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A expansão gradual dos saxões pelo West Country continuou através dos séculos VII,
VIII e IX. Enquanto isso, em meados do século VII, os anglos haviam empurrado os
britânicos de volta para os limites aproximados do País de Gales atual, no oeste,
para o rio Tamar, no sudoeste, e expandido para o norte até o rio Forth.
Hierarquia e cristianização
Durante os séculos VII e VIII o poder oscilou entre os maiores reinos. Beda cita
Etelberto de Kent como sendo dominante no final do século VI, mas o poder parece
ter se deslocado em direção ao norte para o reino da Nortúmbria, que foi formada a
partir da junção de Bernícia e Deira. Eduíno da Nortúmbria provavelmente manteve o
domínio sobre grande parte da Grã-Bretanha, embora a influência de Beda na
Nortúmbria deva ser considerada. Crises sucessórias significavam que a hegemonia
nortumbriana não era constante e Mércia mantinha-se como um reino muito poderoso,
especialmente no reinado de Penda. Duas derrotas essenciais terminaram com o
domínio nortumbriano: a Batalha do Trent em 679 contra Mércia e a Batalha de
Dunnichen em 685 contra os pictos.
A chamada "Supremacia Mércia" dominou o século VIII, embora ela não tenha sido
constante. Etelbaldo e Offa, os dois reis mais poderosos, alcançaram status
elevado, na verdade, Offa foi considerado o chefe supremo do sul da Grã-Bretanha
por Carlos Magno. Offa conseguiu reunir os recursos para construir o Dique de Offa,
esta é a prova do seu poder. No entanto, a ascensão de Wessex e os desafios de
reinos menores colocaram o poder de Mércia em cheque, e no início do século IX a
"Supremacia de Mércia" tinha terminado.
Este período tem sido descrito como a Heptarquia, embora este termo atualmente
tenha saído do uso acadêmico. A palavra surgiu com base nos sete reinos,
Nortúmbria, Mércia, Kent, Ânglia Oriental, Essex, Sussex e Wessex, que eram as
principais organizações políticas do sul da Grã-Bretanha. Estudos mais recentes têm
mostrado que outros reinos também eram politicamente importantes neste período:
Hwicce, Magonsaete, Lindsey e Ânglia do Meio.
As invasões vikings
A Crônica Anglo-Saxônica registra a incursão de 793 contra o mosteiro de
Lindisfarne como ponto de partida na longa história de ataques viquingues contra a
Grã-Bretanha.
Alfredo, o Grande impediu a invasão dos viquingues em seu reino, Wessex, por meio
da construção de diversas fortalezas. Seu sucesso contra as incursões viquingues e
a reorganização do reino por ele empreendida fizeram com que a história lhe
outorgasse o epíteto "O Grande".
Inglaterra em 878
De acordo com as Crônicas Anglo-Saxãs, o primeiro ataque viking na Grã-Bretanha
ocorreu em 793 no mosteiro de Lindisfarne. Entretanto, nesta época, os vikings já
se encontravam, quase com certeza, bem estabelecidos em Orkney e Shetland, desta
forma, é provável que muitos outros ataques (não registrados) tenham ocorrido
antes. Registros mostram que o primeiro ataque viking em Iona ocorreu em 794. A
chegada dos vikings, em especial do grande exército dinamarquês, desorganizou a
geografia política e social da Grã-Bretanha e da Irlanda. A vitória de Alfredo, o
Grande na Batalha de Ethandun, em 878, estancou o ataque dinamarquês, entretanto,
naquela altura Nortúmbria tinha se transformado em Bernícia e um reino viking,
Mércia tinha sido dividida ao meio e Ânglia Oriental tinha deixado de existir como
uma organização política anglo-saxônica. Os vikings tiveram efeitos semelhantes
sobre os vários reinos escoceses, pictos e, em menor grau, galeses. Certamente, no
norte da Grã-Bretanha os vikings foram uma das razões por trás da formação do Reino
de Alba, que viria a originar a Escócia.
Ao final do reinado de Alfred, em 899, ele era o único rei inglês remanescente,
tendo reduzido Mércia a uma dependência de Wessex, governado por seu genro
Etelredo. A Cornualha (Kernow) estava sujeita ao domínio de Wessex e os reinos
galeses reconheceram Alfredo como seu suserano.