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O PESQUISADOR

MAÇÔNICO
n.º 11 Dezembro/2001 e Janeiro/2002

EDITORIAL ÍNDICE

T Pág. 2
oda conquista merece ser comemorada, por menor expressão que  O que a imprensa
tenha. Com este nº 11 do nosso informativo, completamos 12 edições (a noticiou
primeira foi o nº 0 de lançamento) e portanto completamos o nosso 1º
Pág. 3
aniversário!
 Curiosidades
Como editor, fico feliz por este pequenino feito; feito de ter levado a um
Pág. 4
bom número de IIr.: (é um número crescente) boas informações, mesmo que
de forma sucinta, principalmente para aqueles IIr.: que têm dificuldade ou  Para pensar
“preguiça” de ler um livro inteiro.  Cantinho da Poesia
Temos divulgado trabalhos de vários IIr.:, de Lojas e Potências diversas, Pág. 5
de Orientes diversos, ajudando a integrar toda irmandade da nossa gloriosa  Gr. Dic.Enciclopédico de
Instituição Maçônica. Maç. e Simbologia
(Nicola Aslan)
Há, felizmente, um crescente interesse dos IIr.: em colaborarem com o
 Biblioteca
informativo, apresentando trabalhos, ou simplesmente fornecendo cópias de
artigos retirados de outras publicações maçônicas e assemelhadas. Desejamos Pág. 6
que esta colaboração continue e aumente.  Saúde é coisa séria
 Pílulas Maçônicas
Estamos tentando a regularização do informativo junto à ABIM, órgão
que normatiza a imprensa maçônica, para uma melhor transparência e Pág. 7 a 12
confiabilidade. E pretendemos tornar o nosso informativo cada vez mais  Trabalhos Maçônicos
maçônico, com artigos e trabalhos de qualidade.
Pág. 12
Neste final de ano e começo de 2002, o informativo terá um caráter
especial de bimestralidade, em função principalmente das “férias” maçônicas,  Frases que marcaram
neste período. Além do acúmulo de serviços profanos nesta época do ano. Pág. 13
Neste ano teremos o nosso 3º Fórum Maçônico em Cabo Frio, cujos  Viagem ao nosso interior
detalhes estaremos informando na edição do mês de fevereiro do informativo. Pág. 14
 História pura
Desejamos que o GADU traga muita paz este ano, neste mundo tão
conturbado, e que, com nosso trabalho, possamos ajudar a melhorar um Pág. 15
pouquinho a humanidade.
 Biografia do mês
Carlos Alberto dos Santos M...M... Pág. 16
 Essa é para relaxar

Pág. 17
 O nosso planeta
Pág. 18
O Pesquisador Maçônico
• Depoimento
Fundação: Janeiro/2001
Informativo Cultural da SOCIEDADE DE ESTUDOS ANTHERO
BARRADAS, e A... R...L...S... Renascimento n.º 08
Rua Nicola Aslan, 133
Braga – Cabo Frio (RJ)

1
O QUE A IMPRENSA NOTICIOU

VATICANO ADMITE ESTUPRO DE FREIRAS POR RELIGIOSOS


Por Gina de Azevedo Marques

O Vaticano confirmou em 20 de Março relatos divulgados no jornal italiano “La


Repubblica” e no americano “National Catholic Reporter” sobre estupros e sedução de freiras por
padres e missionários. Segundo o Vaticano, são casos limitados geograficamente, mas, de acordo
com os jornais, os episódios de violência sexual contra freiras foram registrados em 23 países. A
maioria dos países fica na África, mas a lista inclui também Brasil, Colômbia, EUA, Finlândia,
Índia, Irlanda e Itália.
Citando arquivos do Vaticano, Marco Politi, respeitado vaticanista do “La Repubblica”,
disse que centenas de denúncias assinadas por seus autores foram apresentadas durante os anos 90
a uma das maiores autoridades da Igreja: a Congregação Vaticana pela Vida Consagrada, que
reúne os superiores das ordens religiosas.
- O problema é conhecido, mas limitado geograficamente. Está sendo tratado de maneira
apropriada por bispos e autoridades eclesiásticas – disse o porta-voz do Vaticano, Joaquim
Navarro-Vallis.
- A Santa Sé está lidando com o assunto em colaboração com os bispos, a União de
Superiores Gerais (que reúne chefes de ordens religiosas masculinas) e a União Internacional de
Superioras Gerais (integrada pelas chefes de ordens religiosas femininas).
Segundo o “La Repubblica”, o cardeal Eduardo Martinez Somalo, chefe da Congregação
Vaticana pela Vida Consagrada, criou uma comissão para analisar os relatos.
Várias denúncias foram apresentadas em 1995 pela freira missionária e médica Maria
O’Donohue, que durante anos coordenou programas de Aids em vários países. Em relatório, ela se
refere a casos de estupro de freiras por padres e missionários. Num dos casos, uma freira foi
forçada pelo padre que a estuprou a abortar e morreu durante o aborto. O padre teria ainda
celebrado a missa no funeral.
O’Donohue narra ainda casos em que padres obrigaram freiras a tomar pílulas anti-
concepcionais. Numa congregação religiosa, 29 freiras teriam sido engravidadas na mesma época
por padres. A madre superiora teria pedido a intervenção do bispo que, em reação, a teria
transferido para outra cidade.
Outro relato é o de Maria McDonald, madre superiora das Freiras Missionárias de Nossa
Senhora da África. Segundo ela, as estratégias de abuso sexual são várias. “As freiras são
financeiramente dependentes dos padres, que podem pedir em troca favores sexuais”, diz ela, para
quem as freiras se calam por medo. “O medo contribui para agravar o problema e a situação tem
piorado em vez de melhorar”, afirma, acrescentando que o assunto não é tratado como deveria.
A explicação para a maioria dos casos de estupro de freiras por padres e missionários ser
registrada em países africanos passa pelo fato de a cultura do celibato não estar consolidada nestes
países, e chega a uma cruel constatação: padres e missionários teriam passado a violentar freiras
por temerem contrair Aids com prostitutas. É grande a incidência de Aids em países africanos e
relações sexuais com freiras e adolescentes seriam consideradas mais seguras.
O padre João Roque, presidente da Conferência de Religiosos do Brasil, disse, no Rio, que
desconhecia os casos de estupros de freiras por padres e missionários. Segundo ele, se houvesse
denúncias no Brasil estas não seriam encaminhadas à CRB, mas aos superiores provinciais da
congregação religiosa a que pertencessem os envolvidos.

“O Globo”, de 21 de Março de 2001.

2
CURIOSIDADES
VANGUARDA
Por Cel. Rômulo

Tenho o sentimento das grandes conquistas e das tradições orais, passadas de pai para
filho, como responsáveis pelo surgimento de canções épicas, as chamadas canções de gesta, tão
presentes na história medieval.
Vai o tempo em que, entoando-as aos berros, guerreiros alçavam os pavilhões e lançavam-se
às vitórias, gerando mais e mais conquistas – e tantas mais canções...
Para traduzir a voz popular, e incorporando a instrumentação clássica, é natural que, a partir
de um sentimento oral, fossem feitas composições elaboradas, buscando perenizar a sua
representatividade, fosse no campo das partituras, fosse no campo da regulamentação do Estado.
Assim surgiram os hinos oficiais de diversos países. Entretanto, tal processo foi invertido no
Brasil: primeiro fizemos uma música, para depois, muito depois, introduzirmos uma letra poética
de definitiva elaboração e encomendada representatividade.
Não que anteriormente a composição se fizesse apenas por acordes musicais; o caso é que a
primeira letra, de 7 de abril de 1831, era cheia de ressentimentos contra o povo português, e, como
se fala hoje, não pegou. Em 1841, quando da coroação de D. Pedro II, a letra já era outra, eivada de
bajulação, um autêntico “hino do rei“. E assim foi, passando por regionalismos de gosto duvidoso,
até que a República trataria da primeira oficialização e reconhecimento nacional.
Para complicar, a obra do Maestro Francisco Manuel da Silva, originalmente criada em 1831
(para comemorar a abdicação de D. Pedro I e sua saída do Brasil) para execução em orquestra,
causava dificuldade para o canto, gerando diferenças de ritmo e improvisações de letras.
Como curiosidade, o primeiro nome do Hino era bem extenso e de certa forma curioso: “Ao
Grande e Heróico Dia Sete de Abril – Hino Oferecido aos Brasileiros por um Patrício Nato”, e
passou a ser conhecido como Hino Sete de Abril..
Somente em 1906 é que houve uma proposta na Câmara dos Deputados para um único e
definitivo poema, vindo a ser aprovada pelas mãos de Epitácio Pessoa às vésperas das
comemorações do 1º Centenário da Independência, em 1922.
Infelizmente os problemas não pararam ali. Joaquim Osório Duque Estrada, ao compor o
poema em 1909, o fez em dois tempos, levando a que passássemos a ter algo como dois hinos, um
para ser tocado, e outro, mais longo, para ser cantado. Isso exigiu uma adaptação vocal, mudando
o obrigatório si bemol, destinado às execuções instrumentais simples, para o mais “cantável” fá
maior, serviço artístico levado a cabo pelo Maestro Alberto Nepomuceno.
Dessa forma, ao ser tocado, o Hino é curto e em tom mais alto, fazendo-se mais extenso na
adaptação para o canto, pela repetição da partitura, e em tom mais baixo, pela mudança para o fá
maior. Junte-se a isso tudo a erudição da letra e a dificuldade estará sempre presente.
Assim, quando o Hino Nacional é somente tocado num estádio de futebol, por exemplo, ele
não deveria ser cantado, pois é previsto que esteja sendo executado em si bemol e, é claro, sem
repetição. Daí os nossos espetáculos esportivos ficarem – pelo menos para mim – com uma
impressão de improviso e indefinição, já que à dificuldade do tom se soma o desconhecimento da
letra, e, por fim, da própria Lei; e nem preciso falar das falhas de cerimonial, responsável último
pelo andamento de qualquer solenidade.

Colaboração : Ir.: Carlos Alberto dos Santos/ M.:M.:

3
PARA PENSAR Cantinho da Poesia
QUANDO É QUE UM HOMEM É Irmão, Estamos te Esperando
Autor: Rigoberto Leal Rodrigues
MAÇOM?
PasseAutor
um tempo sozinho todos os dias;
Joseph F. Newton – The Builders

PARA PENSAR Por que não vens, Irmão?


Tua presença é boa e necessária.
Quando pode olhar por sobre os rios, os
Por que não deixas este mundo vão
morros e o distante horizonte com um
E vens tomar a tua indumentária?
profundo sentimento de sua própria Lembras o entusiasmo com que te iniciaste
pequenez no A ARTE
vasto DE CALARdas coisas
panorama E te deram as luzes da Irmandade?
que o rodeiam e, assim mesmo, ainda Da tua Loja, acaso já abusaste,
conservar a fé, a coragem e a esperança – Virando as costas à Fraternidade?
que
"O são as raízes
silêncio é umdemomento
toda virtude. Quando
vivificante de Não encontraste ali o que pensavas ter
sabe que, no fundo de seu coração, todo No Templo onde tu ias penetrar?
graça, éem
homem tãoque a criatura
nobre, tão vil, se
tãocala, mastão
divino, o Quantas coisas terás para dizer,
diabólico Porque não viste motivo em nosso altar?
espírito efala".
tão solitário como ele mesmo, e
Não deixes que se vá a tua juventude
procura conhecer, perdoar e amar seu
Sem teres encontrado a Paz Universal.
semelhante. Quando sabe simpatizar com
Lembra que tua Loja ensina esta virtude,
osCalar
homens sobre sua tristezas,
em suas própria sim,
pessoa
mesmoé Despertando em tua alma o senso fraternal.
em seus pecados, sabendo que cada homem
humildade. Por que não vens, Irmão,
luta duramente contra muitos óbices em seu Sejas Mestre, Aprendiz ou Companheiro?
Calar sobre
caminho. Quando o defeito
aprendeudos como outros,
fazeré Por que não vens à fonte da Revelação
amigos e conservá-los e, sobretudo, como
caridade. E reencontras a luz do Caminho Verdadeiro?
conservar seu próprio amigo... quando Por que não vens, Irmão?
Calar quando a gente está sofrendo, é Não quero crer que o Esquadro e que o
nenhuma voz de desespero atinge seus
heroísmo.
ouvidos em vão e nenhuma mão procura Compasso
Não tenham sido úteis em tua mão,
sua ajuda sem obter
Calar diante do resposta. Quando
sofrimento acharé
alheio Como a Régua que orienta, como o Cinzel e o
um bem em toda fé que ajuda qualquer
covardia. Maço.
homem a ver as coisas divinas e a perceber Nas nossas reuniões não acharás falácia;
significações
Calar diantemajestosas
da injustiçana vida, qualquer
é fraqueza. Terás, sim, como achar teu Mestre interior,
que seja o nome desta crença... quando Que te apresentará a esplendência da Acácia,
Calar quando o outro está falando, é
conservar a fé em si mesmo, em seus Convertendo-te, então, num Ser superior.
delicadeza. em seu Deus, em sua mão
companheiros, Nosso grupo erguerá tua iniciativa
uma espada contra o mal, emuma
seu palavra,
coração De ler e de estudar, discernir, meditar;
Calar quando o outro espera
um pouco de canção – satisfeito por viver E tocamos na tua essência evolutiva
é omissão.
mas não temendo morrer! Tal homem Para que sejas Mestre e o mal possas parar.
Aqui se ensina, Irmão,
encontrou
Calar e não o único real segredo
falar palavras inúteis daé
A escutares a voz da tua consciência
Maçonaria, aquele que ela procura
prudência. E o teu comportamento atinja a perfeição,
transmitir ao mundo inteiro. Podendo dominar tua própria aparência.
Calar quando Deus nos fala no coração, é Volta aqui e procura honestamente
silêncio.do livro “ Manual do Mestre Maçom”, de
*Extraído
Ao nosso Grande Arquiteto do Universo,
E, então, te será dado, só e unicamente,
Calar dianteManoel do Gomes.
mistério que não Recebê-lo no mundo em que lutas, adverso.
entendemos, é sabedoria. Traze os teus pensamentos, sem mácula e puros,
Colaboração do Ir.: Carlos Alberto dos Santos. Para aos nossos juntá-los em sublime harmonia,
E verás que de bens serão nossos futuros,
Autor desconhecido Quando estivermos sós em doce
hegemonia.Lembra-te de que as virtudes nós
louvamos,
Colaboração do Ir.: ALFREDO E uma delas é cumprir o prometido.
ARLS RENASCIMENTO Nº 08. Mostra-nos, vem, o teu dever cumprido,
Pois, de braços abertos, TE ESPERAMOS.

4
GRANDE DICIONÁRIO ENC. BIBLIOTECA
DE MAÇONARIA E MAÇONARIA – Religião e
Simbolismo
SIMBOLOGIA
Autor: Samuel Nogueira Filho

EXPERTO– Cargo de um Oficial de Loja, da Principais tópicos abordados:


qual é o perito, e que se ocupa de dirigir e
preparar as operações da Iniciação dos 1. Origem da Maçonaria;
profanos, ou da Elevação de Grau de Irmãos 2. O espírito da letra que vivifica;
3. Postulados da Maçonaria;
de um Grau inferior a um Grau superior. É
4. Relação de papas, cardeais, arcebispos,
também o encarregado de examinar os bispos, cônegos, monsenhores, padres,
visitantes, substituindo eventualmente nos freis, monges, abades;
Trabalhos o Segundo Vigilante. Exercem 5. Mensagens sem fronteiras;
também funções especiais nos escrutínios 6. A Ordem dos Essênios;
secretos. 7. A Ordem dos Irmãos Mágicos;
8. História;
9. Iniciações Maçônicas em épocas
***********************/////********************* pretéritas;
10. Os símbolos e as ordens espiritualistas;
EXÉQUIAS- Honra e cerimônias fúnebres em 11. O que disse a esfinge;
comemoração de um finado. 12. As cores em geral;
As exéquias dos Maçons, quando celebradas 13. Mantras;
com as formalidades do Rito Maçônico, não 14. Numerologia;
são designadas por este nome, mas, segundo 15. A alegria da concórdia fraterna;
a Obediência, por Loja de dor, Funerais da 16. Antologia Maçônica.
Ordem ou Sessão fúnebre.
Trata-se de um costume antiqüíssimo nas O autor se aprofunda mais no exame dos
associações humanas também seguido pela princípios maçônicos fundamentais,
Maçonaria. Segundo A. Mellor, ao defendendo a existência de uma unidade básica
pronunciar-se sobre a legitimidade de um entre a Maçonaria e a Religião, pelo que
Ritual fúnebre propriamente maçônico, a G. evidencia, através de substancial relação, a
L. U. da Inglaterra opinou que a Cerimônia grande colaboração prestada por inúmeros
devia desenrolar-se segundo o Rito da religião prelados católicos, antecipando-se à recente
do Irmão, e não de acordo com uma “Sessão reforma do Código de Direito Canônico, que
Fúnebre”. Todavia, no passado, foram aboliu as vetustas penas aplicadas aos Maçons
realizadas semelhantes Sessões na Inglaterra. católicos.
O livro foi escrito em 1984.
************************////**********************

ENXOFRE – Um dos três princípios Editora “Traço Editora”.


herméticos, sendo os outros o Mercúrio e o
Sal.
Em Alquimia, o Enxofre é o princípio
essencial dos corpos, ou seja, o princípio ativo
ou forma, tipo específico, pela força do qual as
moléculas se combinam para formar este ou
aquele mineral ou vegetal. Representa o

5
SAÚDE É COISA SÉRIA

CIENTISTAS CRIAM DROGA QUE AMENIZA SINTOMAS DE RESFRIADO

Cientistas da Universidade de Virgínia conseguiram criar um medicamento capaz de acelerar a recuperação


de vítimas do tipo mais comum de resfriado. Denominado PLECONAVRIL, o remédio foi apresentado durante
uma conferência sobre doenças infecto-contagiosas em Chicago, nos Estados unidos.
De acordo com o pesquisador Frederick Hayden, a droga faz com que os sintomas da doença sejam
amenizados em um dia e consegue conter a corisa nasal em até menos de um dia. Mas como o remédio não faz o
resfriado acabar imediatamente, muitos especialistas afirmam que ainda é cedo para que se fale em cura.
Alguns especialistas afirmam que não há dúvidas de que o medicamento pode fazer as pessoas melhorarem se
a doença for causada por algum rinovírus, grupo viral, responsável pelo tipo de resfriado mais comum. Segundo
o médico Scott Hammer, especialista em vírus da Universidade Colúmbia, a droga pode ser considerada um bom
avanço no combate à doença.
Mas apesar de ter entusiasmado os cientistas, o medicamento ainda vai demorar a entrar no mercado. Em
julho deste ano, a empresa Viro Pharma Inc., que financiou a pesquisa da droga, entrou com um pedido de
autorização de comercialização do PLECONAVRIL no FDA, agência americana que regula os medicamentos e
alimentos. A decisão pode levar meses.
A questão da segurança é bastante delicada. O FDA vai analisar o medicamento meticulosamente – explicou
Hammer.
Hayden afirmou que não foram registrados efeitos colaterais significativos. Alguns voluntários apresentaram
um aumento temporário no nível de colesterol, mas o pesquisador afirma “que não é clinicamente relevante”.
A companhia não informou quanto custará o remédio, mas afirmou que será vendido apenas com receita sob
o nome de PICOVIR.

Artigo extraído da www.globonews.com.br

PÍLULAS MAÇÔNICAS
COSTUMES CONSAGRADOS PELO USO, APESAR DE CONTRARIAR SUAS
ORIGENS:

1. O de denominar-se “trolhamento”, em substituição ao correto “telhamento”, a prática de


examinar-se os toques, sinais, e palavras a IIr.: visitantes. Nos países de língua inglesa, o
Cobridor - Ir.: que tem tal imcumbência - é chamado de “tiler” (telhador”); nos de origem
francesa é “tuileur”, de tuile (telha); na Itália é o “tegolatore”, de tegola (telha), e assim por
diante. Somente em nosso país predomina o “trolhamento”.

2. O de chamar-se de “especulativa” a Maçonaria moderna (a partir de 1717), quando na verdade


ela passou a denominar-se de “Maçonaria dos Aceitos”.

Colaboração do Ir.: ANTHERO BARRADAS/ M.:M.(*)


(*) Membro da ARLS RENASCIMENTO N º 08

6
TRABALHOS MAÇÔNICOS
A FRATERNIDADE ROSACRUZ (8ª PARTE)
Ir.: ÍTALO ASLAN / M.: M.: (*)

O Período em que viveram os Rosacruzes( CONTINUAÇÃO)

A Contra-Reforma
Antes mesmo do principal movimento reformista desencadeado por Martinho Lutero, vários
leigos e eclesiásticos exigiam mudanças no seio da Igreja católica. John Wicliff , na Inglaterra, John
Huss (1369 – 1415), na Boêmia (Tchcoeslováquia) e Girolamo Savonarola (1452 –1498), na Itália,
manifestaram-se contra os escândalos contemporâneos. Foram excomungados e sentiram o peso
da “justiça” na forca ou na fogueira.
A Igreja já estava seccionada. Vozes em vários países da Europa clamavam por justiça e o
retorno do cristianismo primitivo. Facções cristãs conseguiam condições de legalidade nos estados
onde eclodiam. Interesses econômicos, políticos e intelectuais ajudaram a consolidar esses
movimentos.
Um movimento por parte da Igreja que reprimisse e paralisasse aquelas manifestações já se
fazia necessário. É convocado então o Concílio de Trento (1545 – 1563), o Concílio da Contra-
Reforma, tendo sido o mais longo da história da Igreja, abrangendo os períodos dos Papas Paulo
III e Pio IV.
Nele são reafirmadas a doutrina Católica e as questões disciplinares sujeitas a controvérsias;
é confirmada a supremacia do Papa; são mantidos o celibato do clero, a hierarquia eclesiástica, os 7
sacramentos (batismo, penitência e extrema-unção – os sacramentos dos mortos – confirmação, eucaristia,
ordem e matrimônio – os sacramentos dos vivos) e o culto dos Santos e da Virgem; confirmou-se a
transubstanciação e a necessidade de obras para a salvação; reafirmou-se ainda a tradição da
Igreja, única com poder de interpretar a Bíblia, e as Sagradas Escrituras como fundamentos das
crenças católicas.
Espanha e Portugal foram os países que mais se empenharam na consolidação das decisões
do Concílio de Trento. A Inquisição e a Congregação do Índice (censura das obras impressas)
foram as ferramentas para que elas não deixassem de ser cumpridas.
A Companhia de Jesus, fundada por Inácio de Loyola em 1534, e várias outras entidades
religiosas se destacaram nessa reação da Igreja Católica contra os hereges e reformistas.

(*) Membro da ARLS RENASCIMENTO Nº 08

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O USO DOS BASTÕES

O bastão é o instrumento de trabalho dos IIr.: M.: de Cer.: e Diáconos, e é confeccionado em


madeira escura, com 2 (dois) metros de comprimento e 2,5 (dois e meio) centímetros de diâmetro.
Esta é a definição física de bastão, um instrumento que muita controvérsia tem causado.
Os bastões são sucedâneos das espadas na Maçonaria, portanto, por definição, devem ser
empunhados com a mão direita. Ao sucedâneo dá-se o tratamento do antecessor; se as espadas
são empunhadas com a mão direita, os bastões também o são.

7
Se, por outro lado, o bastão do M.: de Cer.: e Diáconos é uma lembrança do cajado dos
primeiros pastores, eles eram empunhados na mão direita.
O cetro da realeza só pode ser empunhado na destra; a varinha dos magos é empunhada na
destra; o báculo episcopal é empunhado na destra. A vara dos romanos era empunhada na destra.
_ SINONÍMIA DOS BASTÕES: viga, cetro, báculo, ramos delgados, bordão, cajado, haste,
vara e virga.
Alguns autores dão como certa a origem do bastão como uma enxertia vinda do Rito
Adoniramita.
Viana diz que a origem maçônica dos bastões remonta à Grande Loja da Inglaterra, há mais de
dois séculos, e que o uso é da própria tradição inglesa.
Trata-se, pois, de uma enxertia que consolidou-se principalmente nas Grandes Lojas, uma vez
que todas utilizam o bastão para M.: de Cer.: e Diáconos.
De um modo geral, as definições são semelhantes e na regra geral são empunhados com a mão
direita, dispensando o sinal de ordem.
O bastão do M.: de Cer.: deve ser encimado por um triângulo e o dos Diáconos por um
triângulo circunscrevendo uma pomba com um ramo no bico.
Algumas Lojas utilizam como insígnias nos bastões, para o Primeiro Diácono, um sol e para o
Segundo Diácono uma lua e para o M.: de Cer.: uma régua.
O Grande Oriente do Brasil não utiliza bastões para o Rito Escocês, mas sim espadas e a copa
sobre o Altar dos Juramentos é feita com as espadas( Pálio).
Atualmente, o Rito Adonhiramita também tem o mesmo procedimento. Tanto o M.: de Cer.:
como os IIr.: que auxiliam a formação do Pálio ( O Rito Adonhiramita não possui a figura dos
Diáconos), utilizam espadas.
Em todos os casos citados as espadas são empunhadas com a mão direita e dispensam o sinal
do Grau. Neste Rito, o número de espadas que compõem o Pálio aumenta de acordo com o Grau
em que a Loja vai trabalhar.
_ MANEIRA CORRETA DE PORTAR OS BASTÕES: Os bastões são portados com a mão
direita e dispensam, como vimos, qualquer sinal de Grau. São levados à direita e à frente do corpo
e o braço de quem os segura forma esquadria na articulação do cotovelo (úmero-radial). O bastão
fica na vertical, paralelo ao longo do eixo do corpo. A sua ponta não deve tocar ou repousar no
solo, exceto o do M.: de Cer.: quando dá com o bastão as pancadas de ordem.

Pesquisado no Caderno de Estudos Maçônicos da Edifício. “A Trolha,


Pelo Ir.: Francisco José Povoas/ M.: M.: ( Loja Amizade Fraternal II, nº 12
Do Oriente de Cabo Frio.

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O TEMPLO DE SALOMÃO
Ir.: Anthero Barradas/ M.: M.: (*)

O monumento mais célebre da Antiguidade, constante da magnificente obra arquitetônica


do rei Salomão, foi o famoso “Templo de Salomão”, cuja construção teve início pouco depois do
jovem monarca ter assumido o trono e seria erguido em honra a JEOVAH.
O rei David, pai de Salomão, já havia tido a intenção de construí-lo, porém o Profeta Natan
disse-lhe não ter ainda chegado a hora. Contou Salomão para a construção com a valiosa
cooperação de Hiran, rei de Tiro, ao qual solicitara auxílio e com o qual celebrou um tratado: em
troca de trigo, cevada, vinho e azeite – azeite este especificado como de azeitonas varejadas e não
caídas ao chão. Hiram fornecia-lhe ainda o ouro, a madeira (cedro e sândalo do Líbano), operários
especializados, além de 150 mil operários braçais e 3.600 vigilantes. A maior ajuda porém que lhe
enviou o rei de Tiro foi Hiram Abif, o maior e mais célebre arquiteto daqueles tempos.
8
O local escolhido para levantar o templo foi o Monte Moriah, em Jerusalém. Sua construção
durou sete anos. Tinha a forma oblonga, largo e aberto num dos lados. Dividia-se em três partes: o
ULAN que era o vestíbulo; o HEKAL, chamado mais tarde o Santos, sala de culto; e o DEBIR , o
Santo Sanctorum que era a parte mais sagrada, onde o Sumo-Sacerdote podia entrar uma vez por
ano. Diante do vestíbulo, erguiam-se as colunas de bronze.
Após ter Salomão instalado ali a ARCA DA ALIANÇA, o templo tornou-se local de culto
de todo o povo israelita. Este primeiro Templo de Salomão foi destruído por Nabucodonossor em
587 a.C. Foi construído um segundo, bem menor e mais modesto. Reformado e remodelado por
Herodes – o Grande, que construiu no interior do mesmo uma fortificação denominada Fortaleza
Antônia, o que o povo judeu considerou uma afronta e humilhação.
No ano 70 de nossa era, o Imperador Tito Flávio destruiu este segundo Templo de Salomão.

(*) Membro da ARLS RENASCIMENTO Nº 08

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IRREGULARIDADE, UM ASPECTO MERAMENTE POLÍTICO

Ir. Bartolomeu Martins dos Santos / M.:I.:(*)

A grande discussão da “regularidade” e “irregularidade” maçônica começou a tomar


maior vulto, quando a Grande Loja Unida da Inglaterra criou os 8 Landmarks ou limites (1929),
impondo regras anglo-saxônicas, portanto, particulares e não universais. O sexto landmark
suscitou um grande embate com a Maçonaria Francesa. A citação da Bíblia como Livro Sagrado foi
um dos obstáculos históricos que provocaram o cisma da Maçonaria Francesa entre a Maçonaria
Inglesa e, Wirth diz que “os anglo-saxãos, ao exigir a Bíblia, e somente a Bíblia, negam a
universalidade da Maçonaria (grifo do autor)e, se encararmos o problema desse ponto de vista, a
“irregularidade” está do lado deles, e não do nosso”. Oswald Wirth, dizia ainda: “somos obrigados a nos
inclinar diante dos fatos. Os anglo-saxãos querem ter sua Maçonaria particular e renunciam ao
universalismo proclamado em 1723”( grifo do autor).
Estava criada a controvérsia, o Grande Oriente da França era decretado “irregular”. A
Maçonaria Francesa entendia ser nesse ponto, particular e íntimo, o dogma religioso, suprimindo a
expressão A.: G.: D.: G.: A.: D.: U.: e a leitura ou abertura da Bíblia, nos trabalhos, insistindo ser de
foro íntimo a crença religiosa, optando, como Livro Sagrado, as Constituições de 1723. (Nesse
particular, sem discutir o aspecto da crença de cada um, achamos apenas que como o Altar dos
Juramentos é um local tido como sagrado, o mais apropriado seria que o Livro das Constituições,
que preza as relações administrativas e legislativa, deveria ficar na mesa do Orador.) A França
sempre foi o berço das liberdades. Muitos entendem, particularmente de seu juízo, que a
Maçonaria Francesa (GOF) seja atéia, o que é menos verdade.
Mas, este foi apenas um dos pontos históricos para a discussão da “regularidade” e
“irregularidade”. Jules Boucher, em SIMBÓLICA MAÇÔNICA, cita Papus: “É evidente que cada
Potência Maçônica constituída sempre verá com maus olhos o nascimento ou chegada em seu local de ação de
uma Potência nova, ou vinda de fora. Esquecendo-se bruscamente de todos os ensinamentos de Fraternidade,
de Tolerância e de Verdade ensinado nos discursos oficiais, irão comportar-se em relação com a nova criação,
exatamente como se comporta uma nova Igreja: apelo à irregularidade, excomunhão maior ou menor,
proibição aos irmãos de freqüentar os recém-vindos, enfim, tudo o que se censura nos sectários religiosos.”

9
No mundo, hoje, existem dois blocos maçônicos: os “regulares”, isto é, os que tem a
chancela anglo-saxônica e os “irregulares”, isto é, aqueles que não reconhecem a Grande Loja
Unida da Inglaterra, como a ÚNICA DONA da Maçonaria, que arroga-se detentora única do poder
de emitir Warrants de reconhecimento. Ressalvando-se, é claro, sua situação de primeira Obediência
institucionalizada. A Grande Loja Unida da Inglaterra vê-se hoje, obrigada a aceitar que a
poderosa Maçonaria Norte Americana, emita Warrants de “regularidade”, por tabela. E tem mais;
em situação recente, a Inglaterra retirou o reconhecimento do Grande Oriente da Itália (dirigido
por Virgilio Gaito) e, os EUA (1994) o manteve. Situação semelhante ocorreu na Grécia. Está se
formando um temporal na discussão e abrangência do poder, dito único, no caso do
reconhecimento de regularidade internacional.
No Brasil, a única Potência Maçônica reconhecida pela Maçonaria da Inglaterra, como
“regular” é o GOB, em tratado firmado em 06 de maio de 1935, tendo como barganha a
implantação de Lojas Distritais Inglesas, no território brasileiro, subordinadas a Inglaterra e aí sim,
uma afronta à soberania, num ato inteiramente IRREGULAR. As Grandes Lojas (1927) são tidas
como “regulares”, através das Grandes Lojas Americanas. As demais Potências (Grandes Orientes
Independentes, Grandes Lojas Unidas) sem a chancela dessas duas Potências estrangeiras, são do
bloco “irregular”, muito embora estejam investidas dos preceitos legais para suas existências.
“Na realidade, os Maçons, seja qual for o Rito a que pertençam, serão sempre regulares se forem
iniciados na forma exigida (grifo meu). Sete maçons, cinco dos quais dotados do grau de Mestre, podem
formar uma Loja, independente e soberana fora de qualquer Obedência. Isso é incontestável.”
Jules Boucher alude aos Old Charges, ao consuetudinário, aos primeiros costumes, à
jurisprudência primal, enfim, aos verdadeiros limites e conceitos do que é ou não Maçonaria.
É comum, IIr.: de outras Potências “regulares” vociferarem de espúrios e “irregulares” Iir.:
(??!!) de outras Potências que não as suas e, isso, de modo irresponsável, pois fazem-no para
profanos e/ou candidatos destas. Parecem não entender bem o significado político do termo
“irregularidade”, mas o tem como algo fantástico, maléfico. São os novos Leos Taxil da vida. Ou
na verdade, nunca, em suas Lojas, ouviram ou estudaram os aspectos históricos da “regularidade”,
ou o que é pior, desconhecem os conceitos primários dos Old Charges, Landmarks e
principalmente a Constituição de 1723, documento básico da legislação maçônica, por ser a
primeira compilação dos antigos costumes, até então, de tradução oral.
Segundo Alec Mellor: “A noção de regularidade aplica-se às Obediências, à Loja e aos Indivíduos.
Um bom Maçom é Regular quando ele passou por uma Iniciação, ou por uma Regularização, em uma Loja
Justa, Perfeita e Regular e continua a pertencer a ela. Uma Loja é regular quando ela satisfaz aos critérios
imperativos tradicionais”.
Historicamente, mesmo depois da fundação da Grande Loja de Londres (Modernos), o
conceito de “regularidade” não existia, como hoje o concebemos e, as Lojas obedeciam às Antigas
Obrigações (Old Charges). A Grande Loja de York (Antigos) é “irregular”, porém, quando
fundem-se na Grande Loja Unida da Inglaterra, todas as Lojas, num instante para outro “viram”
“regulares”, esquecendo-se todas as querelas e admoestações públicas (!). Daí para frente, salve-se
quem puder...
No Direito Maçônico, alguns experts em legislação classificam conforme abaixo, os
institutos que regem, por Antigüidade e usança, os limites maçônicos:
1. Antigos Deveres (Old Charges) e a Maçonaria Operativa;
2. Poema Regius ou Documento Halliwell;

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3. A Lei Maçônica Especulativa: Livros das Constituições (1723);
4. O Manuscrito de Cooke;
5. Os Landmarks;
6. Usos e Costumes (Jus non Scriptum e o Segredo Maçônico)
Os chamados 8 Princípios de Regularidade nada mais é que uma demonstração ditada,
imposta pelo Imperialismo Britânico. A Maçonaria é ferida nos seus princípios da Liberdade,
Igualdade e Fraternidade. A auto constituição e o auto governo é frontalmente ferido na sua forma
primitiva. Temos uma divisão: os filhos da Viúva e os filhos de prostitutas (??!!). A Regularidade e
Irregularidade...
Para abordarmos os preceitos legais e entendermos a questão da “regularidade” vamos nos
ater aos aspectos da jurisprudência. Primeiramente, de norma geral, a jurisprudência, é uma das
fontes do direito. O direito origina-se da lei escrita ou de decisões reiteradas dos tribunais. Em
Maçonaria, ela confunde-se com sua origem legal, tendo por base o costume – o direito
consuetudináio.
Na análise: os Old Charges, as Constituições de Anderson, os Landmarks etc.,sem sombra
de dúvidas, transportam influências precursoras para a criação do Direito Maçônico. Muito
embora a Constituição de 1723 seja tida como o documento jurídico legal do qual emana a análise
do direito, nota-se que compilava antigos costumes. Para se entender melhor, Norberto Bobbio,
afirma que no ordenamento jurídico, o ponto de referência último de todas as normas é o poder
originário, denominado fonte das fontes. Diz Bobbio: “É a norma fundamental, sobre o que se funda?
Grande parte da hostilidade à admissão da norma fundamental deriva da objeção formulada em tal pergunta.
Temos dito várias vezes que a norma fundamental é pressuposto do ordenamento: ela, num sistema
normativo, exerce a mesma função que os postulados num sistema científico. Os postulados são aquelas
proposições primitivas das quais se deduzem outras, mas que, por sua vez, não são deduzíveis. Os postulados
são colocados por convenção ou por uma pretensa evidência destes; o mesmo se pode dizer da norma
fundamental: ele é uma convenção, ou, se quisermos, uma proposição evidente que é posta no vértice do
sistema para que a ela se possam conduzir todas as demais normas. À pergunta “sobre o que ela se funda”,
deve-se responder que ela não tem fundamento, porque se tivesse, não seria a norma fundamental, mas
haveria outra norma superior da qual ela dependeria.”
Na Maçonaria, a norma fundamental é a Constituição de Anderson (1723) e sua fonte das
fontes são os Landmarks, institutos nos quais foi baseada. Os antigos postulados, os Old Charges,
os Landmarks, são anteriores a norma fundamental (Constituições) e não expressam qualquer
noção de submissão a qualquer instituição e nem mesmo nas Constituições inexistem afirmativas
de que uma Loja Regular é aquela que pertença a Grande Loja de Londres. Portanto, a Maçonaria
Regular, do ponto de vista LEGAL, é a que observa, imperativamente, os critérios tradicionais. Já a
Maçonaria “Regular”, politicamente, é aquela que tem o tratado de reconhecimento com a Grande
Loja Unida da Inglaterra.
AAmad.: IIr.: da Grande Loja Maçônica Unida do Piauí, somos regulares de origem: somos
iniciados segundo a tradição, no mais fiel costume; nossas Lojas são Justas, Perfeitas e Regulares,
pois funcionam segundo a tradição de cada Rito, desde os requisitos de fundação; nossa Potência
foi originariamente, formada por três Lojas Regulares, conforme o costume. Nossa estrutura
administrativa obedece aos Landmarks, com um Grão-Mestre, somente. Então, de acordo com os
LIMITES da usança/tradição/costumes, não burlamos a Norma Fundamental e, sempre
atendemos a fonte das fontes, por conseguinte, não extrapolamos a REGULARIDADE MAÇÔNICA.

11
Não temos, isso sim, a chancela internacional da Grande Loja Unida da Inglaterra, que no aspecto
da vaidade, seria uma honra, pois trata-se da primeira Obediência institucionalizada no mundo (24
de Junho de 1717), e não a Loja Mãe da Maçonaria, Vaticano, Poder Central e, por este prisma, ela
não tem ascendência alguma sobre outras Potências. A auto prerrogativa da emissão de Warrants
não tem o apoio que justifica em seus 8 pontos; não tem apoio histórico e por isso, nem tãopouco
nenhuma autoridade sobre qualquer Potência do mundo.
Entende-se, então, com base nos requisitos consuetudinários, que atendemos as exigências
legais que precípua o conceito de REGULAR. Somos sim, é certo e notório, do bloco dos ditos
“irregulares” politicamente definido e, nunca, no aspecto das exigências legais de origem.
Por isso quando um ou outro Ir.: “regular” (?) nos chamar de “irregular”, solicitemos a sua
pronta definição do que seja IRREGULARIDADE. O que é importante, é que tenhamos, no nosso
cerne, o gérmem do discernimento e a busca pela investigação da VERDADE e não nos deixemos
levar por elocubrações fantasiosas, apaixonadas e sem base alguma e/ou que tais argumentos
sejam aferidores/vetores para, simplesmente, nos auto-infligirmos de pobres coitados irregulares.
NÃO! Somos verdadeiros e regulares MAÇONS, na mais genuína expressão e sentido legal. Quem
quiser provar o contrário, que mostre os aspectos legais e consuetudinários do contrário.

(*) Membro da Loja Cavaleiros de Antares 14, do Oriente do Piauí.


Colaboração: Ir.; Carlos Alberto dos Santos.

FRASES QUE MARCARAM

“Muitos dos que parecem estar lutando contra a adversidade são felizes; muitos, em meio a grande
afluência, são totalmente infelizes”.

Publius Cornelius Tacitus

*******************************************************************

“A verdade é o bem próprio do homem e o único bem imortal que nos é dado usar em nossa condição de
seres mortais”.

Bem Jonson

*********************************************************************

“ O significado das coisas não está nas coisas em si, mas sim em enossa atitude com relação a elas”.

Antoine de Saint-Exupéry

*********************************************************************

“Felicidade é a certeza de que a nossa vida não está passando inutilmente. São estes intervalos entre um
trabalho cansativo e outro trabalho cansativo, estes momentos que a gente pode conversar com um
amigo, brincar com os filhos, ler um bom livro... O erro é pensar que o conforto permanente, o bem-
estar que nunca acaba e o gozo de todas as horas são a verdadeira felicidade”.

Érico Veríssimo

12
Viagem ao nosso interior
PROVIDÊNCIA DIVINA
D. Villela

Chama-se providência divina o cuidado que o Criador dispensa a toda a criação.


Há quem negue esse fato. Os materialistas em primeiro lugar, vendo em nossa existência
apenas um jogo de forças movimentadas pelo interesse pessoal, mais a intervenção cega do acaso.
Afirmam outros, embora religiosos, que o Senhor Supremo estabeleceu leis perfeitas, que a tudo e
todos governam por toda a eternidade, sendo Ele mesmo demasiadamente grande para ocupar-se
com nossos problemas ínfimos.
O ser humano, ainda como homem primitivo, foi capaz de assinalar, intuitivamente, a
presença de um poder superior atuante na vida fazendo dele, compreensivelmente, uma idéia
muito imprecisa. Aquele poder seria, assim, fragmentário pois existiriam muitos deuses, e
humanizado, apresentando as divindades os mesmos vícios e caprichos do homem.
O progresso lentamente aperfeiçoou essa concepção, corrigindo seus equívocos, alguns dos
quais, no entanto, persistem em nossos dias. Muito tempo transcorreu até que a fase politeísta
fosse superada modificando-se, igualmente, o entendimento quanto aos atributos divinos,
reconhecendo-se que o Senhor Supremo não poderia ter limitações, ser representado em termos
materiais, até com feições humanas. Além disso, sendo Ele soberanamente justo, deveria tratar a
todos com absoluta eqüidade o que ainda não foi percebido por expressivo número de religiosos
que concebem Deus como uma espécie de monarca, todo-poderoso, mas parcial, capaz de
beneficiar a uns em detrimento de outros e sensível à bajulação dos crentes que, por isso,
idealizaram cerimônias e oferendas para obter o favor celeste.
Referindo-se a Deus como sendo nosso Pai, Jesus sancionou a idéia da providência divina,
recomendando, em outra passagem, que não estivéssemos ansiosos por causa das coisas materiais
“pois Deus sabe que precisais delas” (Mateus 6:32). Sem esquecermos ou renegarmos a vida
material deveríamos, assim, em primeiro lugar, preocupar-nos com as necessidades do espírito.
Adotando os enunciados do Mestre, a Doutrina Espírita afirma que “Deus é onipresente,
tudo vê, a tudo preside, mesmo às mais pequeninas coisas... Deus existe: não podemos duvidar.
Ele é infinitamente justo e bom: é a sua essência. Sua solicitude a tudo se estende: nós o
compreendemos. Ele não pode, pois, querer senão o nosso bem, e é por isso que devemos ter
confiança n’Ele: é o essencial. Quanto ao mais, esperemos ser dignos de compreendê-lo.”

Publicado no boletim semanal “SEI”, nº 1732 (09/06/2001)

13
14
HISTÓRIA PURA

ORDEM DOS LENHADORES E LENHADORAS

Pouco se sabe com exatidão dessa sociedade secreta, fundada em Paris, em 17 de agosto de
1947, sob a denominação de Oficina do Globo e da Glória, pelo cavaleiro Beauchaine.
Era uma Ordem Andrógena.
Beauchaine, para organizar a Ordem dos Lenhadores e Lenhadoras, copiou muita coisa de
outra sociedade secreta, Le Compagnonnage, e baseou-se numa associação constituída por
lenhadores das montanhas francesas, entre os quais era mantido o princípio de solidariedade
fraternal e de bom acolhimento aos bons homens que, entre eles, buscassem abrigo.
Muitos franceses, inclusive elementos da nobreza, que se viram perseguidos depois das
guerras de Carlos VI e de Carlos VII, procuraram refúgio nas montanhas e foram bem recebidos
pelos lenhadores, que lhes proporcionaram um asilo seguro.
Por agradecimento ou por concordância com os fundamentos da sociedade, numerosos
refugiados ingressaram nela “que impunha como primeira de suas obrigações, a hospitalidade,
assistência e socorro recíproco”. Assim, aquela associação de lenhadores montanheses viu o seu
quadro aumentar com a inclusão de nobres, sacerdotes e homens do povo, completamente alheios
à profissão daqueles”.
Beauchaine, que também estivera entre os montanheses, resolveu que a Ordem dos
Lenhadores e Lenhadoras aceitaria pessoas de todas as condições sociais, desde que satisfizessem
uns tantos requisitos. Cresceu deste modo, e prestigiou-se em Paris, a nova sociedade, que dentro
em breve, se espalhava pela França.
As reuniões eram festivas, realizavam-se banquetes alegres, depois de sessões secretas, cujos
objetivos nunca ficaram bem esclarecidos.
Como a Ordem dos Lenhadores e Lenhadoras usava os mesmos símbolos que a Charbonerie,
originária da Carbonária Italiana, embora com propósitos diferentes, a plolícia francesa não
estabeleceu distinção entre as duas, quando chegado o momento de repressão, que se tornou mais
violento depois do movimento da La Rochelle, de que resultou o guilhotinamento de quatro
sargentos.
O governo francês tratou de exterminar a Charbonnerie e nada fez diretamente para extinguir
a Ordem dos Lenhadores e Lenhadoras, mas o desaparecimento daquela influiu para que a
segunda também desaparecesse.
A RECEPÇÃO DOS ADEPTOS ....
O elemento feminino, em grande número, ingressou na Ordem dos Lenhadores e
Lenhadoras. A sua recepção era diferente da dos homens, que entravam com uma parte do corpo,
o lado esquerdo do torso, descoberta, ao passo que as mulheres conservavam-se inteiramente
vestidas.

Extraído do livro “Sociedades Secretas”, de A. Tenório de Albuquerque.

15
BIOGRAFIA DO MÊS
CUNHA BARBOSA (Cônego Januário da)

Nasceu no Rio de Janeiro em 10/07/1780, sendo filho de Leonardo da Cunha Barbosa e de D.


Maria de Jesus; ele português, ela fluminense.
Foi ordenado padre em 1803.
Foi nomeado lente de filosofia em 1808, e, no mesmo ano, D. João VI, que se comprazia com seus
sermões, o nomeia pregador régio, agraciando-o com o hábito da ordem de Cristo.
Em 1821, o Padre Januário é iniciado na Loja Comércio e Artes, cujos membros pretendiam a
constitucionalização e a independência do Brasil. A seu respeito escreve Afonso d’E. Taunay: “Bela
inteligência realçada pela cultura, homem de palavra fácil e dúctil, pena vigorosa e vivaz, era das personalidades
de maior relevo no meio fluminense, quando começaram os acontecimentos do constitucionalismo, em 1821”.
Convocada pelo Imperador a primeira Assembléia Legislativa do Brasil, o cônego Januário opta
pela representação da Provìncia do Rio de Janeiro (1826-1829).
Em princípios do ano de 1830, Januário reergue a Loja Comércio e Artes, que volta a trabalhar no
Rito Moderno. Em 23/11/1831, ao serem definitivamente reiniciados os trabalhos do Grande Oriente, o
cônego Januário comparece na qualidade de Venerável da Loja. Foi reeleito Venerável em março de
1832.
Em 1832, o cônego Januário envia uma prancha ao Gr.: Oriente Brasileiro, convidando-o para o
estudo de uma reunião entre os dois Grandes Orientes surgidos no Brasil. Recebe uma resposta
afirmativa do Padre Belchior, então Gr.: Secr.: daquela Potência Maçônica. Porém, as exigências do
Grande Oriente do Brasil, que tinha novamente José Bonifácio como Grão-Mestre, impossibilitaram a
realização da fusão desejada.
Seguindo o exemplo de seu amigo Ledo que, em princípios do ano pássara para o Grande Oriente
Brasileiro, por não poder agüentar a prepotência de José Bonifácio, o cônego Januário incorpora a Loja
Comércio e Artes àquela Potência( outra Loja, de igual nome, é fundada no Grande Oriente do Brasil).
Com o general Cunha Matos, em 18/08/1838, o cônego Januário propõem, na Sociedade
Auxiliadora da Indústria Nacional, a criação de um Instituto Histórico e Geográfico. A proposta foi
aprovada no dia seguinte.
Em 05/09/1844, foi nomeado Diretor da Biblioteca Nacional, função que exerceu até a sua morte.
O cônego Januário foi novamente eleito Deputado pela Provìncia do Rio de Janeiro no período de
1845 à 1846.
Faleceu em 22/02/1846, sem poder usar o título de Monsenhor com que fora distinguido alguns
dias antes.
Foi fundador da revista “O Auxiliador”, da publicação trimestral “Revista do Instituto”
(Histórico e Geográfico). Deixou obras, entre outras, como “Os Garimpeiros” e “A Rusga da Praia
Grande”, poemetos satíricos, e o poema “Nichteroy”, além de numerosas poesias satíricas, estudos
biográficos e outros.
A sua fidelidade à Maçonaria e aos seus amigos foi exemplar e motivo de orgulho para a
Instituição, que o teve como um de seus membros mais dedicados e destacados.
Em 06/04/1848, em sessão pública e solene no paço imperial, honrada com a presença do
Imperador e de sua augusta esposa, o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, inaugura os bustos do

16
cônego Januário da Cunha Barbosa e do Marechal Raimundo José da Costa Matos, que estão na sala das
sessões.

ESSA É PARA RELAXAR


CUMPRIR O PROMETIDO

Amit era um alto funcionário na corte do Rei Akbar. Ele, havia muito tempo, nutria um
desejo de chupar os voluptuosos seios da rainha até se fartar.
Todas as vezes que tentou, porém, saiu-se mal.
Um dia ele revelou seu desejo a Birbal, principal conselheiro do Rei, e pediu que ele fizesse
algo para ajudá-lo. Birbal, depois de muito pensar, concordou, sob a condição de Amit lhe pagar
mil moedas de ouro.
Amit fez o acordo.
No dia seguinte, Birbal preparou um líquido que causava comichões e derramou no sutiã
da rainha, que o deixara fora enquanto tomava banho.
Logo a coceira começou e aumentou de intensidade, deixando o rei preocupado.
Estavam sendo feitas consultas a médicos, quando Birbal disse que apenas uma saliva
especial, se aplicada por quatro horas curaria o mal. Birbal também disse que essa saliva só
poderia ser encontrada na boca de Amit.
O Rei Akbar chamou Amit, que pelas quatro horas seguintes, chupou violentamente os
seios da rainha.
Lambemdo, mordendo, apertando e passando a mão ele fez o que sempre desejou.
Satisfeito, ele se encontrou com Birbal. Como a missão deste já fora cumprida e seu libido estava
satisfeito, ele se recusou a pagar o conselheiro e ainda o escorraçou.
Amit sabia que, naturalmente, Birbal nunca poderia contar o fato ao rei.
Mas Amit havia subestimado Birbal. No outro dia, por vingança, ele colocou o mesmo
líquido na cueca do rei, que imediatamente mandou chamar Amit...

Um turista hospeda-se num hotel na Cidade de Itu. Como fazia muito calor, resolve ir até o
bar tomar alguma coisa. Senta-se numa mesa e pede um chope para o garçom.
Logo o garçom coloca na sua frente uma caneca imensa.
- Nossa, que loucura, dá pra nadar aqui dentro! Por que tão grande?
- É que aqui é a cidade de Itu, onde tudo é grande e exagerado – respondeu o garçom.
- Que maravilha! – E rapidinho tomou tudo.
- Garçom, outro!
Lá vem o garçom com mais um canecão. O cara delira e diz pra si mesmo:- Meu, que
cidade maravilhosa! Aqui tudo é grande, que chope imenso! E mandou pra dentro de novo.
A figura, já torto, ri à toa, feliz da vida, e diz:
- Garzzzommmmm, onde fffica o banheiro?
- No final daquele corredor, à direita.
O homem levanta e, cambaleando, segue na direção indicada, mas no final do corredor, se
confunde e vira à esquerda. Dá de cara com a piscina do hotel, e começa a rir mais ainda.
- Não é pozzzzzzzzível, aqui zuzo é grande mesmo! Olha só ezzzzza privada enorme!!!
E começa a mijar, feliz da vida. Com o corpo balançando por causa da bebedeira, o coitado
cai na piscina, e começa a gritar desesperado:
17
- Ninguém puxa a descarga! Ninguém puxa a descarga que eu to aqui dentro!!!

18
O NOSSO PLANETA

A HUMANIDADE ESTÁ AMEAÇADA POR UM NOVO DESAFIO: A FALTA DE ÁGUA

Apesar de a água cobrir quase dois terços da superfície do planeta, a escassez de água tem sido apontada
como um dos dois mais preocupantes problemas para este milênio, sendo o outro o aquecimento global. De
acordo com o relatório publicado pelo World Resources Institute( WRI) por ocasião do Dia Mundial da
Água, espera-se que mais do que a metade dos 6,5 bilhões de pessoas do mundo sofra de escassez de água
até 2005. Mais do que um bilhão de pessoas no mundo já não têm acesso a água segura e a crescente crise de
água não está apenas se tornando uma principal fonte de fricção entre nações mas espera-se que desperte
um novo fenômeno à medida que milhões de pessoas em países em desenvolvimento são forçadas a migrar
em busca de água limpa. Esses refugiados da água certamente custarão não mais do que os refugiados
econômicos e políticos que, em face dos limites legais de seu acesso a sociedades desenvolvidas, encontram
meios ilegais de entrada, com conseqüências freqüentemente desastrosas.
A demanda por água, que é um recurso finito, está rapidamente esgotando o suprimento. Por uma série
de razões (má administração dos recursos hídricos, aumentos da população, ineficiência e desperdício de
água em irrigação), o consumo global de água cresceu 6 vezes entre 1990 e 1995. O dia Mundial da Água
chamou a atenção sobre o déficit de água global e sobre as regiões do mundo mais afetadas pela escassez de
água. Entre as estatísticas alarmantes incluídas no relatório do WRI está a de que no século XX a média de
consumo de água no mundo elevou-se em mais do que o dobro da média de crescimento populacional,
enquanto a decrescente quantidade de água disponível está ameaçando a elevação do preço dos alimentos
acima dos recursos de mais de um bilhão de seres humanos. Sociedades desenvolvidas serão capazes de
superar a escassez de água pelo consumo racionalizado, mas isso não se aplica a países mais pobres.
Espera-se que a quantidade de água necessária para produzir alimentos para a população do mundo em
2025 aumente em 50%. Por causa da seca generalizada, a produção de alimentos do mundo deve cair em
10%. O aumento nos preços das cestas básicas poderia expor 1,3 bilhões de pessoas à morte ou fome.
Há muitas razões para a crise, incluindo a má administração dos recursos hídricos por países em
desenvolvimento, aquecimento global, secas que trarão ainda maior desmatamento e a depredação dos
suprimentos subterrâneos. Alertando que a proporção dos dois quintos da população do mundo agora já passa
falta de água se elevará a dois terços até 2005, o relatório recomenda que a crise da água mundial receba grau
máximo na agenda da Cúpula Mundial sobre desenvolvimento sustentável que acontecerá neste ano de 2002.
Entretanto, o lembrete do relatório da UNEP, de que temos apenas um planeta interdependente para
compartilhar, parece ter caído em ouvidos surdos em Washington, onde Bush primeiro renega sua promessa
eleitoral de aprovar legislação limitando as emissões de gás de efeito estufa, e depois, para a surpresa e
desânimo do resto do mundo, recusa-se a ratificar o Protocolo de Kyoto sobre aquecimento global. O novo
presidente americano tem, assim, exposto não apenas os EUA, que produz um quarto das emissões do
mundo, mas a biosfera do planeta todo a mudanças climáticas com um impacto direto sobre a crise da água.
Enquanto as temperaturas sobem, as calotas polares do Ártico e Antártica derreter-se-ão, causando a
elevação dos níveis do mar e oceanos e outras complicações relativas à equação da água mundial, através da
exposição da água doce à infiltração salina e encorajando massas de êxodo de regiões ameaçadas pela seca
para regiões com mais água.
As razões para migração de um lado para outro do globo aumentam. Temos visto como as imigrações de
Zionistas para a Palestina deflagrou um dos mais virulentos conflitos do século XX. Na era da globalização,
o deslocamento de massas, numa escala sem precedentes, está ocorrendo em diversas direções. A
deterioração da situação da água deve ser seguida não apenas pela escala global, mas também pela regional,
especialmente a dos desertos estendidos aos países árabes, tornando-os particularmente vulneráveis em
condições de seca generalizada. Israel tem tomado medidas para impedir o impacto da falta de água em seu
futuro. Está conduzindo pesquisas sistemáticas para reduzir os custos de dessalinizar a água do mar e torná-
la de uso econômico para a região. Estes esforços não são apenas por interesses econômicos e comerciais,
mas também têm objetivos políticos e de segurança.
Colocar o desafio na ordem do dia, não apenas impedirá Israel de impor sua hegemonia nestes campos,
mas frustrará suas tentativas de mostrar que as mais agudas contradições na região são entre árabes, e não
entre árabes e israelenses. Se for verdade que a paz não pode ser alcançada sem uma medida de equilíbrio
entre os protagonistas, é igualmente verdadeiro que o desequilíbrio não deve ser limitado ao campo militar,
mas deve ser estendido a vários campos não-militares também.

19
Fonte: Revista Digital Água Online

20
DEPOIMENTO
BONS SONHOS
OLAVO DE CARVALHO (*)

O mundo inteiro sabe que o ex-presidente Clinton recebeu dinheiro de comunistas chineses para a
sua campanha eleitoral e que, uma vez no poder, cedeu à China o controle do Canal do Panamá e, de
quebra, lhe favoreceu o acesso a segredos nucleares, ao mesmo tempo que diminuía drásticamente o
arsenal de armas atômicas norte-americanas, hoje reduzidas a um quinto do estoque russo-chinês. Mas,
no Brasil, se você diz que Clinton foi pró-comunista, logo aparece um bando de espertinhos que, do
alto da sua completa ignorância do assunto, lançam sobre você um sorrisinho de piedade.
O mundo inteiro sabe que a Nova Ordem Mundial é uma criação dos socialistas fabianos e que o
primeiro país a perder sua soberania no altar do globalismo foram os EUA, já na década de 70,
sofrendo até a transferência de parcelas imensas do seu território para ONGs ecológicas e indigienistas.
Mas, no Brasil, se você nega a versão comunista estabelecida de que a Nova Ordem Mundial é apenas
um truque do bom e velho imperialismo ianque, as pessoas acham que você é um ET.
O mundo inteiro sabe que todos os movimentos esquerdistas do Terceiro Mundo são criados e
financiados pelo grande capital globalista, mas, no Brasil, se você diz isso, ninguém nem entende do
que você está falando.

O brasileiro é hoje o Povo mais desinformado e emburrecido do planeta.

O mundo inteiro sabe que as palavras de ordem dos partidos de esquerda – feminismo, quotas
raciais, casamento “gays”, “educação para a cidadania”, desarmamento civil, etc.- são impostas aos
países emergentes pelo “establishment” da Nova Ordem Mundial, e que qualquer intelectual
esquerdista que se disponha a trabalhar por elas será fartamente subsidiado pelas mais ricas fundações
e empresas globalistas. Mas, no Brasil, se você pretende desmascarar o nacionalismo de fachada desses
intelectuais, você é kafkianamente acusado de ... servo do imperialismo!
O brasileiro é hoje o povo mais desinformado e emburrecido do planeta. Jamais uma população tão
grande foi mantida numa tão profunda ignorância do que se passa no mundo em torno e tão facilmente
levada a crer nos estereótipos mais bobos da mitologia esquerdista local; mitologia que, em plena
sociedade globalizada de 2001, pode oferecer como explicação satisfatória do estado de coisas os
esquemas mais simplórios do nacional-progressismo dos anos 50, sem que ninguém na platéia tenha a
menor suspeita de que está sendo ludibriado.
Claro, em toda parte existe mistificação, mentira e censura em favor da tirania politicamente
correta que vai dominando a Terra. A diferença é que em toda parte existem também milhares de
intelectuais que compreendem o que se passa e que, aproveitando-se de mil e uma brechas no sistema,
divulgam o que sabem. No Brasil, eles simplesmente não existem. Não existem leitores para os livros
em que esses intelectuais descrevem o verdadeiro perfil da Nova Ordem Mundial. Muito menos
existem editores interessados em publicá-los. Os que só lêem em português jamais saberão dos livros
de Antthony LoBaido, J.R. Nyquist, Pascal Bernardin, Jean Sévilla, Anatolly Golitsyn, Vladimir
Bukovsky , Berit Kjos, cuja leitura bastaria para despertá-los do estado alucinatório em que, embalados
por uma retórica provinciana, sonham acordados.

(*) Filósofo e jornalista (publicado na “Zero Hora”, em 09/09/2001).

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21
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