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456 FONTE TRANSBORDANTE

Este hino é o testemunho impactante de um homem que experimentou a graça salvadora de


Jesus. O nome dele é Fredrik Arvid Blom, que mesmo tendo nascido em um lar luterano, não
conhecia Jesus. Ele tornou-se marinheiro e quando migrou para os Estados Unidos, em 1890,
aceitou a Cristo, por meio do evangelismo feito pelo Exército da Salvação de Chicago, no
estado de Illions. Neste grupo, ele conheceu sua esposa, e logo depois, casaram-se, mas dois
anos após ela morreria.

Com a morte dela, ele deixou o Exército da Salvação, mesmo sendo já um oficial e foi estudar
Teologia em Chicago. Passou a congregar na Missão do Pacto, hoje conhecida como Igreja
Evangélica do Pacto. E em 1905, foi ordenado a pastor. Três anos depois, Blom casaria com
Hanna Maria Lindstrom.

Quando tudo parecia estar bem, Blom começou a se esfriar na fé e também se envolveu com
militantes do Partido Comunista dos Estados Unidos. Por influencia desses colegas,
abandonou o pastorado, se desviou da fé e passou a beber. Também se envolveu com coisas
erradas e foi parar na prisão.

“Eu me afastei de Deus e tornei-me amargurado comigo mesmo e com o mundo, e, não menos
importante, com meus colegas ministros, que olharam para mim com suspeita porque eu era
membro do Partido Comunista”, contava Blom. Sua esposa ainda conseguiria, pela Justiça
americana, dissolver o casamento e ficar com a guarda das filhas Viola e Ruth, ainda muito
pequenas. Lá na prisão, sozinho e arrependido de seus erros, Blom buscou a Deus e
encontrou o caudal do Seu amor mais uma vez, aquela “fonte transbordante, mais profunda
que o mar”, sobre a qual escreveria. Ele ficou preso por alguns meses, saindo da prisão em
1917 e recebendo o apoio de seus antigos irmãos em Cristo do Exército da Salvação, que o
ajudaram a abandonar o vício do álcool. No mesmo ano, ele escreveu o hino He The Pearly
Gates Will Open (“Ele os Portões Celestiais Abrirá”), o nosso A Fonte Transbordante, que fala
de como Deus lhe abriu a Sua porta e o reconciliou”. (Daniel, p. 69-70)

578 SOSSEGAI
Este hino nasceu após duas tragédias que aconteceram com a família da jovem Mary Ann
Baker, a compositora de Master, Th e Tempest is Raging, conhecido no Brasil como “Mestre,
o Mar se Revolta” ou “Sossegai”.

A jovem nasceu em Loami, Illinois (EUA), em 27 de dezembro de 1831. Sua família (pais e
irmãos) eram cristãos da Igreja Batista. Tinham poucas condições financeiras, mas era uma
família muito feliz e unida. A primeira tragédia foi a morte dos pais de Mary, que tinham
tuberculose. Os três irmãos órfãos foram viver sozinhos, cada um buscando um emprego, mas
firmes com Jesus.

E como se não bastasse, veio outra tragédia, o irmão também teve tuberculose. Mary e sua
irmã tentaram salvá-lo enviando para outro estado, mas não resistiu. Com ajuda, ela e a irmã
conseguiram trazer o corpo do irmão para ser enterrado.
“Foi logo depois dessa experiência triste e avassaladora, que o professor Horatio Richmond
Palmer, da Igreja Batista onde congregavam, solicitou a Mary que preparasse alguns hinos
para serem cantados nos domingos pela manhã, na Escola Bíblica Dominical. A proposta,
segundo Palmer, era que os hinos escolhidos fizessem referência aos temas das lições da
Escola Bíblica daquela semana. Conta Mary, conforme registro de Rufin, que seu coração foi
tocado por Deus quando viu que uma das lições tinha por tema “Cristo Acalmando a
Tempestade”. Diz ela que, ao ler o conteúdo da lição, percebeu que “essa lição expressava
tão vividamente a minha experiência, que esse hino [Master, The Tempest is Raging] foi o
resultado”. Ao mostrar ao professor Palmer a poesia que fizera sobre o tema daquela lição e
baseado na sua experiência de quase “naufrágio”, ele não apenas ficou maravilhado com a
letra como, imediatamente, compôs a música para o hino.” (p.65)

GLORIOSA E BEM AVENTURANÇAS


Frida Vingren, (09/06/1891-30/09/1940), enfermeira, suéca, casou-se com Gunnar Vingren,
missionário sueco, que veio com Daniel Berg, para o Brasil, a fim de realizarem um trabalho
missionário pioneiro evangelístico de implantação da Igreja Assembleia de Deus no Brasil.
Frida Vingren era musicista; tocava órgão e violão. Além de pregar e ensinar muito bem a
palavra de Deus.
Foi redatora dos primeiros jornais da Assembleia de Deus.
Ela realizou muito mais na literatura evangélica, escrevendo 20 reportagens, escreveu 48
artigos evangélicos e doutrinários para a Igreja Assembleia de Deus nos seus primeiros anos.
Frida sonhava publicar seus livros, mas não conseguiu.
Frida foi ordenada bibelkvina (ensinadora de Bíblia, na Suécia) e foi, com muito empenho,
comentarista da revista para a Escola Dominical.
Frida também tinha o dom de compor hinos maravilhosos.
Ela é a segunda maior compositora dos hinos da harpa cristã, com cerca de vinte e três hinos.
Naquela época, Frida foi considerada uma revolucionária, por ser mulher e intelectual. Mas,
não havia como deter uma mulher com um perfil tão ousado, pujante e com tantos dons.
Na verdade, Frida viveu muito além do seu tempo, tendo ideias inovadoras, fazendo a
diferença em tudo que realizava em prol do melhor para a a obra de Deus, estando sempre
pronta e muito disposta para realizar o que viesse às suas mãos para fazer.
Frida era valente, sempre disponível, ao lado de seu esposo, ajudando-o em tudo, para ganhar
mais e mais almas para o Senhor; expandindo assim o evangelho de Cristo Jesus no Brasil.
Frida e Gunnar viveram muitas lutas, enfermidades e dificuldades, para apregoarem o
evangelho de Cristo no Brasil.
Frida era incansável na obra de Deus
Houve uma adversidade, na vida de Gunnar e Frida, em que sua filha caçula, Gunnvor, ficou
muito enferma, quando ele estava em Maceió, pregando o evangelho.
Sem recursos financeiros para cuidar de sua filha, ela veio a falecer.
Foi um momento muito difícil e desesperador para a família Vingren.
O Miss. Gunnar Vingren ficou arrasado, porque foi impedido de sepultar sua filha, por não ser
católico e a ordem de paganismo da criança liderou tudo isso.
E aí, ele sepultou sua filha num lugar pequeno no interior de Alagoas.
Diante do abatimento e tristeza de seu esposo, a Miss. Frida Vingren, vendo que ele queria
desistir de tudo, compôs o hino 126, da harpa cristã, intitulado "Bem-aventurança do crente",
numa inspiração simplesmente linda, onde o Senhor trouxe o consolo, o ânimo e o alento para
ambos.
E assim, eles puderam continuar a sua caminhada missionária no Brasil.

126 bem aventuranças


Passados alguns anos depois do estabelecimento da Igreja no Rio, a família Vingren vai a
Alagoas apoiar o trabalho que ali era recém iniciado e sua pequenina filha, Gunvor, adoece e
vem a falecer; o sepultamento foi impedido de se realizar no cemitério da cidade, pelo padre
local que alegava ser a criança "pagã".
Além da dor da perda, mais este gesto de ingratidão de um povo ao qual devotavam sua vida,
saúde e agora um pedaço de si mesmos - sua querida filhinha - que acabou sepultada a uma
longa distãncia da cidade.
Vingren abatido pela enfermidade, fruto das inúmeras vezes que foi acometido da terrível
malária quando pastor em Belém e em suas viagens pela região norte, tranca-se no quarto
em oração e lágrimas, quando começa a ouvir mais uma vez dos lábios de sua querida esposa
a mais recente tradução de um clássico evangélico - o hino 126 da Harpa Cristã - que nas
estrofes finais diz:

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