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LIÇÃO 12 - A SUTILEZA DA ESPIRITUALIDADE HOLÍSTICA - 18-09-2022

“DIA NACIONAL DA ESCOLA DOMINICAL”

OBS. O texto na cor preta, é o mesmo da revista, na cor vermelha é o COMENTÁRIO DA LIÇÃO
e na cor AZUL são orientações para os professores.

Lembrando que na aula em vídeo faço muitos outros comentários extras, por isso assista a aula
em vídeo e complemente com esse comentário.

“DIA NACIONAL DA ESCOLA DOMINICAL”

A nossa aula da Escola Dominical hoje se inicia de uma forma diferente, já que hoje
comemoramos o dia nacional da escola dominical.

A História da Escola Dominical como temos hoje.

O movimento religioso que nos deu a Escola Dominical como a temos hoje, começou em 1780,
na cidade de Gloucester, no sul da Inglaterra. O fundador foi o jornalista evangélico (episcopal)
Robert Raikes, de 44 anos, redator do Gloucester Journal. Raikes foi inspirado a fundar a Escola
Dominical ao sentir compaixão pelas crianças de sua cidade, perambulando pelas ruas,
entregues à delinquência, pilhagem, ociosidade e ao vício, sem qualquer orientação espiritual.
Ele, que já há quinze anos trabalhava entre os detentos das prisões da cidade, pensou no futuro
daquelas crianças e decidiu fazer algo em seu favor, a fim de que mais tarde elas também não
fossem para a cadeia. Nesse caso ele faz uma abordagem preventiva. Procurava as crianças em
plena rua e em casa dos pais e as conduzia ao local da reunião, fazendo-lhes apelos para que
todos os domingos estivessem ali reunidas. O início do trabalho não foi fácil.

Como Raikes organizou da Escola Dominical

Ele estabeleceu como objetivo que nas reuniões dominicais, além do ensino das Escrituras, era
também ministrado às crianças rudimentos de linguagem, aritmética e instrução moral e cívica.
O ensino das Escrituras consistia quase sempre de leitura e recitação. Em seguida, teve início a
prática de comentar os versículos lidos. Muito depois é que surgiu a revista da Escola Dominical,
com lições seguidas e apropriadas.

A fundação da Escola Dominical no Brasil

A Escola Dominical teve seu início entre nós em 19 de agosto de 1855 na cidade de Petrópolis,
Estado do Rio de Janeiro. O fundador foi o missionário Robert Kalley e sua esposa, D® Sarah
Poulton Kalley, da Igreja Congregacional. Eram escoceses. Ele fora um médico ateu. Depois foi
salvo sob circunstâncias especiais e, chamado por Deus, entregou-se à obra missionária. Na
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primeira reunião da Escola Dominical no Brasil, que teve lugar em Petrópolis, Estado do Rio de
Janeiro, na data acima, a frequência foi de cinco crianças. Essa mesma Escola Dominical deu
origem à Igreja Congregacional no Brasil. Desde então, o crescimento da Escola Dominical no
Brasil tem sido maravilhoso.

Houve, sim, reuniões de Escola Dominical antes de 1855, no Rio de Janeiro, porém, em caráter
interno e no idioma inglês, entre os membros da comunidade americana.

Os objetivos da Escola Dominical

A Escola Dominical é a escola de ensino bíblico da Igreja, que evangeliza enquanto ensina,
conjugando assim os dois lados da comissão de Jesus à Igreja, conforme Mateus 28.20 e Marcos
16.15.

A Escola Dominical existe para ministrar a pequenos e grandes, ensino religioso segundo a
Palavra de Deus, e isto de maneira pedagógica e metódica, como é de se esperar de uma
organização que leva o nome de escola, sem, contudo, deixar de ser profundamente espiritual.

Por isso podemos considerar três objetivos:

a – Ganhar almas para Jesus

Esse objetivo pode ser estranho para muitas pessoas, pois muitos cristãos acham que a Escola
Dominical é apenas para eles. É preciso entender que pessoas que não servem ainda a Cristo
devem ser convidadas para participar da EBD. O primeiro grande dever de todo professor da
Escola Dominical é agir e orar diante de Deus para que todos seus alunos aceitem Jesus como
Senhor e Salvador de suas vidas.

b – Desenvolver Espiritualidade e o Caráter Cristão nos alunos

O ensino da Palavra é uma obra espiritual. Significa a cultura da alma. Ganhar o aluno para
Cristo é apenas o início da obra; é mister cuidar em seguida da formação dos hábitos cristãos,
os quais resultarão num caráter ideal modelado pela Palavra de Deus. Uma Escola Dominical
dotada de obreiros treinados e cheios do Espírito Santo pode contribuir eficazmente para que
os alunos se assemelhem em palavras e obras ao ideal apresentado por Jesus Cristo.

c – Treinar o cristão para o Serviço do Mestre

Ao prover treinamento espiritual, a Escola Dominical apresenta ao aluno oportunidades


ilimitadas de servir ao divino Mestre. Inúmeros obreiros das nossas igrejas saíram da Escola
Dominical.

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Conclusão

A Escola Dominical, quando devidamente aparelhada, é de fato a agência de formação religiosa


popular das igrejas evangélicas. E aí que as crianças desde a mais tenra idade, os adolescentes,
e os adultos, ao receberem o ensino sadio e inspirador das Escrituras, são todos beneficiados:
(1) as crianças recebem formação moral e espiritual, (2) os adolescentes formam sua
personalidade cristã e os (3) adultos renovam suas forças morais e espirituais para uma vida
cristã sempre frutífera e abundante.

O lema da Escola Dominical completa deve ser:

• Cada aluno um crente salvo;


• Cada salvo, bem treinado;
• Cada aluno treinado, um obreiro ativo, diligente, dinâmico.

TEXTO ÁUREO

“Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim.”
(Jo 14.6)

VERDADE PRÁTICA

Qualquer tipo de espiritualidade que não seja centralizada em Cristo deve ser considerada falsa
e, portanto, rejeitada.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

João 14.4-6

4 - Mesmo vós sabeis para onde vou e conheceis o caminho.

5 - Disse-lhe Tomé: Senhor, nós não sabemos para onde vais e como podemos saber o caminho?

6 - Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por
mim.

PALAVRA-CHAVE - ESPIRITUALIDADE

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O QUE VAMOS ENSINAR?

A) Objetivos da Lição:

I) Conceituar o fenômeno religioso da espiritualidade holística;

II) Explicar a espiritualidade humana e sua necessidade de expressão;

III) Expor o fundamento da espiritualidade holística;

IV) Mostrar a contrariedade bíblica a respeito da espiritualidade holística.

INTRODUÇÃO

Nesta lição veremos que uma nova forma de espiritualidade, o holismo, passou a ganhar espaço
na sociedade. Fundamentada em princípios extraídos das religiões orientais, essa nova forma
de religiosidade tem conseguido adesão de proeminentes líderes mundiais. E está também
flertando com muitos segmentos do cristianismo. Muitos cristãos têm se deixado seduzir pelo
seu discurso globalista e pluralista, e, sobretudo, espiritualista. Contudo, esquecem que o
centro do Cristianismo, a Cruz de Cristo, é negado. Em lugar desta ergueu-se o altar a “mãe-
natureza”, a “mãe-terra” e a todas as “forças fluídicas (forças psíquicas)” que povoam o universo.
É, portanto, mais uma sutileza do Diabo que faz parte dos dias finais.

Com o fim da Idade Média (a partir do 4º século) e o começo da Idade Moderna (séculos XV até
XVIII), o mundo ocidental experimentou grandes mudanças culturais. Com o francês René
Descartes, surgiu o Racionalismo. Isso significa dizer que a razão humana, e não a revelação,
passou a ser a fonte segura na obtenção do conhecimento. Por outro lado, o Iluminismo,
também conhecido como Cientificismo, movimento cultural alemão, além da razão como fonte
de autoridade, deu grande ênfase ao método científico na obtenção do conhecimento. O
universo passou a ser entendido como uma máquina. Esse modelo também foi conhecido como
Mecanicista. Nesse contexto, as verdades religiosas, por serem reveladas, contudo, desprovidas
de provas científicas, deveriam ser abandonadas.

Com o final da Idade Moderna e o início da Pós-Moderna (a partir de 1789), grandes mudanças
culturais aconteceram no Ocidente. Agora as coisas aconteceram de forma inversa. Se
anteriormente a religião era posta de lado, agora ela passa a ter grande relevância. Isso porque
a realidade espiritual se tornou muito importante. Surgiu, portanto, uma nova religiosidade não
mais expressa em leis físicas da natureza, mas na expressão de uma espiritualidade sensorial
e mística que está conectada com o universo.

Nessa nova forma de manifestação da espiritualidade, o misticismo oriental ganhou lugar de


destaque. Nesse caso a igreja que já vinha enfrentando ataques severos do Racionalismo e do
Cientificismo, agora enfrenta uma espiritualidade mística que está conectada ao universo. Os

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ataques vêm disfarçados de algo espiritual que não tem nenhuma relação com a espiritualidade
Bíblica.

A Espiritualidade Holística expressa o Panteísmo, onde Deus é tudo e tudo é Deus. Essa
espiritualidade se apropria do Hinduísmo, Budismo e Taoísmo (pronuncia-se Daoísmo).
Inicialmente aqui falaremos apenas do hinduísmo que praticamente, não é nem mesmo uma
religião individual, mas um entremeado de crenças cujas raízes são originárias da cultura hindu
da índia.

Nele não há um “deus” único e pessoal para ser adorado e nem tão pouco um conjunto de
regras a ser seguido e isso já causa encanto em quem se interessa por ele.

O hinduísmo tem muitas facetas. Você não quer problemas com Deus? Tudo bem. No
hinduísmo, os deuses não são essenciais. O que interessa é conseguir libertar-se da matéria, ou
do mundo como o vemos. A ideia é eliminar qualquer vínculo com o plano material de
existência e compreender como você se relaciona individual e pessoalmente com o todo
espiritual. Historicamente, os dois mantras do hinduísmo são: “Tudo é Um” e: “Tudo é Deus”.

Mas o que é um “mantra”? mantra é um termo usado pelos praticantes da Meditação


Transcendental (um derivado do hinduísmo) que significa cantar ou repetir certas palavras para
invocar a presença de um deus específico.

No hinduísmo é visto a crença na reencarnação e ela será repetida até que eles cheguem a
realidade final; adoração de um grupo diversificado de deuses, os quais tem várias formas; e
crença na essência da unidade espiritual da humanidade.

Todos os aspectos do universo, tanto o animado quanto o inanimado (homens, animais, plantas,
rochas, mares, sol, lua, planetas), compartilham essencialmente a mesma natureza divina. Há,
na verdade, apenas um Ser no universo.

Dentro do hinduísmo existe o conceito politeísta, onde adoram vários deuses e os três
principais são:

Brahma — Este é o deus principal, conhecido como “Absoluto Pessoal” e a “Realidade Final”.

Vishnu — Este é o deus de Apu, o campeão de todas as boas causas. Vishnu governa os céus e
é o preservador da terra. Ele foi comparado ao conceito cristão de Deus. Ele toma formas
humanas (também conhecidas com o avatar); a mais popular de todas é Krishna. Também toma
forma de peixe, tartaruga, javali, homem leão, cavalo e gnomo.

Shiva — O terceiro deus dos trimúrti (os três principais deuses) que desempenha muitos papéis,
inclusive o de criador e de destruidor. Shiva significa o ritmo do eterno ciclo de vida e morte
do universo. É um ídolo (ou imagem) hindu popular, representado com quatro braços.

As boas obras, por fim, o salvarão. Toda filosofia hinduísta é fundamentada no carma, ou obras.
Se suas boas ações pesarem mais do que as más, então você terá melhor chance de salvação.
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No hinduísmo, não há nada que se assemelhe a pecar contra um Deus santo. A vida deve ser
compreendida como balanças do bem e do mal e ciclos de reencarnação. Atos ruins e errados
não ofendem nenhum deus, pois são resultantes da ignorância.

Agora que temos um entendimento sobre uma das partes que se apoia a espiritualidade
holística, podemos prosseguir com nossa lição.

I – O FENÔMENO RELIGIOSO

1. A busca do sagrado.

Jesus sabia das necessidades mais profundas do ser humano e por isso disse ser Ele o caminho
que leva o homem até Deus: “Ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo 14.6). Nosso Senhor via
o homem como um ser espiritual que carecia de Deus. O homem foi criado com corpo, alma e
espírito. Quando o homem pecou, a sentença foi morte. Essa morte atingiu também o lado
espiritual do homem, pois passou a estar morto espiritualmente (Ef 2.1). O salmista revela essa
carência de Deus. Sl 42:2 na (ARC) diz: A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando
entrarei e me apresentarei ante a face de Deus? A busca do sagrado é, portanto, uma
necessidade humana. Da mesma forma, o apóstolo Paulo, quando se encontrava em Atenas,
capital da Grécia, e ao observar o comportamento religioso dos atenienses, disse: “Senhores
atenienses! Percebo que em tudo vocês são bastante religiosos” (At 17.22 – NAA). Havia um
comportamento de adoração nos atenienses, porém distorcido da verdadeira adoração. Essa
distorção é resultado do pecado original, que fez o homem perder o foco em adorar apenas o
Criador e passou adorar a criatura e a criação. O fenômeno religioso está presente na raça
humana como um todo. Assim como Davi, há um anseio de Deus na alma de cada pessoa: “Como
o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti, ó Deus!” (Sl 42.1).

É claro que Davi ansiava por comunhão com Deus porque o servia. É um anseio por uma
adoração correta a quem tem direito – O Criador dos céus e da terra. Todavia, devemos
considerar que o ser humano sem Cristo deseja adorar, mas o faz da forma errada.

2. Deus e os deuses.

Que há na humanidade uma necessidade de possuir um objeto de adoração é uma verdade


inconteste. É um fenômeno presente em todas as culturas. Contudo, por não conhecer o Deus
verdadeiro, que se revelou nas páginas da Bíblia e de forma especial na pessoa bendita de Jesus
Cristo (2 Co 5.19; Jo 3.16,17), o homem acaba por buscar e adorar os deuses falsos (1 Ts 1.9; 1
Jo 5.21). Como já dissemos o pecado trouxe uma desordem para a criação e assim percebemos
nos relatos bíblicos começando no A.T., que lá estavam os homens em sua maioria adorando a

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tudo, menos a Deus. Paulo deixa claro em suas cartas por exemplo que os homens sem Cristo
estão sobe a influência de satanás (Ef 2.2) e foram cegados por ele (2Co 4.4).

Por exemplo, o apóstolo percebeu isso (adoração a deuses falsos) em Atenas: “E, enquanto
Paulo os esperava em Atenas, o seu espírito se comovia em si mesmo, vendo a cidade tão
entregue à idolatria” (At 17.16).

Paulo sentiu-se indignado, com uma ira justa contra a idolatria, pois sabia que ela roubava a
glória de Deus. A religião grega não passava de uma deificação dos atributos humanos e dos
poderes da natureza. Os mitos gregos falavam de deuses e deusas que, em meio às próprias
rivalidades e ambições, agiam mais com o seres humanos do que como divindades, e o panteão
não era pequeno! Com o alguém disse em tom de piada, em Atenas era mais fácil encontrar um
deus do que um homem. O coração de Paulo encheu-se de pesar ao ver a idolatria dominante
na cidade.

Hoje, admiramos as esculturas e a arquitetura gregas como belas obras de arte, mas no tempo
de Paulo, grande parte dessas obras se relacionava diretamente à religião. Paulo sabia que a
idolatria era demoníaca (1 Co 10:14-23) e que os muitos deuses gregos eram apenas
personagens de uma história, incapazes de transformar a vida dos homens (1 Co 8:1-6). Apesar
de toda a sua cultura e sabedoria, os gregos não conheciam o Deus verdadeiro (1 Co 1:18-25).

É justamente nessa carência espiritual de preencher o anseio mais profundo da alma, que a
humanidade é enganada pelo Diabo.

Ao testemunhar em Atenas, Paulo teve de confrontar filosofias antagônicas: o epicurismo e o


estoicismo. Hoje em dia, associamos a ideia de epicurismo à apreciação da "boa vida",
especialmente da gastronomia. Mas a filosofia epicurista ia muito além. Em certo sentido,
Epicuro, fundador dessa escola de pensamento, era um "existencialista" que buscava a verdade
por meio das experiências pessoais, não do raciocínio. Os epicureus eram materialistas e ateus,
e seu objetivo na vida era sentir prazer. Para alguns, o "prazer" representava tudo o que era
inteiramente físico; mas, para outros, significava uma vida de serenidade refinada, sem
qualquer dor ou ansiedade. O verdadeiro epicureu evitava os extremos e procurava desfrutar a
vida mantendo um equilíbrio sem, no entanto, deixar de ter o prazer como grande alvo.
Podemos ver que a espiritualidade holística também buscar esse prazer usando a palavra bem-
estar. Então não há nada novo.

Os estóicos rejeitavam a idolatria dos cultos pagãos e ensinavam que havia um "Deus Mundial".
Eram panteístas e enfatizavam a disciplina e o domínio-próprio. O prazer não era bom e a dor
não era má. A coisa mais importante da vida era seguir a própria razão e ser autossuficiente
sem se deixar abalar pelos sentimentos interiores e as circunstâncias exteriores. Por certo, tal
filosofia só alimentava o orgulho e ensinava que o ser humano não precisa da ajuda de Deus.
É importante observar que os dois primeiros líderes da escola estóica cometeram suicídio.

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SINÓPSE I

O fenômeno religioso está ancorado nas necessidades mais profundas do ser humano na busca
pelo sagrado.

II – A ESPIRITUALIDADE HUMANA E SUA NECESSIDADE DE EXPRESSÃO

1. O antigo paganismo.

Paganismo é o sistema religioso que desconhece a supremacia de Deus, aceitando como real a
existência e a interferência de outros deuses nos negócios humanos.

Como vimos, o ser humano é religioso por natureza e tem a necessidade de expressar sua
espiritualidade. Essa espiritualidade, portanto, está presente em diferentes povos e culturas.
Sem o conhecimento do Deus verdadeiro, um deus falso é adorado. Paulo deixa claro em sua
carta aos romanos que a falta de conhecimento de Deus é por questão de negá-lo
conscientemente.

Rm 1:21 na (ARA) diz: porquanto, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus,
nem lhe deram graças; antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-
se-lhes o coração insensato.

A adoração falsa está presente na antiga religião cananeia, que adorava Baal e Aserá como
deuses principais (1 Rs 18.19); no antigo Egito, com seus muitos deuses (Êx 12.12); as pragas
no Egito foram o juízo de Deus mostrando que os deuses do Egito eram impotentes, pois não
conseguiram proteger seus adoradores da sentença de Deus; e na Babilônia que adorava
Merodaque (Jr 50.2). A lista é extensa. Contudo, convém dizer que muda os nomes, a forma e a
maneira como as entidades são adoradas, porém, em essência a espiritualidade pagã continua
a mesma – culto e adoração aos deuses falsos.

2. O misticismo oriental.

Nas duas últimas décadas o Ocidente tem sido invadido pela espiritualidade holística. O
holismo está na moda e faz parte do culto da elite cultural. Está nas Universidades; nos cinemas,
com filmes de sucesso; nos livros de autoajuda, que inclusive foram best-sellers; e até mesmo
nos currículos escolares. Na verdade, o holismo, ou espiritualidade holística, ou ainda, visão
sistêmica da vida, nada mais é do que antigas crenças e práticas orientais redivivas ou
recicladas. É uma mistura de crenças orientais do hinduísmo, budismo e taoísmo. Tudo numa
panela só. É a operação do erro querendo enganar os incautos (Rm 16.18). Não há dúvidas que
são ensinos de demônios (1 Tm 4.1).

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Já falamos sobre o hinduísmo na introdução dessa aula, então vamos entender um pouco sobre
o budismo e o taoísmo (daoísmo).

Budismo. Os ensinos de Buda focalizam as "Quatro Nobres Verdades" e suas ramificações: o


sofrimento, sua causa, seu fim e o caminho que leva a este fim. De acordo com o budismo:
"Nesse ensino percebem-se imediatamente três elementos comuns a todas as ideologias do
Hinduísmo. Resumindo o ensino de Buda da forma mais sucinta possível, pode-se dizer que o
nascimento é sofrimento, a velhice é sofrimento, a doença é sofrimento e o apego às coisas
terrenas é sofrimento. O nascer e renascer, o ciclo da reencarnação, resulta da sede de viver
inerente ao homem, aliada à paixão e ao desejo. A única maneira de alguém se libertar dessa
sede é seguir: fé correta, vontade correta, linguagem correta, conduta correta, vida correta,
esforços corretos e pensamentos e meditação corretos. Nesse caso a pessoa alcança o Nirvana.
Apesar de não haver uma definição muito clara desse estado. Ele é estado transcendente que
é alcançado por meio da meditação progressiva sobre os princípios budistas. Em resumo o
homem não é um pecador e nem precisa de salvação, mas de seguir um caminho para alcançar
um aperfeiçoamento através de suas próprias obras.

Taoísmo. Ele está mais preocupado com o mundo da natureza. A tradução grosseira para Tao
(pronuncia Dao) é “caminho”, como em “o caminho da natureza”.

Sobre o fundamento da importância da natureza, o taoísmo adiciona a filosofia da importância


de cada indivíduo. (Afinal, para eles somos todos um a parte da natureza.) Por isso, assim com
o devemos permitir que a natureza siga seu próprio curso, também deveríamos permitir que os
indivíduos sigam suas inclinações, livres das restrições impostas por outra pessoa. Os taoístas
acreditam que as pessoas são compassivas por natureza e que demonstrarão compaixão aos
outros (sem nenhuma expectativa de recompensa), se for permitido que sigam seus instintos
naturais.

A popularidade do taoísmo nos Estados Unidos é relacionada à ênfase dada à saúde e à forma
física. É claro que isso também chegou no Brasil. Ela diz respeito à abordagem holística do
bem-estar, o que envolve a acupuntura, a medicina de ervas e a meditação. Basta uma pesquisa
rápida no Google e encontraremos cursos de massoterapia holística. No site
www.educamaisbrasil.com.br, encontramos o seguinte: “Bastante procurada por conta dos
inúmeros benefícios que desenvolve na vida dos indivíduos, a massagem holística promove
melhoria de dores e sintomas diversos que causam desconforto e incômodo aos pacientes. Com
uma rotina cada vez mais intensa e cheia de afazeres, muitas pessoas estão sobrecarregadas,
precisando aliviar o estresse e a tensão do dia a dia para poder dar conta de tudo, por isso,
recorrem aos serviços dos Massoterapeutas Holísticos. A Massoterapia Holística leva em
consideração diversos aspectos no momento de trabalhar os sintomas apresentados pelos
pacientes, como por exemplo, o corpo em sua totalidade, físico, emocional, mental, espiritual,
ósmico, astral, etérico.”

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Por fim, as religiões [orientais] como [Hinduísmo, Budismo, Taoísmo], não prestam submissão
a um deus ou alguma outra forma de divindade. Se há um Deus, não é tão importante para
essas religiões, assim como elas não impõem regras de comportamento de acordo com
qualquer divindade. Porém, isso não quer dizer que seus seguidores possam viver uma vida
desenfreada e imoral. Embora um deus desempenhe um papel menor, ou até mesmo nenhum,
em todas essas religiões, elas dizem respeito à ética, à moralidade e ao respeito. Essas religiões
ensinam responsabilidade pessoal em um contexto que parece muito mais social do que
religioso. Esse tipo de conduta atraí muitas pessoas, pois elas podem alcançar uma
espiritualidade por meio de seus esforços e sentem-se pessoas boas em si mesmas. Elas
também passam a ser senhoras de seus destinos.

É muito comum na sociedade, principalmente entre aqueles que fazem parte da elite social,
encontrar pessoas que buscam o desenvolvimento espiritual em religiões que não ensinam a
respeito do pecado e da necessidade de arrependimento.

SINÓPSE II

O antigo paganismo e o misticismo oriental revela a necessidade da expressão da


espiritualidade humana.

III – O FUNDAMENTO DA ESPIRITUALIDADE HOLÍSTICA

1. Não há um Deus pessoal.

Grosso modo, a espiritualidade holística diz que tudo é deus. Tudo no universo estaria
interligado. Dessa forma cada parte faz parte de um todo muito maior. Exatamente como
demonstrou o filme Avatar, a humanidade faz parte da natureza, que por sua vez faz parte do
universo, que por sua vez faz parte de uma realidade espiritual maior. Assim o divino, o homem
e a natureza são uma coisa só. Portanto, é uma espiritualidade panteísta. Não há um Deus
pessoal que se revelou na Bíblia nem tampouco um Salvador pessoal, Jesus Cristo. O “deus”
deles não passa uma energia impessoal que está no universo. Ainda para os adeptos dessa
crença, Jesus, Alá, Javé, Buda, Xiva ou um Xamã são nomes diferentes para uma mesma entidade
– a força cósmica que habita o universo. Uma velha heresia com um novo formato e com uma
nova roupagem (Cl 2.8; 2 Co 11.3).

Cl 2:8 na (ARA) diz: Cuidado que ninguém vos venha a enredar com sua filosofia e vãs sutilezas,
conforme a tradição dos homens, conforme os rudimentos do mundo e não segundo Cristo;

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2Co 11:3 na (ARA) diz: Mas receio que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia,
assim também seja corrompida a vossa mente e se aparte da simplicidade e pureza devidas a
Cristo.

2. Não há uma verdade factual.

Se não há um Deus pessoal, não há também uma verdade factual. Não há uma verdade absoluta.
Em vez disso, existem “verdades”. Cada um tem a sua. Dessa forma, não há como alguém dizer
que está certo ou errado. A expressão de Jesus Cristo: “Eu sou [...] a verdade” (Jo 14.6) e
“conhecereis a verdade” (Jo 8.32) não é considerada verdadeira para os adeptos da
espiritualidade holística. Da mesma forma, as palavras de Paulo: “Porque nada podemos contra
a verdade, senão pela verdade” (2 Co 13.8) não fazem sentido. Assim, para essa nova religião a
“verdade” está em todas as religiões, pois todas são igualmente formas válidas de se expressar
a espiritualidade.

É nesse ponto que o Cristianismo sofre oposição e rejeição, pois quando afirmamos
biblicamente que Jesus é o único caminho que leva a Deus, e que não existe salvação fora Dele,
isso é interpretado como mentira, pois para eles cada um pode crer no que quiser, desde que
respeite e não condene as práticas dos outros.

SINÓPSE III

A ausência de um Deus pessoal e a ausência de uma verdade factual são os fundamentos da


espiritualidade holística.

IV – A ESPIRITUALIDADE HOLÍSTICA E A BÍBLIA

1. O problema do pecado.

O holismo comete um erro crasso (grosseiro) e fatal: esquece o problema central do homem, o
pecado. Acredita que o cristianismo é uma religião superada e que, portanto, deve ser
substituída por uma nova forma de expressão cultural e espiritual. Seus seguidores têm seus
corações endurecidos pelo engano do pecado (Hb 3.13).

Hb 3:13 na (ARC) diz: Antes, exortai-vos uns aos outros todos os dias, durante o tempo que se
chama Hoje, para que nenhum de vós se endureça pelo engano do pecado.

É por intermédio do engano do pecado e da cegueira espiritual promovida pelo Diabo que
cresce a cada dia o fascínio pelas novas espiritualidades. O holismo é, sem dúvida, a
espiritualidade mais atraente que está na moda.
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Podemos ver que até profissões ligadas a ele como a massoterapia holística que abordamos
anteriormente, forma profissionais e muitos os procuram para alcançar um bem-estar físico,
emocional e espiritual. Porém, é impossível cuidar da vida espiritual fora de Cristo Jesus.

2. Um Salvador Pessoal.

Como foi mostrado, não há um Deus nem tampouco um Salvador pessoal na nova
espiritualidade holística. O homem é seu próprio Deus. Ao ignorar a existência do pecado, e,
consequentemente, a punição eterna, não veem a necessidade de um Salvador (1 Tm 4.10).
Cristo é descartado (At 4.12). E ainda, ao entrarem em contato com espíritos enganadores (1 Co
10.20), que pensam ser forças cósmicas, entidades espirituais impessoais, sentem-se
confortáveis nessa modalidade religiosa. Um engano que será fatal se não vierem ao
arrependimento pela fé (At 2.38).

É justamente por isso que a igreja deve ser ensinada e treinada para se posicionar contra esses
ensinamentos que levam vidas a perdição eterna. Não podemos cruzar os braços e muito menos
ser tolerantes com tais práticas para evitar rejeições. Precisamos com amor levar luz para um
mundo em trevas, onde negam o pecado, a necessidade de salvação e o Salvador.

SINOPSE IV

A realidade do pecado e a perspectiva de um salvador pessoal mostram a fraqueza da


espiritualidade holística.

CONCLUSÃO

Vimos que a nova espiritualidade ou espiritualidade holística é uma forma de expressão do


panteísmo. Assim, nessa forma de expressão religiosa é possível entrar em contato com as
forças da natureza, com as energias cósmicas do universo, conhecê-las e até mesmo domesticá-
las. Contudo, Cristo, a revelação máxima de Deus, não faz parte dessa nova espiritualidade. Ao
negar Cristo, a espiritualidade holística rejeita a centralidade da fé cristã. Essa espiritualidade
pagã promove o falso culto e, portanto, a falsa adoração. Essa nova modalidade religiosa não
prega o arrependimento, a fé, nem tampouco a conversão a Deus. Deve, portanto, ser rejeitada.
Estejamos atentos para essas falsas espiritualidades que seduzem os incautos e aprisionam as
vidas de quem não conhece o Senhor Jesus.

Nessa panela cabe tudo, menos um cristão verdadeiro. Nesse contexto, a igreja não pode ficar
de braços cruzados. Temos a necessidade de se promover uma educação firmada em valores.
Somente uma fé fundamentada em valores perenes que fluem das Escrituras Sagradas podem
nos proteger desse tipo de ataque.

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