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O FOGO PURIFICADOR DO ESPÍRITO SANTO

Texto: Mateus 3:11-12 ARC


11
E eu, em verdade, vos batizo com ÁGUA, PARA O ARREPENDIMENTO; mas aquele que
vem após mim é mais poderoso do que eu; não sou digno de levar as suas sandálias; ele
vos batizará com o Espírito Santo e com fogo. 12 Em sua mão tem a pá, e limpará a sua
eira, e recolherá no celeiro o seu trigo, e queimará a palha com fogo que nunca se
apagará.

Lucas 3:15-17 ARC


15
E, estando o povo em expectação e pensando todos de João, em seu coração, se,
porventura, seria o Cristo, 16 respondeu João a todos, dizendo: Eu, na verdade, batizo-vos
COM ÁGUA, mas eis que vem aquele que é mais poderoso do que eu, a quem eu não sou
digno de desatar a correia das sandálias; este vos batizará com o Espírito Santo e com
fogo. 17 Ele tem a pá na sua mão, e limpará a sua eira, e ajuntará o trigo no seu celeiro, mas
queimará a palha com fogo que nunca se apaga.

Ezequiel 36: 25-27


²⁵ Então aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas
imundícias e de todos os vossos ídolos vos purificarei.² ⁶ E dar-vos-ei um coração novo, e
porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos
darei um coração de carne. ²⁷ E porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis nos
meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e os observeis.

Ezequiel 39: 29
²⁹ Nem lhes esconderei mais a minha face, pois derramarei o meu Espírito sobre a casa de
Israel, diz o Senhor DEUS.

Joel 2:28
²⁸ E há de ser que, depois derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e
vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões.

Ponto Principal: João Batista fala sobre o batismo com o Espírito Santo como um purificador e
transformador de nossas vidas.

Introdução:
Há uma realidade espiritual que transcende do batismo da água: E O batismo com o
Espírito Santo.
Ao mesmo tempo em Efésios 4:5, vai dizer de 1 só batismo.
⁵ Um só Senhor, uma só fé, um só batismo;
Mateus e Lucas, transcrevem a fala de João Batista que diz que ele batizava com ÁGUA, PARA O
ARREPENDIMENTO, mas que Ele o Senhor Jesus, batizará com o Espírito Santo e com fogo. Então, se
prestarem bem atenção, parece que há 2 tipos de batismo, como entender isto? E como entender o
“com fogo” será que João está falando de Pentecostes, de labaredas de fogo? Não, temos que
entender isso porque este assunto tem confundido multidões de pessoas que, ou tiraram conclusões
erradas por si própria, ou aceitaram de boa algo mastigado por outra pessoa que também interpretou
de uma forma singular, sem a ajuda de quem poderia poderia de fato esclarecer, ou seja o PROPRIO
ESPIRITO SANTO.
João Batista, o pregador no deserto, apontou para essa verdade transformadora. Hoje,
exploraremos as palavras de João sobre o Espírito Santo como um fogo purificador e o que isso
significa para nossa jornada espiritual.
I. O Batismo com o Espírito Santo (Mateus 3:11):
A. João Batista declarou que ele batizava com água para arrependimento, mas aquele que
viria após ele batizaria com o Espírito Santo.
B. O batismo com o Espírito Santo é mais do que um ritual externo; é uma experiência
interior e profunda.

II. O Fogo Purificador (Mateus 3:11):


A. João comparou o batismo com o Espírito Santo ao fogo.
B. O fogo é um símbolo de purificação e transformação. Ele remove impurezas e molda novas
realidades.

III. Transformação Interior (Mateus 3:11):


A. O Espírito Santo não apenas nos lava por fora, mas também nos purifica por dentro.
B. Ele transforma nossos corações, mentes e caráter à imagem de Cristo.

V. O Processo de Purificação (Mateus 3:12):


A. João continuou sua descrição, alertando que o Espírito Santo separaria o trigo do joio.
B. Esse processo envolve uma separação entre os justos e os ímpios.

V. O Chamado à Busca do Espírito Santo:


A. João Batista nos lembra da importância de buscar o batismo com o Espírito Santo.
B. Devemos ansiar pela transformação e purificação que somente o Espírito Santo pode trazer.

VI. Conclusão:
O batismo com o Espírito Santo é um ato divino que purifica, transforma e capacita. À medida
que permitimos que o Espírito Santo trabalhe em nós, Ele nos molda à imagem de Cristo e nos
capacita para o serviço. Que busquemos o fogo purificador do Espírito Santo em nossas vidas, para
que possamos ser renovados, transformados e eficazes no serviço ao Senhor. O Espírito Santo é o
agente de transformação que nos capacita a viver vidas que glorificam a Deus.
Meus irmãos, vamos ler Mateus 3:1-17
1
Naqueles dias, apareceu João Batista pregando no deserto da Judéia e
dizia: 2 Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus. 3 Porque este é o referido
por intermédio do profeta Isaías: Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do
Senhor, endireitai as suas veredas.
11
Eu vos batizo com água, para arrependimento; mas aquele que vem depois de mim é
mais poderoso do que eu, cujas sandálias não sou digno de levar. Ele vos batizará com o
Espírito Santo e com fogo. 12 A sua pá, ele a tem na mão e limpará completamente a sua
eira; recolherá o seu trigo no celeiro, mas queimará a palha em fogo inextinguível.

Vocês se lembram que, ao tempo do nascimento de Jesus, José e Maria tinham parentes que residiam na
Judéia, na “região montanhosa de Efraim”. Havia uma prima de Maria, chamada Isabel, esposa do sacerdote
Zacarias. Poucos meses antes de Jesus nascer, Zacarias e Isabel também tiveram um filho, a quem deram o
nome de João.
Este João, “parente” de Jesus, tornou-se um profeta, e é sobre ele que lemos aqui, no início do capítulo 3 do
Evangelho de Mateus. Mais tarde, quando chegarmos ao capítulo 11, teremos oportunidade de voltar a João
Batista de modo mais amplo, diante do testemunho que o próprio Senhor Jesus deu a respeito dele.
Nos dias da Reforma Protestante surgiram grupos que mais tarde também vieram a ser chamados
“batistas”, mas naturalmente não existem vínculos históricos com este profeta. Ele é chamado “batista”, ou
“balizador”, porque começou a pregar a Palavra de Deus, exortando às pessoas que se arrependessem de
seus pecados, voltassem para Deus, começassem vida nova, e chamando-as a se submeterem ao batismo
com água como uma expressão de sua purificação espiritual.
Embora os ritos batismais não fossem uma novidade entre os judeus, os termos de João Batista é que
eram. Pois ele pregava uma purificação total de vida, uma mudança radical de pensamento; pregava
conversão, porque o reino de Deus estava se aproximando, e as pessoas deviam se preparar para ele. As
pessoas precisavam se arrepender, ele dizia, porque em breve viria alguém muito maior, alguém a quem ele
servia.
Ele, João, batizava com água, mas aquele que viria em breve batizaria com o Espírito Santo e com fogo.
Este alguém traria salvação; mas também traria juízo, como um homem que vai ao campo para colher os frutos
de suas árvores, e percebe que algumas não dão fruto. Então ele toma um machado, corta as árvores que não
dão fruto e a transforma em lenha para a fogueira. As pessoas precisavam “produzir o fruto digno do reino, o
arrependimento”, antes que chegasse o dia do juízo – arrependimento, “metanóia”, significa transformar a
maneira de pensar, e a partir disto, começar uma vida nova.
Então milhares de pessoas vinham a João Batista às margens do rio Jordão, na Judéia, e confessando os
seus pecados, eram batizadas por ele. Até os escribas e fariseus, vendo a popularidade do profeta, iam a ele
para serem batizados. Mas João, vendo que não era verdadeira a conversão de muitos deles, os exortava a se
arrependerem realmente, preparando seus corações para aquele que viria.
Um dia aconteceu uma coisa que nem mesmo João estava esperando. Jesus saiu da Galiléia, ao norte,
desceu até à Judéia, e foi encontra-se com João, a fim de ser batizado por ele. Nós sabemos, através do
Evangelho de João, que até aquele momento o “batista” não tinha ainda todo o conhecimento de que Jesus era
o Messias [1]. Nem sabemos se eles já se conheciam anteriormente.
Mas quando Jesus se aproximou, João o reconheceu e viu que ele não era mais um “simples pecador que
precisava se arrepender”. Pois João diz: “Não posso te batizar. Eu é que deveria ser batizado por ti”. E Jesus
respondeu: “Deixe por enquanto. É necessário que assim façamos, para que se cumpra toda a justiça”, isto é,
para que a justiça que Deus exige seja satisfeita.
Então João batizou ao Senhor. E logo que Jesus saiu da água, os céus como que se abriram; João viu o
Espírito de Deus descendo sobre Jesus, como se fosse uma pomba. E uma voz do céu dizia: “Este é o meu
filho amado, em quem me comprazo”.
Ao contar todas estas coisas, mais uma vez Mateus nos diz que nisto também estava se cumprindo uma
antiga profecia. Pois o profeta Isaías proclamara que, antes que o Senhor viesse, ele enviaria um precursor,
um arauto, clamando no deserto: “Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor, endireitai as
suas veredas”. Na vinda de João Batista, Mateus e os demais evangelistas perceberam um cumprimento
claríssimo das palavras de Isaías 40 versículo 3. João Batista era a voz que clamava no deserto, que
prepararia o caminho do Senhor Deus, o pastor de Israel.
E Jesus, o Senhor que viria: O pastor que carregaria as ovelhinhas nos braços. O criador das estrelas, o
Senhor do universo.O Deus que não se cansa nem se fadiga, que faz forte ao cansado, que multiplica as
forças do que não tem vigor.
Mais uma vez, Mateus nos apresenta Jesus como o prometido do Antigo Testamento. Por um lado, Jesus é
aquele quem trás a nós o cumprimento das promessas de Deus. Por outro lado, ele é quem satisfaz os desejos
de Deus em relação a nós. E ele consegue estas duas coisas, porque assume o nosso lugar diante de Deus,
como nosso representante. Jesus é a satisfação do coração de Deus.
Vamos começar com o v. 17 – “E eis uma voz dos céus, que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me
comprazo”.
1. Jesus é o amado Filho de Deus
“Este é o meu Filho amado, em quem está o meu prazer, em quem tenho alegria, em quem eu me deleito”.
O significado é “aquele em quem o meu prazer está”, isto é, “em quem o meu plano de salvação está
centralizado” [2].
Em nossos estudos anteriores, vimos como Mateus comprova que em Jesus se cumprem muitas promessas
feitas por Deus no Antigo Testamento. No cap. 1:1-17, Jesus é o descendente de Abraão, por meio de quem
são abençoadas todas as nações da Terra. Jesus é também o descendente de Davi, herdeiro de um reino
eterno, que reina com amor, sabedoria e justiça. Ainda no cap. 1, do versículo 18 em diante, Jesus é Emanuel,
Deus que se fez homem, habitou entre nós e está sempre conosco. É o Deus-Homem que nos salva dos
nossos pecados. No cap. 2, Jesus é o rei-pastor, o guia que apascenta suas ovelhas. Os planos do amor de
Deus para a nossa salvação, para o nosso cuidado, se cumprem em Jesus.
Deus é santo e justo. Por causa disto era necessário que os nossos pecados fossem castigados. Deus é
santo, justo e amoroso. Por causa disto ele desejava perdoar os nossos pecados. A justiça e o amor santos de
Deus não se satisfariam com nada menos que estas duas coisas. Então Deus determinou que em Cristo os
nossos pecados seriam castigados. E que também por causa de Cristo os nossos pecados seriam perdoados.
Há uma passagem no profeta Isaías, que, embora possa nos chocar com sua maneira de falar, representa
esta grande verdade.
Is 53:6
“Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez
cair sobre ele a iniquidade de nós todos”.
Is 53:10
“Todavia, ao SENHOR agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando der ele a sua alma como oferta pelo
pecado, verá a sua posteridade e prolongará os seus dias; e a vontade do SENHOR prosperará nas suas
mãos”.
Note o v. 10: “Ao Senhor agradou moê-lo...”, o Senhor desejou que ele sofresse, fazendo cair sobre ele
todos os nossos pecados. E agora vejamos o v. 5
“Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz
a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados”.
Isto trás consigo pelo menos duas grandes implicações imediatas:
A primeira, irmãos, é que Jesus é o único caminho para a nossa salvação e para todo o nosso
relacionamento com Deus. Se ele é o Filho amado de Deus, em quem o Pai se satisfaz, isto quer dizer que não
existem outros. Por isto é que Jesus nos diz: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai,
senão por mim”.[3] Agora vejamos o testemunho de Pedro:
At 4:11-12
“Este Jesus é pedra rejeitada por vós, os construtores, a qual se tornou a pedra angular. 12 E não há salvação
em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual
importa que sejamos salvos”.
A segunda implicação é que, se Jesus é aquele em quem os planos de Deus se cumprem, ele satisfaz
plenamente tudo quanto a justiça de Deus requer. Em outras palavras, Jesus é o nosso suficiente Salvador;
não precisamos mais nada, nem mais ninguém, além de Jesus. Por meio de Jesus nós realmente temos paz
com Deus. Por meio de Jesus nós fomos para sempre e eternamente reconciliados com o Pai celeste. Por
meio de Jesus nós estamos realmente salvos.
2. Em Jesus a vontade de Deus foi plenamente satisfeita
Isto fica patente aos nossos olhos quando vemos o proceder de Jesus em relação a João Batista. Há dois
pontos que desejo destacar:
2.1 – Jesus precisou ser batizado com água – isto o identifica conosco
Jesus foi até João a fim de ser batizado. E João ficou espantado.
- “Eu não sou digno de carregar as tuas sandálias. Eu é que deveria ser batizado por ti, e tu vens a mim”?
Pois em Jesus não havia pecado. Não havia coisas das quais ele precisava se arrepender. Não havia
pecados que ele precisasse confessar. Não havia imundícies das quais se purificar.Mas Jesus respondeu a
João: “Nós precisamos fazer assim, porque esta é a maneira como será satisfeita toda a justiça”.
O que isto quer dizer? Se Jesus não era pecador, porque ele teria que ser batizado com água, como se
fosse? Creio que a explicação mais concisa se encontra na 2ª Carta aos Coríntios:
2ª Co 5:21
“Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus”.
Jesus estava assumindo em si mesmo a nossa condição de pecadores. Condição que seria levada às
últimas consequências quando ele desse a sua vida na cruz em nosso lugar. Estava se identificando conosco
como pecadores.
2.2 – Jesus foi ungido com o Espírito Santo – isto o identifica com Deus
Isto é, por um lado, ligado a nós, por outro, ligado ao Pai. Em Isaías há uma profecia lindíssima a respeito
da unção de Jesus pelo Espírito Santo
Is 61:1-3
1
O Espírito do SENHOR Deus está sobre mim, porque o SENHOR me ungiu para pregar boas-novas aos
quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em
liberdade os algemados; 2 a apregoar o ano aceitável do SENHOR e o dia da vingança do nosso Deus; a
consolar todos os que choram 3 e a pôr sobre os que em Sião estão de luto uma coroa em vez de cinzas, óleo
de alegria, em vez de pranto, veste de louvor, em vez de espírito angustiado; a fim de que se chamem
carvalhos de justiça, plantados pelo SENHOR para a sua glória.
No Evangelho de Lucas esta passagem é citada especificamente pelo Senhor
Lc 4:17-21
17
Então, lhe deram o livro do profeta Isaías, e, abrindo o livro, achou o lugar onde estava escrito: 18 O Espírito
do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar
libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, 19 e apregoar o
ano aceitável do Senhor. 20 Tendo fechado o livro, devolveu-o ao assistente e sentou-se; e todos na sinagoga
tinham os olhos fitos nele. 21 Então, passou Jesus a dizer-lhes: Hoje, se cumpriu a Escritura que acabais de
ouvir.
No livro de Atos o apóstolo Pedro resume muito bem toda a obra de Jesus, iniciando aqui no batismo que
João.
At 10:37-42
37
Vós conheceis a palavra que se divulgou por toda a Judéia, tendo começado desde a Galiléia, depois do
batismo que João pregou, 38 como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com poder, o qual
andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele; 39 e
nós somos testemunhas de tudo o que ele fez na terra dos judeus e em Jerusalém; ao qual também tiraram a
vida, pendurando-o no madeiro. A este ressuscitou Deus no terceiro dia e concedeu que fosse
manifesto, 41 não a todo o povo, mas às testemunhas que foram anteriormente escolhidas por Deus, isto é, a
nós que comemos e bebemos com ele, depois que ressurgiu dentre os mortos; 42 e nos mandou pregar ao povo
e testificar que ele é quem foi constituído por Deus Juiz de vivos e de mortos.
Assim, identificando-se conosco, tornando-se como nós, batizando-se com água, e ungido com o Espírito
Santo, Jesus pode se tornar o nosso representante diante de Deus, e iniciou seu ministério. A justiça de Deus
estava sendo feita.
3. Jesus nos concede o Espírito Santo
Uma vez que Jesus satisfez completamente a justiça de Deus, ele adquiriu para nós o direito de recebermos
o Espírito Santo.
v. 11
“Eu vos batizo com água, para arrependimento; mas aquele que vem depois de mim é mais poderoso do que
eu, cujas sandálias não sou digno de levar. Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo”.
Porque João Batista nos diz que Jesus batizaria seus ouvintes com Espírito Santo e com fogo? Nas
Escrituras, muitas vezes o fogo é um símbolo de purificação. No contexto, João estava dizendo que a vinda de
Jesus traria salvação para muitas pessoas, isto é, para aquelas que, arrependidas de seus pecados se
convertessem. Mas para aqueles que não se arrependessem, seria como um machado colocado na raiz das
árvores, que as cortaria e lançaria no fogo. Para uns, portanto, a vinda de Jesus traria o batismo com o Espírito
Santo, mas para outros, traria o juízo.
Diante disto, há duas principais possibilidades de interpretação:
Alguns entendem que o batismo com fogo é um aspecto do batismo com o Espírito, que trás purificação na
vida espiritual do crente. Outros entendem que o batismo com fogo é o batismo do juízo sobre os descrentes.
Mas seja qual for a maneira de se entender, o ponto principal é que Jesus concede o Espírito Santo. Esse
batismo com o Espírito Santo também é uma promessa de Deus através dos profetas, como Isaías, Ezequiel,
Joel e Zacarias. Eu quero destacar o profeta Ezequiel. Ele diz que o Espírito seria dado para a nossa
regeneração espiritual.
Ez 36:25-27
25
Então, aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purificados; de todas as vossas imundícias e de todos os
vossos ídolos vos purificarei.26 Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espírito novo; tirarei de vós o
coração de pedra e vos darei coração de carne. 27 Porei dentro de vós o meu Espírito e farei que andeis nos
meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis.
E o apostolo Paulo nos ensina que é precisamente isto o que acontece quando cremos em Jesus para a
nossa salvação e nos convertemos a ele.
Tt 3:4-6
4
Quando, porém, se manifestou a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o seu amor para com todos, 5 não
por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar
regenerador e renovador do Espírito Santo, 6 que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo,
nosso Salvador...
Na carta aos Coríntios, ele diz que é graças ao Espírito Santo que somos capacitados a conhecer as coisas
que Deus tem preparado para nós.
1ª Co 2:12
“Ora, nós não temos recebido o espírito do mundo, e sim o Espírito que vem de Deus, para que conheçamos o
que por Deus nos foi dado gratuitamente”.
Não vamos agora estudar sobre a obra do Espírito em nossa vida, mas destacar que ele é um dom de Jesus
a nós.
Jo 7:37-39
37
No último dia, o grande dia da festa, levantou-se Jesus e exclamou: Se alguém tem sede, venha a mim e
beba. 38 Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva. 39 Isto ele disse com
respeito ao Espírito que haviam de receber os que nele cressem; pois o Espírito até aquele momento não fora
dado, porque Jesus não havia sido ainda glorificado.
Quando é que o Espírito Santo foi dado?
At 2:33
“Exaltado, pois, à destra de Deus, tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que
vedes e ouvis”.
Assim, a promessa é esta: todos aqueles que recebem a Jesus como seu Salvador, recebem o dom do
Espírito Santo, em seu coração, em seu interior, e este Espírito de Deus se torna nele uma fonte de vida, paz,
alegria, amor, bondade, poder, consolação, orientação, santificação, comunhão com Deus, conhecimento dele,
dons espirituais.
Todas as coisas que Jesus nos veio trazer são dadas a nós mediante o Espírito Santo que veio habitar em
nosso coração. Pense naquele que habita em nosso coração: o Espírito de Deus, que pairava sobre as águas
na criação do mundo; o Espírito Santo que ungiu os lábios de Jesus, para que palavras de graça saíssem de
seus lábios; o Espírito Santo que foi enviado para nos ensinar sobre Jesus, para nos dar poder para
testemunhar ao mundo; o Espírito Santo que nos foi dado a fim de que conheçamos as coisas de Deus: sua
graça, seu amor, sua misericórdia, sua bondade, sua santidade, suas promessas, e muitas outras coisas
celestiais, maravilhosas, que nem olhos ouviram, nem ouvidos ouviram, nem jamais subiram ao coração
humano, mas que Deus tem preparado para aqueles que o amam.
Que concede a cada um de nós dons espirituais. O Consolador, o Conselheiro, que nos dá graça para
crescer em amor, até que a semelhança de Cristo seja formada em nós. O Espírito Santo que nos deseja para
si, que, como diz Tiago, “anseia por vós, que tem ciúmes de vós”.[4] O Espírito Santo que nos prepara para o
céu. Ele é como um rio de águas fruindo em nosso interior, um dom para todos os que nele creem.
Conclusão
Assim, Jesus é o nosso mediador diante de Deus. Pois Jesus é quem satisfaz os desejos de Deus em
relação a nós. Jesus é também aquele quem trás a nós o cumprimento das promessas de Deus. E ele
consegue estas duas coisas, porque assume o nosso lugar diante de Deus, como nosso representante; e
representa, ou melhor, revela a Deus diante de nós. Jesus é perfeito.
Aplicação
1. Podemos confiar nele, e somente nele, como nosso Deus e Salvador
“Não existe nenhum outro nome dado entre nós, para que sejamos salvos”.
Eu gostaria de enfatizar que existe uma diferença entre “crer” e “confiar”.
Lembra-se daquela velha história do equilibrista que desafiou seus espectadores? Ele estava atravessando
uma corda bamba e perguntou se alguém acreditava que ele seria capaz de carregar alguém sobre os ombros.
Muitos disseram que sim (acreditavam). Então ele perguntou se alguém subiria em seus ombros para
atravessar com ele (ninguém se apresentou, pois não confiaram).
Nós podemos falar de “crer” como uma espécie de “assentimento intelectual”. Podemos, neste sentido “crer”
que Jesus é Deus, pois as evidências nos convencem. Mas isto não significa que confiamos em Jesus. Confiar
significa mais do que isto: é nos entregarmos a ele, é saber, de coração, que ele nos ama, que ele nos perdoa,
cuida de nós, providencia a cada dia o que precisamos, que o nosso futuro está nas mãos dele, e esse futuro é
bom, pois ele é bom.
2. Podemos confiar no Espírito Santo que habita em nós.
Ele não habita em nós porque tenhamos feito algo que nos torne merecedores, mas porque Jesus satisfez a
justiça de Deus e conquistou para nós este dom. Então simplesmente confiemos que ele está conosco.
E tenhamos comunhão com ele. Podemos contar com seu consolo, sua orientação, seus dons, seu amor,
sua condução, seu fortalecimento. Podemos honrá-lo, entregando a ele o nosso coração, buscando seu poder,
meditando em suas Palavras, pois toda a Escritura é inspirada por ele. E na meditação de suas Palavras,
podemos contar com sua iluminação da nossa mente.

O que é o batismo com fogo na Bíblia?


Existem basicamente três tipos de interpretações sobre o que é o batismo com fogo na Bíblia:

1. Alguns entendem que o batismo com fogo se refere apenas ao derramamento do Espírito Santo
no Pentecoste.
2. Outros sugerem que o batismo com fogo significa exclusivamente o juízo de Deus sobre o ímpio.
Dessa forma há uma conexão direta e especial com o juízo final.
3. Por fim, há também aqueles que defendem que o batismo com fogo está relacionado tanto ao
Pentecoste como ao juízo final.

Para compreendermos corretamente o que significa o batismo com fogo mencionado por João,
precisamos manter em mente o que foi dito acerca do simbolismo do fogo nas Escrituras. Enquanto o fogo
da ira de Deus destrói o ímpio, o fogo de sua santidade purifica os santos. É sob esses dois aspectos que
devemos entender o que é o batismo com fogo.

Num certo sentido o batismo com fogo mencionado por João está em conexão com o Pentecoste e com a
era introduzida ali. É por isso que o batismo com fogo aparece diretamente ligado ao batismo com o
Espírito Santo na pregação de João Batista.
Quando o Espírito Santo foi derramado sobre os crentes em Jerusalém, foram vistas “línguas repartidas
como de fogo”. Essas línguas pousaram sobre cada um daqueles seguidores de Jesus Cristo que
estavam reunidos aguardando o cumprimento daquela promessa. Então eles começaram a falar em
outras línguas conforme o Espírito Santo concedia que falassem (Atos 2:3,4). Saiba mais sobre quem é o
Espírito Santo de Deus.
No entanto, aqui vale lembrar que o profeta Joel havia profetizado sobre esse momento em que o Espírito
Santo seria derramado sobre toda carne. Em sua profecia, ele claramente conectou esse evento ao juízo
vindouro (Joel 2:30; Atos 2:19). Mais tarde, o apóstolo Paulo tratando sobre o “falar em outras línguas” em
conexão com o que havia acontecido no Pentecoste, também se referiu ao fato de que, segundo as
Escrituras, tais línguas são um sinal do juízo de Deus sobre os incrédulos (1 Coríntios 14:21,22).
O batismo com fogo e a condenação dos ímpios
Em outras palavras, a benção do derramamento do Espírito Santo que ocorreu no dia de
Pentecostes também está diretamente ligado nas Escrituras ao juízo de Deus. Isso significa que enquanto
os crentes eram batizados com o Espírito Santo, aquele evento que marcava a transição da Antiga Aliança
para a Nova Aliança também anunciava o juízo de Deus sobre os ímpios. Estes inevitavelmente serão
batizados com o fogo da ira de Deus, um batismo de condenação por conta de seus pecados.
Esse entendimento está de acordo com o contexto imediato onde João fala sobre o batismo de fogo. É
fácil perceber que ele enfatiza claramente que Deus não deixará o ímpio impune. João fala que “o
machado está posto à raiz da árvore; e toda árvore que não der bom fruto será cortada e lançada ao
fogo” (Mateus 3:10).
Em seguida, ele diz que Cristo é quem batiza com o Espírito Santo e com fogo. Ele também explica o que
isto significa ao dizer que o Messias traz em sua mão a pá “e limpará sua eira, juntando seu trigo no
celeiro, mas queimará a palha com fogo que nunca se apaga” (Mateus 3:11,12).
Alguns comentaristas preferem separar claramente a sentença “Ele batizará com o Espírito Santo e com
fogo” em duas partes: 1) o batismo com o Espírito Santo para a salvação, conectado ao trigo que é
recolhido ao celeiro; 2) e o batismo com fogo para a condenação, conectado à palha que é queimada em
fogo inextinguível.
Sem duvida essa é uma boa interpretação. Mas é importante que seja ignorada a unidade da
sentença: “Ele batizará com o Espírito Santo e com fogo”. Essa unidade expressa a relação que há entre o
derramamento do Espírito Santo sobre os redimidos purificados de seus pecados, e o juízo Divino
derramado sobre os incrédulos impenitente. Os ímpios são batizados com o fogo da ira de Deus para a
destruição eterna. Já os salvos não experimentam esse castigo, porque em Cristo esse fogo já passou
sobre eles.

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