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GEOGRAFIA DO MUNDO BIBLICO

Relatos Geográficos e Bíblicos

Professor: Diogo Cardoso Santino


Aluna: Edna G. Cantanhede
2017
SUMÁRIO

 INTRODUCÃO

 I - MONTES

1.1 SEIR
1.2 SINAI
1.3 ARARA
1.4 SIÃO
1.5 CARMELO

 II - VALES

2.1 DO JORDÃO
2.2 DE ACOR
2.3 DE AIJALOM
2.4 SIDIM
2.5 DE SIQUEM

 CONCLUSÃO

 BIBLIOGRAFIA
INTRODUCÃO

A Geografia Bíblica ocupa um


estudo do cenário da revelação divina e
da influência que teve o meio ambiente
na vida de seus habitantes.

A Geografia Bíblica, portanto, é uma


disciplina muito importante, pois auxilia
a todos que querem conhecer melhor a
História Sagrada e o texto bíblico através
de esclarecimentos quanto aos grupos
humanos, às características físicas, os
recursos econômicos e as transformações
políticas das diversas regiões citadas na
Bíblia. Além disso, ela nos permite
localizar e situar os relatos bíblicos no
espaço em que estes ocorreram,
auxiliando-nos na reconstrução dos
eventos.

Assim, por exemplo, conhecendo a


Geografia Bíblica, podemos compreender
os séculos que aconteceram para a
conquista da terra de Canaã pelos
israelitas, já que seremos capazes de
identificar as características culturais e
localização dos diversos povos que
habitavam as diferentes regiões da
Palestina no momento da chegada dos
hebreus; apontar os variados acidentes
físicos que dificultavam os
deslocamentos; localizar, no mapa, os
locais de batalhas etc.

I - MONTES

1 SEIR
2 SINAI
3 ARARÁ
4 SIAO
5 CARMELO
I - SEIR
 Monte Seir
Possessão de Esaú em Edom

Gn.14:6 36:8 Dt. 2:1-5


RELATOS BIBLICOS
Em Gênesis 36, a Bíblia nos relata que Esaú separou-se
de seu irmão Jacó e habitou com sua família na montanha de
Seir.
Ele foi a região montanhosa repartida aos descendentes
de Esaú, os Edomitas. O Monte Seir é especificamente
observado como o lugar em que Esaú construiu sua casa
(Gênesis 
36:8; Josué 24:4), e onde os israelitas teriam rodeado
antes de entrarem na Terra Prometida (Deuteronômio 2:1). Ele
foi nomeado para Seir, o horeu, cujos filhos habitavam a terra
(Gênesis 36:20). Os filhos de Esaú lutaram contra os horeus e
os destruíram (Deuteronômio 2:12).

RELATOS GEOGRAFICO

Monte Seir formava a fronteira sul-leste de Edom e


Judá, e também pode repercutir a antiga e histórica fronteira
do Egito e Canaã].
Seir era um Horeu da tribo dos Horeus, que habitavam a
região sul do Mar Morto. O Monte Seir, que significa áspero, é
uma cordilheira que se estende desde o sul do Mar Morto até o
braço oriental do Mar Vermelho. Tem 160 km de
comprimento por 32 km de largura. Sua altura média está a
600 metros acima do nível do mar. As suas rampas e vales
foram primitivamente habitados pelos Horeus. Depois que
Esaú chegou a este terra, ele deu origem a nação de Edom.
Hoje, essa região pertence à Jordânia, e sua principal cidade é
Petra, uma das sete maravilhas do mundo moderno.

Edom é o outro nome de Esaú, e significa Vermelho,


pelo motivo da cor vermelha da sopa de lentilhas, pela qual ele
vendeu a Jacó o seu direito de primogenitura. Edom
primitivamente se chamava "Monte Seir" e era habitado pelos
Horeus. É uma região de profundos vales e de férteis planícies,
com um clima magnífico, mas o aspecto geral do país é áspero
e inculto. No Novo Testamento, Edom era conhecida como
Iduméia, e seus habitantes eram os Idumeus. Os Idumeus eram
um povo guerreiro, habitantes das cavernas, como tinham sido
os Horeus, a quem eles haviam afugentados daqueles sítios,
sendo além disso idólatra. Eles recusaram aos hebreus a
passagem pelo seu território e foram acusados de inveterado
ódio para com o povo israelita.
Em tempos posteriores, o território de Edom (ou
Iduméia) estendia-se desde o deserto da Arábia até o
Mediterrâneo.
Era Bozra (Bezer) a capital, mas a principal fortaleza era Petra
(Sela).

As palavras dos profetas foram completamente cumpridas


- "Edom se fará um deserto abandonado" (Jr 49.17; Jl 3.19). É
hoje de tal sorte o deserto de Edom, que a gente se espanta, e
pergunta como é que uma região tão estéril e acidentada pôde,
em tempos antigos, ser adornada de cidades e habitada por um
poderoso e opulento povo. O seu atual aspecto devia desmentir
a sua história, se essa história não fosse confirmada por muitos
vestígios de sua primitiva grandeza, pelos sinais de uma antiga
cultura, isto é, pelas ruínas de cidades e fortificações, vendo-se
ainda também os restos de muralhas e de estradas empedradas.

II- Sinai
 Monte Sinai
Localizado na Arábia, onde foi dada a
Lei.
Êx 19:1-11 , I Rs 19:8-18.

Monte Sinai - Arábia Saudita uma cadeia de montes


conhecido como Horebe
Vista do Monte Sinai.

RELATOS BIBLICOS

Do grego, o Monte Sinai (também conhecido


em hebraico como Monte Horeb, ou em árabe como Jebel
Musa, que significa “Monte de Moisés”) está situado no sul da
península do Sinai, no Egipto. Esta região é considerada
sagrada por três religiões: judaísmo, cristianismo e islamismo.
É um pico de granito com uma altitude de 2285 metros onde,
segundo a Bíblia e a tradição judaica, Moisés recebeu
as Tábuas da Lei. Ao longo dos séculos foram sendo
construídos sobre o monte e à sua volta vários locais de culto e
acumulados tesouros da cultura religiosa.
750 degraus abaixo do pico, existe uma plataforma
onde Aarão e os 70 sábios esperaram, enquanto Moisés
recebia as Tábuas da Lei (Êxodo 24:14) e uma caverna,
chamada “Retiro de Elias”, local onde Deus falou com Elias
após 40 dias de caminhada pelo deserto (1 Reis 19:8-9). A
noroeste deste ponto, encontra-se o monte Safsaafa,  e, logo
abaixo deste pico, encontra-se a planície de ar-Raaha, onde os
israelitas acamparam enquanto Moisés subia à montanha e
onde, depois ergueu o primeiro tabernáculo.

“E Moisés, entrando pelo meio da nuvem, subiu ao monte;


e lá permaneceram quarenta dias e quarenta
noites” (Êxodo 24:18). Uma das histórias mais conhecidas é
o relato do encontro de Moisés com Deus no monte Sinai.
Depois de 80 anos de preparação para a tarefa, Moisés foi
o instrumento usado por Deus para libertar os israelitas da
escravidão no Egito. Como Deus havia prometido para
Abraão 400 anos antes, uma nova nação estava sendo
formada. A constituição dessa nação não seria redigida por
homens e ratificada por um voto popular. A constituição
de Israel foi revelada por Deus pela mão de Moisés.”

RELATOS GEOGRAFICO

Monte Sinai é chega a uma altitude de 2285m (7.497


pés) na montanha perto de monastério de Santa Catarina na
região central do Sinai. Ao lado do Mount St. Catherine (2.629
m / 8.625 pés, que é na realidade o pico mais alto do Sinai
península). Ele este cercado por todos os lados dos cumes mais
altos da cordilheira.

As rochas do Monte Sinai foram formadas na fase


tardia do Escudo Arábico-Nubian. O Monte Sinai mostra um
complexo em forma de anel que consiste em granitos alcalino
com diversos tipos de rocha, incluindo vulcânicas. A gama de
granitos na composição da syenogranite ao granito feldspato
alcalino. As rochas vulcânicas são de alcalinas para
peralkalinas e eles são representados por fluxos dubterrâneos e
erupções subvulcânicânicas pórfiricas. Geralmente, a natureza
das rochas expostas no Monte Sinai indica que eles se
originaram a partir de diferentes profundidades.
III - Arará
Monte Arará (Horebe)
Ficam na Armênia aproximadamente, 5.247
metros de altura.
Lugar onde repousou a Arca de Noé. Genesis 8:4
RELATOS BIBLICOS

A palavra Ararate é citada quatro vezes na Bíblia, todas no Antigo Testamento. A


passagem bíblica mais famosa envolvendo o Ararate está registrada no livro de Gênesis,
e envolve os relatos do Dilúvio que atingiu a Terra no tempo de Noé.

De acordo com o texto bíblico (Gn 8:4), foi nas montanhas do Ararate onde a arca
de Noé repousou após as águas do Dilúvio baixarem. É importante saber que isso não
significa que a arca tenha ficado repousada exatamente sobre um dos dois grandes
picos do Ararate, mas que pode ter ficado encalhada em qualquer lugar naquele
planalto, ou seja, em toda a região que era conhecida como Ararate, incluindo os
dois maiores picos.

Como já foi dito, a Bíblia declara que a arca construída por Noé repousou nas
montanhas de Ararate. Também falamos que tal informação pode indicar que a arca
tenha estacionado na região montanhosa do Ararate e não necessariamente em um dos
dois picos maiores.

Nas últimas décadas muitas expedições arqueológicas se propuseram a explorar


esta região a fim de encontrar vestígios da arca de Noé. Durante este período, muitas
pessoas afirmaram ter encontrado a famosa arca, entretanto nunca foi provado nada de
concreto, ou seja, ninguém conseguiu fornecer qualquer evidência realmente satisfatória
nesse sentido.

Vale dizer que existe uma grande dificuldade de exploração na região, pois por
problemas geopolíticos várias expedições acabam sendo limitadas ou até mesmo
proibidas.

Na verdade as chances de não existir mais nenhum fragmento da arca são bem
maiores do que o contrário. Também existe possibilidade do próprio Noé tê-la
desmontado para utilizar seu material na construção de abrigo ou para qualquer outra
finalidade em sua tarefa de recomeçar novamente a civilização humana após o castigo
divino.
RELATOS GEOGRAFICO
O Ararate é a mais alta montanha da Turquia moderna. Tem dois picos: Grande
Ararate (o pico mais alto da Turquia e de todo o planalto armênio com altitude de
5 137 metros) e o Baixo Ararate (com uma altitude de 3 896 metros).

O Ararate é um estrato vulcão, formado por fluxos de lava e de ejeções piro


clásticas, sem cratera vulcânica. Acima da altura de 4.200 metros, a montanha é
constituída principalmente de rochas ígneas cobertas por uma camada de gelo.
O pico menor (de 3 896 m, Baixo Ararate) levanta-se da mesma base, a sudeste
do pico principal. O planalto de lava se espalha entre os dois pináculos. As bases dessas
duas montanhas é de aproximadamente 1 000 km².
A formação do Ararate é difícil de recuperar geologicamente, mas o tipo
de vulcanismo e a posição do vulcão levantam a ideia de que o isso ocorreu quando
o mar de Tétis fechou durante o período Neógeno, como recentemente ocorreu ao
longo das fronteiras das placas da Euro-Asiática, Africana e Arábica do Cabo de
Gata até o Cáucaso.
Algumas autoridades divulgam uma altitude de 5 165 m para o Monte Ararat.  No
entanto, uma série de outras fontes, tais como o SRTM e o GPS mostram uma medição
de 5 137 m, e que a elevação real pode ser ainda menor devido à espessa camada de
gelo coberto de neve permanente que permanece no topo da montanha. A altura de
5137 m é também apoiada por numerosas cartas topográficas.
Não se sabe quando a última erupção do Monte Ararate ocorreu, não há
observações históricas ou recentes de atividade registrada em grande escala. Acredita-
se que o Ararate foi ativo no terceiro milênio a.C.; sob fluxos piroclásticos, artefatos do
início da Idade do Bronze e restos de corpos humanos foram encontrados.
  Monte Ararate está situado na região leste da Anatólia, Turquia, entre as
províncias de Iğdır e Ağrı, perto da fronteira com o Irã e a Armênia, entre os rios Aras
e Murat. O seu cume fica a cerca de 16 km ao oeste do Irã e 32 km ao sul da fronteira
com a Armênia. O exclave Nakhchivan do Azerbaijão também está nas proximidades
da montanha.
V - Sião
Monte Sião. Local onde o Rei Davi construiu
seu palácio.
II Sm 5:7 , Hb12:22
RELATOS BIBLICOS

O monte Sião é um pequeno monte na zona sul de


Jerusalém, em Israel. Na Bíblia Sião representa Israel e o
povo de Deus.
Sião era um monte com uma fortaleza no sul da cidade de
Jerusalém. Quando o rei Davi conquistou a fortaleza dos
jebuseus, Sião ficou conhecida como a Cidade de Davi (2
Samuel 5:7; 2 Samuel 5:9). 
Sião se tornou no centro político de Jerusalém.
Na Bíblia Sião ganhou um significado simbólico cada vez
maior. Em diferentes partes da Bíblia Sião pode representar:

 O templo – o templo de Salomão foi construído perto


da fortaleza de Sião e essa zona também ficou conhecida como
Sião – Salmos 20:2
 Jerusalém – Sião era o centro político e religioso da
cidade, por isso Sião às vezes é usado como sinônimo de
Jerusalém; a expressão “filha de Sião” significa Jerusalém – 2
Reis 19:21
 Israel – Jerusalém era a capital de Israel e o templo de
Sião era o ponto central da nação – Salmos 149:2
 O Céu e o povo de Deus – Sião era aonde os judeus
iam para estar na presença de Deus; no Céu todos os salvos
estarão sempre na presença de Deus – Hebreus 12:22-23

Sião é importante por causa daquilo que representa


na Bíblia. Era um monte pequeno mas Deus escolheu esse
lugar para a construção de Seu templo. Da mesma forma, Deus
escolhe pessoas que podem não parecer especiais e as torna
templos do Espírito Santo (1 Coríntios 6:19).
A localização de Sião não é especial. O que torna Sião
especial na Bíblia é Deus. Lá Deus falava com Seu povo.
Agora, por causa de Jesus, não precisamos mais ir para Sião
com sacrifícios para ter comunhão com Deus. Podemos estar
com Ele em todos os lugares, porque o Espírito Santo mora
dentro de nós.

RELATOS GEOGRAFICO

Localizado na parte Leste de Jerusalém, o monte Sião


ergue-se ali soberano e altivo. Com aproximadamente 800
metros de altitude, ao nível do Mediterrâneo, é a mais alta
montanha da cidade Santa. Designa-o desta forma o profe¬ta
Joel: "E vós sabereis que eu sou o Senhor vosso Deus, que
habito em Sião, o monte da minha santidade; e Jerusalém será
santidade; estranhos não passarão mais por ela" (Jl 3.17).
O Monte Sião era habitado pelos Jebuseus. Davi,
entretanto, ao assumir o controle político-militar de Israel,
resolveu desalojá-los. A partir de então, aquela singular
elevação passou a ser a capital do Reino de Israel. Em virtude
de sua posição privilegiada, era uma fortaleza natural para a
cidade de Jerusalém.
Mais tarde, ordenou Davi fosse levada a arca da aliança
a Sião. Por causa disso, o monte passou a ser considerado
santo pelos hebreus. Décadas mais tarde, com a remoção da
sagrada urna ao Santo Templo, Sião passou a designar,
também, a área compreendida pela Casa do Senhor. E, não foi
muito difícil a própria Jerusalém ser chamada por esse
abençoado nome.
No Monte Sião encontra-se a sepultura do rei Davi. Em
uma das lombadas dessa memorável área, localiza-se um
cemitério protestante, onde está sepultado o renomado
arqueólogo Sir Flinders Petri.
Após o Exílio Babilônico, os judeus começaram a
identificar-se, com mais intensidade, com a mística Sião. Na
luxuriante e soberba Babilônia, eles lembravam-se desse nome
e derramavam copiosas lágrimas. Nos tempos modernos, foi
criado um movimento, visando à criação do
Estado de Israel, cujo nome é Sionismo. Essa
designação reflete bem o amor dos judeus por sua terra.
A Igreja de Cristo é considerada a Sião Celestial,
repleta de justiça e habitada por homens, mulheres e crianças
comprados pelo sangue do Cordeiro।

V - Carmelo
Monte Carmelo, 581 metros de altura, Local
do debate de Elias e os Profetas de Baal.
Js12:22 - 19:26 , I Rs 18:19-42 , II Rs2:25-4:25 , Am 1:2 , Na
1:4.
RELATOS BIBLICOS

A esta região do Monte Carmelo foi atribuída à tribo de


Aser (Js 19:26).
Monte Carmelo é mais conhecido como o local de
confronto de Elias com os profetas de Baal. Foi aqui que Elias
desafiou em nome de Deus os deuses de Jezabel casada com
Acabe, o local foi bem escolhido por Deus para mostrar a sua
superioridade sobre o deus pagão. Nesta demonstração em que
o clímax está na descida de fogo do céu fogo para queimar o
seu sacrifício ensopados de água (1 Rs 18:19-40). Este evento
provavelmente ocorreu em uma planície anfiteatro perto da
base da montanha, perto do rio Quisom. (O sitio tradicional,
conhecido como El-Muhraqa, "o lugar da queima", está
localizado no topo da montanha acima Jocneão.)
O Quisom que drena a parte ocidental da planície flui a
nordeste, perto da base da montanha, desagua um ribeira na
Baía de Acco. Este fluxo teria sido provavelmente a fonte de
água onde Elias mandou que trouxessem água para regar o
altar e o sacrifício. Ironicamente, este foi também o lugar onde
o profeta matou os profetas de Baal, que levaram a apostasia e
na sequencia da qual Deus havia enviado três anos e meio de
seca.
Do alto da montanha, pode-se olhar para o Mar
Mediterrâneo e observar o céu do noroeste, na direção de onde
a maioria da chuva Israel vem. Persistência de Elias no envio
de seu servo sete vezes a olhar para a chuva foi recompensado
com o anúncio, após esses anos de seca ", eis uma nuvem tão
pequena quanto a mão de um homem está subindo do mar" (1
Reis 43,44).

RELATOS GEOGRAFICO

Monte Carmelo (em hebraico: Karem El = "vinha,


plantação de terra do jardim, ou fruto de Deus"), estende-se
por treze milhas de seu promontório, que se projeta para o Mar
Mediterrâneo, na Baía de Acco. Do Monte Carmelo Jeremias
teve a visão do domínio de Nabucodonosor sobre o Egito e
Israel: "Certamente virá uma que paira acima como Tabor ou
como o Carmelo junto ao mar" (Jr 46:18).
A faixa estende-se umas trinta milhas em direção ao
sudeste, a mais alta elevação tem 1742 pés decrescendo para o
nível do leste planície de Taanaque. A faixa separa a planície
de Sharon, a oeste do (Megiddo) Jezreel Valley no leste.
Apenas três corredores, em Jocneão, Megido e Tanac,
penetram esta barreira natural da Rodovia Internacional
Costeira.
A vista do Monte Carmelo é panorâmica. Pode ver-se a
Serra de Nazaré para o nordeste, Monte Tabor e do outeiro de
Moré para o leste e no sudeste, Gilboa Monte. Abaixo Monte
Carmelo encontra-se uma vasta planície fértil, a planície de
Jezreel.

II - VALES

1 DO JORDÃO
2 DE ACOR
3 DE AIJALOM
4 DE SIDIM
5 DE SIQUEM
A definição encontrada para a palavra
VALE significa: Depressão ou planície
entre montes ou no sopé de um monte,
quase sempre banhada por um rio.
Esta palavra é encontrada na
Bíblia 188 vezes no Velho Testamento
e 1 vez no Novo Testamento.

Os principais vales da Palestina são os


seguintes:
I - Vale do Jordão
 Maior vale da Palestina
 É o vale de maior profundidade do mundo (chega a
cerca de 426 metros abaixo do nível do mar)
 Percorre 215 km em linha reta do Monte Hermom até o
Mar Morto

RELATO GEOGRAFICO
O VALE JORDAO à sombra do monte Hermon,
sempre coberto de neve, com seus 2750 metros de altitude,
nasce o rio Jordão, na confluência de quatro torrentes que
descem das montanhas do Líbano. Perto de suas nascentes
estão as cidades de Dan e, na época do NT, Cesaréia de Filipe
(Baniyas).
Jordão significa aquele que desce ou também lugar onde se
desce (bebedouro). Nome bem adaptado ao maior rio da
Palestina, pois realmente ele nasce acima do nível do
Mediterrâneo, atravessa o lago de Hule, ainda a 80 metros
acima do nível do mar, forma a 16 km ao sul o lago de
Genezaré, que já está a 210 metros abaixo do nível marítimo e
tem sua foz no mar Morto, 110 km abaixo, situado nada menos
que a 390 metros abaixo do nível do Mediterrâneo.
O rio Jordão e o Vale do Jordão são o berço da
civilização mundial e está localizado no centro da Terra Santa
em Israel, entre as Montanhas de Gileade, a Judeia e a
Samaria, segundo os arqueólogos, as primeiras cidades do
mundo civilizado surgiram em suas margens, provavelmente
por causa de sua fertilidade e aparente estabilidade climática
no passado, mesmo sendo uma região rica em atividades
sismológicas e sujeitas a terremotos constantes, isto não
impediu o desenvolvimento dos primeiros vilarejos no final da
pré-história.

Alguns sítios arqueológicos as margens do Jordão são


considerados os primeiros assentamentos em todo mundo, e
entre eles está em destaque a cidade de Jericó com cerca de
11.000 anos ou seja, cerca de 9.000 anos AC.

RELATOS BIBLICOS

É frequentemente citado na Bíblia, tanto no Antigo


Testamento (175 vezes) quanto no Novo Testamento (15
vezes).
Foi olhando o fértil e irrigado vale ao longe, que Abraão e Ló
combinaram a partilha das terras em Gênesis 13. Às margens
do rio Jaboque, um afluente do Jordão, Jacó lutou com um
misterioso homem (um anjo) até que este o abençoasse, em
Gênesis 32, mudando seu nome para Israel (“o que luta com
Deus”, embora outras traduções mostrem “o que luta e vence”
ou “o que reina com Deus”). Mais tarde, os profetas Elias e
Eliseu atuavam em ambas as margens do rio.

Ao fim da peregrinação pelo deserto após saírem do


Egito, os hebreus atravessaram o Jordão, cujas águas pararam
e se abriram (Josué 3.15-17) como no Mar Vermelho e
chegaram à Terra Prometida. O próprio Jesus Cristo foi
batizado em suas águas por seu primo, João Batista. A
passagem pelo rio ganhou vários significados em várias
culturas e suas derivadas por causa desses dois episódios. Para
os judeus, lembra a conquista após longo e árduo caminho.
Na tradição cristã, por exemplo, a expressão “cruzar o
Jordão”, mais comum nos países de língua inglesa, (“crossing
Jordan”) significa vencer a morte, baseada no batismo: o
homem natural anterior morre, renascendo para Deus como
nova criatura.

“Rio que desce”


A palavra Jordão deriva do hebraico yar-dane (“aquele
que desce”, “descendente”). Bastante apropriado, pois suas
quatro nascentes ficam na alta região do Monte Hermon, com
as águas seguindo vale abaixo passando pelo Lago Huleh, pelo
Mar da Galileia (na verdade um grande lago salgado, também
conhecido como Lago Tiberíades), dele seguindo quase em
linha reta por 105 quilômetros até o Mar Morto. Alguns
estudiosos defendem a tradução “lugar em que se desce”
(bebedouro). Com mais de 200 quilômetros de comprimento,
sua maior parte chega a ficar abaixo do nível do mar (até 390
metros) rumo à foz. Ele chega com água doce até o Mar da
Galileia, tornando-se salgado a partir dele, levando ainda mais
sal para o Mar Morto, onde termina. Conforme o trecho, sua
profundidade varia entre 1 e 3 metros, e a largura chega a 30
metros em alguns lugares.

II - Vale de Acor

RELATO GEOGRAFICO
O Vale de Acór é um vale que existe mesmo, em Israel,
nos arredores de Jericó, e é um dos caminhos que dá acesso à
Terra Prometida.
Entre as terras de Benjamim e Judá ao Sul de Jericó
Foi onde ocorreu o apedrejamento de Acã e sua família (Js.
7.24-26), devido a este evento, o local recebeu este nome que
quer dizer "perturbação".

RELATOS BIBLICOS

VALE DE ACOR, VALE DE ESPERANÇA! Acã foi


um israelita que em rebeldia a Deus praticou o pecado do
roubo, então ele e toda sua família, como em um ato de
purificação da congregação, foi apedrejado. O local do
acontecimento ficou marcado para sempre sendo rebatizado de
“O Vale de Acor”. Acor, significa problema. Todos que
passassem por ali apontariam para o “problema, o pecado de
Acã” (Js 7:26). A justiça de Deus, bem como Seu perdão para
aqueles que se arrependem de seus pecados, encontram um
símbolo no Vale de Acor. A ele refere-se a Bíblia três vezes. A
primeira vez, quando Acã foi punido pelo seu pecado e ali,
naquele vale, ele com toda a sua família foram apedrejados a
fim de que a ordem moral de Deus fosse restabelecida (Js
7:20-26). Deparamos com o Vale de Acor pela segunda vez na
Bíblia, quando Isaías o apresenta como lugar de refúgio e
repouso para o gado, símbolo das providências divinas e uma
alegoria da paz e da fartura (Is 65:9, 10). A terceira e última
alusão a esse vale encontra-se na profecia de Oséias (Os 2:14,
15), quando ele recebe de volta, para uma vida nova, a esposa
infiel que o abandonara, mas que o seu amor a salvou.
O Vale de Acor nos recorda:
(1) o pecado, a desobediência e o castigo daqueles que
não deram ouvidos às ordens de Deus;
(2) a perpétua vigilância e cuidado de Deus sobre Seus
filhos;
(3) a bem-aventurança para o pecador que, por mais
fundo que tenha ido, sempre encontrará uma “porta de
esperança” aberta para ele, quando se arrepende.
III - Vale de Aijalom

RELATO GEOGRAFICO
Aijalom (Aijalom também escrito ou Ayalon) era um
lugar na planície de Shephelah na antiga Terra de Israel,
identificado hoje como Yalo ao pé da Bethoron passagem,
uma aldeia árabe estava situada a 13 km (8,1 milhas) a sudeste
de Ramla. Seu nome é em hebraico que dizer "lugar de
gazelas".

O lugar foi o local de várias batalhas entre os invasores


e os nativos. No Tell el-Amarna foram encontradas letras com
escritos durante os últimos doze anos do faraó Akhenaton e no
primeiro ano de reinado de Tutancâmon (século 14 aC),
Adoni-zedek falou da destruição da "cidade de Aijalom" pelos
invasores, e descreve -se como \ “aflito, muito aflito\" pelas
calamidades que vieram sobre a terra, exortando o rei do Egito
para apressar a sua ajuda.

Este evento pode ter sido ligado a um ataque dos


amorreus, antes da chegada dos israelitas sob Josué. Mas
desde que o vale se estende até o oeste como a um ponto a
meio caminho entre Sha\'alvim e Latrun, a cidade referenciada
nestas cartas podem ter sido qualquer acordo no vale.

RELATOS BIBLICOS

O Vale de Aijalom foi mencionado pela primeira vez


no Livro de Josué como onde Josué derrotou cinco amorreus
reis. Após a sua meia-noite marcha para resgatar a cidade de
Gibeão da coalizão liderada pelo Rei de Jebus (Jerusalém),
Joshua prosseguiu a coligação para o leste, para baixo através
da descida de Bete-Horom, e depois para o sul através do vale
de Aijalom. Para permitir que os israelitas para completar o
percurso antes do anoitecer, Josué pediu ao Senhor para
alongar o dia proferindo o comando: "Sol, fique tu ainda sobre
Gibeão, e tu, lua, no vale de Aijalom". Josué 10:11 - 14 dizem
que "O sol parou no meio do céu e atrasou por quase um dia
inteiro. Nunca houve um dia como se antes ou depois...”.

Tem sido especulado que estes poderiam ter sido os


dois eclipses no início do reinado Joshua. O primeiro foi um
eclipse lunar, logo acima do vale de Aijalom e horizonte
acidentado ocidental, a lua ainda estava eclipsado ao atingir o
horizonte, a sua média cerca de uma hora antes do nascer do
sol em 22 de dezembro de 1471 AC, com uma magnitude de
1.28 ou 128%.

IV - Vale de Sidim

RELATO GEOGRAFICO
 Localizada na região onde se localizava as cidades de
Sodoma e Gomorra
 Local de uma grande batalha envolvendo nove reinos
(Gn 14.1-11)
 Tudo indica que nos dias de Ló este vale era uma
região bastante produtiva e verdejante (Gn 13.10-13)

Vale das grandes planícies, "que é o mar salgado"


(Gênesis 14:3, 8, 10), entre En-Gedi e as cidades da planície,
ao extremo sul do Mar morto. Ele era "cheio de poços de
betume" (R.V., "poços de betume"). Neste lugar,
Quedorlaomer e os reis confederados derrubaram os reis de
Sodoma e as cidades da planície na Batalha do Vale de Sidim.
Deus posteriormente, por conta da maldade, de Sodoma e
Gomorra as destruiu segundo relato biblico. "destruiu essas
cidades e toda a planície e todos os habitantes das cidades" e
da fumaça de sua destruição "subiu como fumaça de uma
fornalha" (Gênesis 19:24-28), e era visível de Manre, onde
Abraão habitou.

No entanto, alguns alegam que as "cidades da planície"


ficavam em algum lugar ao norte do Mar Morto. (Ver
Sodoma)

RELATOS BIBLICOS
Sodoma e Gomorra são, de acordo com a Bíblia
judaico-cristã, duas cidades que teriam sido destruídas por
Deus com fogo e enxofre descido do céu. Segundo o relato
bíblico, as cidades e os seus habitantes foram destruídos por
Deus devido à prática de atos imorais. “Então o Senhor fez
chover enxofre e fogo, dos céus, sobre Sodoma e Gomorra; E
destruiu aquelas cidades e toda aquela campina, e todos os
moradores daquelas cidades, e o que nascia da terra.” GN
19:24-25

Na verdade, eram cinco cidades-estados localizadas no


Vale de Sidim, próximas ao Mar Morto, cujos nomes eram:
Sodoma, Gomorra, Admá, Zebolim e Zoar. O Vale de Sidim
(Vale dos Campos) era descrito como um lugar paradisíaco.
As quatro cidades anteriores foram destruídas e Zoar
sobreviveu ao desastre. E segundo a bíblia, o motivo da
destruição das cidades de Sodoma e Gomorra foram a
perversidade de seus habitantes, a imoralidade e a
desobediência ao Senhor.

V - Vale de Siquém
RELATO GEOGRAFICO
A cidade de Siquém faz parte da história do povo da
Bíblia de uma maneira muito peculiar, e porque não dizer:
muito importante. Grandes personagens bíblicos transitaram
em suas “andanças” por esta cidade.

A antiga Siquém, em aramaico sicara, ou a atual aldeia


de Askar, fica aos pés do monte Ebal, a uns mil metros do
“poço de Jacó”. Situada a 65 km ao norte de Jerusalém, está a
leste do Rio Jordão e a Oeste do Mar Mediterrâneo. Possui
uma temperatura média anual em torno de 24º C. Estava
situada num planalto entre os montes Ebal e Garizim.

RELATOS BIBLICOS
Siquém aparece inúmeras vezes nos relatos bíblicos.
Foi rota de passagem de Patriarcas, foi ponto de reunião das
tribos, foi lugar de cisma entre os judeus, separação dos
Reinos do norte e do Sul. Vejamos algumas passagens escritas
que retratam a Siquém bíblica.
Abraão Quando diz para Abrão “Sai da tua terra” (Gn
12, 1), com todas as promessas a casa dele, é em Siquém que
Abrão ergue um altar e ali ouve de: “é à tua posteridade que eu
darei esta terra” (12 6-7). Jacó também fez uma viagem e, no
caminho, já próximo a Siquém, tendo lutado “contra” Deus,
recebeu o nome de Israel. Chegando a Siquém, Jacó adquiriu
seus direitos (Gn 33, 18-20). E em Siquém ergueu um altar
para El, Deus de Israel. José do Egito outro episódio bíblico
que chama a atenção para a importância de Siquém para o
povo israelita, é que foi nesta localidade que os ossos de José
foram depositados. Acompanhemos o relato conforme Js 24,
32: “Os ossos de José, que os filhos de Israel trouxeram do
Egito, foram sepultados em Siquém, na parte do campo que
Jacó havia comprado dos filhos de Hemor, pai de Siquém, por
cem peças de prata e que veio a ser propriedade dos filhos de
José.” Jesus é na região de Siquém que a comunidade Joanina
narra uma das mais belas passagens da vida de Jesus: um
encontro entre dois povos ali representados: Samaritanos e
Judeus. Jesus e a samaritana (Jo 4, 1-28).

Conclusão

Conforme pudemos observar, Siquém teve seu lugar de


importância no tempo de formação da Bíblia e do povo
hebreu. Nos dias atuais, a antiga Siquém é agora lugar
de conflitos. O túmulo onde se acredita estarem os
ossos de José do Egito foi depredado por árabes em
outubro de 2000. Somente em 2007 os judeus puderam
voltar ao monumento, e tentam restaurá-lo desde então.

CONCLUSÃO

Ao analisar algumas
passagens da Bíblia, vi muitos
relatos onde estas foram
escritas, mostrando que a
geografia dos países, nos dá
uma linha de raciocínio a
modo claro para sua
interpretação.
O estudo da geografia
bíblica dos Vales e Montes da
Palestina esclarece muitos
fatos e ensinos constantes das
Escrituras.
O ensino da Bíblia torna-se
objetivo e de fácil
comunicação quando podemos
apontar, mostrar e descrever os
locais onde os fatos se
desenrolaram.
BIBLIOGRAFIA

http://complementobiblico.blogspot.com.br/2013/06/
montanhas-da-biblia.html
http://www.spoessgospel.com.br/2017/01/geografia-
biblica-teologia-2598-monte.html
http://galeriabiblica.blogspot.com.br/2012/03/o-
monte-carmelo.html
https://www.cafetorah.com/arqueologia-biblica-nos-
passos-de-josue-o-vale-de-ayalon-aijalom/
http://geografia-
biblica.blogspot.com.br/2008/02/geografia-da-
palestina-vales.html
http://www.abiblia.org/ver.php
https://pt.wikipedia.org/wiki/Vale_de_Sidim

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