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Papel dos Filhos

Pv 10:1 "O filho sábio alegra o seu pai."


Pv 13:1 "O filho sábio ouve a instrução do pai."
PV 28:7 "O que guarda a lei ( a Palavra ) é filho entendido ( sábio )."
Ef 6:1 "Vós, filhos, sede obediente a vossos pais no Senhor."
Ef 6:2 "Honra o teu pai e a tua mãe"
Cl 3:20 "Vós filhos obedecei em tudo a vossos pais"
I Tm 5:4,8
Ex 21:15 "Quem ferir a seu pai ou sua mãe será morto."
Mc 7:10 "Honra o teu pai e tua mãe, e quem maldisser a seu pai ou sua mãe, seja
punido de morte"
Lv 20:9 "Quando um homem amaldiçoar a seu pai ou sua mãe, certamente será
morto"
Dt 21:18-21

I - ENTENDER O QUE VOCÊ TEM POR DIREITO COMO FILHO E O QUE VOCÊ TEM
POR BONDADE DOS PAIS

Debaixo do teto paterno o filho desfruta de muitos benefícios e privilégios. Alguns


destes são obrigatórios, isto é, que os pais não podem deixar de prover. Mas muitos
outros lhes são oferecidos por graça. Os pais, por amor, lhes dão muito mais do que é
estritamente necessário. Alguns filhos não conseguem compreender isto e requerem de
seus pais como direito obrigatório o que, em realidade, é uma dádiva de amor. Ainda
há aqueles que expressam isso em termos de exigências.

Na realidade, o que os pais estão comprometidos a prover é alimento, roupa e abrigo,


enquanto o filho não esteja em condições de conseguir por si mesmo. Também lhe
devem afeto e um certo grau de educação. Tudo o que o filho recebe além disso é por
graça ( BENEVOLÊNCIA DOS PAIS ).

Seria muito bom que aqueles filhos que são sustentados por seus pais depois dos
dezoito anos e ajudados a cursar uma carreira universitária (ou qualquer outro estudo)
soubessem reconhecer e agradecer o favor recebido. Sobretudo, devem entender que
não é por obrigação, mas por graça, que seus pais se esforçam e até se sacrificam.
Eles o fazem com alegria e têm imensa satisfação ao ver seus filhos progredir e
alcançar bons resultados na vida. Não lhes pesa nem lhes dói o dinheiro e esforço
investidos. Muito pelo contrário. No entanto, OS PAIS são afetados pela ingratidão e
atitudes egocêntricas que exigem como direito próprio o que em realidade recebem por
benevolência e generosidade.

Cabe ao filho desenvolver uma atitude agradecida e amistosa para com seus pais. É
sinal de maturidade o manter uma relação de companheirismo.

II - RESPONSABILIDADES
  1. Obediência e Submissão

A obediência aos pais não é opcional para o cristão, porque é um mandamento. Deve
ser uma submissão voluntária.

O conceito de submissão tem sido muito desvalorizado, já que ele é relacionado com
humilhação, como se a pessoa submissa fosse um ser dominado e forçado a agir
contra a sua vontade. Não é este o sentido de submissão na Palavra de Deus. Pelo
contrário, a submissão é um ato da própria vontade através do qual nos sujeitamos ao
melhor critério ou governo de outra pessoa. Há um reconhecimento de autoridade por
parte do que se submete para com aquele a quem se sujeita, e não um sentimento de
desvalorização própria. A submissão não o rebaixa. Não o faz sentir menos que o
outro, mas reconhecer como maior sua capacidade de conduzir ou guiar.

Naturalmente, pelo tempo de vida e pela experiência, a sabedoria dos pais para
enfrentar a vida ultrapassa amplamente a dos filhos. O Senhor chama para um
reconhecimento deste fato e para uma aceitação da autoridade paterna, em lugar de
rejeição, rebelião e menosprezo pelos "velhos".

  2. Honra e Respeito

Efésios 6:2,3 "Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com
promessa; para que te vá bem e seja de longa vida sobre a terra."

Êxodo 20:12 "Honra a teu pai e a tu mãe para que teus dias se prolonguem na terra
que o Senhor teu Deus te dá"

O respeito brota de uma atitude interior de reconhecimento e apreço pela função dos
pais. Antigamente existia uma certa distância entre pais e filhos. O tratamento era
mais fechado e menos próximo. Agora a relação tem se tornado mais íntima e
informal. Os pais se dão mais a amizade e companheirismo. Por causa disto, muitos
filhos perdem sua posição com respeito a eles, já que são tratados como iguais, e as
vezes são insolentes e não respeitadores. Dão o mesmo peso e valor às próprias
opiniões, desejos ou compreensão das coisas como se tivessem a mesma experiência
dos pais. Sequer percebem a diferença. Crêem que estão em melhores condições para
determinar rumos e ações. Por uma questão de modernidade, consideram a si mesmos
mais atualizados, mais educados, mais capazes, e menosprezam o critério de seus
pais. Esquecem que nem sempre o moderno é o melhor, e essa atitude é expressa no
trato, através de palavras, ou mesmo no tom de voz.

A vontade de Deus é que o filho tenha em alta estima a sabedoria e experiência dos
pais, porque a sabedoria não se adquire em alguns poucos anos de escola, mas num
largo aprendizado na vida e chega com o correr dos anos, através do experimentar, do
errar, de meditar e avaliar.

Nossa sociedade considera as pessoas idosas como um traste, ou algo pesado e sem
valor que é preciso arrastar. E ainda mais quando começam com suas enfermidades e
achaques. Deixam-nos de lado, ignorando-os, ou encerrando em asilos ou hospitais
geriátricos.

Deus os considera muito valiosos pelo acúmulo de sabedoria que cada um deles tem e
nos insta a amar e cuidar-lhes (ainda que com sacrifício), e a proteger e cobrir todas
as suas necessidades. Chega um tempo em que já não podem mais cuidar de si
mesmos, e esse é o nosso momento de honrar e retribuir em uma pequena medida o
que temos recebido deles, não devemos abandoná-los.

"Mas se alguma viúva tem filhos, ou netos, aprendam esses primeiro a ser piedosos
para com sua própria família, e a recompensar a seus pais; porque isto é bom diante
de Deus."

I Timóteo 5:4,8 "...porque se alguém não cuida dos seus, e principalmente os de sua
casa, tem negado sua fé, e é pior que um incrédulo."

Levíticos 19:32 "Diante das cãs te encurvarás, e honrarás o rosto do ancião, e de teu
Deus terás temor. Eu sou o Senhor."

  3. Amor e amizade

É preciso desenvolver um trato afetuoso entre pais e filhos, expressar o amor em


gestos e palavras. Faz bem a um pai receber expressões de amor da parte de seu filho.
Muitas vezes somos muito reticentes ao manifestar o que sentimos e, desta forma,
deixamos passar preciosas oportunidades que não se repetirão. Uma palavra, uma flor,
um beijo, um gesto, um cartão ou um bombom, são meios singelos e eloqüentes de
transmitir amor, gratidão, apreço.

Para que aconteça uma amizade entre pais e filhos é imperioso que as duas partes se
determinem acercar-se e oferecer-se. Muitas vezes falamos da brecha que existe entre
as gerações e instamos aos pais a sair ao encontro de seus filhos, para buscar e
oferecer companheirismo. E quanto aos filhos? A opção é a mesma: buscar o diálogo e
a amizade com seus pais.

Quando uma criança se torna jovem e começa a amadurecer, são muito poucos os
anos que lhe restam no lar paterno. Convém aproveitá-los desenvolvendo uma relação
mais profunda e estreita com os pais, que se tornará em amizade e que perdurará pelo
resto da vida. É muito o que um filho recebe, e é necessário que aprenda a manifestar
apreço e gratidão pela entrega e sacrifício de seus pais por ele.

  4. Obrigações específicas

Tarefas domésticas

Desde crianças, e à medida que passam os anos, cada vez mais os filhos devem ir
assumindo obrigações específicas. Para isto, e preciso que os pais as determinem com
clareza. É de se esperar que na adolescência e juventude colaborem efetivamente com
as tarefas de casa. Não devem somente manter arrumado e limpo seu quarto, como
também participar de outras tarefas com a mãe. Lavar e passar roupa, a limpeza da
casa e compras, por exemplo. Também tem que desenvolver a capacidade de fazer
comidas simples, para estar em condição de substituir a mãe quando se fizer
necessário.

É importante que o filho assuma suas obrigações responsavelmente, com completa


aceitação. Deve saber que não está fazendo um favor à sua mãe, e sim levando a
carga de trabalho que lhe corresponde. A mãe faz tudo enquanto os filhos são
pequenos, mas é uma tremenda injustiça prolongar esta situação quando se tornam
jovens fortes e aptos para o trabalho. Principalmente porque com o passar dos anos as
forças e saúde da mãe decrescem.

Quando se toma consciência se trabalha melhor. Toda tarefa deve ser realizada com
esmero, capricho e cabalmente, num tempo razoável. É nesta etapa da vida que se
adquirem os hábitos de trabalho. Quem se acostuma com a pressa e falta de ordem se
acomoda logo a este estilo. Em tudo é preciso buscar a excelência, o capricho.
Também, os pais que liberam seus filhos de toda a responsabilidade de trabalho não
estão lhe fazendo nenhum favor, isso somente os ajuda a crescer despreocupados e
irresponsáveis.

Estudos

O estudo é o labor fundamental dos filhos, ao qual se aplicarão com esmero. Devem
dedicar tempo e esforço suficientes não só para serem aprovados, mas para saber
cada matéria. Deve-se ter consciência que o grau de progresso que alcançam no futuro
está, em grande parte, determinado por seu êxito nos estudos. Devemos erradicar a
mentalidade que reina na maioria dos jovens de hoje. Seguir a linha do menor esforço
só conduz à mediocridade. É preciso apegar-se ao estudo por uma questão de bom
critério e raciocínio lógico, acima do gosto ou desgosto que produza a necessidade de
esforçar-se. A preguiça sempre dá maus frutos. Não conduz a nada e paralisa o
progresso.

É preciso que todo jovem se capacite intelectualmente e em tarefas manuais, a fim de


ser apto para desempenhar-se em qualquer âmbito, e diante de qualquer necessidade.

Trabalho

Anos atrás, os jovens saíam para trabalhar bem novos. Era freqüente que um menino
ou menina adolescente conseguisse emprego. Mas um melhor nível econômico geral e
uma mudança de mentalidade dos pais, tem feito que estes procurem estudos
superiores e reduzam suas responsabilidades quanto a trabalho.

Hoje encontramos muitos jovens de vinte a vinte e cinco anos que ainda são
sustentados por seus pais para poderem se dedicar ao estudo com mais eficiência.
Ainda que isso produza um maior progresso intelectual e a possibilidade de alcançar
uma posição com êxito, contudo não ajuda muito ao desenvolvimento de sua
personalidade. Assumir responsabilidade é a melhor escola para o caráter.

É recomendável que meninas e meninos trabalhem desde novos, ainda que com um
emprego de poucas horas, e que aprendam a ganhar seu sustento. Se eles
conseguirem cobrir seus gastos com seu salário, isso será de grande ajuda para os
pais, e lhes dará um sentimento de dignidade e auto-estima. O trabalho amadurece.

III - A RELAÇÃO ENTRE OS IRMÃOS

A boa relação entre irmãos é uma das maiores riquezas que sustenta a família. Dá
valor aos laços familiares e desenvolve vínculos de amizade que perdurarão por toda a
vida, por isso é muito importante que os irmãos procurem uma convivência onde o
tratar bem seja a nota dominante.

Existem condutas e atitudes que contribuem para a harmonia e outras que a destroem.
Convém ter isso em conta para efetuar as mudanças que se fizerem necessárias.

  1. O que destrói

A indiferença ou isolamento são atitudes que estorvam a boa relação. Quando alguém
se encerra em si mesmo, automaticamente deixa outro de fora. Fora de seu
pensamento, de seu interesse e de suas emoções. Quem se isola não pode
compartilhar nem as alegrias nem a dor de seu semelhante, neste caso seu irmão; e
começa a tornar-se egocêntrico e individualista. Mas Deus nos tem feito seres
gregários, com necessidade da presença, contato e do afeto dos demais. O isolamento
obedece maquinações puramente satânicas, cujo fim é a destruição própria por solidão
ou a destruição de outros por abandono. Deus quer restaurar nossa sensibilidade para
com os outros. Então é preciso quebrar a barreira da indiferença e sair ao encontro dos
outros.

Certas condutas de ciúmes, invejas ou egoísmo tampouco permitem que a relação se


faça firme e profunda. Devemos rechaçá-las no nome do Senhor e abandoná-las,
dando uma prioridade consciente ao outro e preocupando-nos somente pelo seu bem.
Aquele que dá sem reivindicar, recebe muito mais depois.

As brigas, os gritos e ofensas constituem atitudes de enfrentamento que provocam


brechas e ressentimentos dentro da relação. Muitas vezes abrem brechas difíceis de
fechar. Há feridas que ficam abertas por anos.

É preciso ser cuidadoso no trato entre irmãos para que o diabo não ganhe terreno e
cause divisões.

Outra coisa que se deve descartar são as brincadeiras pesadas, as "gozações" e os


apelidos que se colocam com tanta facilidade. O fato

de irmãs chamarem de "maricas" ao irmão pode ocasionar uma grave mudança em sua
personalidade (conhece-se casos de homossexualidade que começaram com
brincadeiras desta ordem). Se os irmãos chamam de "insuportável" ao irmão menor,
pode ocorrer que isso modifique sua auto-imagem. Tiago mostra:

Tiago 3:2-10 "Da mesma boca procede bênção e maldição. Não convém, meus
irmãos, que se faça assim."

É necessário prestar atenção à maneira de falar para não ferir ou ofender. Muitas
vezes o irmão deixa passar a ofensa, mas seu coração fica ferido.

  2. O que edifica

A solidez da relação fraternal dependerá de que se cultivem todos aqueles aspectos


que cimentam e constróem. É necessário prestar singular atenção ao tratamento
afetuoso e caloroso que expresse o amor que se sente pelo outro. Também que se dê
lugar ao companheirismo e à comunhão espiritual. Se todo o trato é em nível humano,
com o decorrer do tempo se tornará pobre. A presença do Senhor, a mudança,
aprofunda e enriquece a relação. Deve-se compartilhar experiências, leitura da palavra
e períodos de oração. Nesse nível espiritual a relação se torna cuidadosa e surge a
ocasião onde o Senhor endireita as situações tortas, e conserte os problemas que
possam ter surgido. Também possibilita o perdoar de todo o coração, restaurar a
relação depois de algum conflito.

Os irmãos devem ser amigos e ajudar-se mutuamente, mostrando interesse genuíno


para com o outro sem jamais trair a confiança que lhe foi depositada.

  3. Relação com pais não cristãos

Dentro deste tema se destacam dois pontos básicos: sujeição e testemunho.

Sujeição

A sujeição que um filho deve a seus pais inconversos é a mesma que a daquele que
tem pais cristãos. A única exceção é quando o pai ou a mãe lhe exigir que entre em
práticas que vão contra suas convicções ou sua fé. Nesse caso é indispensável
consultar a irmãos que são seus guias espirituais e determinar se realmente a
exigência dos pais não corresponde.

Muitos filhos tomam facilmente essa exceção, quando em realidade o que querem é
esquivar-se da obediência. Por isso é tão importante que seja um irmão ou uma irmã
maduro quem determine se cabe ou não a sujeição.

Testemunho

Os pais recebem um maior impacto pela vida transformada de seus filhos do que por
suas palavras. Por isso é muito importante que o filho viva em conformidade e
obediência a cada palavra do Evangelho de Jesus Cristo. Uma vida santa, simples,
comprometida e humilde é a pregação mais substancial que um pai não cristão pode
receber.

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