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Evangelho

segundo Lucas

Evangelho Segundo Lucas (em grego:


Τὸ
κατὰ
Λουκ ν ε αγγέλιον; transl.: To
kata Loukan euangelion) é o terceiro
dos quatro evangelhos canônicos. Ele
relata a vida e o ministério de Jesus
de Nazaré, detalhando a história dos
acontecimentos de Seu nascimento
até Sua Ascensão.
O autor é tradicionalmente
identificado como São Lucas, o
evangelista.[1][2][3][4] Certas histórias
populares, como o Filho Pródigo e o
Bom samaritano, são encontrados
somente neste evangelho. A obra tem
uma ênfase especial sobre a oração,
a atividade do Espírito Santo, a
alegria e o cuidado de Deus para com
os pobres, as crianças e as
mulheres.[5] Lucas apresenta Jesus
como o Filho de Deus, mas volta sua
atenção especialmente para a
humanidade dEle, com Sua
compaixão para com os fracos, os
aflitos e os marginalizados.[6]
De acordo com o prefácio do livro, o
propósito de Lucas é relatar o início
do cristianismo,[7] enquanto procura o
significado teológico da história.[5] O
evangelista divide seu evangelho em
três fases: a primeira termina com
João Batista, a segunda consiste no
ministério terrestre de Jesus e a
terceira é a vida da igreja após a
ressurreição de Cristo. O livro contém
ao todo 24 capítulos, 24 parábolas e
21 milagres. O autor retrata o
cristianismo como divino, respeitável,
cumpridor da lei e internacional.[8]
Aqui, a compaixão de Jesus estende
a todos os que estão necessitados,
as mulheres são importantes entre os
seus seguidores, os samaritanos
desprezados são elogiados e os
gentios são prometidos a
oportunidade de aceitar o
evangelho.[9][10] Enquanto o
Evangelho é escrito como uma
narrativa histórica, muitos dos fatos
retratados nele são baseados em
tradições orais e anteriores aos
quatro evangelhos canônicos.[11] A
mais moderna erudição crítica
concluiu que Lucas usou o Evangelho
de Marcos para a sua cronologia e
uma hipotética fonte Q, que
provavelmente continha muitos dos
ensinamentos de Jesus. Lucas
também pode ter utilizado registros
escritos independentes. A erudição
cristã tradicional tem datado a
composição do evangelho para o
início dos anos 60 d.C.,[10] enquanto a
alta crítica data para décadas mais
tarde do século I.[8][12] Enquanto a
visão tradicional de que o
companheiro de Paulo, Lucas, foi o
autor do terceiro Evangelho, um
número de possíveis contradições
entre Atos e as cartas de Paulo levam
muitos estudiosos a duvidar disso.[13]
De acordo com Raymond E. Brown,
não é impossível que Lucas foi o
autor do Evangelho.[14] Já Leon
Morris afirma que não há nada no
Evangelho de Lucas que coloque em
xeque a visão tradicional da Igreja
Primitiva.[15] De acordo com a opinião
da maioria, o autor é simplesmente
desconhecido.

Os estudiosos da Bíblia estão em


amplo consenso de que o autor do
Evangelho de Lucas também
escreveu o Atos dos Apóstolos.[8][16]
Muitos acreditam que o Evangelho de
Lucas e os Atos dos Apóstolos
originalmente constituíam uma obra
de dois volumes,[17][18] que os
estudiosos chamam de Lucas-
Atos.[19]

Composição
Tradicionalmente, a data de
composição do Evangelho de Lucas é
fixado antes dos eventos finais do
livro de Atos, entre os anos 59 e
63 d.C..[10][20] O autor do Evangelho
de Lucas reconhece a familiaridade
com outros evangelhos anteriores
(1:1). Embora o semitismo exista por
todo livro, a obra foi composta em
grego koiné.[21] Tal como Marcos
(mas ao contrário de Mateus), o
público alvo é a população de gentios
de língua grega, assegurando aos
leitores que o cristianismo não uma
seita exclusivamente judaica, mas
uma religião mundial.[22]

Evangelhos sinópticos
Quase todo o conteúdo de Marcos se encontra
em Mateus, e muito de Marcos é igualmente
encontrada em Lucas. Além disso, Mateus e
Lucas têm uma grande quantidade de material
em comum que não é encontrado em Marcos.

Os Evangelhos de Lucas, Mateus e


Marcos (conhecidos como
Evangelhos Sinópticos) apresentam
um alto grau de semelhança em suas
apresentações do ministério de
Jesus. Eles incluem as mesmas
histórias, muitas vezes na mesma
sequência e às vezes exatamente
com as mesmas palavras. A
explicação mais aceita para essa
semelhança é a hipótese das duas
fontes, ou seja, Mateus e Lucas
tomaram emprestados o Evangelho
de Marcos e uma hipotética coleção
escrita de ditos de Jesus, chamado
de Q. Para a maioria dos estudiosos,
a fonte Q foram coletadas para a
formação de parte dos evangelhos de
Lucas e Mateus, mas não são
encontrados em Marcos.[23]

Em The Four Gospels: A Study of


Origins (1924), Burnett Hillman
Streeter argumentou que uma outra
fonte, chamada L e também
hipotética, está por trás do material
em Lucas que não tem paralelo em
Marcos ou Mateus.[24]

Fontes

A visão tradicional é que Lucas, que


não foi uma testemunha ocular do
ministério de Jesus, escreveu seu
evangelho após reunir as melhores
fontes de informação ao seu alcance
(Lucas 1:1-4), como afirma em seu
prólogo.[6] Para a erudição crítica, a
hipótese das duas fontes é a mais
provável, ou seja, o autor de Lucas
usou como fontes para seu
Evangelho o Evangelho de Marcos e o
hipotético documento Q, além do
material exclusivo da Fonte L.[25] A
introdução da obra mostra que o
autor utilizou três fontes: várias
narrações compostas antes dele
(entre elas o Evangelho de Marcos),
informações recolhidas junto a
testemunhas oculares e a tradição
oral da pregação apostólica.[8]

Muitos já se dedicaram a
elaborar um relato dos fatos
que se cumpriram entre nós,
conforme nos foram
transmitidos por aqueles que
desde o início foram
testemunhas oculares e servos
da palavra. Eu mesmo
investiguei tudo
cuidadosamente, desde o
começo, e decidi escrever-te
um relato ordenado, ó
excelentíssimo Teófilo, para
que tenhas a certeza das
coisas que te foram ensinadas.
(Lucas 1:1-4)

Evangelho de Marcos

A maioria dos estudiosos modernos


concordam que Lucas usou o
Evangelho de Marcos como uma de
suas fontes.[26] A compreensão de
que Marcos foi o primeiro dos
evangelhos sinóticos e que serviu de
fonte para Mateus e Lucas é
fundamental para os estudos da
crítica moderna. O Evangelho de
Marcos é curto e foi escrito em grego
koiné (isto é, grego comum). Ele
fornece uma cronologia geral do
batismo de Jesus até o túmulo vazio.
Lucas, entretanto, apresenta alguns
dos eventos em uma ordem
cronológica diferente de Marcos a
fim de dar mais ênfase a determinado
assunto.
Fonte Q

A maioria dos estudiosos modernos concordam


que Lucas usou o Evangelho de Marcos como
uma de suas fontes. Além disso, o Evangelista
também usou Q como sua segunda fonte.

A maioria dos estudiosos acreditam


que Lucas usou Q como sua segunda
fonte. Q (Vem do alemão "Quelle" e
significa "fonte") é uma coleção de
ditos hipotéticos de Jesus. Na
"hipótese das duas fontes," o
documento Q explica onde os autores
de Mateus e Lucas pegaram o
material que os dois Evangelhos têm
em comum, mas que não é
encontrado em Marcos, como a
oração do Senhor (Pai Nosso) e o
Sermão do Monte.[10] A existência de
um importante documento com
dizeres de Jesus e que não foi
mencionado pelos Pais da Igreja
Primitiva continua sendo um dos
grandes enigmas da erudição bíblica
moderna.[27][28]

Evangelho de Mateus
Para o teólogo alemão Martin Hengel,
Lucas também fez uso do Evangelho
de Mateus ao compilar seu
evangelho.[29]

Fonte L

Para os estudiosos, o material


exclusivo do Evangelho de Lucas
derivam da fonte L, que é
comumentemente aceita como
proveniente da tradição oral cristã.[30]
Lucas aparentemente delineia um
conjunto de histórias e ensinamentos
do Cristianismo primitivo sobre Jesus
e os incorpora no seu evangelho. O
Magnificat, no qual Maria louva a
Deus, é um desses elementos.[30] As
narrativas do nascimento de Jesus
em Lucas e em Mateus parecem ser
o mais recente componente desses
dois Evangelhos.[31] Lucas pode ter
começado originalmente a partir de
3:1-7, com um prólogo adicionado.[31]

Grego Koiné

Os livros do Novo Testamento foram


escritos em grego.[32] O estilo de
Lucas é o mais literário de todos eles.
Graham Stanton avalia a abertura do
Evangelho de Lucas como "a frase
mais refinada de todo o período pós-
clássico da literatura grega".
Linguisticamente, o Evangelho de
Lucas dividi-se em três seções.[6] O
prefácio (1:1-4), escrito num bom
estilo clássico.[33] O restante do
capítulo 1 e o capítulo 2 têm um
sabor nitidamente hebraico. É tão
marcante que certo numero de
estudiosos chegou à conclusão de
que aqui temos uma tradução de um
original em hebraico. A partir de 3:1,
Lucas escreve num tipo de grego
helenístico que relembra fortemente a
Septuaginta, versão grega do Antigo
Testamento.[6]
O vocabulário é extensivo e Lucas
utiliza 266 palavras (além dos nomes
próprios) que não são achados
noutras partes do Novo Testamento.
O estilo do Evangelho
constantemente lembra a
septuaginta.[6] As citações do Antigo
Testamento de Lucas são
comumente tiradas daquela versão, e
normalmente o autor emprega as
formas de nomes próprios achadas
ali. Às vezes a linguagem de Lucas
contém hebraísmos e, às vezes,
aramaísmos. Além disso, sua
linguagem é mais semítica nalguns
trechos do que noutros. Esses fatos
parecem melhor explicados como
sendo a reflexão das fontes de
Lucas.[34]

Autoria

São Lucas Evangelista (1602-1605), El Greco, na


Catedral de Toledo. Para a tradição, Lucas é
considerado o autor do Evangelho de Lucas e dos
Atos dos Apóstolos.

O escritor deste evangelho anônimo


foi provavelmente um gentio
cristão.[35] Seja quem tiver sido o
autor, ele foi uma pessoa muito bem
educada, bem viajada, bem
conectada com os eventos do mundo
antigo, além de um prolixo leitor. Na
época em que compôs o Evangelho,
ele deve ter sido um autor altamente
praticado e competente, sendo capaz
de compor numa ampla variedade de
formas literárias de acordo com as
exigências do momento.[36]

O Evangelho de Lucas e os Atos dos


Apóstolos foram escritos pelo
mesmo autor.[37] A evidência mais
direta vem do prefácios de cada livro.
Ambos os prefácios foram dirigidas a
Teófilo e o prefácio de Atos
explicitamente faz referência ao «meu
livro anterior sobre a vida de Jesus»
(Atos 1:1). Além disso, há
semelhanças linguísticas e
teológicas entre as duas obras,
sugerindo que elas têm um autor em
comum.[38] Ambos os livros contêm
também interesses comuns[39] e
referências cruzadas, indicando que
eles são do mesmo autor.[40] Os
estudiosos da Bíblia que consideram
os dois livros como uma única obra
em dois volumes, referem-se ao
conjunto como Lucas-Atos.[41]

As passagens de Atos na primeira


pessoa do plural é usado como
evidência do autor ser um
companheiro de Paulo.[42] A tradição
diz que o texto foi escrito por Lucas,
companheiro de Paulo e nomeado em
Colossenses 4:14. Os Pais da Igreja,
o testemunho do Cânone Muratori,
Irineu (170 d.C.), Clemente de
Alexandria, Orígenes e Tertuliano
sustentavam que o Evangelho de
Lucas foi escrito por Lucas.[5] Um dos
mais antigos manuscritos do
Evangelho, P75 (200 d.C.), traz a
atribuição "o Evangelho segundo São
Lucas".[43][44] No entanto, um outro
manuscrito, o P4, datado de um
período próximo,[45][46] não têm
atribuição sobrevivente de autoria.

Lucas escrevendo seu Evangelho. Ilustração


bizantina do século X

De acordo com a opinião majoritária,


as provas de que Lucas não é o autor
do Evangelho e sim um gentio
desconhecido são fortes.[47][48][49]
Eles acham que o autor é um cristão
gentio desconhecido. Para eles, o
livro de Atos contradiz as cartas de
Paulo em muitos pontos, como a
segunda viagem de Paulo a
Jerusalém para o Concílio de
Jerusalém.[50] Paulo colocado ênfase
na morte de Jesus, enquanto o autor
de Lucas enfatiza o sofrimento de
Jesus.[51] Além disso, há para eles
diferenças escatológicas e uma visão
distinta de ambos sobre a Lei. Paulo
descreveu Lucas como "o médico
amado ", o que levou W. K. Hobart a
afirmar em 1882 que o vocabulário
usado em Lucas-Atos sugere que o
autor pode ter tido formação médica.
No entanto, esta afirmação foi
contrariada por um influente estudo
de H. J. Cadbury em 1926, e desde
então tem sido abandonado.[52]
Acredita-se hoje que a linguagem da
obra reflete apenas a educação grega
comum, pois os médicos
empregavam uma linguagem
parecida com a de outras
pessoas.[52][53][54][55][56]

A visão tradicional sobre a autoria de


Lucas, no entanto, é defendida por
muitos estudiosos importantes.[57] De
acordo com Raymond Brown "não é
impossível" que eles estejam
certos.[14] Oscar Cullmann afirma que
não se tem razões válidas para
duvidar que o autor é Lucas, o
companheiro de Paulo.[58] Uma vez
que Lucas não era um personagem
proeminente na Igreja Primitiva, não
há nenhuma razão óbvia para atribuir
a uma figura secundária uma parte
considerável do Novo Testamento, a
menos que ele de fato tenha sido o
autor.[8][59] Se Lucas foi apenas um
companheiro de Paulo, e em algum
momento depois da morte do
apóstolo idealizou escrever um
evangelho, é algo que poderia
explicar as diferenças entre Atos e as
cartas de Paulo.[60] Além disso, a
grande distância entre o Paulo de
Atos e o Paulo das epístolas
imaginada por um número tão grande
de estudiosos é, na verdade, uma
distância entre uma descrição
distorcida do Paulo supostamente
autêntico e uma interpretação
unilateral do Paulo de Atos.[10]

Data da redação
Tito destrói Jerusalém, por Wilhelm von Kaulbach,
Nova Pinacoteca, Munique.

A data da redação deste Evangelho é


incerta. A maioria dos estudiosos
críticos colocam o Evangelho entre
80-90,[12][61] embora muitos
defendam uma data entre 60-65.[10]

Antes de 70 d.C.
Uma minoria de eruditos põe a
redação do Evangelho entre 37 e
61 d.C.,[62] sugerindo que o endereço
de Lucas para o "excelentíssimo
Teófilo", pode ser uma referência ao
Sumo Sacerdote de Israel entre 37 e
41 d.C., Theophilus ben Ananus. Para
esses estudiosos, o livro de Atos dos
Apóstolos foi escrito por volta do
final do primeiro cativeiro de Paulo,
entre 62 e 63 d.C..[63] Por isso, o
Evangelho de Lucas deve ter sido
escrito antes.[64]

Lucas 3:1 seria um indicio que este


evangelho teria sido escrito antes da
Guerra Judaica (66-70). Depois dessa
guerra não haveria motivos para
mencionar Lisânias, cuja tetrarquia
teria sido doada a Herodes Agripa
pelo imperador Claúdio.[64]

Como o Evangelho foi escrito antes


de Atos dos Apóstolos, os estudos de
Donald Guthrie apontam que Lucas
poderia ter coletado grande parte de
seu material exclusivo durante os
dois anos da prisão de Paulo em
Cesareia Marítima (costa norte de
Israel, ao sul da atual Jafa), que era
então prisioneiro dos romanos.[5]
Essa prisão deve ser datada para os
anos 57-59. Nessa caso, a redação
do Evangelho de Lucas aconteceu ou
durante esse período ou logo
depois.[64] Esses estudiosos também
colocam o Evangelho de Marcos
antes da Destruição do Templo de
Jerusalém pelos Romanos, em
70 d.C.. No entanto, Guthrie observa
que grande parte das provas para
datar o terceiro Evangelho em
qualquer ponto é baseado em
conjecturas.

Entre 75-100 d.C.

A maioria dos estudiosos


contemporâneos consideram Marcos
como fonte usada por Lucas (ver:
Primazia de Marcos).[65] Se é verdade
que Marcos foi escrito em torno da
destruição de Jerusalém, cerca de
70,[66] eles acreditam que Lucas não
teria sido escrito antes de 70. Alguns
que tomam este ponto de vista
acreditam que a previsão profética de
Lucas da destruição do Templo de
Jerusalém não poderia ser o
resultado de uma profecia de Jesus
sobre o futuro. Eles afirmam que a
discussão em Lucas Lucas 21:5 - 30
é específica o suficiente (mais
específica que Marcos ou Mateus)
para comprovar uma data depois de
70.[67] Esses estudiosos têm sugerido
datas para Lucas desde 75 até 100.

A base para uma data posterior vem


de uma série de razões. Diferenças
de cronologia, estilo e teologia
sugerem que o autor de Lucas-Atos
não estava familiarizado com a
teologia distintiva de Paulo, mas
estava escrevendo uma década ou
mais depois de sua morte, pelo qual
vários pontos de harmonização
significativa entre diferentes
tradições dentro cristianismo
primitivo já tinham ocorrido.[68] Além
disso, Lucas-Atos tem pontos de vista
sobre a natureza divina de Jesus, o
fim dos tempos e salvação que são
semelhantes à aqueles encontrados
nas epístolas pastorais, que são
muitas vezes vistos como
pseudônimo, possuindo uma data
mais tarde do que as incontestáveis
Epístolas Paulinas.[68][69]

Alguns estudiosos do Jesus Seminar


argumentam que as narrativas do
nascimento de Lucas e Mateus são
um desenvolvimento tardio do
evangelho.[30] Dessa forma, Lucas
poderia ter começado originalmente
em Lucas 3:1 com João Batista.[30]

O terminus ad quem (última data


possível) do Evangelho de Lucas
estaria no final do século I, já que os
primeiros manuscritos contém
porções de Lucas (século II/início do
século III)[70] e vários Pais da igreja e
obras cristãs do final do século I
fazem referência a esse Evangelho. O
trabalho se reflete na Didaquê, nos
escritos gnósticos de Basilides e
Valentinus, na apologética da Igreja
de Justino Mártir, além de ter sido
usada por Marcião.[64]

Estudiosos do Cristianismo primitivo,


como Donald Guthrie, afirmam que
esse Evangelho foi provavelmente
muito conhecido antes do final do
século I, sendo plenamente
reconhecido na primeira parte do
século II.[5] Já Helmut Koester afirma
que, além de Marcião, "não há
evidência certas para seu uso," antes
de 150 d.C..[71] Nos meados do
século II, uma versão editada do
Evangelho de Lucas foi o único
evangelho aceito por Marcião, um
herege que rejeitou a conexão do
Cristianismo com as escrituras
judaicas[72] (ver: Evangelho de
Marcião).
Destinatário e propósito

O Evangelho de Lucas é
especificamente endereçado a
Teófilo (Lucas 1:3), cujo nome
significa "aquele que ama a Deus".[73]
A maneira mais natural de entender a
expressão é que Teófilo é uma
pessoa de verdade e o mecenas de
Lucas, provavelmente pagando os
custos da publicação do livro, sendo
por isso a ele dirigido. O adjetivo
"excelentíssimo" significa que Teófilo
era uma pessoa de posição.[10]

Teófilo, no entanto, era mais que um


publicador. A mensagem desse
evangelho visava à instrução não só
daqueles entre os quais o livro
circularia, mas também dele próprio
(Lucas 1:4). Pensa-se que, como
Marcos (e ao contrário de Mateus), o
público-alvo do Evangelho de Lucas
são os gentios. O fato do evangelho
ser dirigido a Teófilo não reduz nem
limita seu propósito.[74]

O livro foi escrito para fortalecer a fé


de todos os crentes e para reagir aos
ataques dos incrédulos. Foi
apresentado para substituir relatórios
desconexos e infundados a respeito
de Jesus. Lucas queria demonstrar
que o lugar ocupado pelo gentio
convertido no reino de Deus basei-se
nos ensinos de Jesus. Queria
recomendar a pregação do evangelho
ao mundo inteiro.[75]

Conteúdo
Conteúdo do Evangelho segundo
Lucas

Introdução formal

Prefácio para Teófilo (1:1-4)

O nascimento de Jesus e Sua


infância

Pais de João Batista (1:5-25)


Anunciação(1:26-45)
Magnificat (1:46-56)
João Batista (1:57-80; 3:1-20;
7:18-35; 9:7-9)
Benedictus (1:68-79)
Censo de Quirino (2:1-5)
Nascimento de Jesus (2:6-7)
Anunciação aos pastores (2:8-15)
Adoração dos Pastores (2:16-20)
Circuncisão de Jesus (2:21-40)
Nunc dimittis (2:29-32)
Jesus entre os doutores (2:41-52)

Batismo e tentação de Jesus

Batismo (3:21-22)
Genealogia (3:23-38)
Tentação (4:1-13)

O ministério de Jesus na Galileia

Boas Novas (4:14-15)


Rejeição em Nazaré (4:16-30)
Exorcismo na sinagoga em
Cafarnaum (4:31-44)
Pesca milagrosa (5:1-11)
Jesus curando o leproso (5:12-16)
Jesus curando o paralítico em
Cafarnaum (5:17-26)
Vocação de Mateus (5:27-32)
Sobre o jejum (5:33-35)
Vinho novo em odres velhos (5:36-
39)
Senhor do sábado (6:1-5)
Homem com mão atrofiada (6:6-
11)
Comissão dos Doze (6:12-16; 9:1-
6, 22:24-30)
Sermão da Planície (6:17-49)
Servo do centurião (7.1-10)
Jovem de Naim (7:11-17)
Unção de Maria (7:36-50)
Mulheres companheiras de Jesus
(8:1-3)
Parábola do Semeador (8:4-8,11-
15)
Propósito das parábolas (8:9-10)
Parábola da Lâmpada Debaixo do
Alqueire (8:16-18; 11:33)
Verdadeiros parentes de Jesus
(8:19-21)
Jesus acalmando a tempestade
(8:22-25)
Demônio chamado Legião (8:26-
39)
Filha de Jairo e a Jesus curando a
mulher do fluxo de sangue (8:40-
56)
Alimentação dos cinco mil (9:10-
17)
A confissão de Pedro (9:18-20)
Filho do homem (9:21-25, 44-45,
57-58; 18:31-34)
Retorno do Filho do Homem (9:26-
27)
Transfiguração de Jesus (9:28-36)
Cura de um menino endemoniado
(9:37-43)
As crianças (9:46-48)
Quem é por nós não é contra nós
(9:49-50)
Ensinamento de Jesus durante a
viagem à Jerusalém

Na estrada para Jerusalém (9:51)


Rejeição samaritana (9:52-56)
Deixem os mortos sepultar os
mortos (9:59-60)
Não olhem para trás (9:61-62)
Comissão dos Setenta (10:1-
12,10:16-20)
Ai de Corazim, de Betsaida e de
Cafarnaum (10:13-15)
Louvando o Pai (10:21-24)
O Grande Mandamento (10:25-28)
Parábola do Bom Samaritano
(10:29-37)
Visita a Marta e a Maria (10:38-42)
Oração do Senhor (11:1-4)
O Amigo Importuno (11:5-13)
Homem Cego-mudo(11:14-19)
O dedo de Deus (11:20)
Parábola do Homem Valente
(11:21-22)
Aqueles que não estão comigo
estão contra mim (11:23)
Retorno do espírito imundo
(11:24-26)
Aqueles que ouvem a palavra e a
praticam (11:27-28)
Sinal de Jonas (11:29-32)
Candeia do corpo (11:34-36)
Hipocrisia dos fariseus (11:37-54)
Advertências e motivações (12:1-
3)
Medo (12:4-7)
Pecado imperdoável (12:8-12)
Herança disputada (12:13-15)
Parábola do Rico Insensato
(12:13-21)
Olhai os lírios no campo (12:22-
34)
Vendendo os bens (12:33-34)
Parábola do Servo Fiel (12:35-48)
Não vim trazer a paz, mas a
espada (12:49-53; paralelo em
Contando o custo, em 14:25-27)
Saber os tempos (12:54-56)
Resolver com seu acusador
(12:57-59)
Torre de Siloé (13:1-5)
A figueira estéril (13:6-9)
A mulher enferma (13:10-17)
Parábolas do Grão de Mostarda e
do fermento (13:18-21)
A Porta Estreita (13:22-30)
Lamento sobre Jerusalém (13:31-
35)
Homem com hidropisia (14:1-6)
Parábolas do grande banquete,
Contando o Custo, ovelha perdida,
moeda perdida, Filho pródigo e do
mordomo infiel (14:7-16:13)
A Lei e o Reino (16:14-17)
Sobre o divórcio (16:18)
Parábola do Rico e Lázaro (16:19-
31)
Lições sobre fé (17:1-6)
O Mestre e o Servo (17:7-10)
Cura dos dez leprosos (17:11-19)
O Reino de Deus (17:20-37)
Parábolas do juiz injusto e do
fariseu e o publicano (18:1-14)
Crianças (18:15-17)
Jesus e o jovem rico (18:18-30)
Jesus profetiza a sua morte
(18:31-34)
Cego de Jericó (18:35-43)
Jesus e Zaqueu (19:1-10)
Parábola dos Talentos (19:11-27)

Conflitos de Jesus em Jerusalém,


crucificação e ressurreição

Entrada triunfal de Jesus em


Jerusalém (19:28-44)
Incidente no Templo (19:45-20:08)
Parábola dos Lavradores Maus
(20:9-19)
Dai a César... (20:20-26)
Ressurreição dos mortos (20:27-
40)
É o Messias, filho de Davi? (20:41-
44)
Denúncia dos Escribas (20:45-47)
Lição da oferta da viúva pobre
(21:1-4)
Discurso do Monte das Oliveiras
(21:5-38)
Plano para matar Jesus (22:1-6)
Última Ceia (22:7-23)
Negação de Pedro (22:31-34, 55-
62)
Vender a capa e comprar uma
espada (22:35-38)
Prisão (22:39-54)
Diante do Sumo Sacerdote (22:63-
71)
Diante de Pilatos (23.1-5, 13-25)
Diante de Herodes Antipas (23:6-
12)
Crucifixão de Jesus (23:26-49)
Sepultamento de Jesus (23:50-56)
Ressurreição de Jesus (Túmulo
vazio) (24:1-12)
Aparições de Jesus após a
ressurreição (24:13-43)
Grande Comissão (24:44-49)
Ascensão de Jesus (24:50-53)

Resumo do Conteúdo
O Evangelho de Lucas narra a história
do nascimento milagroso de Jesus,
bem como seu ministério de curas e
suas parábolas, sua paixão,
ressurreição e ascensão. O estudioso
cristão Donald Guthrie afirma que o
livro de Lucas "é cheio de histórias
magníficas, deixando o leitor com
uma profunda impressão da
personalidade e dos ensinamentos de
Jesus".[5]

Introdução

Lucas é o único evangelho com uma


introdução formal, no qual ele explica
sua metodologia e seu propósito. No
prefácio, o evangelista afirma que:
“ ...muitos já se dedicaram a
elaborar um relato dos fatos que
se cumpriram entre nós,
conforme nos foram transmitidos
por aqueles que desde o início
foram testemunhas oculares e
servos da palavra.

O autor acrescenta que ele também
deseja compor um relato ordenado
para Teófilo a fim de que seu
destinatário "tenha certeza das
coisas que te foram ensinadas"

Narrativas do nascimento e
genealogia
Representação da Natividade, abaixo de uma
Árvore de Natal. É o Evangelho de Lucas que
apresenta a conhecida história de Natal em que
Maria e José viajam à Belém para um censo,
colocando o bebê recém-nascido numa
manjedoura.

Como Evangelho de Mateus, Lucas


relata a Genealogia de Jesus, seu
nascimento virginal e a Anunciação.
Ao contrário de Mateus, que traça a
linhagem de Jesus através da
linhagem de Davi e Abraão a fim de
apelar para sua audiência judaica,[76]
em Lucas o evangelista traça a
linhagem de Jesus até Adão,
indicando um sentido universal da
salvação.[76] A narrativa de Lucas
sobre o Nascimento de Jesus
apresenta a conhecida história de
Natal em que Maria e José viajam à
Belém para um censo.[77] O Jesus
recém-nascido é colocado em uma
manjedoura, ao mesmo tempo em
que os anjos proclamam o
nascimento do salvador aos
pastores, que vão adorá-lo. Também
é exclusivo do Evangelho de Lucas a
história do Nascimento de João
Batista e os três cânticos (incluindo o
Magnificat), bem como a única
história da infância de Jesus

Milagres e parábolas

Lucas enfatiza os milagres de Jesus,


contando 20 no total, quatro dos
quais são únicos. Como Mateus,
Lucas inclui palavras importantes a
partir da fonte Q, tais como as bem-
aventuranças. No entanto, a versão
de Lucas das bem-aventuranças
difere da de Mateus. De acordo com
os estudiosos, a versão de Lucas
parece mais perto da fonte Q.[78]
Várias das parábolas mais
memoráveis ​
de Jesus são exclusivas
de Lucas, como a do Bom
Samaritano, do Mordomo Infiel e a
Parábola do Filho Pródigo.

Papel da mulher

Mais do que os outros evangelhos,


Lucas se concentra no importante
papel que as mulheres exerceram no
ministério de Jesus, tais como Maria
Madalena, Marta e Maria de Betânia.
O Evangelho de Lucas é o único
Evangelho que contém a anunciação
do nascimento de Jesus a Maria
Santíssima, sua mãe (Lucas 1:26 -
38). Em comparação com os outros
evangelhos canônicos, Lucas dedica
uma atenção muito maior para as
mulheres. O Evangelho de Lucas traz
personagens mais femininas,
características de uma profetisa do
sexo feminino (Lucas 2:36) e os
detalhes da experiência da gravidez
(Lucas 1:41 - 42). Discussão de
destaque são dadas à vida de Isabel,
a mãe de João Batista e de Maria, a
mãe de Jesus (Lucas 2:1 - 51).

A Última Ceia
Lucas é o único evangelho que trata a
Última Ceia da forma como Paulo faz,
com o estabelecimento de uma
liturgia a ser repetida por seus
seguidores.[79] De acordo com Geza
Vermes, Paulo deve ser considerada
a principal fonte para essa
interpretação, porque ele diz ter
recebido essa percepção da
revelação direta em vez dos outros
apóstolos.[79] Os versos em questão
não são encontrados em certos
manuscritos mais antigos,[80] e Bart
D. Ehrman conclui que eles foram
adicionados a fim de apoiar o tema
da morte expiatória de Jesus - um
tema encontrado em Marcos, mas
que o evangelista Lucas excluiu do
original.[81] Entretanto, a crítica
textual considera que Lucas 22:19 -
20 são autênticas. O relato de Lucas
é inusitado por causa da menção ao
cálice em primeiro lugar, seguindo a
tradicional sequência pão/cálice. Daí
a confusão de alguns escribas terem
omitido essa parte do Evangelho.[22]

Crucificação

São Lucas enfatiza que Jesus não


havia cometido nenhum crime contra
Roma, sendo sua inocência
confirmada por Herodes, Pilatos, e o
ladrão crucificado com Jesus. É
possível que o autor de Lucas estava
tentando ganhar o respeito das
autoridades romanas para o
benefício da Igreja, sublinhando a
inocência de Jesus.[82] Além disso,
Lucas minimiza o envolvimento
romano na execução de Jesus,
colocando a responsabilidade maior
sobre os judeus.[83][84] Craig Evans
afirma que Lucas colocou os judeus
como os principais responsáveis pela
morte de Jesus a fim de dá sentido à
morte do Messias pela nação israelita
- como profetizada no Antigo
Testamento.[85] Nesse sentido, seria
simplista aplicar a Lucas o rótulo de
anti-semita.[22][86] Na narrativa de
Lucas da Paixão, Jesus ora para que
Deus perdoe aqueles que o estavam
crucificando; e garante a um dos
ladrões crucificados ao seu lado que
estaria no Paraíso.

Ressurreição e Aparições

Caminho para Emaús, pintado por Joseph von


Führich
A versão de Lucas difere daquelas
apresentadas em Marcos e em
Mateus. Lucas conta a história de
dois discípulos na estrada de Emaús,
e (como em João) Jesus aparece aos
Onze e demonstra que ele é carne e
sangue, e não um espírito. Alguns
estudiosos sugerem que por ter
escrito "carne e sangue" como
propriedades do corpo ressuscitado
de Jesus, Lucas estaria fazendo uma
apologia contra a hipótese docética
ou o ponto de vista gnóstica sobre o
corpo ressuscitado de Cristo, ou
ainda a teoria que os discípulos
tinham apenas visto um fantasma.
No entanto, estudioso Daniel A. Smith
escreve que Lucas estava
provavelmente mais preocupado com
os cristãos primitivos que
acreditavam que a ressurreição era
algo meramente "espiritual", sem ter
ocorrido uma transformação do
corpo natural.[87] Jesus comissiona
(Grande Comissão) os discípulos
para levarem sua mensagem a todas
as nações, colocando o cristianismo
como uma religião universal. O livro
de Atos dos Apóstolos, também
escrito pelo autor do Evangelho de
Lucas e direcionado a Teófilo, declara
que "Jesus apresentou-se a eles e
deu-lhes muitas provas indiscutíveis
de que estava vivo. Apareceu-lhes por
um período de 40 dias" Atos 1:3.

A narração detalhada do Caminho de


Emaús se encontra em Lucas 24:13-
32 e é considerada um dos melhores
desenhos de uma cena bíblica do
Evangelho de Lucas.[88]

Manuscritos

P45. Fólios 13-14 com parte do Evangelho de


P45. Fólios 13-14 com parte do Evangelho de
Lucas

Os primeiros manuscritos do
Evangelho de Lucas são três grandes
papiros fragmentos que datam do
final do século II ou início do
século III. P4 é provavelmente o mais
antigo,[46] datando do século II[89]. P75
é datada entre o final do século II e o
início do século III[90].[91] Finalmente,
P45 (meados do século III) contém
uma parte de todos os quatro
Evangelhos. Além desses grandes
papiros, há 6 outros papiros (P3, P7,
P42, P69, P82 e P97) que datam entre
os séculos III e VIII e que contêm
pequenas porções do Evangelho de
Lucas.[91][92] As cópias iniciais, bem
como as primeiras cópias do livro de
Atos, datam depois que o Evangelho
foi separado do livro de Atos.

O Codex Sinaiticus, Vaticanus e os


códices da Bíblia grega do século IV,
são os mais antigos manuscritos que
contêm o texto completo de Lucas. O
Codex Bezae, pertencente
provavelmente ao século V, é um
Texto-tipo Ocidental que contém
versões do Evangelho de Lucas em
grego e em latim.
Variantes Textuais

Tanto no livro de Lucas quanto em


Atos existem diferenças importantes
no denominado Texto-tipo Ocidental,
cujos principais representantes são o
Códice de Beza (D) e os manuscritos
da Antiga Versão Latina. No entanto,
não há motivos para duvidar que
temos o texto de Lucas
substancialmente como foi escrito.
Ainda há algumas incertezas sobre
algumas formas textuais, mas há
considerável concordância quanto à
maioria.[93]
Lucas 2,14

A versão Almeida Revista e Corrigida


traz a versão "paz na terra, boa
vontade para com os homens"; Já a
Revista e Atualizada diz "paz na terra
entre os homens, a quem ele quer
bem". Esta última tradução deve ser
preferível, uma vez que tanto a
evidência documental quanto as
considerações técnicas, exegéticas e
linguísticas da evidência interna
favorecem esta última leitura.[94] Já
na versão da Ave Maria diz: "Glória a
Deus no mais alto dos céus e na terra
paz aos homens, objetos da
benevolência (divina)."

Lucas 6,4

Nos manuscritos gregos do Códice D,


logo após Lucas 6:4, encontra-se um
breve episódio que alguns estudioso
julgam ser genuíno: "No mesmo dia,
ele viu um homem ocupado no
trabalho, e era sábado. Então lhe
disse: "Homem, se você sabe o que
está fazer você é abençoado. Mas, se
você não sabe, passa a ser
amaldiçoado como transgressor da lei".
Presumivelmente, se a pessoa
trabalhasse no Shabat (sábado) por
razões apropriadas, ou com espírito
certo, assim como Jesus havia
curado o homem cuja mão era
ressequida, tal pessoa não seria
culpada de violar a lei do sábado.[22]

Lucas 8,26

Alguns manuscritos trazem Gérasa,


outros Gádara e ainda outros Gergesa.
Visto que Gerasa ficava a mais de 50
quilômetros do lago de Genesaré, o
estouro da manada de porcos teria
sido muito grande, e a correria muito
longa. Alguns escribas cristãos
sentiram essa dificuldade e
escreveram Gádara em vez de
Gérasa, cidade que ficava a apenas
alguns quilômetros longe do lago.
Seguindo a hipótese de Orígenes,
outros escribas cristãos escreveram
Gergesa, cidade que ficava à beira do
lago.[95] Tudo o que Lucas diz é que
Jesus e seus discípulos entraram na
região dos gerasenos, e não
necessariamente que entraram na
cidade de Gérasa.[96]

Referências
1. Irineu (Contra as Heresias, livro III,
1.3) "Também Lucas, companheiro de
Paulo, registrou em livro o evangelho
proclamado por este";
2. Cânone Muratori (séc. II) diz "O
terceiro evangelho, segundo Lucas, foi
redigido por esse médico, segundo seu
critério, após a ascensão de Cristo,
quando Paulo o levou consigo como
companheiro, quase que cientista.
Apesar disso, não viu pessoalmente o
Senhor na carne, e por conseguinte
começou a relatar, da maneira como
conseguiu examinar, desde o
nascimento de João".
3. Eusébio de Cesareia (História
Eclesiástica, livro III, 4.6) Lucas, porém,
de origem antioquena e médico de
profissão, viveu por longo tempo em
companhia de Paulo e no restante
conviveu, não de passagem, com os
outros apóstolos. Deles aprendeu a
cura das almas, conforme comprovou
nos dois livros inspirados por Deus, o
Evangelho que ele atesta ter composto
conforme lhe transmitiram os que
foram desde o início testemunhas
oculares e ministros da palavra e os
Atos, que não redigiu de acordo com o
que ouviu, mas ao invés com o que viu
com os próprios olhos.
4. "Lucas é um sírio de Antioquia, sírio
pela raça, médico de profissão. Tornou-
se discípulo dos apóstolos e mais tarde
seguiu a Paulo até ao seu martírio.
Tendo servido o Senhor com
perseverança, solteiro e sem filhos,
cheio da graça do Espírito Santo,
morreu com 84 anos de idade". Prólogo
Anti Marcionita
5. Donald Guthrie. New Testament
Introduction. Leicester, England:
Apollos, 1990;
6. Leon Morris. Lucas. São Paulo: Vida
Nova, 2005;
7. N. B. Stonehouse, The Witness of
Luke to Christ (1951), pp. 24-45; H. J.
Cadbury, The Beginnings of Christianity
II, 1922, pp. 489-510; R. Bauckham,
Jesus and the Eyewitnesses (Eerdmans,
2006).
8. Oscar Cullman. A formação do Novo
Testamento. São Leopoldo: Sinodal,
2001;
9. May, Herbert. e Bruce Metzger.The
New Oxford Annotated Bible with the
Apocrypha. 1977. p. 1240;
10. DA Carson, Douglas Moo, Leon
Morris. Lucas in Introdução ao Novo
Testamento. São Paulo: Vida Nova,
1997;
11. "Relatos sobre a vida e as
declarações de Jesus circularam em
pequenas unidades independentes (...).
A responsabilidade por essa
transmissão não é de indivíduos, mas
da comunidade, dentro da qual o
material toma forma e é transmitido.
Certas leis de transmissão, geralmente
observáveis em tais casos de
transmissão oral, podem ser aplicadas
à transmissão dos evangelhos". DA
Carson, D Moo, L Morris, p. 22
12. Raymond Brown. Introdução ao
Novo Testamento. São Paulo: Paulinas,
2003;
13. "Ao contrário do ponto de vista
tradicional - que ainda é apresentada
hoje - há um consenso entre os críticos
que enfatizam as contradições entre
Atos e as cartas paulinas autênticas".
Theissen, Gerd e Annette Merz. The
historical Jesus: a comprehensive
guide. Fortress Press, 1998, p. 32;
14. "A pressuposição de que Lucas
tenha escrito o terceiro evangelho e os
Atos é a mais plausível das quatro
atribuições, seguida de perto pela
suposição de que Marcos tenha sido
um evangelista". R Brown, p. 60;
15. "Há boas razões para sustentar que
Lucas é o autor deste Evangelho (e de
Atos). Embora a evidência não chega à
prova definitiva, é muito forte, e
nenhuma alternativa apropriada tem
sido sugerida". Morris, p. 20
16. Udo Schnelle. The History and
Theology of the New Testament
Writings. Fortress Press, 1998, p. 259;
17. David Aune. The New Testament in
Its Literary Environment. Philadelphia:
Westminster, 1987, p. 77;
18. Os livros da Bíblia
19. Miller, Robert J. "Introduction to the
Gospel of Luke". In: The Complete
Gospels."Os estudiosos geralmente se
referem ao trabalho de Lucas como
'Lucas-Atos'". Polebridge Press, 1992, p.
115-117;;
20. "O argumento teológico fortemente
confirma a data de início (...). Resta
apenas a dificuldade adicional em datar
o Evangelho de Lucas tão cedo quanto
59 ou 60 d.C.". A. T. Robertson Luke the
historian in the light of research (1923).
21. Ben Witherington III. História e
História do Novo Testamento. São
Paulo: Vida Nova, 2005. p. 18;
22. Craig Evans. NCBC:Lucas. São
Paulo: Vida, 1996;
23. Bart Erhman. Jesus: Apocalyptic
Prophet of the New Millennium. Oxford
University Press, p.78-87;
24. Burnett H. Streeter. The Four
Gospels: A Study of Origins . London:
MacMillian and Co., Ltd., 1924;
25. Philipp Vielhauer. História da
Literatura do Novo Testamento. Santo
André: Academia Cristã, 2005, p. 415;
26. Craig Blomberg. Jesus e os
Evangelhos. São Paulo: Vida Nova,
2009;
27. Pier Franco Beatrice. The Gospel
according to the Hebrews in the
Apostolic Fathers. Novum
Testamentum 2006, vol. 48, no2, p. 147-
195;
28. James R. Edwards. The Hebrew
Gospel & the Development of the
Synoptic Tradition . Wm. B. Eerdmans
Publishing, 2009 pp 209-247.
29. Martin Hengel. The Four Gospels
and the One Gospel of Jesus Christ: An
Investigation of the Collection and
Origin of the Canonical Gospels. Trans.
J. Bowden. Londres e Harrisburg: SCM
e Trinity Press International. p. 169-207;
30. Funk, Robert; Jesus Seminar. The
acts of Jesus: the search for the
authentic deeds of Jesus.
HarperSanFrancisco. 1998. Luke, p.
267-364;
31. Funk, Robert; Jesus Seminar. The
acts of Jesus: the search for the
authentic deeds of Jesus.
HarperSanFrancisco. 1998. Birth &
Infancy Stories, p. 497-526;
32. "Greek". Cross, FL. In: The Oxford
dictionary of the Christian church. New
York: Oxford University Press, 2005;
33. H. J. Cadbury. The Style and Literary
Method of Luke, p. 194. Salienta que o
prefácio demonstra que a obra visava
um público (p. 204). Marca a obra como
sendo literatura, e mostra que não tinha
a intenção original de ser usada, por
exemplo, para propósitos litúrgicos.
34. F F Bruce. The Acts of the Apostles.
(p. 18-21); M. Wilcox. The Semitisms of
the Acts. Oxford, 1965. (p. 180-184);
35. Stephen Harris. Understanding the
Bible. Palo Alto: Mayfield. 1985. "The
Gospels" (p. 266-268);
36. Fizmyer, Joseph. The Gospel
according to Luke: introduction,
translation, and notes. The Anchor Bible
v. 28-28A. (2 vols) Garden City, NY:
Doubleday, 1981-1985;
37. F F Bruce. Merece Confiança o
Novo Testamento? São Paulo: Vida
Nova, 2010. Os escritos de Lucas (p.
105-120);
38. Sobre as evidências linguísticas
veja A. Kenny. A stylometric Study of
the New Testament (1986);
39. F F Bruce. The Acts of the Apostles
(1952), p2.
40. Udo Schnelle. The History and
Theology of the New Testament
Writings. (p. 259);
41. Aspectos literários da obra de
Lucas.
42. MA Siotis. Luke the Evangelist as St.
Paul's Collaborator. In: Neues
Testament Gesichichte . (p. 105-111);
43. Evangelho segundo Lucas
44. Imagem do Papiro 75 mostrando o
final do Evangelho de Lucas e o início
do Evangelho de João, separados pelas
palavras Κατά Λουκαν, ( Kata Loukan ) =
"Segundo Lucas".
45. Possivelmente datada de antes de P
75;
46. Gregory, A. The Reception of Luke
and Acts in the Period Before Irenaeus.
Mohr Siebeck, 2003. (p.28);
47. "O autor desconhecido de Lucas-
Atos certamente não era um
companheiro de Paulo". Theissen, Gerd
e Annette Merz. The historical Jesus: a
comprehensive guide. Fortress Press,
1998. Cap. 2 - Christian sources about
Jesus;
48. "A autoria deste evangelho
permanece desconhecida". Biblical
literature' '. In: Encyclopædia Britannica
On line. 26 nov. 2010;
49. "A maioria dos comentaristas
modernos do evangelho de Lucas são
céticos sobre a validade da autoria
tradicional". Fizmyer, Joseph. The
Gospel according to Luke: introduction,
translation, and notes. The Anchor Bible
v. 28-28A, (2 vols) Garden City, NY:
Doubleday, 1981-1985.
50. "Essas versões diferentes [do
conselho] parecem ser inconciliáveis;
mas desde que Paulo é um testemunho
contemporâneo e Atos foi escrito
muitos anos após o evento, os
estudiosos geralmente preferem a
versão de Paulo". Harris, Stephen, p.
313;
51. Biblical literature' '. In:
Encyclopædia Britannica On line. 26
nov. 2010;
52. Por exemplo: W. K. Hobart. The
Medical Language of St. Luke (1882); A.
Harnack, Lukas der Arzt (1906);
53. "Os esforços para argumentar que o
Terceiro Evangelho demonstra que seu
autor era um médico não são mais
utilizados atualmente. Hobart
argumentou que as várias histórias de
cura e o vocabulário demonstram que
Lucas era um médico. No entanto,
Cadbury depois refutou estas
alegações, provando que Lucas não
mostrou uma linguagem mais
conhecimento "médico" do que outros
escritores e historiadores de sua época.
É claro, as histórias de cura e
vocabulário "médicos" são consistentes
com a autoria por um médico. Mas eles
simplesmente não podem prová-lo".
Black, MC. Luke. College Press
comentário NIV. Joplin, Missouri:
College Pub Press, 1996;
54. "Colossenses 4:14 se refere a Lucas
como médico. Em 1882, Hobart tentou
reforçar essa conexão, indicando todas
as provas técnicas verbais para a
vocação de Lucas. Apesar da riqueza
de referências reunidas por ele, o caso
foi tornado ambíguo pelo trabalho de
Cadbury (1926), que mostrou que quase
todo o vocabulário técnico que alegava
ser de um médico aparecia em muitos
documentos gregos daquela época,
como a Septuaginta, Josefo, Luciano de
Samósata, e Plutarco. Isso significa que
a linguagem poderia ter vindo de uma
pessoa alfabetizada em qualquer
vocação. O trabalho de Cadbury não
significa, contudo, negar que Lucas
poderia ter sido um médico, mas só que
o vocabulário desses livros não garante
que ele foi um". Bock, DL. Luke Volume
1: 1:1-9:50. Baker exegetical
commentary on the New Testament.
Grand Rapids, Michigan: Baker Books,
1994;
55. Tentativas têm sido feitas para
fortalecer o argumento para a autoria
de um médico em Lucas-Atos ao
encontrar exemplos de fraseologia
médica. Os exemplos são muito poucos
para ser feita a base de um argumento.
Mas não são, talvez, provas suficientes
para corroborar uma visão mais
firmemente baseado em outras
considerações". Marshall, I. H. The
Gospel of Luke : A commentary on the
Greek text. The New international Greek
testament commentary. Exeter:
Paternoster Press, 1978. (p. 33–34);
56. "As referências são muitas vezes
feitas com a linguagem médica de
Lucas, mas não há nenhuma evidência
de tal linguagem além do que qualquer
grego educado poderia ter escrito".
Biblical literature' '. In: Encyclopædia
Britannica On line. 26 nov. 2010;
57. Estudiosos como Hengel (2000:48),
Fitzmyer (1981:51), Thornton (1991),
Nolland (1989: 1. xxxvii), Riley (1993:
vii), Cullmann (2001, p. 27-28), F F Bruce
(2010, p. 105) e Eckey (2004: 49). Há
três principais fatores citados em favor
da autoria tradicional: a tradição é
unânime em atribuir o terceiro
Evangelho e o livro dos Atos dos
Apóstolos a Lucas, companheiro de
Paulo. Lucas não é mencionado nas
cartas aos Gálatas, Romanos, nas duas
aos Coríntios e nas duas aos
Tessalonicenses - todas escritas num
período não coberto pelo livro de Atos
com relatos na primeira pessoa do
plural (nós a partir de Atos 16:10);
Lucas não era apóstolo. Também não
era um personagem de destaque do
Novo Testamento, o que confere peso
às declarações dos pais da igreja; Há
várias proximidades teológicas entre as
cartas de Paulo e a obra de Lucas,
como à atuação do Espírito Santo,
ênfase na morte vicária de Jesus e a
Santa Ceia;
58. "Não temos, portanto, razão válida
para duvidar de que o gentílico-cristão
que é o autor não seja idêntico a Lucas,
o companheiro de Paulo". Cullmann, p.
28
59. "Já que Lucas não foi uma figura
proeminente na era apostólica, se o
evangelho e Atos não foram
originalmente escritos por ele não
existe nenhuma razão óbvia por que
eles deveriam ter sido associada com
ele. Fizmyer, Joseph. The Gospel
according to Luke: introduction,
translation, and notes. The Anchor Bible
v. 28-28A, (2 vols) Garden City, NY:
Doubleday, 1981-1985;
60. "Sua breve associação com Paulo
levou Lucas a idealizar Paulo e a fazer
dele o herói da segunda parte de Atos.
Ele pintou sua própria imagem de
Paulo, que não pode concordar em
todos os detalhes com o Paulo das
cartas incontestáveis". Fizmyer,
Joseph. The Gospel according to Luke:
introduction, translation, and notes. The
Anchor Bible v. 28-28A, (2 vols) Garden
City, NY: Doubleday, 1981-1985;
61. Meier, John. Um judeu Marginal:
repensando o Jesus histórico. Rio de
Janeiro: Imago, 1992 (p. 53);
62. A. Harnack. The Date of Acts and
the Synoptic Gospels. 1911 (p. 90); H.
Marshall. Luke. 1974 (p. 35); AJ Mattill
Jr. The Date and Purpose of Luke-Acts:
Rackham reconsidered. In: Catholic
Biblical Quarterly 40. 1978 (p. 335-350);
Leon Morris. Lucas. 2005 (p. 20-24);
63. Para os argumentos sobre a
datação de Atos anterior ao ano 70 d.C.
veja o verbete Atos dos Apóstolos e a
seção Datação antes de 70 d.C..
64. Erich Mauerhofer. Uma introdução
aos Escritos do Novo Testamento. São
Paulo: Vida Nova, 2010;
65. Helmut Koester. Ancient Christian
Gospels. Harrisburg, Pennsylvania:
Trinity Press International, 1999 (p.
336);
66. Theissen, Gerd e Annette Merz. The
historical Jesus: a comprehensive
guide. Fortress Press, 1998. (p. 24-27);
67. Brown concorda que as referências
à destruição do templo de Jerusalém
são vistos como evidência de uma data
pós-70. Brown, Schuyler. The origins of
Christianity: a historical introduction to
the New Testament. New York: Oxford
University Press, 1993;
68. Schuyler Brown. The origins of
Christianity: a historical introduction to
the New Testament. New York: Oxford
University Press, 1993;
69. Muitos estudiosos atribuem as
epístolas pastorais ao apóstolo Paulo.
Gordon Fee. I e II Timóteo, Tito. São
Paulo: Vida, 1996; J. N. D. Kelly. I e II
Timóteo, Tito - introdução e comentário.
São Paulo: Vida Nova, 2009;
70. P4, P45, P69, P75 e P111.
71. Helmut Koester. Ancient Christian
Gospels. Harrisburg, Pennsylvania:
Trinity Press International, 1999 (p.
334);
72. Marcion. Cross, FL, ed. The Oxford
dictionary of the Christian church. New
York: Oxford University Press, 2005;
73. Strong's G2321 - Theophilos
74. "O prefácio literário dá a entender
que desde o início o objetivo era que o
livro fosse lido, não por um pequeno
grupo de crentes, mas presumivelmente
por um grande público. O cuidado com
que Lucas organizou uma quantidade
tão grande de informações parece
indicar que ele tinha em vista um
público mais amplo". DA Carson, D Moo,
L Morris, p. 131
75. Broadus David Hale. Introdução ao
estudo do Novo Testamento. Rio de
Janeiro: Junta de Educação Religiosa e
Publicações, 1983;
76. Bart D. Ehrman. The New
Testament: A Historical Introduction to
the Early Christian Writings. New York:
Oxford. 2008;
77. Biblical literature' '. In:
Encyclopædia Britannica On line. 10
dez. 2011;
78. Robert Funk, Roy Hoover e Jesus
Seminar. The five gospels. Harper:
SanFrancisco, 1993.("Luke" p. 271-400);
79. Geza Vermes. The authentic gospel
of Jesus. London: Penguin Books, 2004
(p. 301-307);
80. Herbert May e Bruce Metzger. The
New Oxford Annotated Bible with the
Apocrypha. 1977, p. 1279;
81. Bart D. Ehrman. Jesus, Interrupted.
HarperCollins, 2009;
82. George Shillington. An introduction
to the study of Luke-Acts. Continuum
International Publishing Group, p. 11;
83. Leigh Gibson e Shelly Matthews.
Violence in the New Testament.
Continuum International Publishing
Group, 2005 (p. 132);
84. Jonathan Knight. Luke's gospel.
Psychology Press, 2005 (p. 145);
85. "Lucas enfatiza a responsabilidade
dos judeus pela morte de Jesus, não
porque Lucas abriga algum sentimento
anti-semita, mas porque deseja colocar
a morte do Messias com muita firmeza
no quadro geral da história bíblia
israelita". Craig Evans, p. 28-29;
86. Para uma avaliação melhor da
atitude de Lucas a respeito dos judeus,
v. Robert Brawley. Luke-Acts and the
Jews: Conflict, Apology and
Conciliation. SBLMS 33 (Atlanta:
Scholars, 1987);
87. Daniel A. Smith. Revisiting the
Empty Tomb: The Early History of
Easter. Fortress Press, 2010 (p. 109);
88. Luke for Everyone por Tom Wright,
2004 (p. 292);
89. P4 contém Lucas1:58-59; 62-2:1;6-7;
3:8-4:2;29-32;34-35; 5:3-8; 5:30-6:16
90. P75 contém Lucas 3:18 - 4:02 +;
04:34-05:10; 5:37-18:18 +; 22:4-24:53 e
João 1:01-11:45, 48-57 ; 12:03-13:10;
14:08-15:10;
91. Lista Completa dos Papiros Gregos
do Novo Testamento
92. Lista de Papiros do Novo
Testamento em inglês
93. Há um sumário útil dessa posição
em Bruce Metzger (p. 191-193). Veja
também Western Non-Interpolations, de
Klyne Snodgrass (JBL 91:369-379).
Snodgrass chega à conclusão de que
"agora parece duvidoso que quaisquer
das formas textuais apoiadas apenas
por D e seus aliados não gregos seja o
texto autêntico" (p. 379);.
94. "Com o nascimento de Cristo, Deus
estava finalmente colocando em
operação seu plano de redenção, e por
isso a paz e o perdão já podia ser
oferecida aos homens sobre os quais
repousa seu favor". Wilson Paroschi.
Crítica textual do Novo Testamento. São
Paulo: Vida Nova, 1993 (p. 194);
95. "Entretanto, o próprio Orígenes não
conheceu manuscrito algum que
trouxesse 'Gergesa'". Craig Evans, p.
156;
96. Ellis afirma que o episódio
aconteceu em Quersa, cidade situada
na praia oriental do lago. Earle Ellis. The
Gospel of Luke. NBC. Londres:
Oliphants, 1974 (p. 128);

Ligações externas
Evangelho segundo Lucas -
Almeida Corrigida Fiel
Evangelho segundo Lucas -
Almeida Revista e Corrigida (1995)
Evangelho segundo Lucas - Nova
Versão Internacional
Evangelho segundo Lucas -
Scrivener’s Textus Receptus 1894
Evangelho segundo Lucas - Nestle
1904 Greek New Testament
Evangelho segundo Lucas - Bíblia
Ave Maria
Evangelho segundo Lucas - Vulgata
Latina
Evangelho segundo Lucas -
Tradução do Novo Mundo (revisão
de 2015)

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