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MAÇÔNICO
n.º 2 Março/2001
EDITORIAL ÍNDICE
Pág. 2
Pág. 10
O nosso planeta
O Pesquisador Maçônico
Pág. 11
Fundação: Janeiro/2001 Depoimento
Informativo Cultural da SOCIEDADE DE ESTUDOS ANTHERO
BARRADAS, e A... R...L...S... Renascimento n.º 08 1 Pág. 12
Rua Nicola Aslan, 133 Dicas e regras
Braga – Cabo Frio (RJ)
O QUE A IMPRENSA NOTICIOU
CIENTISTAS DESCOBREM COMPOSIÇÃO DA LÁGRIMA
*LONDRES. Proteínas e gorduras são a composição básica da lágrima. A descoberta foi anunciada este mês
por cientistas da Universidade de Oxford, na Grã-Bretanha. Eles esperam, a partir do estudo, desenvolver
um composto que desempenhe o exato papel da lágrima na limpeza e lubrificação dos olhos.
O bio químico que chefiou a pesquisa (John Tiffany) , não divulgou os nomes das substâncias que compõem
a lágrima, já patenteados por Oxford. Mas adiantou que a proteína principal existente na secreção também é
encontrada no leite da vaca.
- Quem é alérgico a leite de vaca provavelmente não se beneficiaria do composto no qual estamos
trabalhando. Esperamos com ele combater, principalmente, os problemas de ressecamento dos olhos, mal
que ainda não tem cura e pode trazer conseqüências desagradáveis – explica Tiffany.
Ao final de uma investigação de dois anos e meio, o Vaticano desaprovou publicamente o teólogo jesuíta
belga Jacques Dupuis. A ortodoxia católica triunfou mais uma vez. A decisão, anunciada na Segunda-feira
de carnaval, nasceu na Congregação para a Doutrina da Fé, antigo Santo Ofício, presidida pelo cardeal
Joseph Ratzinger( o grifo é nosso). Segundo a Congregação, no passado responsável pela Inquisição, as
teses de Dupuis, publicadas no livro "Rumo a uma teologia cristã do pluralismo religioso", são "ambíguas e
perigosas".
Aos 77 anos, Dupuis apregoa que Jesus é o redentor único e universal. Admite contudo, a existência de mais
de um caminho para a salvação. Foi o ponto de discórdia. O Vaticano rejeita a idéia de que outra religião,
além da católica, possa conduzir ao Criador ( o grifo é nosso). Defende a conversão como o único meio de
chegar a Deus. "Os seguidores de outras religiões devem ser chamados a fazer parte da Igreja", escreveram
teólogos do Vaticano, na reprimenda oficial a Dupuis aprovada pelo papa João Paulo II.
O jesuíta reagiu com veemência. Revelou que teve de sofrer em silêncio nos últimos 30 meses, enquanto o
Vaticano investigava sua obra. "Estou feliz porque finalmente posso falar", desabafou.
Concluído o processo, Dupuis está proibido de ensinar em seminários. A estratégia do Vaticano lembra a
condenação do frei franciscano Leonardo Boff. Nas décadas de 70 e 80, o religioso brasileiro mobilizou o
clero latino-americano ao estabelecer os pilares da Teologia da Libertação .Pregava a " opção preferencial
pelos pobres" e dizia que a Igreja é obra dos homens, não de Deus. Foi criticado por misturar conceitos
marxistas com teologia. Depois de um desgastante processo, movido pelo mesmo cardeal Ratzinger ( o grifo
é nosso), abandonou o sacerdócio em 1992." Ratizinger aproveita-se do vazio de poder deixado pelo papa e
condena quem tenta dialogar com outras religiões", critica Boff. "O grande medo do Vaticano é Ter um
teólogo crítico formando bispos e cardeais", afirma Faustino Teixeira, professor de ciência da religião da
Universidade Federal de Juiz de Fora, que foi aluno de Dupuis em Roma.
O jesuíta belga fez um acordo com o Vaticano. Vai incorporar as críticas da Santa Sé às próximas edições de
seu livro, publicado em 1997.
Dupuis passou quase metade da sua vida na Índia. Tornou-se professor da Universidade Gregoriana, em
Roma. Há seis meses, foi convocado para um encontro com Ratzinger. Deveria colocar sua assinatura no
relatório de 15 páginas que compilava as críticas. Recusou-se a fazê-lo. Classificou de "falsas" as acusações.
Uma versão mais amena do documento chegou às suas mãos em dezembro. Dupuis não concordou com as
observações, mas, aconselhado por superiores, resignou-se e assinou o relatório.
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CURIOSIDADES
1) Você sabia que o Dia dos Namorados, comemorado no Brasil em 12 de junho, é conhecido como
Valentine's Day no resto do mundo, e é comemorado na data de 14/02?
Valentine's Day
O Dia dos Namorados tem origem na Lupercalia, antiga festa romana em homenagem a Lupercus,
deus dos lobos. Haviam lobos ferozes na região de Roma( uma loba teria alimentado e criado Rômulo e
Remo, fundadores da cidade), que ameaçavam constantemente a população. Os romanos invocavam
Lupercus para protegê-los e manter os lobos afastados. O festival em honra a Lupercus era comemorado no
dia 15 de fevereiro. Durante a Lupercalia, os nomes das meninas romanas eram colocados em frascos e cada
jovem romano escolhia um, obtendo o direito de namorar a menina escolhida durante aquele ano. Em
homenagem a São Valentim, essa data passou a celebrar o Dia dos Namorados.
Valentim era padre em Roma no início do cristianismo, quando o imperador Claudius II proibiu o
casamento dos soldados romanos. Valentim os casava secretamente e terminou preso, foi julgado à morte e
executado em 14 de fevereiro, dia do feriado romano da Lupercalia. Após sua morte, Valentim foi
canonizado, passando a ser conhecido como São Valentim. Quando Roma se tornou cristã, a data passou ao
dia 14 de fevereiro, tomando o lugar dos festejos da Lupercalia;
2) Em 1933, foi criado o "rei momo", como símbolo do carnaval do Rio de Janeiro;
3) Em 1917, foram criados os primeiros pares de tênis da história;
4) Em 1901, Guglielmo Marconi inventou o rádio;
5) 16% das mulheres nascem loiras, mas 33% das mulheres são loiras;
6) O sol libera mais energia em 1 segundo do que tudo que a humanidade já consumiu em toda a sua
existência;
7) Ratos não vomitam;
8) 111,111,111X111,111,111 = 12,345,678,987,654,321;
9) Nós piscamos aproximadamente 25 mil vezes por dia;
10) Os CDs foram concebidos para comportar 72 minutos de música, porque essa é a duração da Nona
Sinfonia de Bethoven;
11) Relâmpagos matam mais do que vulcões, furacões e terremotos;
12) O material mais resistente criado pela natureza é a teia de aranha;
13) O forno de microondas surgiu quando um pesquisador que estudava as microondas percebeu que elas
haviam derretido o chocolate que estava em bolso;
14) Astronautas não podem comer feijão antes de suas viagens, pois os gases podem danificar as roupas
espaciais;
15) Os russos atendem ao telefone dizendo "estou ouvindo";
16) 15% das mulheres americanas mandam flores para si mesmas no Dia dos Namorados;
17) Se as doenças do coração, o câncer e a diabetes fossem erradicados, a expectativa de vida do homem
seria de 99,2 anos;
18) A filha de Shakespeare era analfabeta;
19) Antes de 1800, os sapatos para o pé esquerdo e o direito eram iguais;
20) Einstein nunca foi um bom aluno, e nem sequer falava direito aos 9 anos. Seus pais achavam que ele era
retardado;
21) O oceano Atlântico é mais salgado que o Pacífico;
22) O elefante é o único animal com 4 joelhos;
23) Uma gota de óleo torna 25 litros de água imprópria para o consumo;
24) Ovelhas não bebem água corrente;
25) Os americanos gastam mais com comida de cachorro que com comida de bebê;
26) Seu cabelo cresce mais rápido à noite, e você perde em média 100 fios por dias;
27) Os olhos de um hamster podem cair se você pendurá-lo de cabeça para baixo;
28) Rir durante o dia faz com que você durma melhor à noite.
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PARA PENSAR CANTINHO DA POESIA
C
comer seu filho".
"Quando sentir fome, comerá seu filho!". ompromissada com a verdade, pela
Um dia, o lenhador muito exausto do
trabalho e muito cansado desses comentários,
ao chegar em casa, viu a raposa sorrindo I gualdade que deve mover a humanidade,...que é a
como sempre e sua boca totalmente
ensanguentada...
O lenhador suou frio e sem pensar duas vezes M açonaria.
acertou o machado na cabeça da raposa...
Ao entrar no quarto, desesperado, encontrou
seu filho no berço dormindo tranqüilamente e
E m seu interior, homens de bem se confraternizam
ao lado do berço uma cobra morta...
O lenhador enterrou o machado e a raposa
juntos.
N uma busca do seu auto-aprimoramento,
Se você confia em alguém, não importa o que
os outros pensem a respeito, siga sempre o
seu caminho e não se deixe influenciar...;, mas
T udo fazendo para que, com seus exemplos,
O
principalmente, NUNCA TOME DECISÕES
PRECIPITADAS... utros, mesmo não-Maçons, possam melhorar o
mundo.
Autor desconhecido
Cabo Frio, 24/02/2001
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GRANDE DICIONÁRIO BIBLIOTECA
ENCICLOPÉDICO DE A PAPISA
Peter Stanford.
MAÇONARIA E A lenda da inglesa Joana, que disfarçada de homem,
teria se tornado Papa, é o enredo deste livro. Depois
SIMBOLOGIA (NICOLA de fazer uma minuciosa pesquisa e analisar antigos
manuscritos, o autor defende a existência da papisa
ASLAN) que teria governado a Igreja entre os anos 855 e 858.
Lenda ou realidade? Cabe ao leitor decidir ao final das
356 páginas traduzidas por Márcia Frazão. Seguindo
uma metodologia histórica sem abandonar saborosas
APOLOGÉTICA– Palavra que vem do grego pitadas de romance, o autor reconstitui a lenda de
"apô", oculto, e "logos", razão, saber. Termo criado Joana, uma inglesa de origem alemã que, fazendo-se
por Tertuliano e, posteriormente, muito usado passar por João, é aclamada Papa pela população de
para indicar a defesa do Cristianismo. A Roma.
Apologética é, assim, uma arte, que faz da Joana teria morrido no ano de 855 durante uma
Teologia, e que consiste na apologia do procissão papal dando à luz um menino e sendo
Cristianismo contra os seus adversários. apedrejada junto com ele até a morte pela multidão,
Empregado, também, para chamar toda obra ou Mãe e filho teriam sido enterrados à margem da estrada.
conjunto de argumentos ou razões em favor e Considerada uma das figuras mais ilustres de sua
defesa de uma doutrina(DFCC). época, Joana era uma mulher que dominava o
Não obstante, sob pretexto de defender a doutrina conhecimento do grego, do latim e da filosofia. Conta a
católica, a maior parte dos apologistas passou a lenda que sua história começa aos 12 anos quando,
inspirada pelos vários relatos que circulavam na época
um ataque, muitas vezes feroz, de supostos
sobre santas travestidas , ela resolve disfarçar-se de
adversários, utilizando-se das mais grosseiras
homem para Ter acesso ao mundo do conhecimento,
falsidades e calúnias. A Maçonaria foi, desde a sua
proibido às mulheres...
aparição, uma das vítimas preferidas dos supostos
apologistas, laicos e religiosos, cujos escritos Editora Gryphus
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TRABALHOS MAÇÔNICOS
A FUNDAÇÃO DO GRANDE ORIENTE BRASÍLICO
(Depois , GRANDE ORIENTE DO BRASIL)
"Aos vinte e oito dias do terceiro mez do Anno da Verdadeira Luz 5822 (1), achando-se abertos os trabalhos da nossa
Officina em o gráo de Aprendiz e havendo descido do Oriente o Irmão Graccho, Venerável da Loja Commercio e
Artes, única até este dia existente e regular no Rio de Janeiro e que nessa ocasião resumia o povo maçônico reunido
para a inauguração e criação de um Grande Oriente Braziliano em toda a plenitude de seus poderes, foi por
acclamação nomeado o Irmão Graccho, que acabava de Venerável, para presidente da sessão magna e extraordinaria
naquella ocasião convocada para a eleição dos officiais da Grande Loja na conformidade do paragrafo-capítulo da
parte da Constituição jurada. Tomando assento no meio do quadro em uma mesa para esse fim preparada, na qual
estavam o Evangelho, o Compasso, a Esquadria, a Constituição e uma urna, disse o Irmão presidente que era mister
nomear um secretario e um escrutinador para a apuração dos votos na presente sessão. E sendo eleito o Irmão
Magalhães, que servira de primeiro Vigilante e o Irmão Aníbal, que servira de segundo Vigilante, aquelle para
secretario e este para escrutinador, fez o Presidente ler os artigos da Constituição respeitantes a eleição e logo depois
que o Presidente disse que se passasse a fazer a nomeação do Grão Mestre da Maçonaria Brasileira, foi nomeado por
acclamação o Irmão José Bonifácio de Andrada. Propos logo o Irmão Presidente que se applaudisse tão distincta
escolha com a tríplice bateria e se despachasse ao novo eleito uma deputação a participar-lhe este successo e rogasse-
lhe o comparecimento para prestar juramento de tão alto emprego. Foram nomeados o Irmão Diderot e o Irmão
Demetrio, os quais voltaram dizendo o Irmão Diderot que o Grão Mestre, por motivos de obrigação a que o chamava
o seu emprego civil não podia comparecer, que acceitava o cargo com que a Loja o honrava e o agradecia, que
protestava a todo o corpo maçonico brazileiro a mais cordial amizade e todos os serviços que lhe fossem possiveis.
Procedeu-se depois à nomeação do Delegado do Grão Mestre e se bem que a Constituição determinasse que fosse
ella feita por votos, o mesmo povo dispensou o artigo fazendo a escolha por acclamação e foi, com effeito, acclamado
o Irmão Joaquim de Oliveira Alvarez. Applaudiu-se a sua eleição e enviou-se-lhe uma deputação composta do Irmão
Turenne e do Irmão Urtubie, a qual de volta participou que se achava na sala dos passos perdidos o Irmão Grande
Delegado. Saiu uma nova deputação de cinco membros dirigindo-lhe a palavra o Irmão Diderot. Foi depois
introduzido na Loja por baixo da abobada de aço e estrellada, prestando o seguinte juramento do ritual:
'Eu, F.: , de livre accordo e vontade, na presença do Supr.: Arch.: do Universo, que le no meu coração e
no de todo o Povo Maçon.: Brasl.: aqui representado, juro não revelar a profano algum nem Maç.: deste ou de outro
qualquer Or. : a palavra sagrada da Ord.: e a de Passe deste Or .:., assim como todos os segredos que são concernentes
ao logar de Gr.: Delegado do Or .: Brasil.: , tanto nesta ocasião como em outra qualquer, exceto ao meu futuro
successor. Outrossim, prometo preencher todas as obrigações do meu cargo conformando-me com a Constituição deste
Or.:. e com os regulamentos da Gr.: Loja, de uma maneira que possa promover o aumento e gloria deste Or.: e de todas
as Lloj.: do seu circulo, e de empregar todos os meus esforços sempre que forem necessarios a bem de todos os maçons, e
de sustentar a causa do Brazil quando compatível for com as minhas faculdades. E se trair e perjurar qualquer destas
obrigações de novo me submeto às penas dos meus ggr..: e ao desprezo e execração pública. Assim Deus me salve!'
Recebeu applausos, dirigiu a palavra a toda a Grande Assembléia e pediu que o dispensassem de assistir por mais tempo,
porque deveres igualmente sagrados de seu emprego o chamavam à casa. Sahindo o Grande Delegado, procedeu-se por
cedulas nominaes à eleição dos demais Oficciaes da Grande Loja e sahiram com maioria absoluta, para Primeiro Grande
Vigilante o Irmão Diderot, para Segundo Grande Vigilante o Irmão Graccho, para Grande Orador o Irmão Kant, para
Grande Secretario o Irmão Bolivar, Promotor o Irmão Turenne, Chanceler o Irmão Adamastor. Foram gradualmente
applaudidas as suas nomeações e seguiram-se as nomeações dos Veneraveis das tres Lojas Metropolitanas que se devião
igualmente erigir e foram eleitos os Irmãos Brutus, Anibal e Democrito(2). Applaudiu-se a nomeação e em acto successivo
prestou o Primeiro Grande Vigilante o juramento nas mãos do Presidente e subindo ao trono, o deferiu a todos os outros
Officiaes e Veneraveis. Mandando depois aos Officiaes da Gr.: Loj.: tomarem os seus logares, ordenou applausos de
agradecimento a todos os Ooff.: da preterita Loja Commercio e Artes pelos assiduos desvetos na causa da Maçonaria.
Proposto pelo Irmão 1º Gr.: Vig.: para a proxima sessão o sorteamento dos membros e a designação dos Dignatarios das
Lojas então criadas, o Irmão ex-Orador pedindo a palavra ponderou que podia, pela sorte, ficar algumas das Lojas privada
de IIr.: que, pelo seu grao, pudessem ser Ddign.: e portanto propunha que se fizesse o sorteio por turmas dos ggr.:
existentes, para que a cada uma coubesse igual numero de IIr.: graduados. Porem o 1º Vigilante tomando a palavra,
mostrou que era mais liberal sortear promiscuamente e deixar a cada uma das Lloj.: a nomeação dos seus DDign.:, para o
que poderia ser eleito qualquer Irmão de qualquer gr.: , dando-se depois o gr.: de Mestr.: , assim como na criação da Gr.:
Loj.:, sahindo GGr.: Ddign.: IIr.: Mmestr.: , ipso facto hão de receber os altos ggr.: . E suposta a moção suficientemente
discutida e posta a votos foi approvada a emenda e se decidiu que se procedesse da maneira indicada pelo Ir.: Gr.: Vig.: .
Deste modo se deram por terminados os trabalhos desta sessão magna e extraordinaria ficando assim installada a Gr.:
Loj.: , ordenando porém o Ir.: Gr.: Vig.: que eu , Gr.: Secr.: da Gr.: Loj.: lavrasse e exarasse a presente acta, para perpetuo
documento neste livro que deverá servir para as das Assembléas Geraes e igualmente da Gr.: Loj.:" (3).
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(Seguem-se as assinaturas).
NOTAS
1. Pelo calendário maçônico utilizado na época, o qual principiava o ano no dia 21 de março,
acrescentado o número 4.000 ao ano do calendário gregoriano, o 28º dia do 3º mês do ano da
Verdadeira Luz 5822, era 17 de junho de 1822;
2. Todos os nomes citados eram nomes simbólicos( ou heróicos) usados, na época,. Assim, Graccho era o
capitão João Mendes Vianna, Diderot era Joaquim Gonçalves Ledo, Kant era o cônego Januário da
Cunha Barboza, Bolívar era o capitão Manoel José Oliveira, Turenne era o coronel Francisco Luiz
Pereira da Nóbrega, Adamastor era Francisco das Chagas Ribeiro, Brutus era o major Manoel dos
Santos Portugal, Aníbal era o major Albino dos Santos Pereira e Demócrito era o major-ajudante da
Brigada de marinha Pedro José da Costa Barros;
3. O termo Grande Loja, na época, referia-se à Alta Administração do Grande Oriente, com suas
Dignidades e Oficiais.
DIVINDADE
A idéia de Deus – criador do universo e da vida – surge naturalmente na criatura. Tosca, a princípio,
associada ao temor, ela se aprimora incessantemente até a plena compreensão da divindade, que caracteriza
os Espíritos Puros, expressa por Jesus na afirmativa "Eu e meu Pai somos um" ( Jó 10:30).
Acompanhando-se a trajetória das concepções religiosas acerca da idéia de Deus, vê-se que Ele foi
considerado sucessivamente: mineral, planta, animal, misto de animal e homem até chegar a forma humana,
situação que perdura para boa parte da humanidade, incapaz, ainda, de pensar n'Ele como sendo "a
inteligência suprema, causa primária de todas as coisas".
Em nossa tradição judaico-cristã, não havia, de início, representações físicas do Criador, existindo mesmo
entre os mandamentos recebidos por Moisés a proibição de fazer imagens que reproduzissem " o que quer que
seja que está em cima, no céu, ou embaixo da terra" (Deuteronômio 5:8) , restrição esta claramente destinada a
evitar a idolatria. Por outro lado, não perceberam muitos a natureza simbólica de outra passagem bíblica,
constante da Gênese (1:26) "então Deus disse: Façamos o homem à nossa imagem e semelhança...", semelhança,
sem dúvida, espiritual, pois são a inteligência e a sensibilidade, a vontade e o amor bem como a capacidade de
elaborar expressões sempre novas nos campos da arte, do conhecimento e da convivência que evidenciam
nossa filiação divina e não a nossa aparência.
É compreensivo que nas comunidades primitivas a noção de um poder superior se apresentasse
fragmentária e humanizada. Os "deuses" eram muitos e muito parecidos com os homens, mostrando
preferencias e caprichos que era preciso satisfazer em troca de proteção e favores, numa réplica do que
costuma ocorrer com a autoridade humana, donde o movimento de oferendas e promessas, quase sempre
materiais, para alcançar concessões também ligadas à vida material, atitude que , não raro, encontramos
ainda em nossos dias. O Espiritismo não adota tais práticas, nem tampouco as crítica nos profitentes de
outros credos que através delas buscam apoio íntimo e esperança ante as lutas da existência.
Despersonalizando o Poder Supremo, a Doutrina Espírita esclarece que podemos fazer uma idéia – incompleta
– de suas perfeições, afirmando que Ele é eterno, Infinito, Imutável, Único, Onipotente e Soberanamente Justo e
Bom.
E, para nossa orientação imediata, adota a conceituação de Jesus que O definiu como sendo nosso Pai, Sábio,
Justo e que amorosamente, nos conduz para a felicidade.
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HISTÓRIA PURA
CINE RECREIO"
A inauguração do Cine Recreio aconteceu no dia 31 de janeiro de 1917. São 84 anos de história que se confunde
com um pouco da própria história de Cabo Frio e de seus habitantes mais antigos e ilustres.
O construtor foi João de Oliveira Abrantes e o instalador do espaço como cinema e teatro foi florismundo Batista Machado,
pessoas que o então menino Hilton Massa conheceu alguns anos depois nas peças teatrais e nos filmes sem som.
" O cinema tinha uma orquestra que tocava durante os filmes, que ainda eram mudos". Hoje com 85 anos, o Dr.
Hilton Massa, advogado e pesquisador da história de Cabo Frio, com livros publicados, fala com carinho de sua
infância e de sua relação como o cinema.
Depois de muitas pesquisas e de fatos que vivenciou, Hilton Massa conta histórias e lembra que o cinema passou por
diversas crises. Para ele o cinema era um espaço democrático, mas que revelava algumas segregações.
"Havia uma tribuna especial onde ficava a alta sociedade da época e as cadeiras onde ficavam os chamados
tamancos. Existiam duas entradas: a principal, na frente, era para a alta sociedade e a lateral, para os mais pobres",
lembra. Ele explica que o apelido "tamancos" foi dado às pessoas que usavam este tipo de calçado e que eram
identificadas como pertencentes à classe mais pobre. Os "tamancos" também marcaram um dos seriados
apresentados no cinema.
"Foi no seriado do Edie Polo, apresentado todas as quartas-feiras. Quando o bandido Sola estava escondido atrás
de uma árvore com um revólver na mão pronto para matar o mocinho, inesperadamente, da platéia, voou um
tamanco que acerou em cheio a mão do bandido. Acertou e também rasgou a tela. Felizmente o seriado não
deixou de ser exibido", recorda a história engraçada Hilton Massa.
Nesse tempo, quando a iluminação das ruas era feita à base de lampião, o cinema tinha uma fachada nada comum
à européia, que aqui se instalou. Estilo árabe nas colunas e no acabamento da porta e janelas, marcas de uma
arquitetura que existiu até 1934, ano em que toda a estrutura foi modificada.
Para Hilton Massa, assistir a demolição do cinema, mesmo que essa não seja a fachada original, corta o coração. "É
lamentável, mas não podemos conter o progresso", justifica.
BIOGRAFIA DO MÊS
MARECHAL DEODORO DA FONSECA
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ESSA É PARA RELAXAR
COISA DE LOUCO
• No pátio do manicômio:
- Qual é o seu nome? – pergunta um louco ao seu colega.
- Sei lá, me esqueci... e o seu?
- Também esqueci!
- Puxa, então somos xarás!
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• Num exame de rotina, o médico do hospício pergunta para um dos pacientes:
- E então, o que foi que você inventou desta vez?
- Eu inventei um objeto que permite que você veja através das paredes.
- É mesmo? – pergunta o médico, cético. – como se chama esse objeto?
- Janela.
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• O psiquiatra ao cruzar o corredor do hospício, depara com um dos pacientes com a orelha colada na
parede.
- O que está havendo? – pergunta ele.
- Pssiu! Escuta só!
Curioso, o médico encosta a orelha na parede e após alguns segundos sentencia:
- Mas eu não estou ouvindo nada!
- Pois é! Já faz uma semana que está desse jeito!
Publicado na revista Oficina Brasil, nº 120(fevereiro- 2001)
Colaboração do Ir.: Demir José Felipe(ARLS RENASCIMENTO Nº 08)
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Dia 31 - Nascimento de Eliza (filha do Ir.: Renato)
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O NOSSO PLANETA
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Novas pesquisas devem aumentar mais anos nas datas de conhecimento de água líquida fluindo na Terra,
de acordo com um novo relatório, no "Journal of Nature". A evidência, que sugere que a Terra deve Ter sido
capaz de abrigar vida logo com 200 milhões de anos depois de sua formação, pode afetar as estimativas de
quando a vida surgiu na Terra..
Fortes evidências de água líquida na ou perto da superfície Terra há 4,3 bilhões de anos atrás estão,
apresentadas, por uma equipe de cientistas, na matéria de capa do fascículo de 11 de janeiro de 2001, do
"Journal of Nature". Os cientistas da UCLA e da CURTIN UNIVERSITY OF TECHNOLOGY, em Perth,
Austrália, apresentam pesquisas que expande, para trás, o conhecimento da presença de água líquida sobre a
Terra em alguns 400 bilhões de anos.
"Não sabemos quando a vida começou sobre a Terra ainda, mas, potencialmente, poderia Ter surgido tão
cedo quanto 4,3 bilhões de anos atrás, porque inferimos que todas as três condições necessárias para a vida,
existiam naquele momento", diz T. Mark Harrison, professor de geoquímica na UCLA, que dirige o W.M.
Keck Foundation Center for Isotope Geochemistry, e é co-autor do artigo do "Journal of Nature".
"Havia fonte de energia: o sol; uma fonte de minerais: compostos orgânicos complexos de meteoritos ou
cometas; e nossa inferência de que existia água líquida na ou perto da superfície da Terra. Dentro de 200
milhões de anos após a formação da Terra, todas as condições para a vida parece terem se encontrado.
Os cientistas analisaram uma rocha da Austrália Ocidental que tinha mais de 3 bilhões de anos, com um "íon
microprobe" de alta resolução da UCLA – um instrumento que permite aos cientistas datar e descobrir a
composição exata dos exemplares – que Mojzsis descreveu como o "melhor instrumento do mundo" para
essa pesquisa. O "microprobe" lança um raio de íons – átomos carregados – num exemplar, deixando sair
dele seus próprios íons, que são analisados num "spectrometer" de massa. Os pesquisadores descobriram
que, já que a rocha estava depositada cerca de 3 bilhões de anos atrás, contém grãos de minerais antigos –
"zircons" - que seriam muito mais antigos; dois dos "zircons" tinham 4,3 bilhões de anos e cerca de uma
dúzia de outros foram encontrados com mais de 4 bilhões de anos. A Terra tem 4,5 bilhões de anos. Além
disso, os pesquisadores descobriram que os "zircons" contêm uma singular e relevante proporção/ratio de
isótopos (isotopic) de oxigênio. "Nós ficamos atônitos ao descobrir uma assinatura de isótopo de oxigênio
muito específico nessa rocha – uma rocha que significativamente pré-data a atmosfera de oxigênio da Terra –
que nos diz que ela interagiu com água fria a temperaturas apropriadas à superfície da Terra", diz Harrison.
"Zircons" são minerais pesados, duráveis, relacionados ao "cubic zirconium" sintético usado para imitação de
diamantes e jóias de vestes. Os "zircons" estudados na rocha são cerca de duas vezes mais grossos que o
cabelo humano. "esses 'zircons1 nos revelam que se derreteram de uma rocha mais antiga que esteve na
superfície da Terra e interagiu com água fria", diz Harrison. "Não há qualquer outra maneira conhecida de
explicar esse oxigênio pesado".
O "íon microprobe" é o primeiro instrumento que permite análise de isótopos de alta resolução de material
inorgânico e biológico, de apenas uns poucos "millionths" de um metro, em diâmetro, diz Harrison.
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DEPOIMENTO
PROCURANDO ENTENDER
Ernesto Lindgren
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Dicas e Regras
1) Um Ir.: que se encontre ausente da Cad.: de U..:, em que o Ven.: transmite a Pal.: Sem.:, não poderá
recebê-la de outro I.:, mas tão somente do Ven.:;
2) Na circulação pelo T.:, não se deve passar por trás das ccol.: "J" e "B", porque, a rigor, se estaria saindo do
T.:;
3) O único Ir.: que ao chegar atrasado à sessão tem direito a ser recebido com todos os IIr.: de pé e à ordem,
é o Ven.: M.:;
4) Independentemente do Gr.: em que a L.: estiver funcionando, o Ir.: que chegar atrasado deverá dar
somente 3 pancadas na porta e não as da bateria do Gr.: em que estiver funcionando;
5) a rigor, a Cad.: de U.:, deveria ser formada, exclusivamente, para transmissão da P.: Sem.: , entretanto as
Lloj.: as fazem amiúde, para rogar por IIr.: infermos, ou prantear pessoas falecidas;
6) Não é procedimento correto o Ir.: M.: de Cer.: deixar seu lugar para conferir a P.: Sem.: com o Ven.:,
rompendo assim a Cadeia. O mais correto seria que um Ir.( M.: de Cer..:) arrastasse consigo a Cad.: , sem
rompê-la, até o ouvido do Ven.: ;desta forma, ela (a Cad.) deverá tornar-se codiforme ( formato de
coração), voltando a sua formação original com o retorno do M.: de Cer.: ao seu lugar.
No Rito de Schroeder, isso é evitado com o Ven.: transmitindo a palavra ao 1º Ir.: da direita e conferindo
quando ela lhe chega transmitida, depois de circular por toda Cad.: num só sentido, pelo Ir.: da
esquerda;
7) A Cad.: de U.: não sendo parte integrante do Ritual, deve ser feita depois do encerramento ritualístico,
por isso que durante a mesma não deve ser feito nenhum sinal ou saudação;
8) É comum o M.: de Cer.: convidar os IIr.: enfileirados, antes de entrarem no T.:, a um momento de
reflexão. O uso da palavra, nesta ocasião, para mensagens ou orações, é, segundo o Ir.: Castelani, uma
"filigrana", pois ritualisticamente o que se exige naquele momento é apenas silêncio absoluto;
9) Quando o Ir.: entra no T.:, a saudação que faz, entre ccol.:, é dirigida ao Ven.: e aos VVig.:, porém
quando em trânsito pela Of.:, frente ao altar do Ven.:. a saudação é ao Delta Sagrado(GADU);
10) Os IIr.: que portam instrumentos de trabalho os conduzem com a mão direita porque não fazem o sinal
quando circulam;
11) Esporadicamente, aos AAp.: e CC.: é permitido falar em L.:, a critério do V.:. M.:;
12) Nenhum Ir.: pode sair do T.: sem autorização do V.:M.: ; ao voltar deverá se colocar entre ccol.: e solicitar
para retomar o seu lugar;
13) Se o Ir.: desejar fazer uso da palavra, após esta já ter circulado por sua col.:, deverá dirigir-se ao Vig.:
respectivo que, por sua vez, solicitará ao V.:M.: que a mesma volte ao seu giro normal, sem a
necessidade de o Ir.: subir ao Or.:;
14) Os IIr.: DDiac.:, ao apresentarem-se diante do V.:M.:, para a transmissão da Pal.: Sag.:, não devem fazer o
sinal, mas simplesmente um meneio de cabeça.
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