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Medieval
Aula 4
Informação e estudos
complementares Estudos arqueológicos
Território
Habitat rural
Morfologia agrária
Sistema de culturas
Estrutura agrária
Território
Desenho ou
configuração das
parcelas, dos
caminhos e da
disposição relativa
dos campos,
bosques e
pastagens.
Pode configurar
formas diversas
(ortogonal, radial,
concêntrica, etc.)
Sistema de culturas
associação de plantas
escolhidas por uma
sociedade rural para
cultivo, dependendo
das características dos
solos e do clima, da
técnica utilizada, da
tecnologia disponível,
do nível de rendimento
pretendido
Habitat e morfologia agrária: esqueleto da paisagem, revelando o plano de
ordenamento do território. Esse plano reveste uma identidade histórica, é estável ,
permanecendo inalterado durante séculos
A estrutura agrária, enquanto conjunto de laços duráveis e profundos entre o ser
humano e o solo, expressos na paisagem rural, traduz a forma de ocupação do
solo e a organização do território, sendo o resultado do
habitat + morfologia agrária + sistema de culturas
Conhece importantes variantes regionais
Estruturas agrárias dominantes
Agronómicos
Sociológicos
Demográficos
Económicos
Tecnológicos
Fatores condicionantes da estrutura agrária
Agronómicos
clima e solo interferem no sistema de culturas
Sociológicos
• Tipo de organização social:
• exploração familiar produz paisagens variadas e irregulares, sem
investimento em estruturas coletivas;
• exploração comunitária produz paisagens regulares, esquemáticas e
monótonas, com maiores investimentos em equipamentos coletivos;
Demográficos
• crescimento populacional determina a expansão da área
agrícola, através de arroteamentos, ou alteração do sistema
de culturas;
• diminuição da população traduz-se em redução da área
agrícola e aumento da floresta
Económicos
• produção para autossuficiência assente na policultura;
• produção de mercado, para abastecimento urbano,
privilegia a monocultura extensiva
Fatores condicionantes da estrutura agrária
Tecnológicos
villae Moinhos
casais Azenhas
Aldeias Terraças
conflitos militares
hábitos de peregrinar
O estudo da rede viária medieval de ter por base estudos monográficos regionais
nacional
inter-regional
regional
local
os caminhos revelam uma longa permanência, mesmo quando caem em desuso ou diminui a
sua importância
Traçados e importância relativa dos caminhos
Fontes de informação onomástica e toponímia
Na documentação medieval identificam-se os nomes via, carraria, vereda, strata e
caminum, que parecem corresponder a vias diferentes nas características construtivas e na
sua função.
a palavra carraria muito frequente no Entre Douro e Minho, designa caminhos onde
circulavam carros, supondo pavimentos, pelo menos nas zonas mais lamacentas. Tanto
pode aplicar-se a antigas vias romanas inter-regionais, como a simples ligações locais
Os vocábulos que designam os caminhos aparecem com frequência associados a
adjetivos que permitem estabelecer
(esta última no caso do Norte de Portugal, porque no Sul poderá referir-se a uma
estrada mandada construir pelos árabes)
Valongo Segóvia
Na documentação e na toponímia importa prestar especial atenção às referências a
‘estalagem’, ‘albergaria’, ‘pousa’, ‘venda’ ou ‘pousada’, porque se referem a
estabelecimentos de apoio aos viajantes, sinalizando a passagem de uma via
importante
Estalagem medieval-Amarante
Inicialmente chamadas ‘albergarias’
ou ‘hospitais’, onde se proporcionava
dormida,
alimentação,
tratamento sanitário
e outros serviços,
ao atendimento de viajantes
e outros
ao acolhimento de doentes (caso particular
das gafarias, sempre localizadas à margem
das estradas principais) e de pobres
Nos séculos XIV e XV, surge a estalagem, já não por caridade e mas associada à viação
Os caminhos, embora sejam construções artificiais realizadas para
satisfazer os interesses de uma população, não deixam de ser
fortemente condicionados, nos seus traçados, pelo meio físico