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Reflexão exéquia Vô Viva

Hoje é dia de celebrarmos a passagem de nosso querido Viva das canas, como assim era
chamado, para a eternidade. Para alguns um dia de dor, para outros um dia de saudade, de
boas lembranças, um dia que faz bater tão forte ao nosso coração, que gera um vazio e
uma incerteza; há uma falta muito grande da pessoa que se foi em nós.
A morte é um mistério na vida de cada um de nós. Não encaramos mistério no sentido
daquilo que é misterioso, onde ninguém sabe o que será e nem como será. É a própria fé
que nos faz penetrar na beleza de um mistério tão sagrado: o mistério da morte.
É através da morte que temos um encontro pessoal e definitivo com Deus. Aqui na terra
caminhamos na presença de Deus e Ele caminha conosco, mas é na morte que fechamos
os nossos olhos e acordamos para a eternidade. E hoje vô viva já se encontra nessa
eternidade, junto a Deus.
Deus nos quer no céu, e o preparou para nós! Assim, Queremos que o nosso bisavô, pai,
avô, tio e amigo esteja também no céu, porque o Pai preparou uma morada para cada um
de nós, e a vontade d’Ele é que todo aquele que veja o Filho, creia e tenha a vida eterna,
pois o Filho na ressurreição final há de ressuscitar a cada um de nós
Não podemos abrir mão do nosso lugar no céu, precisamos aqui na terra tomar posse
dessa verdade definitiva, última e maravilhosa da nossa vida. E eu como bisneto posso
afirmar para todos vocês que vô viva soube preparar bem o cantinho dele lá no céu. Digo
isso, porque sempre pude perceber nele uma enorme caridade no seu coração. Homem
justo, reto, prestativo e caridoso. Nunca gostou de nada errado e ajudou muitas pessoas
nessa vida.
Hoje, não deve ser um dia de tristeza e nem de velório, ainda que a morte represente uma
certa tristeza, por tudo aquilo que ela possa significar de saudade e perda. Cremos e
vivemos da fé, que nos coloca de pé, para cima e nos dá a certeza de que Cristo venceu a
morte e todo aquele que morre com Ele, ressuscita para viver junto d’Ele no céu.
Hoje é dia de fazermos comunhão de fé, de amor, de esperança e de lembrarmos de tudo
de bom que vivemos ao lado de vô viva. Na certeza de que o céu tem muito mais para nós
e para vô Viva. Caminhamos num vale de lágrimas, e por mais que a vida aqui na terra
tenha um sentido, um valor sublime, estamos passando por ela. Mas não podemos nos
esquecer para onde estamos indo, não podemos nos esquecer que fomos feitos para o céu,
para a eternidade. Lá onde Deus pode enxugar nossas lágrimas e nunca mais haverá dor,
fome, morte, tragédia… Nunca mais haverá morte porque seremos um só com Deus, e Ele
será uma realidade única e eterna na vida de cada um de nós!
Aspiremos e desejemos o céu, façamos da nossa vida o início da nossa eternidade. A morte
não pode ser para nós uma realidade obscura de medo, pavor e pânico. Que isso fique
para os descrentes, para aqueles que não conhecem o Senhor da Vida.
Para aqueles que creem em Jesus, para aqueles que colocam n’Ele sua fé, sua confiança,
sua esperança, a morte não é o fim, mas é a passagem, a porta que se abre para cada um
de nós para a eternidade!
Rezemos no dia de hoje, pelos nosso irmão, Vivaldo Oliveira que já partiu para a casa do
pai, ele precisa de nossa intercessão amiga para a purificação que ainda faltou de seus
pecados. Por isso, no dia de hoje, lembremos sobretudo as almas daqueles fiéis que
padecem no purgatório e necessitam da nossa oração fraterna. É a nossa comunhão, Igreja
militante, que caminha na terra com a Igreja que padece no purgatório em vista da Igreja
que já triunfa no céu.
Oremos por nossos irmãos que já se foram e caminhemos na santidade, porque quando
chegar o nosso dia caminharemos também para o céu, pois é lá que o Pai nos espera!
Reflexão exéquia Vô Viva

Que nós possamos seguir os bons exemplos que vô viva nos deixou, até um dia, nos
reencontrarmos com ele nos céus.
Eu espero que nós que aqui choramos com a dor da perda, possamos ter amado,
respeitado, zelado e cuidado de vô Viva, enquanto ele se encontrava vivo, porque, lágrimas,
flores, ou qualquer demostração de amor e carinho que nós venhamos a fazer agora, não
adianta nada, porque deveria ser feita enquanto ele estava vivo e podia nos ouvir e se sentir
amado por nós. O que temos aqui agora conosco é apenas a matéria física, que não
escuta, não sente nada e que após ser sepultado, não poderemos mais ver.

Que Deus perdoe os pecados da fraqueza humana, afinal, foi um ser humano como nós e
tinha pecados.

Que nosso senhor Jesus Cristo abençoe a todos que se dispuseram a cuidar dele no
hospital, e na casa de tia Railda. Quem vai retribuir a vocês que ajudaram, não somos nós,
mas o próprio Deus. Não foi fácil, foram noites de sono sem dormir, foram viagens de tão
longe para vir visitá-lo e muitas outras coisas, mas não nos esqueçamos, que agora foi ele,
mas amanhã pode ser qualquer um de nós que aqui estamos reunidos.

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