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O PESQUISADOR

MAÇÔNICO
n.º 50–Set./ Outubro 2007
Ano VII

EDITORIAL ÍNDICE

D entre as virtudes que buscamos ter – por dever -, uma das mais importantes é
Pág. 2 e 3
 Nos Arquivos de Nicola
a prática do bem. Dever de busca quotidiana e incansável, pois “tudo vale a pena quando a
Aslan
alma não é pequena”...
Mas no contexto do quotidiano moderno, tão carente de virtudes, amor e solidariedade,
Pág. 4
somos “empurrados” para bem longe do bem.
Para o maçon, fazer o bem é uma missão; uma das principais – “promover o bem e a  Curiosidades
felicidade da humanidade” - é um dos postulados da Maçonaria universal. Pág. 5 e 6
Devemos praticar o bem porque sabemos que somente amparando o próximo e sentindo-lhe  Notícia Relevante
– dentro do possível – suas dores e aflições é que nos aperfeiçoamos verdadeiramente.
Mas somos conscientes – ou deveríamos sê-lo – de que, muitas vezes, nem mesmo dentro
Pág. 7 a 10
do seio de nossas famílias, conseguimos “enxergar” a carência de quem nos é próximo. E, por
isso, temos que nos exercitar quotidianamente para tentarmos identificar nossas falhas e corrigir  Para Pensar
nossos erros. É difícil ser maçom 24h por dia!
O homem virtuoso – o homem de bem – não é necessariamente aquele que renuncia às Pág. 12
suas paixões. Segundo o escritor e acadêmico Ir.: Valfredo Melo e Souza, “O homem virtuoso
 Gr. Dic.Enciclopédico de
(bom) é o que aprimora sua conduta de modo a medir o quanto de paixão seus atos comportam,
Maç. e Simbologia
a fim de que não comprometa a harmonia da comunidade em que vive”.
(Nicola Aslan)
Para que o bem vença o mal – e aqui estamos falando da nossa parte, individualmente –
 Biblioteca
precisamos nos fortelecer ( e muito!) nossa parte espiritual, posto que as cargas negativas
recebidas no dia a dia, a mediocridade das políticas de ajuda ao próximo, a religiosidade elevada,
muitas vezes, ao fanatismo, a corrupção que nos desistimula a ter comportamentos éticos e Pág. 13
morais elevados etc., são provações que temos que vencer.  Polindo a Pedra Bruta
E, somente com um espírito fortalecido, estaremos aptos a enfrentar esta “batalha” e vencê-  Pílulas Maçônicas
la, de maneira que consigamos fazer com que o bem vença o mal, pois “o que mais preocupa
não é a atitude dos maus, mas o silêncio dos de bem...”
Pág. 14
. .
Carlos Alberto dos Santos/ M. .M. .  História Pura

Pág. 15
 Viagem ao nosso interior

O Pesquisador Maçônico
Pág. 16
Fundação: Janeiro/2001
Editor: Ir.: Carlos Alberto dos Santos/M.: M.:  Depoimento
Revisor: Ir.: Ítalo Barroso Aslan/ M.: I.:
Registrado na ABIM sob o n.º 060-J Pág. 20 a 29
Os conceitos emitidos nos artigos aqui apresentados são de exclusiva responsabilidade • CADERNO DE
de seus autores. TRABALHOS – De
Informativo Cultural da SOCIEDADE DE ESTUDOS ANTHERO BARRADAS, e Estudos e Pesquisas
A... R...L...S... e de Instrução Renascimento n.º 08
Rua Nicola Aslan, 133 / Braga – Cabo Frio (RJ) – CEP: 28.908 - 235
e-mail: opesquisadormaconico@ciclodagua.com.br 1
NOS ARQUIVOS DE NICOLA ASLAN

A CORDA DE 81 NÓS
(2ª Parte)
(Esoterismo do nº 3; Esoterismo do nº 9; Esoterismo do nº 81)

Nicola Aslan

Esoterismo do número 3.

Todo o simbolismo do grau de Aprendiz assenta sobre o nº 3, e foi a própria Maçonaria Operativa que o trouxe
para a Maçonaria Especulativa, que o ampliou, dando-lhe um sentido acentuadamente esotérico.
Segundo Octaviano de Menezes Bastos, o nº Três é o símbolo de clareza, de inteligência e de compreensão; é o
número da luz.É também o número da forma porque não pode existir corpo sem que tenha três dimensões (comprimento ,
largura e profundidade).
Segundo Papus, três é o pêndulo que vai ora à direita, ora à esquerda, para equilibrar e movimentar.
Segundo Balzac, três é a fórmula dos mundos criados, é o signo do espiritual, da criação, como é o signo da
circunferência.
De fato, no ternário é compreendida a Unidade e o Binário. Um é Deus, dois é a Natureza; um é o homem; dois é
a mulher. Da união da unidade com a dualidade nasce o terceiro princípio: Três, o ternário, que é neutro.
“Este número, escreve Elifas Levi, é o fim e a expressão do amor, porque é o nó misterioso que
une o ativo com o passivo, o homem com a mulher; é o filho que participa do pai e da mãe, sem ser nenhum deles.”
Três, finalmente, é a idéia e abrange todas as manifestações do tempo, da vida e do ser. Foi dado como símbolo
ao Aprendiz, que está na base da Instituição Maçônica, porque ele tem por tarefa o estudo da base do conhecimento
humano.

Esoterismo do número 9.

O número 9 é o resultado de 3 x 3 e, segundo podemos ler no “Traité Méthodique de Science Occulte”, pg 110, de
Papus, o novo é o triângulo do ternário, a imagem completa dos três mundos, a base de toda razão, o sentido perfeito de
todo verbo, a razão de ser de todas as formas. O número nove é aquele dos reflexos divinos, aquele que exprime a idéia
divina em toda a potência abstrata.
Se o número três é a idéia, o número nove é a perfeição das idéias.
Segundo Magister, em “Manual del Maestro”, o número nove é o emblema da tradição ou conservação e
transmissão dos conhecimentos iniciáticos, no segredo inviolável da compreensão individual.
O número nove é considerado o número perfeito porque contém todos os números simples: 1+8; 2+7; 3+6; 4+5;
5+4; 6+3; 7+2; 8+1 que somam nove.
E, de acordo com o que afirma Elifas Levi, em “A Chave dos Grandes Mistérios”, pg 46, o número nove do Tarô, o
Eremita, é o número dos Iniciados.

Esoterismo do número 81.

Na Maçonaria Operativa só havia Companheiros. O grau de Aprendiz foi, portanto, uma criação da Maçonaria
Especulativa, sendo para ele transferido todo o cerimonial de recepção antigamente destinado ao Companheiro, e,
conseqüentemente, todo o simbolismo que acompanhava a recepção (não a Iniciação) do talhador de pedras no seio da
corporação.
2
Formado o grau de Aprendiz, o de Companheiro ficou de posse de todas as prerrogativas hoje desfrutadas pelo
grau de Mestre. Criado, posteriormente, o grau de Mestre, o de Companheiro passou a servir de grau intermediário com um
ritual e instruções próprias, transferindo-se as prerrogativas do Companheiro ao grau de Mestre.
O número do Aprendiz passou, então, a ser aplicado aos Mestres, mas na segunda potência, isto é, 3 x 3 = 9. E,
embora o número simbólico do Mestre Maçom fosse o número 7, os Mestres adotaram para as suas baterias o três do
Aprendiz multiplicado por si mesmo.
Isto foi uma conseqüência das tendências da Maçonaria do século XVIII, orientando as suas instruções, em alguns
ritos, para o esoterismo e o ocultismo, para a alquimia e as ciências secretas, assumindo a cabala e a numerologia
importância capital no ensinamento dispensado pelas Lojas maçônicas.
Tomando por base este fato, verificaremos que a terceira potência de três é 3x3x3=27, sendo a quarta potência de
três, isto é, 3x3x3x3=81, ou seja, 9x9=81.
Durante o século XVIII, juntamente com o trivium e o quatrivium, que naquela época simbolizavam todo o
conhecimento humano, estava em grande consideração a Tábua de Pitágoras. É a tábua de multiplicação que dá, no ponto
de intersecção das colunas o produto dos números que formam o começo de cada uma delas.
Esta quarta potência, o número 81, tinha um esoterismo bastante extenso. Procuraremos dar uma pequena idéia
desse esoterismo, limitando-nos a alguns aspectos:
“O número 81 é a segunda potência de 9 e a 320ª parte do ano zodiacal, esta, unidade do Ano Divino, e aquele,
unidade da Medida Sagrada, que, dividindo a existência do homem em Três Divinos Tempos de Trabalho, os vincula com
os elementos geométricos e o dia criador, na seguinte forma:
1º) Desde o nascimento aos 27 anos, com o triângulo e o amanhecer;
2º) Desde os 27 aos 54 anos, com o quadrilátero e o meio-dia;
3º) Desde os 54 anos aos 81, com o cubo e o entardecer do dia do criador.
Amanhecer, meio-dia e entardecer – triângulo, retângulo e cubo – são, pois, planos dimensionais na Escola
Cabalística, que, representando a longitude, a extensão e o volume na Grande Pirâmide, têm, nas potências do número
três, o seu expoente matemático, e, nos três grandes ciclos da vida humana, as medidas do tempo que assinalam a
evolução que segue o automatismo de cada pessoa e os três campos de ação em que predomina em cada ciclo:
1º) Amanhecer, relacionado com o Plano Físico do homem e o triângulo. Predomina na “gratificação” do corpo até
os 27 anos;
2º) Meio-dia, relacionado com o Plano Mental e o quadrilátero. Predomina na “gratificação” da mente até os 54
anos;
3º) Entardecer, relacionado com o Plano Espiritual e o cubo. Predomina na “gratificação”do espírito até os 81
anos, em que a pessoa normal evolui até um novo amanhecer”. (J. Iglesias Janeiro – “La Cabala da Predicación”, pg
250/1).
Por esta pequena amostra pode-se ver o conteúdo esotérico do número 81 e as alturas a que podemos ser
levados na sua análise.

OBS.: No próximo número: “O nº 81 na História da Maçonaria; Por que a corda tem 81 nós?)).

N.: E.: Artigo inédito. Para maiores esclarecimentos, ler explicações na edição de nº 39.

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CURIOSIDADES
A CIDADE DE YORK E SUA IMPORTÂNCIA PARA A MAÇONARIA
(OU PORQUE USAMOS A EXPRESSÃO – MESMO QUE ERRADA – RITO DE YORK)

Ir.: Hércule Spoladore(*)

FATOS HISTÓRICOS

Antes de darmos início às discussões gostaria de esclarecer alguns pontos. Primeiro, o nome correto para o “Rito” que estamos
estudando é Ritual ou Trabalhos de Emulação. Se formos pesquisar no Grande Oriente da França encontraremos o termo Rito de
Emulação. Se procurarmos saber quais são os ritos aceitos pela Grande Loja da Inglaterra veremos o termo “Trabalhos de Emulação”.
Estes fatos podem ser facilmente verificados com uma simples consulta na home page (na Internet) das Potências citadas.O termo Rito
de York é utilizado para o Rito praticado no USA, Rito este baseado nos “Trabalhos de Emulação” mas em muito diferente.
O Rito de York também é conhecido por Rito Americano. Portanto, de agora em diante, acho que devemos tratar o Rito que praticamos,
pelo nome de “Trabalhos de Emulação”.
O que me levou a realizar este trabalho foi saber um pouco mais sobre a cidade e a região de York. Porque falamos tanto desse lugar?
Qual a sua importância para a história da Maçonaria? Afinal de contas, existem dois ritos que levam o nome de York.
De acordo com The Oxford Universal Dictionary Illustrated, York (ou Eoforwic, Everwik, Yerk, Eboracum) é o nome dado à capital da
região de Yorkshine. Yorkshine é a maior das províncias da Inglaterra. A cidade de York esta localizada a cerca de 250 km ao norte de
Londres às margens do rio Ouse e possui uma população aproximada de 100 mil habitantes. A importância de York remonta aos
tempos da Idade Média, e até o presente sendo que, até a metade do século XVIII, York pôde ser “considerada a capital do norte da
Inglaterra e a segunda cidade daquele país” (Oliynik, 1997). Conforme veremos adiante, esta cidade recebeu diferentes nomes em
diferentes épocas, nomes estes dados por seus invasores.
Como a maioria das cidades antigas, York atravessou períodos de prosperidade mas também épocas difíceis. Foi também palco de
guerras e de batalhas. A arquitetura da cidade sempre se destacou merecendo especial atenção a sua Catedral (Catedral de York) em
estilo gótico primitivo e que levou vários séculos para ser construída. Por fim, York foi famosa por abrigar um grande número de
confrarias de construtores, fato este muito significativo para a Maçonaria. De acordo com a home page oficial na Internet do Conselho
da Cidade de York, sua história pode ser dividida em diferentes períodos de acordo com os principais eventos lá ocorridos. O Irm.
Anatoli Oliynik, em seu livro “O Rito de York”, bem como outro autor profano, historiadores na sua maioria, também utiliza a mesma
sistemática para resumir a história de York.
Assim sendo, temos:
• York romana (Eboracum);
• York anglo-saxônica (Eoforwic);
• York viking (Jorvik);
• York normanda e medieval;
• Declínio de York;
• A guerra civil;
• York georgiana;
• A York atual

York romana (ou Eboracum):


Em 54 A .C. Júlio César invadiu a Bretanha. Apesar de alguns autores alegarem a existência de vestígios de ocupação em York
datados de 300 anos antes de Cristo, podemos afirmar que a fundação deu-se no ano de 71 D.C., quando Quintus Petillius Cerialis,
então governador romano da Bretanha, invadiu a Brigantia (Úmbria ou Br) e estabeleceu um acampamento na junção dos rios Ouse e
Foos. Este acampamento, com o passar do tempo, tornou-se numa fortaleza permanente, recebendo o nome de Eboracum ou
Eburacum. Tal afirmação é feita tomando-se por base diversos autores entre eles Oliynik (1997), Woodward (1964) e Millertt (1990).
Alguns autores maçônicos tendem a invocar que Eboracum foi fundada pelo colégio fabrorum romano (colégio de construtores
romanos). Todavia, conforme ressalta Millett (1990), Eboracum foi fundada inicialmente como um acampamento militar tornando-se
uma fortaleza. Sua localização foi cuidadosamente escolhida. Eboracum estava situada em uma zona neutra estrategicamente
localizada entre os territórios dos brigantes e o dos parisi. Esta localização estratégica faz sentindo pois permitia aos romanos vigiar
possíveis inimigos.
Woodward (1964) afirma que os romanos fundaram 4 colônias na região da Britânia: York (Eboracum), Lincoln, Colcherter e Gloucester.
Entende-se por colônia, o mais alto nível de cidade provincial, estabelecimento de legionários reformados. Cada uma das colônias
citadas anteriormente possuía seu magistrado e um senado de ex-magistrados regido diretamente por Roma. A organização tribal
nativa teve de se adaptar ao novo sistema de governo. Como vemos, a fundação de York obedeceu a critérios militares e seu
desenvolvimento seguiu os padrões romanos. Eboracum estava localizada exatamente no local onde hoje se localiza a atual York.
Eboracum chegou a ocupar uma área de 50 acres abrigando uma guarnição de 6 mil soldados romanos. Com o desenvolvimento
formou-se uma sociedade civil organizada, originando uma cidade de grande importância para o Império Romano.

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York anglo-saxônica (ou Eoforwic):
O domínio romano durou por aproximadamente 3 séculos e em 476, as legiões romanas foram servir na Gália, ocorrendo a
conseqüente desocupação. A região foi então colonizada pelos grupos germânicos anglo-saxões. Eboracum passou a ser chamada de
Eoforwic, principal cidade do reino independente da Northumbria. Um dos reis que governou Eoforwic foi Edwin, que se casou com uma
princesa cristã introduzindo o cristianismo nesta região. Posteriormente Edwin levou para Eoforwic um padre chamado Paulinus
(posteriormente bispo de York) e construiu a primeira igreja – que por sinal era de madeira (Oliynik, 1997). Eoforwic manteve a
hegemonia na Northumbria até o século VII quando foi invadida e devastada por vikings de origem dinamarquesa liderada por Ivar.

York viking (ou Jorvik):

Após a invasão viking, Eoforwic passou a se chamar Jorvik. Foi estabelecidas uma cultura agrícola relativamente pacífica e
Jorvik se tornou importante porto fluvial que integrava as rotas de comércio estabelecidas pelos vikings. Nesta época, os muros da
cidade foram estendidos e novas ruas foram criadas. A cidade prosperava.
Em 954 Eric Bloodaxe, último governador viking, foi expulso pelo rei Eadhed, unindo assim a Northumbria ao reino do sul. Durante os
anos de 1056 e 1066 a história da já então York, foi muito tumultuada: mudou-se de mãos diversas vezes, enfrentou uma rebelião local,
uma invasão norueguesa e finalmente a retomada pelo rei Harold II da Inglaterra (Batalha de Stanford Bridge) sendo que este rei foi
deposto 3 semanas depois em decorrência da invasão normanda comandada por Willian (Batalha de Hastings).

York normanda e medieval:

Em 1069 Willian foi para York onde, por motivos estratégicos visando a defesa da cidade, mandou construir dois castelos (de madeira)
no topo de duas colinas artificiais. De acordo com Oliynik (1997), os castelos não mais existem, mas ainda é possível de se visualizar
as duas colinas artificiais. Neste período a prosperidade e o crescimento de York foi grande.
A construção da catedral foi retomada e os muros de pedra e os portões foram construídos.
Nos 3 séculos que se sucederam York cresceu tornado-se a segunda cidade da Inglaterra.

O declínio de York:

Nos anos de 1400 York enfrentou uma séria crise industrial e comercial. Como conseqüência, a população sofreu uma grave
diminuição.
Para agravar a situação, em 1455 a população de York se engajou na Guerra das Rosas. Entende-se por Guerra das Rosas a disputa
que durou 30 anos entre Edmundo Beaufort (duque de Samerset – da casa de Lancaster) e Ricardo (3º duque deYork).
A guerra em si não provocou destruição em York, mas gerou conseqüências sérias. O rei Eduardo II não perdoou York pelas simpatias
lancastianas (Oliynik, 1997) e governou a cidade com mão de ferro.
York enfrentou também diversas epidemias.
Outro golpe para York foi a chamada Dissolução dos Mosteiros, em 1533 pelo rei Henrique VIII, que renunciou à igreja católica e se
auto proclamou como chefe da igreja na Inglaterra. “Todos os mosteiros foram suprimidos. Metade das casas da cidade, anteriormente
pertencentes às igrejas foram confiscadas pela Coroa e vendidas para os oficiais reais e mercadores de Londres” (Oliynik, 1997).
Numa tentativa de reverter a situação e valorizar a cidade de York , Henrique VIII fortalece o Conselho das Partes Nortistas sendo que
o mesmo passava a ter base em York.

A guerra civil:

Durante o reinado de Elizabeth I o Conselho das Partes Nortistas foi fortalecido e York voltou a prosperar. Tal fato teve continuidade
durante os reinados de James I e Charles I. Mesmo com a posterior extinção do Conselho pelo Parlamento, o rei Charles I montou a
corte no Solar do rei, instalou a Casa da Moeda em York e manteve a imprensa real no St.William´s College.
Todavia, em 1642, quando Charles I deixou York, a oposição parlamentar juntou força rompendo uma guerra civil. Deu-se então o
cerco de York por 40 mil homens do exército do Parlamento. Após batalhas, a cidade rendeu-se em julho de 1944 sendo então
parcialmente destruída.

York georgiana:
Após a remoção das tropas de York, a cidade foi gradualmente adquirindo seu ritmo normal. O comércio e a indústria estavam em
decadência, mas a cidade passou a ter importante papel cultural. York aos poucos voltava a ter prosperidade.

A York atual:
Com o advento da ferrovia York experimentou rápido crescimento. Atualmente o turismo é talvez a mais importante fonte de renda para
a cidade. York é atualmente um modelo seguido por diversas cidades no tocante a sua Universidade e ao seu Parque de Ciências.

A IMPORTÂNCIA DE YORK PARA A MAÇONARIA

A importância de York para a Maçonaria pode ser facilmente constatada. Vejamos:

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Antigüidade da Maçonaria em York:

Determinar com exatidão quando e onde nasceu a Maçonaria é tarefa muito difícil sendo alvo de intensas e apaixonadas discussões.
Alguns autores tendem a puxar as origens da nossa Ordem para tempos remotos (Antigo Egito e outras épocas, anteriores a Cristo).
Todavia, não podemos negar que a Maçonaria, como ela é atualmente, surgiu em 1717 na Inglaterra. Todavia, existem evidências da
existência de Lojas Maçônicas funcionado em Londres e York anterior ao famoso 1717. Acredita-se, por exemplo, que por volta de
1690 existia pelo menos uma Loja em York e sete em Londres. Sabe-se com certeza (Oliynik, 1997) que em 1705 existiam quatro Lojas
em Londres, uma em York outra em Scarbouough.
Sabe-se também da existência de outras lojas operativas em York entre os anos de1690 e 1700 sem nenhum rito e sem formalismo.
Alguns autores, conforme veremos a seguir, afirmam a Maçonaria já existia em York no ano de 926, quando o príncipe Edwin convocou
para ter lugar em York, uma reunião de todos os Maçons da Europa. Tal fato é muito discutido não sendo confirmando por autores
importantes.

A Lenda de York:

Uma lenda, como o próprio nome está dizendo, não tem obrigação de ser verdade. Uma lenda é uma lenda e não um fato.
Apesar da Lenda de York aparecer com certa freqüência na literatura, mesmo na do século XIX, o fato que ela narra não pode ser
comprovado.
Diferentes autores, alguns muito bem conceituados, versam a respeito da lenda. Como exemplo citamos autor, obra e ano:
• J. G. Findel; História da franco-maçonaria 1861
• A Grande História da franco-maçonaria
• Gould; História Concisa 1836 - 1915
• Albert G. Mackey; A História da franco-maçonaria 1807 - 1903
• W. J. Hughan; História de franco-maçonaria em York -----
• F. A . Woodford; Conexão de York / franco-maçonaria na Inglaterra -----
De acordo com a Lenda, em 926 d . C., em York, durante o domínio do rei Athelstan, ocorreu o primeiro congresso maçônico
convocado pelo príncipe Edwin. Durante este encontro, Edwin teria sido eleito chefe da Ordem; e os Maçons dele receberam diplomas,
certificados e patentes.
A lenda é rica em detalhes. De acordo com a mesma, em 926, em quase todas as cidades da Inglaterra existiam Lojas Maçônicas.
Mesmo com a uniformidade entre as leis e princípios, elas mantinham pouco contato entre si.
O rei Athelstan, arquiteto e “educado pelos sacerdotes-arquitetos, antes de ser elevado ao trono, fez educar nessa arte o segundo de
seus filhos, o príncipe Edwin, para nomeá-lo, depois, chefe ou Grão-Mestre da Confraria.
O príncipe Edwin, desejoso de reconduzir a Confraria – de acordo com as antigas Leis e Costumes – a reconquistar o seu lugar, isto
em 926, quando ocorreu a famosa reunião de todos os maçons da Europa, convocou todos os Maçons de seu reino para uma reunião
em York, solicitando que trouxessem todos os documentos sobre a sociedade salvos da destruição” (Oliynik, 1997).
Ainda durante a reunião teria sido escrita a “Carta de York” ou “Constituição de York”, um dos documentos mais antigos da Maçonaria e
no qual as primeiras constituições foram baseadas.
Os historiadores negam tal evento por um motivo simples: não conseguem comprovar a existência do príncipe Edwin na época citada.
Acredita-se que exista uma confusão entre com o Edwin, rei na Northumbria que viveu de 568 a 623, ou seja, 300 anos antes.
A constituição de York

De acordo com a Lenda de York, este documento foi elaborado durante a referida reunião dos Maçons em 926. Segundo o Irm.: Oliynik
(1997), em 1807 a constituição teria sido traduzida do latim para o inglês e, em 1808, do latim para o alemão pelo Irm. Schneider e
publicada pelo editor e Irm. Krause (o documento também ficou conhecido como “manuscrito de Krause”).
A Constituição de York se compõe de três partes:
• Preâmbulo;
• História da Arte de Construir (• No exterior; • No interior da Inglaterra);
• Estatutos particulares.

Vinha a seguir um histórico da arte de construir na Inglaterra e no exterior e depois vinham as obrigações conforme texto abaixo.

As guildas:

York sempre foi famosa por abrigar guildas, confrarias e associações operárias.Como sabemos, estes estão intimamente relacionados
com a origem da Maçonaria moderna.
Uma guilda pode ser definida como sendo uma associação de caráter solene ou um grupo de pessoas que se reúnem com um
determinado fim comum. São estabelecidas confrarias ligadas por algum tipo de juramento e expressam a vinculação entre si por meio
de formas rituais de comer e beber.
Na coleção “História da vida privada”, organizada por Paul Veyne, as guildas são assim tratadas, tendo por base documentos do clero
medieval: “ mais bem conhecidas são essas comunidades que o clero denuncia sob o nome de “conjurações” e outros chamam de
“guildas” .

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Homens de toda a espécie – camponeses, artesãos e, sobretudo, comerciantes – juram uns aos outros, de igual para igual, manter-se
juntos custasse o que custasse. Tais juramentos ocorriam em 26 de dezembro, dia do festim do deus pagão Jul quando podiam aliar-se
com os espíritos dos mortos e com os demônios que subiam à superfície.
Os futuros confrades preparavam então gigantescos banquetes onde todos se empanturravam até vomitar e bebiam até alcançar o
estado no qual, mediante perturbação de todos os sentidos, podiam entrar em comunhão com as forças sobrenaturais”.
Todavia, de acordo com o mesmo autor, as guildas eram verdadeiras organizações de autodefesa executando papel fundamental na
luta contra piratas e invasores (como os vikings).
O nome guilda deriva do inglês arcaico geld = pagamento, jóia que cada confrade tinha de depositar para entrar na organização, sendo
este pagamento uma constante em todas as guildas.
As guildas mais antigas eram provavelmente festins sacrificiais pagãos sendo, posteriormente, a carne e o sangue de uma vítima
substituídos pela cerveja e pela comida de um banquete. Com o tempo surgiram guildas com diferentes propósitos. As guildas clericais
surgiram precocemente e com diferentes finalidades. Talvez a finalidade mais importante de uma guilda clerical era a construção de
igrejas.
Existiam ainda as guildas mercantis que apareceram com a intensificação da vida urbana e, conseqüentemente, das ralações
comerciais.
Um outro tipo de guilda, são aquelas que desempenharam papel importante nos assuntos cívicos.
Existiam também as guildas urbanas, relacionadas com as artes e ofícios.
O sistema corporativo das guildas entrou em declínio no século XVI devido a uma série de fatores, dentre eles mudanças nas
condições de trabalho e mudanças nas rotas comerciais. Nesta mesma época deu-se início a Maçonaria especulativa.
Ressaltamos ainda que não podemos confundir as guildas com as associações operárias as quais geralmente possuem 3 graus
(aprendiz, companheiro e mestre) e também surgiram a partir do século XVI.

A Grande Loja de York e o conflito entre os “antigos” e os “modernos”:


O Rito Emulação, apesar de alguns autores afirmarem diferente (por exemplo, o Irm. Astaphai afirma que o presente Rito foi “inventado”
na Escócia em 1777 pelos Jesuítas; o Irm.: Oliynik, 1997, afirma que o Rito de Emulação surgiu a partir da Lenda de York), nasceu a
partir da fusão entre a Grande Loja de Londres e os Antigos Maçons de York.
Sua criação pode ser assim entendida: no século XVIII a Maçonaria na Inglaterra enfrentava sérios problemas internos estando em
franca decadência. Estes problemas se originaram porque a Grande Loja de Londres, constituída originalmente por quatro Oficinas teve
influência muito limitada. As outras Lojas existentes na Inglaterra continuavam a respeitar as antigas obrigações e respeitavam o
princípio das Lojas “livres”, isto é, não se agrupavam em nenhuma organização/ obediência (Irm.:Naudon, 1968).
O centro da resistência era a velha Loja de York. Surgiu então o movimento dos antigos Maçons que criaram, para brigar em condições
semelhantes, a mui Antiga e Ilustre Sociedade dos Maçons Livres e Aceitos ou a Grande Loja dos Maçons Francos e Aceitos,
posteriormente transformada na Grande Loja de York, a qual se opunha a Grande Loja de Londres.
A Grande Loja de Londres se autodenomina de Grande Loja da Inglaterra. Por sua vez a Grande Loja de York se denominou de a
Grande Loja de Toda a Inglaterra.
Os Maçons da Grande Loja de York eram conhecidos por antigos.
Os Maçons pertencentes a Grande Loja da Inglaterra eram chamados de modernos.
Os principais pontos de discórdia, eram:
• omissão das preces;
• transposição dos modos de reconhecimento no 1° e 2° Graus;
• descristianização do ritual, provocado pelas Constituições de Anderson;
• ignorância e negligência dos dias santos (realização de posses e de festas em dias que não eram os de São João);
• omissão da preparação do candidato segundo os costumes;
• abreviação no Ritual;
• negligência das instruções inerentes a cada grau;
• cessação da leitura dos antigos deveres nas iniciações;
• eliminação da Espada na Cerimônia de Iniciação;
• desuso da cerimônia de Instalação de Venerável;
• afastamento do antigo método de arrumar a Loja;
• Ignorar os Diáconos;
Essa situação dura quase sessenta anos - até 1813. Foi quando o Duque de Sussex torna-se Grão-Mestre dos “Modernos” e seu irmão
de sangue, o Duque de Kent, Grão-Mestre dos “Antigos”. Nesta época, as duas Grandes Lojas, cuja rivalidade perdera o objetivo
doutrinário, reconciliaram-se e fundiram-se. Em 27/12/1813, realizou-se um ato solene de reunião das duas Grandes Lojas. Este ato
ratificou um acordo prévio firmado em 25/11/1813.
A nova Potência passou a se chamar de Grande Loja Unida da Inglaterra ou Grande Loja Unida dos Antigos Franco-Maçons da
Inglaterra.
Em 1815 foram publicas as Constituições da nova Potência. A Grande Loja Unida da Inglaterra decidiu também trabalhar no Rito dos
Antigos, que haviam adquirido o hábito de chamar-se de Maçons de York, donde surgiu o nome errôneo de Rito de York.
Buscava-se com isso a harmonização dos Rituais, posto que até então ainda existiam diferenças locais, ocasionando variações de
Ritos (Rito de Logic, Bristol, West End etc).
Surgiu então o Ritual de Emulação.

OBS: Catalogado nos “Arquivos do Coré”.


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NOTÍCIA RELEVANTE
Perdão aos Templários
Um velho pergaminho revela que o fim dos míticos cavaleiros foi fruto não da heresia, mas da conspiração.__
Por : Sérgio Martins

Fundada em 1119, em Jerusalém, para proteger os cruzados que combatiam os infiéis na Terra Santa, a ordem
religioso-militar dos templários virou matéria-prima de inesgotáveis lendas e especulações – do romance “O Pêndulo de
Foucault”, em que o escritor Umberto Eco a associa a mistérios mirabolantes, a “O Código Da Vinci”, em que os
remanescentes desses cavaleiros aparecem como os guardiões do segredo sobre a descendência de Cristo. Na semana
passada, com o aval do Vaticano, um documento de 700 anos ganhou edição limitada e, segundo historiadores, deve
lançar uma luz mais clara sobre a dissolução da ordem, no início do século XIV, em meio a suspeitas de heresia e
imoralidade. O volume Processus contra Templários – mais conhecido como "Pergaminho de Chinon" –, encontrado em
2001 nos arquivos secretos do Vaticano, detalha todo o julgamento movido pelo papa Clemente V contra a ordem. A
surpresa: de acordo com esse registro, o pontífice absolveu a ordem da acusação de heresia. Achou-a culpada apenas de
"imoralidade", e pretendia reformá-la. Ainda assim, ela foi proscrita e seus líderes arderam na fogueira.
Um dos mitos sobre os templários é que eles ainda existem, na forma de sociedades secretas. A visão que o
pergaminho proporciona sobre seu desmantelamento, porém, é essencialmente política. Desde sua formação, os
cavaleiros – que usavam aparatos militares e uma túnica branca estampada com uma grande cruz vermelha – haviam se
revelado peritos em concentrar influência e fortuna. Além de atuarem como um poder à parte, em condição de competir
com a Igreja e os estados medievais, criaram um sistema bancário e passaram a financiar guerras por toda a Europa. É
previsível, portanto, que logo se tenham tornado alvo de hostilidades, e que mais cedo ou mais tarde seus inimigos tenham
tratado de orquestrar sua aniquilação.
Essa situação atingiu seu auge no início do século XIV, quando o rei da França aprisionou o grão-mestre Jacques
de Molay e outros líderes dos cavaleiros no castelo de Chinon, no Vale do Loire. O tribunal julgou-os por um rosário de
acusações, que iam de cuspir na cruz a impropriedades sexuais. Até onde se sabia, as acusações haviam sido aceitas. O
pergaminho encontrado pela pesquisadora Barbara Frale mostra um cenário diferente: Clemente V rechaçou as denúncias
mais graves – mas não teve força para manter a existência da ordem. Esse era o momento em que o poder papal estava
se deslocando para a França, no ciclo que viria a ser conhecido como o dos "papas de Avignon", e prevaleceu a pressão
do rei francês e seus aliados. De Molay e seus companheiros foram queimados como hereges, saindo da história e
passando à lenda.
Para os curiosos sobre os mistérios dos templários, uma má notícia: o documento que afinal os exonera não se
destina ao público em geral. Foram feitas apenas 800 cópias dele, em pergaminho sintético, com uma réplica do selo papal
e anotações dos especialistas. Uma será entregue ao papa Bento XVI. As outras 799 estão já quase todas prometidas para
bibliotecas e centros de pesquisa, ao preço de 8.375 dólares por unidade.

(*)Fontes: Revista Veja de 31/10/2007 e Site da REDE COLMÉIA

Carlos Alberto dos Santos


Editor
__._,_.___

RUA JONAS GARCIA, 161 CENTRO – CABO FRIO

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PARA PENSAR
A LOJA IDEAL E A LOJA REAL

A Loja ideal, traçada nos Rituais, é uma Loja unida, onde todos vivem em união, compartilhando seus ideais,
onde ninguém critica ninguém, e todos trabalham procurando levar os princípios maçônicos ao maior número possível
de pessoas. A Loja ideal é atuante por parte de todos os seus membros, não havendo ninguém ocioso ou preferindo a
neutralidade ou isentando-se de responsabilidade. Todos fazem, trabalham e não dão trabalho. Ela é aquela onde todos
estão conscientes de suas obrigações e com elevado desenvolvimento espiritual, não havendo lugar para rancor, ódio,
raiz de amargura, inveja, ciúmes, angústia, depressão, desrespeito etc. Nela existe uma liderança participativa, atuante,
amiga e transmissora de poder. Mas há a Loja real, a Loja do estatuto, a Loja visível, palpável, onde vivemos, sentimos,
percebemos e amamos.
A Loja real, por sua vez, é composta de pessoas com pensamentos profanos, ainda ligados a vícios e
preconceitos, agindo egoisticamente, precisando de auxílio, de libertação. Nela há críticas, discórdias, entre tantos outros
tratamentos mesquinhos, eivados de erro, vício e ignorância.
Há pessoas que só querem receber, mas nunca dão, nunca compartilham. Pessoas que se esquecem
facilmente dos ensinamentos recebidos, ficando apenas em sua lembrança o que não foi feito, ignorando tudo que foi
realizado e os esforços para sua consecução.
Mas esta é a Loja do nosso dia-a-dia. Esta é a Loja real, sem utopias, quimeras. É esta a Loja que está sendo
lapidada, moldada, restaurada, renovada, revigorada a cada dia. É esta a Loja que devemos amar, honrar, vestir a sua
camisa, gastar nosso tempo e nossos talentos, nossa vida, tudo quanto temos e somos para transformá-la à Glória do
Grande Arquiteto do Universo.
Devemos trabalhar nela amando-a e respeitando-a apesar de suas falhas, pois ninguém é perfeito; não há lares
perfeitos, famílias perfeitas, Lojas perfeitas, nem líderes perfeitos; há sim, pessoas em busca da perfeição, que estão se
aperfeiçoando a cada dia, que estão incessantemente procurando a Verdade, mas que ainda não alcançaram seu perfeito
objetivo.
Esperamos que essas palavras sirvam para nos ensinar a amar mais a Nossa Loja, tolerando e trabalhando com
muito amor e sem críticas aqueles que carecem de nosso auxílio, para conquistarmos a Loja dos nossos sonhos, dos
nossos projetos. Por isso ela precisa de nós, de nossa colaboração, aceitação, amor, tolerância e, principalmente, do
nosso poder de realização.

N.:E.: Extraído do Boletim nº 2 - marco/abril de 2002 – do Colégio de Estudos do Rito Schroder - Florianópolis - SC.

CONTRIBUIÇÃO
Ir∴ Miguel Fernando Rovesta
N∴I∴Harvey Spencer Lewis

___

CLÍNICO E CARDIOLOGISTA

ANUNCIE
AQUI Dr. Renato Figueiredo de Oliveira
CRM 52 / 02130-7

Horário de Atendimento – 15 horas


Marcar consulta a partir de 14 horas pelo telefone
(22) 2643.3741

Consultório:
Rua Silva Jardim, 78 Centro - Cabo Frio - RJ

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GRANDE DICIONÁRIO ENC. DE BIBLIOTECA
A TORRE DA IDÉIA
MAÇONARIA E SIMBOLOGIA Valfredo Melo e Souza

NICOLA ASLAN

ESCUDO DE DAVI– Símbolo formado por dois


triângulos eqüiláteros opostos pela base e entrelaçados.
Representam, em Maçonaria, o Hexagrama, tendo-se
adotado a denominação de Selo de Salomão, por ter
ela prevalecido nas obras cabalísticas. Este mesmo
símbolo é conhecido entre os judeus sob o nome de
Escudo de Davi, sendo considerado como um poderoso
talismã.
• Disse Mackey: dois triângulos entrelaçados, Mais uma vez o nosso Irmão e Confrade VALFREDO
mais geralmente conhecido como Selo de MELO E SOUZA nos brinda com mais um excelente
Salomão, e considerado pelos antigos judeus trabalho, porquanto – já o dissemos no artigo anterior -
como um talismã de grande eficácia. Por ter parece que a sua missão terrena é escrever e muito.
sido o escudo uma proteção durante as Neste trabalho , em que ele também reproduz muitos dos
batalhas, os hebreus usaram a mesma palavra seus “Tijolos” (*se você não sabe, trata-se do boletim
Magem (mem, ghimel, nun), para significar ao informativo quinzenal editado por ele, que já passa dos
mesmo tempo um escudo e um talismã. trezentos números publicados), de forma tal que o livro
• Disse Gaffarel, em suas “Curiosidades torna-se uma excelente fonte de consulta para todos os
Inauditae”: “A palavra Maghen significa um maçons (e não-maçons, também), principalmente para
escudo, ou qualquer outra coisa com pequenas palestras, instruções dos nossos Q.:H.:EE.:,
caracteres hebraicos inscritos, a virtude dos base de pesquisas para Instituições, Academias e Lojas
quais é igual a de um escudo.... A forma mais de Pesquisas Maçônicas.
usual do Escudo de Davi era a de colocar no A “Torre da Idéia” é construída tijolo por tijolo e se você
centro dos dois triângulos, e nos pontos de quer conhecer melhor esta torre, comece lendo o artigo
intersecção, a palavra hebraica AGLA, “Egrégora – Centro da Idéia” à página 205 do livro.
composta das iniciais das palavras da A seguir, destacamos alguns dos tópicos abordados, para
sentença: Atah Gibor Lolam Adonai (Tua despertar o seu interesse, caro leitor:
força repousa no Deus eterno)”. • A Prancha de Traçar
• Disse Jules Boucher: “É preciso toda a tolice e • Cátaros- Mártires do Puro Amor
o antimaçonismo furioso de um Paul Rosen • Egito Antigo (diversos enfoques)
para dizer que ‘a Estrela Flamejante, ou o Selo • O Tradutor da Bíblia
de Salomão (?) é o emblema criador por • Opus Dei – Braço Secreto do Vaticano
excelência’. • Rosas de Maio
De fato, Paul Rosen confunde o Pentagrama - Estrela • São Tomás Morus – Patrono dos Estadistas
Flamejante - com o Hexagrama – Selo de Salomão, • Zelotes e Talibãs
aproveitando a oportunidade para uma sugestiva • A Cripta do Ateísmo
descrição dos sexos “para que o leitor fique bem • Kharma e Dharma
convencido que a Maçonaria oculta mistérios sexuais • Nietzsche e o Rito Francês
vergonhosos”. Não obstante, cabalisticamente, o Selo • O Apocalipse de João
de Salomão representa o duplo sexo do Criador
• Etc
hebraico Ele-Ela, contido no Tetragramaton IHVH, HO-
Para pedidos, faça contato com o autor pelo e-mail:
HI, ou outras formas gráficas que simbolizam a
valfredosouza@ig.com.br
Divindade que contém em si mesma a energia
geradora e prolífica da criação. Brasília (DF), junho de 2007

Carlos Alberto dos Santos

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polindo a pedra bruta
ESTE, o maior desafio

Admitindo-se como premissa verdadeira a evidente existência de MISTÉRIOS que


envolvem a nossa compreensão da vida e que podem ser clareados pela LUZ que busca o
INICIADO;
Admitindo-se também que para a busca de algo que logicamente é DESCONHECIDO,
envolto em trevas, faz-se mister o exercício pleno da LIBERDADE;
Que a abertura dos olhos para ver é um ato que pertence exclusivamente ao INDIVÍDUO;

Como forjar um organismo coordenador que atenda a essas EXIGÊNCIAS


INICIÁTICAS???

Renato Figueiredo de Oliveira (*Membro da ARLS e de Instrução RENASCIMENTO Nº 08)..

PÍLULAS MAÇÔNICAS
VELAS

• Em qualquer cerimônia maçônica, as velas somente poderão ser apagadas com o abafador; jamais com
sopro ou com os dedos;
• Nos Ritos em que não haja um ritual específico para o acendimento das velas, estas são acesas pelo Ir.:
M.: de Ccer.:, obedecendo ordens do V.:M.: que, após acender a do seu altar, solicita-lhe que com esta luz
(da Sabedoria) vá iluminar também os altares das outras luzes da Loja (1º e 2º Vvig.:). O acendimento das
três velas do Altar dos JJur.: é feito igualmente pelo M.: de CCer.: antes da abertura dos trabalhos.
• Nas Lojas iluminadas com luz de energia elétrica, o acendimento nos altares é feito pelos respectivos
ocupantes dos mesmos.

Colaboração do Ir.: ANTHERO BARRADAS/ M.:M.(*)


(*) Membro da ARLS E DE INSTRUÇÃO RENASCIMENTO N º 08

Nota do Editor: “In Memoriam”

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HISTÓRIA PURA
O MAIS ANTIGO DOCUMENTO DA MAÇONARIA OPERATIVA

O Poema Regius, de 1390 d.C., é o mais antigo documento maçonico conhecido ???? Não, nada disso.
O mais antigo documento da Maçonaria Operativa não é inglês, mas sim italiano, da Emilia Romagna e é datado do ano de 1248 d.C. É
a verdadeira certidão de nascimento da Maçonaria Operativa. Foi redigido em Latim. O original encontra-se no Arquivo de Estado da
cidade de Bologna.
Intitula-se:
STATUTA ET ORDINAMENTA SOCIETATIS MAGISTRORUM TAPIA ET LIGNAMIIS
Este documento mostra-nos que em 1248 d.C., há 757 anos atrás, a Maçonaria era caracterizada por:
Ser composta só por homens. Ser formada por Mestres e Aprendizes (não havia Companheiros). Admitia membros não operativos
nobres, tabeliões e frades). O tempo de aprendizagem era de cinco anos. Na admissão o candidato prestava juramento (primeiro artigo
dos estatutos). As reuniões eram registradas em Acta. Pagava-se uma mensalidade e uma taxa de admissão, exceção feita para os
filhos dos mestres.
A sociedade dos Mestres Maçons tinha um secretário, comissão de finanças e um hospitaleiro.
A postura e o uso da palavra eram disciplinadas durante as reuniões. Os dirigentes eram eleitos com mandato para período
determinado. Havia sessão de Pompas Fúnebres quando falecia um dos membros.
A Sociedade não era só católica; como era protegida pela Igreja, as reuniões eram realizadas na então catedral, a igreja de São Pedro
(atualmente a catedral de Bolonha é outra, dedicada a São Petrônio) ou na casa do Bispo.
São 61 artigos do mais puro espírito Maçônico.
EIS O SEU TEXTO QUE DISPONIBILIZAMOS NO SITE DA GRANDE LOJA NACIONAL PORTUGUESA, traduzido para António
Fadista (Brasil):
Na cidade de Bolonha – Itália, em 1248 Ano Domini, há portanto 757 anos atrás - foi redigido o primeiro documento maçônico
conhecido. O "Statuta Ordinamenta Societatis Magistrorum Tapia et Lignamiis" ou "Carta de Bolonha", foi redigido originariamente em
latim por um notário, por ordem do Magistrado (Prefeito) da cidade de Bolonha, Bonifacii De Cario, no dia 8 de agosto de 1248.
Atualmente, este documento faz parte do acervo do Arquivo de Estado da Cidade de Bolonha.
Tão importante documento foi incompreensivelmente ignorado pelos estudiosos da história da Maçonaria – por mais que as causas de
seu esquecimento sejam óbvias, dado o empenho generalizado de ressaltar somente as origens inglesas da Maçonaria, apesar do
documento ter sido publicado por A. Gaudenzi em 1899 no nº 21 do Boletim do Instituto Histórico Italiano, sob o título "As Sociedades
das Artes de Bolonha" seus Estatutos e seus Membros.
O arquivo que corresponde à "Carta de Bolonha" é integrado por documentos datados de 1254 e de 1256 e foi reproduzido
integralmente e com fotografias do original em um livro intitulado "Em Bolonha, Arte e Sociedade, desde suas Origens até ao Século
XVIII", publicado em 1981 pelo Collegio dei Costruttori Edili di Bologna.
Consciente da importância maçônica de tal documento, o Irmão Eugenio Bonvicini o publicou em 1982 juntamente com um Ensaio de
sua autoria, apresentado oficialmente no "Congresso Nacional dos Sublimes Areópagos da Itália do Rito Escocês Antigo e Aceito"
reunido naquele ano em Bolonha.
A Revista Pentalfa, de Florença, publicou um resumo do trabalho do Irmão Bonvicini em 1984. Este trabalho também foi reproduzido
por Carlo Manelli sob o título "Maçonaria em Bolonha" (Editorial Atanor, Roma, 1986). Eugenio Bonvicini também voltaria a publicar o
mesmo trabalho, sob o título "Maçonaria do Rito Escocês" (Editorial Atanor, Roma, 1988).
Indubitavelmente, a "Carta de Bolonha" é o mais antigo de todos o documentos maçônicos (original) sobre a Maçonaria Operativa. É
anterior, em 142 anos, ao "Poema Regius" (1390); 182 anos em relação ao Manuscrito Cooke (1430 / 40); 219 anos em relação ao
"Édito de Estrasburgo" reconhecido pelo Congresso Ratisbona em 1459 e autorizado pelo imperador Maximiliano em 1488; e antecede
em 59 anos o "Preambolo Veneziano dei Taiapiera" (1307).
O conhecido historiador espanhol, especializado em Maçonaria, padre Ferrer Benimeli, em seu comentário sobre a "Carta de Bolonha"
diz (traduzido do Italiano): "Tanto pelo aspecto jurídico, quanto pelo aspecto simbólico e representativo, o Estatuto de Bolonha de 1248
com os documentos a ele anexados nos põem em contato com uma experiência construtiva que não era conhecida e que interessa à
historiografia internacional moderna, sobretudo à Maçonaria porque o situa, por sua cronologia e importância, até agora desconhecida,
à altura do "Poema Regius" inglês, em relação ao qual é muito mais antigo e que até agora era considerado o trabalho mais antigo e
mais importante da Maçonaria".
A "Carta de Bolonha" confirma o texto das Constituições de Anderson de 1723. Anderson declarou na ocasião tê-las redigido depois de
consultar antigos documentos e regulamentos da Maçonaria Operativa da Itália, Escócia e de muitos lugares da Inglaterra. Revisando o
texto do "Statuta et Ordinamenta Societatis Magistrorum Tapia et Lignamiis" não resta a menor duvida de que este foi um dos estatutos
e regulamentos consultados por Anderson.
Os estatutos de 1248 foram continuados pelos de 1254/1256, publicados em 1262, 1335 e 1336. Este último vigorou inalterado até
1797 na "Società dei Maestri Muratori" (Sociedade dos Mestres Maçons) quando foi dissolvida por Napoleão Bonaparte.
Em 1257 foi feita, de comum acordo, a separação entre os Mestres Maçons e os Mestres Carpinteiros, até então uma única Corporação
de Ofício que, embora separados em suas respectivas Assembléias, eram governados pelos mesmos dirigentes.
No mesmo "Arquivo de Estado de Bolonha" existe uma relação dos membros da Sociedade, datada de 1272 e ligada à "Carta de
Bolonha" e que contém 371 de nomes de Mestres Maçons (Maestri Muratori), entre eles, 2 tabeliães, 2 frades e 6 nobres.
Statuta et Ordinamenta Societatis Magistrorum Tapia et Lignamiis Carta de Bolonha, 1248 e.·. v.·.Em nome do Pai, do Filho e do
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Espírito Santo. Amém. Ano do Senhor de 1248. Estatutos e Regulamentos dos Mestres Maçons e dos Mestres Carpinteiros
Abaixo estão os Estatutos e Regulamentos da Sociedade dos Mestres Maçons e dos Mestres Carpinteiros, feitos em honra de Deus, de
Nosso Senhor Jesus Cristo, da Virgem Maria e de todos os Santos, para honra e felicidade da cidade de Bolonha e da sociedade dos
ditos Mestres, em respeito aos atuais e futuros dirigentes da cidade de Bolonha, e sob os Estatutos e Regulamentos atuais e futuros da
comuna de Bolonha. E que todos os Estatutos abaixo entrem em vigor a partir de hoje, oitavo dia do mês de agosto de 1248.

I - O Juramento dos Mestres: Nós, Mestre Maçom ou Mestre Carpinteiro, pertencente à Sociedade dos ditos Mestres, juro, em honra de
nosso Senhor Jesus Cristo, da Virgem Maria e de todos os santos, e em honra aos dirigentes atuais e futuros e para a felicidade da
cidade de Bolonha, aceitar e obedecer as ordens do Magistrado e de todos os que governem a cidade de Bolonha, aceitar e obedecer
todas e cada uma das ordens que me derem o presidente e os oficiais da sociedade dos mestres maçons e carpinteiros, em honra e
pelo bom nome da sociedade, e conservar e manter em bom lugar a sociedade e os seus membros, e manter e conservar os estatutos
e regulamentos da tal sociedade como eles foram feitos, tanto agora quanto no futuro, em tudo obedecendo os estatutos e
regulamentos da comuna de Bolonha, ficando determinado que a tudo isso fico obrigado com a entrada para a sociedade, ficando livre
dessas obrigações somente no caso de vir a ser excluído (da mesma sociedade). E se um dia vier a ser convocado para dirigir a
sociedade não o recusarei, mas ao contrário aceitarei o encargo e em consciência dirigirei e preservarei a sociedade e os seus
membros. E distribuirei eqüitativamente as tarefas entre os sócios da sociedade de acordo com o que eu e o Conselho de Mestres
julguemos mais conveniente. E que aplicarei as penas previstas nos estatutos da sociedade e, na ausência de regras estatutárias,
aplicarei as penas determinadas pelo conselho de Mestres. E todas as sanções que inflija, qualquer que seja o motivo, as farei escrever
em um livro e as transmitirei e as darei ao futuro presidente da sociedade. E as sanções, os fundos os bens e os estatutos da
sociedade, bem como todos os seus livros e anotações os transmitirei ao meu sucessor na Assembléia da Sociedade que o eleja, de
acordo com os estatutos, sob pena de uma multa de vinte salários bolonheses. E os inspetores de contas (comissão de finanças) estão
obrigados a controlá-las e a dar o seu parecer durante a Assembléia da Sociedade, a menos que a isto os impeça decisão unânime ou
por maioria do conselho da Sociedade, ou ainda desde que exista uma boa razão para tal impedimento. E se, como oficial, desejo
impor qualquer contribuição para o sustento da Sociedade explicarei, em primeiro lugar, as minhas razões ao Conselho, que se
pronunciará, por unanimidade ou por maioria.

II - Das injúrias contra os oficiais ou contra o Presidente: Estatuímos e ordenamos que, se algum dos membros da sociedade proferir
injúrias contra os oficiais ou o presidente, ou ainda contra o secretário, ou se os acusa de mentir, seja o mesmo punido com o
pagamento de dez salários bolonheses.

III - Das sanções para os membros que não compareçam às reuniões da Sociedade: Estatuímos e ordenamos que todo o membro da
Sociedade, convocado pelos oficiais ou pelo presidente para comparecer à Assembléia que congrega a sociedade é obrigado a
comparecer, sempre que isto lhe seja pedido ou ordenado, sob pena de multa de seis denários. Ainda que não seja convocado, cada
membro se obriga a comparecer à reunião no penúltimo domingo de cada mês, sem convocatória, de boa fé, sem engano e sem
fraude. A isto ele está obrigado por juramento. Do mesmo modo, nenhum membro se pode retirar da reunião sem a autorização dos
oficiais e do presidente, sob pena de multa de doze denários bolonheses. A não ser que, em ambos os casos, tenha acontecido um
impedimento real, que esteja doente ou em viagem a serviço fora da comuna de Bolonha, em cujos casos poderá invocar como
desculpa o juramento de obrigação de serviço. Se for encontrado em falta e se a sua desculpa for enganosa, que seja punido com uma
multa de doze denários bolonheses.

IV - Da eleição dos Oficiais, do Presidente e das reuniões da Sociedade: Fica determinado que uma sociedade de mestres maçons e
carpinteiros é obrigada a ter oito oficiais, como também dois presidentes, um para cada Ofício da sociedade; e devem ser repartidos
eqüitativamente pelos bairros, e eleitos por listas na assembléia da sociedade, de modo que em cada bairro haja dois Oficiais, sendo
um para cada arte. E que o mandato do presidente e dos oficiais seja de seis meses, sem direito a reeleição. E que providenciem para
que a sociedade se reúna e se congregue no segundo domingo de cada mês, sob pena de multa de três salários bolonheses todas as
vezes que não cumprirem esta norma estatutária, a menos que estejam impedidos por razões de força maior. Acrescentamos que o
filho de um Mestre não poderá constar de uma lista eleitoral se for menor de quatorze anos. Por outro lado, o seu pai não é obrigado a
introduzi-lo na Sociedade se ele não tiver ainda aquela idade. E que nenhum Mestre aceite nenhum aprendiz que não tenha, pelo
menos, doze anos de idade, sob pena de multa de vinte salários, sendo nulo o contrato que não observar a idade mínima do aprendiz.

V- A ilegibilidade do filho ou do irmão do eleitor : Fica determinado que não pode ser eleito Presidente ou Oficial da Sociedade o irmão
ou o filho do votante, e que será anulado o voto dado nestas condições.

VI- Da obediência dos Mestres aos Oficiais e ao Presidente: Estatuímos e ordenamos que se algum membro da sociedade deve a
outro mestre uma soma de dinheiro por causa do seu ofício, ou se um mestre, que os mestres que têm diferenças entre eles estejam
sujeitos aos preceitos que os Oficiais Maçons e Carpinteiros estabeleçam entre ambos, sob pena de multa de dez salários bolonheses.

VII- Como e de que modo os Mestres entram na Sociedade e quanto eles devem pagar pela sua admissão: Fica estipulado que os
Mestres Maçons e Carpinteiros que desejem ser admitidos na Sociedade paguem uma taxa de dez salários de Bolonha, se forem
moradores da cidade ou do condado de Bolonha; se não forem nem da cidade nem do condado de Bolonha, deverão pagar vinte
salários bolonheses. E que todos os membros atuem de modo a que todos os Mestres sejam admitidos na Sociedade. E que esta
prescrição seja irrevogável, e que ninguém seja isento de nenhum modo, salvo se ao menos a décima parte da sociedade decidir em
contrário, ou ainda que o candidato seja filho de um membro da sociedade, que neste caso ficará isento de pagamento da taxa de
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admissão. E se o Presidente ou os Oficiais apóiam na reunião alguém a quem desejam isentar da taxa de dez ou vinte salários, que ele
ou eles sejam penalizados em dez salários, que irão para o caixa da Sociedade. Se algum outro membro da Sociedade ou do Conselho
usar da palavra para defender a isenção da taxa para qualquer candidato, deverá ser penalizado com cinco salários bolonheses. E se
algum Mestre tem filhos que durante anos tenham aprendido as artes com seu pai, então seu pai deve providenciar a sua entrada para
a Sociedade, isento de taxa de admissão, conforme já mencionado acima. Se não providenciar a entrada dos filhos para a Sociedade, o
Mestre será penalizado em vinte salários, além de continuar obrigado a trazer os filhos para a Sociedade. O presidente e os oficiais são
responsáveis por todos os valores devidos pelos candidatos admitidos na Sociedade, além dos quatro denários para as missas e das
multas aplicadas durante o seu mandato. E que os candidatos prestem juramento ao serem admitidos na Sociedade. E que o
presidente deverá providenciar para que cada candidato admitido pague, em menos de trinta dias os dez salários, se for da cidade ou
do condado de Bolonha, ou vinte salários se for de outra localidade. E se o presidente e os oficiais não receberem e recolherem estes
valores ao caixa da Sociedade devem fazê-lo com dinheiro do próprio bolso, além de pagar uma compensação pelo atraso, de modo a
garantir a sociedade até oito dias depois do fim do mês. E que os auditores (comissão de finanças) tudo controlem como estabelecido
acima, de modo a punir os responsáveis de acordo com o estatuto da sociedade se as contas não estiverem corretas. Estas são as
regras para os que desejam aprender a arte e entram em vigor hoje, 08.03.1254. Além disso, fica estabelecido que os que não tiveram
Mestre para aprender a Arte devem pagar três libras bolonhesas para entrar na Sociedade.

VIII- Que nenhum Mestre prejudique outro Mestre no seu trabalho: Fica estabelecido que nenhum Mestre Maçom ou Carpinteiro pode
prejudicar outro Mestre pertencente à Sociedade dos Mestres, aceitando uma obra já iniciada por outro, depois que a mesma lhe tenha
sido assegurada e formalmente prometida, ou ainda que tenha conseguido a mesma obra de alguma outra maneira. A menos que se
algum mestre aparece antes que a obra lhe tenha sido formalmente prometida e assegurada e aquele lhe pede uma parte, este é
obrigado a dar-lhe uma parte se o outro o exigir. Porém se um acordo para a realização de tal obra já tiver sido feito, se não quer, não
está obrigado a dar-lhe uma parte da obra. E quem o prejudicar que seja punido com uma multa de três libras bolonhesas. E os oficiais
devem recolher ao caixa, no prazo de um mês, as multas previstas no Estatuto, uma vez que a infração tenha ficado clara e manifesta
para eles, respeitando os estatutos e ordenamentos da comuna de Bolonha. E que as multas dêem entrada no caixa da Sociedade e
nele permaneçam.

IX- Da prestação de contas e de sua ação administrativa pelo Presidente: Estatuímos e ordenamos que o presidente da Sociedade dos
Mestres deve prestar contas aos auditores no prazo de um mês após o término do seu mandato, a não ser que esteja autorizado pelos
novos oficiais e do conselho da Sociedade, ou esteja impedido por motivo de força maior. O Presidente é obrigado a prestar contas de
todos os recebimentos e de todas as despesas ocorridas durante o seu mandato. E que todos os Mestres admitidos na Sociedade
durante o seu mandato tenham seus nomes anotados em um caderno especial, que mostre se pagaram a taxa de admissão. Para isso,
toda a contabilidade deve estar com o Presidente. E que todas as Escrituras e tudo que tenha relação com os bens da Sociedade, o
Presidente é obrigado a entregá-las por escrito ao seu sucessor na assembléia da Sociedade, de modo tal que os fundos da Sociedade
não possam ser objeto de fraude. E se o Presidente omitir fraudulentamente qualquer informação, que seja punido com a multa de vinte
salários bolonheses. E que restitua em dobro qualquer valor que tenha retido fraudulentamente em seu poder. O ex-presidente é
obrigado a entregar ao novo presidente todos os fundos da Sociedade, tanto a Contabilidade quanto os valores, no primeiro ou
segundo domingo após ter deixado o cargo. O novo Presidente não está autorizado a prorrogar por mais de quinze dias o prazo para o
ex-presidente prestar contas. Que esta prescrição seja irrevogável e que o presidente que a infringir seja punido com a multa de vinte
salários bolonheses a serem pagos à Sociedade.

X- Da eleição dos inquisidores de contas (comissão de finanças): Ordenamos que os inquisidores de contas sejam escolhidos ao
mesmo tempo que os oficiais, e que eles sejam dois, um para cada Ofício. Estes inquisidores são obrigados a controlar as contas do
presidente e dos oficiais durante os seus mandatos. Se descobrirem fraude ou dolo, devem denunciá-los para que sejam condenados a
devolver em dobro os fundos que tiverem retido em seu poder. Os inquisidores devem atuar de modo que os que cometerem fraude
sejam condenados no prazo máximo de um mês depois que termine o seu mandato. A condenação ou absolvição dos suspeitos de
fraude deve acontecer com a Sociedade reunida em assembléia. No caso de omissão em suas funções, os inquisidores serão punidos
com a multa de dez salários, além de serem destituídos de seus cargos, exceção para os casos de força maior ou no caso de terem
autorização dos oficiais e do conselho da Sociedade.

XI- Da transcrição das decisões do Conselho (da Loja): Para assegurar que a discórdia jamais se instale entre os sócios, fica estipulado
que todas as decisões da sociedade dos mestres maçons e carpinteiros sejam transcritas em livro próprio, e que o presidente e os
oficiais estejam obrigados a fazê-las cumprir, sob pena de multa de cinco salários bolonheses.

XII- Que e o Presidente e os Oficiais estejam obrigados a uma única prestação de contas durante o seu mandato:
Determinamos que o Presidente e os Oficiais estão obrigados a uma única prestação de contas de todas as receitas e despesas
efetuadas durante o seu mandato. E que a análise e aprovação de contas dispensa uma nova prestação de contas, a menos que haja
denúncias e acusações de haverem cometido dolo ou fraude e de haverem se apoderado indevidamente dos fundos da comuna ou da
sociedade. E que esta prescrição seja válida tanto para o passado quanto para o futuro.
XIII- Dos deveres dos Mestres, uns em relação aos outros: Estatuímos e ordenamos que sejam cumpridas todas as normas
estabelecidas pelo Presidente e pelos Oficiais, em conjunto ou isoladamente, no que se refere a valores e demais assuntos referentes à
Arte, sobre os quais um Mestre tenha se compromissado com outro Mestre. E que estas normas sejam cumpridas no prazo de dez
dias. E se o Mestre a quem tenha sido ordenado o cumprimento de uma norma (no sentido de pagamento de uma dívida) não a cumprir
no prazo de dez dias, o Presidente e os Oficiais são obrigados, nos cinco dias seguintes, a dar ao credor uma hipoteca sobre os bens
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do devedor a fim de ressarcir totalmente o valor da dívida. A critério do Presidente ou dos Oficiais, o devedor pode ser penalizado com
uma multa de cinco salários bolonheses; que isto seja irrevogável e que o devedor, se for convocado pelos Oficiais para se explicar
com o Presidente não comparecer, seja penalizado com a multa de doze salários. E que esta mesma multa seja aplicada todas as
vezes que o intimado não compareça para se explicar.

XIV- Quando um Mestre contratar outro Mestre para trabalhar: Estatuímos e ordenamos que, se um mestre tem uma obra contratada
por empreitada ou a diária, e ele deseja ter um outro mestre para trabalhar consigo e ajudá-lo a realizar a obra, ele é obrigado a pagar
ao outro mestre o preço por ele estipulado, a menos que o mestre contratante seja o presidente ou os oficiais da sociedade, que
contratem o outro mestre para trabalhar para a comuna da cidade de Bolonha. E que todo aquele que se oponha a esta norma que seja
penalizado, a critério do presidente ou dos oficiais.

XV- Quanto devem ter por retribuição os mestres oficiais e o presidente: Estatuímos e ordenamos que o presidente e os oficiais eleitos
devam receber cinco salários bolonheses durante o seu mandato de seis meses. E que tais oficiais e presidente estão obrigados a
receber todas as multas, sanções e contribuições antes de terminarem o seu mandato, cada um em seu bairro de atuação. E se isto
não acontecer, que sejam obrigados a pagar à sociedade do seu próprio bolso um valor igual ao que não tenham recebido. E que os
oficiais e o presidente sejam inelegíveis durante um ano após o término de seus mandatos. E prescrevemos que os oficiais não
recebam salários nem dinheiro e que só o presidente receba integralmente os salários e o dinheiro e que antes de sua saída do cargo o
presidente pague aos oficiais os seus salários, usando os fundos dos membros da sociedade.

XVI Das velas que a Sociedade pagará pelos Mestres falecidos: Estatuímos e ordenamos que sejam compradas duas velas à conta dos
membros da sociedade, para que sejam acesas pelo presidente da sociedade, e que pese cada uma dezesseis libras (7,264 kg),
devendo ser colocadas junto ao corpo, quando do falecimento de algum mestre.

XVII- Da ajuda a que todos os Mestres estão obrigados junto a um membro falecido, quando convocados: Estatuímos e ordenamos
que, se algum de nossos membros for chamado ou citado para acudir à família de um membro falecido e não se apresentar, que
pague, a título de multa, doze denários bolonheses, a menos que estivesse autorizado para isso, ou ainda por motivo de força maior. O
corpo do falecido deve ser conduzido à sepultura por membros da sociedade. E o procurador da sociedade deve obter da assembléia o
valor de dezoito denários bolonheses que por falecimento de um de seus membros seja entregue à sua família. E se o procurador não
tomar essa providência ele deverá pagar à sociedade dezoito denários a título de multa. E que os oficiais e o presidente sejam os
responsáveis pelo recebimento desta quantia.

XVIII- Do dever que têm os oficiais de assistir e aconselhar os membros doentes: Estatuímos e ordenamos que, se um de nossos
membros adoecer, os oficiais têm o dever de visitá-lo e dar-lhe assistência e conselho. E se vier a falecer e não deixar meios para ser
sepultado, que a sociedade o faça sepultar honrosamente às suas custas. Para isso, o presidente está autorizado a gastar até dez
salários bolonheses, no máximo.

XIX- Que os mensageiros viajem à custa dos que foram punidos e que se recusam a pagar as suas multas: Estatuímos e ordenamos
que os futuros presidentes e oficiais, se fixarem alguma fiança a um mestre da sociedade, devido a contribuições ou punições, recebam
também dele todos os gastos feitos com o envio de mensageiros da comuna de Bolonha para receber estes valores, de modo tal que a
sociedade não tenha nenhuma despesa para receber o que lhe é devido. E os oficiais e o presidente que porventura façam gastos com
os mensageiros, que o façam por sua conta, a menos que estejam autorizados pelo conselho ou pela sociedade. E se o responsável
pelo gasto do mensageiro não permite que ele o faça, que seja punido com a multa de três salários bolonheses todas as vezes que o
fato se repita.

XX- Sobre os que assumem compromissos contratuais: Estatuímos e ordenamos que, se alguém se comprometer com outra pessoa
por contrato, sem que tenha permanecido e cumprido o tempo contratado ao lado do seu mestre ou patrão, que não seja recebido por
nenhum mestre da sociedade sem que tenha cumprido integralmente o tempo contratado, e que nenhuma ajuda nem assistência lhe
seja dada pelos que tiverem conhecimento de tal fato. E que todo aquele que descumprir esta prescrição, que seja punido com a multa
de vinte salários bolonheses.

XXI- Que cada um só receba a bênção uma única vez Estatuímos e ordenamos que nenhum membro da sociedade vá receber mais de
uma vez, e que todo aquele que não cumprir este preceito seja punido com a multa de seis denários bolonheses todas as vezes que
reincidir na falta.

XXII- Que ninguém abençoe a si próprio: Estatuímos e ordenamos que, se alguém abençoar a si próprio, seja penalizado com a multa
de seis denários bolonheses todas a vezes que cometer esta infração.

XXIII- Que ninguém se aproxime da extremidade do altar: Estatuímos e ordenamos que todo aquele que se aproximar da extremidade
do altar mor da igreja seja castigado com a multa de três denários bolonheses todas as vezes que cometer esta infração.
XXIV- Da divisão eqüitativa das tarefas entre os Mestres: Estatuímos e ordenamos que, se um oficial ordenar a um mestre de seu
bairro que se dedique a um trabalho municipal, tratando-o eqüitativamente em relação aos demais mestres, e este não aceita o
trabalho, que o mesmo seja punido com dez salários bolonheses. E nenhum mestre deve escolher qualquer mestre maçom ou
carpinteiro para trabalhar na comuna (prefeitura) da cidade de Bolonha. Todo aquele que não cumprir esta norma seja punido com vinte
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salários bolonheses. Os oficiais que estejam na cidade no dia das eleições, devem fazer tal eleição repartindo eqüitativamente os
mestres pelos bairros. E se um oficial não tratar eqüitativamente um mestre, por dolo ou fraude, ou se age movido por sentimentos
pessoais ou ressentimento que tenha contra ele, e sendo isto claro e manifesto, que seja punido com vinte salários bolonheses, salvo
se for convocado por autoridade da comuna para ocupar-se em obra do município de Bolonha, caso em que poderá aceitar o trabalho
sem ser penalizado ou multado.

XXV- Em uma reunião da Sociedade dos Mestres, que ninguém use da palavra para opinar, a não ser sobre as propostas do presidente
e dos oficiais: Estatuímos e ordenamos que ninguém deve pedir a palavra para falar e pedir a palavra para dar a sua opinião, a não ser
sobre as propostas encaminhadas pelos oficiais ou o presidente. Àquele que não cumprir esta norma, seja aplicada a multa de doze
salários bolonheses. E que pague sem restrição esta soma, ou que se empenhe.

XXVI- Que todos mantenham o silêncio quando alguém usa da palavra para apresentar alguma proposta durante as reuniões dos
Mestres: Estatuímos e ordenamos que, se algum membro usar da palavra sem que a mesma lhe tenha sido concedida depois que os
oficiais ou o presidente apresentaram uma proposta ao plenário, que o mesmo seja penalizado no valor de três denários, que deve
pagar de imediato. E que, em obediência aos seus juramentos, os oficiais ou o presidente recebam esta quantia, ou então que a
paguem à sociedade do próprio bolso.

XXVII- Do pagamento do mensageiro: Estatuímos e ordenamos que a Sociedade tenha um mensageiro para cada dois bairros da
cidade de Bolonha, e que cada um deles ganhe trinta salários bolonheses por ano. Os mensageiros são responsáveis por apanhar as
velas na residência do presidente e levá-las ao local do velório, no caso de falecimento de um dos membros da sociedade. Além do
salário, os mensageiros receberão também um denário, pago por quem os ocupar, todas as vezes que forem chamados para realizar
qualquer trabalho.

XXVIII- Onde e de que modo os membros da sociedade deverão se reunir, por um Mestre falecido: Estatuímos e ordenamos que, se o
defunto morar no bairro da Porta de Steri, os membros da sociedade se reunirão na igreja de São Gervásio. Se for do bairro de São
Próculo, a reunião será na igreja de Santo Ambrósio. Se for do bairro da Porta de Ravena, os membros se reunirão na igreja de Santo
Estevão. Se o defunto for do bairro da Porta de São Pedro, a reunião será na igreja de São Pedro. Os mensageiros deverão avisar de
que bairro é o falecido ao convocar os membros da sociedade. No caso de não informarem o bairro do falecido, os mensageiros serão
penalizados com dois salários de Bolonha todas as vezes que isso aconteça.

XXIX- Que cada membro da sociedade esteja obrigado a pagar quatro denários por ano para as missas: Estatuímos e ordenamos que
cada membro da sociedade dos mestres seja obrigado a pagar quatro denários todos os anos, para custear as missas, e que os oficiais
se responsabilizem por receber estas somas dos mestres.

XXX Que nenhum Mestre pode receber um aprendiz por tempo inferior a quatro anos: Estatuímos e ordenamos que ninguém da
sociedade deve, de nenhum modo nem maneira, tomar e amparar um aprendiz, por tempo inferior a quatro anos, e isso na condição de
dar-lhe dois pães por semana (os pães italianos são grandes), duas galinhas no Natal e vinte salários bolonheses em cinco anos. E
quem não cumprir o prazo mínimo de quatro anos, que seja penalizado com três libras de Bolonha. E aquele que não cumprir com o
pagamento de vinte salários, com os pães e com as galinhas, que seja punido com vinte salários bolonheses, todas as vezes que isso
ocorrer. Prescrevemos também que, a partir de hoje e de agora em diante, todas as atas sejam feitas pelo secretário da sociedade, na
presença de, pelo menos, dois oficiais, e que devem ser escritas em livro que estará sempre de posse do presidente. E quem não
cumprir com esta norma, que pague a multa de três libras bolonhesas. E que isto seja irrevogável.

XXXI- Que cada um seja obrigado a mostrar aos oficiais o contrato de seu aprendiz, no prazo de um ano, a partir do momento em que
tomou o aprendiz: Estatuímos e ordenamos que cada membro da sociedade é obrigado, no prazo de um ano, a partir do momento em
que tomou um aprendiz, a mostrar a Ata aos oficiais da sociedade. Todo aquele que não cumprir com o estatuído, que seja sempre
multado em cinco salários bolonheses.

XXXII- Que ninguém tome por aprendiz alguém que não seja da cidade ou da comuna de Bolonha, ou ainda que já seja empregado de
outra pessoa: Estatuímos e ordenamos que nenhum membro da sociedade pode amparar nem deve tomar como aprendiz alguém que
já tenha trabalho ou que seja de outro território. E quem não cumprir esta norma que seja multado em seis salários bolonheses.
Também prescrevemos que, se algum membro da sociedade tomar uma criada para sua mulher, que ele seja punido com a multa de
dez libras b bolonhesas e que seja excluído da sociedade. E esta norma seja irrevogável.

XXXIII- Que os mestres sejam obrigados a fazer os aprendizes entrarem para a sociedade ao completarem dois anos de aprendizado:
Estatuímos e ordenamos que todo o mestre seja obrigado a fazer entrar para a sociedade o aprendiz, ao completar dois anos de
aprendizado., e a receber do aprendiz uma boa e idônea garantia com relação à sua entrada para a sociedade.

XXXIV - Que nenhum membro da sociedade trabalhe para alguém que esteja em dívida com algum mestre da sociedade: Estatuímos e
ordenamos que ninguém da sociedade trabalhe, por empreitada ou a jornal, para alguém que deva alguma coisa a um mestre da
sociedade em função de sua arte, tão logo tenha conhecimento do assunto, ou tão logo ele seja denunciado por um mestre ou pelos
oficiais da sociedade. E quem não cumprir com esta norma, que seja punido com a multa de vinte salários bolonheses. E que os oficiais
sejam obrigados a impor esta multa no prazo de oito dias depois que o assunto lhes tenha ficado claro e manifesto.
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XXXV- Que a sociedade tenha o prazo de duração de dez anos: Da mesma maneira, ordenamos que a sociedade deva durar os
próximos dez anos ou mais tempo, segundo o decida a sociedade, ou a maioria, através de escrutínio.

XXXVI- Que nenhum membro da sociedade apresente queixa dos oficiais ante o magistrado ou o seu tribunal: Igualmente, ordenamos
que nenhum mestre da sociedade possa nem deva, de nenhum modo nem maneira, comparecer ante o magistrado ou seu tribunal para
apresentar queixa contra os oficiais. E todo aquele que descumprir esta norma, que seja penalizado com a multa de três libras
bolonhesas. E que esta norma seja irrevogável.

XXXVII- Sobre a publicação destes Estatutos: Estes estatutos foram lidos e tornados públicos na assembléia da sociedade convocada
pelos mensageiros na forma do costume, no cemitério da igreja de São Próculo no oitavo dia de agosto do ano do Senhor de 1248, no
governo do Senhor Bonifácio de Cario, magistrado de Bolonha.

XXXVIII- Que o presidente e os oficiais sejam obrigados a receber as contribuições dos Mestres: Estatuímos e ordenamos que o
presidente dos mestres da sociedade seja responsável pelo recebimento das contribuições, sanções ou multas, durante o seu mandato.
E se ele não receber estas somas, que ele as pague do próprio bolso, em dobro, a título de multa. E que o secretário e o mensageiro
também sejam obrigados a ajudar o presidente a receber estas quantias. E se eles não o ajudarem, que sejam penalizados, cada um,
com a multa de cinco salários bolonheses.

XXXIX- Que o mensageiro da sociedade permaneça na sua função pelo prazo de um ano: Ordenamos que cada mensageiro da
sociedade permaneça na função durante um ano, e que receba por seu trabalho a soma de quarenta salários bolonheses.

XL Do Secretário da Sociedade: Estatuímos e ordenamos que o presidente e os oficiais devem contratar um bom secretário para a
sociedade, e que o mesmo deve permanecer na função pelo prazo de um ano. Ele deve anotar os recebimentos e as despesas do
presidente, fazer todas as escrituras e suas alterações, bem como os Estatutos da Sociedade, pelo que deverá ter a retribuição de
quarenta salários bolonheses.

XLI- Da obrigatoriedade de haver dois livros com os nomes de todos os Mestres da Sociedade: Estatuímos e ordenamos que haja dois
livros iguais, com os nomes de todos os Mestres da Sociedade. Um destes livros ficará sob a guarda do presidente, enquanto que o
outro ficará sob a guarda de um Mestre. Em caso de falecimento de um Mestre, o seu será apagado dos dois livros.

XLII- Das contas que devem ser prestadas pelo presidente e pelos oficiais: Estatuímos e ordenamos que tanto o presidente quanto os
oficiais devem prestar contas no penúltimo domingo do mês, sob o altar de São Pedro.

XLIII- Da montagem de um painel de controle: Estatuímos e ordenamos que, a partir desta data, os oficiais em exercício preparem um
painel com os nomes de todos os mestres de seu bairro, considerando o seu número de inscrição na sociedade. Isto para que, quando
tiverem de encaminhar algum mestre para o serviço na comuna de Bolonha eles o façam de modo a não prejudicarem os demais
mestres. E aquele que não cumprir esta norma será punido com cinco salários de multa deles/delas com o propósito disso que ninguém
sinta-se prejudicado.

XLIV Que nenhum mestre calunie a sociedade: Estatuímos e ordenamos que, se algum membro caluniar ou proferir injúrias a respeito
da sociedade, que seja punido com vinte salários mínimos todas as vezes que isso acontecer. Que esta norma seja irrevogável e que
os oficiais se encarreguem de receber as somas referentes a estas multas, ou que paguem em dobro do seu próprio bolso.

XLV Do mandato dos Oficiais: Estatuímos e ordenamos que após o término de seu mandato os oficiais devem ser deixar as suas
funções. Adendos aos estatutos dos mestres.

XLVI Que as sociedades deverão se reunir separadamente: Estatuímos e ordenamos que a sociedade dos maçons e a sociedade dos
carpinteiros deverão reunir-se e tomar suas decisões em separado, cada uma com seus mestres e oficiais. E isto, de tal modo que não
façam reuniões conjuntas, a menos que os oficiais das duas sociedades decidam reunir em conjunto as duas sociedades, a dos
maçons e a dos carpinteiros. Neste caso, os oficiais de ambas as sociedades farão em conjunto a prestação de contas a todos os
mestres, que podem pedir explicações duas vezes por mês, ou seja, dois domingos por mês.

XLVII- Da retribuição dos redatores dos estatutos: E também estatuímos e ordenamos que os quatro comissionados para a redação dos
Estatutos, deverão receber cada um dois salários bolonheses em pagamento.

XLVIII- Da fabricação de uma vela: E também ordenamos que seja fabricada, à custa da sociedade, uma vela de uma libra, que estará
sempre acesa nas missas mandadas rezar pela sociedade.

XLIX- Das velas a serem dadas anualmente à Igreja de São Pedro: E também estatuímos e ordenamos que, a cargo da sociedade, se
dê anualmente à igreja de São Pedro, catedral de Bolonha, (a catedral atual é dedicada a São Petrônio) por ocasião da festa de São
Pedro, no mês de junho, quatro velas de uma libra. E que os futuros oficiais estejam obrigados a cumprir esta norma, sob pena de
multa de cinco salários bolonheses para cada um deles.
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L- Que um mestre que conceda licença ao seu aprendiz antes do final do período de aprendizado não possa receber outro: Estatuímos
e ordenamos que o mestre da sociedade dos maçons que conceda licença ao seu aprendiz antes do final do período de aprendizado
de cinco anos não poderá tomar outro até o aprendiz completar o período de cinco anos, sob pena de multa de quarenta salários
bolonheses.

LI- Da compra de um pálio para a sociedade: Estatuímos e ordenamos que o presidente e os oficiais no cargo, usando os fundos da
sociedade, adquiram no próximo ano um bom pálio para a sociedade, e que esse pálio sirva para cobrir os membros mortos da
sociedade, bem como os seus parentes. E que a ninguém que não esteja ligado à sociedade seja permitido ficar debaixo do pálio.

LII- Da retribuição do conselho de anciãos: Estatuímos e ordenamos que o conselho de anciãos da sociedade dos mestres maçons
seja eleito pelos oficiais desta sociedade. E que este conselho receba cinco salários bolonheses pelo período em que durar o seu
mandato, ou seja, seis meses. E se o conselho não completar o mandato, que este pagamento seja proporcional ao tempo em que
permanecer em atividade.

LIII- Que o presidente e os oficiais estejam obrigados à prestação de contas: Estatuímos e ordenamos que os oficiais e o presidente da
sociedade estejam obrigados a prestar contas a cada membro da sociedade dos maçons e a todas pessoas alheias à sociedade que
queiram saber sobre a arte dos maçons.

LIV- Que se deve manter a postura durante as reuniões dos mestres da sociedade: E além disso também estatuímos e ordenamos que
são proibidas as conversas paralelas e os risos durante as reuniões dos Mestres, e que todo aquele que descumprir esta norma que
seja multado no valor de vinte salários bolonheses.

LV- Que o local das reuniões da sociedade seja a Igreja de São Pedro: E também estatuímos e ordenamos que a sociedade se reúna
para apreciar todos os seus assuntos na Igreja de São Pedro ou no palácio do senhor Bispo. E que os funcionários da sociedade doem
para a Igreja de São Pedro três velas de uma libra. E que a missa da sociedade seja celebrada nesta igreja.

LVI- Que deverá haver vários mensageiros no caso de falecimento de um mestre da sociedade: Também estatuímos e ordenamos que
na ocorrência do falecimento de algum dos membros da sociedade os oficiais podem contratar um ou mais mensageiros, para
congregar todos os mestres junto ao corpo do defunto, pagando-lhe como melhor lhes pareça, a cargo do caixa da sociedade..

LVII- Sobre os que não pagam o dinheiro das missas: E nós também estatuímos e ordenamos que, se alguém não pagar os quatro
denários para as missas dentro do prazo fixado pelos oficiais, que entregue em dobro ao mensageiro que irá a sua casa para receber
esta soma.

LVIII- Das cópias dos estatutos da sociedade:Também estatuímos e ordenamos que sejam reescritos os estatutos da sociedade dos
mestres maçons para que onde se diz maçons e carpinteiros diga-se somente maçons de modo que os estatutos da sociedade dos
maçons sejam separados dos estatutos da sociedade dos carpinteiros. E que isto seja irrevogável.

LIX- Do pagamento que é necessário entregar ao mensageiro da sociedade: E nós também estatuímos e ordenamos que, se um
membro da sociedade não entregar ao mensageiro o pagamento que lhe é pedido por parte dos oficiais, nenhum outro mestre deverá
trabalhar para ele, sob pena de multa de vinte salários bolonheses, todas as vezes em que ocorra esta infração, a menos que assim
haja a mandado dos oficiais.

LX- Da retribuição do secretário da sociedade: E nós também estatuímos e ordenamos que o secretário da sociedade tenha por
retribuição, depois de seis meses, um pagamento de vinte salários bolonheses e não mais.

LXI- Da retribuição dos auditores ou comissão de finanças: Finalmente, nós também estatuímos e ordenamos que os auditores devam
ter por retribuição cinco salários bolonheses e não mais.

(*)Texto enviado pelo Ir.: Vitorio Negri <vnegriof@gmail.com> (Rede Colméia).

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__._,_.___

21
Viagem ao nosso interior
LÍDERES
D. Vilela (*)

A palavra líder, de origem inglesa, significa chefe, guia, condutor, pessoa que exerce influência.
A liderança é ocorrência natural pois aquele que a possui consegue, na verdade, expressar as aspirações e
inclinações da coletividade a que pertence, a cuja frente então se coloca, na condição de orientador ou modelo. Todos
sabemos que ela, não raro, tem sido mal empregada na condução de grupos maiores ou menores à ilusão, ao vício e
mesmo ao crime.
Esse fenômeno, compreensivelmente, se dá também no campo religioso. Moisés e os antigos profetas,
Francisco de Assis e Tereza de Ávila eram líderes autênticos, assim como Allan Kardec, cuja visão, segurança e
equilíbrio foram decisivos na implantação do Espiritismo na Terra.
O respeito e a admiração que cercam esses trabalhadores do processo moral, além de expô-los a pressões e
ataques, que eles enfrentam e vencem com as armas do bem, fazem com que pessoas se apresentem pretendendo
aquela condição, movidas, contudo, pelo egoísmo ou por desajustes psicológicos, causando, então, prejuízos e até
tragédias a seus seguidores.
Jesus, que conhecia perfeitamente a natureza humana, deixou-nos a esse respeito alertas claros no
Evangelho, referindo-se a esses falsos profetas e estabelecendo o critério seguro para sua avaliação: eles seriam
identificados pelos frutos, pois “toda árvore que é boa produz bons frutos e toda árvore que é má produz maus frutos.
Uma árvore boa não pode produzir frutos maus” (Matheus, 7: 17 e 18). Um verdadeiro seguidor de Jesus não se
afastará das diretrizes do Mestre seja qual for a situação ou pretexto. Independentemente das condições, os frutos de
determinada árvore são sempre os mesmos. Por outro lado, o interesse pessoal, a insistência em associar a prática
religiosa à obtenção de vantagens materiais, com esquecimento quase completo de suas finalidades espirituais,
assim como as afirmativas esdrúxulas ou o incentivo ao fanatismo denunciam o falso condutor, movido pelo egoísmo
ou pela perturbação.
A Doutrina Espírita permite, ainda, estender a recomendação evangélica ao intercâmbio com o Plano
Espiritual, através da mediunidade, pois a simplicidade e a humildade, além da permanente preocupação com o bem
e a verdade não deixam dúvidas quanto à posição de um orientador de trabalhos espirituais ou escritor desencarnado.
Oportuno lembrar, por fim, que o Espiritismo não possui ministros religiosos – que são líderes institucionais -,
e seus trabalhadores devem caracterizar-se pelo conhecimento doutrinário, desinteresse pessoal e dedicação com
que desempenham tarefas ou funções.

(*) Publicado no boletim “SEI”, nº 1793

Vilar dos Teles “Capital do Jeans”


ANUNCIE
AQUI
Direção: Ir.: ROSELMO

Av. Automóvel Clube, 2560


Vilar dos Teles – Rio de Janeiro (RJ)
Galeria São José Tel.: (21) 2751.8264

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DEPOIMENTO
MAÇONARIA E HOLISMO
Dra. Martha Follain (*)

“A parte é diferente do todo, mas também é o mesmo que o todo. A essência é o todo e a parte”. Heráclito de Éfeso
(544 a.C – 484 a.C.), filósofo grego.
Segundo Erwin Seignemartin (Past Grão-Mestre: 1912 - Ribeirão Preto - Brasil) na Conferência “Maçonaria – Sua
História, Objetivos e Princípios” – 28 de setembro de 1979, “A Maçonaria é uma Ordem Universal formada por homens de
todas as raças, credos e nacionalidades, acolhidos por suas qualidades morais e intelectuais e reunidos com a
finalidade de construírem uma Sociedade Humana, fundada no Amor Fraternal, na Esperança com amor a Deus, à
Pátria, à Família e ao Próximo com Tolerância, Virtude e Sabedoria e com a constante investigação da Verdade e sob a
tríade Liberdade, Igualdade e Fraternidade, dentro dos princípios da Ordem, da Razão e da Justiça. Para que o mundo
alcance a Felicidade Geral e a Paz Universal. A Maçonaria é uma organização mundial de homens que, utilizando-se de
formas simbólicas dos antigos construtores de templos, voluntariamente uniram-se para o propósito comum de se
aperfeiçoarem na sociedade - Admitindo em seu seio homens de caráter, sem consideração à sua raça, cor ou credo, a
Maçonaria se esforça para constituir uma liga internacional de homens dedicados a viverem em paz, harmonia e afeição
fraternal.”
Em cada país ou em cada estado de uma Federação, é regulada e dirigida por uma Grande Loja independente e
soberana. A Ordem é uma associação de homens livres e de bons costumes, cultivando os princípios da liberdade, democracia e
igualdade, aperfeiçoamento intelectual e fraternidade. É uma entidade iniciática, filosófica, educativa e filantrópica. É uma
Instituição que promove o renascimento espiritual do homem, através de um realinhamento do sistema de sua conduta moral e
ética.
O iniciado na Ordem compromete-se a vencer paixões, vícios, ambições, ódios, desejos de vingança, e o que estiver
oprimindo-lhe a alma.
A Instituição não é, exatamente, uma sociedade secreta, porque sua existência é conhecida, mas é iniciática: o
candidato ingressa por meio de rituais, iniciado por um Mestre Maçom. A Ordem é uma sociedade “discreta”. As autoridades de
vários países lhe concedem personalidade jurídica. O único segredo que existe e só se conhece por meio do ingresso na Ordem,
são os meios usados pelos maçons para reconhecerem-se entre si, em qualquer parte do mundo e o modo de interpretar seus
símbolos e os ensinamentos neles contidos.
Também é ciência (investigação racional ou estudo da Natureza direcionado à descoberta da Verdade), no seu aspecto
mais abrangente, partindo da premissa que homem e Natureza são componentes de um único sistema. É ciência aplicada na
prática, eticamente, para a evolução geral da humanidade, entendendo que a ação é decorrência do pensamento, adotando o
desenvolvimento do intelecto, como via para o desenvolvimento da capacidade maior da Ordem, da Sociedade, do Planeta e do
Universo.
Proclama a prevalência do espírito sobre a matéria.
A Maçonaria, considerando que homem e Natureza, são componentes de um mesmo sistema, alinha-se ao conceito de
Holismo. A idéia de Holismo não é recente. Ela permeia várias concepções filosóficas ao longo de toda a evolução do
pensamento humano. O Pensamento Holístico é profundamente ecológico e, de acordo com ele, o indivíduo e a Natureza não
estão separados, mas formam um conjunto único, que não pode ser dissociado. A palavra Holismo vem do grego “holos”, que
significa “o todo” – a integração das partes num todo. Aparece pela primeira vez na obra “Holismo e Evolução”, de Jan Smuts(em
1921), governador britânico no sul da Índia, que assim a definiu: “A tendência da natureza a formar, através de evolução
criativa, todos que são maiores que a soma de suas partes”. Holismo é o conceito-chave do paradigma que afirma haver uma
integração abrangente do Mundo e do homem. Em contraste com a experiência de uma fragmentação na ciência e na vida
cotidiana, a integralidade é apresentada como um conceito filosófico-científico. A humanidade está presente no Universo como
parte de um único organismo vivo, de uma rede harmoniosa de relações dinâmicas. A humanidade faz parte de uma Rede
Universal (ecossistema, família) de Natureza e Mundo, e cada indivíduo deve procurar estar em harmonia com cada elemento
desta rede transcendente. Quando se compreende qual é o seu papel na Natureza e no Cosmo, então compreende-se que
“integralidade” e “sagrado” são uma só coisa.
A concepção do Universo como um todo harmonioso e indivisível é o enfoque central do Paradigma Holístico; e como
evidencia a Teoria Holográfica, cada parte constitutiva do Universo contém informações sobre todo o Universo e, portanto,
alterações nas partes afetam o todo.
Essa concepção substitui o modelo fragmentado e reducionista baseado na orientação mecanicista do paradigma
newtoniano/cartesiano.
A Percepção Holística preocupa-se com o bem-estar do ser total, integrado em seu meio. Ela está baseada na
suposição que corpo, mente e espírito formam uma unidade.
Por ser livre e possuir conhecimentos abrangentes, atávicos e ecléticos, a Maçonaria e seus membros buscam, nas
mais diversas áreas do saber, suas verdades e experiências, resultando em uma filosofia ampla e holística.
23
A Maçonaria, sempre estimulou seus adeptos, a superar formas de dualismo (o número 2 – o opositor), em busca da
totalidade: ser humano e Natureza, energia e matéria, corpo e espírito etc. O Holismo é uma visão de mundo que se contrapõe à
visão dualista, fragmentadora e mecanicista que despojou o ser humano da sua unidade, ao longo dos séculos. A Maçonaria
propõe o simbolismo primevo da Trindade.
A Maçonaria faz o “bem”, física e moralmente. Seus adeptos unem-se em sentido fraternal – e, segundo Helena
Blavatsky, em seu livro “As Origens do Ritual na Igreja e na Maçonaria”: “é a única “religião” no mundo, se consideramos o termo
como derivado da palavra “religare” (ligar), pois que une todos os homens que a ela se filiam como “irmãos”, sem preocupações
de raça ou fé”.O Holismo impregna os conceitos maçônicos, desde o interesse pelo aperfeiçoamento pessoal conduzindo,
necessariamente, ao da sociedade, até a busca da consciência unicista; e desde a sensibilidade ecológica até a idéia de uma
“rede” global.
Holismo, basicamente, é uma atitude diante da realidade, uma forma de perceber e compreender o Mundo, onde há
“permissão” para um intercâmbio dinâmico entre Ciência, Arte, Filosofia e as Tradições Espirituais. Sendo assim, o Pensamento
Holístico e Maçonaria formam um conjunto, que permeia todos os níveis de atuação individual e social do maçom; esse conjunto
admite todas as religiões; admite todos os sistemas filosóficos - mas não os mescla, não os mistura (Corda de 81 Nós – todos
juntos, porém, cada maçom conserva sua individualidade). Respeita o que cada um tem de importante e entende que a
diversidade é aceitável e é até recomendável e essencial para a proliferação e riqueza das idéias.Não exclui, não condena, não
separa. Somente constrói pontes, estabelecendo correlações entre áreas consideradas inconciliáveis como a Ciência e o
Misticismo, a Arte e a Filosofia. Considera que em cada coisa está representado o Todo e que este transcende a simples soma
de suas partes (Princípio Hermético).
(*)Martha Follain – Formação em Direito, Neurolingüística, Hipnose, Regressão. Terapia Floral de Bach e Aromaterapia
– animais e humanos. CRT 21524 www.floraisecia.com.br

N.:E.: Um ótimo texto da nossa sobrinha, a Dra. Martha Follain, que não é Iniciada ou filiada a
nenhum organismo maçônico.

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24
CADERNO DE
TRABALHOS

25
MONTE HERMON – MONTES DE SIÃO – MONTE MORIÁ
Ítalo Aslan/M.:M.:(*)

“Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os Irmãos! É como o óleo precioso sobre a cabeça, o qual desce
para a barba, a barba de Arão, e que desce para a gola de suas vestes.É como o orvalho do Hermon, que desce sobre os
Montes de Sião. Ali ordena o Senhor a Sua benção e a vida para sempre.”

MONTE HERMON

Em hebraico significa “Montanha Sagrada”. Em árabe, “Montanha do Xeque” ou “Monte Nevado”. Seja qual for o seu
significado, em qualquer língua, é a mais exuberante e pujante montanha de Israel. Do alto de seu topo, a mais de 2800m, quase
sempre coberto de neve, esparrama o frescor e a vida por sobre uma região aquecida e inóspita existente ao seu redor.
Por ser o ponto mais elevado da costa leste do Mar Mediterrâneo, e totalmente coberto pela neve durante o inverno e a
primavera, seu degelo é importante para o fluxo do Rio Jordão, fronteira natural entre Israel e a Jordânia, cujas águas se
despejam no Mar Morto.
É o Baal-Hermon, citado em Jz cap. 3, vers. 3, referindo-se aos “povos pagãos no meio de Israel”, “que habitavam as
Montanhas do Líbano, desde o Monte Baal-Hermon, até a entrada de Hamate”.
Hamate era uma cidade e reino da Síria. Fazia parte dos domínios de Salomão, tendo este, na ocasião, mandado
construir as cidades-armazéns. Era Hamate um recinto sagrado, uma fortaleza, situada no vale do Rio Orontes que nasce na
Cordilheira do Antilíbano, a uma altitude de cerca de 1800m e, com uma extensão de 571 km, passa pelos territórios do Líbano,
da Síria e da Turquia, indo desaguar no Mar Mediterrâneo, já no litoral turco. Importante centro comercial, tornou-se conhecida,
não só por isso, mas também em virtude de seu avançado, para a época, sistema de irrigação que, através de grandes rodas,
elevava a água do Rio Orontes até a cidade alta. Hoje é conhecida pelo nome de Hama, e pertence ao território sírio.
Com a morte de Salomão, Hamate tornou-se estado livre, conservando a sua independência por algum tempo, até ter
sido conquistada sucessivamente e passado ao domínio de vários povos. No Liv. I Cr cap.5 vers. 23, lê-se: “os filhos da meia
tribo de Manassés habitaram naquela terra de Basã até Baal Hermon, e Senir e o Monte Hermon; e eram numerosos”.
Basã refere-se a uma região ao norte da Palestina e Baal Hermon nos dá a idéia da reverência e do respeito em que
era tido o Monte Hermon pelos adoradores de Baal, entre eles os romanos e os drusos. Era o Hermon considerado sagrado para
esses adoradores. Os povos semitas ocidentais adotaram e passaram a reverenciar diversos deuses com o nome de Baal, todos
com características semelhantes. Baal, El e Mot constituíam as principais divindades dos cananeus. Baal era o deus da
fertilidade, associado à tempestade e à chuva. El, o deus da prudência da maturidade. E Mot era o senhor da seca e da morte.
Com ele Baal travava lutas periódicas.
Com relação ao termo Senir, vemos em Deut cap. 3 vers. 9: “os sidônios a Hermon chamavam Siriom; porém os
amorreus lhe chamavam Senir”. Eis, portanto, que os amorreus chamavam o Hermon de Senir. Esses amorreus, a que se refere
esse versículo, constituíam um povo guerreiro que habitava a Babilônia no século III a.C. e do qual, suspeita-se, tenha se
originado a dinastia dos Hamurabis. Alguns autores consideram cananeus e amorreus como relativos a um só povo; são nomes
diferentes, mas atribuídos aos membros da mesma tribo semita, provenientes da Arábia e que invadiram a região por volta do
século XXIII a. C. Assim, tem sido o Hermon conhecido historicamente por Siriom e Senir.
O termo “sidônio”, constante no citado versículo do Deut cap.3, refere-se aos habitantes de Sidom, porto marítimo ao
norte da Palestina. Eram famosos nas artes, manufaturas, comércio e marinha. No livro I de Rs cap.5 vers. 6 e no livro I Cr cap.
22 vers. 4 constam que cooperaram na construção do Templo de Salomão. Homero relatou a presença de seus navios no cerco
de Tróia.

MONTE DE SIÃO

Do grego Sion e derivado de Tsiyon, “elevado”, “monte”.


Originalmente era o nome dado especificamente à fortaleza jebusita próxima da atual Jerusalém.
Refere-se a uma das três colinas que formam o planalto sobre o qual Jerusalém foi construída. Era o local onde se
situava a casa da realeza, sendo, por isso, muitas vezes, chamada a “cidade de David”. Outras vezes refere-se a toda a
Jerusalém.
O trabalho crítico sobre a Bíblia feito pelos Judeus, considerou para Jerusalém, entre outras, a forma Yerushalem: Yeru
(cidade) e Shalem (Deus). Segundo o pesquisador Pr. Enéas Tognini, o nome aparece em textos antiqüíssimos. Em egípcio
aparecem grafados Rusalimun e Urusali-Mum. E em aramaico bíblico, Yeruselem.
O lugar onde está situada hoje a cidade de Jerusalém era conhecido por Shalem, simplesmente. Significa Paz. Após o
episódio do quase sacrifício de Isaque, Abraão passou a chamar o lugar de Yireh, isto é, “Deus vê”, ou “Deus providencia”. Este
nome (Yireh) unido ao anterior (Shalem) originou a palavra Yerou-Shalaïm: “Deus proverá a paz”.

26
No início do 3º milênio a.C., os primeiros habitantes de Jerusalém fixaram-se na Colina Ofel, posteriormente chamada
de Sião, local que se elevava por sobre três grandes vales, lugar ideal e preferido devido as suas características de segurança,
sob o ponto de vista militar, bem como sob o aspecto da subsistência, por estar situado próximo a mananciais de água e de
rotas de caravanas.
A partir dos meados do século XIV a.C., começam os jebuseus a serem citados nos textos orientais. Eram eles
habitantes de Jerusalém, acreditando-se que se trata de um nome que se referia a uma mistura constituída de amorreus, hititas e
cananeus. A cidade tornara-se, então, um grande centro cosmopolita, de feição social complexa e heterogênea, desempenhando
um papel de destaque na política do Oriente Médio. Ocupava, ainda, uma posição privilegiada como ponto de confluência de
várias rotas de comunicação de toda a região. Registra-se que, por volta do ano 1000 a.C., David tomou de assalto a fortaleza
jebuséia de Sião, tendo o rei Ornam e os seus moradores aceitado a conquista judaica, constituindo-se, com isso, a monarquia
unificada sob David e Salomão. Após a vitória, a fortaleza passou a chamar-se “cidade de David” (livro 2 de Sm cap. 5 vers. de 6-
9), tendo sido para lá levada a “Arca da Aliança”, e o monte, a partir de então, a ser considerado sagrado.
Palavras de Yitzhak Rabin, em setembro de 1995, dois meses antes de ser assassinado por um ativista compatriota:
“Três mil anos de história nos contemplam hoje, na cidade de cujas pedras a antiga nação judaica se ergueu; e deste ar de
montanha, 3 religiões absorveram sua essência espiritual e sua força... Três mil anos de história nos contemplam hoje, na cidade
onde as bênçãos dos sacerdotes judeus misturam-se aos chamados mulzins muçulmanos e aos sinos das igrejas cristãs; onde
em cada alameda e em cada casa de pedra foram ouvidas as admoestações dos profetas; cujas torres viram nações se
erguerem e caírem – e Jerusalém permanece para sempre... Três mil anos de Jerusalém são para nós, agora e eternamente,
uma mensagem de tolerância entre religiões, de amor entre povos, de entendimento entre as nações”.

MONTE MORIÁ

Local onde Abraão ofereceu seu único filho Isaque em holocausto a Deus ( livro de Gen cap. 22 vers. 1-18 e Alcorão;
Surata Al-Safat 37:102-110).
No citado cap. e vers. do livro de Gen lê-se: Dirigindo-se a Abraão, “Acrescentou Deus: Toma teu filho, teu único filho
Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; oferece-o ali em holocausto sobre um dos montes, que eu te indicarei”.
Deriva do hebraico MORRIYYAH, com o sentido de “no monte onde Javé é visto”.
Situado na parte sudeste de Jerusalém, David o conquistou ao jebuseu Ornam, com o propósito de ali construir um
altar, sendo que, posteriormente, lá Salomão mandou edificar seu fabuloso Templo. David deixou a seu filho essa portentosa
tarefa pois não estava apto para tal: suas mãos eram de um guerreiro, “maculadas com muito sangue”.
Por ter sido o local para o qual se dirigiu Abraão para oferecer seu filho Isaque a Deus, o Monte Moriá foi sempre muito
venerado pelos judeus. Impedindo Deus que se consumasse o sacrifício do pequeno Isaque, demonstrou o Seu repúdio às
imolações de seres humanos que, por vezes, eram praticadas pelos cananeus. Ficou também sobejamente demonstrada a fé do
Patriarca hebreu, o primeiro a divulgar publicamente a sua crença em um único Deus, Criador do Universo, e a conseqüente
desaprovação aos demais deuses, ineficazes na construção da felicidade humana. Foi, então, Abraão hostilizado pelos
cananeus e outros povos.
Tendo sido Isaque salvo do sacrifício, com a direta interferência de Deus, adquiriu o local um respeito sagrado, e foi, por
isso, chamado EVEN HE SHETIYAH (“A Pedra Angular do Mundo”; “A Base do Mundo Inteiro e seu Centro”). Os sábios de
Israel disseram: “E foi chamada a Pedra de Fundação, porque o mundo foi fundado nela”...
Legitima-se ainda mais essa veneração: foi ali que Javé apareceu a David (I Cron 21:18), justificando o local do futuro
templo.
Etienne Dahler, professor de Filosofia e estudioso da Bíblia, autor do livro “Lugares Bíblicos”, referindo-se a Jacó, cita o
vers. 11 do cap. 28, do livro de Gênesis: “Chegou a um lugar, onde se dispôs a passar a noite”. O que ocorreu é conhecido:
como o sol já havia se posto, Jacó “tomou uma das pedras do lugar e fê-la de travesseiro” ... “e sonhou: eis posta na terra uma
escada, cujo topo atingia o céu; e os anjos de Deus subiam e desciam por ela.” Em seguida erigiu uma coluna e derramou óleo
por cima, chamando o lugar de Betel “Casa de Deus”. Etienne Dahler considera então que o lugar onde o sonho se passou já era
conhecido dos patriarcas, que lhes era familiar, sendo, portanto, segundo Dahler, insistimos, “certamente, o lugar do famoso
sacrifício de Isaac” e que este lugar “é, sem dúvida, o Monte Moriá”. Palavras e conclusões do Sr. Etieene Dahler.
Após algumas providências, no 4º ano de seu reinado (961 a.C.), Salomão entregou-se à tarefa de construção da Casa
do Senhor, no Monte Moriá. No livro I de Reis e no II de Crônicas descrevem-se a magnificência da obra.
Concluído o Templo, as doze tribos passaram a ter um centro religioso, político e cultural em Jerusalém. Dali os
sacerdotes anunciavam a Palavra do Senhor, ali eram celebradas as festas e consumados os sacrifícios.
Salomão morreu em 922 a.C.. Após a sua morte, brigas políticas internas cindiram o reino em dois: Israel ao norte e
Judá ao sul. Os registros bíblicos acusam: “a divisão fora um castigo de Deus pelos casamentos entre diferentes raças e
religiões”.

CONCLUSÃO

Ficamos com a impressão, quase certeza, não fossem algumas informações, às vezes, confusas, que nos oferecem
alguns versículos da Bíblia, que os nomes Monte de Sião e Monte Moriá referem-se ao mesmo local. No versículo 48 do cap. 4,
27
de Deuteronômio, lê-se:“...ao monte Siom, que é Hermon”. E em outra: “... ao monte Sirion, que é Hermon”. São nomes
diferentes referindo-se ao mesmo monte. Esta majestosa montanha, como é sabido, situa-se a mais de 2800 m de altura e o
Monte de Sião, onde se localiza Jerusalém, está a cerca de 1000 m acima do nível do mar. Para ser mais claro: os amorreus
(cujo rei era Siom) chamavam o Hermon de Senir e os sidônios o chamavam de Sirion.
Confundem-se os dois “montes”, de nomes diferentes, no que se narra sobre eles, quando olhados com suas
respectivas denominações.
David conquistou a fortaleza jebuséia de Sião que passou a se chamar “Cidade de David”. Tinha ele um propósito para
o local: levar para lá a “Arca da Aliança”, construída de acordo com as orientações de Javé diretamente a Moisés. A “Arca” se
constituía para o povo judeu, o povo escolhido por Deus, como o objeto representativo da própria divindade, por conter as duas
tábuas com o Dez Mandamentos, um pote de Maná e o Cajado de Arão, que floresceu.
Construiria, então, David, no local, um tabernáculo que abrigaria a “Arca”.
Não poderia ser maior a força que envolvia tal símbolo para o povo judeu. E as suas virtudes sacratíssimas se
difundiam, certamente, sobre tudo que o abrangia.
Estavam, portanto, os Montes de Sião/Moriá destinados a serem sacramentados com essa qualidade divina e
sobrenatural.
Ali, no Monte indicado por Javé, repugnou Ele os sacrifícios de seres humanos, impedindo Isaque de ser imolado pelas
mãos do pai. Naquele local, ainda por intervenção divina, ergueria David o Altar que abrigaria a sacra relíquia. E, finalmente, não
foi outro o local escolhido, através das mãos limpas de Salomão, para a construção do famoso Templo.
O “Elevado” (Tsyion) “onde Javé é visto” (Morriyyah) viu nascer sobre ele a cidade (Yeru) de Deus (Shalem), a
Yerushalem.
Ali surgiram as três principais religiões monoteístas. Jerusalém constituiu-se em cidade sagrada para judeus,
muçulmanos e cristãos. Nela coexistem. O Muro das Lamentações, o Domo da Rocha e a Igreja do Santo Sepulcro permitem
essa coexistência.
FONTES CONSULTADAS

1) A Bíblia Sagrada (Antigo e Novo Testamento); traduzida em Português por João Ferreira de Almeida; Sociedade
Bíblica do Brasil; Rio de Janeiro.
2) ASLAN, Nicola; Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria e Simbologia; 1ª Edição da Editora “A Trolha”;
Londrina/PR; 1996.
3) MACKEY, Albert G.; An Encyclopaedia of Freemasonry; The Masonic History Company; Chicago, New York,
London; 1925.
4) Enciclopédia Mirador Internacional; Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda; São Paulo Rio de Janeiro;
1976.
5) DAHLER, Etienne; Lugares Bíblicos; Editora Santuário; Aparecida/SP; 1997.
6) Internet

(*) Membro da ARLS e de Instrução RENASCIMENTO Nº 08.

Novos Tempos - Serviços & Contabilidade


Ltda .

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Direção Ir ∴ Wilson Santos - Loja Adonai 1377 - GOERJ

28
O CAJADO QUE ABRE A FONTE
Ir.: Antonio do Carmo Ferreira (*)

A didática é o valioso instrumento a que o mestre recorre, para a transmissão do saber a seus discípulos. Hoje em dia,
evoluiu-se o bastante neste particular, havendo, em disponibilidade, uma avultada variedade desses instrumentos. São recurso não só
de linguagem, mas também,e complementarmente, de ordem material. Os “áudio-visuais” que a tecnologia moderna põe à disposição
do magistério.
Refiro-me ao ensino, em geral. Mas é preciso entender que existem auditórios de espectadores especiais, que requerem uma
didática diferenciada. Um método que lhes seja dirigido, em face de sua peculiaridade.
Há os que preferem que se lhes falem das maravilhas do céu e nunca do medo do inferno. Há os que preferem despertar para
o que é certo, ouvindo a dissertação dos encantos da posse do certo, e nunca das desgraças do errado. Há os que têm porosidade
bastante para a aprendizagem, porque aprender, entendem, é ter acesso à grandeza, e nunca porque, se não aprenderem por este
convencimento, vão lhes inchar a mão sob os argumentos da palmatória.
Então a Maçonaria é uma escola que se vale da didática da exaltação do bem. Olhemos, neste sentido, o que diz o Ritual do
Aprendiz! Os maçons se reúnem para se estimularem reciprocamente na prática da virtude.
Haveremos de descobrir a virtude no irmão. Pode ser uma pequena porção de virtude que ele possui (Estou usando “porção”
por me faltar uma medida mais adequada). Não incomoda. O que importa é chegar com o estimulante para que esta pequena porção
se torne uma grande porção. “O mal é a omissão do bem”. Estimule-se o crescimento do bem, de modo que ele ocupe todo o espaço.
No mal, nem pensar!
Muitas vezes, é possível que o irmão não esteja vendo uma nesguinha de mérito no outro irmão. E fique surpreso com um
elogio, ainda que pequeno. Não ficar tão surpreso assim! Pois “existe alma até no cedro e no junquilho...”, segundo Augusto dos Anjos.
Quem sabe não esteja havendo uma miopia? Um coração de algum modo endurecido? Bilac advertia que “os que matam são capazes
de ouvir e entender estrelas”.
Acontecem uns fatos interessantes neste campo, e que a gente precisa tirar alguma lição. Por exemplo, chega às livrarias “do
ramo” um livro sobre Maçonaria, falando bem a seu respeito. Foi uma pesquisa exigente, em que o autor levou anos a ela dedicado.
Escreveu a obra, pagou a alguém, especializado em português, para fazer a revisão do texto. Depois desta trabalheira, o livro veio a
lume. “Um trabalho bom; um trabalho fiel...” mas ninguém ouviu sequer um comentário sobre a beleza da obra. Sobre a importância de
aquele livro ser lido.
Agora reparem no que acontece, quando sai um livro, detratando a Maçonaria. Logo se trombeteia. Só é o que se fala.
Maçons esbarram um no outro para o comentário. Edições e edições do livro se esgotam, enchendo de dinheiro os bolsos do detrator.
O bom fruto não foi colhido e secou na árvore, enquanto que o fruto venenoso ganhou lugar de destaque à mesa. Parece que estamos
fazendo Maçonaria, como aquele cidadão que tocava violino com um serrote e luvas de boxe.
Quem já viu uma fábrica de automóvel produzir carros e mantê-los escondidos no porão? É o que se fez com a Maçonaria
durante muito tempo. Alguns queriam esconder a Ordem. Então os difamadores ganharam a rua. Botaram banca de divulgação anti-
Maçonaria. A Ordem só faz o bem. Não tem motivo por que esconder-se. Revelar-se maçom deve ser um gesto de felicidade.
Marshal Dimock escreveu o livro “Filosofia da Administração” e, aí, ele passa uma mensagem muito interessante. Uma
didática especialmente dirigida. Para ele, a pessoa é como uma bateria. Dispõe de energia, mas precisa ser despertada. Donde pode-
se entender que uma referência de reconhecimento não custa nada ao emitente, mas poderá ser de grande valia para correção de
percurso do destinatário.
O Mestre Moisés, o do Velho Testamento, deixou-nos uma grande lição. É que existe água cristalina na encosta de pedra e
de cascalho em pleno deserto. Pode não parecer, mas ele deixou este legado: a crença de que existe. A sabedoria, então, consiste em
saber bater com o cajado no lugar certo, abrindo a fenda para que a água jorre.
(*)Presidente da ABIM e Grão-Mestre do GOÍPE

VENDA E INSTALAÇÃO

*CÂMERAS (sistemas
analógico e digital).
*ALARMES E CERCA
ELETRICA.
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PORTÕES.
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CABO FRIO CEP: 28905-
29
O ENIGMÁTICO ANUÁRIO MAÇÔNICO
Ir.: Valfredo Melo E Souza(*)

Todo calendário, em princípio, é astronômico: sideral, lunar, solar, lunissolar, com modificações de cálculos
matemáticos. A erudição dos historiadores nos revela essas modificações com suas peculiaridades. Cada povo procura a
melhor forma de contar o tempo, codificá-lo em meses, dias, semanas, horas, minutos e segundos, conforme o movimento
do nosso planeta em torno do sol ou conforme as fases lunares.
Existem várias maneiras de se calcular um calendário (anuário maia, muçulmano, hebreu, eclesiástico, grego,
romano, egípcio, Juliano, Gregoriano e tantos outros). O ponto de partida – o Ano da Criação – é que se apresenta
divergente: 3962 a.C. para a Monarquia Lusitana; 4203 para Antônio Vieira; 5509 para o início da era bizantina (inventada
no século VII); 4004 fixada pelo bispo irlandês J. Usshler (adotado pela Igreja Anglicana), e assim por diante. Algumas
revoluções dos tempos modernos, às vezes com o fim de destruir as reminiscências de regimes anteriores, adotaram seus
próprios calendários. A Revolução Francesa adotou o “Ano Republicano” a partir de 22 de setembro de 1792, como o Ano
I. Mussolini fez outra tentativa, introduzindo nos atos públicos a “Era Fascista”, sendo 1922 a Ano I. A revolução
bolchevista, de 17 de setembro de 1917, vale-se da “era Revolucionária”, sendo 1917 o Ano I. Sinal dos tempos: vejam a
Constituição Brasileira de 1946 que traz esta data: 18 de setembro de 1946, 125º da Independência, 58º da República.
Vamos à instituição do calendário dos pedreiros construtores da humanidade (os Maçons): derivado basicamente
do Gregoriano (solar) e do Judaico (lunar).
O calendário Gregoriano (1582) foi adotado pelo Papa Gregório XIII para corrigir os erros do anterior, o Juliano,
(do Imperador Júlio César – 45 a.C.). Ao retornar o equinócio primaveril para 21 de março, conforme opinião externada no
Concílio de Trento, o 4 de outubro de 1582 passou a ser 15 de outubro para manter tradições religiosas. Conquistou
adeptos de muitos países católicos e depois dos protestantes. É o calendário do mundo cristão adotado até os nossos dias.
No calendário hebraico (lunar) como há uma discrepância de onze dias entre 354 dias do ano lunar e os 365 do
ano solar, um ano bissexto apresenta um mês suplementar (Adar II), sete vezes em cada dezenove anos. A páscoa cai
sempre na primavera, isto tendo como ponto de partida o Ano da Criação, 3.761 a.C.; os meses vão de Nissan a Adar. Pois
bem. Adaptou-se daí o calendário maçônico que pode ser entendido em duas partes: a primeira abrange desde a criação
do mundo até o ano 4.000 a.C. (com o aparecimento de Adão, o primeiro homem criado no Monte Moriá, feito do pó dos
quatro cantos da Terra). A segunda parte começa no cômputo do espaço de tempo a partir da vinda do Cristo. A soma das
duas partes, por exemplo, 4000 + 2008 = 6008, formam o ano maçônico, o ano da Verdadeira Luz. Fica assim, o
calendário: 1º mês – Nissan (21 de março / 20 abril), 2º mês – Iar (21 de abril / 20 maio), 3º mês – Sivan (21 de maio / 20
junho), 4° mês – Tamuz (21 de junho / 20 julho), 5º mês – Av (21 julho / 20 agosto), 6º mês – Elul (21 agosto / 20
setembro), 7º mês – Tishi (21 setembro / 20 outubro), 8º mês – Keswan (21 outubro / 20 novembro), 9º mês – Kislev (21
novembro / 20 dezembro), 10º mês – Tevet (21 dezembro / 20 janeiro), 11] mês – Shevat (21 janeiro / 20 fevereiro), 12º
mês – Adar (21 fevereiro / 20 março).
Coloque em linha, dia a dia, cada um dos meses do ano do calendário maçônico; abaixo escreva, dia a dia no
calendário Gregoriano, que será encontrada a correspondência; a ela somam-se os 4000 já convencionados. Com isto fica
o homem mais consciente de sua existência no tempo.

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30
AUMENTO DE SALÁRIO
Ir.: Valdemar Sansão

O verdadeiro aprendizado acontece depois que você acha


que já sabe tudo!

AUMENTO DE SALÁRIO – É a elevação de um Grau a


outro, que lhe é imediatamente superior. Tem a denominação genérica
de elevação. Segundo os graus, estas cerimônias têm outras
designações como: passagem, exaltação, iniciação, eleição,
nomeação, investidura, consagração.
Na Maçonaria de Ofício, ou seja, nas corporações
operativas, o salário era real e feito pelo senhor, ou patrão, das obras;
na Maçonaria atual, a dos Aceitos, ele é simbólico e recebido na forma
de ensinamentos e doutrinação, na Coluna que lhe compete, através
do Vigilante dessa mesma Coluna.
O aumento de salário depende da aprovação da Loja e
Desbastadas as asperezas, a Pedra Bruta é
transformada em Pedra Polida. envolve, evidentemente, certas condições de merecimento e avaliação
do aperfeiçoamento do Obreiro. Isto é medido através dos trabalhos
prestados, da freqüência às Sessões da Loja e das provas de conhecimento do Grau em que o Maçom se encontra.
Ninguém pode ter aumento de salário sem ter mérito e sem ter adquirido os conhecimentos necessários para isso,
devendo ser justificados por uma conduta irrepreensível no mundo maçônico e no mundo profano, além da idade exigida
constitucionalmente e pelo interstício necessário.
As Instruções louvadas em um guia seguro (Ritual do Grau) são aulas expostas didaticamente pelas quais
vamos nos redescobrindo até despertar nosso interior. É a compreensão das leis da vida maçônica. Aprendemos a
conhecer-nos, a crer em nós mesmos e a crer no Grande Arquiteto do Universo, que é Deus.
Aprendemos que o homem é alguma coisa mais do que um simples animal que traja roupas e que a sua
natureza íntima e divina, ainda que a sua divindade se conserve oculta, adquire o hábito da Virtude, a aluminação da
Inteligência e a purificação da Alma que o faz refletir, pois, sem isso, o homem seria um animal entregue aos mais
grosseiros instintos.
Com o Cinzel, dá forma e regularidade a massa informe da Pedra Bruta. Por ele aprende que a Educação e a
Perseverança são precisas para chegar a perfeição;
Aprende, também, que o homem não é simplesmente um fenômeno da vida ou um joguete da casualidade,
mas uma potência e o Criador e o destruidor da casualidade. Por meio de sua força interior vencerá sua indolência, libertar-
se-á da ignorância. Então sentirá amor por tudo o que vive e se constituirá em poder inexaurível para o bem da espécie,
neste mundo de permutas, de confusões, de vicissitudes e de incertezas.
Aprende que o objetivo da Maçonaria para o futuro é que o homem aja, então, com toda a justiça e ame seu
irmão como a si mesmo, porque ele e seus semelhantes são parte de um todo e que o todo é “Uno”; ele não pode ferir o
seu irmão sem ferir a si mesmo.
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Recomenda o Ritual do 1º Grau que todos os membros de uma Loja devem se esforçar quanto possível,
para compreenderem as vantagens dos ensinamentos das instruções. Apresenta mensagens que devem ser assimiladas
para que tenham sempre em mente o dever de pautarem seus atos individuais de todos os dias, por esse rico e
antiqüíssimo manancial de sabedoria.
O Aprendiz tendo recebido a LUZ e podendo caminhar sozinho no T..., embora ainda auxiliado pelos
conselhos dos IIr... e pela experiência dos MM..., sente-se responsável por si mesmo e sabe que seus pensamentos,
palavras e obras devem demonstrar, sempre, a consciência de seu juramento ao ingressar no Templo do Ideal cujo serviço
aceitou livremente, sem constrangimento, nem restrição de espécie alguma.
A vontade de evoluir oportuniza-lhe chances de crescimento e de progresso. O uso persistente e tenaz dessa
faculdade soberana permite-lhe modificar sua natureza, vencer todos os obstáculos. Aprende a meditar, a concentrar-se,
sintonizando com as esferas superiores e com as nobres aspirações.
Conhecendo passo a passo, a extensão dos recursos que nele germinam, fica deslumbrado, não mais teme
o futuro, tampouco se julga fraco.
Conhece, agora, o templo Simbólico, e sabe perfeitamente que ele não se constrói com pedras e madeiras,
mas com Virtude, Sabedoria, Força, Prudência, Glória, e Beleza; enfim, com todos os elementos morais que devem ser
ornamento dos Maçons.
Consciente de si mesmo compreende seus recursos latentes, sente crescer dia-a-dia suas forças na razão
de seus esforços, acredita na possibilidade de ele próprio alterar seu presente e seu futuro.
Assim ele há de se conservar firme na vontade inabalável de enobrecer-se e elevar-se. Atrai, com o auxílio
de seus Mestres e de sua inteligência, riquezas morais e constrói para ele uma personalidade melhor.
Concluídas as instruções de Aprendiz nos sete meses de vivência maçônica, diz-se que o instruendo está
apto a galgar o segundo degrau para elevação, representada como subida, fazendo-se reconhecer que todos somos
Irmãos, aprendendo a eliminar o apego, o egoísmo, a intolerância, a intranqüilidade, a desarmonia. Sabe também que tudo
que recebemos de Deus, devemos irradiar para todos, sem buscarmos qualquer recompensa.
Em se tratando de “aumento de salário” o maçom é honrado pela concessão do ingresso em uma nova
coluna, trocando os instrumentos de trabalho para melhor se ajustar na busca de outras luzes.
É um erro julgar que podemos fazer tudo sozinho, sem o auxílio dos demais. É também um equívoco
acreditar que o trabalho só sairá bom se formos nós os executores. Nenhum de nós sabe e pode tudo, nosso saber e poder
são relativos. Todos estamos na condição de Aprendizes, em regime de interdependência, destinados a aprender uns com
os outros o que ignoramos.
Também deverá ser apurado o que o candidato haja feito em favor dos semelhantes, quais os cuidados que
tenha dispensado ao seu próprio aprimoramento pessoal.
Uma advertência que poderíamos considerar é de que não pode ser homem de bem aquele que não é justo.
Contudo, não deixamos de ser injustos e imperfeitos pelo simples fato de abraçarmos os princípios maçônicos: “Um erro
muito freqüente entre alguns neófitos é o de se julgarem “justos e perfeitos” após alguns meses de estudo. Há nessa
pretensão de não mais necessitar de conselhos e de se julgar acima de todos, uma prova de incompetência, pois não
atende a um dos preceitos da Ordem: tornar-se sempre um elemento Humilde, de Paz, de Concórdia, de Harmonia no seio
da Maçonaria.

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Não são apenas os novos adeptos; muitas vezes, alguns mestres, antigos e experientes, equivocadamente,
também pensam assim.
Depois, quando, no término do trabalho de aperfeiçoamento moral, simbolizado pelo desbastar das
asperezas dessa massa informe, a que chamamos Pedra Bruta, pela Fé e pelo Esforço, conseguimos transformá-la em
Pedra Polida, então sim, deve ter lugar o “aumento de salário” concedido com consciência tranqüila, a fim de que, mais
tarde, tais decisões não venham a dar causa a arrependimentos. Apta à construção do edifício, podemos descansar o
Maço e o Cinzel, para empunharmos outros utensílios, subindo a escala da hierarquia maçônica, ou seja, recebendo o
merecido AUMENTO DO SALÁRIO.

Fonte de Consultas:
- Dicionário Etimológico Maçônico (Castellani)
- Ritual do Simbolismo Aprendiz Maçom do REAA (GLESP)
- Bem-Vindo à Maçonaria – Valdemar Sansão (aguardando publicação)

Valdemar Sansão
E-mail: vsansao@uol.com.br
Fone: (011) 3857-3402

A Maçonaria estimula o homem a se movimentar, a ir de Loja em Loja a fim de aumentar o seu


círculo de amizade. A aproximação genuína da Fraternidade Maçônica – o caloroso aperto de mão, a
maneira afável de abraçar-se um Irmão, exprimem com eloqüência: “VOCÊ NÃO REZA OU FALA DO
MESMO MODO QUE EU, PORÉM É UM SER HUMANO E EU GOSTO DE VOCÊ”!

Alfredo P. Cunha
Cirurgião Dentista – CRO 4679
Dr. Wagner Buono
Glaicy M. Cunha Ginecologista e Obstetra
CRM 52.27620-8
_ Periodontia e Endodotia –

 Acompanhamento Pré-Natal
Atendimento:  Tratamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis
2ª, 3ª, 5ª e 6ª  8h às 11h – 14h às 17h  Prevenção do Câncer de Colo
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