto
mineiro Éolo Maia adota como estilo alguns elementos da arquitetura do
americano Michael Graves entre outros (Maia utilizou um largo repertório de
referências em sua arquitetura). Ainda que criticada pela fragilidade de sua base
teórica, a adoção do “pós-modernismo” como estilo teve o importante papel de
atenuar a hegemonia da arquitetura moderna no Brasil, apontando a
possibilidade de novos rumos.
O arquiteto Robert Venturi traçou um paralelo de características
antagônicas entre o pós-modernismo e o modernismo.

Pós-Modernismo Modernismo
Simbolismo figurativo Simbolismo Insinuado
Ornamento aplicado Ornamento integrado
Arquitetura heterogênea Arquitetura pura
Arquitetura populista Arquitetura elitista
Evolutiva, seguindo ideais Revolucionária
históricos
Convencional e configuração Singular, arrojada até heroica
barata
Fachadas frontais belas e Todas as fachadas tratadas
luxuosas iguais
Construção convencional Tecnologia progressiva
Aceita escala de valores do Ideal do arquiteto
cliente

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8 ARQUITETURA CONTEMPORÂNEA

Fonte: todamateria.com.br

Para entender a arquitetura contemporânea, é importante, primeiramente,


fazer um breve resgate histórico: trata-se de um estilo da pós-modernidade que
surgiu no final dos anos 1980 e no início dos anos 1990 e se mantém em
produção até os dias de hoje.
Essa arquitetura atual não tem uma linguagem única. Na verdade, cada
uma de suas correntes reinterpreta a arquitetura do passado à sua maneira, seja
por meio da releitura dos estilos ou dos significados de elementos que estiveram
em voga em um período anterior.
Com o passar do tempo, os arquitetos puderam incorporar diversas
tecnologias ao seu processo criativo. Graças a isso, a arquitetura
contemporânea conta com o uso de materiais e de tecnologias avançadas da
construção civil.
Os programas específicos para a elaboração de projetos também se
tornaram muito importantes para todas as etapas da criação, já que ajudam na
economia e na flexibilidade do trabalho.
Para aplicar essa característica da arquitetura contemporânea em um
projeto, você deve prestar atenção nos itens que compra. Há muitas peças

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decorativas que são feitas com materiais bons — com estrutura em metal e
acabamento em fibra sintética, por exemplo, o que alia força e beleza.
Além de aperfeiçoar o design, a tecnologia permite a livre experimentação
com materiais mais sustentáveis e que garantem um resultado mais eficiente.
Alguns exemplos de práticas eco amigáveis da arquitetura contemporânea são:
 uso de materiais não tóxicos;
 uso de materiais naturais;
 uso de materiais recicláveis;
 e valorização da luz natural.
Para aplicar essa característica da arquitetura contemporânea em um
projeto de casa ou apartamento, você pode adquirir um móvel artesanal com
estrutura em madeira e acabamento em fita náutica. Essas matérias-primas,
além de mais naturais, são resistentes, o que evita a troca e o descarte
compulsivo.
Herdeira do pós-modernismo, a arquitetura contemporânea deixou o
desenho linear de lado para valorizar as formas distorcidas e fragmentadas. Por
causa dessa característica, muitas pessoas acreditam que o seu “caos
controlado” uma arquitetura agressiva, futurista e impactante.
Para aplicar essa característica da arquitetura contemporânea em seus
futuros projetos, você pode investir em peças artesanais — que valorizam a mão
de obra local — e as fibras sintéticas — que envolvem um processo industrial.

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9 ESTILOS ARQUITETÔNICOS MAIS MARCANTES NO BRASIL

Fonte: http://site.sca.com.br

9.1 Maneirismo

Com forte influência dos portugueses, esse estilo se consolidou no século


XVI, mas até hoje está presente no Brasil em igrejas, fortalezas, conventos e
mosteiros. Sua principal característica são fachadas geométricas e simétricas. O
mosteiro São Bento, no Rio de Janeiro, é um bom exemplo desse estilo.

9.2 Barroco e Rococó

Com riqueza de detalhes e utilizando muito ouro e pedras preciosas, o


estilo barroco se consolidou no século XVII no Brasil. Já o Rococó é considerado
a última fase do barroco, e está presente em fachadas tridimensionais e nas
cúpulas das igrejas. Um dos ícones desse estilo é Aleijadinho, que esculpiu
obras sacras em diversas cidades históricas de Minas Gerais. (Museu da
Inconfidência, Ouro Preto)

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9.3 Neoclassicismo

Com a volta dos traços simétricos e geométricos inspirados na arquitetura


greco-romana, o neoclassicismo se consolidou com a chegada da família real no
Brasil (1808), e por isso foi mais forte do centro do país, mas deixou sua
influência em todo o território. (Teatro da Paz, Belém, no Pará)

9.4 Ecletismo

Nos séculos XIX e XX, com o fim da escravidão, o estilo neoclássico


perdeu força. Com o crescimento da população urbana, as famílias de posses
procuravam se diferenciar através de casas com estilos arquitetônicos de outros
países e épocas. Essa mistura de estilos deu origem ao ecletismo. (Confeitaria
Rocco, Porto Alegre, Rio Grande do Sul)

9.5 Neogótico

Ressurgimento do estilo gótico no início do século XX aconteceu em


diversos países. O maior símbolo desse estilo arquitetônico no Brasil é a
Catedral da Sé, em São Paulo, que mostramos no post anterior. Há também
outros belos exemplos, como a Catedral de São João Batista, em Santa Cruz do
Sul, no Rio Grande do Sul.

9.6 Neocolonial

Ao contrário do estilo ecletista, que buscava referências no exterior, o


neocolonial buscava, lá no início do século XX, reafirmar as raízes culturais
brasileiras, com o ressurgimento do estilo colonial. A Faculdade de Direito da
USP, em São Paulo, demonstra bem as características marcantes desse estilo.

9.7 Modernista

Lá em 1922, com o centenário da independência brasileira e um “boom”


da brasilidade em diversos setores da arte, a arquitetura também se remodelou.

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O concreto aparente dava o tom de desenvolvimento urbano, e surgiram nomes
como o mítico Oscar Niemeyer e Lúcio Costa. Foi com Niemeyer que os edifícios
ganharam linhas curvas e se transformaram em verdadeiras obras de arte. O
edifício Copan, em São Paulo, mostra bem esse novo estilo, que se desmembrou
em diversos outros.

9.8 Contemporâneo

Se o modernismo começou a transformar a arquitetura naquilo que


conhecemos hoje, o estilo contemporâneo se incorporou de toda uma geração
de arquitetos utilizando muitas formas geométricas em seus projetos, de maneira
completamente assimétrica e não-linear. Apesar de não ser tão revolucionário
quanto o modernismo, ainda é referência nos projetos nos dias de hoje. O prédio
do SESC Pompeia, construído em 1977, é um ícone que ressalta bem essas
propriedades.

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http://site.sca.com.br/blog/?p=6447>. Acesso em 18/05/2018.

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