Você está na página 1de 17

Sobre a Alma

Um
Este breve livreto é dedicado ao
Reinado Do Imaculado Coração de
Maria e de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Tudo para maior Glória de Deus!
O homem tem uma alma?
A palavra latina correspondente à alma é a palavra
“anima”, e a alma é definida como sendo o princípio
animador do organismo vivo. A alma é movimento, todos os
movimentos da alma humana são: Nutrição, Crescimento e
Reprodução (Vegetais), Sentidos Externos e Internos,
Paixões, Imaginação, Fantasia e Conhecimento Sensitivo
(Animais), Memória, Inteligência, Vontade e Conhecimento
Espiritual (Propriamente humana). Portanto a alma é o
princípio de vida dos Seres. Sem a alma a vida não é
possível.
Enquanto vivos, alguns organismos são sensíveis;
outros não o são. Não falamos das manifestações sensitivas
de um vegetal. Os animais, entretanto, têm o poder da
sensação. Assim também o homem. Mas além desse poder, o
homem é dotado de razão. É um fato objetivamente evidente
que os seres humanos pensam. Nenhum simples animal é
capaz de exprimir seus pensamentos sobre um assunto ou
entende-lo. Mostrada a ele um livro, ele veria apenas sinais,
escritos não achando neste qualquer significado inteligível. O
ser humano tem outro poder distinto que os habilita a verem
um sentido e um significado nas palavras, e a refletirem
sobre ele. Esse é o poder do pensamento, do qual o
organismo meramente material não é capaz. O homem é
mais do que um simples animal, e por causa da sua alma é
que ele e de um tipo mais alto do que o possuído pelos
animais brutos. Porquanto o conhecimento Intelectual, como
oposto ao conhecimento sensitivo, não é material e sim
espiritual. E uma atividade imaterial exige um princípio
imaterial responsável por ela. Esse princípio imaterial no
homem é a alma; e sendo imaterial, difere, em espécie, do
corpo material. Enquanto o corpo material é corruptível, a
alma imaterial, inteligente e espiritual é, por sua própria
natureza incorruptível ou imortal, incapaz de perecer com o
corpo.
A reflexão sobre nós mesmos mostra-nos que
exercemos atividades que exigem um poder imaterial ou
espiritual dentro de nós, poder pertencente a uma alma que
não é coisa composta, capaz de se desintegrar e de se
corromper, mas que deve ser tão simples, inorgânica e
espiritual como o próprio pensamento. Quer gostemos da
perspectiva quer não, a alma, por pura necessidade, deve
continuar vivendo após a morte.
Há muitos homens negando que haja no homem
qualquer coisa tal como uma alma distinta do corpo. Para
essas pessoas, o homem é meramente corpo; e a morte é
apenas uma incapacidade desse corpo para continuar
funcionando, devido à desorganização das suas células. Mas
isto nada resolve. Por que nos deixa a braços com o
problema de sabermos que princípio organizador era esse, e
o que sucedeu com ele para que não mais pudesse ser
operante.
O doutor Hans Driesh, escrevendo como cientista e
como filósofo, e abstraindo totalmente de considerações
religiosas, formula o problema claramente como segue:
“O efeito empírico da morte é uma certa mudança com
respeito à matéria de um corpo orgânico. Esse corpo foi um
(corpo vivo), agora torna-se um (cadáver). E o cadáver
obedece às leis puramente mecânicas com respeito a todas
as suas mudanças; já não há nele (comportamento), mas
simplesmente (mudança). Assim alguma coisa desapareceu
que tinha sido presente e ativa antes. E a vitalidade mostrou
que essa alguma coisa não é mera peculiaridade de
estrutura material. Um (Ens) particular se foi, o qual antes
estivera operando com uma matéria do corpo em questão.
Haja ou não haja qualquer (Causa Occasionales) materiais de
morte, o resultado desta é, em qualquer caso, a separação
desse (Ens) da matéria do corpo. E para onde foi esse (Ens)
imaterial?” (The Science and philosophy of the organism. A
ciência e a filosofia do organismo, p.334)
A alma humana é imortal?
A razão natural sozinha, sem o auxílio da revelação divina,
proveu a humanidade de fundamentos mais do que
suficientes para a crença da imortalidade da alma.
Há pois no corpo uma substância independente da matéria
mudável e que apesar de todas as mudanças, e portanto
apesar também da morte, permanece indestrutível. -Durante
os sonhos nós vemos, ouvimos e falamos, apesar de que os
nossos olhos, os ouvidos e a língua não estão em atividade;
assim depois da morte viveremos e pensaremos, conquanto
os sentidos estejam completamente inativos. S. Agostinho
conta que Genádio, médico de Cartago, que recusava crer na
imortalidade da alma, teve o seguinte sonho: viu ele um belo
jovem todo vestido de branco que lhe perguntou: «Tu vês-
me? -Vejo. – Vês-me tu com os olhos? -Não, os meus olhos
dormem. -Com que me vês então? -Não sei. -Tu ouves-me?
-Ouço. Com os teus ouvidos? -Não eles dormem. -Então com
que me ouves? -Não sei. -Mas enfim tu estás agora a falar? -
Estou. -Com a boca? -Não. Então com o que é? -Não sei. -
Pois bem! Tu estás dormindo, mas falas, vês e ouves; O sono
da morte chegará, e tu ouvirás, verás, falarás, sentirás». O
médico acordou e compreendeu que Deus tinha por meio de
um anjo ensinado a imortalidade da alma (Mehler I, 494).
O homem tem em si a sede, o desejo de uma felicidade
durável e perfeita. Este desejo é comum a todos os homens.
Foi portanto deposto em nós pelo próprio Criador. Mas está
sede não pode ser saciada neste mundo por nenhum bem,
por nenhum prazer terrestre. « O próprio suicida, que foi
demasiado fraco para suportar o peso da vida, não tem
intenção de se precipitar no nada; quer simplesmente
encontrar a paz que em vão buscou neste mundo»
(S.Agostinho). Portanto tende haver uma vida futura que
sacie essa sede humana.
Haveria de ficar sem recompensa um justo que teve a vida
inteira penosa combatendo as paixões? Pode um malfeitor
escapar de responder por seus crimes nesta vida?
Certamente responderá na outra. Se um justo ficar sem
recompensa e o malfeitor sem o devido castigo, Deus
soberanamente Perfeito, será injusto: suposição tão
absurda. Se portanto existe um Deus, é preciso que a alma
seja imortal.
Como devemos explicar o fato de a convicção geral entre
todos os povos ter sido sempre que a alma humana é
imortal?
Os usos de todos os povos: as honras fúnebres, os
sacrifícios funerários, indicam a crença deles na
imortalidade das almas. Primeiro os Judeus – Jacó queria ir
ter com seu filho José ao reino dos mortos(Gen. 36,35). Os
germanos (que acreditavam no “Walhalla”, paradeiro dos
soldados mortos). Os gregos falavam do Tártaro e dos
campos Elísios. Os egípcios criam na metempsicose,
transmigração das almas pelos corpos de animais, de três
em três mil anos. Os indígenas brasileiros (que depositavam
alimentos nos sambaquis dos guerreiros mortos). Todos os
povos ofereciam sacrifícios pelos seus finados. Logo a
imortalidade da alma sempre foi a opnião geral da raça
humana inteira.
“O dogma da vida futura é tão antigo como o universo, tão
espalhado como a humanidade”. (Gaume).
Nada, nem sequer o mais pequeno átomo de pó, se perde na
natureza. A matéria muda de formas, mas a nossa natureza
permanece sempre a mesma. O corpo do homem não será
pois aniquilado: o espírito humano, tão elevado acima do
mundo visível, seria mais mal sorteado que a matéria inerte,
que o nosso próprio corpo! As estrelas por sobre nós, que
não pensam, nem sentem, nem esperam, conservam na sua
integridade a forma exterior: e o homem, a coroa da criação,
não seria criado senão para durar poucas horas fugitivas?
Sir James Frazer diz:
“Entre as raças selvagens, uma vida após a morte não é
matéria de especulação e de conjectura, de esperança ou de
medo; é uma certeza prática, da qual o indivíduo pensa tão
pouco em duvidar como duvida da realidade da sua
existência consciente. Ele presume-a sem investigação e age
com base nela sem hesitação, como se ela fosse uma das
mais bem comprovadas dentro dos limites da eperiência
humana”.
(Belief in Immortality), (Crença na imortalidade, p.468).
Portanto, nossa razão afirma que há além, uma existência
após a morte.
Tanto Judeus como cristãos tem ademais o fato de que a
morte não acaba tudo, a segurança, imensuravelmente mais
impressionante a eles dada pelo ensino positivo de Deus
revelado na Sagrada Escritura. Aquele que nos fez nos diz
que a nossas almas são imortais, e que já um destino
esperando-nos para além deste mundo.
Uma indicação do pensamento de Cristo sobre a
imortalidade da alma é a de: na disputa dos Fariseus, que
acreditavam na imortalidade, com os Saduceus que
negavam, haver Cristo ficado ao lado dos Fariseus e contra
os Saduceus ( MT 22, 23-34).
O próprio Cristo, tanto como os Judeus a quem Ele falava,
tomaram como concedida a verdade natural de que a alma é
distinta do corpo e diferente deste em natureza. Quando
Cristo disse aos Judeus: “ Não temais os que podem matar o
corpo, mas não podem matar a alma “ (MT 10,28), não houve
protestos, da parte dos circunstantes, de que matar o corpo
era matar a alma, visto serem eles uma só e mesma coisa!
Todos concordaram que a alma é coisa diversa do corpo e
não sujeito a destruição dele.
Assim também não houve murmurações de desaprovação
quando Cristo contou a parábola do Homem Rico e do
Mendigo Lázaro, falando do mendigo como tendo morrido e
como tendo sido levado imediatamente “pelos anjos para o
seio de Abraão” (Lc 16,19), e não como tendo passado a uma
inexistência inconsciente. A sobrevivência da alma foi aceita
por todos como sendo a Verdade revelada.
Além disso Cristo diz: “que o Deus de Abraão, de Isaac e
de Jacó não é o Deus de mortos, mas sim dos vivos”.
Confirmando ainda mais este dogma, Jesus disse ao bom
ladrão: “hoje mesmo estarás comigo no paraíso” (Luc. 23,
43).
Para os cristãos, também, o fato histórico da própria
ressurreição de Cristo prova que a alma humana de Cristo
continuou vivendo após a sua morte na cruz, para se reunir
com o seu corpo quando Ele ressurgisse no túmulo
E a declaração dele de que finalmente a ressurreição da
carne será experimentada por todo o gênero humano
pressupõe a existência continuada das suas almas, com as
quais os seus corpos ressuscitados deverão se reunir, para
formarem, uma vez mais, as completas personalidades que
anteriormente existiam no mundo. “Vem a hora”, disse
Jesus em que todos ouvirão a voz do Filho de Deus. E os que
obraram o Bem sairão para a ressurreição da vida; mas os
que obrarão o mal, para a ressurreição do juízo” (Jo5,28-
29).
Seria possível a Deus “criar” outro ser como ele; mas esse
outro ser seria outro, e não a mesma pessoa que viverá
anteriormente. A “réplica” não possuiria identidade com o
homem que morrerá. Ressurreição significa restauração do
corpo na mesma e idêntica alma que anteriormente o
possuía — Alma que sobreviveu para aguardar essa reunião.
Onde estavam as almas do antigo testamento enquanto se
achavam impedidas de ir para o Céu? Estavam no “Sheol” ou
“Limbo”, estado intermediário onde elas aguardavam a
Ascensão de Cristo. No novo testamento S. Pedro, em (1 Ped.
3,19-20), diz-nos expressamente que as almas em prisão, ao
encontro dos quais a Alma de Cristo foi após a sua morte na
Cruz e sua Ressurreição, eram os espíritos daqueles que
tinham vivido e morrido nos tempos do antigo testamento.
Que Isaías considerava o “Sheol” ou as regiões inferiores
como o mundo dos ainda viventes, é evidente pela sua
descrição, em ( 14,9-10 ), da recepção feita pelas outras
almas que já ali se achavam à alma do rei da Babilônia.
Descrevendo essa recepção, escreve ele: “o Sheol” nas suas
profundezas conturbou-se para vir ao teu encontro, à tua
chegada, todos responderão e dir-te-ão: Também tu foste
ferido tal como nós, foste feito semelhante a nós”. Isso seria
impossível se as almas não sobrevivessem à morte do
corpo.
A aparição de mortos são inumeráveis manifestando a
duração da alma além da morte. Se mediante o telescópio
podemos ver claramente objetos imperceptíveis à vista
desarmada, a Onipotência divina pode também fazer-nos ver
os espíritos de além túmulo.
Muitos mortos apareceram em Jerusalém na morte de
Cristo ( Mat. 27, 52-53). Na transfiguração de Cristo, no
Tabor, apareceu Moisés e Elias mortos havia muito tempo (
Mat. 17, 3). A Virgem Maria apareceu muitas vezes no
decorrer dos séculos, entre outros em Lourdes, em 1858 , e
em Fátima em 1917. – Desde Jesus Cristo ainda não houve
séculos sem numerosas aparições de almas santas para
consolar os vivos ou de almas do purgatório a pedir orações.
O apóstolo de Viena S. Clemente Hofbauer, apareceu ao seu
amigo Zacarias Werner da mesma cidade, está a
resplandecente, trazia na mão uma palma, um lírio, um ramo
de oliveira e anunciou aos seu amigo a morte próxima.
( 1820 ). O mesmo aconteceu à morte de muitos santos. A
maior parte dos teólogos rejeitam como impossível o
aparecimento de condenado, porque ninguém volta ao lugar
da condenação, quando muito, admitem que os demônios
aparecem sob forma de condenados. — Estas aparições são
feitas pelo ministério dos anjos (S. Agostinho) que assumem
corpos etéreos (S. Gregório Magno) ou que provocam em
nossos olhos uma certa percepção (S. Tomás de Aquino).
O conhecido teólogo anglicano E. L. Mascall diz com razão:
“E’ importante notar que, de fato, a crença cristã na
imortalidade humana não assentou, em primeiro lugar, sôbre
o raciocínio filosófico. Foi herdada pela Igreja Cristã da
religião plenamente desenvolvida dos judeus; e, sob a guia
divina, os judeus tinham sido levados a crer na imortalidade.
. O fato importante para os cristãos é haver Jesus Cristo
francamente ensinado que a vida do homem se estende para
além túmulo” (Man: His Origin and Destiny”, “0 Homem: Sua
Origem e Destino”, pp. 42-43) .
Todos os ensinamentos de Cristo declaram que o julgamento
dos sêres humanos após a morte, a vida eterna de felicidade
ou de desdita que os aguarda, e a sabedoria de
amontoarmos tesouros para nós não na terra, mas no céu
(Mt 6, 1 9) , seriam realmente sem sentido se a alma não
fôsse, por sua própria natureza, imortal, e se não houvesse
vida para além do túmulo.
Por isso, a Igreja Católica, no Concilio de Latrão, em 1 513,
condenou como herética e inteiramente oposta à fé cristã
qualquer negação da imortalidade da alma humana. Um
cristão, se quiser permanecer cristão, deve crer na
sobrevivência consciente da alma após a morte.
A Alma humana é a imagem de
Deus porque é um espírito
semelhante a Deus
Antes da criação do homem dissera Deus « Façamos o
homem a nossa imagem e semelhança e que domine sobre
os animais e toda a terra» (Gên. 1,26).
A Imagem de Deus em nós é Dom gratuito da criação.
Assim como um globo é uma bela, mas fraca imagem
da terra, a alma é uma bela, mas fraca imagem de Deus.
Deus é Eterno e a alma humana Imortal. Deus é Puro
Espírito, a alma humana também.
A Imagem de Deus em nós está propriamente nas potências
superiores do homem, denominado espírito, que são
inteligência, vontade e memória.
Da mesma maneira que Deus é Uno e Tribo, uma Natureza
em três pessoas distintas, a alma humana também é uma
única Natureza que possui 3 potências distintas.
(S. Agostinho).
Pela memória assemelha-se ao Pai, pela razão ao Filho, pela
Vontade ao Espírito Santo (S. Bernardo).
É por elas que o homem domina o mundo visível, assim como
Deus é o Rei do Universo. As palavras que Deus pronunciou
ao criar o homem tenham um profundo significado, por que o
plural que empregou indicava que queria formar o homem à
imagem da Santíssima Trindade.
Daí nasceu o grito de admiração de Davi: «Senhor, nosso
Deus! Que é o homem, que dele vos lembrais?... pouco menos
que anjo o fizestes, de honra e glória o coroastes e o
constituístes senhor das obras de Vossas mãos!» (Os. 8, 2-
7).
O corpo não é imagem de Deus, porque Deus, sendo puro
espírito, não tem corpo; o homem não é feito à imagem de
Deus senão na alma. Sem dúvida, esta semelhança divina da
alma manifesta-se também no corpo, que é instrumento da
alma.
Eis pois que a mente se recorda de si mesma: memória, se
compreende a si mesma: inteligência, se ama a si mesma:
vontade. Se vemos isto, vemos um trindade, que por certo
ainda não é Deus, mas já é imagem de Deus. (S. Agostinho).
Somos criados como imagem e inclinados como semelhança:
Fomos criados à imagem Dom gratuito da criação, resta a
nós nos trocarmos sua semelhança. Deus nos deu o Livre-
arbítrio da vontade e pela nossa liberdade de filhos de Deus
cabe-nos fazer o resto, cabe-nos construir nossa
humanidade. Por nós criar à sua imagem: inteligência,
vontade e memória, Ele nos faz capazes de usarmos essas
potências para vivermos segundo a sua Vontade e nos
tornarmos semelhantes a Ele. Inteligência capaz de conhecê-
lo; vontade capaz de escolher obedecer os seus
mandamentos; e a memória capaz de nos lembrar o que
Deus já fez em nós. (S. Basílio).
E quando usamos essas faculdades da alma para praticar o
pecado, logo nós percebemos que o Pecado mortal deforma
em nós a Imagem e Semelhança de Deus.
O corpo morre em pouco tempo, a alma subsistirá na
eternidade. A alma pode perder a graça santificante e estar
espiritualmente morta, o que acontece pelo pecado mortal. «
A alma morre e não morre; não morre porque conserva
sempre consciência de si própria, morre quando abandona a
Deus» (S. Agostinho). Um ramo cortado do tronco é ainda um
ser, mas cessa de ser um ramo vivo. Assim como acontece à
alma que cometeu pecado mortal: é separada de Deus,
portanto morta, mas continua a existir.
A alma, portanto, pode cessar de viver sem cessar de
existir, quando abandona a Deus pelo pecado mortal. “ A
alma que peça morrerá” (Ezequiel 18,4). «Os pecadores
estão mortos ainda quando vivem, os justos vivem mesmo
depois de mortos m» (S. Jo. Crisóstomo).
A Graça de Deus pode restaurar essa imagem e semelhança
e nos reconduzir de volta; Este é um caminho de conversão e
de santidade.
O homem torna-se imagem ainda mais Perfeita de Deus
quando possui a Graça Santificante, porque neste caso é
elevado à participação da Natureza Divina ( 2 Ped. 2,4) e a
uma semelhança mais exata com ela.
Ou seja, quanto mais renunciamos ao pecado e cultivamos as
virtudes, mais nós nos tornamos semelhantes a Cristo,
Imagem Perfeita do Pai e como consequência nos tornamos
semelhantes a Deus.
O valor de uma alma aos olhos de Deus é portanto imenso,
como aliás se vê pela redenção; uma alma vale mais do que
todo o mundo dos astros (S. João Crisóstomo).

Você também pode gostar