Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
TEXTO ÁUREO
“ Santificai um jejum, apregoai um dia de proibição, congregai os Anciãos e todos os moradores
desta terra, na casa do senhor, vosso Deus, e clamai ao Senhor” Joel 1.14
VERDADE APLICADA
O avivamento bíblico é precedido de arrependimento Genuíno, quebrantamento e oração
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Apresentar o cenário da mensagem do profeta Joel
Destacar a mensagem do profeta Joel
Ressaltar lições do profeta Joel para os dias de hoje
TEXTOS DE REFERÊNCIA
JOEL 2
27 E vós sabereis que eu estou no meio de Israel e que eu sou o Senhor, vosso Deus, e ninguém
mais; e o meu povo não será envergonhado para sempre. 28- E há de ser que, depois, derramarei
o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos
terão sonhos, os vossos mancebos terão visões. 29- E também sobre os servos e sobre as
servas, naqueles dias, derramarei o meu Espírito. 32- E há de ser que todo aquele que invocar o
nome do Senhor será salvo, porque no monte Sião e em Jerusalém haverá livramento, assim
como o Senhor tem dito, e nos restantes que o Senhor chamar.
INTRODUÇÃO
O arrependimento sincero e a mudança de vida são a base da genuína espiritualidade. No livro do
profeta Joel encontra-se esse chamado e, por isso, ele é conhecido como o profeta do
avivamento.
o O profeta Joel é perturbadoramente atual e revela que o pecado atrai o inevitável juízo
divino, mas o arrependimento a misericórdia e o perdão de Deus.
o A pelo menos 12 homens com esse nome. E só sabemos acerca de Joel por causa do
nome de seu pai.
o Vivia numa cultura cercada pelo politeísmo – E o nome de Joel fala da singularidade de
Deus – O Senhor é Deus. O nome dele já é uma mensagem que só há um Deus. E que
Deus é soberano SENHOR. No novo testamento Cristo é apresentado 610 vezes como
Senhor e 16 vezes como Salvador
o Joel apresenta um profundo conhecimento em relação ao templo, sabia bem sobre as
liturgias, culto, rituais. Provavelmente vinha de uma família sacerdotal.
o Joel é considerado O João Batista do Antigo Testamento. Pregava arrependimento e
batismo com o Espírito Santo
o Periodo Rei Joás – Devido a apresentação de sacerdote e não dos reis como os outros
livros. Sacerdote Joiada que era o que tutelava Joás. Ano 835 a.C
o Em 1915 houve uma invasão de gafanhotos na palestina com cerca de 20 bilhões de
insetos
1º parte juízo – vai até 2.17 – descrição dos gafanhotos, o chamado ao arrependimento
2º parte salvação – 2.18 – a resposta de Deus quanto a obediência. Retorno a benção de Deus.
1.1. Conhecendo um pouco mais o profeta. O nome Joel significa “o Senhor é Deus”. Assim
como outros, não há uma biografia nos textos bíblicos sobre o profeta. Ele era filho de Petuel [J1
1.1]. O Evangelista Valdilon Ferreira (Revista Betel Dominical, 2° Trimestre/1994, p.10) cita em
seu comentário a possibilidade de Joel ter atuado a partir do tempo do rei Joás [2Rs 12]. Apesar
da escassez de informações sobre Joel, no Novo Testamento o apóstolo Pedro faz uma
referência à profecia dele, ratificando assim seu ministério [At 2.16-17].
Bispo Oídes José do Carmo (Revista Betel Dominical – 2° Trimestre de 2008, p. 4): “Existem
muitas suposições sobre a data em que foi escrito o livro do profeta Joel. A data sugerida por esta
revista (825-770 a.C.) justifica-se nas acusações que o profeta faz aos fenícios [Jl 3.4] ao Egito e
a Edom [Jl 3.19], já que estas poderiam referir-se a invasão de Judá por Sisaque, rei do Egito [IRs
14.25] e a revolta dos edomitas no reinado de Jorão [2Rs 8.20-22], Joel não faz referência aos
assírios nem aos babilônios, o que indica que seu ministério se deu antes da ascensão daquelas
potências mundiais. A mensagem de Joel mostra que ele viveu num tempo anterior à grande
apostasia de Judá e é possível que tenha vivido desde os dias do rei Joás até aos dias de Uzias,
nos primeiros anos dos profetas Oséias e Amós.”
1.2. A invasão dos gafanhotos. Nos dias de Joel, aconteceu grande destruição por uma praga
de gafanhotos que devastou toda a plantação, deixando o povo na fome, miséria e seca. O
gafanhoto é um inseto saltador que se alimenta de vegetais. Ele passa por quatro fases em sua
vida, que são relatadas distintamente em Joel 1.4, como se fossem quatro tipos diferentes de
gafanhotos: o cortador, o migrador, o devorador e o destruidor.
Adilson Faria Soares (Lições Bíblicas, CPAD, 2° Trimestre de 1993, p. 8): “A praga das
locustas contra Israel foi fato real, e acontecimentos semelhantes eram comuns, ocasionados
pelos enxames de milhões de gafanhotos que emigravam da Arábia para a Palestina, levados
pelo vento do deserto. A destruição foi tão grande que o profeta chama a atenção dos anciãos [Jl
1.2], os quais pela vivência dos anos podem recorrer à memória e responder-lhe [Dt 32.7; Jó
32.7], Embora a resposta esteja implícita, ele concita os anciãos a admoestarem o povo sobre a
severidade do castigo, incitando-o a temer a Deus [SI 76.6- 8; Êx 13.8; Js4.7].”
2- A MENSAGEM DE JOEL
A singularidade da mensagem do profeta é que ela se origina de uma experiência do cotidiano, ou
seja, a contemplação de uma praga de gafanhotos. Sua mensagem se destinava tanto à liderança
quanto aos moradores da terra. Todos estavam sendo alertados e chamados pelo Senhor ao
arrependimento, jejum , à conversão e à contrição.
2.1. O alerta do profeta. Na cultura daquele tempo, qualquer sinal de desordem na natureza era
entendido como castigo de Deus: inundações, gafanhotos, granizos, eclipses, secas etc. Esses
sinais provocavam reflexões e um convite para um ajuste naquilo que desagradava ao Senhor.
Nos dois primeiros capítulos do livro de Joel, percebe-se um cântico triste. Apesar disso Joel
descreve que o país: “Lamenta como a virgem que está cingida de saco pelo marido da sua
mocidade.” [J1.18]. Tal é a tristeza que: “todas as árvores do campo se secaram, e a alegria se
secou entre os filhos dos homens” [Jl 1.12]. Mas, em seguida, faz um apelo à conversão. Será
que, ao olhar para o país devastado, aquele povo vai reconhecer que precisa se voltar para o
Senhor?
Warren W. Wiersbe: “Joel dirige-se a diversos grupos distintos de pessoas quando descreve a
terrível praga e suas consequências devastadoras. (…) Depois, fala com os adoradores [Jl 1.8-
10], que têm de ir ao templo de mãos vazias, porque não há sacrifícios para ofertar. Ele dirige-se
aos lavradores [Jl 1.11-12], que uivam porque suas colheitas estão arruinadas. Por fim, Joel vira-
se para os sacerdotes [Jl 1.13-14] e diz-lhes que jejuem e orem. Aqui chegamos ao cerne da
questão, pois Deus estava punindo a nação por causa do pecado. Contanto que o povo lhe
obedeça, Ele enviará a chuva e a colheita, mas, se lhe der as costas, Ele fará com que os céus
sejam como bronze e destruirá as colheitas.”
2.2. Esperança em meio à catástrofe. A segunda parte do livro do profeta Joel é uma
mensagem de esperança: o derramamento do Espírito Santo. Depois de toda aquela desolação, a
consolação do Senhor chegará. O Novo Testamento ratifica estes versículos ao se referir ao
Pentecostes [At 2.16-21].E a presença e ação do Espírito resulta em profecias, sonhos, visões –
modos próprios do agir de Deus no Antigo Testamento.
Comentário Beacon: “Vemos que as maiores bênçãos colocadas diante do povo de Deus são:
1) O derramamento do Espírito de Deus sobre toda a carne; 2) O julgamento das nações; e
3) A glorificação do povo de Deus. Estas características não são mantidas estritamente em
separado, mas, mesmo assim, são indicadas com clareza e relacionadas de perto umas com as
outras. Os estudantes do Novo Testamento reconhecem com facilidade os versículos 28 a 32 por
ser a promessa gloriosa citada por Pedro no Dia de Pentecostes, quando este a identificou por “é
o que foi dito pelo profeta Joel” [At 2.16-21].”
2.3. O fruto do arrependimento. O arrependimento sincero move o coração de Deus para mudar
o quadro de tristeza, que veio em consequência do erro, em alegria [SI 51.17], Em Joel, Deus se
compadece e promete alívio sobre a nação. O Senhor teve misericórdia do Seu povo e para
honrá-lo mostra o seu zelo: “Eis que vos envio o trigo, e o mosto, e o óleo, e deles sereis fartos, e
vos não entregarei mais ao opróbrio entre as nações.” [Jl 2.19], O Senhor restauraria as colheitas
devoradas pelos gafanhotos e o povo seria suprido em suas necessidades básicas. Isso os
levaria a reconhecer a soberania e o poder de Deus, e todos saberiam que Deus estava no meio
do povo de Israel [Jl 2.21-22, 25, 27].
O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento: “Deus não fica satisfeito com o
arrependimento da boca para fora. Rasgar as próprias vestes era um costume que expressava
grande luto ou remorso [Js 7.6; 1Sm 4.12]. Mas, como todo ato externamente visível, podia-se
rasgar as vestes sem tristeza nem arrependimento verdadeiros. Deus queria mais do que simples
palavras ou atos exteriores; Ele queria que o coração do povo mudasse e que se entristecesse ao
pecar.”
3.1. Arrependimento genuíno. Ao contemplar aquele cenário de destruição, Joel admoesta aos
seus compatriotas a buscar a santificação, o quebrantamento e maior submissão ao Senhor:
“Santificai um jejum , apregoai um dia de proibição, congregai os anciãos e todos os moradores
desta terra, na casa do Senhor, vosso Deus, e clamai ao Senhor.” [J1 1.14]. Tais palavras ainda
hoje ecoam no coração daqueles que, sensíveis à voz de Deus, anseiam por Sua manifestação,
destruindo o mal causado pelo pecado dos homens.
Comentário Bíblico Moody: “O profeta visualiza uma praga ainda mais terrível que está por vir.
Em termos altamente poéticos ele descreve os enxames de gafanhotos como se fossem um
exército hostil, vindo como o exército do Senhor para julgamento [Jl 2.1 -11 ]. Mas a porta da
misericórdia, ele diz, ainda está entreaberta! Se o povo se voltar para o seu Deus com coração
contrito, a calamidade pode ser evitada [Jl 2.12-14]. O profeta convoca toda a comunidade para
uma reunião de oração e jejum na casa do Senhor [Jl 2.15-17].”
3.2. Santificação urgente. A falta de santidade emperra, amarra e desacredita a Igreja. Quando
o povo de Deus despreza a santidade e passa a amar o mundo, se torna o maior impedimento
para a ação de Deus na história. Nada pior do que uma pessoa que se diz cristão viver uma vida
mundana e compactuada com o pecado. A falta de santidade tem sido um grande impedimento
para um avivamento. A Palavra de Deus é clara: “E rasgai o vosso coração, e não os vossos
vestidos, e convertei-vos ao Senhor, vosso Deus; porque ele é misericordioso, e compassivo, e
tardio em irar-se, e grande em beneficência, e se arrepende do mal.” [Jl 2.13].
CONCLUSÃO
Apesar do atual cenário da sociedade pós-moderna, a Igreja deve continuar firme em Seu
propósito pregando o Evangelho que confronta os homens com seus pecados e anunciando a
esperança que há em Jesus.