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ESCRITURAS
AULA 1
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“Hoje, abrange o Estado de Israel, onde predomina a população judaica, e o
Estado Palestino, onde se concentra a população palestina e árabe. A capital é
Jerusalém” (Koningns, 2000, p. 27).
Foi para a terra de Canaã que o povo do êxodo se dirigiu, a fim de
conquistá-la e lá se estabelecer, pois essa era a terra da promessa feita ao povo
eleito: a “Terra Prometida”! No entanto, não se trata de um grande pedaço de
terra, mas de um território que compreende uma pequena e estreita região,
localizado entre o mar mediterrâneo e dois grandes desertos, o deserto da Síria
e o deserto da Arábia, fazendo parte de um conjunto geográfico maior, chamado
“Crescente Fértil”.
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esteve sempre cercado por grandes impérios, ora também dominado por eles,
ou oprimidos por seus sistemas econômico-sociais. Podemos lembrar aqui do
êxodo dos hebreus que estavam no Egito, não como caso isolado, mas como
momento fundante da história de Israel com Deus.
De fato, a posição geográfica em que se desenrola a história da Salvação,
mais especificamente a região de Canaã, fez dela centro importante de todo
mundo conhecido por muito tempo na história, desde Abraão, chegando até o
grande império grego.
Além da importante influência que o povo da Bíblia sofreu por causa do
espaço que ocupou, não podemos deixar de falar das várias nações que também
exerceram influência sobre Israel. É o assunto da seção seguinte.
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consequência da organização de cada um desses povos nas esferas econômica
e social.
Em um período em que não existiam delimitações de territórios como se
tem hoje, esses grupos deslocavam-se por toda região e recebiam vários nomes.
Em alguns momentos, eram chamados de amorreus, e em outros de cananeus.
Mas também foram chamados de fenícios aqueles que ocuparam a região norte
da palestina.
Muitos desses povos alcançaram um alto nível cultural. Koningns (2000,
p. 30) explica que os cananeus praticavam uma “religião de tipo sedentário”,
compreendendo sacrifícios humanos e rituais de prostituição sagrada. Foi entre
eles que surgiram os hebreus, termo que deriva de hapȋru e significa migrantes
ou nômades (Koningns, 2000, p. 30). Estes são conhecidos principalmente por
meio das narrativas do livro do Êxodo, sendo mais tarde chamados “filhos de
Israel”. Os filhos de Israel compreendem as doze tribos de Israel, e são distintos
por duas características:
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capital a Samaria, entre os anos 722-721 a.C. O domínio assírio perdeu sua força
em 625 a.C.
Depois foi a vez do império babilônico, entre os anos de 605-562 a.C. A
Babilônia foi responsável pela destruição do Templo e da cidade de Jerusalém,
levando para o exílio “a Elite de Jerusalém” (Koningns, 2000, p. 35). A
experiência da derrota e do exílio foi devastadora para o povo, mas Israel nutria
a esperança do retorno (cf. Ez 37). A partir dessa época, o aramaico, língua dos
babilônicos, também conhecidos como caldeus, passou a ser a língua oficial do
Oriente Médio.
O rei Ciro venceu a Babilônia, em 539 a.C.; chegou então a vez dos
persas. Com uma estratégia de administração descentralizada, alicerçada na
colaboração dos povos subordinados, a Pérsia manteve-se no poder por vários
séculos. Assumiram a língua aramaica e mantiveram “intensos contatos
administrativos e comerciais com o povo judeu” (Koningns, 1998. p. 36).
Os gregos assumiram o cenário imperial em 490 a. C.: Alexandre Magno
dominou a Grécia inteira e os Impérios da Mesopotâmia e do Egito. Em 330 a.C.,
Alexandre conquistou também a Palestina. Houve uma política de helenização
dos povos conquistados, e Alexandria passou a ser a grande capital do
helenismo. O povo de Israel sofreu a influência da cultura helênica, tanto na
diáspora quanto na Palestina. No séc. II a.C., como consequência de várias
situações impostas pela dominação grega, aconteceu a insurreição conhecida
como “Revolta dos Macabeus” (cf. narra os livros de 1 e 2 Macabeus).
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patriarcas. Moisés, nome egípcio com significado incompleto: “filho de...” –
segundo Konings (2000, p. 52), parece-lhe faltar o nome de alguma divindade –
cresceu e foi educado na corte do faraó, mas se casou com uma mulher do reino
árabe, de Madiã (Ex 2,11-22). Um personagem de “personalidade extraordinária,
certamente em termos culturais e religiosos” (Konnings, 2000, p. 52).
Seja como for, Moisés, nas narrativas bíblicas, foi o mediador entre o povo
escravizado no Egito, os hebreus, e Deus, que os escolheu como povo
consagrado e estabeleceu uma Aliança que os uniu à divindade que revelou a
eles seu nome. E esse é o ponto fundamental dessa história: o conhecimento do
Deus que age e está com o povo, Yahweh (Manucci, 1985, p. 43).
Durante o processo da caminhada no deserto e da conquista da terra,
outros grupos se uniram ao grupo liberto do Egito, e juntos deram origem ao
povo de Israel. A realidade em que se encontrava a “terra Prometida” também
era de exploração e opressão; por isso, “a libertação maravilhosa da escravidão
egípcia insere-se no contexto histórico mais amplo da revolta da população
camponesa contra as cidades-estado da terra em Canaã” (Koningns, 2000, p.
52). Dessa maneira, a saída do Egito só se conclui com a ocupação da Terra
Prometida, e o êxodo é tido como símbolo de várias libertações, de grupos que
se identificam.
Assim, a beleza dessa história de união e constituição está exatamente
na proposta de vida que a experiência do Deus da vida e da libertação tinha para
todos aqueles que quisessem aderir a esse povo. Uma experiência
transformadora e pedagógica! A constituição do povo da Bíblia é também o
conhecimento de uma divindade diferente de todas as outras conhecidas no
mundo antigo.
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TEMA 5 – O MUNDO BÍBLICO E SUA MENSAGEM
NA PRÁTICA
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bíblicos, desenvolva um pequeno texto (uma ou duas páginas) sobre o que essas
informações ensinaram a você.
FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
KONINGS. J. A Bíblia nas suas origens e hoje. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.
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