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LIÇÃO 11: RELACIONAMENTO IDEAL ENTRE PAIS E FILHOS

TEXTO ÁUREO
“Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa.” Efésios 6.2

VERDADE APLICADA
Os filhos precisam ser obedientes aos seus pais, mas os pais não podem provocar a ira
nos seus filhos, para não perderem o ânimo.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
Apresentar as atribuições dos pais.
Destacar as funções dos filhos
Explicar os deveres entre os filhos e os pais

TEXTOS DE REFERÊNCIA
PROVÉRBIOS 22
6 Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se
desviará dele.

EFÉSIOS 6
1 Vós, filhos, Sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo.
2 Honra a teu pai ea tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa,
3 Para que te vá bem, e vives muito tempo sobre a terra.
4 E vós, pais, não provoqueis ira vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do
Senhor.

INTRODUÇÃO
O relacionamento entre pais e filhos tem sido um dos dramas da sociedade. Mas nunca na
história houve tanta possibilidade de mudanças. Esperamos que esta lição seja mais um
canal de benção para pais e filhos.

1- ATRIBUIÇÕES DOS PAIS


Atribuições são responsabilidades, prerrogativas, poderes, direitos e deveres que estão
ligados a um cargo ou a certas autoridades no exercício de suas funções. Aos pais
competem alguns deveres [Ef 6.4b], que não podem ser repassados para terceiros, para a
escola, para a igreja, para a creche ou ainda para a sociedade.
1.1. Relacionamento com responsabilidade. Os pais devem criar, educar, alimentar,
proteger, ser os mentores espirituais e provedores materiais para os seus filhos. Os pais
precisam entender que não existem fórmulas mágicas a que não existe perfeição quando
se trata de criar e educar filhos. Há parâmetros e preceitos bíblicos [Dt 6.6-9; Ef 6.4]. Os
pais não devem se culpar se fizeram o melhor que podiam e deram o melhor ensinamento
aos filhos.

Não hesites em disciplinar a criança; ainda que precises corrigi-la com a vara, ela não
morrerá. Castiga-a, tu mesmo, com a vara, e assim a livrarás do Sheol. Pv 23:13,14 KJA

Suportai as dificuldades, aceitando-as como disciplina; Deus vos trata como filhos. Ora,
qual o filho que não passa pela correção do seu pai? 8Mas, se estais sem orientação, da
qual todos se têm tornado participantes, então não sois filhos legítimos, mas
bastardos. 9Além do mais, tínhamos nossos pais humanos que nos educavam, e nós os
respeitávamos. Quanto mais devemos toda obediência ao Pai dos espíritos, para então
vivermos! 10Porquanto, nossos pais nos disciplinavam por um espaço curto de tempo, da
forma que melhor lhes parecia. Deus, entretanto, nos corrige para o nosso bem maior, a fim
de que possamos participar plenamente da sua santidade. 11Toda correção, de fato, no
momento em que ocorre não nos parece ser motivo de contentamento, mas de frustração;
mais tarde, no entanto, produz fruto de justiça e paz para todos aqueles que por ela foram
disciplinados. Hb 12. 7-8 KJA

1.2. Relacionamento com diálogo. Use a comunicação de forma correta [Ef 4.29; C14.6].
O diálogo é a forma mais fácil e eficiente de resolver os problemas, esclarecer dúvidas e
dar ensinamentos. Use-o de forma clara, objetiva, com educação, respeito, verdade e
amor. Não se admite um relacionamento de pais e filhos onde a mentira prevalece, a
grosseria impera, a honestidade não fica aparente, a clareza das situações não é exposta.
Sem diálogo, ninguém pode adivinhar o que o outro gosta, quer ou pensa. No diálogo é
preciso saber ouvir e falar no momento certo. Ter uma boa comunicação não somente
saber se expressar.

 “Faz a diferença na comunicação verbal não apenas as palavras usadas, mas,


também, a tonalidade de voz e a expressão corporal que acompanha o processo,
seja quando estiver falando ou ouvindo.
1.3. Relacionamento sem maus-tratos. A Lei da Palmada não tira dos pais a correção e a
disciplina, mas evita e protege os filhos contra os maus-tratos dos pais, espancamentos e
violência doméstica. Agora os pais não devem aceitar os filhos mandarem neles, porque
isso é prejudicial e antibíblico [ 1Tm 3.4; Hb 12.8]. Os pais devem ensinar os filhos com
amor a ouvir e aceitar o “sim” e o “não”: Mostrar a eles que na vida não se pode fazer
somente o que se quer nem ter tudo que se quer. Quer fazer tudo que o quer, envergonha
os seus pais [Pv 29.15]; desejar ter tudo que quer é uma ilusão perigosa; os pais devem
ensinar aos filhos que nem tudo que se acha bom se deve fazer e nem tudo que se acha
bonito e legítimo. Nem tudo que é lícito convém [ 1 Co 6.12].

O bispo deve também governar bem sua própria família, sabendo educar seus filhos a lhe
serem submissos com todo o respeito. 1Tm 3.4KJA

A vara da disciplina e as palavras da repreensão dão sabedoria, mas o jovem abandonado


à sua própria sorte envergonhará sua mãe. Pv 29.15KJA

2- FUNÇÕES DOS FILHOS


A função mostra exatamente o que será executado no âmbito da família pelos filhos.
Biblicamente, os primogênitos sempre tiveram os seus encargos e responsabilidade de
cuidar dos restantes dos irmãos. O filho mais velho deveria tomar o papel do pai na sua
falta, e seria o exemplo para os filhos mais novos e todos deveriam ser obedientes a ele.
Pois ele representava a figura do pai.

2.1. Os deveres dos filhos em relação aos pais. Os filhos terão obrigações a serem
cumpridos, papéis a serem desempenhados, que são intransferíveis. São deveres sociais,
financeiros, de amparo e cuidados especiais, de presença e gratidão eterna por aqueles
que os geraram. O papel dos filhos é submeter-se à vontade dos pais, no Senhor [Ef 6.1-2;
C 13.20]. Conferir honras, dar crédito, valorizar para viver bem e muito tempo sobre a face
da terra [Ef 6.2-3]. É um mandamento com promessas para os filhos. Os filhos devem
considerar, respeitar os pais como autoridade. Não podem ser maldizentes [Mt 15.3-6].
Não podem ser zombadores dos pais [Pv 30.17]. Enquanto crianças, o amparo é dos pais.
Depois de adultos, o amparo é dos filhos, principalmente os que têm mais condições
financeiras. Os filhos não devem abandonar os pais na velhice [Pv 15.20; 23.22; Dt 27.16;
1Tm 5.4].
Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor, porquanto isto é justo. 2“Honra a teu pai e tua
mãe”; este é o primeiro mandamento com promessa, 3para que vivas bem e tenhas vida
longa sobre a terra. 4E vós, pais, não provoqueis a ira dos vossos filhos, mas educai-os de
acordo com a disciplina e o conselho do Senhor. Caminhando como servos Ef 6.1-3 KJA

Os olhos de quem ridiculariza seu pai, ou de quem trata sem consideração e obediência a
própria mãe serão arrancados pelos corvos do vale, e serão devorados pelos filhotes dos
abutres! Pv 30.17 KJA

Maldito quem desonrar seu pai ou mãe. E todo o povo dirá: Amém! Dt 27.16 KJA

2.2. A consciência dos filhos em relação aos pais. Os filhos devem atender os
conselhos dos pais. Os filhos devem aceitar a disciplina e correção dos pais, mostrando
prudência, pois quem despreza é tido como tolo [Pv 15.5]. Os filhos devem aceitar os
ensinos dos pais, pois os seus ensinos são para um futuro próspero [Pv 22.6]. Os filhos
não podem amaldiçoar os seus pais [Pv 20.20; 30.11]. Na Lei de Moisés os filhos que
amaldiçoarem os pais, certamente morreriam e o seu sangue seria sobre eles, no sentido
indireto como se estivessem amaldiçoando a Deus [Lv 20.9]. Como essa Lei era nos dias
de Moisés, outras situações podem acontecer nos dias de hoje, porque um plantio. Os
filhos que zombam dos pais pagaram um alto preço [Pv 30.17], os filhos não podem
envergonhar os seus pais [Pv 10.1; 19.26].

O tolo despreza as orientações de seu pai, mas quem compreende bem a repreensão
demonstra sabedoria. Pv 15.5 KJA
O filho que é capaz de roubar o pai, e que expulsa a mãe de casa, não tem vergonha
Pv 19.26 KJA
Ensina a criança no Caminho em que deve andar, e mesmo quando for idoso não se
desviará dele. Pv 22.6 KJA

2.3. A gratidão dos filhos em relação aos pais. Gratidão é uma virtude, virtude é uma
essência do bem, essência um conjunto de qualidades que define quem é uma pessoa. Um
“muito obrigado” mostra educação, com o tempo se esquece. A gratidão demonstra
reconhecimento, que fica para sempre. O filho que é grato nunca esquece o que os pais
fizeram por ele. A gratidão é um sentimento que cria uma espécie de dívida a uma dívida
praticamente impagável. A gratidão deve ser algo espontâneo, de foro íntimo, porque parte
do coração a não de boca. Os filhos sabem que o que os seus pais fizeram por eles não foi
esperando nada em troca, não foi por conveniência nem por interesses espúrios, foi por
amor, carinho e com imenso prazer, pelo fato de os filhos serem herança do Senhor ES!
127.3]. É uma recomendação bíblica ter gratidão em nossos corações [Cl 3.15-16].

Quanto a seus filhos, eles são herança do SENHOR: o fruto do ventre é um presente de
Deus. SL127.3 KJA

O agradecimento é de fundamental importância, para estabelecer uma relação autêntica


com Deus e uma convivência harmoniosa com as pessoas à nossa volta, principalmente
com os nossos pais e toda a nossa família. Quem é mais feliz, valoriza mais a vida e louva
a Deus. Os filhos devem ser gratos aos seus pais e não esquecer de nenhuma das fases
da vida cuidadas por eles. Os filhos gratos alcançam as benevolências do Senhor. Quem é
grato quer retribuir de um jeito ou de outro todos os benefícios recebidos [Sl 100.4; 1Ts
5.18]. Frederick K.C. Price: “No entanto, se os filhos foram criados da maneira correta, eles
ajudarão seus pais se eles precisarem. A maioria dos filhos que foram educados no amor a
instrução do Senhor querem fazer tudo que for possível se os seus pais estiverem em
apuros, ou ficarem doentes, ou perderem o emprego”

Entrai por suas portas com ações de graças e em seus átrios com hinos de adoração;
exaltai-o e bendizei o seu Nome! Salmos 100.4 KJA

Dai graças em toda e qualquer circunstância, porquanto essa é a vontade de Deus em


Cristo Jesus para convosco. 1Ts 5.18 KJA

3- DEVERES COMPARTILHADOS: PAIS A FILHOS


Malaquias 4.6 diz: “Que ele converterá o coração dos pais aos filhos, e o coração dos filhos
aos pais’: Pais e filhos não somente algo maravilhoso, grandioso e extraordinário, mas
também sublime, transcendente e divino. O profeta diz que o objetivo é reconciliar as
famílias com Deus e consigo mesmas.

3.1 . Relacionamento com amizade. O papel primordial dos pais é serem pais e não só
amigos. Ser pai é bem diferente de ser amigo, mas não tem coisa mais saudável do que a
amizade e intimidade entre pais e filhos, ao ponto de se abraçar, beijar, brincar e não
guardar segredos, tirar dúvidas uns com os outros, pedir conselhos, passar experiências
[Pv 6.20; 10.1;13.1 ]. A amizade dos pais é benéfica para os filhos contarem os seus
segredos, as suas dúvidas, as suas dificuldades e não serem só disciplinadores, pois se os
pais não derem ouvidos, o mundo ditará o que eles devem fazer.
 Os pais precisam continuar abençoando os seus filhos e falando palavras de vitória,
de benção; nunca lance palavras negativas ou de maldição aos seus filhos.

3.2. Relacionamento com compreensão. Conflitos entre pais e filhos vão acontecer, mas
ambos não devem deixar se tornar uma coisa normal, nem rotineira [Ef 6.1-3; Cl 3.21]. São
gerações e culturas distintas, são formações acadêmicas desiguais, mesmo tendo o
mesmo DNA, são personalidades diferentes. Cada um viveu numa época, os avanços
tecnológicos foram muito acentuados, as mudanças sociológicas em alta velocidade. Os
filhos precisam entender que muitos pais nunca chegaram a se sentar num Banco de
faculdade a na geração deles ainda não havia chegado os aparelhos eletrônicos de última
geração. Os pais também precisam entender os filhos, que já chegaram brincando com
celulares, computadores e outros equipamentos sofisticados. Por isso, se busca a
compreensão e o respeito mútuo na maneira de pensar, de ver e de julgar.

 “Não queira que o seu filho já tenha o seu conhecimento, a sua experiência, a sua
maturidade.

3.3. Relacionamento com perdão. Sempre nos relacionamentos, sejam eles em família
ou fora dela, há divergências e desapontamentos que podem ferir um dos lados ou ambos
os lados e haverá necessidade de perdão, pois não tem como estar juntos a ter um
relacionamento mais íntimo, harmonioso e saudável dentro de casa se não houver perdão
e reconciliação entre os membros da família. Não podemos deixar que a falta de perdão
gere raiz de amargura, ódio, mágoa no lar [Mt 6.12; Cl 3.13]. A Bíblia pede para os filhos
obedecerem, honrarem e respeitarem os pais e pede para os pais não irritem os seus
filhos, mas isso normalmente foge do nosso controle, pois somos humanos. Sempre
queremos que os nossos filhos nos peçam perdão, mas esquecemos que nós também
erramos a nunca nos curvarmos ao nosso erro; não é uma coisa feia nem sinal de fraqueza
pedir perdão, pelo contrário, é uma coisa digna e respeitosa.

Pastor Josué Gonçalves:


“Pedir perdão e perdoar e mostrar ao filho o caminho”. Pedir perdão é colocar remédio na
ferida causada na alma do outro. É perdoando que os pais ensinam o filho a perdoar.

CONCLUSÃO
A qualidade do relacionamento entre pais e filhos melhora a vai se tornando mais saudável
e harmoniosa a medida que aplicam os conceitos bíblicos, vivem uma vida de temor a
intimidade com Deus a se comprometem com o Reino de Deus.

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