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INTRODUÇÃO GERAL
AOS EVENGELHOS SINÓTICOS
Os evangelhos sinóticos são chamados assim porque apresentam uma grande semelhança em
relação ao conteúdo e à estrutura narrativa. Eles compartilham muitas das mesmas histórias,
parábolas e ensinamentos de Jesus, embora cada um tenha suas próprias particularidades.
Nesse livro, Fabris explora as questões relacionadas à autoria, datação, contexto histórico e
teológico dos evangelhos sinóticos. Ele examina a tradição e as evidências internas e externas
para fornecer uma visão geral dos debates acadêmicos sobre esses tópicos.
Além disso, o autor explora as características literárias e teológicas de cada evangelho sinótico,
destacando as diferenças e semelhanças entre eles. Ele analisa as estruturas narrativas, os
temas principais e os enfoques teológicos de cada evangelho, permitindo ao leitor
compreender melhor as nuances e a mensagem de cada um.
Os evangelhos foram escritos no primeiro século da era cristã, após a morte e ressurreição de
Jesus Cristo. Eles foram compostos por seguidores de Jesus, que buscavam registrar e
transmitir as palavras, ensinamentos e eventos relacionados à vida de Jesus.
O primeiro evangelho a ser escrito foi provavelmente o Evangelho de Marcos, por volta do ano
70 d.C. Marcos foi um discípulo de Pedro, um dos apóstolos de Jesus, e seu evangelho é
considerado o mais antigo e conciso dos quatro evangelhos canônicos.
O Evangelho de João foi o último a ser escrito, provavelmente no final do primeiro século. Ele
difere dos outros três evangelhos sinóticos em estilo e conteúdo, apresentando uma
perspectiva teológica mais aprofundada sobre a divindade de Jesus.
É importante ressaltar que os evangelhos foram escritos em grego, embora Jesus e seus
discípulos tenham falado aramaico. Os evangelistas adaptaram as palavras e ensinamentos de
Jesus para o público grego, a fim de facilitar a compreensão e a disseminação da mensagem
cristã.
Após a sua escrita, os evangelhos foram copiados e disseminados entre as comunidades cristãs,
sendo considerados textos sagrados e fundamentais para a fé cristã. Eles foram posteriormente
reunidos em um único livro, conhecido como Novo Testamento, juntamente com outras cartas
e escritos apostólicos.
2. História das formas: A história das formas é um campo de estudo que busca entender como
os relatos sobre Jesus foram moldados e transmitidos ao longo do tempo. Examina-se as
diferentes formas literárias utilizadas nos evangelhos, como parábolas, ditos, milagres e
narrativas, e como essas formas foram influenciadas pela tradição oral e pelas comunidades
que as transmitiram.
5. Liturgia: A liturgia é a celebração e adoração coletiva dos fiéis nas comunidades cristãs. Os
evangelhos ocupam um lugar central na liturgia, sendo lidos e proclamados durante a missa ou
culto. Os textos evangélicos são selecionados de acordo com o calendário litúrgico, que segue
um ciclo anual de leituras que abrangem diferentes partes dos evangelhos e outros livros do
Novo Testamento.
6. A tradição evangélica viva e fiel: A tradição evangélica viva e fiel se refere à transmissão
contínua dos ensinamentos de Jesus e dos evangelhos ao longo dos séculos. Essa tradição é
mantida pelas comunidades cristãs, que preservam e interpretam os evangelhos de acordo
com sua compreensão da fé e da doutrina cristã. A tradição evangélica viva e fiel busca manter
a autenticidade e a relevância dos ensinamentos de Jesus para os tempos atuais.
3. Cópias manuscritas: Após a escrita dos evangelhos, foram feitas cópias manuscritas para
disseminá-los e preservá-los. Durante séculos, os escribas copiaram os evangelhos à mão, o
que permitiu que os textos fossem transmitidos através das gerações.
7. Crítica textual: A crítica textual é uma disciplina acadêmica que busca reconstruir o texto
original dos evangelhos, comparando as diferentes cópias e variantes encontradas nos
manuscritos. Esse processo envolve a análise de evidências internas e externas para
determinar a leitura mais provável de um determinado trecho dos evangelhos.
Esses evangelhos foram escritos por volta do primeiro século d.C., em diferentes momentos e
para diferentes audiências. Eles foram compostos por autores que buscavam transmitir os
ensinamentos e o significado de Jesus para as comunidades cristãs da época.
No entanto, é importante destacar que os evangelhos não são biografias modernas, mas sim
testemunhos de fé e interpretação dos autores sobre a vida e a mensagem de Jesus. Eles foram
escritos com o propósito de transmitir a fé cristã e ensinar os seguidores de Jesus.
Para entender melhor a história de Jesus, os estudiosos recorrem a várias fontes, incluindo os
evangelhos canônicos, outros textos do Novo Testamento, escritos judaicos da época e
evidências históricas e arqueológicas. Essas fontes são analisadas e interpretadas por meio de
métodos de pesquisa histórica e exegese bíblica.