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INTRODUÇÃO

Quem eram os evangelistas? Há lógica em seus escritos? Como


foram compostos esses livros? Com estas questões,
introduzimos os quatro Evangelhos – Mateus, Marcos, Lucas e
João –, os primeiros livros do Novo Testamento.

CONCEITO

Evangelho é a tradução portuguesa da palavra grega


Euangelion que foi notavelmente enriquecida de significados.
Para os gregos mais antigos ela indicava a "gorjeta" que era
dada a quem trazia uma boa notícia. Mais tarde passou a
significar uma "boa-nova", segundo a exata etimologia do
termo.

Os Quatro Evangelhos – Desde os primeiros anos do


cristianismo preferiu-se falar de "Evangelho", no singular,
também quando se referia aos livros. Isto porque os escritos
dos apóstolos traziam todos o mesmo e idêntico "alegre
anúncio" proclamado por Jesus e difundido oralmente.
Quando se desejou, porém, indicar de maneira específica cada
um dos quatro livros, encontrou-se uma fórmula
particularmente eficaz e significativa: "Evangelho Segundo
Lucas", "Evangelho Segundo Mateus", "Evangelho Segundo
Marcos" e "Evangelho Segundo João". Desse momento em
diante, o singular e o plural se alternam para indicar, um a
identidade do anúncio, o outro a diversidade de forma e
redação. Ficará, porém, sempre viva a convicção de que o
Evangelho é um só: o alegre anúncio de Jesus. (Battaglia, 1984,
p. 25 e 26)

Cânon é a palavra que, nas línguas orientais (dos quais se


deriva) e em grego, designa a regra, a medida e, por extensão,
o catálogo. Em linguagem bíblica, significa os catálogos dos
livros sagrados.
Vulgata é o nome dado à tradução latina dos textos bíblicos
devida a São Jerônimo (420), o novo texto assim apresentado
aos cristãos em breve se tornou de uso comum; donde o nome
de vulgata (forma) que tomou. Antes de Jerônimo já existia
outra tradução latina, comumente chamada Vetus latim ou
pre-jeronimiana. (Bettencourt, 1960)

CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Jesus, quando esteve encarnado entre nós, há dois mil anos,


traçou-nos os fundamentos morais para a nossa conduta ética.
Ele não nos deixou nada escrito. Todos os seus ensinamentos
foram transmitidos oralmente. Na época, e mesmo hoje, a
palavra oral tinha muito mais força do que a palavra escrita.
No discurso oral, usamos gestos, os efeitos sonoros da voz, a
repetição persuasiva e muito mais. De certa forma, a escrita é
estática, dependendo muito mais do entendimento de quem
lê.

Nas aulas, os mestres apelavam para a memória de seus


discípulos e procuravam facilitar-lhes a tarefa redigindo suas
ideias em sentenças ritmadas quase cantantes, aptas a se
guardar na mente dos ouvintes. Este método de ensino é
denominado de catequese, palavra grega que significa
"ressonância". O mestre devia fazer ecoar amplamente as suas
sentenças. Catequizado era aquele a quem haviam feito
ressoar os termos da doutrina.

As prédicas de Jesus foram ouvidas pelos seus seguidores, mas


redigidas muito tempo depois de sua morte. Dentre os
diversos evangelhos existentes, apenas quatro foram
considerados canônicos, ou seja, considerados sagrados e de
inspiração divina. Os outros foram classificados como
apócrifos. Os quatro Evangelhos são: o Evangelho segundo
Mateus, o Evangelho segundo Marcos, o Evangelho segundo
Lucas e o Evangelho segundo João.

RESUMO DOS EVANGELHOS

O Evangelho Segundo Mateus

Estilo Literário: O estilo usado pelo autor revela ser ele uma
pessoa organizada, que busca apresentar os argumentos de
forma sistemática.
Autoria:
A tradição acerca da autoria do Evangelho de Mateus não é tão
certa quanto a de Marcos. O primeiro livro do nosso Novo
Testamento é anônimo, assim como os outros três evangelhos.
Contudo, a tradição antiga é unânime em atribuí-lo a Mateus,
um dos doze discípulos de Jesus. A realidade, é que pouca
dúvida pode haver de que ele estava de alguma forma,
associado com o Evangelho que leva o seu nome, isso por que,
a habilidade de organização exibida pelo autor concorda com
a mentalidade provável de um cobrador de impostos, como
fora o apóstolo Mateus. Além disso, outras evidências internas
se tornam em indicações notáveis de que ele é o autor desse
Evangelho, em apoio às tradições da Igreja primitiva.

O Propósito da Escrita:
O Evangelho de Mateus é claramente o mais “judaico” dos
quatro e é melhor entendido, como tendo sido escrito para
cristãos de fala grega, cuja maioria era de origem judaica. O
autor supõe que o leitor esteja familiarizado com o Velho
Testamento e as várias seitas da Palestina naquela época. Esta
suposição, da parte do autor, leva o leitor a concluir que o livro
foi escrito primariamente para os cristãos judeus de fala grega
(judeus helenistas).

Mateus em muitos aspectos, é uma ponte entre o Velho


Testamento e o Novo Testamento. Há mais de cem citações do
Velho Testamento. Este livro parece efetuar uma transição, da
expectação judaica de um messias político, para o
cumprimento de todas as profecias messiânicas em Jesus de
Nazaré.

O propósito do autor é demonstrar, sem deixar dúvida, que


Jesus de Nazaré é o Rei Messias da Profecia hebraica; por esta
razão, a palavra chave em seu Evangelho é cumprimento, a
qual, é repetida com freqüência para indicar que as profecias
do Antigo Testamento se cumpriram em Jesus Cristo. O
objetivo do autor é organizar e sistematizar suas conclusões
acerca de Jesus, o Cristo.

Os Evangelhos foram escritos nos dias de crescente separação


entre a sinagoga e a igreja. A igreja se tornava cada vez mais
gentia. O cristianismo, que havia adorado lado a lado com
judeus não-cristãos no templo e nas sinagogas, desde o
princípio estava sendo forçado a tomar uma posição que iria
significar separação completa do judaísmo. Um dos problemas
que a igreja primitiva enfrentou, quando partiu para o mundo
gentio, foi o da liberdade cristã. Por um lado, alguns cristãos
estavam usando a “salvação pela graça” como um pretexto
para pecarem promíscuamente. Por outro lado, havia aqueles
legalistas com um conjunto estrito de regras para a vida diária;
uma lista de “sim” e de “não”. Mateus escreveu para combater
esses dois erros extremos do legalismo e do antinomismo. O
cristão é livre, mas não livre de uma vida responsável. A justiça
que resulta da graça perdoadora não leva à iniquidade. O Dom
da justiça envolve um padrão de conduta que vai muito além
de qualquer sistema de regulamentos. A justiça dos cristãos
deve exceder a do fariseu (Mt. 5:20). Essa justiça, todavia, não
leva à justiça própria. O cristão se lembra que ele é sempre um
receptor da graça perdoadora de Deus. Jamais está ele numa
posição de exigir que Deus satisfaça seus pedidos.

Data: Se Mateus se valeu do Evangelho de Marcos, e este é do


período de 45 - 70 DC., então, provavelmente, Mateus
pertence a uma data levemente posterior.

Evangelho Segundo Marcos

Estilo Literário:
Estilo romano, que não usa de rodeios, indo direto ao assunto

Autoria:
Dos quatro livros do Novo Testamento, que são denominados
“Evangelhos”, o segundo da ordem é aceito pela maior parte
dos estudiosos como sendo o mais antigo. Este Evangelho em
si é anônimo, ou seja, dentro do livro não há nenhuma
afirmação definida quanto a quem é o autor. No início do 2º
século foi atribuído a João Marcos, sobrinho de Barnabé (At.
13.5), que se tornou companheiro de Pedro (1ª Pe.5.13).
Alguns estudiosos entendem que o jovem mancebo de Marcos
14:51-52 é uma referência encoberta ao autor, isso por que,
segundo eles, a inclusão de tal incidente isolado aponta mais
logicamente para Marcos do que para qualquer outra pessoa.
Segundo os pais primitivos, João Marcos coletou seu material
de Pedro.

O Propósito da Escrita:
Marcos mostra Jesus como Homem de Ação e Poder. Destaca
mais as obras de Jesus e menos Suas palavras, valendo para
ele mais as ações. Não se preocupava com genealogias, pois,
dirige sua obra aos romanos, que não tinham interesse na
árvore genealógica de um estrangeiro. Marcos quer mostrar o
PODER DE JESUS. E isso interessa aos romanos, que são os
donos do poder temporário.

Segundo concorda a maioria dos estudiosos, Marcos escreveu


em Roma, para os romanos e, por isso, escreveu no estilo
romano, usando linguagem e vocabulário romano. E, porque
escreve para os romanos, não cita a lei nem as profecias
bíblicas, pois isto não seria claro para os romanos. Também,
ao falar de coisas que os romanos não conheciam, dava a
devida explicação. Por exemplo, explicou que o judeus
“costumavam jejuar” (2.18); que “O Monte das Oliveiras ficava
defronte do templo”(13.3); etc

Enfatizando as obras de Jesus, Marcos faz referências as 17


curas de enfermidades, 9 milagres ligados a fenômenos da
natureza, 6 libertações de endemoninhados e 3 ressurreições.
Marcos foi o primeiro a escrever e sua obra serviu de base para
os outros escritores sinópticos.
Data:
Nas citações dos pais antigos, pode ser observado que parece
haver uma concordância geral de que Marcos escreveu da
Itália ou, mais precisamente, de Roma. Contudo, a época da
escrita não é tão fácil de se definir, pois, muita coisa depende
de se Marcos escreveu antes ou após a morte de Pedro. Se
como foi sugerido, tanto Mateus como Lucas tomaram
emprestado de Marcos na produção de suas respectivas obras,
então a data mais tardia seria antes da produção dos dois
sínópticos restantes. Uma data provável seria por volta de 65
DC.

O Evangelho Segundo Lucas

Estilo Literário:
A facilidade do autor do terceiro Evangelho no uso do idioma
grego sugere que era gentio (ou, judeu helenista), mais afeito
ao idioma grego que a maioria dos judeus tê-lo-ia sido. O seu
estilo, juntamente com o estilo do autor da epístola aos
Hebreus, é o mais refinado de todo o Novo Testamento. As
exceções têm lugar quando parece que ele seguia fontes
informativas semíticas, orais ou escritas, ou então quando
adotava um estilo semítico grego, para que soasse como grego
“bíblico” da Septuaginta.
Autoria:
O terceiro Evangelho e o Livro de Atos dos Apóstolos
forçosamente saíram da pena de um mesmo autor, porquanto
começam ambos com uma dedicatória a Teófilo, além de
compartilharem de interesses comuns e de um só estilo de
redação. Outrossim, o livro de Atos faz alusão ao primeiro livro
(At. 1:1). E visto que o terceiro evangelho e o livro de Atos
devem ter vindo do mesmo autor, deduzimos a autoria lucana
de Lucas-Atos, do fato de ter sido ele o único dos
companheiros de viagem de Paulo, que poderia ter escrito as
seções “nós” no livro de Atos. Todas as demais personagem
estão excluídas por terem sido mencionadas na terceira
pessoa no livro de Atos, ou, devido à impossibilidade de
harmonizar seus movimentos geográficos, em consonância
com essas seções “nós” mencionadas. Outrossim, as antigas
tradições confirmam a autoria lucana.

O Propósito da Escrita foi o de mostrar a certeza histórica do


Evangelho de Cristo. Lucas se dirige a uma audiência gentílica
e, dedica a sua obra a Teófilo. Ele está interessado em
estabelecer a inocência política de Jesus sob as leis romanas.
Ele procura mostrar que o Evangelho é universal, que Jesus
derrubara a barreira existente entre judeus e gentios e,
inaugurara uma comunidade de âmbito mundial, na qual, as
antigas desigualdades entre escravos e libertos, entre homens
e mulheres, não mais existem. Ele não demonstrou o interesse
judaico pelas profecias messiânicas cumpridas, com o mesmo
grau de intensidade com que o faz Mateus. E também,
modificou expressões peculiarmente judaicas, afim de que
seus leitores gentios pudessem compreender melhor o que
lessem.

Lucas, mui provavelmente, era um gentio (ou pelo menos um


judeu helenista), podendo ter-se convertido em Antioquia da
Síria. Seu nome é de origem grega. Ele apresenta Jesus como
o Filho de Homem e dirige sua obra aos gregos. Para ele, Jesus
é o Homem ideal, com toda beleza perfeição e, Sua
humanidade é sem participação do pecado. Assim fazendo,
Lucas mostra que o primeiro Adão falhou, mas o segundo não.
Cristo, o segundo Adão, venceu as tentações e desfez as obras
do diabo, (I Jo.3.8). Lucas citou ensinos de Jesus sobre os
gentios, pois, escreveu a gentios. Ele mostra que Jesus salva
judeus e gregos (ou gentios). Lucas foi discípulo de Paulo,
apóstolo dos gentios. Este evangelho é mais amplo e mais
minucioso, pois, o seu autor fez “acurada investigação” (1:3)
antes de escrevê-lo.

Data:
Ao se tentar determinar a data de autoria, muitas coisas são
levadas em consideração. Foi constatado que o Evangelho de
Lucas forma o primeiro volume de Lucas-Atos. Atos teve que
ser composto em alguma época subsequente aos
acontecimentos narrados em Atos 28. O Evangelho foi escrito
antes de Atos (1:1). Outro fator a ser considerado na
determinação de uma data é o Evangelho de Marcos. Se
Marcos foi uma das fontes que Lucas consultou em seu
Evangelho, então a datação de Marcos tem um apoio
definitivo no terminus a quo do Evangelho de Lucas. Se, como
muitos estudiosos acreditam, Marcos foi composto durante as
perseguições neronianas, então, a metade dos anos 60 seria a
data antiga mais provável para Lucas.

O Evangelho Segundo João

Estilo Literário:
Seu autor demonstra ser profundo conhecedor dos costumes
judaicos. Escrito em estilo simples e semítico, o último dos
quatro Evangelhos exibe uma profundeza teológica que
ultrapassa à dos evangelhos sinópticos.

Autoria:
As tradições da igreja primitiva indicam que o apóstolo João
escreveu o quarto evangelho já no término do primeiro século
da era cristã, em Éfeso, cidade da Ásia Menor. Particularmente
importante quanto a isso é o testemunho de Irineu, discípulo
de Policarpo, o qual, por sua vez, fora discípulo do apóstolo
João - uma direta linha de tradição, com um elo de ligação
entre Irineu e o próprio João. Vale lembrar que o autor do
quarto evangelho reivindica o privilégio de ter sido
testemunha ocular do ministério de Jesus (1:4), além de
demonstrar um estilo semítico em sua redação e de possuir
conhecimento acurado sobre os costumes dos judeus.
Também era profundo conhecedor da topografia da Palestina,
conforme ela era antes do holocausto de 70 DC. Além disso,
há o relato de detalhes vívidos que só poderiam ser esperados
da parte de uma testemunha ocular.

Propósito da Escrita:
Na época em que João escreveu este Evangelho, estava sendo
divulgada uma heresia chamada EBIONISMO, que ensinava ser
Jesus um mero homem, mas sem pecado. O Evangelho
segundo João foi escrito com objetivo de refutar essa heresia.
Daí, a razão dele ter colocado ênfase na divindade de Jesus.

AS DIFERENÇAS ENTRE OS QUATRO EVANGELHOS


Há quatro relatos na Bíblia sobre a vida e o ministério de Jesus:
Mateus, Marcos, Lucas e João. Esses relatos são chamados de
Evangelhos, palavra que quer dizer Boas Novas.

Há diferenças entre esses quatro relatos e isso acaba sendo


tratado por aqueles que querem criticar a Bíblia como se
fossem erros. Mas se analisarmos essa questão com cuidado,
veremos que não é nada disso.
Os Evangelhos como trabalho de reportagem

Vamos imaginar que um jornal deseja fazer uma reportagem


sobre os bastidores de uma campanha eleitoral para
Presidente da República. E para ter certeza que a reportagem
final conterá todas as informações relevantes, escala quatro
repórteres diferentes para fazerem relatos independentes
entre si.

Os quatro repórteres – pessoas sérias, dedicadas e


competentes – são pessoas com formação profissional muito
diferente, garantindo que o “olhar” de cada um sobre os fatos
seja bem individual.

De forma proposital, dois desses repórteres vão acompanhar


pessoalmente os acontecimentos, enquanto os outros dois
limitar-se-ão a entrevistar pessoas que venham a ser
testemunhas oculares dos fatos relatados.

Ao final da campanha, os quatro repórteres vão entregar seus


trabalhos para o editor do jornal, sem nunca terem tido
contato entre si. Você acha que os relatos entregues ao jornal
serão iguais? É claro que não. E se fossem iguais, seria o caso
de imaginar uma fraude.

Na verdade, os relatos vão se completar e apresentar pontos


de vista diferentes sobre uma mesma realidade, fazendo com
que o conjunto dos quatro relatos contenha um conjunto de
informações muito mais completo e rico.
E não será justo afirmar, depois que a reportagem estiver
pronta, que qualquer dos repórteres mentiu, a partir da
constatação que os relatos individuais serão diferentes.

E foi exatamente isso que aconteceu com os Evangelhos: os


quatro relatos foram produzidos porque o “editor do jornal”
(o Espírito Santo) queria que o Novo Testamento contivesse
um relato diversificado daquilo que aconteceu com Jesus. E
Mateus, Marcos, Lucas e João cumpriram fielmente a
“encomenda” recebida.

A importância dos detalhes comuns

Há ainda um aspecto muito importante a comentar: como os


repórteres da Campanha Presidencial terão espaço limitado
para seu relato, precisarão escolher o que incluir e o que deixar
de fora. Certamente vão incluir aquilo que lhes parecer ser
mais importante, essencial mesmo (os fatos fundamentais,
quem ganhou, quem perdeu e assim por diante). Assim, os
quatro relatos vão muitas vezes falar de coisas diferentes.

E assim aconteceu com os quatro Evangelhos: somente


Mateus e Lucas relataram o nascimento e alguma coisa da
infância de Jesus. Somente Mateus e Lucas falaram sobre o
Sermão onde Ele citou as “bem aventuranças”. Somente esses
dois Evangelhos registram as palavras da oração do “Pai
Nosso”. Somente João relatou a oração que Jesus fez pouco
antes de ser preso. E assim por diante.
Agora, os fatos que todos os quatro repórteres do jornal
escolherem relatar sem dúvida serão aqueles de maior
importância. E o mesmo aconteceu com os “repórteres”
bíblicos: onde os relatos dos quatro evangelistas abrangem as
mesmas coisas é porque os fatos relatados são cruciais.

E quais fatos são esses? Alguns são bem fáceis de identificar,


como a crucificação, a morte e a ressurreição de Jesus. Mas
outros provavelmente vão surpreender você, comprovando
que nem sempre olhamos para a Bíblia como deveríamos. Veja
a seguir a lista dos demais pontos relatados pelos quatro
evangelistas:

O batismo de Jesus por João Batista . Isso comprova que João


foi uma figura de grande importância na história de Jesus,
embora hoje seja pouco lembrado.

A última refeição com os discípulos, quando Jesus instituiu o


sacramento da Santa Ceia.

O milagre da multiplicação dos pães, quando Jesus alimentou


uma multidão faminta. Esse milagre é uma metáfora para o
sacramento da ceia – os(as) cristãos(ãs) passaram a ser
“alimentados(as)” espiritualmente pelo corpo e o sangue de
Jesus.
O aviso a Pedro que ele iria negar Jesus, que serve de alerta
para nós: devemos sempre estar atentos contra as ciladas de
Satanás e jamais confiar apenas nos nossos próprios recursos.

As primeiras pessoas que viram Jesus depois da ressurreição


foram mulheres – esse registro deve ser entendido como uma
homenagem àquelas que foram suas mais fiéis seguidoras.

BIOGRAFIAS

MATEUS

São Mateus foi um dos doze apóstolos de Cristo. É o autor do


primeiro dos três evangelhos sinóticos, os outros dois são de
Marcos e Lucas. No Evangelho, Mateus apresenta Jesus com
o título de Emanuel, que significa “Deus está conosco”.
Mateus, também chamado de Levi é filho de Alfeu conforme
os Evangelhos de Marcos e Lucas (Marcos 2,14) (Lucas 5, 27).
Antes de ser chamado para seguir Jesus, Mateus era um
coletor de impostos do povo hebreu, durante a dominação
romana.
Por ordem de Herodes Antipa, ele estava alocado em
Cafarnaum, uma cidade marítima no mar da Galileia, na
Palestina.
Apóstolo de Jesus
Seu primeiro contato com Jesus se deu enquanto estava
trabalhando: “saindo daí, Jesus viu um homem chamado
Mateus, sentado na coletoria de impostos, e lhe disse”: “siga-
me!” Ele se levantou e seguiu Jesus. (Mateus 9, 9).
“Depois, Mateus preparou, em sua casa, um grande
banquete para Jesus”. “Estava aí uma numerosa multidão de
cobradores de impostos e outras pessoas, sentadas à mesa
com eles.” (Lucas 5, 27-28-29).
Como Mateus era coletor de impostos, uma ocupação
desprezada pelo povo judeu, os fariseus criticaram Jesus ao
vê-lo à mesa com os publicanos e pecadores. O Mestre
respondeu: “Não vim chamar justos, mas pecadores ao
arrependimento”. (Lucas 5,29)
Evangelho de Mateus
Denominado de “Primeiro Evangelho”, logo no início, Mateus
apresenta Jesus como o Mestre que veio realizar a justiça.
Relata a morte e a ressurreição de Jesus.
Seu evangelho é organizado em “cinco livrinhos”, cada um
contendo uma parte narrativa seguida de um discurso, que
reúne e explica o que está contido nas narrativas.
O nome de Mateus aparece sempre na relação dos 12
primeiros apóstolos de Cristo, geralmente ao lado de São
Tomé.
Entre as citações consta uma ordem de Jesus: “Os onze
discípulos foram para a Galileia, ao monte que Jesus lhes
tinha indicado. Quando viram Jesus, ajoelharam-se diante
deles. Ainda assim, alguns duvidaram”.
Então, Jesus se aproximou e falou: “Toda a autoridade foi
dada a mim no céu e sobre a terra”.
“Portanto, vão e façam com que todos os povos se tornem
meus discípulos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do
Espírito Santo, e ensinando-os a observar tudo o que ordenei
a vocês”.
“Eis que eu estarei com vocês todos os dias, até o fim do
mundo”. (Mateus 28, 16-17-18-19-20).
Pregação
Apóstolo e Evangelista, a tradição relata a pregação de São
Mateus na Judéia durante 15 anos, depois de haver
percorrido grande parte da Etiópia e Pérsia.
Fora do Evangelho, segundo Eusébio de Cesaréia, em sua
“História da Igreja”, a única referência a respeito de Mateus é
uma citação do bispo Papias de Hierápolis, do século II.
Da sua atividade após o Pentecostes, se conhece somente as
páginas do seu Evangelho, primitivamente redigido em
aramaico.
Martírio e morte
Existem várias versões sobre sua morte. Uma delas é que
teria morrido na Etiópia apedrejado, decapitado e queimado,
defendendo Santa Ifigênia.
Suas relíquias teriam sido encontradas em 1080, e levadas
para a cidade italiana de Salerno, onde até hoje se encontram
e são consideradas pelos mais crentes como
verdadeiramente do santo.
A Igreja Romana celebra sua festa em 21 de setembro, e a
grega em 16 de novembro. O símbolo de São Mateus como
Evangelista é o anjo.

MARCOS

São Marcos Evangelista, foi um discípulo de São Pedro. Foi o


autor do Evangelho Segundo São Marcos e o fundador da
Igreja de Alexandria.
São Marcos era de origem hebraica, da tribo de Levi. Como
era costume entre os hebreus, São Marcos recebeu dois
nomes, um hebreu – João e outro romano – Marcos.
Sua mãe é mencionada na Bíblia em Atos dos apóstolos (12-
12) “Pedro então refletiu e foi para a casa de Maria, mãe de
João, também chamado de Marcos, onde se havia reunidos
para rezar”.
Marco fazia parte dos setenta apóstolos que propagavam a fé
cristã. Era primo de Barnabé, um companheiro de viagem de
Paulo. Na primeira viagem apostólica de Paulo, Marcos o
acompanhou, momento em que desenvolveu o gosto pelas
atividades apostólicas, mas depois se afastou da fé.
Discípulo de Pedro
Posteriormente, Marcos foi um dos primeiros discípulos de
Pedro, que lhe restituiu a fé após ele ter deixado Jesus.
Na festa de Pentecoste recebeu o santo Batismo das mãos do
Príncipe dos Apóstolos, uma vez que em sua primeira
epístola, Pedro o chama de filho: (I Pedro, 5 – 13) “A
comunidade que vive na Babilônia, escolhida como vocês,
manda saudações. Marcos, meu filho, também manda
saudações”.
Evangelho de São Marcos
No ano de 42, quando Pedro teve que se ausentar de Roma,
entregou a vigilância da jovem Igreja a seu discípulo Marcos.
Atendendo aos pedidos dos primeiros cristãos de Roma, de
deixar-lhes um documento escrito, que contivesse tudo que
ouviram da doutrina, dos milagres e da morte de Jesus, São
Marcos escreveu o Evangelho que recebeu seu nome com a
finalidade precisa de responder à pergunta: “Quem é Jesus”.
O evangelista, porém não responde com doutrinas teóricas
ou discursos de Jesus. Ele apenas relata a prática ou atividade
de Jesus, fazendo compreender que Jesus é o Messias, o Filho
de Deus. Marcos deixa claro que sua obra não é completa e
que o leitor, através de sua própria vida, torne-se discípulo de
Jesus.
Igreja de Alexandria
Depois de ter passado alguns anos em Roma, São Marcos foi
enviado por Pedro para evangelizar Aquileia, cidade de
considerável tamanho, onde ele conseguiu formar uma
grande cristandade.
Em seguida foi enviado para evangelizar o Egito. Marcos
desembarcou em Cirene na Pentápolis, esteve na Líbia e em
Tebaida, e finalmente chegou a Alexandria, onde fixou
residência e permaneceu durante 19 anos.
Nessa época, edificou uma igreja dedicada a São Pedro, a
Igreja de Alexandria.
Depois de várias perseguições e dois anos ausente da cidade,
ao retornar foi perseguido pelos pagãos que estavam
ressentidos com a propagação da religião cristã.
Ao prendê-lo, colocaram uma corda em seu pescoço e o
arrastaram pelas ruas da cidade até sua morte.
Em 828, seus restos mortais foram transportados para
Veneza e colocados em um edifício construído para guardar
as relíquias do apóstolo. Hoje, no local, se encontra erguida a
Basílica de São Marcos, na Praça de São Marcos em Veneza,
em sua homenagem.
LUCAS

São Lucas foi um dos quatro evangelistas. É o autor do


terceiro evangelho e do livro dos Atos dos Apóstolos. Seus
textos são os de maior expressão literária do Novo
Testamento. Seu dia é comemorado em 18 de outubro.
São Lucas nasceu na Antioqua, na Síria, situada próxima à
costa do Mediterrâneo, hoje o sudeste da Turquia, no século I
da Era Cristã. Por seus escritos acredita-se que pertencia a
uma família culta e abastada. De acordo com a tradição,
Lucas tinha talento para a pintura e exercia a profissão de
médico.
São Lucas foi introduzido na fé por volta de 40 anos. As
primeiras referências a São Lucas constam das epístolas de
São Paulo, nas quais ele é chamado de “colaborador” e de “o
médico amado” (Cl 4,14).
Lucas não conheceu Jesus pessoalmente. Ele conheceu o
Senhor através dos apóstolos. Ele foi discípulo dos apóstolos
de Jerusalém e depois foi discípulo de São Paulo.
São Lucas, cujo nome significa “portador de Luz”, é padroeiro
dos médicos e dos pintores. Na tradição litúrgica seu dia é
comemorado em 18 de outubro. São Lucas é representado
com um livro ou com um touro alado, pois inicia o Evangelho
falando do templo onde eram imolados os bois.
Evangelho de São Lucas
Para os primeiros cristãos, o Evangelho (em grego, boa nova)
era uma mensagem de salvação obtida pela morte e
ressurreição de Jesus. O termo Evangelho logo passou a
designar o livro que trazia a mensagem de salvação. Os
quatro livros do evangelho foram redigidos por Mateus,
Marcos, Lucas e João.
O Evangelho de São Lucas divide-se em três partes:
1. A atividade de Jesus na Galileia (3-9,50)
2. O caminho para Jerusalém (10-18)
3. Jesus em Jerusalém: paixão e morte, ressurreição.
No “caminho para Jerusalém”, Lucas insere artificialmente
um grande conjunto de textos, principalmente palavras de
Jesus, que não se encontram nos demais evangelhos.
Lucas é o evangelista que mais fala sobre a Virgem Maria,
traça uma biografia da Virgem e fala da infância de Jesus.
Traz também os segredos da anunciação, da Visitação do
Natal, deixando entender que conheceu pessoalmente a
Virgem Maria.
Lucas ressalta em seu evangelho os aspectos mais destacados
da personalidade de Jesus: o amor, sua delicadeza e
compaixão pelos pobres, as crianças, as mulheres, os
pecadores, como nas parábolas do bom samaritano, do
amigo importuno, da ovelha perdida e do filho pródigo.
Ressalta a piedade, a oração, a alegria nascida da fé e a ação
do Espírito Santo.
Morte
Existem várias versões sobre a morte de São Lucas: de acordo
com algumas ele foi martirizado em Patras e, segundo outros,
em Roma, ou ainda em Tebas. A tradição diz que ele morreu
como mártir pendurado em uma árvore na Acaia, no ano 84.

JOÃO

São João Evangelista (6-103) foi um dos doze apóstolos de


Cristo. O mais jovem deles. Junto com seu irmão Thiago, foi
convidado a seguir Jesus em suas peregrinações. É o autor do
quarto e último Evangelho Canônico, pertencente ao Novo
Testamento, o "Evangelho segundo João".
Escreveu a primeira, a segunda e a terceira Epístola de João.
Foi o "discípulo amado" de Jesus. Foi o único apóstolo que
acompanhou Cristo até a sua morte. O Evangelho de João
menciona que antes de Jesus morrer, confiou Maria aos seus
cuidados.
São João Evangelista (6-103) nasceu em Batsaida na Galileia.
Filho do pescador Zebedeu e de Maria Salomé, uma das
mulheres que auxiliaram os discípulos de Jesus. João e seu
irmão mais velho Tiago, foram convidados a seguir Jesus, logo
depois dos apóstolos Pedro e André.
João, Thiago, Pedro e André, foram os quatro privilegiados
que participaram do círculo mais íntimo de Jesus.
Presenciaram a ressurreição da filha de Jairo e a angústia de
Jesus no Jardim das Oliveiras.
João e Thiago foram os únicos apóstolos que receberam de
Cristo a autorização para sentar à direita e o outro à
esquerda durante a última Ceia. Jesus disse "do cálice que eu
beber, vós bebereis".
São João Evangelista em sua peregrinação esteve em
Antioquia, por ocasião do Concílio dos Apóstolos. E após as
perseguições sofridas em Jerusalém, transferiu-se com Pedro
para a Samaria, onde desenvolveu uma intensa
evangelização.
Evangelho segundo João
João Evangelista mudou-se para Éfeso, onde dirigiu muitas
Igrejas e foi em Éfeso que escreveu o quarto Evangelho, o
último dos Evangelhos Canônicos.
Escreveu também as Epístolas, três cartas com mensagens
sobre a vida eterna e a vida da comunhão com Deus através
da fé em Cristo.
De acordo com os Atos dos Apóstolos, o quinto livro do Novo
Testamento, quando João acompanhou Pedro na catequese
dos samaritanos, foi convencido por Paulo a desistir da
imposição de práticas judaicas aos neófitos cristãos.
Durante o governo de Domiciano, por ter dado testemunho
de Jesus, João foi perseguido pelo imperador e exilado na ilha
de Patmos, no mar Egeu, onde escreveu o Livro do
Apocalipse ou Revelação, que é o último livro da Bíblia, onde
narrou as suas visões e descreveu mistérios, predizendo as
tribulações da Igreja e o seu triunfo final.
O seu evangelho difere dos outros três que são chamados
sinóticos ou semelhantes, pois a sua narrativa enfoca mais o
aspecto espiritual de Jesus, ou seja, a vida e a obra do Mestre
com base no mistério da encarnação.
Segundo João Evangelista, Jesus pregava o que aprendera
com João Batista e agia da mesma maneira, realizando o
batismo.
Os primeiros fragmentos do quarto Evangelho foram
encontrados em papiros no Egito, em grego, que pertencem
ao Evangelho de João, que na maior parte relata a vida de
Jesus até sua morte. Muitos estudiosos acreditam que João
tenha visitado essa região.
São João Evangelista faleceu na cidade de Éfeso, entre os
anos de 98 e 103, onde foi sepultado.
Qual é o símbolo de cada Evangelista e o que eles
significam?

Desde os séculos II e IV (aproximadamente), a Igreja passou a


identificar cada um dos evangelistas como um símbolo
diferente, que foram tirados de uma visão do profeta Ezequiel
(1,10) que diz: “Quanto ao aspecto de seus rostos tinham
todos eles figura humana, todos os quatro uma face de leão
pela direita, todos os quatro uma face de touro pela esquerda,
e todos os quatro uma face de águia”.
Aqui te explicamos a razão de cada símbolo:

1. Mateus: Anjo ou homem com asas: O Evangelho de Mateus


é representado por um anjo (ou segundo alguns, um homem
com asas) por iniciar sua narração a partir da Genealogia de
Jesus, mostrando-O como Filho de Davi e filho de Abrãao.

2. Marcos: Leão: O Evangelho de Marcos é representado por


um leão, pois o livro começa com a pregação de João Batista
no deserto; então faz a analogia do rugido do animal com a
pregação imponente de João sobre o Cordeiro de Deus;
também por ser o rei dos animais, o Leão evoca o reinado de
Cristo.

3. Lucas: Touro: O Evangelho de Lucas é representado por um


touro, que indica os animais que eram oferecidos em sacrifício
no Templo. O livro começa justamente com a visão de Zacarias
no templo e também termina com os apóstolos indo anunciar
a Boa Nova no mesmo lugar. Assim Lucas quer ressaltar a
dimensão sacerdotal de Jesus.

4. João: Águia: O Evangelho de João é representado por uma


águia, devido à sua “profundidade no olhar”. Enquanto os
outros evangelistas começam a narrar por meio de fatos
históricos, João dá início com uma teologia mais profunda: “No
Princípio era o Verbo, e o Verbo estava junto de Deus e o Verbo
era Deus” (Jo 1, 1). Então a águia indica esse animal cujo voo é
mais alto tendo, assim, uma visão melhor das coisas.

A Síntese dos Quatro Evangelhos

Mateus escreveu para os judeus. Mostrou Jesus como o


Messias Prometido desde a Antiguidade. Marcos escreveu
para os romanos, mostrou Jesus como o Homem Poderoso e
de Ação. Lucas escreveu para os gentios ou gregos, mostrou
Jesus como o Homem Perfeito, imaculado,
ideal. João escreveu para a Igreja, para preveni-la contra as
heresias. Mostrou Jesus como Deus, que se fez homem. “Os
sinópticos contém uma mensagem evangelística para os
homens não espirituais; o de João contém uma mensagem
espiritual para os cristão.

Os sinópticos sintetizam quando descrevem milagres


operados por Jesus, por sua vez, quando João descreve um
milagre de Jesus (e descreve poucos...), geralmente, dedica-
lhe amplo espaço, pois, não se limita ao milagre em si, mas
usa-o como ponto de partida para a argumentação
doutrinária, para rebater heresias, para desmascarar
adversário e, para exaltar a pessoa de Jesus. Assim sendo, a
cura do cego de nascença ocupa todo a capítulo 9, para poder
afirmar que, se este não fosse de Deus, nada poderia fazer; a
ressurreição de Lázaro ocupa todo o capítulo 11, para concluir
que este milagre foi o pretexto para que o Sinédrio decidisse
em definitivo eliminar Jesus (Jo.11.47-51); e 1ª multiplicação
de pães ( o único milagre descrito pelos quadros evangelistas)
teve continuidade natural no sermão em que Jesus apresenta
como o pão vivo que desceu do céu, e que dá vida ao mundo.
(cap.6).

Marcos, segundo concorda a maioria dos estudiosos, foi o


primeiro a ser escrito. Mateus o segundo e, Lucas o terceiro.
Mateus parece ter consultado Marcos e Lucas certamente
consultou a ambos. Marcos fala só do ministério de Jesus na
Galileia; Mateus fala de outros, mas principalmente na
Galileia; Lucas fala do ministério de Jesus na Galileia, Judeia e
Samaria. Logo, o Evangelho de Lucas é mais amplo e contém
muitas informações que outros sinópticos omitiram.

Lucas citou ensinos de Jesus entre os gentios, pois, escreveu a


gentios. Ele mostra que Jesus salva judeus e gregos (ou
gentios). Lucas foi discípulo de Paulo, apóstolo dos gentios.
Importantes tesouros só existem no Evangelho de Lucas, como
o cântico de Maria (o “Magnidicat”) 1.46-55; o cântico de
Zacarias (o “Benedictus”) 1.68-79; o cântico dos anjos ( o
“Glória in excelsis”) 2.14; e o cântico de Simeão ( o “Nunc
dimitis”) 2.29-32.

Finalmente, o Evangelho de Marcos é chamado “Evangelho de


Pedro”, porque Marcos foi companheiro de Pedro; e Lucas
chamado “Evangelho de Paulo”, porque Lucas foi
companheiro de Paulo. É lógico que escreveram,
pessoalmente de seus líderes espirituais.

A última semana da vida de Jesus foi alvo da ocupação maior


dos quatro: Mateus dedicou 1/3 do seu evangelho à última
semana; Marcos dedicou 1/3; Lucas dedicou 1/3; e João
ocupou metade do seu evangelho àquela última semana. João
gastou 7 capítulos só para registrar fatos acontecidos no dia da
crucificação do Jesus Cristo, o que representa 1/3 do que livro.

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