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Soluções – ficha 8 – caderno de atividades

Grupo I
Questão 1
Explicitar dois progressos verificados no setor agrícola entre os séculos XI e XIII.
Escolher dois:
- expansão da área cultivada, devido a grandes arroteamentos que, no decurso de três séculos, transformaram em área de
lavoura muitos terrenos maninhos. Estes arroteamentos resultaram da atuação individual dos camponeses mas, sobretudo,
ficaram a dever-se à iniciativa de entidades várias – reis, senhores laicos, ordens monásticas – capazesde disponibilizar os
meios materiais necessários. Na imagem são visíveis várias parcelas de terra agrícola que podem ter resultado de novos
arroteamentos;
- maior emprego do ferro nos utensílios agrícolas, até aí fabricados quase totalmente em madeira e generalização de novos
instrumentos, como é o caso da grade e da charrua, visíveis no Doc. 1. A maior utilização do ferro melhorou a eficácia dos
instrumentos, permitindo aumentar a produtividade das terras;
- novas formas de atrelagem – a canga frontal para os bois e a coelheira rígida para o cavalo – patente no cavalo, em primeiro
plano – possibilitaram um melhor aproveitamento da força animal nos trabalhos agrícolas;
- melhor fertilização dos campos, com recurso à utilizaçãode marga e cinzas, bem como de maior quantidade de estrume
animal;
- sistema de afolhamento com rotação trienal de culturas,que permitiu deixar em pousio, cada ano, uma parte
substancialmente menor do que a tradicional divisão da terra em duas folhas (uma cultivada, outra em pousio).
Questão 2
De acordo com o historiador Guy Fourquin (Doc. 2)
b) o crescimento demográfico impulsionou e foi impulsionado pelos progressos agrícolas.
Questão 3
Apresentar dois fatores que explicam a evolução da ci- dade de Hildesheim (patentes nos Docs. 1 e 2).
O crescimento da cidade explica-se:
- pelos progressos agrícolas (Doc. 1), que permitiram criarexcedentes capazes de alimentar a população das cidades,
dinamizando os seus mercados;
- pelo crescimento demográfico generalizado, que se refletiu também no número de habitantes das cidades (Doc. 2).
Questão 4
Nomear o grupo social que, fruto do renascimento ur-bano, se individualiza cerca do século XII.
- Burguesia.
Grupo II
Questão 1
Associar cada uma das regiões económicas discriminadas na coluna A às cidades que lhes correspondem (coluna B).
a) – 3; b) – 4; c) – 2.
Questão 2
Apresentar duas condições vantajosas concedidas pelo rei de França aos mercadores com o propósito de incenti-var
as feiras da região da Champagne.
Escolher duas:
O Rei:
- concede liberdade de circulação no território francês, sem percurso e portagens obrigatórios: “Estes mercadores[…]
podem ir e vir com as suas mercadorias por onde quiserem” (Doc. 2);
- insta as autoridades do reino – “prebostes, bailios e outrosoficiais do nosso reino” – a que assegurem a livre circulaçãoque
concede aos mercadores: “ordenamos que vos oponhaisfirmemente a que os ditos mercadores sejam importunados”;
- assegura, nas feiras, condições vantajosas de alojamento e armazenamento dos produtos;
- reduz ou suprime os impostos devidos aos rei.
Questão 3
Desenvolver o tema:
O dinamismo económico do Ocidente europeu no século XIII
Introdução: Referência ao clima de paz e ao desenvolvimento agrícola e artesanal que se verificou na Europa entreos
séculos XI e XIV e que contribuíram para a reanimaçãodas rotas comerciais e a expansão urbana.

Zonas económicas mais dinâmicas e respetivas atividades:


Escolher três:
– as cidades das regiões do Báltico e Mar do Norte, como Lubeque, Hamburgo, Riga, Danzig, Colónia (Doc. 1), controladas pela
Liga Hanseática. Os comerciantes da Hansa foram importantes intermediários no comércio entre o Norte da Europa, aFrança, a
Inglaterra, a Flandres e a Península Ibérica. Traziamas peles, as madeiras, os cereais, a cera e as gorduras doNorte e do Leste
europeu, para onde levavam o vinho e o salde França, o azeite do Mediterrâneo, as lãs de Inglaterra e ostecidos da Flandres. O
importante papel desempenhado pelos mercadores hanseáticos era reconhecido pelos governantes locais que lhes concediam
privilégios e regalias (Doc. 2);
– a região da Flandres, com destaque para Bruges. As cidadesda Flandres (Gand, Ypres, Bruges…) (Doc. 1) desde cedo desenvolveram
uma próspera indústria de lanifícios. Os seus tecidos vendiam-se por toda a Europa e, por intermédio dos mercadores italianos,
chegavam até ao Oriente. Para além da manufatura de tecidos, esta região distinguia-se pela atividade comercial. Às suas cidades
afluíam mercadores de todas as regiõesque, beneficiando dos privilégios concedidos (autorizações deresidência e de comércio), aí
instalam as suas lojas, oficinas e armazéns. A Flandres funcionava, nesta época, como uma placa giratória dos produtos do
comércio europeu;
– as cidades-feiras de Champagne, em França (Lagny, Provins, Troyes, Bar-Sur-Aube) (Doc. 1). Situada no eixo entre a Flandres
e a Itália, à região de Champagne afluíam merca-dores de toda a Europa, que aí negociavam as suas mercadorias (Doc. 2). As
feiras, realizadas nas quatro cidades refe- ridas, sucediam-se ao longo de todo o ano, tornando a região de Champagne um
autêntico mercado contínuo;
– a região do Norte da Itália, em especial as cidades de Génova, Florença e Veneza (Doc. 1). As cidades do Norte da Itá lia eram
também ativos centros de indústria têxtil, mas distinguiram-se, sobretudo, pela sua atividade mercantil, já que estabeleciam a
ligação entre a Europa ocidental, o ImpérioBizantino e o mundo islâmico. Através das rotas do Mediterrâneo e do Mar Negro,
os mercadores italianos faziam chegar aos mercados europeus os cobiçados produtos orien tais: as especiarias, os tecidos
finos, as pérolas, as pedraspreciosas e o alúmen, necessário à indústria tintureira.
Novas práticas comerciais e financeiras:
Escolher três:
– a internacionalização do comércio impulsionou a atividade dos cambistas ou banqueiros, que efetuavam a troca das
diversas moedas (Doc. 3);
– os cambistas (Doc. 3) rapidamente alargaram a sua atividade, passando a apoiar o comércio com operações de carácter
bancário, como os depósitos, transferências ou ope-rações de crédito;
– a alargamento dos circuitos comerciais e o aumento do volume de mercadorias transacionadas implicaram maiores
investimentos e ampliaram os riscos. Para garantir maior segurança e facilidade nas transações, criaram-se as primei- ras
sociedades comerciais e os primeiros seguros;
– fruto da expansão comercial, assiste-se ao nascimento das primeiras formas de pagamento em papel, como o cheque e a
letra de câmbio, que evitavam o risco de transportede quantias avultadas em dinheiro.

ETHA10DP @ Porto Editora


Grupo III
Questão 1
Ordenar, de acordo com o relato de Gilles le Muisit (Doc. 1),os seguintes acontecimentos:
d); c); f); b); a); e).
Questão 2
Entre as causas que provocaram repetidos surtos defome, na primeira metade do século XIV, conta-se
b) o esgotamento dos solos.
Questão 3
Explicitar dois fatores do recuo demográfico verificado noséculo XIV.
Escolher dois:
Para o recuo demográfico do século XIV contribuíram:
– as repetidas crises de subsistência, muitas vezes causa-das por perturbações climáticas. A escassez das colheitas
provocava a subida dos preços, tornando a fome um fenómeno frequente: “Devido às grandes chuvas torrenciais e
ao facto de os bens da terra terem sido colhidos em más condições […], produziu-se uma escassez de trigo e de sal
tão grande que […] a carestia aumentava dia a dia”; “o povocomeçou […] a comer pouco pão”; “por causa das intempé-
ries e da fome tão atroz”;
– as epidemias, favorecidas pela falta de higiene e de conhecimentos médicos, bem como pelos violentos surtos de
fome que deixavam os corpos mais débeis e permeáveis à doença: “por causa […] da fome tão atroz os corpos come-
çaram a debilitar-se e as doenças desenvolveram-se e resultou disso uma mortandade tão grande”; “o ar estava por
assim dizer totalmente corrompido”;
– a Peste Negra, a mais mortífera de todos os surtos epidémicos, que devastou a Europa entre 1347 e 1350. Trazida da
Crimeia pelos marinheiros genoveses, propagou-se por tododo continente, dizimando cerca de 1/3 da sua população;
– as guerras (Guerra dos Cem Anos, guerras civis, conflitos locais, revoltas regionais) que, para além das batalhas pro-
priamente ditas, traziam consigo a pilhagem de campos e cidades, provocando a fome e a doença nas populações.

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