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MAÇÔNICO
n.º6 Julho/2001
ÍNDICE
EDITORIAL Pág. 2
Pág. 13
O nosso planeta
Pág. 14
O Pesquisador Maçônico
Depoimento
Fundação: Janeiro/2001
Pág. 15
Informativo Cultural da SOCIEDADE DE ESTUDOS ANTHERO
BARRADAS, e A... R...L...S... Renascimento n.º 08 • Perfil de um Grão-
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Rua Nicola Aslan, 133 Mestre
Braga – Cabo Frio (RJ)
O QUE A IMPRENSA NOTICIOU
NÚMEROS PERVERSOS
***************************************************************************************************************************
DESCOBERTAS ARQUEOLÓGICAS
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CURIOSIDADES
Robert Stephenson Smyth, mais conhecido com o título de Sir Baden-Powell, nasceu em
Londres em 22 de Fevereiro de 1857, tendo falecido no Quênia, África, em 7 de Janeiro de 1941.
Tomou parte como oficial inglês, nas lutas na África contra os nativos, durante os anos de 1896 até
1898, e, depois, na Guerra dos Bôeres, de 1899 até 1900.
Apoiado nas observações que fez ao longo de suas expedições às Índias e à África, durante
a instrução dos jovens, resolveu fundar, no ano de 1908, o ESCOTISMO( atualmente
ASSOCIAÇÃO DE ESCOTEIROS), com o objetivo de desenvolver o caráter, a iniciativa e o civismo
de crianças e adolescentes.
O movimento dá ênfase às atividades no campo, ao conhecimento da natureza, à ajuda ao
próximo e ao civismo; não admite discriminações de classe, credo, cor ou opinião política.
Em 1910, junto com sua irmã Agnes, Baden-Powell fundou as Bandeirantes, uma
organização semelhante, destinada às mulheres jovens.
Por ocasião do Grande Encontro Internacional do Movimento de Escoteiros, em 1929, em
Birkenhead, na Inglaterra, esteve presente, junto com Sir Baden-Powell, o Duque de Connaught,
Grão-Mestre da Maçonaria Inglesa e Príncipe de Gales, Grão-Mestre Provincial. Naquela mesma
reunião, houve também uma cerimônia de encontro dos Escoteiros Maçons.
Em Maio de 1925, o Conselho Nacional dos Escoteiros dos Estados Unidos da América do
Norte, por sempre ter recebido auxílio e ajuda, em todos os sentidos, da Ordem Maçônica,
resolveu gravar, em protocolo, o agradecimento por estes auxílios.
Provavelmente, por existirem algumas Lojas que resolveram denominar-se Loja Maçônica
“Baden-Powell”, julgaram que o mesmo tenha sido Maçom.
Infelizmente há muitos maçons que em qualquer coisa que enxergam, pensam logo que se
trata de algo de origem maçônica. Temos o exemplo da nota de um dólar dos EUA, em cujo verso
existe uma pirâmide truncada e sob a qual um triângulo, o que revela, segundo esses irmãos,
tratar-se de “emblema maçônico”.
No meu entender, Baden-Powell tinha interesse em que o Escotismo, como as
Bandeirantes, se espalhasse por todo o mundo, buscando, também, uma maior harmonia entre os
povos. E como estas duas organizações começaram efetivamente a progredir e a se expandir, até
em países onde a Maçonaria não era bem vista e, às vezes, nem era tolerada, tenho a impressão de
ter sido este um motivo para que Baden-Powell não tenha ingressado na Ordem.
Há alguns anos, escrevi para a Inglaterra sobre o assunto, solicitando informações. A
resposta que recebi dava conta de que não havia, nem nunca acharam, qualquer indício ou prova
de que ele tenha sido iniciado na Maçonaria.
Baden-Powell era, sem dúvida, um “Maçom sem avental”; e nós, em nosso meio, temos
muitos “Profanos com avental”...
Artigo escrito pelo Ir.: Kurt Max Hauser, do Oriente de Porto Alegre(RS).
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Publicado no Nº 136- Março/Abril de 2001, de “O PRUMO”.
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PARA PENSAR CANTINHO DA POESIA
PORTAS ABERTAS
Passe um tempo sozinho todos os dias; FRUSTRAÇÃO
Se alguém procura sua casa com frio
É porque você tem o cobertor;
PARA PENSAR
Se alguém procura sua casa com alegria
AUTOR: AYRTON CHRISTÓVAM DOS SANTOS
(TONGA)
É porque você tem o sorriso; POETA CABOFRIENSE(1931-1997)
Se alguém procura sua casa com lágrimas
É porque você tem o lenço;
A ARTE
Se alguém procura DE com
sua casa CALAR versos
É porque você tem a música; Tantos anos, meu Deus. Nada realizado
Se alguém procura sua casa com dor A vida, um colossal, um infernal vazio,
É porque você tem o curativo; Nas horas que se vão, eu perco o
Se"O silêncio
alguém é um
procura suamomento vivificante de
casa com palavras
desafio,
É porque você tem a audição;
graça, em que a criatura se cala, mas o Sem brilho, sem fulgor. Nada
Se alguém procura a sua casa com fome
espíritovocê
É porque fala".
tem o alimento; concretizado.
Se alguém procura a sua casa com beijos
É porque você tem o mel; Mas eu tentei, tentei, ao menos ser
SeCalar
alguém sobre
procura suasuacasaprópria
com dúvidaspessoa é amado,
É porque você tem o caminho;
Sehumildade.
alguém procura sua casa com orquestras E foi o amor de mim tão distante e
É porque
Calar você
sobretemoa festa;
defeito dos outros, é arredio,
Se alguém procura sua casa com desânimo Que neste exausto peito as horas só de
caridade.
É porque você tem o estímulo; estio,
SeCalar
alguémquando
procura sua casa com
a gente estáfantasias
sofrendo, é Transformaram em cinza os sonhos do
É porque você tem a realidade;
Seheroísmo.
alguém procura sua casa com desespero passado.
É porque
Calar você
diantetem adoserenidade;
sofrimento alheio é
Se alguém procura sua casa com segredos Tentei, tentei,em vão, tanta coisa
covardia.
É porque você tem a cumplicidade; arrancar
SeCalar
alguém procura
diante da ainjustiça
sua casa écom tumultos
fraqueza. Da solidão atroz deste peito de pedra,
É porque você tem a meditação;
Calar quando
Ninguém chega poroacaso outro
à suaestá
casa.falando, é
Do árido pensamento aonde a luz não
Por isto jamais feche as portas medra
delicadeza.
A quem levemente nelas bate.
Calarvire
Jamais quando o outro espera uma palavra,
as costas Tentei, tentei tentar, ao menos,
A quem chega de olhos límpidos, versejar...
é omissão.
De coração inteiro, de alma exposta.
Faltou-me luz. Faltou-me a inspiração
Calar
Não e não falar palavras inúteis é
dê desculpas,
fugaz
Não
prudência. a mil argumentos irracionais.
se agarre
Não invente motivos para justificar gestos Tanta coisa tentei. De nada fui capaz...
Calar quando Deus nos fala no coração, é
bruscos.
Destranque
silêncio. os portões das suas defesas
forjadas, Colaboração: Ir.: Anthero Barradas M .: M.:
Calar diante do mistério que não
Destrua as muralhas construídas
entendemos,
Com tijolos doséempurrões.
sabedoria.
Todos que batem à sua porta merecem pão
e vinho. Autor desconhecido
Merecem seu abraço, seu aconchego.
Todos que viajam em direção à sua casa
E batem deColaboração
leve à porta, emALFREDO
do Ir.: busca da sua
mão, ARLS RENASCIMENTO Nº 08.
Merecem entrar...
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GRANDE DICIONÁRIO BIBLIOTECA
ENC. DE MAÇONARIA E MANUAL DO MESTRE MAÇOM
Manoel Gomes.
A dentista Rosane Maria do Valle, de São Paulo, traçou um perfil nada animador da saúde
bucal dos idosos. Na sua tese de mestrado, defendida na Universidade de São Paulo, ela examinou 293
pessoas que viviam em casas de repouso na capital paulista. Infelizmente, 68% dessa turma havia
perdido todos os dentes. Apesar de a situação fora das instituições ser um pouco melhor, ainda não dá
para dizer que a maioria dos idosos brasileiros tem um sorriso saudável. “Antigamente a extração de
dentes era muito comum”, lamenta-se Rosane. “Mas isso está mudando.”
Dentes nota 10
A dona de casa Maria Carneiro pode se orgulhar de seu sorriso. Aos 69 anos de idade ela exibe
dentes bem cuidados. Sua dica é espantar a preguiça na hora da higiene bucal e caprichar na
escovação. “Sigo todas as orientações do dentista”, conta a simpática mineira, que vive há 60 anos em
São Paulo.
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TRABALHOS MAÇÔNICOS
A FRATERNIDADE ROSACRUZ (3ª PARTE)
Ir.: ÍTALO ASLAN M.: M.:
A LENDA
Ir.: Francisco José Povoas M.:M.:
Há muito tempo, em certa tribo de índios, era costume que os rapazes que atingiam idade
própria e aspiravam a serem consagrados guerreiros, se submetiam a uma prova duríssima.
Próximo da aldeia haviam grandes montanhas, jamais transpostas. No dia designado para a
prova, partiam os candidatos e procuravam galgar a íngreme escarpa. Ninguém conseguira, ainda,
atingir os altos píncaros. Contudo, eram aprovados aqueles que demonstrassem haver subido tão alto
quanto os valentes dos anos anteriores. Para isso, deviam trazer de volta, um ramo de certo arbusto que
só crescia nas partes mais altas da montanha.
Certo ano, todos os jovens desceram trazendo orgulhosamente o ramo comprovante de sua
façanha. Todos, exceto um, que desceu por último. Seus camaradas estavam atônitos, pois sabiam ter
ele subido mais alto que todos os demais.
7
O chefe da tribo, de fisionomia enérgica, fitou-o fortemente, perguntando se trazia alguma coisa
que provasse ter alcançado a altura exigida. O rapaz estendeu as mãos vazias. Mas havia um extasiante
brilho em seus olhos, quando serenamente explicou: “Eu vi o outro lado!”
Guardemos na memória, meus irmãos, esta singular cena!.
INICIAÇÃO
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VIAGEM AO NOSSO INTERIOR
PANTEÍSMO
D. Villela
Panteísmo é o sistema filosófico que identifica a divindade com o mundo, afirmando que
Deus é o conjunto de tudo quanto existe. As idéias panteístas estiveram em voga nos séculos XVIII
e XIX diminuindo depois o interesse por elas.
Não é fácil identificar as falhas de tal doutrina pois:
- Não se podendo conceber a divindade sem a infinita perfeição, cabe perguntar como um
todo perfeito pode ser formado de partes tão imperfeitas?
- Estando as partes sujeitas à lei de progresso devemos admitir que o próprio Deus progride
e, se é assim, deve ter sido, na origem dos tempos, muito imperfeito. Ora, como um ser
imperfeito, formado de idéias e vontades tão diferentes, pôde conceber as leis harmoniosas
e sábias que regem o universo?
Ao comentar as teses panteístas, mostrando a sua inconsistência, observou Allan Kardec
que elas encontraram defensores porque, apesar de suas falhas, representavam uma tentativa de
explicação do mundo e da vida, em contraste com a atitude dominante no campo religioso, onde
era proibido reflexionar sobre tais questões, devendo-se aceitar, sem exame, o que fosse
estabelecido pelas autoridades religiosas, ainda que em conflito com a lógica e os fatos. No
panteísmo, assim como no materialismo, procurava-se discutir, raciocinar, embora
equivocadamente, preferindo-se raciocinar em falso do que raciocinar absolutamente.
O homem possui, intuitivamente, a noção de que a morte não é o fim e que um poder e
uma ordem superiores governam a vida, apesar das aparências em contrário. Contudo,
amadurecida a sua inteligência, tem ele necessidade de que tais conceitos recebam formulação
lógica sem o que tende a rejeitá-los como falsos e irracionais.
Possuindo também dimensão religiosa, o Espiritismo preconiza – em consonância com a
mentalidade moderna – uma postura crítica, tudo submetendo a exame e somente aceitando
aquilo que, além de lógico, receba a sanção dos fatos.
É assim que a Doutrina evidencia os erros do materialismo e do panteísmo, demonstrando
a continuidade da consciência individual após a morte bem como o funcionamento de uma
perfeita justiça retribuitiva que a cada um oferece as conseqüências de suas obras.
A fé espírita é raciocinada e por isso inabalável de vez que “pode encarar a razão face a face
em todas as épocas da humanidade”.
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HISTÓRIA PURA
O PASSADO ROMÂNTICO ( MEMÓRIAS DE CABO FRIO)
Ir.: Anthero Barradas M.:M.:
À falta de uma fonte onde pesquisar conhecimentos sobre os costumes de nossa cidade de Cabo
Frio no período final do século XIX e início do século XX, valemo-nos de obras de autores que
escreveram sobre o passado de suas terras, por entendermos terem tido as cidades do interior
brasileiro, de um modo geral, uma formação histórica semelhante. Não podemos dizer, portanto, que
esta modesta crônica retratando o romantismo de Cabo Frio de antanho seja inteiramente original,
como também não é uma simples compilação.
Trata-se na verdade de um conjunto de flagrantes da vida de nossa cidade daquela época,
sobrepostos a aspectos similares focalizados por outros autores, principalmente pelo cronista, poeta e
pintor PAIM, em monografia escrita em 1969 sobre o interior paulistano. Nesta transmutação
colocamos boa dose de imaginação aliada à parte de nossos escassos conhecimentos sobre o assunto.
Daquela Cabo Frio provinciana e calma, habitada por gente humilde e simples, ocupada na
labuta da pesca e extração do sal (salicultura), vivendo num ambiente impregnado de romantismo e
embalada pela brisa amena do nordeste constante e benfazejo. Era a Cabo Frio dos boêmios cantadores
de modinhas, das serenatas andantes, envolvidas pelas noites de plenilúnio, cantada e louvada pelos
fazedores de versos que, em seus encantos naturais encontraram inspiração para suas rimas de amor.
Enfim, aquela cidadezinha peninsular, espremida entre as águas rebrilhantes da serena lagoa e as
ondas impetuosas do Atlântico majestoso.
A NOVENA – Momento marcante na vida religiosa da cidade. Na pequena nave da matriz reuniam-se
as principais famílias, com os senhores e as matronas ocupando os bancos e cadeiras, no chão
acomodando-se as mucamas e os escravos. Era também a ocasião aproveitada pelos jovens para os
“namoricos platônicos” que se limitavam a furtivos e disfarçados sorrisos.
A PROCISSÃO – Ao cair da tarde, com as ruas apinhadas de gente, a cidade atingia uma intensidade
de vida que quebrava a monotonia dos dias comuns. Uma aura de religiosidade e de fé impregnava o
povo aglomerado em torno da matriz. As ruas engalanavam-se. Das janelas e sacadas pendiam panos
coloridos. As tochas, as confrarias, os andores e as luminárias completavam com a imprescindível
banda de música o solene cortejo. À noite, a parte profana da festa – a tradicional “quermesse” com
fogos e cantorias entoadas pelo povo do qual participavam negros e índios - era o espetáculo máximo
da cidade.
A SERENATA – Constituía-se na manifestação lírica da alma boêmia cabofriense. Às horas mortas da
noite, o silêncio claustral das ruas era quebrado pelo som lamentoso dos “pinhos chorões” e da voz
langorosa dos seresteiros.
FESTAS FAMILIARES – Que ocorriam amiúde nas residências das famílias locais, davam aos corações
apaixonados a oportunidade para confirmar de viva voz aquilo que já haviam dito com olhares, com
flores ou com bilhetinhos perfumados.
O NAMORO – Face aos rigores moralistas da época, era difícil e só furtivamente possível. Somente
com a permissão das famílias o namoro se tornava oficial e público.
O SARAU – As reuniões lítero-musicais se tornavam um acontecimento ímpar da vida cultural e
romântica da cidade. Cena comum: ante um auditório circunspecto, alguém dedilha ao piano acordes
maviosos, prendendo a atenção de todos, ao tempo em que um poeta fogoso declama versos de sua
lavra para conquistar o coração de sua amada.
O PEDIDO DE CASAMENTO – Nas residências antigas a sala de visitas era um recinto somente
usado nos momentos mais importantes da vida: enterros, visitas de grande cerimônia, casamentos e
principalmente, quando o noivo agoniado afirma suas honestas intenções gaguejando: “venho...
venho... venho... pedir a mão de sua filha ...”
O BAILE – Tão comum nas residências daquele tempo, proporcionou o encontro feliz de namorados e
muitas vezes foi o ponto de partida de novos amores ou o fim de antigos. Não poucas vezes aconteciam
cenas de ciúmes, enlevos e suspiros e até momentos de prantos. Entre as damas trajadas com vestidos
de mangas tufadas e de cavalheiros de calças colantes sobre as quais desciam paletós de variados tons,
trocam-se doces palavras, iniciam-se romances.
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A TABERNA - Cabo Frio da brisa refrescante soprada do oceano, também teve tabernas, ponto de
encontro de poetas e boêmios que ali se juntavam para beber, rimar seus versos e esquecer da vida.
O CAIS – Onde aportavam e de onde partiam os navios rumo à capital, foi testemunha de adeuses de
amigos, parentes e noivos com promessas de breve regresso. Assistiu ternos abraços, talvez beijos, mas
com certeza, muitas lágrimas.
O JOGO DE BOLA – Era o esporte que dominava à época, quando as jovens “casadoiras”
compareciam aos campos de peleja, nas tardes dos domingos, extravasando graça, beleza e vibração na
torcida pelos guapos atletas.
A PESCARIA – Nas margens plácidas da Lagoa, em noites de lua cheia, grupos de jovens entregavam-
se à pescaria que sempre rendia algum idílio, inspirado pelas águas prateadas do formoso lago. Num
rancho improvisado, fritavam-se os “carapicús”, as “cocorocas”, os “siris” e os “camarões” pescados
pelos líricos pescadores.
CONFIDÊNCIAS – A vida cotidiana da cidade era divulgada pelas “alcoviteiras” e pelos
freqüentadores das boticas. Os assuntos eram sempre a vida alheia ou os amorosos em que se discorria
sobre os namoros. Amores de todas as categorias eram comentados: os secretos, os públicos, os
incompreendidos, os desprezados, os ditosos e os infelizes.
O LUAR – Refletido no imenso espelho de águas cintilantes da Lagoa, assim era o luar da bucólica
Cabo Frio de outrora. Derramando seus raios prateados sobre a torre imóvel da matriz, sobre o casario
adormecido da cidade, era a lua testemunha e cúmplice das mais apaixonadas cenas de amor.
A INCERTEZA – No passado as românticas filhas de Cabo Frio confiavam ao sol poente que tingia de
ouro as nuvens do céu, as suas incertezas. Voltará? Não voltará? Será constante? Esqueceu-se de mim?
Eram dúvidas povoando suas mentes angustiadas.
ROMPIMENTO - Uma carta chega às mãos da jovem, laconicamente desfazendo o noivado.
Desolação! Desmorona-se um mundo! Da torrinha da igreja matriz chegam as badaladas das trindades
que soam, no crepúsculo, como um dobre de finados.
A NOITE – As desilusões mataram os sonhos. As esperanças dissiparam-se! Lentamente desce a
sombra sobre o largo da matriz.
BIOGRAFIA DO MÊS
CAMAMÚ (Marechal José Egidio Gordilho de Barbuda, 2º Visconde de)
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ESSA É PARA RELAXAR
O Padre...
Um homem casado vai se confessar:
- Eu quase pequei...
E o padre:
- Que quer dizer com “quase”?
- Encostei meu bilau na empregada.. Mas, na hora eu não enfiei, eu parei. Por isso, foi
“quase”!
- Encostar é a mesma coisa que enfiar... Você pecou, meu filho! Reze vinte ave-marias e
colabore com cem reais para as obras da igreja, que será perdoado!
O cara sai do confessionário, reza vinte ave-marias, cata uma nota de cem reais na carteira e vai até
a caixa de coletas. Encosta a nota na fenda, mas recua e guarda o dinheiro de volta.
O padre, que estava espiando, grita:
- Eu vi isso, pecador! Você não enfiou o dinheiro na caixa de donativos!
- Foi o senhor mesmo que disse que encostar é a mesma coisa que enfiar!
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Um brasileiro e um argentino acharam uma lâmpada mágica. Cada um tinha direito de fazer um
pedido. O argentino ganhou no par-ou-ímpar e começou.
- Queria que fosse construído um muro bem alto em volta da Argentina, para que nenhum
brasileiro conseguisse entrar – propôs.
Desejo atendido. Na vez do brasileiro, ele chama o gênio num canto e pergunta:
- O muro é bem alto?
- Sim, meu amo – disse o gênio.
- Dá pra pular?
- Não, meu amo. Não dá.
- Tem caco de vidro em cima?
- Sim, meu amo – respondeu o gênio, já curioso.
- Também tem aquele arame farpado em volta?
- Sim, meu amo...
- Então enche de água!
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Um jovem ventríloquo estava fazendo uma turnê e foi dar um espetáculo num bar em uma
cidadezinha do interior. Estava exibindo seu repertório usual sobre a burrice das louras quando
uma louraça sentada na quarta fileira levantou-se e disse:
- Já ouvi o suficiente das suas piada denegrindo as louras, seu idiota. O que o faz pensar que
pode estereotipar as mulheres deste jeito?
O jovem assustou-se, mas manteve-se calado, ouvindo o sermão.
- O que tem a ver os atributos físicos de uma pessoa com o seu valor como ser humano? –
continuou a louraça.
- São caras como você que impedem que as mulheres sejam respeitadas. E tudo em nome do
humor!Droga!
Confuso, o ventríloquo começou a se desculpar. A loura, em tom esganiçado, interrompe:
- Fique fora disso, senhor. Estou falando com este rapazinho sentado em seu colo.
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EFEMÉRIDES DO MÊS DA A. R. L. S. RENASCIMENTO
N.º 08
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“A humildade de coração não exige que te humilhes, mas que te abras. É o segredo das permutas.
Somente então poderás dar e receber.”
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Antoine de Saint-Exupéry
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O NOSSO PLANETA
Água pública ou privada? Se algo pode ser aprendido da “guerra da água” na Bolívia é que
para se resolver o conflito é preciso ter-se em conta a população, suas tradições e seus costumes.
Uma lei de privatização da água foi a faísca que incendiou a “guerra da água “ na Bolívia,
que desatou uma das piores crises sociais que já viveu este país andino nos últimos anos. O
conflito começou em janeiro de 2000, quando as tarifas de água potável dos habitantes da cidade
de Cochabamba triplicaram. Além disso, os camponeses da região do vale seco que rodeia a cidade
descobriram de repente que a água que haviam extraído grátis durante gerações já não era sua. Da
noite para o dia, os primeiros tiveram que pagar o preço real desse bem básico, sem subvenções,
enquanto que os segundos – a sua maioria indígenas “quéchuas” – passaram de proprietários
ancestrais da água a clientes de “Águas Del Tunari”, subsidiária da “International Water Ltd”, de
Londres.
Estas medidas eram a tradução em fatos da Lei 2029 do “Servicio de Potable y
Alcantarillado Sanitário”, aprovada aos finais de 1999, que privatizou ambos os serviços. “O
grande erro dessa lei foi haver concessionado também as fontes de água, pois em geral as
concessões se fazem unicamente para a administração do serviço”, explica o hidrólogo boliviano
Carlos Férnandez Jauregui, especialista da UNESCO em temas hídricos.
Além de tudo, a lei foi aprovada sem nenhum tipo de consulta pública e sob pressão da
companhia francesa Lyonnaise des Eaux, encarregada da distribuição de água em La Paz, sob o
nome de “Águas de Illimani”.
No país mais pobre da América do Sul, onde 10 % das pessoas vivem em condições de
pobreza absoluta, sobram razões de descontentamento social. O conflito da água foi o detonador
de uma revolta muito mais ampla cujos resultados foram dez meses de desordem, enormes perdas
econômicas, onze dias de estado de sítio e uma dezena de mortos.
A pressão social foi tal que o governo teve de dar um passo atrás. Em abril, “Águas Del
Tunari” rescindiu o contrato que havia firmado com as autoridades para realizar o projeto
Misicuni, que previa a construção de uma represa para ampliar a rede de distribuição de água na
região cochabambina.
Além da represa, o projeto Misicuni inclui a construção de um túnel e de plantas de
purificação e tratamento de águas residuais, por um custo total de 300 milhões de dólares. As
enormes facilidades que a lei outorgava aos concessionários explicam-se, sem dúvida, pela
necessidade de atrair investimentos para custear este projeto milionário, já que os legisladores
indicaram o bolso do consumidor par financiá-lo. Mas, ao final, o tiro se voltou contra o governo
(Hugo Banzer), pois “Águas Del Tunari” exige enormes indenizações pela rescisão do contrato e as
autoridades temem perder créditos ante os investidores estrangeiros, se negarem-se a pagar.
Além de tudo, a saída dessas companhias não é necessariamente a melhor solução. Graças à
experiência ganha em vários países, essas multinacionais oferecem em geral um serviço melhor do
que as empresas públicas locais usam a água de maneira mais eficiente e pagam maiores salários
aos técnicos. Mas os governos, por sua parte, devem proteger a seus cidadãos dos apetites
comerciais naturais desses gigantes das águas.
Para Fernández Jauregui, o problema de água na Bolívia é de governabilidade. Em sua
opinião, os bolivianos estão pagando a falta de experiência em matéria de legislação de água: “Não
existem leis, nem instituições, nem tampouco infra-estruturas apropriadas para enfrentar o
problema da água”, alerta. Em outros países latino-americanos se tem conseguido experiências
positivas de resolução de conflitos nesse tão espinhoso tema.
17
DEPOIMENTO I
A CORRUPÇÃO DA REPÚBLICA
A seqüência de graves fatos de corrupção registrados no País está ensejando uma saudável
reação da sociedade em busca de uma solução, que passaria num primeiro momento, pela punição
exemplar de corruptos e corruptores. Seria bom começo, mas o problema, entretanto, é muito mais
amplo, e se queremos encontrar uma saída, devemos ir à fonte da corrupção, aos mananciais, já que, se
punirmos hoje, amanhã novos casos surgirão como conseqüência da corrupção dos princípios que
deveriam nortear a condução da coisa pública pelos governantes.
Tínhamos, anos atrás, a corrupção na república, que se restringia à somatória dos inúmeros
casos individuais de maior ou menor monta, sem que, entretanto, a Soberania Nacional e a Lei e a
Ordem fossem corrompidas. O que assistimos atualmente é a liquidação dos resquícios de ambas,
submetidos a um governo dito democrático, mas que governa de costas para o povo brasileiro – o que
lhe retira o direito de intitular-se democrático – como mero administrador colonial dos países
hegemônicos.
O Governo FHC entrega todo o patrimônio estratégico nacional ao capital internacional; aplica
uma política econômica que está aumentando exponencialmente nossa dívida externa; privilegia a
especulação financeira predatória, nacional e internacional, com uma política de juros que sufoca as
atividades produtivas não-monopolistas; com a suicida abertura indiscriminada de importações,
compromete progressivamente nossa balança de pagamentos, tornando-a permanentemente deficitária
e, finalmente, executa uma nova Derrama sobre o povo, através do aumento de impostos e taxas,
enquanto os especuladores obtêm indecorosas isenções fiscais e se beneficiam de uma série de
mecanismos tributários benevolentes, não para o povo, mas para os especuladores.
Se nos detivermos no estudo da política ambientalista e indigienista ditada por Ongs
financiadas por governos e entidades estrangeiras, veremos que na raiz da questão está uma política
antidesenvolvimentista que visa impedir que o país explore suas potencialidades estratégicas em
benefício do povo e se torne, ao contrário, um “paraíso ecológico” sob supervisão de organismos
institucionais. Os casos mais emblemáticos decorrentes desta política antinacional são as imensas
reservas indígenas e ambientais que estão despovoando a Amazônia e o impedimento do comércio
mundial de soja através da redução do preço do frete.
Também em consonância com o ideário “politicamente correto” emanado dos países
hegemônicos e implementado no País com o auxílio de Ongs conectadas aos grandes interesses
globalistas, a pretexto da defesa de “direitos humanos”, se permite, por falta de ação, que o crime e a
sedição se disseminem por todo o País, sob a desculpa de que o banditismo reinante se deve à “questão
social”, ou seja, não é um caso nem de polícia nem de justiça, mas de “voluntariado” e de “campanhas
pela paz”.
No campo psicosocial o que se vê é a total ausência da exaltação dos bons valores morais, éticos
e patrióticos, apresentados como ultrapassados e “reacionários”, que foram totalmente substituídos na
mídia pela exaltação do hedonismo pagão, do ócio, do acovardamento social e individual diante do
crime e da estética do banditismo, além é claro, pela intrínsica vulgaridade de “ídolos” forjados por um
marketing aético e pelos aspectos negativos do individualismo extremado.
O que ocorre hoje não são casos isolados, mas a corrupção da república, que ataca os seus
alicerces. Essa enxurrada de casos escabrosos envolvendo políticos não é algo a ser debitado
simplistamente a “pessoas más”, mas a um processo de dissolução político inferior, o de colônia, agora
do G-7.
Os escritos dos pensadores da política, como Aristóteles, Tito Lívio e Maquiavel, demonstram
que a corrupção leva à decadência e à tirania, por outro lado, a revolta da opinião pública é um indício
claro de que a cidadania ainda não foi corrompida e deve se defender contra sua corrupção com
manifestações firmes contra a “mãe de todas as corrupções”: a entrega do País. Sem que esta tarefa
esteja cumprida as demais não obterão êxito, pois somente povos soberanos podem desfrutar da
liberdade e da virtude. O destino de povos submissos e corrompidos é a servidão.
18
PERFIL DE UM GRÃO-MESTRE
Como não nos foi possível fazer uma entrevista, destacaremos os principais fatos de seu currículo:
Nasceu no Rio de Janeiro, em 19 de Maio de 1948;
É filho de Osmar de Lima Gusmão e Nadir de Souza e casado com a cunhada SÔNIA
MARIA BRAGA GUSMÃO;
Tem formação de Bacharel em Ciências Contábeis, pelas Faculdades Simonsen;
Tem formação e carreira militar pelo CORPO DE BOMBEIROS DO ESTADO DO RIO DE
JANEIRO, com cursos de Formação de Oficiais e Cursos de Extensão, feitos nos EUA;
Foi Iniciado em 1992, na A.:R.:L.:S.: AMOR AO TRABALHO DO RIO ...;
Foi elevado ao Grau 33 em Novembro de 1999;
Na sua trajetória maçônica, exerceu ( em Loja) as funções de : Mestre de Cer...; 2º Vig...; 1º
Vig...; e Venerável Mestre. No GOIRJ, antes do atual Grão-Mestrado, exerceu as funções de :
Membro da Soberana Assembléia Legislativa(Deputado) e Grande Secretário da Guarda
dos Selos;
Condecorações recebidas ao longo de sua vida maçônica:
1. Homenagem da L.: CONSTÂNCIA (GLMERJ), pelos excelentes serviços prestados à
Maçonaria Carioca e Fluminense;
2. Homenagem da L... 7 DE SETEMBRO (GLMERJ), pelos excelentes serviços prestados à
Maçonaria Carioca e Fluminense;
3. Homenagem da L... BRASIL (GOERJ), pelos excelentes serviços prestados à Maçonaria
Carioca e Fluminense;
4. Homenagem da L... AKHENATON (GLMERJ), pelos seus 15 anos de fundação;
5. Medalha de Mérito da L... ORDEM E PROGRESSO (GLMERJ);
6. Medalha de Mérito da L... CARLOS GOMES (GOERJ);
7. Medalha de Honra de INSTALAÇÃO DO GOERJ - Maior Comenda do Grande Oriente
do Estado do Rio de Janeiro;
8. Medalha de Honra dos 170 anos do SUPREMO CONSELHO DO GRAU 33 DO REAA
DA MAÇONARIA PARA A R.F. DO BRASIL;
9. Título de Membro Honorário da L... CARLOS GOMES (GOERJ);
10. Título de Membro Honorário da L... DEUS E UNIVERSO (GOERJ);
11. Título de Membro Honorário da L... LEALDADE FRATERNA (GOIRJ);
12. Fundador da A...R...L...S... SEMEADORES DA PALAVRA.
...Por enquanto!
Colaboração do Ir... Carlos Alberto dos Santos M...M...
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O PESQUISADOR
MAÇÔNICO
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