Você está na página 1de 9

A história do Canadá cobre o período desde a chegada dos paleoamericanos há

milhares de anos até aos dias atuais. O Canadá tem sido habitado por milênios por
grupos distintos de povos ameríndios, entre os quais evoluíram redes de comércio,
crenças espirituais e hierarquias sociais. No entanto os primeiros habitantes do
que hoje conhecemos como Canadá eram os aborígenes, algonquinos, esquimós,
iroqueses, sioux entre outros.[1][2]

Mapa da Nova França feita por Samuel de Champlain em 1612


A região hoje conhecida como Canadá foi palco de diversas instâncias colonizadoras.
Durante a Idade Antiga, o litoral leste do Canadá foi ocupado por franceses
viquingues; percebe-se isso por várias construções deixadas por esses povos.
Contudo, a colonização destes não obteve êxito.[3]

A primeira visita documentada a terras canadenses por navegadores europeus ocorreu


em 1497 ou 1498, quando o veneziano ao serviço de Inglaterra Giovanni Caboto
(conhecido em inglês como John Cabot) aportou à Terra Nova. Alguns historiadores
defendem que há indícios que a Terra Nova já teria sido visitada pelo navegador
português João Vaz Corte Real em 1472 ou antes[4][5][6] e por Diogo de Teive e o
seu piloto Pero Vasques Saavedra em 1452.[7]

A colonização europeia começou efetivamente no século XVI, quando os britânicos, e


principalmente, os franceses estabeleceram-se pelo Canadá. Os britânicos não
tiveram uma forte presença no antigo Canadá, instalando-se originalmente na Terra
de Rupert, sendo que a região dos Grandes Lagos e do Rio São Lourenço, bem como a
região que atualmente compõe as atuais províncias de Nova Escócia e Novo Brunswick,
estava toda nas mãos dos franceses.[8] A Nova França e a Acádia continuavam a se
expandir.[9] Essa expansão não foi bem aceita pelos iroqueses e, principalmente,
pelos britânicos e os colonos das chamadas Treze Colônias , desencadeando uma série
de batalhas que culminou, em 1763, no Tratado de Paris — no qual os franceses
cederam seus territórios da Nova França e da Acádia aos britânicos.[10]

Os Estados Unidos, em 1812, invadiram o Canadá Inferior e o Canadá Superior, na


tentativa de anexar o resto das colônias britânicas na América do Norte,
desencadeando a Guerra de 1812. Os Estados Unidos não tiveram sucesso, recuando ao
tomarem conhecimento da chegada de tropas britânicas enviadas para combatê-los —
mas ocuparam temporariamente as cidades de York (atual Toronto) e Quebec,
queimando-as ao se retirarem.O receio de uma segunda invasão vinda dos Estados
Unidos gerou imensas despesas em relação ao quesito de defesa, aliado ao fracasso
britânico em assimilar os franceses em 1830, fez com que a ideia da Confederação
Canadense (idealizada por colonos canadenses), cujo objetivo era integrar o Canadá
e defender melhor a região de um eventual ataque dos Estados Unidos, fosse aprovada
pelos britânicos.[11]

Como o Reino Unido ainda mantinha o controle das relações exteriores do Canadá, ao
abrigo da Lei da Confederação, com a declaração britânica de guerra em 1914, o
Canadá foi automaticamente envolvido na Primeira Guerra Mundial. O Canadá declarou
guerra à Alemanha de forma independente durante a Segunda Guerra Mundial sob o
governo do primeiro-ministro liberal William Lyon Mackenzie King, três dias após o
Reino Unido. As primeiras unidades do Exército canadense chegaram na Grã-Bretanha
em dezembro de 1939.[12]

Em 1919, o Canadá entrou na Liga das Nações, independentemente do Reino Unido e,


[12] em 1931, o Estatuto de Westminster, afirmou a independência do Canadá.[13] O
Domínio de Terra Nova (hoje Terra Nova e Labrador), na época um equivalente do
Canadá e da Austrália como um domínio, uniu-se ao Canadá em 1949.[14] O crescimento
do Canadá, combinado com as políticas dos sucessivos governos liberais, levou ao
aparecimento de uma nova identidade canadense, marcada pela adoção da atual
bandeira, em 1965,[15] a aplicação do bilinguismo oficial (inglês e francês), em
1969,[16] e o multiculturalismo oficial em 1971.[17] O Quebec passou por profundas
mudanças sociais e econômicas através da "Revolução Tranquila", dando origem a um
movimento separatista e mais radical na província chamado Front de libération du
Québec (FLQ), cujas ações culminaram na Crise de Outubro de 1970.[18]

Índice
1 Povos ameríndios
2 Contato e Colonização europeia
3 Confederação e expansão
4 Início do século XX
5 Tempos modernos
6 Ver também
7 Referências
Povos ameríndios
Ver artigo principal: Povos ameríndios do Canadá
"Colour-coded map of North America showing the distribution of North American
language families north of Mexico"
Área linguística dos povos indígenas da América do Norte na época do contato
europeu.
Estudos arqueológicos e genéticos indicam uma presença humana no norte de Yukon há
26 500 anos e no sul de Ontário há 9 500 anos.[19][20][21] As planícies de Old Crow
e as cavernas de Bluefish são dois dos mais antigos sítios arqueológicos de
habitação humana (paleoamericanos) no Canadá.[22][23][24] Entre os povos das
Primeiras Nações, há oito mitos únicos de criação e suas adaptações. As
características das civilizações aborígines canadenses incluíam assentamentos
permanentes ou urbanos, agricultura, cidadania, arquitetura monumental e complexas
hierarquias sociais.[2] Algumas dessas civilizações já tinham desaparecido antes da
colonização europeia (início do século XVI) e foram descobertas através de
pesquisas arqueológicas.

Esses povos apresentavam diferença de organização socioeconômica consideráveis


entre si:enquanto os ameríndios das florestas orientais apresentavam uma economia
baseado na caça,na agricultura e no comércio , construíam estradas entre as aldeias
e até mesmo especies de confederações ; os indígenas do extremo norte não parecem
ter formados integrações comparáveis aos povo das floresta orientais.[25]

Estima-se que no final do século XV e início do século XVI viveriam entre 200 000 e
dois milhões de indígenas no que é atualmente o Canadá[26] — o valor atualmente
aceito pela Comissão Real sobre a Saúde Aborígine do Canadá é de 500 000.[27]
Surtos repetidos de doenças infecciosas europeias como a gripe, o sarampo e a
varíola (para as quais os indígenas não tinham imunidade natural), combinados com
outros efeitos do contato europeu, resultou em uma diminuição de 40% a 80% da
população indígena após a chegada dos europeus.[28] Os povos aborígines do Canadá
incluem as Primeiras Nações,[29] Inuit[30] e Métis.[31] Métis é uma cultura mestiça
originada em meados do século XVII, quando as Primeiras Nações e os Inuit se
misturaram com os colonos europeus.[32] Os esquimós tinham uma interação mais
limitada com os colonizadores europeus durante períodos iniciais.[33]

Contato e Colonização europeia


Ver artigos principais: Nova França e Guerra de 1812
Por volta do ano 1000, viquingues liderados por Leif Ericson estabeleceram o
colonato de Vinlândia (atual região do Golfo de São Lourenço, Novo Brunswick e Nova
Escócia). A ocupação de Leifsbudir foi superficial e durou pouco tempo ,sendo
provavelmente abandonados com a retirada dos viquingues da Groenlândia,[25] porém
representou o primeiro contato europeu com a América e o primeiro assentamento
escandinavo na América do Norte[1][3] (com exceção da Groenlândia), cerca de 500
anos antes das viagens de Cristóvão Colombo.[34]
Selo canadense.
Um selo de canadense de 1947 comemorando a segunda viagem de John Cabot

O francês Jacques Cartier, um dos primeiros exploradores das terras canadenses.


A primeira visita documentada a terras canadenses por navegadores europeus ocorreu
em 1497 ou 1498, quando o veneziano ao serviço de Inglaterra Giovanni Caboto
(conhecido em inglês como John Cabot) aportou à Terra Nova. Alguns historiadores
defendem que há indícios que a Terra Nova já teria sido visitada pelo navegador
português João Vaz Corte Real em 1472 ou antes[4][5][6] e por Diogo de Teive e o
seu piloto Pero Vasques Saavedra em 1452.[7]

Baseando-se no Tratado de Tordesilhas, a Coroa Portuguesa alegava ter direitos


territoriais na área visitada por John Cabot, em 1497-1498.[35] Em 1498, o
marinheiro luso João Fernandes Lavrador visitou o que é agora a costa leste do
Canadá, sendo que o seu apelido deu origem ao topônimo "Labrador".[36]
Posteriormente, entre 1501 e 1502, os irmãos Corte-Real exploraram Terra Nova e
Labrador.[37] Em 1506, o rei D. Manuel I criou impostos para a pesca do bacalhau
nas águas da região.[38] No ano 1521, João Álvares Fagundes e Pêro de Barcelos
comandaram viagens de reconhecimento e estabeleceram postos avançados de pesca.[39]
No entanto, a extensão e natureza da presença portuguesa no norte do continente
americano durante o século XVI permanecem obscuras. Em 1534 Jacques Cartier
explorou o Canadá em nome da França.[40] O explorador francês Samuel de Champlain
chegou em 1603 e estabeleceu os primeiros assentamentos europeus permanentes em
Port Royal em 1605 e Quebec em 1608.[9]

A morte do General Wolfe nas Planícies de Abraão no Quebec, em 1759, parte da


Guerra dos Sete Anos.
A colonização europeia começou efetivamente no século XVI, quando os britânicos, e
principalmente, os franceses estabeleceram-se pelo Canadá. Os britânicos não
tiveram uma forte presença no antigo Canadá, instalando-se originalmente na Terra
de Rupert — uma gigantesca área que posteriormente daria origem aos Territórios do
Noroeste, Manitoba, Saskatchewan e Alberta, que são áreas no centro, oeste e
noroeste do país — sendo que a região dos Grandes Lagos e do Rio São Lourenço, bem
como a região que atualmente compõe as atuais províncias de Nova Escócia e Novo
Brunswick, estava toda nas mãos dos franceses.[8] A Nova França (Nouvelle-France) e
a Acádia continuavam a se expandir.[9] Essa expansão não foi bem aceita pelos
iroqueses e, principalmente, pelos britânicos e os colonos das chamadas Treze
Colônias (as quais se tornariam os Estados Unidos), desencadeando uma série de
batalhas que culminou, em 1763, no Tratado de Paris — no qual os franceses cederam
seus territórios da Nova França e da Acádia aos britânicos.[10]

Os britânicos, que já então dominavam as imensas Terras de Rupert bem como os


territórios de Nunavut, Territórios do Noroeste e Yukon — emitiram o Quebec Act,
que permitiu aos franceses estabelecidos no antigo Canadá que continuassem a manter
seu código civil e sancionou a liberdade de religião e de idioma — permitindo que a
Igreja Católica e a língua francesa continuassem a sobreviver no Canadá até os dias
atuais.[41]

Pintura representando a Confederação do Canadá, de Robert Harris.


Com a Guerra da Independência dos Estados Unidos, que durou de 1775 até 1783, o
Canadá recebeu levas de colonos leais aos britânicos, provenientes das Treze
Colônias britânicas rebeldes.[42] Tais colonos se estabeleceram no que é a atual
província de Ontário. Com isso, os britânicos decidiram separar o Canadá em dois,
criando o Canadá Superior (atual Ontário) e o Canadá Inferior (atual Quebec), além
do território de Novo Brunswick (antiga Acádia — parte dos territórios antigamente
colonizados pelos franceses).[43][44]
Os Estados Unidos, em 1812, invadiram o Canadá Inferior e o Canadá Superior, na
tentativa de anexar o resto das colônias britânicas na América do Norte,
desencadeando a Guerra de 1812. Os Estados Unidos não tiveram sucesso, recuando ao
tomarem conhecimento da chegada de tropas britânicas enviadas para combatê-los —
mas ocuparam temporariamente as cidades de York (atual Toronto) e Quebec,
queimando-as ao se retirarem. Em retaliação, tropas canadenses e britânicas
perseguiram os americanos em fuga, invadindo o nordeste dos Estados Unidos,
atacando e queimando várias cidades, inclusive a capital, Washington, D.C..[45]

Em 1837, houve uma grande rebelião de colonos, tanto no Baixo Canadá quanto no Alto
Canadá. Isso levou os britânicos a uma tentativa de assimilar a cultura francesa à
britânica — entre outras coisas, o Baixo Canadá e o Alto Canadá foram unidos em uma
única província do Canadá.[41]

Confederação e expansão
Ver artigo principal: Confederação do Canadá
Ver também: Evolução territorial do Canadá

Mapa animado da evolução da expansão dos territórios canadenses.


O receio de uma segunda invasão vinda dos Estados Unidos gerou imensas despesas em
relação ao quesito de defesa (mais tropas, armamentos, suprimentos, etc), aliado ao
fracasso britânico em assimilar os franceses em 1830, fez com que a ideia da
Confederação Canadense (idealizada por colonos canadenses), cujo objetivo era
integrar o Canadá e defender melhor a região de um eventual ataque dos Estados
Unidos, fosse aprovada pelos britânicos.[11]

Em 1 de julho de 1867, as províncias do Canadá, Novo Brunswick e Nova Escócia


tornaram-se uma federação, tornando-se em parte politicamente independentes do
Reino Unido — porém, os britânicos ainda teriam controle sobre o Ministério das
Relações Exteriores do Canadá por mais 64 anos.[11][46]

Depois de 1867, lentamente outras colônias britânicas aceitaram unir-se à


Confederação Canadense, sendo que a primeira foi a Colúmbia Britânica, e em 1880,
os Territórios do Noroeste — cedidos pela Companhia da Baía de Hudson.
Posteriormente, os Territórios do Noroeste seriam divididos nas atuais províncias
de Alberta, Saskatchewan e Manitoba, além dos territórios de Yukon e Nunavut.[11]

O oeste canadense foi totalmente integrado ao território canadense, não sem a


geração de conflitos de cunho étnico, social e econômico, dos quais destacam-se a
Rebelião de Red River, ocorrida entre 1869 e 1870, e a Rebelião de Saskatchewan,
ocorrida em 1885, ambas lideradas pelo líder Métis Louis Riel.[11]

Início do século XX

Soldados canadenses venceram a Batalha de Vimy em 1917, durante a Primeira Guerra


Mundial.
Como o Reino Unido ainda mantinha o controle das relações exteriores do Canadá, ao
abrigo da Lei da Confederação, com a declaração britânica de guerra em 1914, o
Canadá foi automaticamente envolvido na Primeira Guerra Mundial. Os voluntários
enviados para a Frente Ocidental passaram mais tarde a fazer parte do Corpo
Canadense. O Corpo desempenhou um papel importante na Batalha de Vimy e em outras
grandes batalhas da guerra.[12] Dos cerca de 625 000 que serviram, cerca de 60 000
foram mortos e outros 173 000 ficaram feridos.[47] A Crise de Recrutamento de 1917
eclodiu quando o primeiro-ministro conservador Robert Borden decretou o serviço
militar obrigatório com a oposição dos quebequenses que falavam a língua francesa.
[12] Em 1919, o Canadá entrou na Liga das Nações, independentemente do Reino Unido
e,[12] em 1931, o Estatuto de Westminster, afirmou a independência do Canadá.[13]
A Grande Depressão no Canadá foi devastadora para os agricultores canadenses no
oeste do país, por ter tido uma seca que devastou vastas áreas de terras
agrícolas : no Saskatchewan ,no Alberta e em Manitoba. Por causa disso milhares de
agricultores abandonaram suas terras e se mudaram para a , para a região do rio
Peace de Alberta,para a Colúmbia Britânica ou para as cidades.[25] Em resposta, o
partido político Co-operative Commonwealth Federation (CCF), em Alberta e
Saskatchewan, promulgou várias medidas para estabelecer um estado de bem-estar
social (sendo Tommy Douglas o pioneiro) em 1940 e 1950.[48] O Canadá declarou
guerra à Alemanha de forma independente durante a Segunda Guerra Mundial sob o
governo do primeiro-ministro liberal William Lyon Mackenzie King, três dias após o
Reino Unido. As primeiras unidades do Exército canadense chegaram na Grã-Bretanha
em dezembro de 1939.[12]

As tropas canadenses desempenharam papéis importantes na Batalha de Dieppe em 1942


em França, na invasão aliada da Itália, nos desembarques do Dia D, na Batalha da
Normandia e na Batalha do rio Escalda, em 1944.[12] O Canadá deu asilo e proteção à
monarquia dos Países Baixos, enquanto este país esteve ocupado, e é creditado pela
liderança e contribuição importante para a sua libertação da Alemanha nazista.[49]
A economia canadense cresceu fortemente com a fabricação de materiais militares
pela indústria para o Canadá, Reino Unido, China e União Soviética.[12] Apesar de
uma outra crise de recrutamento em Quebec, o Canadá terminou a guerra com uma das
maiores forças armadas do mundo e com a segunda maior economia do planeta.[50][51]

Tempos modernos

No Rideau Hall, o Governador-geral Harold Alexander (centro) assina o projeto de


lei para finalizar a união da Terra Nova e Canadá, em 31 de março de 1949.
O Domínio de Terra Nova (hoje Terra Nova e Labrador), na época um equivalente do
Canadá e da Austrália como um domínio, uniu-se ao Canadá em 1949.[14] O crescimento
do Canadá, combinado com as políticas dos sucessivos governos liberais, levou ao
aparecimento de uma nova identidade canadense, marcada pela adoção da atual
bandeira, em 1965,[15] a aplicação do bilinguismo oficial (inglês e francês), em
1969,[16] e o multiculturalismo oficial em 1971.[17] Houve também a fundação de
programas social-democratas, tais como saúde universal, o Canada Pension Plan e
empréstimos estudantis, apesar de os governos provinciais, sobretudo Québec e
Alberta, se oporem a muitos destes planos como incursões em suas jurisdições.[52]
Finalmente, uma outra série de conferências constitucionais resultou na chamada
patriation ("patriamento" ou "patriação") de 1982 — até essa altura a constituição
do Canadá era uma lei britânica que só podia ser alterada pelo parlamento
britânico. Simultaneamente a esse processo, foi criada a Carta Canadense dos
Direitos e das Liberdades.[53] Em 1999, Nunavut tornou-se território terceiro do
Canadá, após uma série de negociações com o governo federal.[54]

Ao mesmo tempo, o Quebec passou por profundas mudanças sociais e econômicas através
da "Revolução Tranquila", dando origem a um movimento nacionalista e mais radical
na província chamado Front de libération du Québec (FLQ), cujas ações culminaram na
Crise de Outubro de 1970.[18] Uma década depois, um referendo malsucedido sobre a
soberania-associação da província de Quebéc realizou-se em 1980,[18] depois que as
tentativas de emenda constitucional fracassaram em 1990. Em um segundo referendo
realizado em 1995, a soberania da província foi rejeitada por uma margem de apenas
50,6% para 49,4%.[55] Em 1997, a Suprema Corte decidiu que a secessão unilateral de
uma província seria inconstitucional e o Clarity Act foi aprovada pelo parlamento,
que define os termos de uma saída negociada da Confederação.[55]

Além das questões sobre a soberania de Quebec, uma série de crises sacudiu a
sociedade canadense no final dos anos 1980 e início dos anos 1990. Estes incluem a
explosão do Voo Air India 182 em 1985, o maior assassinato em massa da história do
Canadá;[56] o Massacre da Escola Politécnica de Montreal em 1989, quando um
atirador alvejou várias estudantes universitárias;[57] e a crise Oka, em 1990,[58]
o primeiro de uma série de violentos confrontos entre o governo e grupos aborígines
do país.[59] O Canadá também participou da Guerra do Golfo, em 1990, como parte de
uma força de coalizão liderada pelos Estados Unidos, e foi ativo em várias missões
de paz no final dos anos 1990.[60] O país enviou tropas para o Afeganistão em 2001,
mas recusou-se a enviar tropas para o Iraque quando os Estados Unidos invadiram
esta nação em 2003.[61]

Ver também
Canadá
Povos ameríndios do Canadá
Historia da America do Norte
Historia dos Estados Unidos
Historia do México
Movimento pela independência de Quebec
Referências
«Commonwealth Secretariat - History». web.archive.org. 12 de outubro de 2007.
Consultado em 3 de dezembro de 2019
Peter Turchin, Leonid Grinin, Andrey Korotayev e Victor C. de Munck.; Grinin L.,
Munck V. C. de, Korotayev A. (2006). History & Mathematics: Historical Dynamics and
Development of Complex Societies. [S.l.]: Moscow: KomKniga/URSS. ISBN 5484010020.
Consultado em 28 de setembro de 2010. Cópia arquivada em 18 de novembro de 2010
Ingstad, Helge; Ingstad, Anne Stine (2001). The Viking Discovery of America: The
Excavation of a Norse Settlement in L'Anse Aux Meadows, Newfoundland. Checkmark
Books. ISBN 0-8160-4716-2.
Francisco Carreiro da Costa (1963), «Corte Real», in: Serrão, Joel, Dicionário de
História de Portugal, ISBN 9726611601, I, Lisboa: Iniciativas Editoriais
Brune, Nick: Calverley, Dave; Sweeny, Alastair (12 de abril de 2008).
«Newfoundland Settlement & Conflict». canadachannel.ca/HCO (em inglês). History of
Canada Online. Consultado em 11 de janeiro de 2010. Cópia arquivada em 1 de
novembro de 2010
Cruz, António. «The Portuguese marco of 1499. The first travelling standard around
the world» (PDF). www.ipq.pt (em inglês). Instituto Português da Qualidade.
Consultado em 11 de janeiro de 2010. Arquivado do original (PDF) em 1 de novembro
de 2010
Norton, Manuel (novembro de 2006). «Os representantes de alguns exploradores do
litoralcanadiano» (PDF). XXVI Encontro da Associação Portuguesa de História
Económica e Social. Universidade dos Açores. Consultado em 11 de janeiro de 2010.
Arquivado do original (PDF) em 1 de novembro de 2010
Morton, Desmond. A Short History of Canada 6ª ed. Toronto: McClelland & Stewart.
pp. 9–17. ISBN 0771065094
Morton, Desmond (2001) (pp. 17–19)
Morton, Desmond (2001) (p. 33)
Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de
nome domínio
Morton, Desmond (1999). A military history of Canada 4ª ed. Toronto: McClelland &
Stewart. pp. 130–158, 173, 203–233. ISBN 0771065140
Dellinger, Walter (1982). «The Amending Process in Canada and the United States: A
Comparative Perspective». Duke Law School. Law & Contemporary Problems. 45 (4): 291
«Dominion of Newfoundland» (PDF). Hamilton-Wentworth District School Board. 1999.
Consultado em 7 de junho de 2010. Arquivado do original (PDF) em 21 de agosto de
2011
Mackey, Eva (2002). The house of difference: cultural politics and national
identity in Canada. Toronto: University of Toronto Press. 57 páginas. ISBN
0802084818
Esman, Milton J (verão de 1982). «The Politics of Official Bilingualism in
Canada». The Academy of Political Science. Political Science Quarterly. 97 (2):
233–253. doi:10.2307/2149477. Consultado em 28 de setembro de 2010. Cópia arquivada
em 3 de março de 2016
Esses, Victoria M; Gardner, RC (julho de 1996). «Multiculturalism in Canada:
Context and current status». American Psychological Association. Canadian Journal
of Behavioural Science. 28 (3): 145–152
Clift, Dominique (1982). Quebec nationalism in crisis. [S.l.]: McGill-Queen's
University Press. pp. 28–36, 96–99, 106–107. ISBN 0773503838
«Y-Chromosome Evidence for Differing Ancient Demographic Histories in the
Americas» (PDF). University College London 73:524–539. 2003. doi:10.1086/377588.
Consultado em 22 de janeiro de 2010. Cópia arquivada (PDF) em 28 de abril de 2011
Cinq-Mars, J (2001). «On the significance of modified mammoth bones from eastern
Beringia» (PDF). The World of Elephants – International Congress, Rome. Consultado
em 25 de fevereiro de 2010
Wright, JV (27 de setembro de 2001). «A History of the Native People of Canada:
Early and Middle Archaic Complexes». Canadian Museum of Civilization Corporation.
Consultado em 19 de outubro de 2009. Cópia arquivada em 25 de maio de 2011
Griebel, Ron. «The Bluefish Caves». Minnesota State University. Consultado em 18
de setembro de 2009. Arquivado do original em 24 de junho de 2008
«Beringia: humans were here». Gazette (Montreal). CanWest MediaWorks Publications
Inc. 17 de maio de 2008. Consultado em 18 de setembro de 2009. Arquivado do
original em 21 de agosto de 2011
Cinq-Mars, Jacques (2001). «Significance of the Bluefish Caves in Beringian
Prehistory». Canadian Museum of Civilization. p. 2. Consultado em 15 de abril de
2010. Cópia arquivada em 29 de abril de 2011
«Canada - History». Encyclopædia Britannica (em inglês). Consultado em 3 de
dezembro de 2019
Thornton, Russell (2000). «Population history of Native North Americans». In:
Michael R. Haines, Richard Hall Steckel. A population history of North America.
Cambridge: Cambridge University Press. p. 13. ISBN 0521496667
"Handbook of North American Indians: Indians in contemporary society". Garrick
Alan Bailey (2008). Government Printing Office. p.285. ISBN 0-16-080388-8
Wilson, Donna M (2008). Dying and Death in Canada. Toronto: University of Toronto
Press. pp. 25–27. ISBN 9781551118734. Consultado em 20 de junho de 2010
«Gateway to Aboriginal Heritage-Culture». Canadian Museum of Civilization. 12 de
maio de 2006. Consultado em 18 de setembro de 2009. Cópia arquivada em 20 de
outubro de 2009
«ICC Charter». Inuit Circumpolar Council. 2007. Consultado em 18 de setembro de
2009. Cópia arquivada em 26 de fevereiro de 2008
«In the Kawaskimhon Aboriginal Moot Court Factum of the Federal Crown Canada»
(PDF). Universidade de Manitoba. 2007. Consultado em 18 de setembro de 2009. Cópia
arquivada (PDF) em 26 de março de 2009
«What to Search: Topics-Canadian Genealogy Centre-Library and Archives Canada».
Ethno-Cultural and Aboriginal Groups. Government of Canada. 27 de maio de 2009.
Consultado em 2 de outubro de 2009. Cópia arquivada em 5 de julho de 2009
«Innu Culture 3. Innu-Inuit 'Warfare'». Memorial University of Newfoundland.
Consultado em 5 de outubro de 2009. Cópia arquivada em 20 de setembro de 2017
Jones, Gwyn (1986). The Norse Atlantic Saga: Being the Norse Voyages of Discovery
and Settlement to Iceland, Greenland, and North America. Oxford University Press.
ISBN 0-19-285160-8.
«John Cabot's voyage of 1498». Memorial University of Newfoundland (Newfoundland
and Labrador Heritage). 2000. Consultado em 12 de abril de 2010. Cópia arquivada em
18 de agosto de 2010
«The Portuguese Explorers». Memorial University of Newfoundland. 2004. Consultado
em 27 de junho de 2010. Cópia arquivada em 14 de abril de 2010
«CORTE-REAL, MIGUEL, Portuguese explorer». Dictionary of Canadian Biography
Online. University of Toronto. 2000. Consultado em 12 de abril de 2010. Cópia
arquivada em 27 de julho de 2011
«PORTUGUESE BULLS, FIRST IN NORTH AMERICA». Dr. Manuel Luciano da Silva. 2000.
Consultado em 12 de abril de 2010. Arquivado do original em 6 de julho de 2007
«The Portuguese Explorers». Memorial University of Newfoundland. 2004. Consultado
em 27 de junho de 2010. Cópia arquivada em 14 de abril de 2010
Morton, Desmond (2001). A Short History of Canada 6 ed. Toronto: McClelland &
Stewart. pp. 9–17. ISBN 0-7710-6509-4
Phillip Buckner. Oxford University Press, ed. Canada and the British Empire. 2008.
[S.l.: s.n.] pp. 37–40, 56–59, 114, 124–125. ISBN 019927164X
«História - A Independência dos Estados Unidos da América» (aspx). Estude Online.
Consultado em 21 de junho de 2010. Cópia arquivada em 12 de junho de 2010
Armstrong, Frederick H. Dundurn Press, ed. Handbook of Upper Canadian Chronology.
[S.l.: s.n.] ISBN 091967092X
Christie, Robert. T. Cary/R., ed. A History of the Late Province of Lower Canada.
1848–1855. Quebec City: [s.n.] Consultado em 21 de junho de 2010. Cópia arquivada
em 23 de junho de 2011
Benn, Carl. Oxford, ed. The War of 1812. 2002. UK: [s.n.] 41764663. Consultado em
21 de junho de 2010. Cópia arquivada em 10 de agosto de 2010
Bothwell, Robert (1996). History of Canada Since 1867. Michigan State University
Press. East Lansing, MI: [s.n.] p. 207–310. ISBN 0870133993
Haglund, David G; MacFarlane, S Neil (1999). Security, strategy and the global
economics of defence production. [S.l.]: McGill-Queen's University Press. p. 12.
ISBN 0889118752
Young, Walter (1983). «Canada: The Social Democracy of Provincial Government in a
Federal System». In: Peter Davis. Social Democracy in the South Pacific. 2.
Auckland, Nova Zelândia: Ross. pp. 48–58. ISBN 0908636350
Goddard, Lance (2005). Canada and the Liberation of the Netherlands. [S.l.]:
Dundurn Press Ltd. pp. 225–232. ISBN 1550025473
Stacey, CP (1948). History of the Canadian Army in the Second World War. 1.
[S.l.]: Queen's Printer. pp. 324–327
Sherwood, George; Sherwood, Stewart (2006). Legends in their time. [S.l.]: Natural
Heritage Books. p. 162. ISBN 1897045107
Sarrouh, Elissar (22 de janeiro de 2002). «Social Policies in Canada: A Model for
Development» (PDF). Social Policy Series, No. 1. Nações Unidas. pp. 14–16, 22–37.
Consultado em 17 de janeiro de 2010. Arquivado do original (PDF) em 17 de julho de
2010
Bickerton, James; Gagnon, Alain (2004). Canadian Politics 4ª ed. Orchard Park, NY:
Broadview Press. pp. 250–254, 344–347. ISBN 1-55111-595-6
Légaré, André (2008). «Canada's Experiment with Aboriginal Self-Determination in
Nunavut: From Vision to Illusion». Martinus Nijhoff Publishers. International
Journal on Minority and Group Rights. 15 (2–3): 335–367.
doi:10.1163/157181108X332659
Dickinson, John Alexander; Young, Brian (2003). A Short History of Quebec 3ª ed.
Montreal: McGill-Queen's University Press. pp. 357–360. ISBN 0-7735-2450-9
«Commission of Inquiry into the Investigation of the Bombing of Air India Flight
182». Canadian government. Consultado em 1 de junho de 2009. Arquivado do original
em 22 de junho de 2008
Sourour, Teresa K (1991). «Report of Coroner's Investigation» (PDF). Consultado em
7 de junho de 2010. Cópia arquivada (PDF) em 28 de dezembro de 2016
«The Oka Crisis» (Digital Archives). Canadian Broadcasting Corporation. 2000.
Consultado em 7 de junho de 2010. Cópia arquivada em 21 de agosto de 2011
Roach, Kent (2003). September 11: consequences for Canada. [S.l.]: McGill-Queen's
University Press. pp. 15, 59–61, 194
«Canada and Multilateral Operations in Support of Peace and Stability». National
Defence and the Canadian Forces. 2010. Consultado em 7 de junho de 2010. Arquivado
do original em 21 de agosto de 2011
Jockel, Joseph T; Sokolsky, Joel B (2008). «Canada and the war in Afghanistan:
NATO's odd man out steps forward». Routledge. Journal of Transatlantic Studies. 6
(1): 100–115. doi:10.1080/14794010801917212
[Esconder]vde
História da América do Norte
Países: Canadá • Estados Unidos • México
História da América do Norte
Territórios: Gronelândia • São Pedro e Miquelão • Bermudas
Portal da história Portal do Canadá
Controle de autoridade
Wd: Q2945EBID: IDJSTOR: canadian-history
Categoria: História do Canadá
Esta página foi editada pela última vez às 17h34min de 31 de julho de 2021.
Este texto é disponibilizado nos termos da licença Atribuição-CompartilhaIgual 3.0
Não Adaptada (CC BY-SA 3.0) da Creative Commons; pode estar sujeito a condições
adicionais. Para mais detalhes, consulte as condições de utilização.
Política de privacidadeSobre a WikipédiaAvisos geraisVersão
móvelProgramadoresEstatísticasDeclaração sobre ''cookies''Wikimedia
FoundationPowered by MediaWiki

Você também pode gostar