Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
MAÇÔNICO
n.º 11 Dezembro/2001 e Janeiro/2002
EDITORIAL ÍNDICE
T Pág. 2
oda conquista merece ser comemorada, por menor expressão que O que a imprensa
tenha. Com este nº 11 do nosso informativo, completamos 12 edições (a noticiou
primeira foi o nº 0 de lançamento) e portanto completamos o nosso 1º
Pág. 3
aniversário!
Curiosidades
Como editor, fico feliz por este pequenino feito; feito de ter levado a um
Pág. 4
bom número de IIr.: (é um número crescente) boas informações, mesmo que
de forma sucinta, principalmente para aqueles IIr.: que têm dificuldade ou Para pensar
“preguiça” de ler um livro inteiro. Cantinho da Poesia
Temos divulgado trabalhos de vários IIr.:, de Lojas e Potências diversas, Pág. 5
de Orientes diversos, ajudando a integrar toda irmandade da nossa gloriosa Gr. Dic.Enciclopédico de
Instituição Maçônica. Maç. e Simbologia
(Nicola Aslan)
Há, felizmente, um crescente interesse dos IIr.: em colaborarem com o
Biblioteca
informativo, apresentando trabalhos, ou simplesmente fornecendo cópias de
artigos retirados de outras publicações maçônicas e assemelhadas. Desejamos Pág. 6
que esta colaboração continue e aumente. Saúde é coisa séria
Pílulas Maçônicas
Estamos tentando a regularização do informativo junto à ABIM, órgão
que normatiza a imprensa maçônica, para uma melhor transparência e Pág. 7 a 12
confiabilidade. E pretendemos tornar o nosso informativo cada vez mais Trabalhos Maçônicos
maçônico, com artigos e trabalhos de qualidade.
Pág. 12
Neste final de ano e começo de 2002, o informativo terá um caráter
especial de bimestralidade, em função principalmente das “férias” maçônicas, Frases que marcaram
neste período. Além do acúmulo de serviços profanos nesta época do ano. Pág. 13
Neste ano teremos o nosso 3º Fórum Maçônico em Cabo Frio, cujos Viagem ao nosso interior
detalhes estaremos informando na edição do mês de fevereiro do informativo. Pág. 14
História pura
Desejamos que o GADU traga muita paz este ano, neste mundo tão
conturbado, e que, com nosso trabalho, possamos ajudar a melhorar um Pág. 15
pouquinho a humanidade.
Biografia do mês
Carlos Alberto dos Santos M...M... Pág. 16
Essa é para relaxar
Pág. 17
O nosso planeta
Pág. 18
O Pesquisador Maçônico
• Depoimento
Fundação: Janeiro/2001
Informativo Cultural da SOCIEDADE DE ESTUDOS ANTHERO
BARRADAS, e A... R...L...S... Renascimento n.º 08
Rua Nicola Aslan, 133
Braga – Cabo Frio (RJ)
1
O QUE A IMPRENSA NOTICIOU
2
CURIOSIDADES
VANGUARDA
Por Cel. Rômulo
Tenho o sentimento das grandes conquistas e das tradições orais, passadas de pai para
filho, como responsáveis pelo surgimento de canções épicas, as chamadas canções de gesta, tão
presentes na história medieval.
Vai o tempo em que, entoando-as aos berros, guerreiros alçavam os pavilhões e lançavam-se
às vitórias, gerando mais e mais conquistas – e tantas mais canções...
Para traduzir a voz popular, e incorporando a instrumentação clássica, é natural que, a partir
de um sentimento oral, fossem feitas composições elaboradas, buscando perenizar a sua
representatividade, fosse no campo das partituras, fosse no campo da regulamentação do Estado.
Assim surgiram os hinos oficiais de diversos países. Entretanto, tal processo foi invertido no
Brasil: primeiro fizemos uma música, para depois, muito depois, introduzirmos uma letra poética
de definitiva elaboração e encomendada representatividade.
Não que anteriormente a composição se fizesse apenas por acordes musicais; o caso é que a
primeira letra, de 7 de abril de 1831, era cheia de ressentimentos contra o povo português, e, como
se fala hoje, não pegou. Em 1841, quando da coroação de D. Pedro II, a letra já era outra, eivada de
bajulação, um autêntico “hino do rei“. E assim foi, passando por regionalismos de gosto duvidoso,
até que a República trataria da primeira oficialização e reconhecimento nacional.
Para complicar, a obra do Maestro Francisco Manuel da Silva, originalmente criada em 1831
(para comemorar a abdicação de D. Pedro I e sua saída do Brasil) para execução em orquestra,
causava dificuldade para o canto, gerando diferenças de ritmo e improvisações de letras.
Como curiosidade, o primeiro nome do Hino era bem extenso e de certa forma curioso: “Ao
Grande e Heróico Dia Sete de Abril – Hino Oferecido aos Brasileiros por um Patrício Nato”, e
passou a ser conhecido como Hino Sete de Abril..
Somente em 1906 é que houve uma proposta na Câmara dos Deputados para um único e
definitivo poema, vindo a ser aprovada pelas mãos de Epitácio Pessoa às vésperas das
comemorações do 1º Centenário da Independência, em 1922.
Infelizmente os problemas não pararam ali. Joaquim Osório Duque Estrada, ao compor o
poema em 1909, o fez em dois tempos, levando a que passássemos a ter algo como dois hinos, um
para ser tocado, e outro, mais longo, para ser cantado. Isso exigiu uma adaptação vocal, mudando
o obrigatório si bemol, destinado às execuções instrumentais simples, para o mais “cantável” fá
maior, serviço artístico levado a cabo pelo Maestro Alberto Nepomuceno.
Dessa forma, ao ser tocado, o Hino é curto e em tom mais alto, fazendo-se mais extenso na
adaptação para o canto, pela repetição da partitura, e em tom mais baixo, pela mudança para o fá
maior. Junte-se a isso tudo a erudição da letra e a dificuldade estará sempre presente.
Assim, quando o Hino Nacional é somente tocado num estádio de futebol, por exemplo, ele
não deveria ser cantado, pois é previsto que esteja sendo executado em si bemol e, é claro, sem
repetição. Daí os nossos espetáculos esportivos ficarem – pelo menos para mim – com uma
impressão de improviso e indefinição, já que à dificuldade do tom se soma o desconhecimento da
letra, e, por fim, da própria Lei; e nem preciso falar das falhas de cerimonial, responsável último
pelo andamento de qualquer solenidade.
3
PARA PENSAR Cantinho da Poesia
QUANDO É QUE UM HOMEM É Irmão, Estamos te Esperando
Autor: Rigoberto Leal Rodrigues
MAÇOM?
PasseAutor
um tempo sozinho todos os dias;
Joseph F. Newton – The Builders
4
GRANDE DICIONÁRIO ENC. BIBLIOTECA
DE MAÇONARIA E MAÇONARIA – Religião e
Simbolismo
SIMBOLOGIA
Autor: Samuel Nogueira Filho
5
SAÚDE É COISA SÉRIA
PÍLULAS MAÇÔNICAS
COSTUMES CONSAGRADOS PELO USO, APESAR DE CONTRARIAR SUAS
ORIGENS:
6
TRABALHOS MAÇÔNICOS
A FRATERNIDADE ROSACRUZ (8ª PARTE)
Ir.: ÍTALO ASLAN / M.: M.: (*)
A Contra-Reforma
Antes mesmo do principal movimento reformista desencadeado por Martinho Lutero, vários
leigos e eclesiásticos exigiam mudanças no seio da Igreja católica. John Wicliff , na Inglaterra, John
Huss (1369 – 1415), na Boêmia (Tchcoeslováquia) e Girolamo Savonarola (1452 –1498), na Itália,
manifestaram-se contra os escândalos contemporâneos. Foram excomungados e sentiram o peso
da “justiça” na forca ou na fogueira.
A Igreja já estava seccionada. Vozes em vários países da Europa clamavam por justiça e o
retorno do cristianismo primitivo. Facções cristãs conseguiam condições de legalidade nos estados
onde eclodiam. Interesses econômicos, políticos e intelectuais ajudaram a consolidar esses
movimentos.
Um movimento por parte da Igreja que reprimisse e paralisasse aquelas manifestações já se
fazia necessário. É convocado então o Concílio de Trento (1545 – 1563), o Concílio da Contra-
Reforma, tendo sido o mais longo da história da Igreja, abrangendo os períodos dos Papas Paulo
III e Pio IV.
Nele são reafirmadas a doutrina Católica e as questões disciplinares sujeitas a controvérsias;
é confirmada a supremacia do Papa; são mantidos o celibato do clero, a hierarquia eclesiástica, os 7
sacramentos (batismo, penitência e extrema-unção – os sacramentos dos mortos – confirmação, eucaristia,
ordem e matrimônio – os sacramentos dos vivos) e o culto dos Santos e da Virgem; confirmou-se a
transubstanciação e a necessidade de obras para a salvação; reafirmou-se ainda a tradição da
Igreja, única com poder de interpretar a Bíblia, e as Sagradas Escrituras como fundamentos das
crenças católicas.
Espanha e Portugal foram os países que mais se empenharam na consolidação das decisões
do Concílio de Trento. A Inquisição e a Congregação do Índice (censura das obras impressas)
foram as ferramentas para que elas não deixassem de ser cumpridas.
A Companhia de Jesus, fundada por Inácio de Loyola em 1534, e várias outras entidades
religiosas se destacaram nessa reação da Igreja Católica contra os hereges e reformistas.
*******************************************************************************************
7
Se, por outro lado, o bastão do M.: de Cer.: e Diáconos é uma lembrança do cajado dos
primeiros pastores, eles eram empunhados na mão direita.
O cetro da realeza só pode ser empunhado na destra; a varinha dos magos é empunhada na
destra; o báculo episcopal é empunhado na destra. A vara dos romanos era empunhada na destra.
_ SINONÍMIA DOS BASTÕES: viga, cetro, báculo, ramos delgados, bordão, cajado, haste,
vara e virga.
Alguns autores dão como certa a origem do bastão como uma enxertia vinda do Rito
Adoniramita.
Viana diz que a origem maçônica dos bastões remonta à Grande Loja da Inglaterra, há mais de
dois séculos, e que o uso é da própria tradição inglesa.
Trata-se, pois, de uma enxertia que consolidou-se principalmente nas Grandes Lojas, uma vez
que todas utilizam o bastão para M.: de Cer.: e Diáconos.
De um modo geral, as definições são semelhantes e na regra geral são empunhados com a mão
direita, dispensando o sinal de ordem.
O bastão do M.: de Cer.: deve ser encimado por um triângulo e o dos Diáconos por um
triângulo circunscrevendo uma pomba com um ramo no bico.
Algumas Lojas utilizam como insígnias nos bastões, para o Primeiro Diácono, um sol e para o
Segundo Diácono uma lua e para o M.: de Cer.: uma régua.
O Grande Oriente do Brasil não utiliza bastões para o Rito Escocês, mas sim espadas e a copa
sobre o Altar dos Juramentos é feita com as espadas( Pálio).
Atualmente, o Rito Adonhiramita também tem o mesmo procedimento. Tanto o M.: de Cer.:
como os IIr.: que auxiliam a formação do Pálio ( O Rito Adonhiramita não possui a figura dos
Diáconos), utilizam espadas.
Em todos os casos citados as espadas são empunhadas com a mão direita e dispensam o sinal
do Grau. Neste Rito, o número de espadas que compõem o Pálio aumenta de acordo com o Grau
em que a Loja vai trabalhar.
_ MANEIRA CORRETA DE PORTAR OS BASTÕES: Os bastões são portados com a mão
direita e dispensam, como vimos, qualquer sinal de Grau. São levados à direita e à frente do corpo
e o braço de quem os segura forma esquadria na articulação do cotovelo (úmero-radial). O bastão
fica na vertical, paralelo ao longo do eixo do corpo. A sua ponta não deve tocar ou repousar no
solo, exceto o do M.: de Cer.: quando dá com o bastão as pancadas de ordem.
************************************************************************************
O TEMPLO DE SALOMÃO
Ir.: Anthero Barradas/ M.: M.: (*)
*********************************************************************************
9
No mundo, hoje, existem dois blocos maçônicos: os “regulares”, isto é, os que tem a
chancela anglo-saxônica e os “irregulares”, isto é, aqueles que não reconhecem a Grande Loja
Unida da Inglaterra, como a ÚNICA DONA da Maçonaria, que arroga-se detentora única do poder
de emitir Warrants de reconhecimento. Ressalvando-se, é claro, sua situação de primeira Obediência
institucionalizada. A Grande Loja Unida da Inglaterra vê-se hoje, obrigada a aceitar que a
poderosa Maçonaria Norte Americana, emita Warrants de “regularidade”, por tabela. E tem mais;
em situação recente, a Inglaterra retirou o reconhecimento do Grande Oriente da Itália (dirigido
por Virgilio Gaito) e, os EUA (1994) o manteve. Situação semelhante ocorreu na Grécia. Está se
formando um temporal na discussão e abrangência do poder, dito único, no caso do
reconhecimento de regularidade internacional.
No Brasil, a única Potência Maçônica reconhecida pela Maçonaria da Inglaterra, como
“regular” é o GOB, em tratado firmado em 06 de maio de 1935, tendo como barganha a
implantação de Lojas Distritais Inglesas, no território brasileiro, subordinadas a Inglaterra e aí sim,
uma afronta à soberania, num ato inteiramente IRREGULAR. As Grandes Lojas (1927) são tidas
como “regulares”, através das Grandes Lojas Americanas. As demais Potências (Grandes Orientes
Independentes, Grandes Lojas Unidas) sem a chancela dessas duas Potências estrangeiras, são do
bloco “irregular”, muito embora estejam investidas dos preceitos legais para suas existências.
“Na realidade, os Maçons, seja qual for o Rito a que pertençam, serão sempre regulares se forem
iniciados na forma exigida (grifo meu). Sete maçons, cinco dos quais dotados do grau de Mestre, podem
formar uma Loja, independente e soberana fora de qualquer Obedência. Isso é incontestável.”
Jules Boucher alude aos Old Charges, ao consuetudinário, aos primeiros costumes, à
jurisprudência primal, enfim, aos verdadeiros limites e conceitos do que é ou não Maçonaria.
É comum, IIr.: de outras Potências “regulares” vociferarem de espúrios e “irregulares” Iir.:
(??!!) de outras Potências que não as suas e, isso, de modo irresponsável, pois fazem-no para
profanos e/ou candidatos destas. Parecem não entender bem o significado político do termo
“irregularidade”, mas o tem como algo fantástico, maléfico. São os novos Leos Taxil da vida. Ou
na verdade, nunca, em suas Lojas, ouviram ou estudaram os aspectos históricos da “regularidade”,
ou o que é pior, desconhecem os conceitos primários dos Old Charges, Landmarks e
principalmente a Constituição de 1723, documento básico da legislação maçônica, por ser a
primeira compilação dos antigos costumes, até então, de tradução oral.
Segundo Alec Mellor: “A noção de regularidade aplica-se às Obediências, à Loja e aos Indivíduos.
Um bom Maçom é Regular quando ele passou por uma Iniciação, ou por uma Regularização, em uma Loja
Justa, Perfeita e Regular e continua a pertencer a ela. Uma Loja é regular quando ela satisfaz aos critérios
imperativos tradicionais”.
Historicamente, mesmo depois da fundação da Grande Loja de Londres (Modernos), o
conceito de “regularidade” não existia, como hoje o concebemos e, as Lojas obedeciam às Antigas
Obrigações (Old Charges). A Grande Loja de York (Antigos) é “irregular”, porém, quando
fundem-se na Grande Loja Unida da Inglaterra, todas as Lojas, num instante para outro “viram”
“regulares”, esquecendo-se todas as querelas e admoestações públicas (!). Daí para frente, salve-se
quem puder...
No Direito Maçônico, alguns experts em legislação classificam conforme abaixo, os
institutos que regem, por Antigüidade e usança, os limites maçônicos:
1. Antigos Deveres (Old Charges) e a Maçonaria Operativa;
2. Poema Regius ou Documento Halliwell;
10
3. A Lei Maçônica Especulativa: Livros das Constituições (1723);
4. O Manuscrito de Cooke;
5. Os Landmarks;
6. Usos e Costumes (Jus non Scriptum e o Segredo Maçônico)
Os chamados 8 Princípios de Regularidade nada mais é que uma demonstração ditada,
imposta pelo Imperialismo Britânico. A Maçonaria é ferida nos seus princípios da Liberdade,
Igualdade e Fraternidade. A auto constituição e o auto governo é frontalmente ferido na sua forma
primitiva. Temos uma divisão: os filhos da Viúva e os filhos de prostitutas (??!!). A Regularidade e
Irregularidade...
Para abordarmos os preceitos legais e entendermos a questão da “regularidade” vamos nos
ater aos aspectos da jurisprudência. Primeiramente, de norma geral, a jurisprudência, é uma das
fontes do direito. O direito origina-se da lei escrita ou de decisões reiteradas dos tribunais. Em
Maçonaria, ela confunde-se com sua origem legal, tendo por base o costume – o direito
consuetudináio.
Na análise: os Old Charges, as Constituições de Anderson, os Landmarks etc.,sem sombra
de dúvidas, transportam influências precursoras para a criação do Direito Maçônico. Muito
embora a Constituição de 1723 seja tida como o documento jurídico legal do qual emana a análise
do direito, nota-se que compilava antigos costumes. Para se entender melhor, Norberto Bobbio,
afirma que no ordenamento jurídico, o ponto de referência último de todas as normas é o poder
originário, denominado fonte das fontes. Diz Bobbio: “É a norma fundamental, sobre o que se funda?
Grande parte da hostilidade à admissão da norma fundamental deriva da objeção formulada em tal pergunta.
Temos dito várias vezes que a norma fundamental é pressuposto do ordenamento: ela, num sistema
normativo, exerce a mesma função que os postulados num sistema científico. Os postulados são aquelas
proposições primitivas das quais se deduzem outras, mas que, por sua vez, não são deduzíveis. Os postulados
são colocados por convenção ou por uma pretensa evidência destes; o mesmo se pode dizer da norma
fundamental: ele é uma convenção, ou, se quisermos, uma proposição evidente que é posta no vértice do
sistema para que a ela se possam conduzir todas as demais normas. À pergunta “sobre o que ela se funda”,
deve-se responder que ela não tem fundamento, porque se tivesse, não seria a norma fundamental, mas
haveria outra norma superior da qual ela dependeria.”
Na Maçonaria, a norma fundamental é a Constituição de Anderson (1723) e sua fonte das
fontes são os Landmarks, institutos nos quais foi baseada. Os antigos postulados, os Old Charges,
os Landmarks, são anteriores a norma fundamental (Constituições) e não expressam qualquer
noção de submissão a qualquer instituição e nem mesmo nas Constituições inexistem afirmativas
de que uma Loja Regular é aquela que pertença a Grande Loja de Londres. Portanto, a Maçonaria
Regular, do ponto de vista LEGAL, é a que observa, imperativamente, os critérios tradicionais. Já a
Maçonaria “Regular”, politicamente, é aquela que tem o tratado de reconhecimento com a Grande
Loja Unida da Inglaterra.
AAmad.: IIr.: da Grande Loja Maçônica Unida do Piauí, somos regulares de origem: somos
iniciados segundo a tradição, no mais fiel costume; nossas Lojas são Justas, Perfeitas e Regulares,
pois funcionam segundo a tradição de cada Rito, desde os requisitos de fundação; nossa Potência
foi originariamente, formada por três Lojas Regulares, conforme o costume. Nossa estrutura
administrativa obedece aos Landmarks, com um Grão-Mestre, somente. Então, de acordo com os
LIMITES da usança/tradição/costumes, não burlamos a Norma Fundamental e, sempre
atendemos a fonte das fontes, por conseguinte, não extrapolamos a REGULARIDADE MAÇÔNICA.
11
Não temos, isso sim, a chancela internacional da Grande Loja Unida da Inglaterra, que no aspecto
da vaidade, seria uma honra, pois trata-se da primeira Obediência institucionalizada no mundo (24
de Junho de 1717), e não a Loja Mãe da Maçonaria, Vaticano, Poder Central e, por este prisma, ela
não tem ascendência alguma sobre outras Potências. A auto prerrogativa da emissão de Warrants
não tem o apoio que justifica em seus 8 pontos; não tem apoio histórico e por isso, nem tãopouco
nenhuma autoridade sobre qualquer Potência do mundo.
Entende-se, então, com base nos requisitos consuetudinários, que atendemos as exigências
legais que precípua o conceito de REGULAR. Somos sim, é certo e notório, do bloco dos ditos
“irregulares” politicamente definido e, nunca, no aspecto das exigências legais de origem.
Por isso quando um ou outro Ir.: “regular” (?) nos chamar de “irregular”, solicitemos a sua
pronta definição do que seja IRREGULARIDADE. O que é importante, é que tenhamos, no nosso
cerne, o gérmem do discernimento e a busca pela investigação da VERDADE e não nos deixemos
levar por elocubrações fantasiosas, apaixonadas e sem base alguma e/ou que tais argumentos
sejam aferidores/vetores para, simplesmente, nos auto-infligirmos de pobres coitados irregulares.
NÃO! Somos verdadeiros e regulares MAÇONS, na mais genuína expressão e sentido legal. Quem
quiser provar o contrário, que mostre os aspectos legais e consuetudinários do contrário.
“Muitos dos que parecem estar lutando contra a adversidade são felizes; muitos, em meio a grande
afluência, são totalmente infelizes”.
*******************************************************************
“A verdade é o bem próprio do homem e o único bem imortal que nos é dado usar em nossa condição de
seres mortais”.
Bem Jonson
*********************************************************************
“ O significado das coisas não está nas coisas em si, mas sim em enossa atitude com relação a elas”.
Antoine de Saint-Exupéry
*********************************************************************
“Felicidade é a certeza de que a nossa vida não está passando inutilmente. São estes intervalos entre um
trabalho cansativo e outro trabalho cansativo, estes momentos que a gente pode conversar com um
amigo, brincar com os filhos, ler um bom livro... O erro é pensar que o conforto permanente, o bem-
estar que nunca acaba e o gozo de todas as horas são a verdadeira felicidade”.
Érico Veríssimo
12
Viagem ao nosso interior
PROVIDÊNCIA DIVINA
D. Villela
13
14
HISTÓRIA PURA
Pouco se sabe com exatidão dessa sociedade secreta, fundada em Paris, em 17 de agosto de
1947, sob a denominação de Oficina do Globo e da Glória, pelo cavaleiro Beauchaine.
Era uma Ordem Andrógena.
Beauchaine, para organizar a Ordem dos Lenhadores e Lenhadoras, copiou muita coisa de
outra sociedade secreta, Le Compagnonnage, e baseou-se numa associação constituída por
lenhadores das montanhas francesas, entre os quais era mantido o princípio de solidariedade
fraternal e de bom acolhimento aos bons homens que, entre eles, buscassem abrigo.
Muitos franceses, inclusive elementos da nobreza, que se viram perseguidos depois das
guerras de Carlos VI e de Carlos VII, procuraram refúgio nas montanhas e foram bem recebidos
pelos lenhadores, que lhes proporcionaram um asilo seguro.
Por agradecimento ou por concordância com os fundamentos da sociedade, numerosos
refugiados ingressaram nela “que impunha como primeira de suas obrigações, a hospitalidade,
assistência e socorro recíproco”. Assim, aquela associação de lenhadores montanheses viu o seu
quadro aumentar com a inclusão de nobres, sacerdotes e homens do povo, completamente alheios
à profissão daqueles”.
Beauchaine, que também estivera entre os montanheses, resolveu que a Ordem dos
Lenhadores e Lenhadoras aceitaria pessoas de todas as condições sociais, desde que satisfizessem
uns tantos requisitos. Cresceu deste modo, e prestigiou-se em Paris, a nova sociedade, que dentro
em breve, se espalhava pela França.
As reuniões eram festivas, realizavam-se banquetes alegres, depois de sessões secretas, cujos
objetivos nunca ficaram bem esclarecidos.
Como a Ordem dos Lenhadores e Lenhadoras usava os mesmos símbolos que a Charbonerie,
originária da Carbonária Italiana, embora com propósitos diferentes, a plolícia francesa não
estabeleceu distinção entre as duas, quando chegado o momento de repressão, que se tornou mais
violento depois do movimento da La Rochelle, de que resultou o guilhotinamento de quatro
sargentos.
O governo francês tratou de exterminar a Charbonnerie e nada fez diretamente para extinguir
a Ordem dos Lenhadores e Lenhadoras, mas o desaparecimento daquela influiu para que a
segunda também desaparecesse.
A RECEPÇÃO DOS ADEPTOS ....
O elemento feminino, em grande número, ingressou na Ordem dos Lenhadores e
Lenhadoras. A sua recepção era diferente da dos homens, que entravam com uma parte do corpo,
o lado esquerdo do torso, descoberta, ao passo que as mulheres conservavam-se inteiramente
vestidas.
15
BIOGRAFIA DO MÊS
CUNHA BARBOSA (Cônego Januário da)
16
cônego Januário da Cunha Barbosa e do Marechal Raimundo José da Costa Matos, que estão na sala das
sessões.
Amit era um alto funcionário na corte do Rei Akbar. Ele, havia muito tempo, nutria um
desejo de chupar os voluptuosos seios da rainha até se fartar.
Todas as vezes que tentou, porém, saiu-se mal.
Um dia ele revelou seu desejo a Birbal, principal conselheiro do Rei, e pediu que ele fizesse
algo para ajudá-lo. Birbal, depois de muito pensar, concordou, sob a condição de Amit lhe pagar
mil moedas de ouro.
Amit fez o acordo.
No dia seguinte, Birbal preparou um líquido que causava comichões e derramou no sutiã
da rainha, que o deixara fora enquanto tomava banho.
Logo a coceira começou e aumentou de intensidade, deixando o rei preocupado.
Estavam sendo feitas consultas a médicos, quando Birbal disse que apenas uma saliva
especial, se aplicada por quatro horas curaria o mal. Birbal também disse que essa saliva só
poderia ser encontrada na boca de Amit.
O Rei Akbar chamou Amit, que pelas quatro horas seguintes, chupou violentamente os
seios da rainha.
Lambemdo, mordendo, apertando e passando a mão ele fez o que sempre desejou.
Satisfeito, ele se encontrou com Birbal. Como a missão deste já fora cumprida e seu libido estava
satisfeito, ele se recusou a pagar o conselheiro e ainda o escorraçou.
Amit sabia que, naturalmente, Birbal nunca poderia contar o fato ao rei.
Mas Amit havia subestimado Birbal. No outro dia, por vingança, ele colocou o mesmo
líquido na cueca do rei, que imediatamente mandou chamar Amit...
Um turista hospeda-se num hotel na Cidade de Itu. Como fazia muito calor, resolve ir até o
bar tomar alguma coisa. Senta-se numa mesa e pede um chope para o garçom.
Logo o garçom coloca na sua frente uma caneca imensa.
- Nossa, que loucura, dá pra nadar aqui dentro! Por que tão grande?
- É que aqui é a cidade de Itu, onde tudo é grande e exagerado – respondeu o garçom.
- Que maravilha! – E rapidinho tomou tudo.
- Garçom, outro!
Lá vem o garçom com mais um canecão. O cara delira e diz pra si mesmo:- Meu, que
cidade maravilhosa! Aqui tudo é grande, que chope imenso! E mandou pra dentro de novo.
A figura, já torto, ri à toa, feliz da vida, e diz:
- Garzzzommmmm, onde fffica o banheiro?
- No final daquele corredor, à direita.
O homem levanta e, cambaleando, segue na direção indicada, mas no final do corredor, se
confunde e vira à esquerda. Dá de cara com a piscina do hotel, e começa a rir mais ainda.
- Não é pozzzzzzzzível, aqui zuzo é grande mesmo! Olha só ezzzzza privada enorme!!!
E começa a mijar, feliz da vida. Com o corpo balançando por causa da bebedeira, o coitado
cai na piscina, e começa a gritar desesperado:
17
- Ninguém puxa a descarga! Ninguém puxa a descarga que eu to aqui dentro!!!
18
O NOSSO PLANETA
Apesar de a água cobrir quase dois terços da superfície do planeta, a escassez de água tem sido apontada
como um dos dois mais preocupantes problemas para este milênio, sendo o outro o aquecimento global. De
acordo com o relatório publicado pelo World Resources Institute( WRI) por ocasião do Dia Mundial da
Água, espera-se que mais do que a metade dos 6,5 bilhões de pessoas do mundo sofra de escassez de água
até 2005. Mais do que um bilhão de pessoas no mundo já não têm acesso a água segura e a crescente crise de
água não está apenas se tornando uma principal fonte de fricção entre nações mas espera-se que desperte
um novo fenômeno à medida que milhões de pessoas em países em desenvolvimento são forçadas a migrar
em busca de água limpa. Esses refugiados da água certamente custarão não mais do que os refugiados
econômicos e políticos que, em face dos limites legais de seu acesso a sociedades desenvolvidas, encontram
meios ilegais de entrada, com conseqüências freqüentemente desastrosas.
A demanda por água, que é um recurso finito, está rapidamente esgotando o suprimento. Por uma série
de razões (má administração dos recursos hídricos, aumentos da população, ineficiência e desperdício de
água em irrigação), o consumo global de água cresceu 6 vezes entre 1990 e 1995. O dia Mundial da Água
chamou a atenção sobre o déficit de água global e sobre as regiões do mundo mais afetadas pela escassez de
água. Entre as estatísticas alarmantes incluídas no relatório do WRI está a de que no século XX a média de
consumo de água no mundo elevou-se em mais do que o dobro da média de crescimento populacional,
enquanto a decrescente quantidade de água disponível está ameaçando a elevação do preço dos alimentos
acima dos recursos de mais de um bilhão de seres humanos. Sociedades desenvolvidas serão capazes de
superar a escassez de água pelo consumo racionalizado, mas isso não se aplica a países mais pobres.
Espera-se que a quantidade de água necessária para produzir alimentos para a população do mundo em
2025 aumente em 50%. Por causa da seca generalizada, a produção de alimentos do mundo deve cair em
10%. O aumento nos preços das cestas básicas poderia expor 1,3 bilhões de pessoas à morte ou fome.
Há muitas razões para a crise, incluindo a má administração dos recursos hídricos por países em
desenvolvimento, aquecimento global, secas que trarão ainda maior desmatamento e a depredação dos
suprimentos subterrâneos. Alertando que a proporção dos dois quintos da população do mundo agora já passa
falta de água se elevará a dois terços até 2005, o relatório recomenda que a crise da água mundial receba grau
máximo na agenda da Cúpula Mundial sobre desenvolvimento sustentável que acontecerá neste ano de 2002.
Entretanto, o lembrete do relatório da UNEP, de que temos apenas um planeta interdependente para
compartilhar, parece ter caído em ouvidos surdos em Washington, onde Bush primeiro renega sua promessa
eleitoral de aprovar legislação limitando as emissões de gás de efeito estufa, e depois, para a surpresa e
desânimo do resto do mundo, recusa-se a ratificar o Protocolo de Kyoto sobre aquecimento global. O novo
presidente americano tem, assim, exposto não apenas os EUA, que produz um quarto das emissões do
mundo, mas a biosfera do planeta todo a mudanças climáticas com um impacto direto sobre a crise da água.
Enquanto as temperaturas sobem, as calotas polares do Ártico e Antártica derreter-se-ão, causando a
elevação dos níveis do mar e oceanos e outras complicações relativas à equação da água mundial, através da
exposição da água doce à infiltração salina e encorajando massas de êxodo de regiões ameaçadas pela seca
para regiões com mais água.
As razões para migração de um lado para outro do globo aumentam. Temos visto como as imigrações de
Zionistas para a Palestina deflagrou um dos mais virulentos conflitos do século XX. Na era da globalização,
o deslocamento de massas, numa escala sem precedentes, está ocorrendo em diversas direções. A
deterioração da situação da água deve ser seguida não apenas pela escala global, mas também pela regional,
especialmente a dos desertos estendidos aos países árabes, tornando-os particularmente vulneráveis em
condições de seca generalizada. Israel tem tomado medidas para impedir o impacto da falta de água em seu
futuro. Está conduzindo pesquisas sistemáticas para reduzir os custos de dessalinizar a água do mar e torná-
la de uso econômico para a região. Estes esforços não são apenas por interesses econômicos e comerciais,
mas também têm objetivos políticos e de segurança.
Colocar o desafio na ordem do dia, não apenas impedirá Israel de impor sua hegemonia nestes campos,
mas frustrará suas tentativas de mostrar que as mais agudas contradições na região são entre árabes, e não
entre árabes e israelenses. Se for verdade que a paz não pode ser alcançada sem uma medida de equilíbrio
entre os protagonistas, é igualmente verdadeiro que o desequilíbrio não deve ser limitado ao campo militar,
mas deve ser estendido a vários campos não-militares também.
19
Fonte: Revista Digital Água Online
20
DEPOIMENTO
BONS SONHOS
OLAVO DE CARVALHO (*)
O mundo inteiro sabe que o ex-presidente Clinton recebeu dinheiro de comunistas chineses para a
sua campanha eleitoral e que, uma vez no poder, cedeu à China o controle do Canal do Panamá e, de
quebra, lhe favoreceu o acesso a segredos nucleares, ao mesmo tempo que diminuía drásticamente o
arsenal de armas atômicas norte-americanas, hoje reduzidas a um quinto do estoque russo-chinês. Mas,
no Brasil, se você diz que Clinton foi pró-comunista, logo aparece um bando de espertinhos que, do
alto da sua completa ignorância do assunto, lançam sobre você um sorrisinho de piedade.
O mundo inteiro sabe que a Nova Ordem Mundial é uma criação dos socialistas fabianos e que o
primeiro país a perder sua soberania no altar do globalismo foram os EUA, já na década de 70,
sofrendo até a transferência de parcelas imensas do seu território para ONGs ecológicas e indigienistas.
Mas, no Brasil, se você nega a versão comunista estabelecida de que a Nova Ordem Mundial é apenas
um truque do bom e velho imperialismo ianque, as pessoas acham que você é um ET.
O mundo inteiro sabe que todos os movimentos esquerdistas do Terceiro Mundo são criados e
financiados pelo grande capital globalista, mas, no Brasil, se você diz isso, ninguém nem entende do
que você está falando.
O mundo inteiro sabe que as palavras de ordem dos partidos de esquerda – feminismo, quotas
raciais, casamento “gays”, “educação para a cidadania”, desarmamento civil, etc.- são impostas aos
países emergentes pelo “establishment” da Nova Ordem Mundial, e que qualquer intelectual
esquerdista que se disponha a trabalhar por elas será fartamente subsidiado pelas mais ricas fundações
e empresas globalistas. Mas, no Brasil, se você pretende desmascarar o nacionalismo de fachada desses
intelectuais, você é kafkianamente acusado de ... servo do imperialismo!
O brasileiro é hoje o povo mais desinformado e emburrecido do planeta. Jamais uma população tão
grande foi mantida numa tão profunda ignorância do que se passa no mundo em torno e tão facilmente
levada a crer nos estereótipos mais bobos da mitologia esquerdista local; mitologia que, em plena
sociedade globalizada de 2001, pode oferecer como explicação satisfatória do estado de coisas os
esquemas mais simplórios do nacional-progressismo dos anos 50, sem que ninguém na platéia tenha a
menor suspeita de que está sendo ludibriado.
Claro, em toda parte existe mistificação, mentira e censura em favor da tirania politicamente
correta que vai dominando a Terra. A diferença é que em toda parte existem também milhares de
intelectuais que compreendem o que se passa e que, aproveitando-se de mil e uma brechas no sistema,
divulgam o que sabem. No Brasil, eles simplesmente não existem. Não existem leitores para os livros
em que esses intelectuais descrevem o verdadeiro perfil da Nova Ordem Mundial. Muito menos
existem editores interessados em publicá-los. Os que só lêem em português jamais saberão dos livros
de Antthony LoBaido, J.R. Nyquist, Pascal Bernardin, Jean Sévilla, Anatolly Golitsyn, Vladimir
Bukovsky , Berit Kjos, cuja leitura bastaria para despertá-los do estado alucinatório em que, embalados
por uma retórica provinciana, sonham acordados.
O PESQUISADOR
MAÇÔNICO
O PESQUISADOR
21
MAÇÔNICO