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O PESQUISADOR

MAÇÔNICO
n.º 32 – set./Out. 2004
Ano IV

EDITORIAL ÍNDICE

Pág. 2
A conduta maçônica exige que sejamos exemplos de Honestidade, Moral Ilibada,
 O que a imprensa noticiou
Pág. 3
Respeito e Integridade, pois é esta a visão que têm de nós. E devemos praticá-la não
 Classificados
somente nas sessões maçônicas, mas 24 horas por dia, ou seja, devemos fazer um
exercício diário e não esporádico. Pág. 4
A Ordem não terá seus alicerces abalados pela má conduta de um ou outro Irmão,  Curiosidades
mas para isso é necessário que o grupo (maçônico) esteja forte e coeso, agindo com Pág. 5
coerência, expurgando os que não se adequam à sua filosofia. Para Pensar
Devemos conduzir-nos numa participação cooperativa, sem orgulhos, soberba ou Pág. 6
egoísmo, se quisermos um grupo forte. Admitamos nossas falhas, erros, imperfeições e
 Gr. Dic.Enciclopédico de
limitações; além de reconhecermos as qualidades do próximo, se almejamos propiciar um
Maç. e Simbologia (Nicola
ambiente cordial e verdadeiramente fraterno. Aslan)
As Lojas Maçônicas são a insígnia viva de comunhão em que o homem vive uma  Biblioteca
experiência interior ímpar alimentada por símbolos, através dos quais a Ordem apresenta-se
como uma das vias de pesquisas do conhecimento e da busca da Verdade. Pág. 7
Parafraseando nosso Irmão Weber Varrasquim, reproduzo as seguintes palavras:  Polindo a Pedra Bruta
“Somos os únicos responsáveis pelas atitudes que atraímos e mantemos. Cabe a cada um  Pílulas Maçônicas
de nós respeitar a Maçonaria através de atos nobres, corretos e coerentes com Ela dentro e Pág. 8 à 14
fora dos Templos, pois não agindo assim, tornamo-nos os piores detratores de nossa própria
 Trabalhos Maçônicos
Ordem, e para cada um de nós existe uma conduta esperada coerente com o fato de sermos
maçons, e a intolerância e a vaidade não fazem parte dela”. Pág. 15
Por fim fiquemos com o pensamento de YESTURCHENKO e meditemos:  História pura
“Os maus deste mundo, mesmo que se odeiem e detestem, se unem, e aí está
a sua força; os bons se separam e aí reside sua fraqueza”. Pág. 16
 Viagem ao nosso interior
Pág. 17
Carlos Alberto dos Santos/ M...M...
 Biografia do mês
Pág. 18
 O nosso planeta
O Pesquisador Maçônico
Pág. 19 e 20
Fundação: Janeiro/2001
Editor: Ir.: Carlos Alberto dos Santos/M.: M.: • Depoimento
Revisor: Ir.: Ítalo Barroso Aslan/ M.: M.:
Registrado na ABIM sob o n.º 060-J
Os conceitos emitidos nos artigos aqui apresentados são de exclusiva
responsabilidade de seus autores.
Informativo Cultural da SOCIEDADE DE ESTUDOS ANTHERO BARRADAS, e
A... R...L...S... e de Instrução Renascimento n.º 08
Rua Nicola Aslan, 133 / Braga – Cabo Frio (RJ) 1
e-mail: opesquisadormaconico@ciclodagua.com.br
O QUE A IMPRENSA NOTICIOU

PERNAMBUCO E A ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS


Ir.: Antônio do Carmo Ferreira

Registramos, com satisfação, o recebimento, em plaquete, do discurso proferido pelo Senador Marco Maciel, em
sua posse, dia 3 de maio, cadeira 39, na Academia Brasileira de Letras – ABL. Uma peça literária de acentuada beleza,
cuja leitura a todos agrada, recheada de passagens da história de nossa Pátria e dos melhores pensadores universais.
Traz a lume a coincidência de a Cadeira 39 ter sido fundada por Oliveira Lima, outro pernambucano. E, como
pessoa de sólida religiosidade, lembra a peça “Diálogo das Carmelitas”, da qual pinça “o que chamamos acaso talvez seja
a lógica de Deus”.
Declara sua pernambucanicidade – termo cunhado por Gilberto Freyre – para encerrar o ufanismo de quem
nasceu por aqui. E alicerça a razão deste seu sentimento, especialmente, em fatos históricos dos séculos XVII e XIX.
Os primeiros “com a expulsão dos holandeses, numa guerra planejada e realizada inteiramente à revelia da Coroa
Portuguesa, disposta a negociar o Nordeste Brasileiro”. Refere-se à “Restauração Pernambucana”, antes da qual éramos
tratados pelo pejorativo de Mazombos, assunto, aliás, de que me ocupei no livro “Nas Trilhas de Hiram”, editado, no
começo do ano, pela Artegrafi Ltda.
Os segundos (século XIX), em que “os pernambucanos voltaram a lutar contra a opressão... em duas revoluções
libertárias... de 1817 e 1824”, ambas em prol da Independência com República. Nanja império. No livro “O Aerópago de
Itambé”, de minha lavra, impresso pela Editora ‘A Trolha Ltda’, o leitor poderá encontrar ampla dissertação sobre a
Revolução de 1817, e no livro “A Ordem dos Construtores Sociais” há um capítulo sobre o Frei Caneca e a Revolução de
1824.
Homenageia, com síntese (sem ser somítico) e precisão (por ser completo), todos os acadêmicos que o
antecederam na Cadeira 39 e, reportando-se a cada um, parecia senhor das palavras de Terêncio “humani nihil a me
alienum puto”, isto é, nada do que é humano me é estranho.
Exalta a ABL, diante do seu papel, que tem cumprido a contento, e ele sempre diz que “o reconhecimento é
memória do coração”. Inclusive foi seu Presidente, durante vários anos, o jornalista, professor e cronista Austregésilo de
Athayde, um pernambucano nascido em Caruaru, que participou da elaboração da “Declaração Universal dos Direitos do
Homem”, na qualidade de Delegado do Brasil à ONU, em sua Assembléia Geral de 1948, que teve lugar na França.
O Senador Marco Maciel não é de atropelos. Tem a paciência dos sábios em seu caminhar. Talvez até haja
pensado em aguardar mais um pouco. Quem sabe! Todavia, este foi, sem dúvida, o seu momento de ingresso na ABL. Era
o destino. O destino que ainda não está cabalmente estudado. Basta ler Agostinho, o Santo, em seu livro “De Civitate Dei”,
onde ensina que “o destino coincide substancialmente com a vontade do próprio Deus”.

Publicado no INFORMABIM nº 123, 31/07/2004.

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3
CURIOSIDADES
O PAR DE LUVAS DA MULHER
Valfredo Melo e Souza (*)

As luvas brancas entregues ao neófito na cerimônia iniciática são o símbolo de sua admissão no Templo da
Virtude e indicam, pela brancura, que nunca deverá, o iniciado, manchá-las, quando introduzindo suas mãos nas águas
lodosas do vício.
O uso das luvas é antiqüíssimo, crendo alguns que remonta ao “tempo das cavernas”.
Homero fala de luvas em seus poemas. Xenofonte diz que os Persas usavam luvas. Existe no Museu do Cairo
uma luva de tapeçaria de linho, com cadarço de abotoamento no pulso, encontrada na tumba de Tutankhamon. Na Idade
Média, os dignitários eclesiásticos, o Papa, os Cardeais, os Bispos, usavam luvas para os atos litúrgicos. A Maçonaria
Operativa adotou o costume do uso das luvas e seus pedreiros as usavam para não ferirem as mãos nos trabalhos de
cantaria, ato que se estendeu aos dias de hoje na Maçonaria Especulativa, como representação simbólica de proteção das
mãos contra as impurezas morais.
Mas... e o par de luvas de mulher ofertado no mesmo cerimonial? Diz o Venerável Mestre: “estas são destinadas
àquela que mais direito tiver à vossa estima e ao vosso afeto” (a esposa, a filha, a namorada, a mãe, a irmã).
Que gentileza esta lembrança ritualística. Entretanto, não há maiores explicações no Ritual do Ofertório a respeito
deste ato de amor. Ah! ... as luvas do amor! A Maçonaria ratifica, como um puro ato de amor, a candura que deve reinar no
coração da família de seus adeptos. Um preito às virtudes da mulher. Um convite que faz a Maçonaria ao exercício do
sadio relacionamento familiar.
A propósito, lembro-me de uma história de amor platônico entre um médico e sua enfermeira: o Dr. William
Stewart Halstedt (1852-1922), grande cirurgião americano, inventor de dezenas de instrumentos cirúrgicos e apetrechos
hospitalares, quando era chefe de um hospital em Baltimore (USA), solteirão convicto, se apaixona, secretamente,
platonicamente, pela enfermeira Caroline Hampton (Carol), que o auxiliava nas cirurgias. À época, os trabalhos
preparatórios exigiam dos profissionais a lavagem das mãos em fortes soluções anti-sépticas, já que não havia luvas.
Carol, com isto, desenvolveu uma dermatite de contato com tais substâncias. Com as mãos feridas ela não podia auxiliar
Halstedt. Desespero para o médico. Ele só aceitava operar se fosse com a ajuda dela, tamanha era a paixão da presença,
a segurança e a confiança que Carol lhe transmitia. Apreensivo, em busca de uma solução para o conflito, Halsteadt
procurou um microempresário chamado Goodyear (mais tarde um dos maiores produtores de pneus do mundo) e pediu-lhe
que fabricasse um par de luvas de borracha para a enfermeira. Assim foi feito.
Para não constranger a amada, pois as luvas eram de borracha preta (tecnologia da época) Halsteadt
encomendou pares para os demais auxiliares. E, a partir do uso contínuo das luvas, constatou-se que as infecções pós-
operatórias, praticamente, desapareceram. Ele, então, determinou que em todas as cirurgias fossem usadas as luvas,
procedimento logo difundido em todo o mundo até se chegar ao uso das finíssimas luvas atuais.
Halsteadt e Carol trabalharam por muito tempo, cada vez mais unidos pelos fortes laços do amor, casaram-se e
moraram na cobertura do hospital até a morte dele em 1922. As luvas cirúrgicas continuaram, por muito tempo, sendo
chamadas de “as luvas do amor”, em respeito à história dos dois e pela pureza que elas imprimiram no contato com as
feridas dos enfermos.
Amor, união e pureza são, portanto, os significados maiores daquele segundo par de luvas brancas dedicado às
mulheres da família maçônica.
(*) Membro da Academia Maçônica de Letras do DF.

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PARA PENSAR
RESPOSTA À ALTURA
O periódico inglês não está inventando; a reportagem relata uma situação factual
Antonio Sepulveda(Escritor)*

É revoltante que nos tenhamos de resignar com a atonia e a incompetência reinantes, em face das grandes questões
nacionais. Parece que abdicamos, definitivamente, a mobilização de nossas forças físicas, intelectuais e morais em prol de
um esforço planejado e coordenado de desenvolvimento. Prevalecem as soluções paliativas, as quais, quando muito,
minimizam os problemas que corroem as entranhas da nação. É o caso do lastimável cenário atual da cidade do Rio de
Janeiro que está a exigir uma fulminante intervenção federal.
O presidente Lula da Silva, num rasgo incomum de acuidade geopolítica, disse que a imagem do Brasil no exterior é
a mesma do Rio, para o bem ou para o mal. Por que então, diante da péssima impressão sobre nossa cidade passada
mundo a fora, não se tomam providências drásticas, à altura da situação de calamidade em que se encontra a capital
fluminense, hoje entregue à sanha da criminalidade num clima de violência sem precedentes?
Graças ao jornal britânico The Independent, a ex-Cidade Maravilhosa passou a ser conhecida, na Europa, como ''a
cidade da cocaína e da carnificina''. E não adianta os prosélitos de Garotinho tentarem sofismar com a hipótese de que os
súditos de Sua Majestade andam a conspirar contra as pretensões do secretário-consorte de Rosinha à Presidência da
República. O periódico inglês não está inventando coisa alguma; a reportagem relata uma situação factual.
Entretanto, todas as evidências apontadas pelo jornal são peremptoriamente minimizadas pelo casal governante e
por seus fiéis escudeiros. Nada parece capaz de demovê-los da visão paranóica de que as sucessivas administrações de
Garotinho e Rosinha foram bem-sucedidas e obtiveram índices aceitáveis de segurança e bem-estar para a população.
Negam que o Rio tenha uma taxa de mortes por arma de fogo comparável a zonas conflagradas no Oriente Médio;
consideram-se injustiçados, quando os próprios cariocas batizam de ''Faixa de Gaza'' o trecho entre o Aeroporto
Internacional e a famosíssima praia de Ipanema; não gostam que os jornais publiquem que os bandidos encurralam as
patrulhas policiais ou as põem para correr; afirmam que tudo está sob controle, quando os traficantes de morros rivais
fazem guerra por território, trocam tiros entre si e assolam a cidade com rajadas letais de balas perdidas; insinuam que os
arrastões nas praias da zona sul não passam de armação dos opositores políticos; recusam-se a admitir que famílias
inteiras estejam sendo coagidas por criminosos a abandonarem seus lares; encolhem-se, impotentes, diante das faixas, na
zona norte, que zombam das autoridades e do inócuo Estatuto do Desarmamento: ''Não Seja Bobo! A Boca Paga o Dobro!''
Sobra-lhes, contudo, o mérito de saberem conviver com o caos, que contribuíram para criar, sem perder a
compostura. Por exemplo, o delegado Álvaro Lins, chefe da Polícia Civil, portou-se como um legítimo cabo eleitoral de
Garotinho ao declarar, com toda a impudência que caracteriza este governo, que os traficantes subordinados ao falecido
marginal Irapuan foram totalmente desarticulados, como se o tráfico tivesse alguma dificuldade em substituir seus líderes
com a objetividade de quem não perde de vista os verdadeiros propósitos; objetividade esta que tem faltado, e muito, ao
nosso poder político.
A derrota fragorosa da relapsa facção de Garotinho na eleição municipal é a resposta dos cidadãos contra a falta de
planejamento, a administração incompetente, a ineficiência policial e, principalmente, o discurso populista, cujo único e
deslavado objetivo é a vitória no pleito presidencial de 2006.
*Publicado na edição de 20/10/2004, do JB

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5
GRANDE DICIONÁRIO ENC. BIBLIOTECA
DE MAÇONARIA E O DESAFIO DAS MUDANÇAS

SIMBOLOGIA
NICOLA ASLAN

EGRÉGORAS– Segundo Rhéa, são entidades


ocultas resultando de uma força-pensamento coletiva.
Para os orientais, são seres cujo corpo e essência são
feitos do que é chamado luz astral, e sombras dos
espíritos planetários mais elevados.
De acordo com os ocultistas, são imagens astrais
geradas por uma coletividade: se algumas pessoas se
reúnem num local, emitindo vibrações fortes e idênticas,
pensamentos da mesma natureza, um ser verdadeiro
ganhará vida e ficará animado de uma força boa ou má,
conforme o gênero dos pensamentos emitidos. Assim,
ao fim de séculos, e egrégora de uma religião teria uma
força terrível.
Segundo J. Boucher, a palavra egrégora vem do grego
egrêgorein, significando “velar”, e disigna, no “Livro de O Irmão Octacílio Schüler é um daqueles IIr.:
Enoque”, os anjos que juraram velar sobre o Monte que, os que gostam da Cultura Maçônica, têm que
Hermon, por isso se traduz egrégoras por Vigilantes, e admirar, pois é um homem culto e que transmite
acrescenta este autor: segurança nas coisas que escreve, seja um trabalho ou
um livro; basta consultar as suas demais obras escritas.
• “Chama-se egrégora uma entidade, um ser Da apresentação dos editores, extraímos o
coletivo originado por uma assembléia. Cada seguinte texto: “Ser maçom é ser ético, seja em que
Loja possui a sua egrégora; cada Obediência situação for. Ser maçom é ser livre. Livre para aceitar as
tem a sua e a Reunião de todas essas mudanças inexoráveis do tempo e aos processos
egrégoras forma a Grande Egrégora evolutivos da humanidade e que ocorrem
Maçônica”. (p. XXI) independentemente de seu desejo. Livre para
transformar o seu modo de atuar e de sentir, e, com tudo
Em seu DFMFM, Alec Mellor critica essas “divagações isso, ainda permanecer pleno de realizações e
ocultistas” de uma consciência coletiva de um grupo, esperanças.
dotada de personalidade, e que é uma entidade viva e A Maçonaria abre um leque de possibilidades
não uma abstração, dizendo: aos seus Iniciados, mas quem faz a Maçonaria é o
maçom.
• “Esta concepção totalmente extra-maçônica e E foi sob a ótica da globalização mundial, do
ausente de todos os Rituais foi admitida sem posicionamento do homem como um todo frente a tudo o
grande espírito crítico por numerosos Maçons que veio e virá por aí, que este extraordinário e
ocultistas que falaram da “egrégora da Loja”, multifacetado escritor nos presenteou com esta excelente
daquela da Ordem, etc. obra...”
“Semelhantes divagações bastam para Leiam o livro e vejam se concordam que
mostrar a que ponto o ocultismo pôde causar mudanças são necessárias (principalmente, dentro de
estragos na Maçonaria como um flagelo...” nós mesmos).
Estamos maçons ou somos maçons?

Editora Maçônica “A TROLHA” Ltda.

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POLINDO A PEDRA BRUTA

Reportando-nos ao artigo inicial, recordamos que o homem se congrega em ORGANIZAÇÕES, que buscam o
ESCLARECIMENTO e que tal esclarecimento se consegue através do SILÊNCIO mental.
Este estado silencioso, silencioso mas superlativamente dinâmico, percebe a mensagem, o objeto da comunicação,
“in totum”, num “insigth”. Estabelece-se um contato com o mistério substantivo que já não precisa definir-se, refém do
SILÊNCIO.
Toda explicação é abortada, toda particularidade é cerceante e desnecessária. A tensão entre os antípodas se
harmoniza e se equilibra.
Estamos dentro e não diante do mistério. Sujeito e objeto da percepção se confundem num amplexo complexo.
E, quando procuro explicar, definir tal experiência para apreendê-la, catalogá-la, - não simplesmente vê-la e ouvi-la,-
para dela dispor quando necessário, então, acenante, esvoaça!

Renato em Cabo Frio.

Extraído dos escritos do “Decifra-me ou te devoro” (em organização).

PÍLULAS MAÇÔNICAS
ESTOICISMO MAÇÔNICO

Por ocasião do advento do Fascismo na Itália, a Maçonaria exercia uma grande influência na vida política do país,
na qual participavam grandes líderes maçons. Por isso, que, diferentemente do seu comparsa nazista Adolph Hitler da
Alemanha, onde a perseguição aos maçons se deu às escancras, em termos de violências tais somente comparáveis à
sofrida pelos judeus, Benito Mussolini, na Itália, começou usando métodos sub-reptícios e indiretos contra os maçons. Foi
então que Irmãos italianos puderam dar exemplos de estoicismo e de fidelidade maçônica..
Mussolini decretara que todo membro do partido fascista e que fosse maçon teria que optar por uma ou outra
organização. Foi então que o general Capello, membro influente na cúpula do Partido, mas que era Grão-Mestre do Grande
Oriente da Itália, preferisse não trair seus ideais maçônicos e permanecer maçom. Arranjaram-lhe uma cumplicidade num
suposto atentado à vida de Mussolini para condená-lo. Não obstante o maquiavelismo usado por Mussolini, os maçons
italianos a ele resistiram bravamente com altivez e atitudes corajosas, como a do Grão-Mestre Domisio Torrigiane, em carta-
aberta publicada, colocando-se à favor da liberdade de pensamento. Tal ousadia custou-lhe a degredação para a ilha de
Lipari, onde foi juntar-se a centenas de Irmãos que lá se encontravam encarcerados.
É evidente que, afinal, venceu a força da opressão e a Maçonaria se viu silenciada e sufocada até o retorno da
liberdade à terra italiana.

Colaboração do Ir.: ANTHERO BARRADAS/ M.:M.(*)


(*) Membro da ARLS RENASCIMENTO N º 08

7
Trabalhos maçônicos
RAZÃO
A BASE DO CRESCIMENTO HUMANO
Ir.: Adeir Corrêa (*)

Qualquer pessoa que deseja alcançar a Consciência Sublime tem de raciocinar. E o indivíduo que atinge esse
estado superior de conhecimento, discernimento e compreensão, tem de usar a razão ainda mais extensivamente no
processo de pensar, e de maneira mais pura e rigorosa. Ser capaz de raciocinar é ser capaz de pensar e, para ser capaz
de pensar, a pessoa tem de ser capaz de se concentrar e focalizar na comparação e síntese de idéias. O indivíduo que é
capaz de pensar e se concentrar deve necessariamente ser capaz de lembrar, mas aquilo que é lembrado tem de ser
correlacionado com outras idéias e receber uma ordem na consciência, para fins de clareza e compreensão.
As pessoas que não compreendem o que realmente significa a palavra razão e que, portanto, não conseguem
entender sua função divina e indispensável no crescimento humano e no desenvolvimento cultural, “social e iniciático”,
tendem a considerar os processos de raciocínio desnecessário e particularmente mundano, “profano”.
Alguns indivíduos têm a noção equivocada de que a razão, como função mental, é incapaz de transcender seu próprio
estado orgânico e não pode apreender a realidade última ou verdade Sublime, “espiritual”. Para esses pseudopensadores, a
razão é reduzida a um status inferior ao do que eles geralmente chamam de “revelações psíquicas” ou “insight místico”.
Por causa desse equívoco sobre a função e o papel da razão no crescimento ou desenvolvimento humano, muitas
pessoas não têm papas na língua para expressar a opinião de que raciocinar sobre um assunto abstrato (um problema ou
mistério que desafia o intelecto humano) só servem para obstruir, protelar ou impedir a iluminação que se busca para a
solução verdadeira deste problema ou daquele mistério. Segundo os proponentes de certas idéias, a razão só serve para
aprisionar os aspectos superiores da mente e da consciência, e para obstruir (e mesmo impedir) uma provável inspiração
num plano mais digno e mais sublime na concretização da razão verdadeira para a solução de um determinado problema
que pode estar no plano físico mas obstruindo uma função, ou ação, sublime, “espiritual”.
Não apenas um, mas todos os melhores místicos, filósofos, livres pensadores e educadores, ao longo da história,
proclamam a razão como um método primordial para se alcançar a certeza de conhecimento. Apesar disso, a razão ainda é
considerada por alguns como uma coisa que, por si mesma, pode levar o buscador de conhecimento, da verdade e da
certeza por um caminho “para o inferno”. Isto contraria a opinião, por exemplo, do famoso Platão, que equiparava a razão a
inteligência divina, porque a experiência já demonstrou que a razão dá respostas corretas para problemas intrigantes.
Essas respostas são corretas e satisfatórias, bem como simples, elegantes e axiomáticas.
Entre as pessoas realmente informadas, a razão é encarada como a mais elevada das funções mentais comuns,
porque sem ela o homem seria impedido por um emocionalismo não testado e desinformado e,portanto, a civilização não
poderia progredir, visto que a base de lei e de ordem na sociedade humana estaria ausente.
Toda causa existe uma Lei Sublime: razão; sem ela a unidade de experiência seria impossível. Sem a prática da lei
sublime, razão, toda pesquisa e, portanto, toda a aprendizagem, cessaria. Todo campo de conhecimento, como
matemática, línguas, metafísica, misticismo, e qualquer outro que valha a pena, tem de usar a razão.
Pensar é raciocinar e, portanto, participar no processo educacional. Em nossos estudos, quando a palavra “reflexão”
é sussurrada ao estudante, isto é uma chamada para ele iniciar o processo de raciocinar, analisando deliberadamente as
idéias propostas, para depois combiná-las numa continuidade compreensível e útil em questões práticas.
Qualquer pessoa que queira minimizar confusão e promover uma compreensão preciosa, primeiro deve recorrer e, estar
consciente, de que a razão deverá ser a base sólida e nela se apoiar em todos os argumentos. Embora o raciocínio não seja
em todos casos objetivamente pragmático, não se pode negar que o processo dota realmente o indivíduo de uma orientação
pessoal melhor e às vezes de uma visão das coisas, e assim fornece a justificativa para ação refletida. Dessa maneira as
motivações de um indivíduo podem também ser vistas como impulsos íntimos que surgem de seus próprios pensamento.
Em geral, é completamente incorreto acreditar que alguém pode ser motivado a partir de uma fonte externa, mas para
aqueles que tendem a caluniar, ou simplesmente, não se ater a razão, em qualquer momento dado, os pensamentos
raciocinados de outrem são importantes ou impressos em sua consciência, de modos bastante sutis. Isto é possível porque
“os músculos da mente” foram enfraquecidos por falta de exercício, que só pode ser feito pelos métodos supridos pelo
processo de raciocínio.
É interessante lembrar que a Ordem nos condiciona todas as oportunidades para que possamos nos esclarecer e ter
o real discernimento e assimilação da razão, tanto no plano físico, quanto no plano espiritual. Logo no início de nossos
estudos somos exortados a conhecer nossas 5 Faculdades Objetivas e a estudar as 7 Ciências Liberais. Todas elas nos
conduzem a uma consciência plena do que é a razão. Estes são os princípios iniciais de toda transformação que deve
acontecer em cada Iniciado, e, assim, conduzi-los em nova forma de consciência para agir e se conduzir em sua vida
profana, e, muito mais ainda, dentro da Ordem, perante seus Irmãos. A razão não pode ser soprada, ela é a essência da

8
verdade e somente se ilumina na mente, na alma e no coração daqueles que buscam incansavelmente pelos meios mais
sublimes pelo qual o G.:A.:D.:U.: fez o homem a sua imagem e semelhança perfeita.
“As abelhas construtoras do G.Ä.:D.:U.: nas imundícies dos charcos, buscam apenas as flores para suas laboriosas
obras, enquanto as nojentas moscas, buscam em corpos sadios as chagas e feridas para se manterem vivas”.

(*)Membro da União Maçônica da Estrita Observância Iniciática

******************************************************

MAÇOM À FRANCESA
Ir.: Pedro Demo(*)

A Maçonaria que seguimos é invenção francesa. O ritual, chamado de “Rito Escocês Antigo e Aceito”, é, também,
invenção francesa. O termo “invenção” é forte demais, porque não ser pode negar referências tradicionais, muito menos
podemos sugerir, como querem alguns maçons britânicos, que a Maçonaria como tal foi invenção inglesa. O evento de 1717
não “fundou” a Maçonaria, apenas a oficializou e reorganizou. Os antigos manuscritos encontram-se quase que
exclusivamente em território inglês, mas daí não se depreende que na França não havia Maçonaria, até porque as
construções góticas chegaram à Inglaterra depois da França. Neste texto busco apenas realçar a marca “francesa” de nossa
Maçonaria, em particular algumas futilidades ritualizadas. O olhar crítico não pode empanar o reconhecimento de sua
grandeza histórica, em particular o tom indomável da Maçonaria francesa, sempre intranqüila, dividida em inúmeras facções,
produtora de altos graus, dialética até a alma. Consenso só existe do dissenso generalizado. Por isso mesmo, entre outras
inovações, nela sempre existiu maçonaria feminina, que hoje rivaliza com a masculina, porque, para os franceses, a
pretensa masculinidade da Maçonaria só pode ser pequenez de espírito. Em troca, não há maçonaria mais politiqueira.

I – DIVERGÊNCIAS HISTÓRICAS INICIAIS:

Conforme a obra de Bayard sobre simbolismo tradicional (1982), sequer a Maçonaria especulativa nasceu em 1717,
até porque as Constituições de Anderson só apareceram em 1723 e em 1738 com alguma revisão. Em 1717 ocorreu
apenas a federação de quatro Lojas, embora tenham logo aspirado supremacia sobre todas, a ponto de “A Grande Loja” de
Londres se postar como referência única da “regularidade maçônica”. A Maçonaria francesa não iria aceitar esta condição,
seja porque é insolúvel a questão de qual instituição seria mais antiga, seja por brios nacionalistas (que sempre
predominam na disputa). Ao fundo existe também a polêmica entre a orientação católica, oriunda dos Stuarts, fugidos da
Inglaterra e recebidos em França, contra a propensão protestante embutida no evento de 1717. As Lojas escocesas, muito
florescentes à época, permaneceram independentes e acabaram tendo influência decisiva em França, tanto no tom católico
inicial, quanto nos rituais (daí “Rito Escocês Antigo e Aceito) – (Chevalier, 1974). Bayard cita M. Lepage (Ordre et les
Obédiences), que interpreta o evento de 1717 como “dia nefasto do declínio da Maçonaria autenticamente tradicional...
Inventando seus chefes e regulamentos gerais, os maçons da época rejeitaram a mais bela noção maçônica que é: o maçom
livre na Loja livre” (grifo do editor). Cita ainda Dermott: “Em vez de renascimento, foi ruptura na Maçonaria antiga que se
produziu entre aqueles que organizaram a Grande Loja de 1717”. E conclui que “a criação de 1717 permanece um enigma”.
Este pano de fundo pode explicar não só o distanciamento francês sempre mantido com respeito à Grande Loja de
Londres, como também a voracidade com que a França do século XVIII se dedicou a invencionices maçônicas, a começar
pela proliferação de ritos – acima de 90 -, bem como a venalidade neles incorporada. Faz parte deste contexto o
surgimento dos altos graus, menos por questão de espiritualidade, do que para atender a pretensões da nobreza que já
não se sentia bem com a Maçonaria popularizada (Chevalier, 1974). Segundo o historiador Chevalier, em sua obra em três
volumes sobre a Maçonaria francesa, o ambiente francês, uma vez impregnado a fundo na Maçonaria, produziu todas as
politicagens possíveis e imagináveis, como o vezo de ter, sempre que possível, um Grão-Mestre geral pertencente à
nobreza no poder, de preferência o próprio rei ou alguém da família real. Entre outros resultados fatídicos, ocorreu em 1862
a nomeação do General Magnan como Grão-Mestre Geral, sem nunca antes ter sido maçom (Chevalier, 1974). Com visível
sarcasmo, Chevalier designa a francomaçonaria francesa inicial, de 1725 – 1799, como “escola de igualdade”, aquela do
período de 1800-1877, como “missionária do liberalismo”, e aquela do período de 1877-1944, como “igreja da república”.
Sinaliza com isto que foi se afastando de seus compromissos espirituais e fraternos, para dedicar-se à politicagem profana,
à medida que se misturou com o liberalismo e com a república. A ligação com a república iria frutificar fortemente no Brasil:
como mostra Castellani (1993), o início da Maçonaria brasileira se confunde com a luta pela independência, libertação dos
escravos e implantação da república.
Entre os”galicismos “ mais conhecidos da Maçonaria francesa está seu apego aos ideais da revolução: “liberdade,
igualdade e fraternidade”. Embora estejam em uso hoje nos rituais, não se pode deixar de questionar este tipo de proposta,
porque, à revelia da vocação universalista da Maçonaria, nos apegamos a um credo revolucionário localizado, por mais que
possa proclamar expectativas universais. Se criticamos, por vezes, que a Igreja Católica se fez “romana” – deveria ser
9
evangélica – cabe a mesma crítica aqui. Como pode uma igreja ser “católica” (universal) e “romana”? Ao mesmo tempo,
não cabe à Maçonaria declarar-se evolucionária, ou adepta do modernismo científico, porque corre o risco de tornar-se
assecla de doutrinas específicas, enquanto deveria pregar a fraternidade universal. Nesta mesma rota está a exacerbação
do patriotismo, confundido com a formação cívica da cidadania. Nisto têm influência notável os militares, que sempre
tiveram destaque na Maçonaria, criando até mesmo a primeira Maçonaria ambulante (para satisfazer à mobilidade contínua
dos militares em serviço). Resultado excitado desta visão é o destaque dado à bandeira, que tem até uma “oração” tão
empolada que a trata como se fosse pessoa viva (nas sessões magnas), mesura que sequer se reserva ao Grande
Arquiteto. Diz esta saudação: “Bandeira do Brasil, que acabas de assistir aos nossos trabalhos, inspira-nos, sempre, com a
tua divisa Ordem e Progresso, fonte asseguradora da fraternidade e da evolução, ideais supremos da humanidade na
marcha infinita através dos séculos. E recebe, dos Obreiros aqui reunidos, o compromisso de fidelidade maçônica, no
serviço dos supremos interesses do grande País de que é Símbolo Augusto, pleno de generosidade e de nobreza” (Ritual
do Aprendiz, 2001). Esta saudação é de orientação filosófica “positivista” (o dístico “Ordem e Progresso”, em particular) e a
Ordem nada tem a ganhar, filiando-se a Augusto Comte.
Nossa Maçonaria parece ser bem menos universal do que se apregoa. Seu ambiente francês a marcou sempre com
propensões a meter-se em “política”, em seu sentido mais profano. Quando o GOB foi transferido para Brasília em 1990,
renascia, como mostra Castellani (1993) o projeto antigo de exercer decisiva influência política nos destinos do país.
Chegou-se a criar em 1991, através do Decreto Nº 0267, o Grupo Permanente de Assessoramento Superior do Poder
Central (GPAS), com o objetivo de assessorar o Grão-Mestre Geral na pretensão de inserir-se de novo na condução do
destino nacional. Freqüentemente, ouve-se em Loja a “saudade” dos bons tempos, quando a Maçonaria ocupava altos postos
e decidia o futuro do país. Esquece-se, como diz Bayard, que a única influência da Maçonaria é espiritual (grifo do editor).

II – SOBRIEDADE BRITÂNICA:

A versão inglesa da Maçonaria não precisa ser melhor nem pior. Teve início muito conturbado, com o aparecimento
dos “Antigos”, que contestaram a Grande Loja, interpretando-a como deturpação. Os “Antigos” queriam o retorno à pureza
original. Em 1813, no entanto, unificaram-se, em nome da fraternidade. E até então parece haver alguma paz geral;
mantêm apenas três graus (mais o Real Arco, incorporado ao Grau 3); não tem projeto “político” profano; e dedica-se mais
visivelmente aos ideais antigos da espiritualidade e fraternidade. Enquanto isso, a versão francesa proliferou ritos e outras
futilidades. O templo só apareceu na segunda metade do século XVIII e em nada lembra a simplicidade maçônica original
(por volta de 1717, os maçons reuniam-se em tabernas). Por conta da invencionice deste século prolífero, o templo acabou
tornando-se mausoléu de gosto duvidoso, totalmente fechado e predeterminado, pintado de modo Kitsch, não permitindo,
por exemplo, que os arquitetos (e a Ordem é de “arquitetos”!) criem templos mais originais, como é uso, por exemplo, na
Igreja Católica. Ao contrário do preceito da fraternidade, o templo é repleto de escadarias e tronos, instigando todas as
vaidades possíveis. Dizemos sempre que, entrando no templo, o único título que vale é o de “Irmão” – mas, na prática, o que
menos se vê é a igualdade de todos. O templo seria melhor se fosse “mesa redonda”, como era na Maçonaria operativa.
Por conta do “espírito das luzes” do século XVIII francês, a Maçonaria se inclinou para a idéia de clube iluminista,
mais próxima de ideais políticos do que espirituais. Como resultado, a sessão ordinária é composta, de alto a baixo, por
atividades clubistas, como: ata, expediente, ordem do dia, coleta de papéis e dinheiro, palavra ao bem da Ordem (seria
mais realista “ao mal da Ordem”), etc. Para disfarçar, inventa para cada atividade um rito, envolto por vezes em
esoterismos duvidosos, como se tudo fosse obra da mais alta inspiração doutrinária. Em termos espirituais e fraternais é
de uma pobreza lancinante. Já as versões inglesas ou próximas (alemães, por exemplo) cultivam ainda mais visivelmente
as faces da fraternidade e espiritualidade, insistindo que o sentido da Maçonaria é aperfeiçoamento moral, não cultivo de
prestígio e vaidade. Neste mesmo contexto, é de estranhar a organização da Maçonaria brasileira como se fosse um
Estado, com senadores e deputados, juízes, poderes executivo, legislativo e judiciário. Em tempos de eleição, a profanação
do templo é regra, já que a disputa muitas vezes é até pior que a profana. Dizem muitos deputados, senadores e juízes
maçônicos que se sentem enojados com o ambiente profano de suas reuniões e discussões, onde não faltam manobras e
golpes de toda sorte. Ultimamente, propõem-se “instalar” todos esses dignitários forjados, ignorando-se que, primeiro,
Mestre Instalado não é parte da hierarquia, e, segundo, que “instalação” não é prêmio de consolação.

III- BUSCAR AS ORIGENS:

Diante da crise atual da Maçonaria, muitos dirão apressadamente que é preciso mudar tudo. Não é o caso. A
Maçonaria não precisa ser mudada, mas ser recuperada em suas origens, quando era operativa. Grande parte do que se
“mudou” ao tornar-se “especulativa” é, sim, invencionice. A importância da Maçonaria está em sua espiritualidade e
fraternidade, que mal percebemos hoje nas sessões ordinárias. 80% do tempo dessas sessões não se aproveitam para
nada, porque não edificamos o nosso espírito, não alimentamos nossa moralidade, não cultivamos a fraternidade irrestrita.
Não se trata de instalar “religião” no templo, mas de fazer do templo ambiente de espiritualidade pluralista, como sempre se
10
apregoou, em particular desde as Constituições de Anderson. É fato marcante que poucos maçons se mantêm fiéis à
causa, não se sentem atraídos e entusiasmados, não manifestam vibração por pertencer à Ordem. A desistência é enorme.
Alguns dizem (contando, por exemplo, os votos das últimas eleições gerais) que a Maçonaria não possui sequer metade
dos membros que diz ter. Os maçons operativos se reuniam em mesa redonda, na maior simplicidade, para celebrar dois
princípios cardeais da Ordem: a irmandade de todos e a espiritualidade (grifo do editor). À época eram naturalmente
muito religiosos e percebiam que não podiam manter a Maçonaria apenas como profissão. Era mister fazer dela uma
Ordem. Jamais imaginaram que, 500 anos depois, os maçons se reúnem para ler ata, ver expediente, tratar a ordem do dia,
etc. , etc. , etc., sem empenho espiritual mais perceptível. Este vazio está matando a Ordem. Politicagem é substituto fácil.
Talvez seja verdade: as maçonarias latinas são mais excitadas; gostam de fanfarra, hierarquias, chefes e nomes
pomposos, nada menos que 33 graus (uma escada de Jacó sem fim; se bem olhada, porém, não tem 33 graus, mas mais
ou menos a metade, porque muitos são repassados por comunicação, apenas), corte e salamaleques à vontade;
apreciam ritualística esticada, mesmo a mais vazia e ultrapassada (por exemplo, continuamos fazendo aa cobertura do
templo, embora nunca ninguém tenha encontrado lá fora uma turba que quisesse assaltar e profanar o templo; um dia isto
foi importante, hoje é ocioso), vêem esoterismo em cada vírgula, até mesmo nos três pontinhos (que a versão inglesa não
conhece, não sente falta), enquanto se deixa de perceber como perdemos nosso precioso tempo cada semana com
reuniões fúteis. A Maçonaria é a proposta mais contemporânea, atualizada de espiritualidade no mundo de hoje. Desde
sempre combateu todos os fundamentalismos religiosos e políticos, proclamou a Irmandade de todos porque todos somos
filhos do mesmo Pai e este Pai não tem religião, afirmou o primado do espírito sobre a matéria, vituperou a vaidade
humana, combinou a moralidade com a vida profana de cada um, lutou pelo maçom livre na Loja livre (grifo do editor). É a
entidade mais “evangélica”, porque se funda na fraternidade de todos, inclusive dos inimigos. A Maçonaria não pode ser
francesa ou inglesa, mas patrimônio pluralista de todos. Se esta é a sua mensagem maior, por que não aparece nas
sessões ordinárias? À falta de assunto, a tentação é a “politicagem”!

(*) Mestre maçom da Loja “Três Poderes”- GODF

N.R.: Artigo extraído da revista “EGRÉGORA”, nº 44

*********************************************************************

O POEMA RÉGIUS
(*)Contribuição do Ir.: Marco Aurélio Roda

O texto é de autoria desconhecida. Apresenta-se na forma de um manuscrito de 794 versos de tradições remotas e uma
série de lendas, dentre elas a da chegada da Fraternidade à Inglaterra nos tempos do rei Athelstan. (1) Escrito em língua
medieval do Sudoeste da Inglaterra e citações em latim eclesiástico.
Manuscrito em pergaminho de pele de cordeiro, em 33 folhas gravadas com letras góticas. O Poema Regius data de 1390,
sendo o mais autêntico documento da Maçonaria Operativa.
É conhecido também por Manuscritos de Halliwell, em homenagem ao Ir:. James Orchard Halliwell, que o descobriu na
Real Biblioteca do Britsh Museum em 1839.
Dividido em nove partes:

I. História lendária do Ofício de Construtor, cujas origens estariam na Geometria de Euclides ( 2 ); trazido à Inglaterra sob o
rei Athelstan (925-940), Este teria convocado uma Assembléia de Mestres do Ofício, senhores e notáveis, com o objetivo
de elaborar os estatutos da Corporação;
II. Os estatutos, divididos em quinze artigos;
III. Quinze pontos complementares aos estatutos;
IV. Outras disposições referentes ao Ofício: decisão de reunir a intervalos regulares uma Grande Assembléia dos pedreiros
da construção;
V. Lenda do martírio dos Quatuor Coronati, santos patronos do ofício;
VI. Narrativa do episódio bíblico da Torre de Babel, segundo Gênesis 11,1-9 e Flávio Josefo - Antigüidades Judaicas 1,4.
VII. Exposição sobre as Sete Artes Liberais, definidas e instituídas por Euclides para proporcionar aos futuros construtores
uma instrução completa;
VIII. Exortação à assiduidade à missa e à estrita observância do culto religioso católico;
IX. Um tratado de boas maneiras a serem observadas em sociedade.
O que mais caracteriza o Manuscrito um leitmotiv que perpassa por todo o poema é a apresentação do Ofício de Construtor
como uma atividade nobre, ligada à realeza e à aristocracia.
Por isso se atribui à Maçonaria o título de Arte Real.

11
Segundo o pesquisador maçônico francês contemporâneo Patrick Négrier, vários temas apresentados no "Regius" com
essa intenção se inspiram, entre outras fontes, na História dos Reis da Bretanha de Geoffroy de Mommouth que faleceu em
1155, cujo propósito era justificar, através de antecedentes nobiliárquicos inatacáveis. Todos conhecidos, pela legitimidade
histórica e política dos Bretões.
Essa preocupação com o enobrecimento da Arquitetura já se acha presente nos primeiros versos do poema, como
veremos a seguir:
"Hic incipiunt constituciones artis
Gemetriae secundum Eucyldem"

("Aqui principiam as Constituições da Arte da Geometria, segundo Euclides")


Aquele que deseja boa leitura e que busca
conhecimento pode encontrar num velho livro escrito
Sobre grandes senhores e gentis damas
Que tinham muitos filhos mui sábios.
Mas não dispunham de renda para mantê-los.
Nem na cidade, nem nos campos ou nos bosques.
Reuniram-se em conselho, por causa deles,
Para decidir, em benefício de seus filhos,
Como eles poderiam melhor ganhar a vida
sem grande desconforto, cuidado ou angústia,
Sem contar a multidão de filhos
Que viriam depois deles virarem cinzas.
Mandaram procurar grandes clérigos
Que para isso lhes ensinassem bons ofícios:
"Nós lhes rogamos, por amor a Nosso Senhor,
Que nossos filhos façam bons trabalhos
De forma a bem poderem ganhar a vida
Com facilidade, e também com toda a honestidade e segurança".
Nessa época, graças à boa geometria,
Este honesto ofício da boa maçonaria
Foi organizada, elaborada em seu método
E concebido pelos clérigos reunidos.
Em virtude das súplicas dos conceberam a geometria,
Dando-lhe o nome de maçonaria,
Para fazer o mais honesto dos ofícios.
Esses filhos dos senhores foram ao clérigo
Para aprender o ofício da geometria
No qual ele se mostrou pleno de cuidado.
Por causa da súplica dos pais, bem como das mães,
Ele os introduziu nesse ofício honesto.
Aquele que melhor aprendia e se mostrava honesto
Também suplantava os companheiros em habilidade.
Caso nesse ofício ele se superasse,
Teria mais direito à honra do que o derradeiro.
O nome desse grande clérigo era Euclides.
Seu nome se difundiu amplamente.
Além disso, esse grande clérigo ordenou ainda
Que aquele que estivesse num grau mais elevado
Deveria instruir o que menos soubesse
Para o aperfeiçoar nesse honesto ofício;
Assim devem eles se instruir mutuamente
E se amarem juntos como irmã e irmão.
Além disso, ordenou ele ainda
Que o mais adiantado fosse chamado mestre;
Para que ele fosse o mais honrado,
Deveria ele assim ser chamado.
Todavia, um maçom jamais deveria querer chamar um outro
12
No ofício, diante de todos os demais,
De servo ou servidor, mas sim de "meu caro irmão".
Mesmo não sendo ele tão perfeito como um outro,
Cada um por amor deveria chamar o outro de companheiro,
Já que são nascidos de nobre estirpe.
O ofício da maçonaria iniciou-se primeiro
Quando o clérigo Euclides, em sua sabedoria, instituiu
Esse ofício da geometria na terra do Egito.
No Egito com vigor ministrou seus ensinamentos
Difundidos em várias terras, por toda parte.
Já nesses versos iniciais do "Regius" afloram numerosos problemas a desafiar a argúcia do historiador. Só podemos
abordar, de maneira bastante superficial, três das questões mais importantes:
a- o background sócio-econômico do texto;
b- Euclides como pai da Maçonaria;
c- as origens egípcias da Arte Real. Do qual não trataremos aqui
a) Os elementos que constituem a base sócio-econômica da situação podem ser delineados pelos versos iniciais do
poema. Descrevem uma situação de crise económico-social em que a Arquitetura teria se desenvolvido para proporcionar
meios de subsistência a um excedente populacional.
Para Patrick Négrier trata-se de um reflexo da crise européia do fim do séc. XIV e início do séc. XV ligada à Guerra dos
Cem Anos e à Peste Negra, a qual teria provocado o fechamento dos grandes canteiros de obras de catedrais e o
desemprego de muitos trabalhadores do setor.
Nós pelo contrário, veríamos nesses versos um reflexo da situação socio-económico dos séculos XI e XII em que o
progresso das técnicas agrícolas e a exploração de novas terras acarretaram o crescimento demográfico e uma corrida às
cidades dos excedentes da população rural em busca de colocação nos canteiros de obras.
Esse quadro social que vê nascer a Maçonaria Operativa responsável pela construção das grandes catedrais está
admiravelmente descrito nas linhas abaixo extraídas do admirável trabalho do historiador e arquiteto Roland Bechmann
“Les Racines des Cathédrales”:
A explosão demográfica, conseqüência de uma melhoria indiscutível da condição rural, ligada ao mesmo tempo a uma
cessação das invasões e dos conflitos mais danosos aos camponeses, a um período climático favorável e a um progresso
das práticas rurais, colocava problemas.
O desbravamento das novas terras, que de resto se defrontou rapidamente com fatores limitadores - terras muito difíceis de
se trabalhar e insuficientemente férteis e medidas de defesa do capital florestal - não era mais suficiente. O excesso das
populações dos campos deveria, portanto encontrar outras saídas.
Para fazer frente à superpopulação, ao desemprego e à miséria que são os seus corolários, as soluções ou as diversões a
que em diferentes épocas da história se buscou recurso foram freqüentemente a guerra de conquista, o trabalho forçado ou
as frentes de trabalho: podemos citar de forma notadamente desordenada: os templos e os grandes trabalhos dos
Romanos e dos Incas, as grandes invasões, as guerras napoleônicas, as oficinas nacionais de 1848, os canteiros de obras
e as guerras coloniais do século XIX, os trabalhos de saneamento dos Pântanos Pontinos e as guerras coloniais sob o
regime fascista, as auto-estradas alemãs e a guerra de expansão pelo Labensraum dos nazistas...
E nessas cidades, que às vezes dobravam sua população em menos de cem anos, a construção de habitações, o
artesanato e o comércio eram ativos.
Mas possivelmente isso não teria sido suficiente para todos esses trabalhadores em busca de empregos se não tivessem
sido abertos esses grandes canteiros públicos que foram as catedrais...
O desenvolvimento das cidades e o impulso das trocas intimamente ligado ao mesmo criaram para os trabalhadores das
construções novos mercados.
Esses trabalhadores, nas grandes cidades, organizavam-se pouco a pouco em agrupamento de defesa de seus interesses,
privilégios e procedimentos as corporações - e em associações de solidariedade trabalhadora mais ou menos secreta,
dando origem aos franco-mações e às associações de companheiros.
b) Euclides como pai da Maçonaria
Euclides, o pai da Geometria, é aqui apresentado, travestido de clérigo cristão, como o pai da Maçonaria Operativa.
Na medida em que a Geometria era considerada uma das Sete Artes Liberais, disciplinas vistas como dignas de serem
estudadas por nobres, ao passo que o ofício do construtor era estigmatizado como um viril trabalho próprio das classes
tidas por inferiores, trata-se de um artifício literário destinado a enobrecer a profissão de arquiteto.
O fato de Euclides ter vivido em Alexandria, por sua vez, nos remete ao tema das origens egípcias da Arquitetura
Dos textos, a seguir inferem-se princípios e tradições presentes na Maçonaria Moderna, alguns como Landmarks. Por sua
importância para nós Filosóficos, tão ávidos de conhecimentos do período Operativo, vejamos os Versos 57 a 86 do

13
Poema, que se referem aos estatutos formados por 15 artigos e mais os 15 pontos complementares a esses estatutos,
pertinentes à boa geometria.
1° Seja o Mestre prestimoso, leal e verdadeiro. Mantenha-se com a retidão de um juiz. Pague aos seus obreiros o justo e
conforme as exigências da manutenção. Não ocupe nenhum obreiro senão no que ele possa fazer e ser útil. Jamais o
utilize em seu benefício próprio. Não aceite suborno de ninguém e ainda menos de patrão ou de companheiro.
2° Todo Mestre deve comparecer a Assembléia Geral, desde que avisado com razoável antecedência, salvo por motivo
escusáveis, por doença impeditiva ou por falsa ou errada informação.
3° O Mestre não deve admitir aprendiz não disposto a preparar-se durante sete anos, a fim de bem aprender o ofício e
tornar-se hábil.
4° O Mestre não deve admitir aprendiz sujeito à servidão, para que o seu senhor não venha a reclamá-lo quando quiser.
Deve o Mestre procurar aprendiz de boa, livre e honrada estirpe, ou pertencente à nobreza.
5° Que seja o aprendiz de legítima filiação. Seja ele válido e hígido, por não convir ao ofício um aleijado, um coxo, um
mutilado ou um homem fisicamente imperfeito, diante de uma profissão destinada a criaturas fortes.
6° O Mestre não deve causar qualquer prejuízo ao senhor (proprietário da obra), do qual nada poderá tirar para o aprendiz,
nem mesmo o que receber em nome dos companheiros, visto que esses são de maior habilidade. Nem seria razoável que
aprendiz recebesse pagamento igual ao dos companheiros. Todavia pode o Mestre comunicar ao aprendiz um aumento de
salário conforme a melhoria de trabalho, até alcançar uma boa diária.
7° O Mestre é proibido de auxiliar, por favor ou por medo, a ladrões, assassinos e pessoas de má reputação.
8° Pode o Mestre substituir o obreiro menos habilitado por outro mais competente.
9° Nunca se encarregue o Mestre de qualquer obra que não possa terminá-la e completá-la a tempo, com solidez e
fortaleza desde os alicerces, de modo a satisfazer ao proprietário e à Fraternidade.
10° A nenhum Mestre é dado suplantar o outro, sob pena não inferior a dez libras, salvo se o primeiro encarregado for
culpado.
11° O Mestre não deve trabalhar à noite, salvo para desenvolver o seu talento.
12° É vedado ao Mestre desmerecer de seu Irmão.
13° Ensine o Mestre o seu aprendiz, bem e completamente.
14° O Mestre não deve admitir aprendiz, a não ser quando se empenhe em obras diversas, sobre as quais deverá instituir
o aprendiz 15°. Nunca se permita ao aprendiz proferir ou sustentar mentiras, ou apoiá-las. A ninguém é dado
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HISTÓRIA PURA
A BÍBLIA DE TISCHENDORF

Ficou com esse título o conjunto de raros papiros gregos, encontrados no século XVII, no sopé do Monte Sinai.
Posteriormente, foi conhecido como “Ágrafos e Logia”. No grego, o vocábulo “agrapha” significa “não escritos” e emprega-
se para descrever certo número de sentenças atribuídas a Jesus. Embora estas sentenças não se encontrem nos
Evangelhos canônicos, eram correntes na primitiva tradição cristã e tiveram seu curso em obras apócrifas. “Logia” são os
discursos ou oráculos de Jesus Cristo, narrativas orais dos cristãos primitivos e do povo de Deus que interpretavam
corretamente a Lei e os Profetas.
Uma das máximas dos “ágrafos e logia”, extraída dos velhos papiros de Oxirinco, de 1896: “Um dia passavam Jesus
e seus discípulos por um homem que lhes proferiu injúrias em altas vozes, mas Jesus lhe retrucou só com amabilidades. E
ao perguntarem seus discípulos porque respondia com boas palavras a quem proferia más, Jesus lhes respondeu: Cada
um dá do que tem em sua despensa”. Pode haver dúvidas na inspiração divina de tais palavras? Jamais.
Estas são reminiscências de anotações pessoais laboradas nos cantões sagrados do deserto de Sinai onde passei
algum tempo integrando a Força de Paz da ONU acantonada na Faixa de Gaza. Bem próximo estava o Convento de Santa
Catarina, conjunto de construções rodeadas por uma muralha mais lembrando uma fortaleza. No século IV, ao tempo de
Constantino, ali existiam apenas uma capela e uma torre de refúgio aos cristãos que escapavam das perseguições
romanas. Ao fundo, o Monte Sinai, também visto como a Montanha de Moisés – onde ele recebera as Tábuas da Lei há
mais de 3000 anos. Por lá passou Abraão e também Jesus e Maria passaram quando a caminho da Palestina. O povo
judeu vagueou quarenta anos, perdido, em busca da Terra Prometida.
Em 1859, um erudito teólogo e papirólogo alemão Lobegott Frederich Constantin Von Tischendorf (1815-1874), no
mesmo local, ali no Santo Convento, descobriu o Códice Sinaiticus da Bíblia Grega, raros e mutilados fragmentos
apócrifos, e quando deles se apossou, chamou-os de Codex Frederico-Augustanus, em homenagem ao seu patrocinador,
o Rei da Saxônia.
As pesquisas continuaram e mais fragmentos bíblicos gregos foram encontrados por Bernardo Pyne Grenfell,
arqueólogo e papirólogo inglês, juntamente com outro não menos famoso cientista inglês, Arthur Surridge Hunt, em
escavações na província egípcia de El Faium, sudoeste do Cairo, em 1895 e no sítio arqueológico da província egípcia de
Oxirinco (Oxyrincus) na margem ocidental do Nilo (1896), contendo palavras de Jesus proferidas entre os séculos III e VIII.
Estes papiros de Grenfell e Hunt reunidos aos da Bíblia de Tischendorf e com outros fragmentos de Bíblias
perdidas, ficaram conhecidas, assim, com a denominação Logia, d’onde retirei essa preciosidade de parábola acima
mencionada, por nos transmitir um belíssimo ensinamento.
Vem depois, os achados dos manuscritos de Qumram (Mar Morto – 1947) que tanto enriqueceram as novas versões
bíblicas (Bíblia de Jerusalém, Bíblia Hebraica, Bíblia de Estudos de Genebra, Bíblia de Estudos Nova Versão Internacional
e outras); veio a lume, também, livros “espúrios” como a Epístola de Barnabé e a Pastor de Hermes, propiciando uma
maior reflexão sobre o esforço do homem na busca das leis e dos caminhos da Justa Conduta.
Por tudo isto, fica nossa dívida de gratidão com o editor Tischendorf. Estudemos!

N.R.: Colaboração do Ir.: Valfredo Melo e Souza, da


Academia Maçônica de Letras do DF

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15
Viagem ao nosso interior
É TEMPO DE CONSTRUIR SAUDADES
Waldeck Atademo

Que bom sermos lembrados com saudade por aqueles com os quais convivemos na existência terrena. Todas as
nossas boas ações resultarão em saudade naqueles a quem estimamos ou naqueles a quem ajudamos nas estradas da
vida. Enquanto estivermos na Terra é tempo de construir as saudades com que seremos lembrados, pois um dia, iremos
definitivamente e a ausência de nossa presença física ou a ausência da presença física dos nossos familiares, entes
queridos ou amigos diversos, enfim, a ausência de quem amamos nos tocará e sensibilizará profundamente.
Lembremos de perdoar a quem nos fere, desculpar ofensas, embora muitas vezes queiramos de pronto revidar.
Esforcemo-nos para estarmos juntos sempre que possível. Aproveitemos os momentos que passam.
O Espírito Emmanuel, dedicado evangelizador em terras brasileiras, através das mãos abençoadas de Chico Xavier,
nos diz: “As horas voltam, mas os minutos são outros”. Ousamos dizer: os dias retornam, as horas se repetem, mas os
momentos são outros.
Jamais teremos momentos iguais e não sabemos por quanto tempo ainda poderemos nos relacionar, para poder, em
tempo, esquecer as ofensas, estender a mão amiga, cumprimentar com um sorriso, atender alguém que nos solicita uma
ajuda, enfim, compartilhar a boa convivência e desfrutar momentos que se esvaem na presente existência na Terra.
Nunca sabemos quando vamos fazer a viagem de retorno à vida espiritual, seja qual for a nossa idade no corpo físico.
Precisamos acender e manter viva a chama da satisfação íntima, fruto do bom relacionamento que deve perdurar
nesta vida e além da desencarnação, constituindo-se elos fortes de amizade oriunda dos laços espirituais no “amai-vos uns
aos outros” recomendado por Jesus.
A vida prossegue, sabemos nós, e se ela for cultivada dessa forma, a saudade não reflitirá o desespero, porém, a
confiança no porvir que será de paz e felicidade pelas lembranças das boas ações de cada um e da verdadeira amizade
após o término da vida na Terra.
Publicado no boletim semanal “SEI”, nº 1840 (05/07/2003)

Novos Tempos - Serviços & Contabilidade Ltda.

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16
BIOGRAFIA DO bimestre

ITABORAÍ (Joaquim José Rodrigues Torres, Visconde de)

Nasceu no curato de Nª Sª da Conceição, freguesia de São João de Itaboraí, na Província do Rio de Janeiro, em 13
de dezembro de 1802.
Fez seus primeiros estudos no Rio de Janeiro, seguindo depois para Portugal, onde se matriculou na Universidade de
Coimbra, formando-se em Matemática, em 1825.
De volta ao Brasil (1826), Rodrigues Torres exerce o Magistério, sendo nomeado lente substituto da Academia Militar.
Depois de realizar uma viagem à Europa, Rodrigues Torres redige o Jornal “Independente”, grangeando em pouco
tempo uma grande reputação como jornalista.
Em 24/06/1831, na instalação do Grande Oriente Brasileiro, cujo Grão-Mestre era o Senador Vergueiro, Rodrigues
Torres aparece desempenhando o cargo de Grande Orador.
Em 16/07/1831, no 2º Gabinete da Regência Trina Permanente, Rodrigues Torres, com apenas 29 anos de idade,
assume a pasta da Marinha, ocupando também, posteriormente, a pasta da Fazenda no mesmo Ministério.
Em 20/08/1832, com 32 anos de idade, Rodrigues Torres, professor e jornalista, é nomeado Presidente da Província
do Rio de Janeiro, da qual devia montar a máquina administrativa.
Em 27/11/1834, Rodrigues Torres assina, como Grande Orador, a Constituição do Grande Oriente Brasileiro.
Em 1835, chamado a participar da Assembléia Legislativa do Império, Rodrigues Torres passa o governo da
Província, por alguns meses, ao Vice-Presidente Paulino José Soares de Souza, seu amigo íntimo e concunhado.
Em 21/07/1840, na crise surgida com a maioridade de D. Pedro II, que o Regente Araújo Lima pretendia protelar,
Rodrigues Torres convida, em nome do Regente, para a pasta do Império, o temido e odiado Bernardo de Vasconcelos,
julgado capaz de executar os desígnios do Governo. Esta nomeação causou a maior indignação e indescritível tumulto.
Antônio Carlos de Andrada grita: “Quem é patriota e brasileiro, siga comigo para o Senado!”. E a maioridade foi aprovada,
mas de maneira ilegal, caindo o Ministério.
Em 04/05/1844, eleito em lista tríplice, pela Província do Rio de Janeiro, Rodrigues Torres toma assento no Senado.
Em 1853, Rodrigues Torres é nomeado pelo Imperador D. Pedro II Conselheiro de Estado.
Em 02/12/1854, Rodrigues Torres é agraciado pelo Imperador com o título de Visconde de Itaboraí, com grandeza.
Em 29/09/1870, o Gabinete presidido pelo Visconde de Itaboraí pede demissão.
Morre, no Rio de Janeiro, em 08/01/1872, Joaquim José Rodrigues Torres, Visconde de Itaboraí, um dos chefes do
partido Conservador.

Fonte: Retirada do livro “PEQUENAS BIOGRAFIAS DE GRANDES MAÇONS,”, de Nicola Aslan, publicado pela Editora Maçônica

17
O Nosso Planeta
FIM DO UNIVERSO É ADIADO

Podem respirar aliviados: o Universo deve continuar existindo por pelo menos mais 24 bilhões de anos. A afirmação,
publicada na revista Nature, é de um novo estudo feito pelos mesmos astrofísicos que haviam estimado anteriormente o
“deadline” em 11 bilhões de anos. Os astrofísicos, liderados por Andrei Linde, da Universidade de Stanford, nos Estados
Unidos, fizeram o novo cálculo a partir da análise da energia negra, a força misteriosa que atua de forma oposta à da
gravidade e que estaria relacionada com a expansão – e fim – do Universo. O estudo foi conduzido a partir de observações
feitas com o telescópio espacial Hubble, que identificou supernovas se afastando com velocidade jamais vista, o que
implicaria que o Universo estaria expandindo mais rapidamente do que se acreditava.
A equipe de Linde estima que o Universo deve durar cerca de duas vezes a idade atual, antes de entrar em
colapso. Cientistas foram surpreendidos em 1998, quando se verificou que a expansão do Universo estava acelerando.
Para tentar entender o que poderia estar desafiando a gravidade que aproxima as galáxias, foi lançada a idéia de que uma
força invisível, a que chamaram de energia negra, poderia estar se opondo à força gravitacional.
Alguns modelos descrevem a energia negra como uma “pressão negativa no Universo” na qual, diferente de um
gás, a pressão por ela exercida aumenta na medida em que expande. Mas a força negra nunca foi observada diretamente.
“Mesmo estimativas bem formuladas sobre a energia negra são profundamente problemáticas”, disse Robert Caldwell, do
Dartmouth College, para a Nature.
Segundo o modelo proposto por Linde, que se baseia em cálculos feitos por Yun Wang, da Universidade de
Oklahoma, a energia negra teria duas fontes. Uma seria a forma hipotética de energia produzida pela massa fervilhante de
partículas que surge espontaneamente e desaparece no vácuo.
A outra seria um tipo de campo de força intrínseca à constituição do Universo e responsável pela sua expansão. “Se
assumirmos esse modelo como correto, provavelmente estaremos seguros pelos próximos 24 bilhões de anos”, disse
Linde. (Agência Fapesp).

Fonte: ABAS informa, edição de 11 de Novembro de 2004.

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DEPOIMENTO
MAÇOM – CIDADÃO IDEAL

Quando pediram a Aristóteles um código moral por onde pautar a vida, ele disse: “Não posso dar-lhe um código;
observe os homens melhores e mais sábios que você encontrar e imite-os”!
Entende-se por lei maçônica, em sentimento amplo, a Constituição & Regulamento Geral, além dos denominados
landmarks (em número de 25, que são as mais antigas leis que regem
a Maçonaria Universal) e por Atos normativos maçônicos aqueles
representados por Regimentos Internos de Lojas e dos Tribunais
Maçônicos, bem como por Decreto Maçônico.
As leis maçônicas são de ordem moral e estão restritas à
Instituição. Assim sendo, devem cingir-se, estritamente, à ritualística e
a liturgia, sem gerar conflitos – vale dizer – sem colidir com a boa
hermenêutica das leis civis.
A Constituição da República Federativa do Brasil, institui um
Estado Democrático e a Maçonaria acolhe seu preâmbulo em seus
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS, definidos na abertura do Ritual do
Aprendiz.
Trata-se de um preâmbulo maravilhoso pela riqueza conceitual
de seu conteúdo que merece todo elogio, especialmente na vivência do cidadão Maçom, no desempenho de seus deveres
que devem manifestar profunda reverência para com a Ordem e alta consideração para com a Loja.
Aparecem bem claros os valores supremos proclamados no papel e que precisamos professar com a nossa vida de
homens livres e de bons costumes, conscientes de que somos a própria alma da Maçonaria. Ela tem a missão de educar,
desenvolver e prosperar a humanidade, e é dita progressista. Combate, ainda, o vício, a tirania, a injustiça social e
pretende libertar o homem.
Na abertura das nossas reuniões, o nosso Ritual faz alusão a uma das muitas definições do que seja, ou signifique
a Maçonaria, explicando o seu objetivo, o qual explicita: “Tornar feliz a humanidade pelo exemplo, pelo amor, pelo
aperfeiçoamento dos costumes, pela tolerância, pela igualdade e pelo respeito à autoridade e a crença de cada um”.
Buscando e rebuscando o que temos diante de nós, dentro de nós, só é necessário que façamos cumprir na
plenitude o que já temos. Em vez de observarmos e buscarmos fora, temos de observar e buscar dentro.
A Maçonaria tem, como um dos objetivos primeiros, a missão de levar à humanidade a felicidade real, pelo exemplo
daqueles que fazem a Maçonaria, pelos seus integrantes. Ainda estamos engatinhando na construção desses objetivos.
Precisamos de dirigentes que estejam imbuídos do espírito democrático e o transmitam especialmente com ações eficazes.
Se não derem de saída, o bom exemplo, invalidarão o exercício do que se prega e na prática vai gorar certamente. Virtudes
se ensinam mais pelos exemplos, que pelas palavras.
“Lutar pelo princípio da Eqüidade, dando a cada um o que for justo, de acordo com sua capacidade, obras e
méritos”.
Sem essa prática não existe, não existirá razão de nos filiarmos à Instituição, destinada a assegurar o exercício dos
direitos, da liberdade, da igualdade e justiça como valores supremos. Embora esses direitos sejam descurados, às vezes
ignorados, maltratados, e longe de ser praticados por grande parte de nós e principalmente a partir das classes chamadas
intelectualizadas, dirigentes, etc, aparecem com destaque, porque são a razão fundamental das demais prerrogativas
anunciadas no Preâmbulo.
Na verdade, há muito o que fazer. É preciso, apenas, idéias e boa vontade de elevar a Ordem e assistir e valorizar o
Maçom. Um Maçom bem formado e motivado só precisa de uma alavanca e um ponto para fazer este mundo melhor.
A Maçonaria preocupa-se com o analfabetismo, a violência, a superstição, a insegurança, a má distribuição de
rendas, aonde o grande lucro vai para quem somente movimenta o dinheiro, dentre tantos outros. E busca soluções na raiz
dos problemas, naquilo que provocam estes efeitos, estas causas.

LIBERDADE - Em seus enunciados a Maçonaria realça o direito do homem à Liberdade, sem a qual o ser humano deixa
de o ser e perde até a razão de existir. Infelizmente muito se fala em liberdade e quanto mais se fala, menos ela existe.
Para ser alcançada a liberdade, está entre os clamores de nosso povo a Segurança, sem a qual é impossível
funcionar a liberdade. Hoje não se pode sair de casa tranqüilamente, até podemos, mas retornaremos vivos e sadios?
Se inexiste a segurança como pode haver liberdade? Existe sim, profundo mal-estar, agravado ainda pela inércia,
ou seja, a falta de ação, de atitudes corretas, de atividade das autoridades.

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Se os requisitos básicos da liberdade estão em déficit, ou, sua existência é precária como pode haver dignidade da
pessoa humana?
IGUALDADE – Um valor sumamente exaltado, desde a revolução Francesa, uma revolução de burguesia e não do povo,
como muitos pensam. Quanta tinta derramada no papel, páginas, versos e versos, e as maravilhosas pregações de todos
os iluminados que caminharam entre nós, pregando o amor e a reconciliação entre os povos, em todas as religiões; Quanto
sangue derramado em nome da liberdade e da igualdade. A Maçonaria reconhece que todos os homens nasceram iguais e
as únicas distinções que admite são o mérito, o talento, a sabedoria, a virtude e o trabalho.
A igualdade segundo temos constatado não existe nem em potência, nem em valor, nem em dimensão, nem em
duração. O que existe e persiste, é que queremos ser diferentes e divulgamos sermos iguais, quando somos sujeitos a
comparações diferentes.
Para ficarmos num único exemplo de “desigualdade” e garantia do direito de cada um ao critério de igualdade,
retidão, equanimidade e principalmente justiça, seria aceitável que o Tribunal Eleitoral através dos órgãos oficiais de
comunicação, (Boletins e Revistas oficiais) publicassem antes do pleito eleitoral em lugar de destaque as fotos, os
currículos vitae, endereços, telefones e o PROGRAMA ADMINISTRATIVO ou de trabalho (Plataforma) de todos os
candidatos aos cargos eletivos para que fosse garantida aos eleitores o direito de fazer seu julgamento e prestigiar o mais
apto. Assim os eleitos seriam, realmente, aqueles que mais conhecimento possuam, que mais espiritualidade tenham
demonstrado e que sintam e se comprometam com deveres e responsabilidades. E teriam a chance de escolher melhor.
Isso, por acaso tem sido feito? Nem mesmo o acesso ao endereço do eleitor é facultado a todos os candidatos.
A “Saúde, Força e União” depende somente da abnegação e desprendimento. Mas ninguém dá o primeiro passo.
Há medo de perder o “espaço conquistado”!
Sei que não conseguiríamos esse ideal porque tudo depende da aprovação e da boa vontade das cúpulas às quais
estamos subordinados. Talvez, um dia, nossos dirigentes resolvam dar uma demonstração de eqüidade, reconhecendo
igualmente o direito de cada um, vencendo suas paixões e submetendo suas vontades.
Isto poderá fortalecer a Democracia e a Maçonaria, dando um passo a frente no quesito Igualdade, e assim fariam
jus serem chamados de “construtores da humanidade”, “limpos e puros” e até de “sagrados”.

Valdemar Sansão
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