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Para nascer de novo.
É necessário nascer de novo. Quem não nasce do Espírito não pode ver o Reino de Deus.
O Espírito Santo, Senhor e vivificador é quem produz em nós o novo nascimento. Esta
afirmação é do próprio Jesus a Nicodemos, no capítulo 3 do Evangelho de João.
É realmente uma nova gestação. Da primeira, pela intercessão de nossos pais, temos um
nascimento, que é carne e que nos faz participantes da natureza humana. Mas é necessário,
entretanto, outro nascimento, que acontece por força do alto, que vem de Deus, pelo poder do
seu Espírito Santo.
Disse Jesus: “Quem nasce da carne é carne e quem nasce do Espírito é espírito”.
Quando fomos batizados recebemos, pela ação efetiva desse sacramento, em gérmen,
essa vida nova e temos, na profundeza do espírito, um novo nascimento. Mas, devemos fazer
posteriormente uma opção lúcida, livre e consciente do que recebemos em pequenos. Devemos
confirmar, ratificar o que declararam nossos pais quando nos conduziram para o batismo.
Dizia Santo Agostinho: “quando pequenos nossos pais e padrinhos nos emprestaram os
pés para caminharmos à Igreja, o coração para crermos e os lábios para confessarmos a nossa
fé. Mas depois cada um deve fazer sua própria decisão e opção, dirigindo-se por seus próprios
pés até à Igreja, crendo com seu próprio coração e confessando a fé com os próprios lábios”.
Decisão é uma opção lúcida, livre e consciente que se abre à experiência desse novo
nascimento de onde começa, também, a experiência de vida nova.
Tudo isso é obra do Espírito Santo de Deus que:
1. faz-nos reconhecer pecadores. Todo o processo de conversão é obra do Espírito Santo:
o convencimento do pecado, o arrependimento e o reconhecimento de que necessitamos de um
salvador.
Sem a ação reveladora do Espírito Santo não descobrimos, nem reconhecemos nossos
pecados, ou somente os vemos acrescidos de um complexo de culpa, ou ainda, tão somente
como a transgressão de um código moral ou ético.
Necessitamos, pois, convidar e acolher o Espírito Santo para que com sua ação possamos
descobrir e reconhecer nossos pecados e vê-los como atitudes que rompem a amizade com
Deus; como um “não” à Sua presença e ação em nós.
A ação do Espírito Santo nos capacita não só ao reconhecimento objetivo do pecado, mas
também ao reconhecimento de uma maneira subjetiva de nossa situação de pecadores, ou seja,
que precisamos de salvação produzindo com isso em nosso ser a vontade eficaz de levantarmos
e caminharmos à casa do Pai.
Admitimos que não somos pecadores porque pecamos, pecamos porque somos
pecadores e que precisamos reconhecer nossas faltas.
2. faz-nos descobrir e reconhecer Jesus Cristo como Salvador, desperta em nós a
necessidade de salvação.
É o Espírito Santo quem nos faz tomar consciência de que somente Deus nos dá a
salvação, dando-nos a real certeza de que fora de Dele ela não existe. Alerta-nos contra as
falsas promessas, pretensos substitutos ou ainda dimensões puramente humanas para a
salvação.
Não basta nos inteirarmos da ação do Espírito Santo. É necessário nos abrirmos à
Sua ação.
Claro que não basta estarmos cientes da multiforme ação do Espírito Santo, necessitamos,
também, abrirmo-nos à Sua ação, voltando-nos para Ele, invocando-O e convidando-O a vir
habitar o nosso ser.
“Vem, Espírito Santo” é o grito que tem ecoado pelos séculos na Igreja.
“Vem, Espírito Santo, ilumina-nos, conduza-nos a Jesus, a Jesus Cristo, nosso Senhor e
Salvador”.
É o Espírito Santo quem prepara nosso coração. É Ele quem, pela ação sacramental
eficaz, seja do batismo ou da reconciliação, realiza a obra da salvação.
Abramo-nos ao Espírito Santo. Tomemos consciência de que é Ele quem nos conduz para
o caminho da conversão e quem produz em nós o novo nascimento.
Todo batizado necessita da experiência da ação vivificadora do Espírito Santo, que se
traduz em um novo nascimento sempre atual.
“Então espargirei água pura sobre vós, e ficareis putrificados; de todas as vossas
imundícias e de todos os vossos ídolos vos purificarei. Dar-vos-ei um coração novo, e porei
dentro em vós um espírito novo; tirarei de vós o coração de pedra, e vos darei um coração de
carne. Porei dentro em vós o meu Espírito, e farei com que andeis nos meus estatutos, e
guardeis os meus juízos e os observeis”. (Ezequiel 36:25-27)
“Mas esta é a aliança que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor.
Porei a minha lei no seu interior, e a escreverei no seu coração. Eu serei o seu Deus, e eles
serão o meu povo”. (Jeremias 31:33)
QUESTIONÁRIO
1. Marque certo (C) ou errado (E), conforme o caso, segundo sua interpretação:
2. Você concorda com a afirmação de Santo Agostinho? (relacione isto com sua vida):
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