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Preparação Espiritual

para o Jubileu de Ouro da


RCCBRASIL
Atualizando o
Pentecostes Perene
O Ano de 2017 foi marcado pela celebração do Jubileu
de Ouro daquele que foi o marco de início da Renovação Ca-
rismática Católica no mundo (Duquesne 1967). A partir desta
data jubilar, queremos nos colocar em feliz expectativa e lan-
çar os fundamentos de nossa preparação espiritual para o
Jubileu de Ouro da RCCBRASIL, que se dará em 2019.

... Trabalharemos, portanto, a Palavra-chave PENTE-


COSTES PERENE. Desejamos que a preparação para nos-
sos Grupos de Oração se tornem verdadeiros Cenáculos de
Jerusalém nos dias de hoje. Para esta 1 etapa a virtude teolo-
gal exercitada será a fé....

A primeira etapa que iniciaremos com todo o vigor, terá


como Palavra-chave PENTECOSTES PERENE. Na profecia
de Joel lemos que Deus derramará o Seu Espírito sobre todo
ser vivo, sobre filhos e filhas, sobre jovens e anciãos e até so-
bre escravos e escravas, denotando a universalidade e atem-
poralidade do derramamento do Espírito Santo (cf. Jl 3,1-5).
Jesus, por sua vez, nos diz no Evangelho de São João: “E
eu rogarei ao Pai e ele vos enviará um outro Paráclito para
que fique eternamente convosco” (Jo 14,16). Ainda: os Papas
contemporâneos à RCC, a começar por Paulo VI nos dizem
que a Igreja necessita de seu perene Pentecostes, que a RCC
precisa ser rosto e memória de Pentecostes no mundo, que
sem o Espírito Santo continuamente derramado a Igreja não
passaria de uma mera organização. De igual forma o Catecis-
mo da Igreja Católica nos ensina que “os tempos que estamos
vivendo são tempos da efusão do Espírito Santo” (cf. CIgC,
2819). Também os Santos nos ensinam a esse respeito: Santo
Agostinho nos dirá que Deus dá o Espírito Santo a quem não
O tem para que O tenha e também dá o Espírito Santo a quem
O tem para que O possua em medida ainda mais abundante;
São Tomás de Aquino nos ensinará que a cada nova missão,
circunstância ou situação em nossa vida deve corresponder
um novo Pentecostes. Por isso não cessamos de pedir: “Vem
Espírito Santo!” E como nos ensina a Beata Elena Guerra,
quando pedimos “Vem”, Ele vem. Ensina-nos ainda que Pen-
tecostes não terminou e que, de fato, é sempre Pentecostes
para quem O pede. Durante o Retiro do Conselho Nacional na
Terra Santa o Senhor nos falou: “Sejam mister Pentecostes.
Enquanto o mundo cristão não for batizado no Espírito Santo
não terá acabado a vossa missão”. Trabalharemos, portan-
to, a Palavra-chave PENTECOSTES PERENE sem prejuízo
do tema do ano de 2017: “O Espírito Santo descerá sobre ti”.
Queremos confluir o Tema do Ano e Palavra-chave da 1ª eta-
pa de preparação para que nossos Grupos de Oração sejam
verdadeiros Cenáculos de Jerusalém nos dias de hoje. Para
esta primeira etapa a virtude teologal exercitada será a fé.
Nas segunda e terceira etapas mergulharemos nas seguin-
tes palavras-chave, respectivamente: CONVERSÃO SINCE-
RA (exercitar a virtude teologal da esperança) e COMUNHÃO
FRATERNA (exercitar a virtude teologal do amor) também à
luz do que o Senhor falou ao Conselho Nacional em seu Retiro
na Terra Santa. Então: Rumo ao Jubileu de Ouro da RCCBRA-
SIL!!!²

²Os subsídios para o desenvolvimento dos temas se en-


contram no Livro: “Vede como se amam” RCCBRASIL, 2017.
Conversão Sincera
Durante o ano de 2018, em que nos encontramos no segundo
ano do triênio preparatório para o Jubileu de 50 anos da RCC do Bra-
sil, estaremos vivenciando a ação que é característica fundamental
da pessoa que foi verdadeiramente batizada no Espírito Santo: A
CONVERSÃO SINCERA: “Se vivemos pelo Espírito, andemos tam-
bém de acordo com o Espírito!” (Gl 5,25).
Durante o ano de 2015 este foi o tema proposto pela Reno-
vação Carismática Católica do Brasil para a nossa reflexão, aprofun-
damento e ajuste de vida. A partir dali vimos crescer muitos frutos
de conversão sincera, de santidade e de maturidade cristã para
a maior glória de Deus. A Igreja nos ensina em seu Catecismo que
“a vida no Espírito realiza a vocação do Homem” (1699), isto é, o
Homem se torna inteiro, plenamente feliz e verdadeiramente livre se
vive no Espírito, segundo o Espírito Santo.
Justamente no ano de 2018, em que a Igreja no Brasil cele-
bra o ano do laicato: “Cristãos leigos e leigas, sujeitos na ‘Igreja em
saída’, a serviço do Reino” e o lema: “Sal da Terra e Luz do Mun-
do” (Mt 5,13-14); a RCCBRASIL, vem por providência divina, propor
aos seus membros efetivos e afetivos que, a partir do recebimento
da graça santificante que todo leigo recebe tornando-o partícipe do
mesmo múnus de Jesus Cristo; dê testemunho da Efusão do Espírito
numa vida renovada, regenerada e transformada. Para que nosso
testemunho seja eficaz, faz-se necessário um genuína e autêntica
“vida no Espírito”.
Ousamos, para tanto, sugerir o que pode ser uma “vida no
Espírito”, à luz da Palavra de Deus:
1) É a vida preenchida, sempre mais transbordante do Es-
pírito Santo, uma vida que dê contínuo espaço a Ele, um cora-
ção expandido para o Espírito fazer morada.
A Palavra de Deus assim nos diz: “Enchei-vos do Espírito
Santo”. (Ef. 5,18) Portanto, é possível ter mais do Espírito Santo, é
possível abrir mais espaço ao Espírito Santo em nossa vida, é possí-
vel encher-se Dele a ponto de transbordar.
Nesse sentido, Santo Agostinho vai nos dizer: “Não é sem
razão que o Espírito Santo é prometido não só para quem não O
tem, mas também para quem já O possui: a quem não O tem para
que O tenha, a quem já O possui para que O possua em medida
mais abundante.”
O Pai e o Filho desejam derramar sempre o Espírito Santo
sobre os filhos e filhas em Cristo. Não é à toa que tanto o Antigo
Testamento quanto o Novo apresentam inúmeras vezes a Promes-
sa de derramamento do Espírito Santo. É que Deus sabe que sem
o Espírito Santo não tendemos às boas Obras. Por isso o Cate-
cismo nos diz: “Tendo entrado uma vez por todas no santuário do
céu, Jesus Cristo intercede sem cessar por nós como mediador
que nos garante permanentemente a efusão do Espírito Santo”
(667).
Portanto, queiramos e peçamos mais e mais do Espírito
Santo, pois “se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas
a vossos filhos, quanto mais vosso Pai Celestial dará o Espírito
Santo aos que lho pedirem” (Lc. 11,13). Que sejamos eternos pe-
dintes: “Vem, Espírito Santo!” E como nos ensina a Beata Elena
Guerra: “quando dizemos ‘Vem’, Ele vem!”
2) É a vida livremente dominada pelo Espírito, subme-
tida a Ele, no sentido de que a Sua voz é baliza para nossas
ações.
A Palavra do Senhor nos ensina assim: “Vós não estais sob
o domínio da carne, mas do Espírito, se de fato o Espírito de Deus
habita em vós.” (Rm. 8,9)
Ter uma vida dominada pelo Espírito significa submeter-se
inteiramente a Ele, levá-Lo a sério, deixar que Ele nos mostre ver-
dadeiramente o que não agrada a Deus em nós, deixar que Ele
verdadeiramente opere em nós a Salvação conquistada por Jesus.
Significa buscarmos a verdade do Espírito porque Ele é o Espírito
da Verdade. É também ter uma vida controlada pelo Espírito San-
to, uma vida ajustada por Ele. Só o Espírito Santo pode gerar esse
equilíbrio da justa medida em nós.
Como é bom nos submetermos ao Espírito de Deus! A sub-
missão ao Espírito Santo é um grande passo na santidade pes-
soal. Deixemos que Ele domine nosso ser, nossos impulsos, nos-
sas inclinações.
3) É a vida lapidada, trabalhada, santificada pelo Es-
pírito Santo.
Eis o que nos diz a Palavra: “Os que vivem segundo o
Espírito apreciam as coisas que são do Espírito.” (Rm. 8,5b)
A santificação é um trabalho de parceria em que há de
nossa parte decisão, renúncia, luta decidida, dedicação espiri-
tual (transpiração) e da parte do Espírito Santo a força sobre-
natural (inspiração), pois Ele é o único que pode nos convencer
acerca do nosso pecado (cf. Jo. 16,8).
A santidade significa fechar cada vez mais o canal por
onde as obras da carne encontram espaço em nós e abrir-nos
cada vez mais às coisas do Espírito, à produção de frutos do
Espírito: amor, alegria, paz, paciência, delicadeza, bondade, fi-
delidade, mansidão, autodomínio (cf. Gl. 5,22-23a).
Que o Espírito encontre liberdade para trabalhar em nos-
sa vida!
4) É a vida impulsionada pelo Espírito, uma vida dócil
a Ele, suave às suas moções e pronta aos Seus impulsos
O Senhor nos prometeu: “Mas descerá sobre vós o Es-
pírito Santo e vos dará força e sereis minhas testemunhas em
Jerusalém, em toda a Judeia e Samaria, e até os confins do
mundo.” (At. 1,8)
O Espírito Santo nos é dado com um propósito bem de-
finido: DAR-NOS FORÇA! E Força para quê? Para sermos tes-
temunhas, “Sal da Terra e Luz do Mundo”, para sermos missio-
nário-carismáticos visando à expansão do Reino de Deus, para
renunciarmos a nós mesmos, tomarmos a cruz e seguirmos a
Jesus, para bem vivermos em comunidade, sendo construtores
da unidade e da concórdia.
Que não imponhamos limites àquilo que o Espírito quer
fazer em nós e por meio de nós. Não sejamos “alfândega ao
Espírito Santo”, como nos exortou nosso querido Papa em 2014.
Que nossos Grupos de Oração sejam verdadeiras esco-
las de vida no Espírito, que levem as pessoas à experiência fun-
damental do batismo no Espírito Santo, que deve nos introduzir
na vida segundo o Espírito de Deus.
Comunhão Fraterma
O ano de 2019, além de ser de celebrativo pela festa jubilar
dos 50 anos da RCC no Brasil, também deve nos levar a reflexão
e ao compromisso de vivermos os frutos de Pentecostes em nossa
principal característica comunitária de Efusão do Espírito Santo: O
Grupo de Oração.
Deus é comunidade de amor! O “nós divino” (Façamos o ho-
mem) constitui o modelo eterno do “nós humano”. O Criador como
que reentra em si mesmo para procurar o modelo e a inspiração do
mistério do seu ser e o transmite ao ser humano. A vida em comuni-
dade é, pois, um projeto de Deus para a felicidade do homem.
Viver em comunidade é uma necessidade vital/existencial.
Nesse aspecto, todas as ciências são unânimes: antropologia, filo-
sofia, teologia, sociologia. O homem que vive sozinho, que se isola,
que pensa se bastar, é profundamente infeliz e incompleto, pois se
completa em Deus e no seu semelhante. É a interdependência entre
os semelhantes.
Diz-nos o Catecismo da Igreja Católica, no parágrafo 340: A
interdependência das criaturas é querida por Deus... O espetáculo
das suas incontáveis diversidades e desigualdades significa que ne-
nhuma criatura se basta a si mesma. Elas só existem na dependên-
cia umas das outras, para se completarem mutuamente, no serviço
umas das outras.
O Papa Francisco vai dizer que fora da unidade da Igreja em
Cristo, a fé perde a sua medida, já não encontra seu equilíbrio nem o
espaço necessário para se manter de pé (Encíclica Lumen Fidei, 22).
É impossível crer sozinhos. A fé não é só uma opção individual
que se realiza na interioridade do crente, não é uma relação isolada
entre o “eu” do fiel e o “Tu” divino, entre o sujeito autônomo e Deus;
mas, por sua natureza, abre-se ao “nós”, verifica-se sempre dentro
da comunhão da Igreja (Lumen Fidei 39).
Às vezes somos tentados a buscar uma fé intimista, indivi-
dualista. Até dizemos: “não preciso estar na Igreja para falar com
Deus. Minha Igreja é minha casa.” Lembremos: ‘fora da comunidade
a fé perde a sua medida, já não encontra seu equilíbrio nem o
espaço necessário para se manter de pé. É impossível crer so-
zinhos!’ Outras vezes somos tentados a abandonar a paróquia,
o Grupo de Oração diante de uma incompreensão, decepção,
etc. O fato é que se os discípulos tivessem se afastado de Jeru-
salém por causa de seus atritos – e acreditem, foram inúmeros
–, ou seja, se eles se dispersassem cada qual para um rumo
diverso pretendendo desenvolver cada qual a sua própria mis-
são, toda a identidade (caráter) apostólica construída em seus
corações pelo Cristo teria se esfacelado; talvez a Promessa
não tivesse se cumprido.
O Espírito Santo – que é o Amor – nos impele a viver em
comunidade. É próprio do Amor unir, gerar comunhão, gerar
convivência saudável. Vemos isso claramente nas Escrituras
como uma das primeiras consequências de Pentecostes. Duas
passagens bíblicas são marcantes no que se refere à Comu-
nhão Fraterna:
Atos 2, 42-47 – a reunião em comum, a partilha do pão
e dos bens, viviam unidos e tinham tudo em comum, unidos de
coração frequentavam todos os dias o templo...
Atos 4,32-35 – um só coração e uma só alma, tudo era
comum, a graça era grande neles, não havia nenhum necessi-
tado, repartia-se a cada um conforme sua necessidade.
Alguns Princípios das comunidades dos primeiros cris-
tãos à luz da Escritura:
● amor verdadeiro (aapesar de que ainda não exis-
ta aceitação, compreensão e acolhimento do outro);
● fé mantida acesa com o suporte dos irmãos;
● respeito mútuo (é respeitando que se é respeita-
do, respeitar o processo de cada um);
● partilha e renúncia (partilhar com o outro, não ver
o outro como uma ameaça);
● valores comuns (um mesmo Senhor, um mesmo
objetivo, uma mesma razão de ser);
● serviços comuns (complementaridade na missão,
todos contribuem na sua parte para o todo);
● boa comunicação;
● delegação/confiança (capilaridade, descentraliza-
ção do serviço, envolvimento de todos na obra);
● organização (disciplina, observância às orienta-
ções e à doutrina, administração, comprometimento);
● liderança (um corpo de pessoas p/ discernimento
dos rumos, ausência de anarquia).
Viver em comunidade significa, pois, uma vida em co-
mum, isto é, entre irmãos, vida impregnada de amor mútuo,
vida de partilha, busca incessante de unidade de coração, reu-
nião em torno do Senhor. Significa uma vida não fechada em si
mesma, em busca de seus próprios interesses, mas uma vida
aberta, acolhedora dos outros, disposta a se dilatar para viver a
“cultura do encontro” (Papa Francisco).
Não devemos nos iludir. Ser um com o irmão requer de
nós atitudes cristãs verdadeiramente maduras. É uma prova de
fogo! Implica em aceitar o irmão do jeito que ele é hoje e amá-
-lo, apesar daquilo que eventualmente não gostamos nele. Im-
plica, ainda, numa predisposição constante ao perdão sempre
tentando compreender os tristes motivos que levaram o irmão
a proceder daquela maneira conosco, sendo certo que nós,
igualmente, e não raro, ferimos as pessoas em nossa volta por
outras tantas tristes motivações. Requer humildade para saber
acolher um modo de pensar diverso do nosso – afinal de con-
tas, o jardim de Deus não poderia ter uma só espécie de flor: um
grande jardim, onde cada flor tem o seu brilho (Gilberto G. Bar-
bosa, Fundador da Comunidade Obra de Maria e Presidente da
Catholic Fraternity) –, requer renúncia a nós mesmos – muitas
vezes nossos brios são exacerbados, tendemos a nos proteger
e defender demais –. Implica ainda em obediência – a chave
da justiça de Deus –, respeito pelos filhos(as) de Deus, amor
decidido pela Igreja de Cristo.
Devem ser desterrados de nosso meio as divisões, as
competições – afinal de contas o Único que manda é o Senhor
–, as invejas, os pré-julgamentos, as mágoas não trabalhadas
(pois, mágoas vão haver, mas precisam ser imediata e constan-
temente trabalhadas pelo Espírito Santo em nosso interior), a
rebeldia. Estas “ervas daninhas” contaminam a vida e prejudi-
cam a Obra de Deus em nós.
Uma ilustração recordada recentemente pelo Papa Fran-
cisco (Roma, 01.06.2014) que certamente nos ajudará a en-
tender esta atitude de comunhão tão necessária aos homens
é a da orquestra. Uma orquestra, por vezes, é composta por
mais de cem músicos, tocando cada um o seu instrumento no
momento certo, na intensidade pertinente, numa cumplicidade
total com o outro e no ritmo indicado pelo maestro. Ali ninguém
é mais ou menos importante! Se alguém deixa de tocar, a obra
perde o brilho; por outro lado, se alguém toca em hora impró-
pria gera o risco de prejudicar toda a execução. Ninguém pode
estar desafinado, pois o ruído dissonante contamina e tende a
desarmonizar toda a orquestra.
Todos somos chamados a construirmos essa comunida-
de de amor, projeto de Deus para a vida e felicidade do homem.
Dessa unidade, desse testemunho de vida comunitária depen-
de a evangelização de muitos homens distantes de Deus. Em
Atos dos Apóstolos 2,47, a Escritura nos atesta que por causa
desse testemunho de vida comunitária, os primeiros cristãos
cativavam a simpatia de todo o povo e a cada dia o Senhor lhes
ajuntava outros a caminho da salvação.
Daí a exortação do Magistério da Igreja a todos nós: “A
Igreja como ‘comunidade de amor’ é chamada a refletir a glória
do amor de Deus, que é comunhão, e assim atrair as pessoas e
os povos para Cristo. A Igreja cresce não por proselitismo mas
por atração. A Igreja atrai quando vive em comunhão, pois os
discípulos de Jesus serão reconhecidos se amarem uns aos
outros como Ele nos amou.” (Doc. Aparecida N.º 159).
No mesmo sentido, a Exortação Apostólica Evangelii
Gaudium nos instiga nos n.º 99/100: “Aos cristãos de todas as
comunidades do mundo, quero pedir-lhes de modo especial um
testemunho de comunhão fraterna, que se torne fascinante e
resplandecente. Que todos possam se admirar como vos preo-
cupais uns pelos outros, como mutuamente vos encorajais, ani-
mais e ajudais: ‘por isto é que todos conhecerão que sois meus
discípulos: se vos amardes uns aos outros’ (Jo 13, 35).” ... “Se
virem o testemunho de comunidades autenticamente fraternas
e reconciliadas, isso é sempre uma luz que atrai. Por isso me
dói muito comprovar como em algumas comunidades cristãs
se dá espaço a várias formas de ódio, divisão, calúnia, difama-
ção, vingança, ciúme, a desejos de impor as próprias ideias a
todo o custo... Quem queremos evangelizar com estes com-
portamentos?
● Que nossos Grupos de Oração se tornem modelo de
comunidade cristã aos moldes do Livro dos Atos dos
Apóstolos e do retiro espiritual feito pelo Conselho Na-
cional na Terra Santa (vide o livro “Vede Como se Amam”
– Editora RCCBRASIL); sempre como uma autêntica
consequência do Batismo no Espírito Santo, isto é, de
Pentecostes.
● Que em nossos Grupos nos esmeremos para que o
amor fraterno seja uma marca em que contemplamos a
ação concreta do Espírito Santo pelos carismas coloca-
dos a serviço de toda a comunidade. Que acolhendo o
irmão, procuremos viver a partilha até mesmo material
– se preciso for –, partilhando a Palavra de Deus em co-
mum, etc.
A virtude a ser exercitada e vivida é por excelência a
Caridade, amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo
como Jesus nos amou. Que a festa jubilar nos revigore na vida
fraterna,, na frequência no Grupo de Oração da RCC e assim
finquemos raízes na comunidade cristã que se chama Igreja
Católica. Que também permaneçamos no chamado missioná-
rio de atrairmos mais pessoas ao seguimento de Jesus, por
meio de um Grupo de Oração. Renovemos nesse ano nosso
compromisso com essa comunidade de amor, não deixando
se levados pelas tentações ou circunstâncias da vida, que
muitas vezes esmorecem nossa caminhada e nos fazem afas-
tar da comunidade.
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