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Trabalho 2 – Exegese do Novo Testamento

O Podcast abordou ou propôs um ´´ possível`` problema sinótico contido nos


três primeiros livros do Novo testamento. Assim quando lemos os evangelhos e
prestamos bem a atenção logo vemos muitas semelhanças e diferenças que ao
pegarmos uma bíblia com concordância perceberemos de imediato o fato que alguns
trechos estão inclusos em outros livros também, um grande exemplo são algumas
parábolas que Jesus contou. João por sua vez sai um pouco deste modelo,
caminhando assim por outra linha.
Os livros não são uma biografia propriamente dita, mas tinha uma mensagem e
um conteúdo a ser passado aos povos. Evangelho era como uma pessoa que corria
em meio à guerra que iria avisar sobre como iria o andamento da batalha, essa
pessoa era chamada evangelho, ou boas notícias.
Sinóticos significa similar e por isso traz uma certa harmonia entre eles. Por
isso o evangelho de João fica de fora, ele não tem essa linha de semelhança até
mesmo pelo fato geográfico onde João se concentra mais em Jerusalém.
O grego Koinê era a língua falada popularmente, neste contexto o evangelho
foi escrito. Os ouvintes conservaram através de anotações as frases de Jesus levando
assim a tradição oral e também escrita. Lucas por exemplo senta e faz uma redação a
partir de vários relatos anexados pelo autor com muito cuidado e zelo, usando até
mesmo fontes que não são conhecidas por nós hoje, chamada fonte Q.
Além da tradição oral é legal pensar que o povo já anotava algo, sendo a
tradição oral a forma mais corriqueira da época.
A parábola do sal da terra está contida nos três evangelhos, existem textos que
são idênticos, mas uma grande parte destes textos não estão nem mesmo em Marcos
como fonte, daí pode ser uma criação do próprio autor ou até mesmo uma outra fonte
não revelada. Engraçado que João não faz menção de exorcismos enquanto os três
outros tem esses relatos assim como as parábolas. Alguns estudiosos acreditam ser
João o livro mais tardio a ser escrito.
Em João também existia palavras exclusivas de Jesus, isso para desbancar os
gnósticos da época, sabendo disto podemos ver o propósito de cada livro.
Marcos foi anotado através da narrativa de Pedro, sem unidade literária
sistemática, até mesmo porque foi para leitores romanos, apresentando um Jesus
carismático e pragmático, sem muita teologia, mas bem sucinto.
Mateus pelo contrário foi escrito para os judeus, bem ético, pode ser um
manual de discipulado para os judeus novos convertidos, mostra que Jesus está
linkado ao Antigo Testamento.
Em Mateus é usado três vezes o termo igreja (eklesia) pelo fato de estar
nascendo várias igrejas naquele período. Lucas escreve para gentios onde conta o
lastro histórico diferente de Mateus sua genealogia vai desde Adão, sua proximidade
com Paulo já lhe dá uma ideia de pregação aos gentios, através da obra do Espírito
Santo.
Logo o problema sinótico traz números como 666 versículos contidos em
Marcos onde 606 estão também em Mateus, 355 de Marcos estão em Lucas.
Podemos ver muito material de Marcos em Mateus e Lucas, sendo absorvido pelos
dois mais tarde como fonte compartilhada. A teologia de Marcos é bem mais antiga, e
por isso Mateus tira algumas palavras difíceis e coloca mais fáceis para melhor
compreensão dos leitores.
Trabalho 2 – Exegese do Novo Testamento
Lembrando que a fonte Q é uma hipótese, seria uma coletânea de ensinos em Jesus,
onde por exemplo Lucas diz que havia outros documentos logo no começo de seu
livro. Podem ser relatos orais que foram escritos como papeis soltos e organizar como
unidade literária
O que é certo é que essa fonte não foi achada até hoje, e isso não tira o fato de
Deus usar os três autores nas suas peculiaridades, sociais, culturais e geográficas,
fazendo assim três livros onde o objetivo era atingir seu público alvo e deixar bem
claro o propósito de cada um em suas formas de relatar através de escritos, sendo
certo a interdependência uns dos outros.

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