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DIVERSIDADE AGRÁRIA
REGIONAL
Índice
Apresentação................................................................................................................2
Objetivos de Aprendizagem...........................................................................................2
3.3. Fruticultura.......................................................................................................20
3.4. Hortofloricultura................................................................................................30
3.5. Silvicultura........................................................................................................37
Bibliografia.................................................................................................................43
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Ambiente e Desenvolvimento Rural
Apresentação
Para ser um “bom vendedor” de um produto é necessário conhecê-lo bem e acreditar nas
suas potencialidades. Pretende-se preparar os alunos para que se possam assumir como
“Embaixadores” rurais junto das clientelas visitantes ou potencialmente visitadoras.
Este módulo tem como objetivo proporcionar ao futuro Técnico de Turismo Ambiental e
Rural um contacto direto com a realidade agrária que o rodeia, para que dela possa ter
um conhecimento mais aprofundado. O aluno deve participar em várias atividades práticas
próprias de uma exploração agrícola polivalente da região.
Objetivos de Aprendizagem
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Ambiente e Desenvolvimento Rural
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Ambiente e Desenvolvimento Rural
Norte Litoral
Apresenta uma série de linhas de relevo
separadas por vales largos e de fundos
aplanados;
Temperatura amena devido à influência
marítima;
Precipitação abundante;
Estação seca estival de dois a três meses;
Inverno suave;
Verão fresco;
Predominam os solos resultantes da rocha granítica, que apresentam uma
fertilidade média;
Solos aluvionares, nas margens dos rios, que permitem uma atividade agrícola
mais intensa;
A passagem dos Romanos deixou as suas marcas, quer nas espécies cultivadas
(vinha, oliveira, árvores de fruto), quer nos instrumentos utilizados (arado de
madeira);
A utilização de “noras” para extração de água dos poços é uma das marcas de
influência árabe;
Com os Descobrimentos introduzem-se novas espécies vegetais, como o milho, o
feijão e a batata;
As fortes densidades populacionais, aliadas a uma produção para autoconsumo,
promoveram uma maior fragmentação das parcelas;
As normas do direito sucessório, aliado do sistema de heranças, acentuaram as
características do minifúndio.
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Ambiente e Desenvolvimento Rural
Norte interior
A temperatura média anual apresenta valores muito baixos;
No Inverno registam-se valores muito baixos de temperatura;
Ocorrência de temperaturas próximas dos
0ºC;
Fracos valores de precipitação;
Estação seca estival pronunciada;
O relevo apresenta-se montanhosos e/ou
planáltico;
Os solos são predominantemente de natureza
xistosa, de fraca fertilidade;
A romanização está bem patente no cultivo da oliveira, da vinha, dos cereais
(centeio e trigo) e das árvores de fruto;
As fracas densidades populacionais e o isolamento levaram à formação de um
povoamento aglomerado;
A presença de um certo comunitarismo agro-pastoril, do qual restam escassos
vestígios, marcou as atividades e a organização do território.
Centro
Contrastes de relevo (planície no litoral,
montanhas no interior);
Região de transição climática (influência
atlântica/influência continental);
Presença de solos de fertilidade muito diversa
(mais férteis na zona litoral e de natureza
granítica e xistosa no interior);
A passagem de diversos povos deixou as suas marcas, quer nas espécies
cultivadas (vinha, oliveira, árvores de fruto), quer os instrumentos (arado de
madeira) e processos de extração de água dos poços;
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Ambiente e Desenvolvimento Rural
Alentejo
Valores elevados de temperatura média anual;
Valores de precipitação total anual, muitas
vezes, inferior a 500 mm;
Estação chuvosa pouco pronunciada;
A estação seca estival é acentuada,
registando-se situações de calor mais
persistente;
Dominam as superfícies aplanadas;
A fertilidade dos solos é muito baixa, dado a
rocha-mãe ser predominantemente de origem xistosa;
Forte influência muçulmana nas espécies cultivadas (ex. – oliveira);
Densidade populacional muito baixa;
Com a extinção das ordens religiosas, o Estado apropriou-se das terras que depois
foram vendidas, em hasta pública, em grandes lotes à burguesia endinheirada,
originando assim parcelas de cultivo de grandes dimensões.
Algarve
Clima tipicamente mediterrâneo;
Verão quente, seco e longo;
Período estival seco de cinco a seis meses;
Invernos suaves, pouco chuvosos e com
temperaturas amenas;
Valores de precipitação total muito baixos;
Relevo de planície no litoral separado do
Alentejo pela “serra algarvia”;
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Ambiente e Desenvolvimento Rural
Madeira
Clima ameno ao longo do ano;
Verão quente, seco e prolongado;
Inverno suave;
Período estival seco bem marcado;
Contraste vincado entre a vertente norte
(mais fresca e húmida) e a vertente sul
(mais quente e seca);
Os valores mais baixos da temperatura
média anual verificam-se nos picos de maior altitude do centro da ilha;
O clima condiciona o escalonamento das culturas com a altitude;
Fraca densidade populacional;
Maior concentração populacional junto ao litoral;
A introdução da vinha na ilha data do primeiro quartel do séc. XV. A primeira casta
a ser introduzida foi a “malvasia”;
A bananeira foi introduzida na Madeira em meados do séc. XVI, tendo-se
espalhado aos poucos por toda a ilha.
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Ambiente e Desenvolvimento Rural
Açores
Clima mais húmido e maior distribuição das chuvas ao longo do ano;
Valores totais anuais de precipitação
bastante significativos;
Presença constante de nevoeiros e
nuvens;
As temperaturas no Verão e no Inverno
são amenas;
O relevo é vigoroso, provocando
condições climatéricas que variam com
a altitude;
Densidades populacionais baixas;
A população distribui-se pela periferia das ilhas;
Durante os sécs. XV e XVI as ilhas foram colonizadas por portugueses e flamengos,
que introduziram gado, milho e vinhas;
A partir de 1440, o povoamento das ilhas progrediu rapidamente;
Com a expansão da navegação marítima e do conhecimento europeu, os Açores
passaram a ser uma encruzilhada das navegações atlânticas.
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Ambiente e Desenvolvimento Rural
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Ambiente e Desenvolvimento Rural
Quanto a Lisboa, Médio Tejo, Oeste e também Quanto a Lisboa, Médio Tejo, Oeste e
também Algarve, é de notar uma grande dispersão de atividades comerciais, industriais e
de serviços.
POVOAMENTO Disperso
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Ambiente e Desenvolvimento Rural
POVOAMENTO Concentrado
REGIÃO Centro
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REGIÃO Alentejo
REGIÃO Algarve
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REGIÃO Madeira
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Ambiente e Desenvolvimento Rural
REGIÃO Açores
POVOAMENTO
Misto (linear ou orientado, segundo a rede de caminhos)
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Ambiente e Desenvolvimento Rural
De forma muito geral, pode dizer-se que a prática da agricultura biológica obriga a que:
As explorações agrícolas tenham que passar por um período de conversão, de
duração diversa, consoante as circunstâncias;
A fertilidade e a atividade biológica dos solos devem ser mantidas ou melhoradas
através de culturas apropriadas, sistemas de rotação adequados e incorporação
nos solos de matérias orgânicas específicas;
A luta contra parasitas, doenças e infestantes, deve ser feita através da escolha de
espécies e variedades adequadas, de programas de rotação de culturas, de
processos mecânicos de cultura e de proteção dos inimigos naturais dos parasitas
das plantas;
Os animais devem ser escolhidos de entre raças autóctones ou particularmente
bem adaptadas às condições locais, devem dispor de uma área de movimentação
livre e o seu número tem que estar em equilíbrio com a dimensão da exploração e
as produções vegetais; a prevenção de doenças dos animais baseia-se na seleção
das raças ou estirpes de animais, na aplicação de práticas de produção animal
adequadas às exigências de cada espécie, na utilização de alimentos de boa
qualidade, juntamente com o exercício regular e o acesso à pastagem e no número
de animais adequado, que evite a sobre população.
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Ambiente e Desenvolvimento Rural
Os cereais assumem um papel relevante na atividade agrícola nacional, quer como suporte
alimentar das populações e do efetivo animal, quer como parte integrante do quadro de
utilização das terras.
Trigo
O trigo assume-se como o principal cereal de sequeiro na estrutura cerealífera nacional.
Até ao final da década de 90, cerca de 90% do trigo era trigo mole, que foi
posteriormente substituído pelo trigo duro, devido à introdução da ajuda suplementar a
este cereal.
Centeio
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Ambiente e Desenvolvimento Rural
O centeio é o único cereal de pragana cuja distribuição territorial predominante não inclui
a região do Alentejo. De facto, este cereal é tradicionalmente cultivado no interior do
país (Norte e Centro), evidenciando uma grande rusticidade.
Utilizado como dupla aptidão (consumo humano e alimentação animal), teve uma grande
importância na alimentação de subsistência das populações mais carenciadas. Atualmente,
a reintrodução do pão de centeio na dieta alimentar dos portugueses poderá vir a
dinamizar novamente a cultura.
Cevada
A área ocupada pela cevada teve uma das maiores quebras dos cereais de Inverno desde
1980, com particular incidência a partir de meados da década de 90. Apesar da grande
diminuição verificada desde 1990, este cereal voltou a suscitar maior interesse nos últimos
anos devido às suas múltiplas utilizações (consumo humano, animal e indústria).
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Ambiente e Desenvolvimento Rural
tornam o Alentejo principalmente pela sua dimensão, como a região de excelência para o
desenvolvimento da cultura de cevada.
Aveia
As maiores produções de aveia verificaram-se na década de 80 em resultado das maiores
áreas semeadas, atingindo um máximo de 155 mil toneladas em 1987, devido a um
excelente ano agrícola para os cereais de Inverno.
Milho
O milho é, no contexto agrícola nacional, a mais importante cultura arvense e também
aquela que envolve um maior número de produtores e de explorações agrícolas. Ao longo
do período
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Ambiente e Desenvolvimento Rural
Arroz
O arroz é o cereal que no período de 1980 a 2006, teve a menor diminuição de área
cultivada.
Tal como para o milho, também a produtividade do arroz aumentou desde 1980, embora
de um modo mais moderado.
As condições particulares do seu cultivo – caule submerso – determinam que o arroz seja
produzido nas regiões da Beira Litoral, Ribatejo e Oeste e Alentejo, associadas às bacias
hidrográficas dos rios Mira, Mondego, Sado e Sorraia.
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Ambiente e Desenvolvimento Rural
3.3. Fruticultura
Maçã
A produção de maçã é efetuada, sobretudo, em pequenas explorações. A área ocupada
por estes pomares manteve-se relativamente estável ao longo do período em análise.
Pêra
A pêra rocha é o fruto mais exportado de Portugal, representando cerca de 90% da
produção nacional de pêra e 6% da produção europeia.
Apesar da importância dos números, a área de pereira apresenta um crescimento pouco
significativo entre os anos extremos do período em análise.
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Ambiente e Desenvolvimento Rural
peso relativo da produção anual média no total do país ter aumentado de 83,7% para
87,8%, entre os quinquénios 1986-90 e 2002-06.
Pêssego
A área de pessegueiro teve um grande crescimento a partir da segunda metade da década
de 80 até ao início dos anos 90, para então começar a diminuir, verificando-se uma
quebra assinalável nos últimos anos.
Ribatejo e Oeste é a região com maior área de pessegueiro, seguindo-se a Beira Interior,
com uma área anual média no quinquénio 2002-06 de 2 619 hectares e de 1 537
hectares, respetivamente.
O Alentejo foi a região que mais perdeu em área. Em termos de produção de pêssego,
comparando a média anual dos quinquénios 1986-90 e 2002-06 verifica-se uma perda de
importância relativa de Ribatejo e Oeste e Alentejo e um aumento da Beira Interior.
Laranja
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Ambiente e Desenvolvimento Rural
Kiwi
A cultura do kiwi foi introduzida na Europa apenas na década de 70, pelo que só começou
a ter alguma dimensão no país nos finais dos anos 80, tendo aumentado a área nos anos
90, com um máximo de 1 133 hectares em 1998, para apresentar algum decréscimo nos
anos seguintes, a que se sucedeu novo aumento, tendo a área atingido o máximo de 1
307 hectares em 2006.
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Ambiente e Desenvolvimento Rural
Com 67,2% da área total de kiwi do país em 1989, que aumentou para 76,9% em 2006, a
região de Entre Douro e Minho é a mais importante na cultura do kiwi, seguindo-se a
Beira Litoral, com 20,7% da área total em 2006.
O aumento das áreas plantadas e da produtividade dos pomares de kiwi, bem como a
importação de novas técnicas de cultivo e comercialização, fazem prever um aumento
significativo da produção nos próximos anos.
Cereja
A área de cerejeira apresenta uma tendência crescente desde 1980, coincidindo a área
mínima (2,9 mil hectares) e a máxima (6,3 mil hectares) com o princípio e final da série
em análise, respetivamente.
As duas principais regiões para a cultura da cerejeira são Trás-os-Montes e a Beira Interior
(Cova da Beira), representando 85% da área total do país em 2006, com Trás-os-Montes
a deter a maior área.
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Ambiente e Desenvolvimento Rural
Amêndoa
Em Portugal os amendoais são, sobretudo, explorados em regime de sequeiro estando, no
caso do Algarve, associados a outras culturas, como por exemplo a alfarrobeira, a figueira
e a oliveira. Em Trás-os-Montes a produção encontra-se concentrada nos pequenos e
médios produtores.
Castanha
A área de castanheiros tem vindo a aumentar, sobretudo na região de Trás-os-Montes.
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Ambiente e Desenvolvimento Rural
A área de soutos no país aumentou mais de 16 mil hectares, passando de 13 683 ha para
30 253 ha. A produção ainda não reflete este aumento de área, pois as novas plantações
efetuadas, sobretudo na década de 90, ainda não se encontram em plena produção.
Noz
Até 1998, verificou-se em Portugal um incremento gradual e sustentado das plantações de
nogueira, mas foi em 1999 que se deu o maior investimento, com a área a alcançar os 3
063 hectares.
A produtividade ainda não reflete este incremento de superfície, uma vez que grande
parte dos novos pomares ainda não atingiu a plena produção.
Tal como para a castanha, é Trás-os-Montes a região com a maior área ocupada de
nogueira, seguindo-se as regiões de Ribatejo e Oeste e Beira Litoral, que no conjunto
representavam 76% do total, em 2006.
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Ambiente e Desenvolvimento Rural
Avelã
Com a adesão de Portugal à CEE verificou-se uma expansão da área de aveleira. Alguns
esforços foram efetuados em prol da dinamização do sector, nomeadamente através da
criação de máquinas de colheita, calibragem e britagem da avelã e da seleção de
variedades bem adaptadas e de qualidade.
Desta forma, a área da cultura, após um máximo de 1 870 hectares atingido em 1991,
reduziu-se em 2006 para apenas 527 hectares. Também a produtividade da aveleira
diminuiu ao longo dos anos.
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Ambiente e Desenvolvimento Rural
Viticultura
A vinha adapta-se a uma grande variedade de tipo de solos e é exigente do ponto de vista
climático.
A produção de vinho está muito dependente das condições climáticas ocorridas ao longo
do seu ciclo vegetativo, pelo que as produções anuais apresentam uma grande
variabilidade, verificando-se, contudo, uma tendência decrescente desde 1980.
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Ambiente e Desenvolvimento Rural
Trás-os-Montes, com 67 mil hectares é, em 2006, a região com a maior área de vinha,
seguida de Ribatejo e Oeste. Um facto importante a assinalar é que a área de vinha em
Trás-os-Montes se manteve praticamente a mesma desde 1980, mas a área de vinha de
Ribatejo e Oeste diminuiu 38% entre 1980 e 2006.
Apesar disso, a principal região produtora de vinho é ainda Ribatejo e Oeste devido à sua
maior produtividade, seguida de Trás-os-Montes.
No entanto, a produção anual média destas duas regiões evoluiu em sentido contrário,
com Ribatejo e Oeste a diminuir o seu peso relativo no total de 39,5% para 32,3%. A
alteração mais significativa na produção de vinho ocorreu no Alentejo, com o seu peso
relativo no total do país a subir de 3,7% para 11,2%.
Olivicultura
O olival é uma cultura que se encontra representada em todo o Portugal Continental, com
grande importância e tradição no tecido social das populações rurais.
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Ambiente e Desenvolvimento Rural
É no Alentejo que se encontra a maior área de olival para produção de azeitona para
azeite, seguindo-se Trás-os-Montes.
A cultura depara-se com alguns problemas devido ao fecho de lagares por não cumprirem
as normas europeias, a falta de mão-de-obra especializada e a existência de olivais
abandonados e envelhecidos.
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Ambiente e Desenvolvimento Rural
3.4. Hortofloricultura
Batata
A batata é tradicionalmente um dos mais importantes produtos da agricultura portuguesa,
embora a série temporal evidencie um decréscimo contínuo das áreas e produções.
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Ambiente e Desenvolvimento Rural
A batata é uma cultura que se cultiva em todo o país, embora as quatro principais regiões
produtoras – Entre Douro e Minho, Trás-os-Montes, Beira Litoral e Ribatejo e Oeste –
representassem, no quinquénio 2002-06, cerca de 80% do total.
No, entanto a importância relativa das regiões alterou-se, com uma diminuição do peso
relativo de Entre Douro e Minho e o aumento de Trás-os-Montes de 16,8% para 18,6%,
entre os quinquénios 1986-90 e 2002-06.
Feijão
A cultura do feijão é a que, nos últimos 25 anos, teve a maior quebra de área semeada no
país, com uma diminuição de 91% entre 1980 e 2006.
A produtividade desta cultura teve um acréscimo a partir da segunda metade dos anos 80,
o que permitiu durante algum tempo atenuar a diminuição da produção, apesar da
redução da área.
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Ambiente e Desenvolvimento Rural
Grão-de-bico
A área semeada de grão-de-bico foi de 1 268 hectares em 2006, o que representa uma
diminuição para 1/8 da existente em 1980, sendo a menor área cultivada desde esse ano.
Tal como para o feijão, a produtividade média do grão-de-bico teve uma evolução positiva
entre os quinquénios 1980-84 e 2002-06.
O Alentejo é a região em que o grão-de-bico mais se cultiva, com uma área anual média
de 1 343 hectares no quinquénio 2002-06, seguindo-se as regiões da Beira Litoral e Beira
Interior.
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Ambiente e Desenvolvimento Rural
Tomate
Portugal é o sexto maior produtor mundial de tomate para a indústria, com as exportações
da indústria a ultrapassarem os 90% da produção nacional.
Girassol
A cultura do girassol teve um grande incremento após a adesão de Portugal à CEE, em
1986.
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Ambiente e Desenvolvimento Rural
Floricultura
A Floricultura, atualmente também designada por Horticultura Ornamental, abrange três
tipos de produção:
Flores de corte, com 381 hectares,
Folhagens de corte e complementos de flores, com 160 hectares
Plantas ornamentais, com 352 hectares.
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Ambiente e Desenvolvimento Rural
Flores de corte
O cravo e a cravina são as espécies mais representativas, com 40% da produção total de
flores de corte; seguem-se a gerbera e a rosa, que detêm em conjunto 36 % da
produção. O lilium apenas representa 7% da produção.
Plantas ornamentais
O plátano, o pelargónio, a fúchsia e o crisântemo, foram as espécies mais representativas
das plantas ornamentais. Destaque para o crisântemo e para o cravo/cravina, espécies
tradicionalmente de corte, que constituíram respetivamente 14% e 3% do total de plantas
ornamentais.
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Ambiente e Desenvolvimento Rural
Contém fibras com elevado valor nutricional, os óleos essenciais citrolenal e citral, mas
também taninos, saponinas e timol, cujas propriedades são antissépticas.
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Ambiente e Desenvolvimento Rural
Quanto mais jovens forem os rebentos, mais condimentadas são as suas folhas –
recheadas de óleos essenciais como o estragol, cânfora e linalol, contém ainda ácidos
orgânicos e generosas doses de vitaminas C e A.
3.5. Silvicultura
Quanto à sua composição por espécies, verifica-se que o pinheiro bravo (Pinus pinaster), o
sobreiro (Quercus suber) e os eucaliptos (Eucalyptus spp.) são as três espécies mais
representativas e, também, de maior interesse económico. No seu conjunto, ocupam
quase 75 % da área de floresta.
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Ambiente e Desenvolvimento Rural
Pinheiro
O pinheiro é uma das árvores mais comuns em Portugal. Trata-se de uma árvore alta,
atingindo uma altura até 35 a 40 metros. A copa é de forma aproximadamente cónica e
encontra-se sempre coberta de folhas.
Este é o produto mais importante do pinheiro, que pode consistir na goma ou resina
primitiva, a resina amarela, o alcatrão e os diversos derivados. Estes produtos são muito
requisitados na indústria e também na medicina. Além disso, o pinheiro fornece-nos
excelente madeira de construção, como mastros para os navios, vigas e tabuados para a
arquitetura naval e civil, lenha e ramadas para os fornos, e adubos para os terrenos.
Sobreiro
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Ambiente e Desenvolvimento Rural
O sobreiro é uma árvore de porte médio, com uma copa ampla e com uma altura média
de 15 a 20 m. Pode atingir, em casos extremos, os 25 m de altura. O tronco tem uma
casca espessa e suberosa, vulgarmente designada por cortiça.
Eucalipto
O eucalipto é uma árvore nativa da Austrália e pode atingir os 100 metros de altura. É
uma espécie de crescimento rápido que tem preferência por climas húmidos, suportando
mal os Invernos rigorosos.
Devido ao seu grande teor de celulose, o eucalipto é explorado para obtenção de lucros
na indústria do papel e, como tal, é plantado num sistema de monocultura e colhido após
8 -10 anos.
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Ambiente e Desenvolvimento Rural
O Eucalipto tem um impacto ecológico devastador, uma vez que provoca uma diminuição
da qualidade do solo e da quantidade de água disponível, prejudicando gravemente os
habitats ecológicos. Além disso, exerce uma forte competição ecológica com as espécies
autóctones.
Bovinos
O efetivo bovino tem vindo a aumentar desde 1980, nomeadamente a partir da segunda
metade dos anos 90. Contrariamente ao efetivo, o número de explorações com bovinos
diminuiu contínua e acentuadamente.
A região com o maior número de bovinos, em 2005, era o Alentejo, com 35,7% do total,
contrariamente a 1987 em que a primeira região era Entre Douro e Minho, com 28,1%,
principalmente em resultado da mudança verificada no tipo de produção bovina, de leite
para carne.
Ovinos
O efetivo ovino era, em 2005, de 3 583 mil cabeças, o que corresponde a um acréscimo
de 18% relativamente a 1987. O número de explorações com ovinos diminuiu 43%, entre
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Ambiente e Desenvolvimento Rural
1993 e 2005, tendo-se verificado uma grande quebra nas explorações com 1 a 9 cabeças
(-61%).
Caprinos
O efetivo caprino teve o seu máximo em 1989, com 857 mil cabeças, iniciando-se a partir
daí um decréscimo que se foi acentuando progressivamente ao longo dos anos.
A diminuição do efetivo caprino verificou-se em todas as regiões mas, tal como para os
ovinos, não houve grandes alterações na sua importância relativa.
Suínos
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Ambiente e Desenvolvimento Rural
O efetivo suíno teve uma evolução irregular, tendo atingido máximos entre 1989 e 1993,
para a partir daí apresentar uma diminuição com algum significado, sendo de 2 344 mil
cabeças em 2005.
Ribatejo e Oeste é a região com o maior número de suínos, detendo 43,7% do efetivo em
2005. As outras regiões com um efetivo importante, são a Beira Litoral e o Alentejo, que
em conjunto representavam cerca de 40% do total.
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Ambiente e Desenvolvimento Rural
Bibliografia
Webgrafia
Agroportal
http://www.agroportal.pt
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