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21/09/2022 18:05 Estante de Conteúdo

Capítulo 20

Capítulo 20

O avanço da colonização

O Brasil é o terceiro maior país do continente americano, ocupando uma área de pouco mais
de 8,5 milhões de quilômetros quadrados; somente o Canadá e os Estados Unidos possuem
territórios maiores. Essa grande extensão atual contrasta com o tamanho do território ocupado
pelos portugueses em suas primeiras décadas da colonização da América. Entre 1530 e 1580,
eles dominavam apenas uma parcela do atual litoral brasileiro, controlando um pequeno
número de povoados no interior do continente.

A partir do século XVII, no entanto, iniciou-se um processo que alargou as fronteiras do


território que formariam o atual Brasil, com a ocupação de regiões cada vez mais extensas do
litoral e também do interior da América. Para entender como isso aconteceu, é necessário
analisar as expedições que exploraram as regiões ainda não ocupadas pelos portugueses e
articular esse processo com a constituição de atividades econômicas que produziam riquezas
coloniais exploradas pelos portugueses. Por meio da exploração das riquezas americanas, os
portugueses conseguiram ampliar seus territórios no continente e disseminar sua sociedade
colonial para o interior da América.

Diferentes grupos sociais estiveram envolvidos nesse processo, como criadores de gado,
bandeirantes, jesuítas, comerciantes, entre muitos outros. Porém, ao mesmo tempo que esses
grupos promoviam a expansão da sociedade colonial portuguesa, suas ações desempenhavam
um papel ativo na desestruturação de outras sociedades, especialmente as indígenas do interior
da América. Dessa forma, a expansão das fronteiras provocou não apenas a criação de uma nova
sociedade, mas o simultâneo colapso das comunidades anteriormente existentes no território
americano.

Neste capítulo, você verá como se deu a expansão das fronteiras portuguesas na América
entre os séculos XVI e XVIII, bem como seus impactos sociais, econômicos e culturais. Assim, será
possível entender como se deu a formação do atual território brasileiro e seus desdobramentos
para as sociedades que se organizavam na América no período.

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O Forte dos Reis Magos, localizado na capital do atual Rio Grande do Norte, é do final do século XVI e figura
como um dos marcos da expansão da colonização europeia no território que hoje corresponde ao Brasil.

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A colônia se expande
A consolidação da presença portuguesa na América deu-se na década de 1580. Ainda assim,
nessa época, os portugueses ocupavam basicamente a área litorânea do Sudeste e Nordeste.
Além disso, controlavam pequenos territórios no interior da América, em regiões próximas das
zonas litorâneas.

Entre 1580 e 1640, Portugal e Espanha estiveram unidos na União Ibérica, o que ocorreu em
razão da vacância do trono português e da ascensão de Felipe II, rei da Espanha, como novo
monarca português. Assim, nesse período, os territórios dominados por Portugal e Espanha na
América encontravam-se sob o controle da mesma Coroa. Portanto, os limites territoriais
impostos pelo Tratado de Tordesilhas ficaram sem razão de existir, uma vez que os dois países
encontravam-se sob um mesmo governo. Foi nesse período que aconteceu grande expansão
territorial, com a conquista de novos territórios em direção à atual Região Sul do Brasil e ao
restante do litoral nordestino. No decorrer desse processo, iniciado no final do século XVI e
prolongado
Avaliar nos dois séculos seguintes, ocorreu a ocupação do interior do território americano
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tanto no Nordeste como em direção à região amazônica e, ainda, rumo às áreas que
correspondem atualmente à Região Centro-Oeste do Brasil.

Esse movimento de expansão ocorreu a partir de múltiplas rotas e tinha motivações muito
variadas, por vezes conflitantes entre si, como a exploração de novas riquezas coloniais, a
organização de expedições que visavam escravizar povos indígenas, a busca por metais
preciosos ou a organização de novos aldeamentos para catequizar os indígenas. Dessa forma,
para entender esse movimento expansionista, é necessário analisar os diferentes focos de
povoamento desse período.

A conquista do litoral

Até a década de 1580, o ponto mais avançado dos portugueses na ocupação do litoral
nordestino era a capitania de Itamaracá (atual estado de Pernambuco). Todas as tentativas lusas
de colonizar o litoral dos atuais estados da Paraíba, do Rio Grande do Norte e do Ceará haviam
fracassado pela conjunção de uma série de fatores adversos, por exemplo, a resistência de povos
indígenas, a presença de franceses na região e a limitada capacidade de investimento
portuguesa.

A partir da década de 1580, foram organizadas expedições visando enfrentar os indígenas e


também expulsar os franceses da região. Exemplo disso foi a expedição de 500 homens liderada
por Martim Leitão, em 1586, para tentar expulsar indígenas do território atual da Paraíba.

Além dessas expedições militares, os colonos também começaram a construir fortes e a


fundar povoados para assegurar a dominação do restante do litoral nordestino. De modo
convergente, os portugueses constituíram alianças com alguns povos indígenas visando
diminuir a resistência na região e possibilitar a construção de povoamentos.

A combinação dessas ações garantiu, em pouco mais de uma década, um importante avanço
na conquista territorial portuguesa. Antes do final do século XVI, já haviam sido erguidos fortes e
povoados importantes na Paraíba e no Rio Grande do Norte. O avanço continuou nos anos
seguintes, e os portugueses chegaram à Bacia do Rio Jaguaribe, no atual estado do Ceará.

Esse avanço possibilitou aos portugueses a luta pelo controle do litoral do atual estado do
Maranhão. Em 1612, os franceses criaram na região uma colônia chamada França Equinocial.
Para se defender dos lusos, chegaram a fazer alianças com indígenas locais e iniciaram a
construção de um povoamento defensivo no local. Os portugueses, por outro lado, começaram a
organizar expedições com o objetivo de expulsá-los da localidade, o que só aconteceu em 1615.

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Para inibir novas expedições estrangeiras ao cobiçado litoral maranhense, uma zona de
entrada para a região amazônica, os portugueses decidiram construir a cidade de Santa Maria de
Belém, em janeiro de 1616. Posteriormente, novos povoados foram fundados na região e, em
1621, foi criado o estado do Maranhão, que, mais tarde, passou a ser chamado de estado do
Grão-Pará e Maranhão.

TOME NOTA

O estado do Grão-Pará e Maranhão tinha autonomia perante o Estado do Brasil, possuindo,


inclusive, um governador próprio. Esse arranjo administrativo perdurou até 1774, momento
em que a região foi incorporada ao Estado do Brasil.

Já o litoral ao sul da colônia, a área correspondente atualmente aos estados do Paraná, de


Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, somente veio a ser definitivamente ocupado pelos
portugueses no século XVIII. Até então, a região tinha sido ocupada de modo esparso por
jesuítas, que chegaram a construir missões religiosas com o objetivo de converter a população
nativa ao cristianismo. Também expedicionários paulistas – conhecidos como bandeirantes – se
dirigiram à região para capturar indígenas e vendê-los como pessoas escravizadas, o que
provocou diversos conflitos entre bandeirantes e jesuítas. Os primeiros povoados surgiram ainda
em meados do século XVII. Seu domínio efetivo, porém, deu-se no século XVIII e esteve
relacionado com o desenvolvimento de rotas comerciais envolvendo colonos portugueses e
espanhóis nas atuais regiões do Uruguai e da Argentina. Esse comércio se tornou muito lucrativo
ao longo do século XVIII, mas também resultou em disputas de fronteiras entre portugueses e
espanhóis, já que os dois reinos lutavam pelo direito de controlar povoados e rotas comerciais
na região.

TOME NOTA

Para fortalecer suas defesas, os portugueses iniciaram a ocupação do litoral e construíram


fortes defensivos em partes dos atuais estados de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.
Ainda assim, as disputas com espanhóis não permitiram a consolidação definitiva de suas
posições até as décadas finais do século XVIII, período em que foi assinada uma série de
Avaliardemarcando os limites fronteiriços.
tratados 2

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AGORA É COM VOCÊ

O texto a seguir é um pequeno fragmento da obra de Claude d'Abbeville, religioso francês


que esteve na França Equinocial em 1612. Sua obra relata a história dessa colônia e a
maneira como os franceses se relacionaram com a natureza local e também com os povos
indígenas da região. Leia atentamente o texto e, depois, responda ao que se pede.

Partiu logo no dia seguinte, e chegando à Ilha referida, reuniu todos os principais e velhos, e
lhes disse, que conforme seus desejos, tinha patenteado ao nosso muito grande e muito
poderoso rei o desejo que tinham de serem seus súditos, de reconhecê-lo por seu soberano
monarca, e de receberem dele um capitão, grande guerreiro e valente, para sustentá-los e
defendê-los contra seus inimigos, sendo sempre amigos e aliados dos franceses, como o
tinham sido há muito tempo, negociando com eles e vindo sempre da França todos os
gêneros de que necessitavam, e como nada disso se podia fazer sem abraçar-se a nossa
religião, e conhecer-se o Deus que adoramos, tinha permitido e assegurado a sua
majestade, em nome deles, que estavam dispostos a se batizarem [...]

D'ABBEVILLE, Claude. História da missão dos padres capuchinhos. Maranhão: Typographia do Frias, 1874.
p. 57-58.

1. De que modo o religioso descreve a relação entre os indígenas e os franceses na região


do Maranhão?

2. De acordo com o texto, pode-se dizer que os indígenas estabeleciam relações


econômicas com os franceses?

3. O texto pode ser visto como uma justificativa para a criação de uma colônia francesa e
uma missão religiosa na região do Maranhão. Explique de que modo ele justifica essa
iniciativa.

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Fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim, erguida pelos portugueses na primeira metade do século XVIII, no
litoral do atual estado de Santa Catarina.

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No interior do Nordeste

As primeiras expedições para explorar o interior do Nordeste foram organizadas ainda em


1560 pelo governador Duarte Coelho. Elas seguiam o curso do Rio São Francisco, para garantir o
avanço do povoamento para territórios mais afastados do litoral. Porém, os portugueses
encontraram grandes dificuldades em razão da resistência indígena. Por isso, esse processo de
interiorização só começou a ganhar mais força durante o século XVII.

ONTEM E HOJE

As terras indígenas no presente

Com a expansão das fronteiras portuguesas na América, ocorreu a expulsão sistemática de


povos indígenas de suas terras originárias. Paralelamente, inúmeros nativos foram
escravizados e outros tantos passaram a viver em aldeamentos jesuíticos. Também
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existiram aqueles que, para resistir ao domínio português, deixaram suas terras e se
instalaram em regiões mais distantes e isoladas.

Passados vários séculos desde o início da colonização, até hoje os indígenas brasileiros
lutam pelo direito de permanecer em suas terras. A Constituição de 1988 foi a primeira a
reconhecer que os povos nativos foram os primeiros senhores das terras brasileiras e que,
por isso, eles podem pleitear o reconhecimento formal de posse do local em que vivem.
Para tanto, é necessário que o governo reconheça uma determinada região como terra
indígena e demarque esse território de modo que povos não indígenas não possam mais se
apropriar dessas localidades.

Esse processo de demarcação é bastante lento, sofrendo forte oposição por parte de alguns
setores da sociedade brasileira. A resistência ao processo de demarcação observada em
grupos como fazendeiros, mineradores, madeireiras e empresários, por exemplo, relaciona-
se com o potencial econômico identificado nas terras indígenas e seu desejo de exploração
de tais áreas. Por isso, a demarcação só ocorre após muita pressão e luta de povos
indígenas, organizações não governamentais e da sociedade civil. O resultado desse
conturbado cenário de lutas pode ser observado na existência atual de apenas 462 terras
indígenas no país, o que corresponde a 12% do território nacional. Muitos povos, no
entanto, ainda reivindicam a demarcação de suas terras.

Muitas dessas terras, inclusive, sofrem com os efeitos predatórios do agronegócio, que,
entre outros fatores, polui os rios e o ar, desmata a vegetação nativa, destrói o solo e
provoca alterações nos regimes de chuvas. Todas essas transformações ambientais afetam
as terras indígenas, o que pode resultar em efeitos desastrosos, como impedir que os povos
nativos mantenham suas tradições culturais expressas em suas formas tradicionais de
produção agrícola, de caça e de pesca de animais, entre outras.

Outro problema enfrentado pelos indígenas é a violência praticada por grandes


proprietários de terras e pessoas ligadas à mineração. Esses indivíduos tentam expulsar os
nativos de suas terras, mesmo quando elas já estão demarcadas, utilizando a violência
como mecanismo de pressão.

Assim, a demarcação territorial é somente o primeiro passo para a garantia de uma vida
digna aos povos indígenas no presente, bem como para reparar a violência histórica
perpetrada contra a população nativa ao longo dos séculos. A sociedade, portanto, ainda
precisa tomar muitas medidas de modo a garantir a igualdade de direitos e o respeito às
tradições de inúmeras sociedades indígenas que vivem no território brasileiro.

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Vanda Domingos e outros indígenas acompanhando o julgamento, no Supremo Tribunal Federal, da


demarcação contínua da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em dezembro de 2008. As diretrizes
estabelecidas pela corte nesse caso tornaram-se, em julho de 2017, referência para futuras
demarcações, por decisão do governo federal.

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O processo de ocupação do interior do Nordeste esteve diretamente relacionado com o


desenvolvimento da economia do açúcar no litoral. Como visto no capítulo sobre o poder do
açúcar, os engenhos exigiam a ocupação de grandes extensões de terras para a produção
açucareira. Por essa razão, a maior parte das terras do litoral nordestino foi convertida em
propriedades
Avaliar agrárias nas quais a produção de cana era hegemônica. O problema é que 2 os
engenhos também precisavam de grande quantidade de gado, já que os animais eram utilizados
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para movimentar os carros de boi, as máquinas de moagem, além de servir de alimentos e


proporcionar outros recursos.

Nas primeiras décadas de desenvolvimento da economia do açúcar, ainda foi possível


conciliar a pecuária à cultura açucareira, em terras litorâneas, de modo que não houvesse
prejuízos à principal atividade econômica representada pela exploração da cana. Porém, à
medida que ocorria a intensificação da pecuária, o gado se tornou um problema para os
moradores das vilas e das cidades litorâneas: os animais derrubavam cercas, invadiam as
propriedades, destruíam as plantações.

Carro de bois, tela a óleo produzida em 1638 pelo artista holandês Frans Post. A pecuária desempenhou
papel de destaque no processo de interiorização do atual território brasileiro.

No século XVII, o governo colonial aprovou leis restringindo os lugares de criação desses
animais. Em 1701, houve a determinação legal de que o gado só poderia ser criado a uma
distância mínima de 10 léguas (cerca de 66 quilômetros) do litoral. Com o estabelecimento de tal
restrição, muitos colonos passaram a se deslocar para terras do interior, onde seria possível criar
livremente o gado.

Assim, pode-se dizer que, nas regiões produtoras de açúcar do Nordeste, formaram-se dois
modelos distintos de produção econômica: o açúcar e o gado. Esses modelos complementavam
um ao outro, já que não era possível produzir o açúcar sem o abastecimento constante de
produtos derivados do gado (alimentos e objetos de couro, além da força de trabalho animal), e
a própria pecuária obtinha grande parte de seu retorno financeiro graças aos recursos
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provenientes do açúcar.
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A ocupação do interior se organizou a partir de dois focos distintos. Uma parte das
expedições partiu da cidade de Salvador, na capitania da Bahia, e explorou territórios que
correspondem atualmente ao estado da Bahia, norte de Minas Gerais, sul do Maranhão, e partes
do interior de Pernambuco, da Paraíba, do Ceará e do Piauí. Já outro ponto de partida de
expedições foi a cidade de Olinda, na capitania de Pernambuco. Essas expedições exploraram
regiões que chegaram à margem direita do Rio São Francisco e ao interior do atual estado de
Pernambuco; algumas se direcionaram ainda para regiões do Pará e do Rio Grande do Norte.

As drogas do sertão e o domínio da Região Norte

Já foi visto nos capítulos anteriores que a ocupação da região amazônica ocorreu, entre
outros fatores, a partir da ação dos jesuítas, que estabeleceram diversos aldeamentos na região.
É importante ressaltar, porém, que a exploração das riquezas coloniais locais foi um dos
objetivos que moveu parte dos colonos a se deslocarem para a região.

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Esse movimento se intensificou durante as primeiras décadas do século XVII, após a expulsão
dos franceses da França Equinocial. A ocupação do Maranhão serviu, assim, de ponto de partida
para a ocupação de regiões mais afastadas do litoral, cumprindo papel destacado no começo do
povoamento da região amazônica e de territórios vizinhos. Cabe ainda sublinhar a organização
de expedições oriundas de Pernambuco e que apoiaram a ocupação portuguesa da região
amazônica.

Os portugueses que começaram a povoar a Região Norte se preocuparam em encontrar


recursos naturais com potencial econômico para garantir a lucratividade da região. Com tais
interesses no horizonte, teve início a exploração das chamadas drogas do sertão. Essa expressão
era utilizada para denominar uma grande variedade de recursos encontrados na natureza que
podiam ser transformados em mercadorias lucrativas e vendidas para a Europa. Entre esses
recursos, podem ser citados: cacau, diversos tipos de castanha, pimentas, baunilha, cravos,
cascas de árvores, salsaparrilha, óleo de copaíba e pau-cravo.

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O desenvolvimento de atividades econômicas, como a extração de drogas do sertão e a pecuária, contribuiu


para o processo de interiorização do Brasil Colônia. Note, no mapa, como esse processo se encontrava
ainda em seus passos iniciais.

ALBUQUERQUE; REIS; CARVALHO, 1977.

TOME NOTA

O pau-cravo era considerado um recurso com excelentes propriedades aromáticas. Dotado


de alto valor nos mercados de luxo europeus, podia ser encontrado em abundância nas
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florestas amazônicas. A intensidade de sua exploração e a ausência de uma política de


sustentabilidade levaram praticamente à sua extinção.

Os altos valores das drogas do sertão possibilitaram o estímulo ao povoamento da região,


ocorrendo o florescimento de aldeias e vilas e a criação de todo um circuito comercial dessas
mercadorias até os portos litorâneos da América portuguesa. A principal força de trabalho
utilizada para a exploração dessas mercadorias foi a mão de obra indígena sob o jugo da
escravidão.

Embora a escravidão indígena fosse proibida pela metrópole portuguesa, os colonos


burlavam a proibição utilizando o pretexto da guerra justa para capturar os nativos. Apesar da
resistência jesuítica e metropolitana, até o século XVIII, a exploração das drogas do sertão se
estruturou predominantemente em torno da mão de obra indígena escravizada. Essa conjunção
de fatores assegurou a dominação dessa região e possibilitou o alargamento das fronteiras
portuguesas para territórios que estavam muito além do que fora determinado pelo Tratado de
Tordesilhas.

Guerra justa: Essa noção foi criada durante as guerras dos cristãos contra muçulmanos na
Península Ibérica. Segundo ela, uma guerra contra povos infiéis (ou seja, não cristãos) era
uma guerra justa e consonante com os princípios da fé cristã, o que a tornava legítima. Na
colônia, eram consideradas guerras justas aquelas que tivessem sido iniciadas pelos
indígenas ou que tivessem como objetivo punir aldeias hostis aos portugueses. Esses
critérios comumente foram empregados como pretexto para considerar qualquer guerra
como justa, permitindo aos colonos escravizar os indígenas.

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Guerrilhas, de 1838, é uma pintura de Johann Moritz Rugendas que aborda os constantes ataques sofridos
por comunidades indígenas ao longo dos períodos Colonial e Imperial.

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AGORA É COM VOCÊ

O jesuíta português João Daniel (1722-1776) viveu nas missões da região amazônica entre
1741 e 1757, dedicando-se em seus últimos anos de vida a escrever, entre muitas outras
questões, sobre a região, as suas riquezas, a biodiversidade local, os hábitos e os costumes
dos povos indígenas ali instalados, bem como sobre aspectos das missões religiosas
desenvolvidas na Amazônia. No trecho a seguir, o jesuíta discorre sobre alguns recursos
naturais encontrados ao longo do Rio Amazonas. Leia-o com atenção e, em seguida,
responda ao que se pede.

Além das grandes riquezas, e mui ricos minerais de ouro, prata, diamantes, e mais pedras
preciosas, e variedades de metais de que o grande Amazonas se abona pelo mais rico rio do
mundo [...], abunda tanto em gêneros e especiarias não só estimáveis, mas em todo o
mundo preciosos, que bastariam ao canonizar pelo mais rico rio dos que aponta por
grandes a geografia, e ricos as histórias; já houve quem, além dos menos principais,2 lhe
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contou trinta e tantos gêneros preciosos e comerciáveis a todo o mundo, como são âmbar,
açúcar, anil, bálsamos, cacaus, café e muitos outros; [...]; delas daremos agora alguma
notícia neste Tratado, para que os leitores vejam que são realidades da verdade, e não
hipérboles de historiador [...].

Almíscar também merece ser contado por gênero especial do Amazonas pelo seu precioso, e
suave cheiro; [...] Basta apertar, ou esfregar nas mãos, ou parte alguma, ou algumas
sementes, para logo reacenderem as mãos de cheirosas não só ao dono, mas também aos
circunstantes. [...]

Alcaçuz. É um cipó de tanta fecundidade e abundância no Amazonas, que pode prover todas
as boticas da Europa, onde é mui estimado pelos seus muitos préstimos medicinais,
especialmente por ser ótimo descoagulantes da fleugma, e remédio específico das tosses, e
catarros [...].

Bálsamos. São muitos, e mui preciosos os bálsamos do Amazonas, e só eles bastavam a


fazer mui rico, e precioso o seu tesouro. Primeiro são os principais e qual mais precioso,
como são bálsamo peruano, bálsamo umeri, bálsamo de baunilha, bálsamo de cravo,
bálsamo de copaíba; bálsamo de tabaco, bálsamo de cumaru com puxuri, bálsamo de
carrapato, bálsamo de canela e bálsamo de bicuíba.

DANIEL, Padre João. Tesouro descoberto no máximo Rio Amazonas. Rio de Janeiro: Contraponto, 2004. v.
1. p. 523-534.

1. Com base na leitura do trecho anterior, o que eram as chamadas drogas do sertão?

2. Como o jesuíta descreve o Rio Amazonas?

3. Como os recursos naturais da Amazônia citados no trecho anterior são apresentados


pelo jesuíta? Você conhece alguns desses recursos? Que uso eles têm hoje?

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Trecho do Rio Amazonas.

Os bandeirantes e a conquista do interior

Os primeiros colonos portugueses a desembarcar na América se instalaram no litoral do atual


estado de São Paulo. Nesse espaço inicial de colonização, foi fundada a vila de São Vicente, onde
ocorreu um incipiente desenvolvimento da economia açucareira entre a década de 1530 e as
décadas finais do século XVI.

Aquela localidade, contudo, delimitada geograficamente pela Serra do Mar, não contava com
grandes extensões de terra para a produção de cana-de-açúcar, como desejava o governo
português. Acima da Serra do Mar, contudo, encontrava-se o chamado Planalto Paulista, região
na qual se formou um dos primeiros povoamentos portugueses no interior do continente.
Grupos de colonos e jesuítas foram responsáveis pela fundação, em 1554, da vila de São Paulo.
Essa localidade, entretanto, não apresentava as melhores condições para a produção açucareira,
o que levou parcelas de seus moradores a buscarem outras formas de sobrevivência em novas
atividades econômicas.

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A população da vila de São Paulo vivia da agricultura; seus moradores cultivavam o trigo e
outros gêneros alimentícios utilizados na alimentação local e vendidos para outras regiões da
colônia. Diferentemente do açúcar, que alcançava preços elevados no mercado internacional, o
comércio desses gêneros não era tão lucrativo, ocorrendo uma disparidade no nível de
crescimento econômico local em relação à produção açucareira de certas regiões do Nordeste
atual.

TOME NOTA

A economia da vila de São Paulo gradativamente passou a orbitar em torno dessas


expedições, uma vez que as bandeiras se tornaram o principal meio de abastecimento
constante de escravizados para suas fazendas. Pode-se dizer que, desde o século XVI até
meados do século XVIII, a economia de São Paulo foi dependente da captura de indígenas
de diversas regiões da América.

Esse limitado poderio econômico paulista implicava a ausência de recursos econômicos para
a compra de africanos escravizados, a mão de obra predominante nas regiões economicamente
mais fortes. Assim, os paulistas passaram a organizar expedições rumo ao interior do continente
com o objetivo de capturar e prender indígenas, vendidos para as fazendas de São Paulo e
arredores como mão de obra escrava. Uma pequena parte dos cativos era vendida para trabalhar
nas zonas produtoras de açúcar do Nordeste. Essas expedições ficaram conhecidas como
bandeiras, e seus membros passaram a ser chamados de bandeirantes.

A exemplo do que ocorria na região do Grão-Pará e Maranhão, as expedições bandeirantes de


captura de indígenas provocaram diversos conflitos com autoridades metropolitanas e com os
jesuítas. Esses conflitos aconteciam principalmente porque muitas expedições atacavam
aldeamentos jesuíticos visando aprisionar os nativos que ali viviam. Os protestos dos religiosos
contra os bandeirantes eram constantes e, como resposta, em meados do século XVII, os
paulistas chegaram a expulsar os jesuítas do Planalto Paulista.

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Na tela Combate aos botocudos em Mogi das Cruzes (1920), produzida por Oscar Pereira da Silva com base
em uma gravura de Jean-Baptiste Debret, observa-se um confronto entre bandeirantes e indígenas.

Os bandeirantes acabaram se tornando os grandes exploradores do que veio a ser o território


brasileiro, sendo agentes decisivos no povoamento do interior de diversas regiões do continente
americano. Em busca por mão de obra indígena, alcançaram regiões dos atuais estados do
Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, percorreram áreas do Centro-Oeste brasileiro,
adentraram o que hoje é o Paraguai, chegando mesmo a explorar partes da região amazônica.

Durante essas viagens, foi uma prática comum a organização de postos de descanso, espaços
em que os bandeirantes se abasteciam de alimentos, de água e de outros recursos necessários
para as viagens. Ao longo do tempo, esses postos de descanso se transformaram em aldeias e
vilas, dando início ao povoamento de diversas localidades.

TOME NOTA

Por meio de ações violentas, os bandeirantes acabaram promovendo a expansão das


fronteiras do território português no interior da América, além de terem colaborado para a
desorganização de focos de resistência contra a expansão colonial em diversos centros
econômicos importantes da colônia portuguesa.
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O conhecimento da região interiorana e seu histórico de combates estimularam as


autoridades metropolitanas a contratarem bandeirantes para lutar contra grupos indígenas, que
resistiam ao avanço português em regiões do que hoje se conhece por Nordeste. De modo
similar, foram contratados para destruir quilombos no que se denominou sertanismo de
contrato. O exemplo mais significativo foi a destruição do Quilombo dos Palmares, em 1695, no
atual interior de Alagoas, cuja expedição foi liderada pelo bandeirante Domingos Jorge Velho.

A descoberta do ouro

Na segunda metade do século XVII, o governo português, em dificuldades econômicas,


passou a estimular a procura por riquezas minerais em terras em um esforço para consolidar sua
política mercantilista. A Coroa portuguesa oferecia grandes recompensas para quem
encontrasse ouro, prata ou pedras preciosas na região. Incentivados por essas ofertas, os
bandeirantes passaram a organizar expedições pelo interior da América em busca dessas
riquezas.

No final do século XVII, os bandeirantes conseguiram provas concretas da existência de minas


de ouro na região que viria a ser chamada de Minas Gerais, conforme será visto no capítulo sobre
a sociedade do ouro. A descoberta de metais preciosos e a perspectiva de enriquecimento em
uma sociedade com baixa mobilidade social levaram um grande fluxo populacional para as
regiões das minas. Eram pessoas que abandonavam tudo em busca do sonho de enriquecer
rapidamente. Essa intensa migração promoveu o surgimento de grande número de aldeias e
vilas no interior da colônia portuguesa na América, modificando o panorama da sociedade
colonial, a qual vivenciava um tímido e incipiente processo de urbanização.

Como consequência, entre o final do século XVII e as primeiras décadas do século XVIII,
formou-se um conjunto de rotas comerciais interligando diferentes regiões do interior da
América, com o objetivo de abastecer as vilas mineradoras. Graças a essas rotas foi possível
promover a integração comercial inédita das regiões produtoras de gado do Nordeste com os
centros produtores de alimentos do sul da colônia, bem como ligá-las ao porto do Rio de Janeiro
ou à vila de São Paulo.

Por isso, pode-se dizer que, nesse período, os portugueses consolidaram o povoamento do
interior de sua colônia na América. Em meados do século XVIII, já existia um grande número de
vilas portuguesas no interior do continente articuladas com os principais centros de exploração
das riquezas
Avaliar coloniais (as zonas mineradoras e as zonas açucareiras), garantindo o 2
abastecimento e o comércio entre diferentes partes do território português. Essa integração
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contribuiu para a promoção do crescimento econômico da colônia e a transformou na base


econômica de todo o Império Português.

Note como, no decorrer do século XVIII, foi se acentuando a interiorização do território colonial.

Avaliar 2
MultiRio, 2015.

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Por outro lado, o processo de interiorização da colonização fortaleceu grupos sociais da


colônia que começaram a questionar com mais ênfase as decisões das autoridades
metropolitanas. Como será visito mais adiante, esse movimento deu origem, ao longo do século
XVIII, a protestos coloniais cada vez mais fortes, inclusive ameaçando a continuidade do controle
português sobre sua colônia americana.

Página 11

ENQUANTO ISSO...

O Império Mogul: do apogeu ao declínio

Entre os séculos XVI e XVII, formou-se em grande parte dos atuais territórios da Índia e do
Paquistão um importante império: o Mogul. Posteriormente, os mogul expandiram seus
domínios para regiões vizinhas. Uma das principais características desse império era o fato
de seus líderes seguirem a religião islâmica e terem sido responsáveis por sua disseminação
no subcontinente indiano e em regiões da Ásia Central.

Um dos maiores símbolos de seu poder foi a construção do Taj Mahal, um grande mausoléu
feito de mármore na cidade de Agra, no atual território da Índia. No final do século XVII, o
império começou a enfrentar dificuldades internas, provocadas por revoltas contra o
controle mogul na região do Afeganistão e em partes do subcontinente indiano. A principal
razão, no entanto, para o seu declínio acelerado durante o século XVIII foi o início da
influência inglesa na Índia.

Comerciantes locais passaram a contar com o apoio de forças militares inglesas para
controlar importantes rotas comerciais da Ásia Central que percorriam o território indiano.
Aos poucos, esse controle comercial foi sendo complementado por um controle colonial da
Índia. Tal processo chegou ao seu auge no século XIX, quando os ingleses expulsaram da
Índia o último governador mogul. Essa destituição também marcou o fim da autonomia
política de todo o subcontinente indiano, que permaneceu como colônia inglesa até 1947.

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Uma das edificações mais conhecidas da Índia, o Taj Mahal, do século XVII, é reconhecido pela
UNESCO como patrimônio da humanidade. Em 2007, foi considerado uma das novas sete maravilhas
do mundo.

AGORA É COM VOCÊ

O texto a seguir é um relato do bispo de Pernambuco, D. frei Francisco de Lima, sobre o


bandeirante Domingos Jorge Velho. Esse bandeirante foi responsável pela destruição de
Palmares, em 1695, tendo do mesmo modo protagonizado diversos ataques a povos
indígenas que lutavam contra o avanço da ocupação territorial portuguesa no século XVII.
Leia atentamente o relato do bispo e, em seguida, responda ao que se pede.

Este homem é um dos maiores selvagens com que tenho topado: quando se avistou comigo
trouxe consigo língua [intérprete], porque nem falar sabe, nem se diferencia do mais
bárbaro tapuia, mais que em dizer que é cristão, e não obstante, o haver-se casado de
pouco, lhe assistem 7 índias concubinas, e daqui se pode inferir, como procede no mais,
tendo sido a sua vida desde que teve uso da razão (se é que teve, porque assim foi, de sorte
a perdeu, que entendo a não achará com facilidade) até o presente andar metido pelos
matos à caça de índios e índias, estas para o exercício das suas torpezas e aqueles para os
granjeios
Avaliar dos seus interesses. 2

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21/09/2022 18:05 Estante de Conteúdo

SANTOS JÚNIOR, Valdeci dos. Os índios tapuias do Rio Grande do Norte. Mossoró: Universidade do Estado
do Rio Grande do Norte, 2006. p. 105-106.

Tapuia: indígena considerado selvagem pelos portugueses.

1. De que forma o bispo descreve o bandeirante?

2. Formule uma hipótese para explicar a razão pela qual o bispo afirma que o bandeirante
nem falar sabe.

3. Com base na leitura do documento, pode-se dizer que os serviços prestados pelos
bandeirantes, para o avanço da dominação colonial, garantiram uma visão positiva
desses indivíduos entre as autoridades coloniais do período? Justifique sua resposta.

Página 12

LEIA

Bandeirantes. Por dentro da História, de Regina Ribeiro (2012).

Por meio da história de Diogo Fernandes de Sá, a autora analisa o bandeirismo e seu papel
no movimento de interiorização da colonização portuguesa ao longo dos séculos XVI e XVIII.
O livro também aborda outros processos sociais importantes para a configuração da
sociedade colonial portuguesa na América.

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ESTE CAPÍTULO ABORDOU

As características da ocupação portuguesa da América.

O processo de ocupação do litoral americano.

A ocupação do interior do Nordeste e o papel da pecuária.

As drogas do sertão e a ocupação do interior da Região Norte.

O papel dos bandeirantes na ocupação do interior da Região Sul.

A descoberta do ouro e a consolidação da ocupação do interior da América.

ATIVIDADES PARA SALA

Questão 01
Observe a imagem a seguir. Trata-se de uma representação de um engenho de açúcar feita pelo
artista Benedito Calixto (1853-1927). A imagem permite observar um aspecto importante da
complementaridade entre a economia do açúcar e a pecuária durante o Período Colonial.
Justifique essa ideia.

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21/09/2022 18:05 Estante de Conteúdo

Texto para as questões 2 e 3.

Pensas que pode haver no mundo nação que se aproxime da bondade dos franceses? Não,
não. São os franceses os primogênitos da Igreja, os verdadeiros filhos que o grande Tupã
escolheu primeiro para lhes dar sua lei, e foram eles também os primeiros a ensinar os outros.
Os Peró, como as demais nações, só a receberam muito depois deles; tanto que são ainda jovens
e não são tão bem instruídos quanto os franceses. Os próprios paí que se encontram dentre eles
não passam de aprendizes dos verdadeiros paí e não são tão capazes de observar as coisas
ensinadas pelo grande Tupã como fazem estes.

D'ABBEVILLE, 1614 apud DAHER, 2004. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?


script=sci_arttext&pid=S0104-71832004000200004. Acesso em: 27 dez. 2017.

Tupã: importante entidade da mitologia tupi-guarani. Comumente utilizado pelos europeus


como o equivalente a Deus nas crenças religiosas indígenas.

Peró: portugueses.

paí: religiosos.
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21/09/2022 18:05 Estante de Conteúdo

Questão 02
O fragmento anterior pertence à obra de Claude d'Abbeville, religioso francês participante da
expedição de 1612, responsável pela fundação da França Equinocial. De acordo com o religioso,
qual era a diferença entre os franceses e os portugueses?

Página 13

Questão 03
O texto evidencia uma prática muito adotada pelos religiosos que tentavam evangelizar os povos
indígenas durante o processo de dominação colonial. Identifique essa prática e explique como
ela aparece no texto.

Texto para as questões 4 e 5.

Questão 04
A imagem anterior é uma representação do artista francês Jean-Baptiste Debret, feita2no início
Avaliar
do século XIX, mostrando a escravização de indígenas. Descreva a imagem e explique de que
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modo o artista representou a questão da escravidão indígena.

Questão 05
Com base na observação da imagem, é possível formular a hipótese de que a escravidão
indígena foi um fenômeno de curta duração na América portuguesa? Justifique sua resposta.

ATIVIDADES PROPOSTAS

Questão 01
(COL. NAVAL) Leia o texto a seguir.

Eleito Jerônimo de Albuquerque por capitão-mor da conquista do Maranhão, como temos dito,
se foi logo às aldeias do nosso gentio pacífico, e por lhes saber falar bem a língua, e o modo com
que se levam, ajuntou quantos quis: contarei só do que houve em uma aldeia, para que se veja a
facilidade com que se leva este gentio de quem os entende e conhece, e foi que pôs a uma parte
bom feixe de arcos, e flechas, a outra outro de rocas, e fusos, e mostrando-lhos lhes disse:
“Sobrinhos, eu vou à guerra, estas são as armas dos homens esforçados e valentes, que me hão
de seguir; estas das mulheres fracas, e que hão de ficar em casa fiando; agora quero ouvir quem
é homem, ou mulher”. As palavras não eram ditas, quando se começaram todos a desempunhar,
e pegar dos arcos, e flechas, dizendo que eram homens, e que partissem logo para a guerra; ele
os quietou, escolhendo os que havia de levar, e que fizessem mais flechas, e fossem esperar a
armada ao Rio Grande, onde de passagem os iria tomar. [...]

Feito isto se embarcaram todos dia de S. Bartolomeu, 24 de agosto da era de 1614 anos, em uma
caravela, dois patachos e cinco caravelões [...].

Frei Vicente de Salvador

É correto afirmar que o relato do Frei Vicente de Salvador está relacionado à retomada do
território que ficou conhecido como

a) França Equinocial.

b) França Antártica.

c) Brasil holandês.
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d) Quilombo dos Palmares.


e) Cisplatina.

Questão 02
(UEL) Leia o texto a seguir.

Afluente da margem direita do Rio Vermelho, ao norte de Cambé, próximo ao Distrito da Prata, o
Rio Palmeira forma um vale onde a mata nativa ainda concentra reservas. Ali, séculos atrás havia
um lago. Era um ponto estratégico com água, peixe, caça e floresta subtropical. Ali, em 1625, foi
construída a redução jesuítica de San Joseph – o termo missão foi adotado pelos portugueses,
enquanto espanhóis e pesquisadores preferem redução.

Jornal de Londrina, 3 mar. 2013. p. 21.

Recentemente, no município de Cambé, localizado no norte do Paraná, foram descobertas ruínas


de fundações da Redução Jesuítica, que comportou cerca de 200 pessoas, com fácil acesso à
água e aos produtos oriundos da floresta.

As Reduções ou Missões Jesuíticas no Brasil estão associadas

a) às ações das bandeiras, que buscavam, nas Reduções, mão de obra indígena para a
escravização.

b) às atividades mercantis de minérios e de drogas do sertão que abasteciam a metrópole.

c) à cristianização facultativa dos indígenas pelos irmãos jesuítas com o apoio da Santa Sé.

d) à libertação dos indígenas do jugo católico, conquistando a autonomia para professarem a


sua fé.

e) ao desenvolvimento de práticas agrícolas e de pecuária extensiva que vieram a abastecer o


comércio metropolitano.

Página 14

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Questão 03

(ENEM)

Os tropeiros foram figuras decisivas na formação de vilarejos e cidades do Brasil Colonial. A


palavra tropeiro vem de “tropa”, que, no passado, referia-se ao conjunto de homens que
transportava gado e mercadoria. Por volta do século XVIII, muita coisa era levada de um lugar a
outro no lombo de mulas. O tropeirismo acabou associado à atividade mineradora, cujo auge foi
a exploração de ouro em Minas Gerais e, mais tarde, em Goiás. A extração de pedras preciosas
também atraiu grandes contingentes populacionais para as novas áreas e, por isso, era cada vez
mais necessário dispor de alimentos e produtos básicos. A alimentação dos tropeiros era
constituída por toucinho, feijão preto, farinha, pimenta-do-reino, café, fubá e coité (um molho
de vinagre com fruto cáustico espremido).

Nos pousos, os tropeiros comiam feijão quase sem molho com pedaços de carne de sol e
toucinho, que era servido com farofa e couve picada. O feijão tropeiro é um dos pratos típicos da
cozinha mineira e recebe esse nome porque era preparado pelos cozinheiros das tropas que
conduziam o gado.

Disponível em: http://www.tribunadoplanalto.com.br. Acesso em: 27 nov. 2008.

A criação do feijão tropeiro na culinária brasileira está relacionada à

a) atividade comercial exercida pelos homens que trabalhavam nas minas.

b) atividade culinária exercida pelos moradores cozinheiros que viviam nas regiões das minas.

c) atividade mercantil exercida pelos homens que transportavam gado e mercadoria.

d) atividade agropecuária exercida pelos tropeiros que necessitavam dispor de alimentos.

e) atividade mineradora exercida pelos tropeiros no auge da exploração do ouro.

Questão 04
(ESPM)

As primeiras atividades econômicas praticadas pela colonização portuguesa no Brasil tiveram


por cenário
Avaliar apenas o litoral do leste-nordeste brasileiros, sem que de modo sensível 2
penetrassem no vago e misterioso sertão, ainda ocupado por tribos selvagens. Determinava essa
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21/09/2022 18:05 Estante de Conteúdo

situação o desinteresse econômico por qualquer tentativa de fixação de povoadores em regiões


mais afastadas do mar. Assim enquanto sob os Reis Filipes penetravam os Vicentinos pelo sul na
caça ao índio, ao mesmo tempo em que se sucediam as conquistas litorâneas em todo o
nordeste, a solução encontrada para o povoamento do sertão forneceu-a [...], atividade
econômica essencialmente fixadora de população, mesmo escassas.

História do Brasil, de Hélio Viana.

O texto e o mapa referem-se:

a) à criação de gado.

b) à busca de drogas do sertão.

c) à produção de algodão.

d) à extração de borracha.

e) ao cultivo de tabaco.

Avaliar
Questão 05 2
(CFTCE) Em relação ao processo de colonização do Brasil é coerente afirmar que
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21/09/2022 18:05 Estante de Conteúdo
(CFTCE) Em relação ao processo de colonização do Brasil, é coerente afirmar que

a) foi um processo de povoamento.

b) nele predominou o modelo da policultura.

c) a primeira experiência exploratória se deu com a atividade mineradora.

d) a exploração das drogas do sertão contribuiu para a ocupação da região amazônica.

e) a empresa agrícola açucareira se utilizou da mão de obra livre e assalariada.

Questão 06
(UFP) No período colonial, o Brasil foi marcado por expedições internas, com destaque para as
Bandeiras. Lideradas pelos paulistas, as Bandeiras percorriam os sertões, onde passavam meses,
ou mesmo anos.

Sobre esse fenômeno histórico, considere as afirmativas a seguir.

I. As Bandeiras organizaram a sociedade do interior a partir do modelo norte-americano de


colônias de povoamento.

II. Os rumos das principais Bandeiras foram Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Paraná, tendo
algumas delas chegado até o Paraguai.

III. Os bandeirantes ensinaram aos indígenas técnicas de agricultura para que desenvolvessem
a colônia economicamente.

IV. Os objetivos principais dos bandeirantes foram o apresamento de indígenas para serem
escravizados e a busca por metais preciosos.

V. As Bandeiras foram responsáveis pela expansão territorial do Brasil para muito além da
linha de Tordesilhas.

Está correto apenas o que se afirma em

a) I, II e IV.
Avaliar 2
b) II, IV e V.
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c) II, III e IV.

d) III e V.

e) III, IV e V.

Página 15

Questão 07
(UFC)

Da riqueza extraída das Minas, quase tudo ia para a metrópole, onde se consumia em gastos
suntuários, em construções monumentais – como o Convento de Mafra – e no pagamento das
importações de que Portugal necessitava. Poucos foram os privilegiados que enriqueceram na
capitania do ouro, e insignificantes os efeitos produtivos gerados pela mineração, de um e de
outro lado do Atlântico.

VERGUEIRO, Laura. Opulência e miséria das Minas Gerais. São Paulo: Brasiliense, 1981. p. 76.

A partir do texto anterior, é correto afirmar sobre a exploração do ouro durante o período do
Brasil Colônia que

a) o ouro extraído em Minas Gerais produziu uma grande riqueza que foi acumulada por
comerciantes e funcionários da Coroa, os quais se tornaram os primeiros industriais
brasileiros.

b) apesar do fluxo constante de riquezas em direção à Coroa portuguesa, a área produtora


permaneceu pobre e rural, sem desenvolvimento urbano, cultural ou artístico.

c) o desperdício da riqueza advinda do ouro brasileiro foi devido à falta de rigor na fiscalização
dos impostos pela Coroa portuguesa, fazendo florescer o contrabando, a corrupção e a
autonomia colonial.

d) a Coroa de Portugal jamais se empenhou a fundo no estímulo e no controle da produção do


ouro brasileiro, insistindo em privilegiar a produção de açúcar nas áreas litorâneas.

e) a opressão fiscal sobre as áreas mineradoras crescia conforme o endividamento de Portugal,


Avaliar
provocando várias revoltas e o aparecimento de um sentimento nativista. 2

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Questão 08
(ESPM)

As incursões dos bandeirantes paulistas às missões dos jesuítas castelhanos do Guairá


multiplicaram-se a partir do século XVII. Paulistas e guerreiros tupiniquins enveredavam pelo
Caminho do Peabiru, velha trilha tupi, rumo ao Guairá, território situado entre os rios
Paranapanema, Iguaçu e Paraná. Nessa região, de posse duvidosa, dado que os portugueses
sempre consideraram que a linha de Tordesilhas passava pelo estuário do Prata, os jesuítas
espanhóis haviam criado entre 1622 e 1628 onze missões.

História do Brasil: uma interpretação, de Adriana Lopez e Carlos Guilherme Mota.

Quanto ao assunto tratado no texto, é correto afirmar que

a) as incursões dos bandeirantes às missões jesuítas visavam apresar indígenas aldeados em


grupos numerosos e habituados ao trabalho rural.

b) nessas incursões não havia nenhuma participação de indígenas entre os integrantes das
bandeiras.

c) o objetivo primordial dos bandeirantes paulistas era apresar “negros da terra” para a
exportação dessa mão de obra para a Europa.

d) os ataques dos bandeirantes paulistas aos jesuítas castelhanos eram uma resposta contra a
postura da Espanha que naquele momento apoiava a invasão holandesa ao Brasil.

e) as incursões dos bandeirantes paulistas contra as missões jesuíticas de Guairá e Tapes


ocorreram após o Tratado de Madrid.

Questão 09
(UTFPR) No Brasil Colonial, existiam homens que saíam da região de São Vicente e se dirigiam
para o interior do Brasil através de florestas e rios. Tais expedições tinham, de maneira geral,
como objetivo a captura de indígenas e a busca de metais preciosos. Trata-se dos

a) faiscadores.

b) emboabas.
Avaliar 2
c) bandeirantes.
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)

d) capitães do mato.

e) feitores.

Questão 10
(ESPM) Leia os dois textos a seguir e, depois, marque o item correto.

“A tentativa de implantação colonial ocorreu em 1612, onde fica hoje a cidade que leva o nome
de São Luís. Contava com o apoio da rainha regente Maria de Médicis, que nomeou os senhores
de La Ravardiere e de Razilly ‘lugares-tenentes do rei’ e designou os missionários capuchinhos
para exercerem o apostolado junto aos índios da região.”

Revista Nossa História, n. 9, jul. 2004.

“Em 1645, os insurretos controlavam o interior do Nordeste, enquanto os batavos permaneciam


em Recife, Itamaracá, Paraíba, Natal e Fernando de Noronha. A estratégia lusa era impedir o
abastecimento do inimigo, fazendo-o depender dos recursos enviados desde a Europa. As
derrotas dos invasores, sobretudo nas duas batalhas de Guararapes, desembocaram na
capitulação da Campina da Taborda.”

Dicionário do Brasil Colonial, de Ronaldo Vainfas.

a) O primeiro texto trata da tentativa de fundação da França Equinocial no Maranhão e o


segundo texto trata da Insurreição Pernambucana contra os holandeses no Brasil.

b) O primeiro texto trata da tentativa de fundação da França Antártica no Maranhão e o segundo


texto trata da luta dos portugueses para derrotarem a invasão holandesa que havia ocorrido
na Bahia.

c) Os dois textos tratam das invasões francesas ao Brasil durante o período colonial.

d) Os dois textos tratam das invasões holandesas ao Brasil durante o período colonial.

e) O primeiro texto trata da tentativa de fundação da colônia holandesa no Maranhão e o


segundo texto trata da luta dos portugueses para derrotarem os metropolitanos na Bahia.

Avaliar 2

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