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“O ser humano vive apenas para morrer? Qual a razão da vida? Por que Morremos? Existe
vida após a morte?... O dilema humano sobre a razão da vida e a iminência da morte é uma
questão tão antiga quanto o próprio homem.
Todos queremos ir para o céu, mas nenhum de nós deseja morrer. A morte é sempre
uma tragédia.” (Okamoto)
“Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá” - João 11:25
Introdução
Como a derivação da própria palavra indica, escatologia tem significado
tradicionalmente o estudo das últimas coisas. Desta forma trata de questões concernentes à
consumação da história, a finalização da obra de Deus no mundo. Há uma série de questões
que surgem considerando-se o assunto. Entre estas está a seguinte: O pensamento
escatológico diz respeito primariamente ao futuro ou ao presente? Em consideração a esta e
a outras questões, devemos distinguir entre escatologia individual e escatologia cósmica. A
primeira ocorrerá a todo indivíduo por ocasião de sua morte. A última ocorrerá a toda
humanidade simultaneamente em conexão com os eventos cósmicos, especificamente, a
segunda vinda de Cristo.
I. A Realidade da Morte - O que é a morte? Ela existe? Onde surgiu? Como surgiu?
II. A Insatisfação do Homem Diante da Morte - Como encará-la?
III. A Resposta de Deus à Insatisfação do Homem Diante da Morte – A única resposta
plausível.
“Todo o que vive e crê em mim, não morrerá, eternamente. Crês isto?” – João 11:26
O maior dilema da humanidade. Aqui está o ponto onde o tema morte nos afeta
diretamente. Vivemos em função da morte. Vivemos para morrer.
Acordo para a morte
Barbeio-me, visto-me, calço-me
É meu último dia: um dia
cortado de nenhum pressentimento
Tudo funciona como sempre
Saio para a rua. Vou morrer.
“Pobre de mim!
Quem pode escrever sua própria tragédia sem lágrimas ou
copiar a sentença de sua própria condenação sem horror?
... Desprezei meu Criador e neguei meu Redentor;
juntei-me aos ateus e profanos,
e continuei nesse caminho sob inúmeras condenações,
até que minha iniqüidade ficou madura para a vingança e
o justo julgamento de Deus...
e o que significa o conforto de meus amigos?
Para onde estou indo?
Condenado e perdido para sempre.
Sua voz falhou e ele começou a lutar para manter a respiração;
quando a recuperou, com um gemido medonho e horrendo,
como se aquilo tivesse sido algo sobre-humano, gritou:
“Ó, as insuportáveis angústias do inferno e da condenação!,
e então expirou.” (Francis Newport)
“Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te
ferirá a cabeça e tu lhe ferirá o calcanhar” - Gn 3:15.
Diante do surgimento da morte com todas as suas implicações, Deus intervém na
História humana concedendo ao homem a perspectiva da vida na promessa do Redentor -
vitória sobre a morte.
A. A Morte da Morte do Salvo - “Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que
deu seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna”
(Jesus em uma conversa com Nicodemus, um dos principais dos judeus - João 3:16).
O crente teve sua morte (no que diz respeito aos efeitos eternos) eliminada pela morte
de Cristo (1 Co 15; 1 Pe 4:12,13; Jo 11:25; 5:24; Ap 1:18).
*Os resultados eternos da morte de Cristo na vida do crente são:
1. Plenitude de Conhecimento (1 Co 13:12) - O homem está rodeado de mistérios e
anseia pela sabedoria. No céu esse anseio será satisfeito absolutamente; os mistérios
do universo serão desvendados; problemas teológicos difíceis desvanecerão. Então
gozaremos o conhecimento de Deus.
2. Descanso (Ap 14:13; 21:4) - Pode-se formar certa concepção do céu, contrastando-
se com as desvantagens da vida presente. Pense em tudo que neste mundo provoca
fadiga, dor, luta e tristeza, e considere que no céu essas coisas não nos perturbarão.
4. Comunhão com Deus (Jo 14:3; 2 Co 5:8; Fp 1:23) - Naquele dia seremos como
Cristo é; os nossos corpos serão como o seu glorioso corpo; nós o veremos face a
face; ele nos conduzirá em triunfo, de gozo em gozo, de glória em glória.
Conclusão
1. O Não-Salvo
- Incerteza considerando o futuro o leva a pensar:
José (1942)
E agora José?
A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou,
e agora, José?
E agora, você? Você que é sempre sem nome,
que zomba dos outros, você que faz versos, que ama, protesta?
E agora, José? Está sem mulher, está sem discurso,
está sem carinho, já não pode beber, já não pode fumar, cuspir já não pode,
a noite esfriou, o dia não veio, não veio a utopia e tudo acabou e tudo fugiu e
tudo mofou, e agora, José?
E agora, José?
Sua doce palavra, sua gula e jejum, seu instante de febre,
sua biblioteca, sua lavra de ouro, seu terno de vidro,
sua incoerência, seu ódio - e agora?
Com a chave na mão quer abrir a porta, não existe porta;
quer morrer no mar, mas o mar secou;
quer ir para Minas, Minas não há mais.
José, e agora?
Drummond, 1942
2. O Salvo
- Certeza considerando o futuro o faz cantar: Ó morte, onde está, ó morte, a tua vitória,
Jesus ressuscitou...”
- Gratidão a Deus o leva a servi-lo em santidade.
Fontes de Pesquisa
- BERKHOF, Louis - Teologia Sistemática - (pp. 799 a 801)
- SHEDD, Russel P. e PIERATT, Alan - Imortalidade - (Ed. Vida Nova - pp. 115 a 30)
- PEARLMAN, Myer - Conhecendo as Doutrinas da Bíblia - (Ed. Vida - pp. 232, 242 a 3)
Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e o mais ele fará... Sl 37:5ss
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