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Querida família, amigos, caros irmãos e irmãs!

Estamos aqui hoje reunidos celebrar com a partida nosso (a) irmão (ã) N..., estamos
todos triste pela sua partida. Mas os céus estão em festa celebrando a sua chegada,
e ficamos felizes em saber que o (a) nosso (a) irmão(ã) está ao lado do criador.
Todos nós perdemos um ente querido em algum dia, e sabemos que a dor da perda
é grande. Perda está feita pela morte, oriunda do pecado original da ração humana
contra criador. A morte não estava originalmente destinada ao homem por Deus,
embora fosse natural a corrupção do corpo, patente na realidade humana. Se Adão
continuasse na graça seu corpo não se corromperia, em razão da força da graça no
espírito. Portanto, por causa do pecado, derivou a necessidade da morte do corpo,
segundo a exigência da natureza. A morte é a pena consequente da culpa do
pecado original, derivada da subtração da graça original. Mas, lembramos que a
morte foi vendida por Cristo e graça sua morte na cruz podemos também vencer a
morte e está junto ao pai na morada eterna.
Sei que o sofrimento e o fardo são grandes, mas o sofrimento não é uma equação
matemática que pode ser medida ou calculada, pois não podemos medir a dor do
próximo.
Lembro que todos podemos vencer a morte e contemplar o reino eterno, como N.
fez. E faremos isso com Amor. Pois foi com amor que Cristo venceu a morte, esse
mesmo amor que não olhou diferença de raça, etnias, região, pecados. Neste
mesmo amor que fez Cristo sentar na mesma com cobrador de imposto, a perdoar
pecados da adúltera, mesmo amor que olha ao próximo e compadeça da dor. E
nesse amor que uni as diferenças da família. Não importa a religião e diferença,
somos impulsionados ao amor que sentimos ao próximo, e é este amor nos uni aqui
hoje.
Querida família, a saudade eterniza a perda vosso (a) filho (a), e somente o tempo
poderá eterniza vossa dor e o sofrimento, e a transformará em silêncio, onde na
espera de um dia abraçar vosso filho (a) de novo no paraíso.
Me falta palavras descrever minhas condolências a vocês, mas creio que o remédio
a essa dor que Cristo deixou a humanidade é um dia saber possamos rever nossos
entes queridos na eternidade.
Cristo conhecer a nossa dor da perda, pois o próprio chorou por Lázaro, e a deu a
ressurreição no paraíso.
Cristo reconhece a dor, e o fardo vossa perda e por isso darão a vós conforto. A
morte em Heidegger: horizonte de possibilidades para uma vida autêntica
Assim, viver de maneira autêntica é viver tendo a consciência de que somos finitos e
um dia vamos morrer. Quem vive de maneira autêntica encara a morte como
possibilidade da impossibilidade da sua existência, e não como faz o impessoal que
diz “morre-se”, na tentativa de mascarar essa realidade. Viver autenticamente é
reconhecer-se ser-para-a-morte e a partir disso, diante das possibilidades para as
quais ela nos abre, projetar e construir a nossa vida a partir dessa constatação.
Portanto, a morte deve ser vivida como experiência antecipadora, isto é, deve ser
vivida no dia a dia de nossa existência. Todas as nossas ações devem ter em vista,
como horizonte, essa possibilidade, a mais própria do Dasein, ou seja, o próprio
questionamento das coisas ou fatos ocorridos.
Agostinho fala da pessoa falecida como alguém que alcançou uma espécie de
condição superior: “aqueles que nos deixaram (…) têm os olhos repletos de glória,
fixos nos nossos repletos de lágrimas”.
A morte não é nada. Eu somente passei para o outro lado do Caminho. Eu sou eu,
vocês são vocês. O que eu era para vocês, eu continuarei sendo.

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