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Resumos História-3º teste

1. Reconhecer o cristianismo como matriz identitária


europeia
Neste Ocidente europeu politicamente fragmentado, tal como o caracterizámos, um
elemento de união foi prevalecendo desde o desmembramento do Império Romano -
o culto cristão. Centralizado em Roma sob autoridade do papa, o culto cristão
ultrapassou todas as divisões territoriais e uniu todo o Ocidente numa identidade
comum, de forma mais consolidada à medida que os reinos bárbaros foram
evangelizados e novas áreas pagãs eram conquistadas ou áreas praticantes de outras
formas de culto reconquistadas. A Reconquista da Península Ibérica face à ocupação
árabe é um exemplo do alargamento da cristandade no Ocidente europeu.

2. Distinguir, em termos religiosos, culturais e geográficos, os


outros mundos: o Bizantino e o Islão.

3. Expansão agrária e crescimento demográfico


O desenvolvimento que esteve na base do crescimento económico europeu teve início
no mundo rural. Houve um aumento de produtividade, resultante do progresso dos
utensílios e das técnicas de exploração da terra

• Substituição da madeira pelo ferro nas alfaias agrícolas (que deu maior
rentabilidade ao trabalho);
• Melhor aproveitamento da força animal (que facilitaram o trabalho nos campos
e os transportes)
• Rotação trienal de culturas (que deixava apenas um terço da terra em pousio
contra a metade do afolhamento bienal)
• Fertilização dos campos (com marga, cinza e estrume animal), permitindo uma
maior rentabilidade dos solos)
Estes progressos associados a uma melhoria do clima permitiram o aumento do
rendimento das terras e uma melhoria da alimentação. As épocas de crises
agrícolas e de fome tornaram-se menos frequentes, favorecendo o aumento da
população.
4. Explicar o surto urbano;
O dinamismo do mundo rural foi acompanhado pelo ressurgimento das cidades, em
torno dos velhos castelos senhoriais, junto aos portos ou às vias de circulação, as
cidades aumentam em número e em tamanho. A partir do século XII, as cidades
medievais assumem um feição essencialmente económica. Nelas se estabelecem
mercadores, banqueiros, artesãos, lojistas, são eles os mais característicos habitantes
do burgo, criando um novo grupo social a burguesia. A cidade assume-se como polo de
atração.
5. Enquadrar as relações cidade-campo no renascimento de
uma economia de mercado
O maior rendimento agrícola permitiu a existência de excedentes que podiam ser
vendidos, favorecendo as trocas a nível local e regional. Com o desenvolvimento
económico, os locais e os circuitos de troca tornaram-se essenciais. Surgem mercados
e feiras, os mercados eram periódicos (semanais ou mensais) e neles se
comercializavam os excedentes da produção agrícola e os produtos artesanais da
região. As feiras eram nos locais onde os negócios se mostraram mais propícios,
alcançaram importantes volumes de vendas e tenderam tornar-se periódicas
(frequentemente anuais), associando-se muitas vezes a festividades religiosas. A
economia passou a ser monetária. Percorrer as feiras obrigou ao desenvolvimento dos
circuitos de comunicação terrestre e dos meios de transporte para pessoas e
mercadorias.
6. Descrever a configuração da cidade medieval
Cidade medieval envolta numa cintura de muralhas, separando o espaço urbano dos
bairros extramuros (arrabaldes) constituída por um núcleo central, onde residiam
as elites locais e dirigentes e onde se localizava o castelo, a praça principal, o
maior mercado, a sé ou igreja, o paço episcopal, os paços do concelho e as
moradias dos mercadores abastados pelo restante espaço urbano habitado por
artífices ou mesteirais, com as suas oficinas, e por mercadores;
4. Existência do termo, vasto território sobre o qual a cidade ou vila concelhia
exercia jurisdição, impunha obrigações fiscais ou militares e retirava as subsistências;
5. Instalação das minorias étnico-religiosas – judeus e mouros – em bairros próprios
extramuros, podendo ser tolerados dentro de muros;
6. Topografia urbana frequentemente desordenada e labiríntica, com ruas estreitas,
sombrias;
7. Distribuição dos ofícios por ruas próprias.

7. Localizar os polos mais dinâmicos da economia europeia


8. Traçar um quadro genérico das rotas e produtos
Flandres - as cidades de Gand, Ypres, Bruges e Donai eram grandes centros
manufatureiros especializados na produção de lanifícios. Graças á sua posição
geográfica estratégica bem como á força da sua industria, a Flandres não só exportava
os seus panos mas também atraía comerciantes oriundos das mais diversas partes da
Europa. À flandres chegavam produtos do báltico e da Rússia (cera e peles), produtos
mediterrâneos e especiarias orientais trazidas pelos italianos, produtos espanhóis
(amêndoas, figos, uvas), portugueses (mel, couro, azeite, uvas), ingleses (lãs, chumbo,
estanho, queijo).
Hansa; era a maior força económica e comercial do báltico e as suas principais cidades
eram Hamburgo, Dantzig, Riga, Colónia e Lubeque. Os comerciantes comercializavam
produtos agrícolas, madeiras, peles, etc.
Cidades italianas; os italianos desenvolviam o comércio em Génova e Veneza.
Comercializando tecidos de seda, pedras preciosas, pérolas, alúmen, peles, madeira,
peixe e arenque salgado.
Feiras da Champagne; realizadas nas cidades de Lagny, Bas-sur-Aube, Provins e Troyes,
foram as mais importantes de todas as feiras medievais. A sua localização geográfica e
as regalias que os reis e senhores ofereciam aos viajantes atraíram mercadores de toda
a Europa. Aí se trocavam lanifícios, sedas, artigos de couro, peles, linhos, cereais,
vinhos e corantes.
9. Explicar o desenvolvimento das novas práticas financeiras
A economia monetária sobrepunha-se lentamente á economia natural. Esta era um
sistema económico em que toda a produção excedentária se destinava ao mercado,
tornando as trocas essenciais e indispensáveis. O intenso desenvolvimento comercial
obrigava a uma maior utilização da moeda e a inovações nas técnicas dos negócios.
Cheques e letras de câmbio; funcionavam como um papel-moeda que evitava o uso do
numerário. Assim, permitiam substituir o transporte de dinheiro vivo, sempre mais
arriscado e volumoso, fazendo operações de pagamento em papel.
Sociedades comerciais; permitiam reunir capital a uma escala a que os particulares
dificilmente poderiam ter acesso e, da mesma forma, repartir os lucros do negócio
proporcionalmente a esse investimento inicial.
Câmbios; eram uma necessidade constante numa economia de mercado que
manuseava moedas tão díspares como o florim (Florença), o ducado (Veneza) ou o tari
(moeda muçulmana).
Bolsas de mercadores; companhias de seguros que mediante o pagamento de certas
quantias por frete realizado para um fundo comum, cobriam os riscos das viagens, na
proporção dos capitais investidos.
Senhorios
Conforme o nome indica, o senhorio é a terra do senhor, isto é, de um nobre ou
membro de alto clero. Territorialmente o senhorio era propriedade fundiária, de
dimensão muito variável. Por norma, estas grandes propriedades eram formadas por
um núcleo mais significativo, dominado pelo castelo do senhor. Para além dos
rendimentos económicos que retirava da posse da terra, o senhor detinha também a
autoridade sobre os homens que a habitavam, tendo direitos como julgar e aplicar
penas, lançar impostos e outras taxas entre outros. Este duplo poder do senhor- o
domínio económico e a autoridade sobre os Homens- é uma das características mais
marcantes da época medieval. O senhor acumulava poderes que hoje pertencem ao
Estado.
Ducados e Condados
- Constituem os escalões superiores da nobreza medieval;
- Possuem senhorios colossais e muitas vezes vão aumentando devido às doações
régias, política de casamento…
- Estes senhorios englobam terras agrícolas, aldeias, vilas ou mesmo cidades;
Os reinos
Estado ou nação cujo o chefe é um rei. Foi no decurso da idade média que se
constituíram os reinos que estão hoje na base dos Estados Europeus. Este processo foi
mais rápido na Europa Ocidental. Na Europa Central e Oriental, este processo foi
entravado por razões várias, tendo a autoridade real dificuldade em se afirmarem
perante os grandes senhores. A constituição de um reino corresponde sempre ao
processo de identificação entre um rei, um território e seus habitantes.
Comunas
O termo, designou, inicialmente, a associação dos habitantes de uma cidade que tinha
por objetivo libertá-la da sujeição aos grandes senhores. Passou, depois, a designar a
cidade que, na Idade Média, possuía uma total ou muito ampla autonomia
administrativa. Iniciado no século XI, em Itália, o movimento comunal expande-se no
decurso dos séculos, XII, XIII, XIV.

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