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Santidade é o suficiente – Camila Barros – 13/01/2021

II Reis 4.8-11

(Marta e Maria) O que é necessário, ou suficiente, de acordo com a bíblia, não significa
que o que temos é pouco, embora muitas vezes a gente tem essa ideia, mas que é o bastante
para descansarmos.
O número 7 dá ideia do que é suficiente, diferente do 10 que dá ideia de plenitude, ou
seja, dá ideia de muito. O 7 dá ideia daquilo que é perfeito.
O perfeito não é muito ou pouco, é o centro da vontade de Deus. No meio. Jesus está
sempre no meio, é o homem da balança justa, da equidade, dos pratos iguais. ´
O 7 não fala daquilo que é muito e nem pouco, mas de uma medida tão boa e perfeita. É
o que me dá descanso naquilo que já está feito, para que não queira fazer nem mais ou ache
que já fiz o bastante.
(Multiplicação dos pães) André acha que o que tem é tão pouco que não deve ser
oferecido, assim como acontece com a gente, não nos dispomos.
Jesus não dava ações de graças depois do milagre, mas sim com o que tem na mão. O que
temos é o suficiente e embora pareça que não é nada, se botarmos nas suas mãos Ele vai mostrar
que não precisava nem de mais e nem de menos, porque o que temos é o suficiente para Ele
fazer o que tem para fazer. Cada discípulo tinha uma metade mas isto já era o suficiente.
O que você tem é o suficiente. Celebre o que Ele já fez e o que está disposto a fazer com
o que você já tem. Santidade é o suficiente.
O único método que nos respalda é a palavra. Santifica-os na verdade, a Tua palavra é a
verdade. Ler Salmos 119
Santidade é o resultado, Santificação é o processo. Para ter o resultado é preciso passar
pelo processo (Dn 1).
O processo de santificação não repele, ele atrai. Santidade não tem haver com o lado de
fora, mas sim com o que se carrega dentro.
Pra quem acredita que santidade é um ritual e só eles têm autonomia para falar de Deus,
causa em Deus ânsia de vômito (Conforme Isaías). Farisaísmo.
A santidade é de dentro para fora e atrai as pessoas. Faz as pessoas mudarem a dieta.
Pode colar com Caldeu, mas não deixe de ser Hebreu. O Mundo é a Babilônia, Nabucodonozor
o príncipe deste mundo. Quem somos nós?
Jesus não andava com todo mundo, era todo mundo que andava com Jesus. A santificação
faz isso.
O mundo tem mais sede de Deus na sua vida do que você pensa ter capacidade para
comunicar Jesus a eles. Não precisa de grandes revelações para começar, pois o Senhor diz que
você pode ser simples e andar como está e isso vai ser suficiente para jorrar água da vida onde
quer que ande.
O problema é que não apenas queremos ser felizes, mas mais feliz dos que os outros. Mas
na âmbito espiritual, que te faz feliz é o que dá prazer a Deus.
Quando achamos que nunca vamos agradar a Deus, que nunca vamos ser santo o
bastante, que nunca vamos ser o suficiente, não sobre o crivo que Deus quer que tenhamos,
mas sobro que nós achamos que temos que ter. Medida da régua dos homens e não de Deus.
Santidade não se trata de métodos perfeitos para se tornar uma pessoa perfeita.
(Jesus e o cego do barro – Jo 9) Jesus olhou para primeiro para o homem e não para a
cegueira, como nós, que olhamos para o que a pessoa faz e não para quem é.
Jesus quando o tocou, não mudou quem ele era mas o que ele fazia. Ele reconheceu isso
antes do milagre com o rosto enlameado. Quem expôs o pecado também diz onde está o acerto,
que colocou lama, também disse onde tem água.
A primeira coisa que ele quis ver era a si mesmo, conjectura lógica. Isso fala sobre a
santificação, não é sobre apontar a lama que está nos outros, mas limpar a que está no próprio
rosto. Isto não te habilita a mostrar a lama nos outros, mas onde você lavou a sua.
Para Elizeu o caminho do Carmelo é o caminho da santificação, onde ele pagava lenha
para manter a chama acessa. Pois manter é mais difícil que acender.
Não podemos deixar de ser gente, pois a santificação é andar no meio da lama e não se
sujar. Elizeu precisou ser convencido a entrar. Tem gente que a santificação faz ele esquecer
quem é.
No encontro com a samaritana, Jesus pede para beber água no cântaro dela, o que seria
a mesma coisa que beber na vasilha do cachorro. Mas quando Jesus bebe água no nosso cântaro,
não é Ele que fica sujo, somos nós que ficamos limpos.
Quando nos santificamos, andar com as pessoas não nos sujam, mas as limpam. Não
somos nós que estamos com elas, mas elas que estão conosco.
Os dons não falam do que somos, mas do que fazemos.
A santidade não está atrelada ao que fazemos.
Não somos o que somos pelo que fazemos, mas fazemos pelo que somos.
Um homem de Deus não pode ser mentiroso, mas um mentiroso pode ser passar por
homem de Deus.
Deus não se relaciona com a gente baseado no que a gente faz, mas no que a gente é. As
pessoas olhavam o que Jó tinha, mas Deus o que ele era.
Você não precisa ser e nem querer ser igual a ninguém, pois Deus vai colocar sunamitas
no seu caminho para te mostrar que o que você tem é o suficiente para abrir portas.
Não precisar deixar de ser quem você é. Deus sabe quem você é. Seja santo que isto é
suficiente. As portas que o dom se abre, também fecha, mas a graça de Deus vê o homem atrás
do profeta. A santidade se revela na humanidade.
No céu só entra quem é santo.
Deus é bom, maravilhoso, misericordioso. Mas a adoração deve ser verdadeira e os anjos
o adoram por espontaneidade. Isaias, Ezequiel e João viram eles cantando a mesma canção.
Muitas vozes diziam Santo, Santo, Santo é o Senhor dos exércitos e toda terra está cheia da sua
glória. Diante do que eles veem, eles só conseguem cantar essa canção.
A santidade não dá apenas um lugar, mas o lugar que Deus tem para mim.
Pára de comparação, pois o que Deus tem para você é inédito.
Tem gente tem que vive fazendo porque se parar de fazer, vamos ver quem ele é.
Mas Deus só se relaciona com a gente por causa da nossa fraqueza.
Deus escuta todas as orações, mas só responde algumas para que não acharmos que
somos “Fortes”, melhores, fariseus. O que nos humaniza é o que nos quebranta e o que nos
confronta não nos deixa perder a humildade.
As fraquezas que te envergonham, são as que te motiva a fazer campanhas. A carne que
guerreia contra você, é a que faz o espírito motivar você pra dizer: jejue. A comunhão entre os
santos não é pra ter vida social, a casa de Deus te dá koinonia.
Metodologia de Santidade que Paulo diz: confesse uns aos outros as suas fraquezas. Não
é o nível que se santifica, mas o tanto que se arrepende que te habilita. O ciclo continuo de
arrependimento produz o desejo de se consertar.
Nessa jornada de santidade, Deus sempre vai colocar diante de você aquilo que é o
suficiente e nós vamos nos alegrar e se sentir realizados com isso, não vamos querer nem mais
e nem menos. Sempre será o melhor para nós.
Precisamos desenvolver um relacionamento vertical. Sem se preocupar em agradar na
horizontal.
A medida que os anos vão se apertando vão dizer que santidade é obsoleto, mas você vai
entender que ela é o suficiente. Ela não vai ser um fardo pesado, mas ela vai ser a mochila que
vai te ajudar a se livrar de todos os outros que não precisa levar.
A santidade te dá uma vista privilegiada.
Quando nos santificamos, não pertencemos a denominações mas ao céu.
Ao invés de dizer que tenho medo, vamos dizer Maranata.
A santidade vai ser um demônio religioso ou um processo inalcançável, e nem vai ser
buscar porque mandam, mas como gratidão de quem foi resgatado e tem uma graça salvífica.
Se fizer Deus feliz, seremos a pessoa mais feliz. Não somos feliz porque só pensamos em
nos fazer feliz.
Não reconhecemos os propósitos de Deus, pois queremos algo que faça sentido pra gente.
Mas Deus quando nos criou, estava pensando nEle. Porque Dele, por Ele e para Ele são todas as
coisas. Depois de pensar nele, Ele pensou num propósito que glorificasse o nome dEle. Depois
ele pensou em alguém que ia nascer para atender esse propósito.
A gente procura um propósito que nos faça feliz, mas a gente nunca acha, por que o
propósito na nossa vida não fala da gente, fala de Deus.
Se a gente procurar o que glorifica o nome de Deus, quem vai ser feliz somos nós. Nós
seremos realizados, pois nascemos para isso. Para glorificar o nome do Senhor.
Deus, como a minha vida pode te fazer feliz? Assim descobrimos o propósito dEle nas
nossas vidas. Deus confirma em nós o sentimento de realização quando está feliz.
Santificação é o processo.
A santificação pelo motivo errado não vinga. Eu quero me santificar para ser crente, para
ter respaldo, para ter unção. Enquanto for essa a motivação, vai ser pesado.
Eu quero me santificar para agradecer a Deus. O que vamos fazer vai agradar a Deus,
senão não, então o coração grato não faz. Isso se torna vontade de agradar a Deus de novo.

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