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UNIDADES 1 E 2

História
- Expansão Agrária
- As grandes rotas do comércio externo
- A Reconquista

EXPANSÃO AGRÁRIA

Ao longo dos anos as florestas e pântanos da Europa vão sendo


arroteados e transformados em terras cultivadas. A expansão da área
agrícola fez renascer antigas povoações abandonadas e criou outras

novas.
Houveram avanços técnicos como:
O emprego do ferro nos utensílios agrícolas.
As novas formas de atrelagem, que possibilitaram o melhor
aproveitamento da força animal.
A rotação trienal de culturas, que substituiu a divisão de terras
tradicional.

O crescimento demográfico
A maior abundância de alimentos diminuiu as fomes que, por sua
vez causaram a diminuição das epidemias.
Entre o século XI e XIII a população europeia quase duplicou. Na
Europa Ocidental o crescimento foi maior, a França com era o país
mais povoado com um quarto da população europeia

AS GRANDES ROTAS DO
COMÉRCIO EXTERNO

A partir do século XII com extensão ao século XII, criam-se


dois mundos, dois conjuntos económicos com zonas de
indústria bastante ativas, em torno do comércio. A zona Norte,
flamengo e alemão, e a zona Sul que tinha como principal
expoente os mercados italianos. Através da ligação por via
terrestre cria-se ainda um terceiro Pólo económico: as feiras da
Champgne.
Em consequência de todas as mudanças a níveis económicos
formam-se as grandes rotas comerciais: Flandres, Hansa, as
cidades italianas, e as feiras de Champgne.

A FLANDRES
A região da Flandres, onde se encontravam outras
importantes cidades como: Gand, Ypres, Donai e a com
teve bastante importância para o desenvolvimento e toda
a afluência a esta região a cidade de Bruges. Flandres
arrecada ainda mais riquezas e influência devido à sua
posição geográfica, que atraía, assim mercadores dos
quatro cantos da Europa. Nesta região fazia-se trocas e
vendas de produtos como: peles, madeira e cera vindas do
Norte; vinhos, sal e azeite da Península Ibérica; as lãs da
Inglaterra; alúmen da Síria e as especiarias do Oriente.
Hansa
O comércio da Hansa, em que as principais cidades eram
Hamburgo, Dantzig, Riga, Colória e Lubeque.
Com o crescente desenvolvimento do comércio à distância
ficavam, assim, muito mais vulneráveis as mercadorias e os
mercadores, criando-se assim para o efeito de proteção e
defesa as associações mercantis: as hansas ou guildas.
A liga hanseática era uma vasta associação que agrupava
cerca de noventa cidades e era destinada assegurar o
monopólio do comércio do mar Báltico e a região do mar
do Norte. Nesta região os principais produtos que
circulavam eram: vinho, sal, lãs, azeite, tecidos, cereais,
peles, gorduras, cera até madeira.

As cidades italianas
As cidades do Norte da Itália em que as principais cidades eram
Amalfi, Génova, Pisa e Génova estas cidades controlavam o
comércio e serviam de entreposto entre o Ocidente, o Norte de
África e próximo Oriente. Os principais produtos eram:
especiarias, tecidos, perfumes pedras preciosas vindos do Oriente;
marfim, escravos, ouro, madeiras exóticas vindos de África. Como
consta no texto a cima, este comércio intenso provoca rivalidades
entra várias cidades como Génova, Veneza, e Pisa.
As feiras de Champagne
As feiras de Champagne que abrangiam cidades como: Lagny,
Bar-sur-Aube, Provins e Troyes. Estas feiras tinham ofereciam
condições de alojamento e armazenamento vantajosas bem
como a isenção ou redução de impostos a fim de atrair
feirantes. Os produtos que mais circulavam eram: lãs da
Inglaterra; Sedas da Itália; Couros de Espanha; Peles de
Alemanha e vinhos vindos da França.Depois desta breve
análise às principais rotas de comércio, pode-se constatar que
todas elas eram diferentes, detinham bastante independência e
dinamismo, apresentando todas o objectivo de dominar o
comercio medieval.

As novas práticas comerciais e financeiras


Nos últimos séculos da Idade Média criaram-se novas técnicas
de negócio, estimuladas pelo desenvolvimento comercial.
Os mercadores inventaram novas práticas que lhes
proporcionassem facilidade e segurança nas suas transações,
assim surgiram as sociedades comerciais, os seguros e os
pagamentos em papel (cheque).
Com o desenvolvimento comercial, criaram-se novas
atividades: os cambistas e os banqueiros. Estes estavam
presentes nas feiras e nas praças comerciais, onde era habitual a
troca da moeda. Rapidamente alargam a sua atividade
realizando depósitos e transferência de dinheiro, e também
operações de crédito.
A RECONQUISTA

Entre os séculos XII e XIII, dava-se a reconquista cristã da


Península Ibérica aos muçulmanos. Portugal constituiu-se
como Estado e fixou o seu território nas fronteiras que
mantém hoje em dia.
Afonso Henriques transformou o condado portucalense no
reino autónomo de Portugal. Após este feito revoltou-se
contra o seu primo rei de Leão e Castela e emperador das
Espanhas, a quem devia obediência e lealdade.
Em 1143, Afonso VII reconheceu Afonso Henriques como rei
na conferência de Zamora, este só ficou desvinculado em
1149. Após isto e através da Bula Manifestis Probatum, o Papa
Alexandre III dignou-se a acolher-se sob a proteção da Santa
Sé. Na condição dos vassalos do Papa, os Reis de Portugal
viram-se desobrigados a obedecer a qualquer outro soberano.
No entanto, Afonso Henriques prosseguiu com a
conquista dos territórios aos muçulmanos. A linha do Tejo
foi conquistada em 1147, com as conquistas de Santarém e
Lisboa. Obteve a posse de Sintra, Almada e Palmela para
assegurar a defesa de Lisboa. Em 1148 conquistou Alcácer
do Sal firmando a presença portuguesa na linha do Sado.
Beja em 1162 e Évora em 1165 foram conquistadas. Em
1185 deu-se a morte do primeiro rei de Portugal, Afonso
Henriques a quem chamavam de o Conquistador.

A reconquista de Portugal continuou por mais um século.


D.Sancho I tornou-se rei de Portugal (1185-1211), este
mostrou-se um grande guerreiro, tendo vencido duas guerras
no Algarve, mas não resistiram aos ataques Almóadas e
perderam as posições a sul do Tejo, deixando apenas Évora.
D.Afonso II (1211-1223) revelou-se um monarca de ação
militar inferior. As tropas portuguesas avançaram para o
Alentejo e intervieram ao lado dos Castelhanos, Aragoneses e
Franceses na defesa da península contra os Mouros,
derrotando-os na batalha de Novas de Tolosa (1212).
Durante o reinado de D.Sancho II (1223-1245), o território
português expandiu-se no Alentejo, chegando ao Algarve
oriental entre 1234 e 1239.
Já com D.Afonso III (1248-1279) terminou-se a conquista do
Algarve. O Norte cristão fixou-se no Sul islâmico e, por sua
vez, a Reconquista portuguesa chegou ao fim.

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