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Escola Bíblica Dominical

Professor: Pastor Rosalvo Martins


TEXTO ÁUREO

“Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão
escritas; porque o tempo está próximo.” (Ap 1.3).
VERDADE PRÁTICA

As profecias são mensagens que expressam a soberana vontade do Senhor. Elas servem para alertar o povo
de Deus, produzindo esperança e confiança nas promessas divinas.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Jeremias 1.4-10; Joel 1.1-3; Apocalipse 1.1-3.

Jeremias 1

4 — Assim veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:

5 — Antes que te formasse no ventre, eu te conheci; e, antes que saísses da madre, te santifiquei e às nações te dei por profeta.

6 — Então disse eu: Ah, Senhor JEOVÁ! Eis que não sei falar; porque sou uma criança.

7 — Mas o Senhor me disse: Não digas: Eu sou uma criança; porque, aonde quer que eu te enviar, irás; e tudo quanto te mandar dirás.

8 — Não temas diante deles, porque eu sou contigo para te livrar, diz o Senhor.

9 — E estendeu o Senhor a mão, tocou-me na boca e disse-me o Senhor: Eis que ponho as minhas palavras na tua boca;

10 — Olha, ponho-te neste dia sobre as nações e sobre os reinos, para arrancares, e para derribares, e para destruíres, e para arruinares; e para edificares e para plantares.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Joel 1

1 — Palavra do SENHOR que foi dirigida a Joel, filho de Petuel.

2 — Ouvi isto, vós, anciãos, e escutai, todos os moradores da terra: Aconteceu isto em vossos dias? Ou também nos dias de vossos pais?

3 — Fazei sobre isto uma narração a vossos filhos, e vossos filhos, a seus filhos, e os filhos destes, à outra geração.

Apocalipse 1

1 — Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu, para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e pelo seu anjo as enviou, e as

notificou a João seu, servo,

2 — O qual testificou da palavra de Deus, e do testemunho de Jesus Cristo, e de tudo o que tem visto.

3 — Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo.
INTRODUÇÃO

Os livros proféticos do Antigo Testamento se dividem em “Profetas Maiores” e “Profetas Menores”.

A designação serve para diferenciar o tamanho dos livros e não o grau de importância de seus autores.

Os Profetas Maiores são Isaías, Jeremias, Lamentações, Ezequiel e Daniel. Já os outros doze, de

Oseias a Malaquias, são os Profetas Menores.

No Novo Testamento apenas o livro de Apocalipse é classificado como profético. A mensagem

desses livros desperta e, ao mesmo tempo, produz esperança para o povo de Deus.
I. OS PROFETAS MAIORES

1. Os profetas e a profecia. A palavra grega prophetes significa proclamador e intérprete da revelação divina.
No hebraico, a palavra frequentemente usada é nãbi, como sendo aquele que declara uma mensagem em
nome de Deus. Os profetas tinham acesso à presença dos reis, ofereciam-lhes assessoramento e, quando
necessário, até censuravam os seus atos (Is 37.5-7; 2Sm 12.7ss). O Dicionário Vine atesta que o termo grego
para profecia é propheteia que significa “descrição antecipada da vontade de Deus, quer com referência ao
passado, quer do presente ou futuro” (Gn 20.7; Ap 1.19). A Bíblia registra que Deus falou muitas vezes e de
várias maneiras por meio dos profetas (Hb 1.1).
2. Os profetas Isaías e Jeremias. Isaías e Jeremias profetizaram no reino de Judá. Isaías denunciou a
rebeldia do povo, e apontou o cativeiro como juízo divino (Is 5.13). Predisse o retorno de Judá do exílio (Is
48.20), e profetizou a respeito de Cristo, tal como seu nascimento de uma virgem (Is 7.14); sua descendência
de Davi (Is 11.1); e seu ministério libertador (Is 61.1,2). Jeremias, igualmente vaticinou a queda de Judá por
causa do pecado (Jr 1.16), anunciou a restauração do remanescente (Jr 50.19,20) e a chegada de Cristo
como um Renovo de justiça (Jr 33.15). Nas Lamentações, temos o registro do clamor de Judá pelo perdão
divino (Lm 1.2; 5.1). Ambos os profetas anunciaram despertamento e esperança.
3. Os profetas Ezequiel e Daniel. Ezequiel e Daniel profetizaram na Babilônia. Judá estava no exílio e tinha o
coração obstinado (Ez 2.4). Ezequiel foi levantado para os admoestar no cativeiro (Ez 2.3), lembrar de que a
restauração requeria arrependimento (Ez 3.20,21), e prenunciou a Cristo como pastor e rei (Ez 34.23,24).
Daniel também foi para o exílio, porém, como um dos oficiais da corte (Dn 5.29). Ele entendeu que o cativeiro
duraria 70 anos (Dn 9.2), e passou a clamar por misericórdia (Dn 9.19). Como resposta, Deus lhe revelou o
tempo da restauração da nação, a vinda de Cristo, o advento do Anticristo e o Julgamento Final (Dn 9.24-27).
Essas profecias despertaram a esperança de reconciliação com Deus.
II. OS PROFETAS MENORES

1. Os profetas do Reino do Norte. Dois profetas menores profetizaram para Israel: Amós e Oseias. Amós
profetizou quando Israel vivia grande prosperidade (Am 6.1). Contudo, Deus reprovava as ações do povo, tais
como: suborno, corrupção e injustiça (Am 2.6-8; 5.11). Em razão disso, Amós vaticinou o cativeiro como
julgamento (Am 6.7). Oseias condenou a infidelidade de Israel, que como uma meretriz, traiu e abandonou o
Senhor para seguir o caminho da idolatria, da luxúria, do homicídio, do roubo e da opressão (Os 1.2; 4.10; 5.2;
7.1; 12.7). Como consequência, a nação foi conduzida ao cativeiro pela Assíria (Os 9.3). Apesar dos erros,
ambos os profetas anunciaram que Deus prometeu restaurar o povo (Am 9.14; Os 14.4).
2. Os profetas Pré-exílio. Os profetas de Judá Pré-exílio são quatro: Joel, que pregou o arrependimento (Jl
2.12), e profetizou o derramamento do Espírito Santo (Jl 2.28); Miqueias, que denunciou a falsa
espiritualidade (Mq 2.11; 3.11), anunciou a destruição de Jerusalém, o cativeiro babilônico, e a restauração de
Judá (Mq 3.12; 4.10); Habacuque, que reclamou da violência, do litígio e da sentença distorcida (Hc 1.1-4),
vaticinou que Deus usaria os babilônios para punir a nação (Hc 1.6); Sofonias, que apontou os pecados dos
príncipes, a destruição no grande “Dia do Senhor” (Sf 1.4,8,14), e a restauração do remanescente (Sf 3.13).
Todas as profecias abordam o juízo, mas enfatizam a misericórdia divina em prover o livramento.
3. Os profetas Pós-exílio. Os profetas de Judá Pós-exílio são três: Ageu, que persuadiu o povo a reconstruir o
Templo (Ag 1.2-6), e Deus prometeu prover os recursos da construção (Ag 2.8), e assegurou que a glória
dessa casa seria maior do que a da primeira (Ag 2.9); Zacarias, que animou o povo e Zorobabel a concluírem
o Templo, com a mensagem “não por força nem por violência, mas pelo meu Espírito” (Zc 4.6), e anunciou a
vinda do Messias, como o renovo do Senhor (Zc 3.8); Malaquias, que repreendeu o desleixo dos sacerdotes
(Ml 1.7,8), os pecados do povo (Ml 3.5), e a negligência com os dízimos e ofertas (Ml 3.8,9). O livro encerra o
cânon do Antigo Testamento e conclui com a promessa de que o Dia do Senhor está vindo (Ml 4.5,6).
4. Os demais profetas. O profeta Jonas foi enviado para pregar em Nínive, a capital da Assíria (Jn 1.2). A
mensagem era de destruição por causa da maldade do povo (Jn 3.4). Porém, a nação se converteu, e Deus
cancelou o juízo sobre ela (Jn 3.8-10). Contudo, 150 anos depois, Naum profetizou a condenação de Nínive
(Na 1.1,9). Os Assírios foram destruídos pela insistência em praticar a crueldade (Na 3.1-4). Obadias
denunciou a soberba dos Edomitas (Ob 1.1-3). Eles eram descendentes de Esaú e praticavam violência contra
Judá (Ob 1.8-11). Por essa razão, Deus os condenava à destruição (Ob 1.15,16), enquanto Judá seria
restaurada (Ob 1.17).
III. O LIVRO DO APOCALIPSE

1. Autoria, propósito e destinatários. O Dicionário Bíblico Wycliffe assevera que o termo grego apokalypsis
significa “revelações especiais de Deus ao homem em Jesus Cristo” (Lc 17.30; Rm 8.18; 2Ts 1.7; 1Pe 1.13).
No versículo de abertura, o livro atesta ser a “revelação de Jesus Cristo” (Ap 1.1a), assegura que o propósito é
“mostrar as coisas que brevemente devem acontecer” (Ap 1.1b) e apresenta o apóstolo João como seu autor
(Ap 1.1c). Os destinatários são identificados pelas cidades das sete Igrejas da Ásia Menor: Éfeso, Esmirna,
Pérgamo, Tiatira, Filadélfia, Laodiceia e Sardes (Ap 1.11). O livro encerra o cânon do Novo Testamento, e
revela a vitória final do Reino de Deus.
2. Uma mensagem de esperança. Na revelação, Cristo disse a João: “escreve as coisas que tens visto, e as
que são, e as que vão acontecer” (Ap 1.19). Significa o registro do passado, presente e futuro. No passado,
João testificou da Palavra de Deus (Ap 1.2). No presente, todos devem guardar as palavras da profecia (Ap
1.3,22.14). No futuro, irá se cumprir a esperança da volta de Jesus (Ap 1.7). Desse modo, o livro nos ensina a
viver com Deus no presente, a fim de participar da eternidade com Ele. As revelações do futuro atestam que
Deus controla a história (Ap 14.7,8); Satanás será derrotado (Ap 20.10); o pecado será banido; e aqueles que
vencerem herdarão a Nova Jerusalém (Ap 21.2-4). Por isso, somos encorajados a clamar: “Ora, vem, Senhor
Jesus!” (Ap 22.20).
CONCLUSÃO

A mensagem dos profetas é de suma importância para despertar o cristão. Nos livros proféticos, a soberania,
a justiça e a misericórdia divina estão claramente reveladas. Os fatos narrados comprovam o poder, a
autoridade e o controle divino sobre todas as coisas. Eles nos servem de experiência de fé, que produz
esperança (Rm 5.4).

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