OS MUÇULMANOS NA PENÍNSULA IBÉRICA

711 - 1492
 O AUTOR
Ruy Andrade Filho é de São Paulo e formado em História
pela FFLCH-USP, onde também realizou doutoramento sob
orientação do Prof. Dr. Hilário Franco Jr. Foi professor de
História Medieval na Faculdade de Moema, Faculdades
Associadas do Ipiranga e PUC-SP. Desde 1998 leciona
História Medieval na UNESP-ASSIS. Membro da Sociedade
Brasileira de Estudos Medievais (ABREM), da Sociedade
Argentina de Estudos Medievais (SAEMED), do Centre
Européen dArt et Civilisation Médiévale (Conques).
Colaborador brasileiro da International Medieval
Bibliography (Leeds) entre 1998 e 2007. Coordenador de
História Medieval do NEAM (Núcleo de Estudos Antigos e
Medievais - UNESP-ASSIS). Atualmente dedica-se com
maior ênfase à pesquisa da Hispânia Visigoda,
religiosidade, política, cultura, civilização e imaginário
medievais. Diz-se apaixonado por história medieval, desdë
que assistiu “El Cid” pela primeira vez. Hoje, após ter visto
o filme mais de 40 vezes, reconhece que ele não passa de
um “bang bang medieval” — embora continue seduzido.
Hobbies tern vários: xadrez, piano, e música que varia de
Beethoven a Eduardo Dusek, passando por Adoniran, Gal,
Simone, Caetano, Tom, Beatles, Rachmaninoff entre
outros.
Ocupação Anterior da Península Ibérica

Povos Pré-Romanos até 210 AC Romanos 210 AC até 409 DC

Visigodos 408 a 711 DC

ESBOÇO HISTÓRICO
Procurando entender as razões das peculiaridades ibéricas
AMÉRICO CASTRO
Aponta a convivência e fusão de três culturas: a
islâmica, a hebraica e a cristã. Américo Castro
entende o domínio muçulmano como uma
“circunstância” da vida ibérica que, tal como as
anteriores presenças romana e visigótica,
contribuiu para o futuro desenvolvimento da
península
CLÁUDIO SÁNCHEZ-ALBORNOZ
Entende que a presença islâmica impediu, “de
maneira trágica”, a evolução da Hispânia de forma
análoga aos países do Ocidente Medieval.
Segundo este ponto de vista, o processo de luta
contínua entre cristãos e muçulmanos e o
repovoamento das terras lentamente recuperadas
para a cristandade ibérica colocam-se no eixo da
questão
 Rápida Conquista ou “Magia Islâmica”
Entre a segunda metade do século VII e meados do VIII, os árabes montaram um império que se estendia de províncias
da China aos Pirineus

Califas Perfeitos (632-660) Dinastia Omídia (660-750)

Após pacificarem a Arábia iniciam os avanços do
lslã. Logo a palavra do Profeta chegava à Síria,
Pérsia, Palestina e Egito. Caráter mais pastoral.
Confere ao poder uma caracterlstica mais política. A
capital do império é instalada na cidade de Damasco,
na Síria. Completa-se a ocupaşão da Palestina e da
Pérsia. No Oriente, o lslã progride sobre o Turquestão e
o vale do rio Indo; para o Ocidente, é a vez do norte da
África e da Peninsula lbérica.
 Dinastia Abássida (750-1258)
Fundado por Abu al-Abbas as-Saffah em 750 EC, após uma revolta
contra o domínio omíada. Os abássidas estabeleceram sua capital em
Bagdá, que se tornou um centro de aprendizado, comércio e cultura.
Sob o Califado Abássida, o Islã experimentou um período de avanço
cultural e científico conhecido como Idade de Ouro Islâmica. Muitas
obras importantes de ciência, filosofia, medicina e literatura foram
traduzidas para o árabe e contribuíram para o desenvolvimento da
erudição islâmica. Os califas também patrocinaram a construção de
edifícios magníficos, incluindo mesquitas e palácios, que refletiam a
riqueza e o poder do império.
O período dos califas abássidas apresentam as seguintes características:
• Crescimento e desenvolvimento da vida urbana,
• Florescimento da filosofia e da ciência,
• Intensa atividade comercial e artesanal,
• Novos sistemas de irrigação para melhorar as colheitas.
Período das Taifas Fragmentação (1031-1212)
• Primeiro período da taifa (1009 - 1110) • Segundo período da taifa (1145 - 1200)
• Almorávidas (1086-1147) • Almóadas (1147-1238)

Rodrigo Díaz de Vivar

(Burgos, 1043 – Valência, 1099)

Declínio e Reconquista (1212-1492)

• Terceiro Período Taifa (1224-1266)
• Reino de Granada (1238 - 1492)
A Reconquista

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