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A Ideologia de Gênero à Luz da

Bíblia Sagrada

Sex, 07/08/2020 por Claudionor de Andrade

INTRODUÇÃO
De vez em quando, o debate sobre a ideologia de gênero volta à cena
teológica, acarretando velhas e novas preocupações à Igreja de Cristo.
No entanto, já convictos de nossa posição, vimos envidando todos os
esforços necessários, no ensejo de cumprir, defender e proclamar as
reivindicações da Bíblia Sagrada quanto à real natureza do homem e
da mulher.  
Sob um ataque tão pesado, a pergunta faz-se outra vez pertinente: O
que diz  a Bíblia Sagrada sobre esse arremedo ideológico? É o que
estudaremos a partir de agora. Que o Senhor nos abençoe na
exposição de sua Palavra.
 
I. DEFININDO A IDEOLOGIA DE GÊNERO
Neste tópico, definiremos inicialmente a ideologia de gênero; depois,
mostraremos o uso pós-moderno da palavra “gênero”, que vem sendo
habilmente usada para confundir, ontologicamente, ambos os sexos,
como se o ser humano, criado à imagem e à semelhança de Deus, não
passasse de mero sintagma gramatical. 
Ao contrário do que supõem os ingênuos, faz-se imperioso resguardar
o verdadeiro sentido das palavras, pois o arqui-inimigo da Bíblia
Sagrada sabe como manipular a hermenêutica, a gramática e a
semiótica de cada termo, com o fito de destruir os fundamentos
estabelecidos pelo Criador e Mantenedor de todas as coisas. Eis por
que o profeta Isaías faz-nos esta seriíssima advertência:
“Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem das trevas
luz, e da luz trevas; e fazem do amargo doce, e do doce amargo!” (Is
5:20). 
Não nos esqueçamos de que o Diabo, a antiga serpente, utilizou-se
sagazmente da hermenêutica, para enganar Eva, nossa primeira
genitora, e, dessa forma, introduzir o pecado no mundo recém-criado
(Gn 3:1-6; 2Co 11:3; Ap 12:9).  
1. Definindo etimologicamente a palavra “ideologia”. A
palavra “ideologia”, conforme vim a apurar, foi criada pelo filósofo
francês Destutt de Tracy (1754-1836).  
Etimologicamente, o termo origina-se da palavra francesa idéologie;
esta, por sua vez, provém de dois vocábulos gregos: idea, que significa
ideia; e logos, que se traduz como palavra, reflexão e estudo. Sendo
assim, “ideologia” pode ser definida como o estudo sistemático da
ideia, em si, ou de uma ideia concernente à religião, à política, à
sociedade etc.
2. Definindo a ideologia de gênero. Introduzida no Brasil, a
partir da década de 1990, a ideologia de gênero é uma iniciativa
supostamente científica, filosófica e cultural, cujo objetivo é destruir
os valores bíblicos referentes ao homem e à mulher. Segundo o seu
ideário, ambos os sexos – o masculino e o feminino – não passam de
meras construções linguísticas, sociais e ideológicas, estando sujeitos,
portanto, a ulteriores mudanças. Trata-se, na verdade, de uma tentativa
de se derruir, pela base, os ensinos da Bíblia Sagrada consoante à
criação divina do homem e da mulher, conforme o relato histórico,
literal e verídico de Gênesis (Gn 1:26-28; 2:7-25).
Conforme revela a sua própria nomenclatura, a ideologia de gênero
não passa de um aparato anticristão, cujo objetivo indisfarçável é
afrontar a criação divina. Por isso, tem de ser combatida com base na
Bíblia Sagrada, nas ciências biológicas, psiquiátricas e médicas. 
3. Esclarecimentos semânticos. Antes de avançarmos neste
estudo bíblico, é mister esclarecermos uma questão semântica
importantíssima. Em primeiro lugar, conscientizemo-nos de que o
homem e a mulher, ontologicamente, não pertencem ao gênero
masculino e feminino e, sim, ao sexo masculino e feminino. Somente
as palavras homem e mulher, enfocadas como categorias gramaticais,
pertencem, de fato, aos gêneros masculino e feminino.
   
II. A IDEOLOGIA DE GÊNERO É TOTALMENTE CONTRÁRIA À BÍBLIA SAGRADA
Conforme veremos, neste tópico, a ideologia de gênero contraria
expressamente a Bíblia Sagrada, a inspirada e inerrante Palavra de
Deus. Sendo assim, afronta a doutrina da criação, a antropologia
bíblica e, maximamente, o próprio Criador.
1. A ideologia de gênero atenta contra a Bíblia. Embora haja
alguns teólogos evangélicos que, blasfemamente, já fazem alusão a
uma “teologia de gênero”, toda essa engendração, quer teológica quer
ideológica, ergue-se como um atentado indisfarçado e direto à Palavra
de Deus e ao Deus da Palavra. 
Como a seguir constataremos, em nenhuma passagem das Santas
Escrituras, há qualquer respaldo a esse atentado impiedoso e abjeto à
criação divina, seja nos santos profetas hebreus seja nos apóstolos de
Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
2. A ideologia de gênero atenta contra a doutrina da
criação, pois o santo Deus, ao dar a vida aos nossos primeiros
genitores, fê-los como homem e mulher bem definidos, conforme o
relato do Gênesis; relato este, enfatizo, que tem de ser acatado como
histórico, verídico e literal. Leiamos a narrativa sagrada:  
“E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou;
macho e fêmea os criou” (Gn 1:27). 
Vê-se, então, com suficiente e larga clareza, que o Senhor criou Adão
e Eva com sexos bem distintos e indubitáveis. Adão, com o sexo
masculino; Eva, com o sexo feminino. Um macho e uma fêmea
reconhecidos facilmente, como tais, por seu espírito, alma, mente e
corpo. Morfológica e espiritualmente, um homem e uma mulher bem
delimitados. 
Constata-se, desde já, que a ideologia de gênero ataca, sagaz e
estrategicamente, o livro mais alicerçal da Bíblia Sagrada. E, caso este
alicerce seja removido, como haveremos de manter as demais
assertivas e doutrinas bíblicas? Todas as verdades, proposições,
ensinos e histórias do Cânon Sagrado dependem, em termos basilares,
do Gênesis. 
3. A ideologia de gênero atenta contra a antropologia
bíblica. Afrontando sistematicamente a doutrina da criação divina, a
ideologia de gênero busca criar um ser humano indefinido, com o
intuito de apagar, deste, todos os resquícios da imagem e da
semelhança do Criador e Mantenedor de quanto existe. 
Logo, esse arremedo ideológico é um gravíssimo atentado contra a
antropologia bíblica, pois ofende o homem e a mulher tais quais o
Senhor os criou. Se formos à Bíblia Sagrada, constataremos que o
homem nasce homem e, como homem, permanece durante toda a sua
vida. Quanto à mulher, o que dizer? Ela não se torna mulher; nasce
mulher e, como mulher, continua por toda a sua existência. Recursos
exteriores como vestimentas, adereços, disfarces e cosmiatrias jamais
mudarão a alma que nos acompanha o sexo biológico desde o
primeiro instante de nossa concepção.    
4. A ideologia de gênero atenta contra a família. Ao apregoar
não haver diferenças básicas, espirituais e psicológicas entre o homem
e a mulher, a ideologia de gênero atenta de modo ímpio e impiedoso
contra a família divinamente instituída, pois a ordem do Criador,
desde o sexto dia da criação, continua a viger de forma plena,
indubitável e sacra. Atentemos com toda a reverência e temor ao
mandato do Todo-Poderoso Deus: “Portanto deixará o homem o seu
pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne”
(Gn 2:24). 
Em face do exposto, asseveramos, enérgica e convictamente, que
nenhuma filosofia, ideologia ou mesmo teologia há de mudar o que o
Soberano Deus decretou quanto à sua criação. Aliás, o Senhor tudo
criou de maneira normativa, pois quem tudo criou tem o direito de
baixar normas, decretos e leis.

III. O MENINO JÁ É CONHECIDO COMO HOMEM-VARÃO


DESDE A SUA CONCEPÇÃO
Neste tópico, querido irmão, provaremos que o homem e a mulher já
são conhecidos por seus respectivos sexos desde o nascimento. Hoje,
aliás, em virtude dos avanços da medicina diagnóstica, já é possível
saber se a criança, que está sendo gestada, é do sexo masculino ou do
feminino. Já que mencionamos a palavra “criança”, definamo-la
corretamente, para que não seja usada com o viés da neutralidade
sexual.
1. Definindo o termo “criança”. Definido gramaticalmente como
substantivo feminino, o termo “criança” é aplicado ao ser humano,
quer homem quer mulher, na fase que vai do nascimento à puberdade.
De acordo com a gramática, o vocábulo “criança” é um substantivo
sobrecomum que, conforme define-o Celso Cunha, “tem um só gênero
gramatical para designar pessoas de ambos os sexos”. Por
conseguinte, a palavra criança não pode ser usada, ideologicamente,
para fundamentar uma neutralidade sexual que, como todos sabemos,
nunca existiu e jamais existirá. 
2. À luz da Bíblia Sagrada, o menino é visto como homem,
antes mesmo de sua concepção. Ao dar o seu primeiro filho à
luz, exclamou Eva, em agradecimento a Deus: “Alcancei do SENHOR
um homem” (Gn 4:1). Logo, a mãe de todos os seres humanos, ao
acolher Caim em seu regaço, não teve dúvida alguma quanto ao sexo
daquela criança. Ela tinha absoluta certeza de que, em seus braços,
havia um ser humano do sexo masculino, um varão, um macho.
Aquele bebê não era sexualmente neutro; era um homem bem definido
biológica, morfológica, física e espiritualmente. Noutras palavras, era
um ser humano do sexo masculino integral e completo. 
3. O caso do menino Jesus. Embora Deus de Deus, o menino
Jesus veio a este mundo como um ser humano completo e pertencente
ao sexo masculino. Apesar de impecável e imune tanto ao pecado
original quanto ao pecado experimental, o Filho Eterno de Deus não
era sexualmente neutro; era um homem perfeito; um ser humano igual
a nós, exceto quanto ao pecado (Hb 4:15). Aliás, mesmo antes de Ele
ser virginalmente concebido, já era anunciado como sendo alguém do
sexo masculino, conforme o enunciado do profeta Isaías:
“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado
está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso,
Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Is 9:6).
E, quando de seu nascimento, o Dr. Lucas não deixou a menor dúvida
quanto ao sexo do Filho de Deus, agora, também, Filho do Homem.
Leiamos, atentamente, a certidão de nascimento lavrada pelo médico-
evangelista: 
“E aconteceu que, estando eles ali, se cumpriram os dias em que ela
havia de dar à luz. E deu à luz a seu filho primogênito, e envolveu-o
em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para
eles na estalagem” (Lc 2:6,7).
Atesta-se, claramente, que o ser humano não nasce sexualmente
neutro. O menino, como já vimos, ao ser dado à luz, vem ao mundo
como um macho completo tanto no espírito, quanto na alma, na mente
e no corpo. 
  
IV. A MENINA JÁ É CONHECIDA COMO MULHER-VAROA
DESDE A SUA CONCEPÇÃO
No tópico anterior, como já vimos, a Bíblia Sagrada vê o homem,
como pertencendo ao sexo masculino, desde a sua concepção. Agora,
constataremos que o mesmo ocorre concernente à mulher.
1. O nascimento de Diná, filha de Jacó. Ao verem a recém-
nascida Diná, sabiam perfeitamente seus pais – Jacó e Leia –, que o
novo bebê pertencia ao sexo feminino. Por isso, deram-lhe um nome
próprio de mulher e trataram-na como menina e, como menina e
mulher, foi Diná criada, educada e formada. Eis como o autor sagrado
lavrou-lhe a certidão de nascimento: “E depois teve uma filha, e
chamou-lhe Diná” (Gn 30:21).
2. De acordo com a Lei de Moisés, não havia neutralidade
sexual entre as crianças hebreias. Os sacerdotes hebreus,
peritos tanto na alma quanto na anatomia humana, não aceitavam a
neutralidade sexual de um recém-nascido; por esse motivo,
prescreviam às senhoras israelitas, quando do parto de uma menina,
estes cuidados: “Mas, se der à luz uma menina será imunda duas
semanas, como na sua separação; depois ficará sessenta e seis dias no
sangue da sua purificação” (Lv 12:5).
Essa prescrição, conquanto soe estranha hodiernamente, era eficaz na
preservação da saúde da mulher e do bebê do sexo feminino. A
mulher, em Israel, era cercada de prevenções especiais, tendo em vista
a sua fragilidade.    

V. EDUQUE SEU FILHO, PARA QUE ELE NÃO CAIA NA


ARMADILHA DA IDEOLOGIA DE GÊNERO
Já comprovamos, pelas Sagradas Escrituras, que o ser humano não
nasce sexualmente neutro. Mas vem a este mundo com um sexo bem
definido biológica, física, morfológica e psicologicamente. Neste
ponto, a pergunta faz-se pertinente: Como educar nossas crianças, a
fim de que não caiam nas garras da ideologia de gênero? É o que
exporemos, neste tópico. 
1. A grande indagação pedagógica de Manoá. Ao receber o
anúncio divino do nascimento de Sansão, perguntou Manoá ao Anjo
do Senhor: “Cumpram-se as tuas palavras; mas qual será o modo de
viver e o serviço do menino?” (Jz 13:12). Instruídos pelo ente
angelical, os pais de Sansão educaram-no como menino-varão, e,
assim, deram a Israel um de seus maiores heróis. 
Como você, querido irmão, vem educando os filhos que lhe deu o
Senhor? Eduque-os, pois, conforme os preceitos bíblicos, e não tema a
fúria daqueles que nos querem sequestrá-los, com o intento maligno
de perverter-lhes o espírito, a alma e o corpo.
2. Não tema a carranca ou as ameaças de Faraó. Disposto a
proteger o filho caçula, os pais de Moisés esconderam-no durante três
meses, até que o Poderoso de Israel providenciasse um escape
sobrenatural ao menino, conforme assinala o autor sagrado: “Pela fé
Moisés, já nascido, foi escondido três meses por seus pais, porque
viram que era um menino formoso; e não temeram o mandamento do
rei” (Hb 11:23).
Hoje, mais do que ontem, é urgente e imperioso resguardar nossos
filhos e netos sob o manto da oração, da intercessão contínua e da
educação bíblica continuada. Portanto, não temamos a fúrias dos
príncipes deste mundo, que, a serviço de Satanás, vêm destruindo os
inocentes desde o nascedouro. Acima dos decretos humanos,
contrários à Bíblia Sagrada, observemos as ordenanças de Deus,
fazendo nossas as palavras de Pedro, apóstolo e ancião do Senhor
Jesus: “Julgai vós se é justo, diante de Deus, ouvir-vos antes a vós do
que a Deus” (At 4:19). 
3. Ana educou Samuel como menino-varão. Depois de muito
rogar ao Deus de Israel por um filho, Ana, mulher de Elcana, decidiu
consagrá-lo ao Senhor e dispensar-lhe uma educação de excelente
qualidade, conforme os padrões divinos. Além disso, fazia questão de
vesti-lo como menino-varão, porque seu filho, Samuel, era, de fato,
varão e menino. Eis como ela vestia e educava o seu primogênito: “E
sua mãe lhe fazia uma túnica pequena, e de ano em ano lha trazia,
quando com seu marido subia para oferecer o sacrifício anual” (1 Sm
2:19). 
Lembramos, aqui, a advertência do Senhor: “Não haverá traje de
homem na mulher, e nem vestirá o homem roupa de mulher; porque,
qualquer que faz isto, abominação é ao Senhor teu Deus” (Dt 22:5).
Queridos pais, criem os seus filhos, conforme os receberam do
Senhor. Se menino, como menino-varão seja educado. Se menina,
como menina-varoa seja criada e formada. Não os entreguem aos
ideólogos do pós-modernismo, cujo único intuito é contrariar
insolentemente a Palavra de Deus e o Deus da Palavra. 
4. Mardoqueu soube como educar Ester, a corajosa
rainha. Sem dúvida, foi Ester uma das maiores heroínas de todos os
tempos. Num momento crítico da história judaica, Deus,
providenciando misericórdias e escapes, usou-a para impedir o
genocídio dos hebreus, que se achavam dispersos pelo Império Persa. 
Quando lemos o livro da intrépida judia, somos levados a perguntar:
“Qual o segredo de Ester?” Não era obviamente a beleza, pois havia
jovens mais belas e desenvoltas do que a órfã judia. O segredo de
Ester, queridos pais, residia na educação que recebera de Mardoqueu –
uma educação, cujos fundamentos eram a Lei, os Profetas e os
Escritos da Palavra de Deus.
Eis como o autor sagrado registra a educação dispensada à corajosa
rainha: “Este (Mardoqueu) criara a Hadassa (que é Ester, filha de seu
tio), porque não tinha pai nem mãe; e era jovem bela de presença e
formosa; e, morrendo seu pai e sua mãe, Mardoqueu a tomara por sua
filha” (Et 2:7).
Não resta dúvida de que Mardoqueu dispensara à sua pequenina e
orfanada parenta uma educação de sabida e comprovada excelência.
Criou-a como menina-varoa, porquanto era varoa e menina; ensinou-
lhe os caminhos do Senhor; guiou-a, pela mão, nos preceitos de Jeová.
E, dessa forma, entregou a Israel não apenas uma libertadora, mas um
exemplo de mulher e de serva de Deus. Queridos pais, saibam como
educar sua filha-varoa.
CONCLUSÃO
Na conclusão deste estudo bíblico, observemos com todo o rigor e
humildade a advertência de Salomão: “Educa a criança no caminho
em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele” (Pv
22:6). Portanto, tenhamos como o modelo ideal, para os nossos filhos,
netos e demais descendentes, o que preceitua a Bíblia Sagrada, a
inspirada, inerrante, completa e eterna Palavra de Deus.
Se assim agirmos, teremos já no presente e no porvir, alegria e
satisfação. Lembre-se, queridos pais, o nosso compromisso não é com
a ideologia de gênero nem com outras tralhas pós-modernas, mas com
a Palavra de Deus e com o Deus da Palavra. Protejamos nossas
crianças do Maligno. 

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