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Arqueologia

Medieval
Aula 3

U2. Arqueologia Medieval na Península Ibérica

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U2. ARQUEOLOGIA MEDIEVAL NA PENÍNSULA IBÉRICA
2.2. A diversidade dos quadros cronológicos e geográficos

2.2.1. O contexto suévico e visigótico

2.2.2. O contexto islâmico

2.2.3. O contexto dos reinos cristãos do Norte Peninsular

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O contexto suévico e visigótico-séculos V/VI/VII
Período fulcral para
compreender o fim do mundo
romano no ocidente e o
nascimento dos reinos
cristãos alto-medievais

409 penetração de povos


germânicos na Hispânia;
410 saque de Roma (Alarico);
411 Vândalos Galécia
Oriental, Suevos Galécia
ocidental, Alamanos na
Cartaginense e Lusitânia,
Vândalos Silingos na Bética

Depois de lutas continuadas


emergem duas forças principais:
os Suevos e os Visigodos
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O contexto suévico e visigótico

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A afirmação do poder suevo na Galécia e tentativa de estenderem poder a
outras províncias
Fontes: Idácio, bispo de Chaves; Paulo Orósio: “História contra os Pagãos”

429 Heremigário saqueia


Mérida,
430 e 431 saqueiam a
Galécia,
440 – 448 ocupam Mérida,
conquistam Sevilha,
devastam a Bética e a
Cartaginense

456 – Teodorico II derrota


Suevos perto de Astorga,
saqueia Braga e aprisiona
Requiário no Porto que é
executado
465 – Remismundo assina
paz com Teodorico II

Os Visigodos fixam-se lentamente na Hispânia, definitivamente a partir de 507 5


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O contexto suévico e visigótico
Manutenção da rede urbana, como sedes episcopais
ativo papel económico e contactos com o Mediterrâneo oriental
viagens e embaixadas
cristianização
monumentalização das sedes episcopais
(catedral, batistério, igreja cemiterial e residência episcopal)
proliferação de igrejas cristãs sobre villae ou necrópoles romanas.

florescimento do reino suevo no século VI com ação de S. Martinho de


Dume

585 Leovigildo conquista Braga, mata o soberano suevo

o território do reino suevo fica sob controle dos Visigodos

625 os Visigodos controlam toda a Península Ibérica


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Para o atual território
português existem
referências documentais
escritas e vestígios
arqueológicos de tipologias
diversas, datáveis dos séculos
V-VII, que permitem fazer
algumas aproximaçõe aos
quadros de povoamento no
período suevo-visigótico

‘paróquias’ suevas, malha


territorial e administrativa
“Divisio Theodomiri = “Paroquial
Suevo” (572?)
O contexto suévico e visigótico 8
O contexto islâmico

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Expansão rápida na P. I. Os conflitos internos e as guerras O contexto islâmico
entre Berberes e Árabes no N. África fixam interesses Árabes
no sul, emergindo em
756 o Emirado Omíada de Córdova,
que conhece ataques dos reinos cristãos do norte, de O fundamentalismo almóada
normandos e conflitos internos.
acentuou conflitos com moçarabes
Em 926 Abd al-Rahmãn III unifica o território que emigram para norte, enquanto
e proclama-se califa, surgindo o os Reinos cristãos consolidam
califado omíada de Córdova
avanços a sul
tenta suster, ao longo do séc. X, o avanço cristão a norte,
através de fortificações e incursões como as de Al-Mansür,
em 987, que conquista Coimbra, Leão e Zamora e, em 997, 1212 são derrotados em Navas de
quando saqueia Tolosa pelos reis de Portugal,
Santiago de Compostela.
Castela, Navarra e Aragão
Em 1029 o califado fragmenta-se em
reinos Taifas rivais. 1236 perdem Córdova: o domínio
islâmico reduz-se ao emirado
Em 1070 os Almorávidas reunificam o Andaluz que se
integra num império com sede em Marraquexe. nazari de Granada, conquistado em
1492.
O império almorávida entra em declínio no séc. XII e
fragmenta-se em novos reinos taifas que serão anexados
pelos Almóadas, unificando o território a sul do Tejo em
1156.
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O contexto islâmico

Os últimos 30 anos de
investigação arqueológica do
período islâmico proporcionaram
resultados verdadeiramente
notáveis, com base nos quais é
hoje possível traçar quadros
pormenorizados sobre os mais
de 5 séculos de ocupação
islâmica da metade sul do atual
território português

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O contexto islâmico

Os últimos 30 anos de
investigação arqueológica do
período islâmico proporcionaram
resultados verdadeiramente
notáveis, com base nos quais é
hoje possível traçar quadros
pormenorizados sobre os mais
de 5 séculos de ocupação
islâmica da metade sul do atual
território português

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O contexto islâmico

Os últimos 30 anos de
investigação arqueológica do
período islâmico proporcionaram
resultados verdadeiramente
notáveis, com base nos quais é
hoje possível traçar quadros
pormenorizados sobre os mais
de 5 séculos de ocupação
islâmica da metade sul do atual
território português

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O contexto dos reinos cristãos do Norte Peninsular
O contexto dos reinos cristãos do Norte Peninsular

Territórios no século XI

‘marcadores’ de povoamento:
rede viária, mosteiros, castelos e casas-
torre

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O contexto dos reinos cristãos do Norte Peninsular

CASTELOS NECRÓPOLES

MOSTEIROS

Algumas expressões
arqueológicas da ocupação
do território
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ALGUMAS CONCLUSÕES

• As periodizações históricas são meramente operativas.

• Para a Idade Média (séculos V a XV), os dados da


arqueologia revelam mais continuidades do que ruturas,
exigindo aos investigadores uma perspetiva de
abordagem de longa duração, sem a qual não é possível
apreender e explicar as transformações das paisagens e
das sociedades humanas que as produziram

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