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ÍNDICE

Agremiação Página

G.R.E.S. UNIDOS DE VILA ISABEL 03

G.R.E.S. ACADÊMICOS DO SALGUEIRO 53

G.R.E.S. SÃO CLEMENTE 121

G.R.E.S. PORTELA 159

G.R.E.S. IMPERATRIZ LEOPOLDINENSE 221

G.R.E.S. ESTAÇÃO PRIMEIRA DE MANGUEIRA 273

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G.R.E.S.
UNIDOS DE
VILA ISABEL

PRESIDENTE
LUCIANO FERREIRA
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“Memórias do “Pai Arraia”
Um Sonho Pernambucano
Um Legado Brasileiro”

Carnavalesco
ALEX DE SOUZA
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Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos de Vila Isabel – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Enredo

Enredo
“Memórias do “Pai Arraia” Um Sonho Pernambucano, Um Legado Brasileiro”
Carnavalesco
Alex de Souza
Autor(es) do Enredo
Alex de Souza e Martinho da Vila
Autor(es) da Sinopse do Enredo
Alex de Souza e Martinho da Vila
Elaborador(es) do Roteiro do Desfile
Alex de Souza
Ano da Páginas
Livro Autor Editora
Edição Consultadas
01 MCP: História do Germano Coelho Ed. Do Autor 2012 Todas
Movimento de Impresso pela Cia.
Cultura Popular Editora de
Pernambuco

02 Pedagogia do Paulo Freire Paz e Terra 2013 Todas


oprimido

03 Arraestaqui Lailson de Holanda Instituto Miguel 2008 Todas


Cavalcanti Arraes

04 O Brasil, o Povo e o Miguel Arraes Língua Geral 2008 Todas


Poder

05 Brasil – Histórias, Alceu Maynard Editora Três 1973 Todas


Costumes e Lendas Araújo e José
Lanzallotti
Outras informações julgadas necessárias

Pesquisa: Alex de Souza (Carnavalesco)


Vídeos: “Miguel Arraes – O Guerreiro do Povo” – Direção André Salles e Paulo Henrique Fontenelle –
Produção Canal Brasil – 2006
Teses: Nome: Fernando Antonio Farias de Azevedo – Título: “Miguel Arraes 1962 - Mudança e Crise
Política” – Orientador: Braz José de Araújo – USP
Sites Consultados:
http://institutomiguelarraes.com.br
http://www.topgyn.com.br/conso01/pernambuco/conso01a04.php
Colaboradores: Handerson Big (Historiador)
Assistente de Carnavalesco: Ilma Lima

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Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos de Vila Isabel – Carnaval/2016

HISTÓRICO DO ENREDO
Sinopse

“Memórias do “Pai Arraia”. Um Sonho Pernambucano, Um Legado Brasileiro”

Lembro, quando menino, de ver o flagelo de perto, na minha terra natal.

A miséria batia à minha porta: um povo sofrido me estendia as mãos, como pedinte.

Eram filhos da seca vindos dos áridos sertões, que deixaram pelo caminho suas
esperanças.

Anos se passaram e, já nos braços do povo, fui conduzido a assumir a responsabilidade


de dar a ele voz e dignidade.

Na periferia de Recife, paisagens desoladas. A pobreza mora na lama, nos mangues, se


equilibrando em palafitas.

No meu tempo, agi como um juiz, numa questão em meio aos canaviais. Para inverter as
injustiças, promovi o “Acordo do campo”, numa época em que era preciso “Reformar”.
Por tais ações, tive daquela gente comovente gratidão. Buscavam em mim, mais que um
amigo, mais que um irmão, e deram-me a alcunha de “Pai Arraia”, como gesto de
candura e devoção.

Lembro dos ensinamentos de Paulo Freire e da fé de D. Helder Câmara.

Com o apoio de queridos amigos, educadores, artistas, e intelectuais, surgiu um grande


“Movimento”, o MCP, para despertar as massas, que pela educação iriam se libertar.

Valorizando a cultura e mantendo as tradições, todas as artes se apresentaram nas praças,


congraçando as classes.

Hoje seus cantos e danças “fervem” e tomarão a Passarela do Samba, com batuques
soltos e sonoros, com maracatus de baques soltos e virados, nesta festa popular.

Mesmo não estando entre vós, deixo minhas lembranças e o meu legado, no ano do meu
centenário, num carnaval de sonho, com a Vila a comemorar.

Texto de Alex de Souza e Martinho da Vila

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JUSTIFICATIVA DO ENREDO
ARGUMENTO

A Unidos de Vila Isabel tem por tradição, focar muitos dos seus carnavais em temas
de cunho social. Em 2016 apresenta o enredo em homenagem ao centenário de
Miguel Arraes de Alencar, ou simplesmente Miguel Arraes, (Araripe, Ceará 15 de
dezembro de 1916 — Recife, Pernambuco 13 de agosto de 2005) prefeito de Recife,
deputado estadual e federal e três vezes governador do estado de Pernambuco. O
enredo não se trata de uma biografia integral e sim, o que o levou à política, suas
ações sociais e principalmente sua participação no Movimento de Cultura Popular,
que foi um marco como projeto educacional e de valorização das tradições culturais
pernambucanas.

1º SETOR - ABERTURA: MEMÓRIAS DA MISÉRIA


Nascido em Araripe, mudou-se para o Crato, sul do Ceará, para concluir o ginásio.
Naquela época, algo o marcou profundamente: o flagelo da seca. Sobre isso, declarou
em um documentário: “Eu comecei a ter consciência política... Um sentimento
político que me veio, sobretudo da seca de 1932... Eu não entendia, aquilo era para
mim, uma brutalidade tal, que ficou na minha cabeça... procurei tomar consciência
dos motivos, que davam lugar a esta contradição tão violenta...” (MIGUEL ARRAES,
GUERREIRO DO POVO, 2006).

A primeira parte do desfile retrata de forma alegórica o sofrimento da seca,


presenciado na juventude de Arraes, até a miséria úmida dos ribeirinhos, nas regiões
lamacentas e lodosas dos mangues, dos pobres habitantes das palafitas, na capital
pernambucana, desde que chegou ao Recife.

2º. SETOR: MEMÓRIAS DO ACORDO DO CAMPO


Apontada como uma das atividades mais vilmente exploradas, o trabalho dos
cortadores de cana, tem em seu histórico, secular, condições de trabalho desumanas.

Já em 1633, o Padre Antônio Vieira em seus “Sermões do Rosário”, descreve como


“Doce Inferno” a forma cruel de trabalho, também nos engenhos, durante a época da
escravidão, que na prática, muito pouco mudou desde então.

A cana-de-açúcar é plantada na zona da mata de Pernambuco, na chamada zona


canavieira há quase cinco séculos. Quando em seu primeiro mandato como
governador, Arraes promoveu o chamado: “O Acordo do Campo”, como princípio, a
implantação da justiça trabalhista dos canavieiros com os usineiros e donos de
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engenhos, os quais, representantes das oligarquias canavieiras de Pernambuco.


Fazendo com que estendesem o pagamento do salário mínimo aos trabalhadores
rurais. Miguel Arraes também deu forte apoio à criação de sindicatos, associações
comunitárias e às ligas camponesas.

3º SETOR: MEMÓRIAS DA EDUCAÇÃO POPULAR


O Movimento de Cultura Popular - MCP – foi criado no Recife em 13 de maio de
1960, entidade privada sem fins lucrativos e se mantinha através de convênios que, na
prática, foram firmados quase que exclusivamente com a prefeitura do Recife quando
o prefeito da cidade era Miguel Arraes e posteriormente quando o mesmo assumiu o
governo do Estado. Seu nome foi herdado do movimento francês Peuple et Culture
(Povo e Cultura).

Trata-se de um movimento fundado por intelectuais, educadores e artistas, presidido


pelo professor Germano Coelho (depois prefeito da cidade de Olinda), que teve como
objetivo difundir as manifestações da arte popular regional e desenvolver um trabalho
de alfabetização de crianças e adultos.

Paulo Freire (1921-1997) o mais célebre educador brasileiro, reconhecido


internacionalmente, um dos Sócios Fundadores do movimento, desenvolveu um
método pedagógico de alfabetização de adultos que leva seu nome, conhecido como:
“Pedagogia do Oprimido”.

O então Ministro da Educação, Darci Ribeiro, veio ao Recife apoiar pessoalmente o


MCP e o considerou "um exemplo a ser levado a todo o País".

Neste setor que trata da educação, cada ala representa uma disciplina: Português;
Matemática; História; Geografia e Ciências. Em cada uma há um pouco de
Pernambuco, seja em pequenos detalhes relacionados à indumentária dos sertanejos
ou até mesmo sobre um pouco da história do estado.

4º SETOR: MEMÓRIAS DA ARTE POPULAR


O movimento promovia apresentações de espetáculos em praças públicas;
organização de escolas radiofônicas, grupos artísticos; oficinas e cursos de arte;
exposições; edições de livros e cartilhas, um centro de artes plásticas e artesanato,
com cursos de cerâmica, tapeçaria, tecelagem, cestaria, gravura e escultura; mais de
450 professores e 174 monitores de ensino fundamental, supletivo e educação
artística; uma escola para motoristas-mecânicos; cinco praças de cultura, com

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bibliotecas, cinema, teatro, música, tele-clube, orientação pedagógica, recreação e


educação física.

Também integraram o MCP, intelectuais e artistas como Francisco Brennand, Ariano


Suassuna, Abelardo da Hora, Vicente do Rego Monteiro entre outros, que formavam
um total de 109 sócios fundadores. Contou também com a participação do teatrólogo
Augusto Boal e do ator José Wilker.

Por causa do clima político existente na época, o MCP alcançou repercussão nacional,
servindo de modelo para movimentos semelhantes criados em outros estados do
Brasil.

O Movimento de Cultura Popular do Recife foi extinto com o golpe militar, em março
de 1964.

Como o movimento valorizava a arte e os artistas populares, o setor homenageia a


arte popular pernambucana e seus grandes mestres, como: J. Borges, famoso
xilogravurista da Literatura de Cordel; a dança do Xaxado; os repentistas e trovadores
famosos e anônimos; o grande mestre Vitalino, das esculturas em cerâmica e o teatro
de mamulengos.

5º SETOR: MEMÓRIAS DA CULTURA POPULAR


Tanto o MCP quanto o Movimento Armorial, de Ariano Suassuna, contribuíram nas
transformações da transmissão das tradições orais dos folguedos, assim como na
dinâmica das brincadeiras de terreiros que foram se modificando para apresentações
em palcos e festivais de cultura. O MCP tinha a preocupação de mobilizar diversos
setores da sociedade em prol da arte e da cultura popular, e o Armorial visava
desenvolver pesquisas sobre as festas populares de Pernambuco.

O legado deste trabalho está nas ruas até hoje, mantendo vivas as tradições
pernambucanas. No orgulho de um povo, que mesmo contra todas as adversidades, se
traduz em alegria pelas ruas.

No setor que encerra esta homenagem, ao centenário de Arraes, traz diversas


manifestações populares, reunindo folguedos de todo o Estado de Pernambuco, como
Maracatus (Nação e Rural); Caboclinhos; Frevo; Blocos de Rua entre outros.

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ROTEIRO DO DESFILE
Comissão de Frente
“NA CARTILHA DO CORDEL,
O MILAGRE DA VIDA NO SERTÃO DE
MEU DEUS”

1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira


Phelipe Lemos e Dandara Ventapane
“PAISAGEM SERTANEJA”

Ala 01 – Comunidade
“XIQUEXIQUES E MANDACARÚS”

Destaque de Chão
Nicole Bahls
“SERTÃO”

Abre-Alas
“MIRAGENS DO SERTÃO”

Ala 02 – Comunidade
“RETRATOS DA SECA”

Ala 03 – Comunidade
“CARCARÁS”

Ala 04 – Comunidade
“BEATOS”

Ala 05 – Comunidade
“MOCAMBOS”

Ala 06 – Comunidade
“MANGUE”

Destaque de Chão
Janaína Guerra
“MANGUEZAL”

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Alegoria 02
“PALAFITAS E MANGUEZAIS”

Ala 07 – Comunidade
“CORTADORES DE CANA”

Ala 08 – Baianas
“CANAVIAL”

Ala 09 – Comunidade
“LIGA CAMPONESA”

Ala 10 – Comunidade
“USINEIROS – OS VELHOS CORONÉIS”

Destaque de Chão
Dandara de Oliveira
“CANA PERNAMBUCO”

Alegoria 03
“A GRANDE USINA”

Ala 11 – Comunidade
“BE-A-BÁ: EDUCAR PARA LIBERTAR”

Ala 12 – Comunidade
“SOMANDO FORÇAS, DIMINUINDO AS
DIFERENÇAS, MULTIPLICANDO
CONHECIMENTO E DIVIDINDO
SABEDORIA”

Ala 13 – Passistas
“AULA DE HISTÓRIA – NOS TEMPOS
DE NASSAU”

Rainha de Bateria
Sabrina Sato
“GUERREIRA DA CASA REAL”

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Ala 14 – Bateria
“PERNAMBUCO, O “LEÃO DO NORTE”

Ala 15 – Comunidade
“GEOGRAFIA SERTANEJA”

Ala 16 – Comunidade
“COM CIÊNCIA”. OBSERVANDO O
INFINITO”

Destaque de Chão
Mel Brito
“CONHECIMENTO”

Alegoria 04
“SERVINDO DE LIÇÃO”

Ala 17 – Comunidade
“LITERATURA DE CORDEL”

Ala 18 – Coreografada
“DANÇANDO XAXADO”

Ala 19 – Comunidade
“TROVADORES E REPENTISTAS”

Ala 20 – Comunidade
“ARTE NO BARRO”

2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira


Jackson Senhorinho e Amanda Poblete
“FANTOCHES”

Ala 21 – Comunidade
“TEATRO DE MAMULENGOS”

Destaque de Chão
Ágatha Moreira
“BONECA”

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Alegoria 05
“MAMULENGUEIROS NO AUTO DA
COMPADECIDA”

Ala 22 – Comunidade
“COROAÇÃO DO REI DO CONGO –
ORIGEM DO MARACATU NAÇÃO”

Grupo Performático
“A CORTE DO MARACATU NAÇÃO”

Ala 23 – Comunidade
“ARREIAMAR – MARACATU RURAL”

Ala 24 – Comunidade
“CABOCLINHOS”

Ala 25 – Comunidade
“FERVENDO COM O FREVO”

Ala 26 – Comunidade
“GALO DA MADRUGADA”

Destaque de Chão
Ticiane Pinheiro
“FOLIA”

Alegoria 06
“UMA FESTA POPULAR”

Ala 27 – Compositores
“FOLIA PERNAMBUCANA”

Ala 28 – Comunidade Performático


“MISTURANDO CARNAVAIS”

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FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo)


Alex de Souza
Nº Nome da Alegoria O que Representa

01 MIRAGENS DO SERTÃO Numa criação surrealista, a alegoria representa a


caatinga e sua paisagem desolada, de seca e miséria. A
vegetação local; como xiquexiques e mandacarus; as
carcaças dos animais, num funesto cortejo e o
artesanato em barro. Neste cenário onírico, de aridez
nordestina, somam-se a rusticidade da palha e o
contraste no brilho dos espelhos, tão utilizados na
decoração folclórica.
Destaque Central frente baixo: Sônia Rossi – Áridas
Paisagens
Semi-Destaque tripé esquerda: Thatiana Pagung –
Aves de Rapina
Semi-Destaque tripé direita: Paulo Dalagnoli – Aves
de Rapina
Composições: O Sobrevoo na Caatinga

02 PALAFITAS E A alegoria representa as populações ribeirinhas e suas


MANGUEZAIS moradias em palafitas às margens de rios do Recife.
Comunidades erguidas em meio à maré, onde pessoas
se equilibram sobre tábuas e pedaços de madeira
precariamente arranjados. Sem saneamento ou luz
elétrica, a representação traz lampiões à gás; além de
esculturas de meninos, fazendo referência aos
“Meninos de Recife”, álbum de gravuras, lançado em
1962, por Abelardo Germano da Hora (São Lourenço
da Mata, PE, 1924 - Recife, PE, 2014), escultor,
desenhista, gravador, ceramista, professor, vinculado
ao Movimento de Cultura Popular. Onde denuncia a
miséria por meio da representação de crianças
esquálidas, catadores de guaiamuns, também
representados numa grande escultura.
Destaque Central frente: Ednelson Pereira – Os
Manguezais
Semi-Destaque feminino baixo: Monique Rizzeto -
Guaiamum
Composições: Fauna do Manguezal
Composição performática: Na Lama

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FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo)


Alex de Souza
Nº Nome da Alegoria O que Representa

03 A GRANDE USINA Com a decadência dos antigos engenhos banguês (que


produziam um açúcar de cor escura, mascavo) a partir
do século XIX foram introduzidos em Pernambuco os
engenhos movidos a vapor e houve uma revolução no
comércio e indústria do açúcar. Para representar o lado
perverso da exploração dos trabalhadores, a alegoria
cria um “doce inferno”, com fornalhas ardentes;
caldeiras e chaminés; moendas e a queimada no
canavial.

Destaque Central alto meio: Samantha – Moendas


Semi-Destaque alto atrás: Vander Gevu – Senhor de
Engenho
Semi-Destaque feminino frente: Surya - Canavieira
Composições: Camponeses

04 SERVINDO DE LIÇÃO Sob a inspiração do grande pedagogo e pensador,


Paulo Freire, a alegoria traz elementos que
representam: lápis; cadernos; globo terrestre; quadro
negro; etc. Faz a alusão à alfabetização de adultos,
implantado por ele, com seu método de conscientizar
as massas: “A Pedagogia do Oprimido”.
Com peças que alegoricamente levam ao cenário de
uma sala de aula, o carro alegórico sugere uma ideia
de que só a educação edifica.

Destaque Central alto: Dill Santos - Sabedoria


Semi-Destaque Central frente feminino: Georgea
Veneno – Seguindo a Lição
Composições: Aprendizes

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FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo)


Alex de Souza
Nº Nome da Alegoria O que Representa

05 MAMULENGUEIROS NO O Movimento de Cultura Popular (MCP) difundiu as


AUTO DA COMPADECIDA manifestações da arte popular regional.
Entre os intelectuais e artistas que integraram o MCP,
Ariano Suassuna, idealizador do Movimento Armorial
e autor de consagradas obras teatrais, e um
preeminente defensor da cultura do Nordeste. Em
Taperoá, no estado da Paraíba, onde morou de 1933 a
1937, assistiu pela primeira vez a uma peça de
mamulengos, tipo de fantoche típico do nordeste
brasileiro, especialmente do estado de Pernambuco,
cujo caráter de “improvisação” seria uma das marcas
registradas de sua produção teatral. O Auto da
Compadecida (1955), peça que o projetou em todo o
país e que seria considerada, em 1962, por Sábato
Magaldi “O texto mais popular do moderno teatro
brasileiro”, está representada na alegoria.
Adaptada também para o cinema, entre outras versões:
O Auto da Compadecida, 2000, foi dirigido por Guel
Arraes, filho de Miguel Arraes.
Em seu texto original, a história começa a ser narrada
por um palhaço, por isso a mistura de circo e teatro de
bonecos.

Destaque Central: Amaro Sérgio - Teatro de Bonecos


Semi-Destaque: Samille Cunha – O Auto de
Suassuna
Semi-Destaque: Gracielle de Carvalho Ferreira –
Fantoche
Composições Comerciais - Palhaços
Composição Performática: Auto da Compadecida

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FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo)


Alex de Souza
Nº Nome da Alegoria O que Representa

06 UMA FESTA POPULAR O carnaval pernambucano é por muitos, considerado o


carnaval mais culturalmente diversificado do Brasil.
Uma de suas características é a brincadeira de rua, de
forma bem democrática. Podemos dizer que o MCP
contribuiu de certa forma para a manutenção das
tradições culturais pernambucanas, incluindo ás
carnavalescas. Além da capital Recife e Olinda, o
interior do estado, tem cidades com carnavais bem
peculiares: como Nazaré da Mata com o Maracatu
Rural, Bezerros com os Papangus, Pesqueira com o
Carnaval dos Caiporas, Triunfo com o Carnaval dos
Caretas, entre outras. A Alegoria traz referências ao
frevo; ás máscaras do Papangus, aos estandartes do
Maracatu, que também representam a decoração de
rua, de Recife; os pálios, também do Maracatu e
principalmente uma reprodução estilizada do principal
símbolo do Clube de Máscaras Galo da Madrugada,
que se auto intitula: O MAIOR BLOCO DA TERRA.

Destaque Central frente baixo: Edimilson – Fantasia:


Rei do Maracatu

Semi-Destaque Direita baixo feminino: Samira Lafeta


– Rainha do Maracatu
Semi-Destaque Esquerda frente baixo feminino:
Priscila Scapini – Princesa do Maracatu
Semi-Destaque lateral direita alto masculino: Márcio
Marinho– Folia Pernambucana
Semi-Destaque lateral esquerda alto masculino:
Ricardo Ferrador – Carnambuco

Composições Comerciais: Corte Real

Velha Guarda: A Realeza da Vila

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FICHA TÉCNICA

Alegorias

Nomes dos Principais Destaques Respectivas Profissões

Alegoria 01 (Abre-Alas)
Sônia Rossi – Fantasia: Áridas Paisagens Pedagoga

Alegoria 02
Ednelson Pereira – Fantasia: Os Manguezais Psicólogo

Alegoria 03
Samantha – Fantasia: Moendas Empresária

Alegoria 04
Dill Santos – Fantasia: Sabedoria Empresário

Alegoria 05
Amaro Sérgio – Fantasia: Teatro de Bonecos Radioterapeuta
Samile Cunha – Fantasia: O Auto de Suassuna Figurinista

Alegoria 06
Edimilson – Fantasia: Rei do Maracatu Cabeleireiro

Local do Barracão
Rua Rivadavia Corrêa, nº. 60 – Barracão nº. 05 – Gamboa – Rio de Janeiro – Cidade do Samba
Diretor Responsável pelo Barracão
Evandro Bocão – Leonel – Roberto Romário
Ferreiro Chefe de Equipe Carpinteiro Chefe de Equipe
Roberto Romário Washington
Escultor(a) Chefe de Equipe Pintor Chefe de Equipe
Flávio Polycarpo Gilmar e Cássio
Eletricista Chefe de Equipe Mecânico Chefe de Equipe
Paulinho da Luz Paulo Ferraz
Outros Profissionais e Respectivas Funções

Tiago Vaz - Projetos 3D e Autocad

Janaína - Compras

Renato Emetério - Laminação de Fibra de Vidro

Nilton Gomes (Gaguinho) - Espuma

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FICHA TÉCNICA

Alegorias

Outros Profissionais e Respectivas Funções

Leilane e Henrique - Almoxarifado

Mauro - Gerador

Vilmar - Espelhos

Batista - Hidráulico

Anderson Dourado - Decoração (Carro 01)

Bruno Cardoso - Decoração (Carro 02 e 03)

Rany - Decoração (Carro 04)

Wellington - Decoração (Carro 05)

Adriano - Decoração (Carro 06)

João Tatuagem e Equipe - Movimentos

Andre Fuentes - Efeitos Especiais

Marquinhos - Neon

Vitor - Vime

Rita - Coreógrafa do Carro 02

Coreógrafos de Alas:

Rita de Cássia - Ala 01

Handerson Big - Ala 02

Fabrício Marques - Ala 18

Fábio Costa - Ala 28

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FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Alex de Souza
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável Ano de

Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

01 Xiquexiques e A ala representa a Comunidade Harmonia 2015


Mandacarus caatinga e sua paisagem
esbranquiçada e seca, da
terra rachada. Materiais
como o algodão cru, sisal,
capim e palha trançada,
dão o aspecto rústico.
Representação da
vegetação local, como
xiquexique em borracha e
os Mandacarus que
alimentam o gado
faminto.

02 Retratos da Seca A fantasia nos remete à Comunidade Harmonia 2015


uma miragem em meio à
seca e miséria. É a própria
morte que surge como um
“brincante” num boizinho
folclórico, feito com a
carcaça dos animais
mortos encontrados pelo
caminho. É uma imagem
onírica, alucinante, da
aridez nordestina. Os
materiais rústicos se
misturam e se contrastam
com espelhos, muito
usados nos trajes
folclóricos e na
indumentária do cangaço.

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FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Alex de Souza
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável Ano de

Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

03 Carcarás A fantasia representa a Comunidade Harmonia 2015


ave de rapina, que vive à
espreita na região da
caatinga. De forma nada
realista, surge também
em forma de carcaça,
enfatizando o caráter
dramático do sertão
desolado. Traz ao mesmo
tempo, elementos do
artesanato em materiais
igualmente rústicos,
como os das fantasias
anteriores. Seguindo uma
coerência com o tema
proposto.

04 Beatos No Nordeste, o povo Comunidade Harmonia 2015


flagelado, se apega ás
suas crenças e devoções
religiosas, elegendo seus
próprios beatos, fora da
hierarquia oficial. Estes,
com base na fé,
construíram uma utopia
de busca pela terra
prometida. Em sua
missão messiânica,
aliam-se a um discurso
místico, proveniente da
longínqua tradição
sebastianista, levando
pelos sertões, suas
mensagens de salvação
apocalíptica.

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FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Alex de Souza
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável Ano de

Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

05 Mocambos A fantasia é inspirada nas Comunidade Harmonia 2015


moradias que até hoje são
encontradas pelos sertões.
Construídas
artesanalmente. Feitas
originalmente com folhas
de buriti, palha de
coqueiro, palha de cana,
capim, sapé, ou de
madeira, cipó e barro
amassado (taipa).

06 Mangue Saindo da miséria da seca Comunidade Harmonia 2015


e chegando à miséria
úmida das palafitas de
Recife, a fantasia mostra
os manguezais que servem
de cenário destas humildes
moradias. Lodoso, com
raízes aéreas, é um habitat
para diversas espécies de
crustáceos, como os
guaiamuns.

07 Cortadores de O figurino faz uma alusão Comunidade Harmonia 2015


Cana aos trabalhadores rurais
portando o podão (facão),
no corte da cana. Dentro
do enredo, representa o
secular modelo de
produção, baseado no
latifúndio e na super
exploração do trabalhador
e as violações de seus
direitos.

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FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Alex de Souza
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável Ano de

Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

08 Canavial A fantasia da tradicional Baianas Harmonia 2015


Ala das Baianas
representa o canavial e a
colheita da cana na zona
da mata pernambucana.
Revela a prática da
queimada, representada
em adereços que fazem
alusão às chamas.

09 Liga Camponesa A fantasia representa o Comunidade Harmonia 2015


importante movimento em
prol da reforma agrária e
da melhoria das condições
de vida no campo.
Arraes o apoiou, assim
como, os sindicatos e
associações comunitárias.
O então governador,
forçou usineiros e donos
de engenho a estenderem
o pagamento do salário
mínimo aos trabalhadores
rurais, conhecido como
“Acordo do Campo”.

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FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Alex de Souza
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável Ano de

Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

10 “Usineiros – Os A fantasia é uma Comunidade Harmonia 2015


Velhos Coronéis” representação dos
detentores de grandes
propriedades rurais e
usineiros, que tinham
grande influência na
condução da vida política
de Pernambuco, e do
Nordeste em geral.
Remanescentes dos
antigos coronéis das
oligarquias da Velha
República.

11 “Bê-á-bá: Educar O recém-eleito Prefeito do Comunidade Harmonia 2015


para Libertar” Recife, Miguel Arraes
convidou um grupo seleto
de pessoas, que fundaram
o MCP, entre eles, o
educador, Paulo Freire,
com o objetivo de
estabelecer um plano de
escolarização para
crianças e adolescentes.
A partir daí, estabeleceu-
se um conceito novo de
alfabetização,
principalmente para
adultos, onde além de se
ensinar a ler, eram
passados conceitos de
cidadania e consciência
política.
A fantasia com
características de um
soldado “quixotesco”
representa a alfabetização
como ação libertadora.

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12 Somando Forças, Essencial para o Comunidade Harmonia 2015


Diminuindo as conhecimento humano, a
Diferenças, matemática, associada à
Multiplicando vida do homem do
Conhecimento e campo, no contexto de
Dividindo uma educação popular,
Sabedoria. remete diretamente com
a relação deste, às suas
tarefas ligadas ao plantio,
à colheita, o
armazenamento e os
rendimentos. A fantasia
se caracteriza com um
aspecto de soldado
armorial, com a
indumentária do
sertanejo, numa
simbologia bélica onde
as armas são o
conhecimento.

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13 “Aula de História Como numa aula de Passistas Harmonia 2015


– Nos Tempos de História, enfatizamos
Nassau” algo importante na
formação do povo
pernambucano: O
período de dominação
holandesa, no século
XVII, que despertou na
população local, da
época, (apesar da
extraordinária
contribuição para o
desenvolvimento da
região), uma
“consciência nacional” e
assim lutar pelos seus
ideais, resultando na
Batalha dos Guararapes,
que expulsou os
holandeses do Brasil. A
fantasia dos passistas
remete à época do Conde
Mauricio de Nassau.

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14 Pernambuco, o “... Eu sou mameluco, Bateria Mestre Wallan 2015


“Leão do Norte” sou de Casa Forte, Sou
– Bateria de Pernambuco, sou o
Leão do Norte...” A
fantasia da “swingueira
de Noel”, representa a
bandeira do Estado.
Pernambuco possui a
alcunha de "Leão do
Norte", que se origina no
brasão do antigo capitão-
donatário da Capitania de
Pernambuco Duarte
Coelho, em alusão à
coragem do povo
pernambucano.

15 Geografia A melhor maneira de se Comunidade Harmonia 2015


Sertaneja ensinar geografia é de
certa forma, fazer o
educando observar o
local em que ele vive!
Seja no mangue, seja no
canavial, seja nas praias
e até mesmo às margens
do São Francisco, é
possível perceber o quão
diversificado é o
território pernambucano
e a partir dele, aprender
sobre o Brasil e o
mundo. A fantasia traz o
globo terrestre e o mapa
mundi, emoldurados com
detalhes decorativos do
universo sertanejo.

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16 “Com Ciência”. Como em todo currículo Comunidade Harmonia 2015


Observando o escolar, o estudo das
Infinito ciências também faz
parte. A fantasia faz uma
alusão especial à
astronomia, pelo simples
fato do astrônomo Georg
Marcgrave, que veio para
Recife no século 17 com
Maurício de Nassau, ter
montado, na capital
pernambucana, o
primeiro observatório
astronômico das
Américas (e até mesmo
de todo o hemisfério sul),
no telhado da casa
habitada pelo próprio
Conde Nassau-Siegen.
Algo que também faz
parte do legado cultural e
educacional do estado de
Pernambuco.

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17 Literatura de A Literatura de Cordel Comunidade Harmonia 2015


Cordel recria um estilo literário
de ascendência europeia
adaptado à realidade
nordestina. O nome tem
origem na forma como
os folhetos eram
expostos para venda,
pendurados em cordas,
cordéis ou barbantes em
Portugal. Além de
recontar os “causos”;
episódios históricos e
cotidianos de
personalidades preserva
a memória oral do povo
pernambucano. Aliadas
aos textos rimados estão
às xilogravuras que
materializam o discurso.
A fantasia reverencia
também o xilogravurista
J. Borges.

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18 Dançando Umas das maiores Coreografada Harmonia 2015


Xaxado expressões de dança
oriunda do sertão
pernambucano é o
xaxado. Sua origem é
datada por volta dos anos
30 do século XX e está
ligada à forma de como
os cangaceiros se
preparavam para a luta.
Dança exclusivamente
masculina onde a suposta
“dama” era a arma que
eles empunhavam e
tendo o som que as
sandálias faziam quando
arrastadas no chão como
o determinante do termo
xaxado. Popularizou-se
ainda mais, com o grande
pernambucano, da cidade
de Exu, Luiz Gonzaga.

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19 Trovadores e Dos estilos musicais que Comunidade Harmonia 2015


Repentistas predominam em
Pernambuco, destacam-
se a trova e o repente. O
trovadorismo tem origem
medieval, responsável
pela difusão das cantigas
de amor e amigo. A trova
chega ao Brasil com os
portugueses e tem no
Nordeste um terreno
fértil para sua
propagação. Já o repente
é tipicamente brasileiro e
sua essência tem a ver
com o improviso dos
cantadores de viola ou
sanfoneiros que através
de um “mote” (tema),
travam batalhas musicais
em forma de desafio.

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20 Arte no Barro O exemplo maior das Comunidade Harmonia 2015


artes plásticas de
Pernambuco é a arte feita
em barro. Matéria prima
abundante, o barro, que
ao mesmo tempo serve
de taipa para moradia,
serve para o elemento
artístico. Foi Mestre
Vitalino, do sertão de
Caruaru, o grande
difusor desta arte: a
confecção de bonecos de
barro, que recontam a
vida e a cultura folclórica
do povo nordestino. A
fantasia representa esta
tradição artística que nos
encanta e atravessa
gerações.

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21 Teatro de A arte dos mamulengos é Comunidade Harmonia 2015


Mamulengos uma das mais
expressivas de
Pernambuco. De origem
colonial, a apresentação
se dava nos festejos
religiosos e a temática
poderia ser bíblica ou
sobre o cotidiano popular
da época. A sátira era
marca registrada dessas
manifestações. Glória do
Goitá, cidade da zona da
mata pernambucana, é
conhecida como "Berço
do Mamulengo". A
origem do nome se
originou de mão molenga
- mão mole.
A fantasia representa o
teatro de mamulengos
em homenagem a muitos
mestres populares.

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22 Coroação do Rei - “... tem Maracatu na Comunidade Harmonia 2015


do Congo-Origem batucada...” O Maracatu
do Maracatu de Baque Virado ou
Nação Maracatu Nação é uma
manifestação de origem
afro, surgido entre os
séculos XVII e XVIII.
Teria surgido a partir das
coroações e autos do Rei
do Congo, uma forte
ligação com a
religiosidade do
Candomblé ou Xangô
Pernambucano.

* “A Corte do Os eleitos como Rainhas e Grupo Harmonia 2015


Maracatu Nação” Reis do Congo eram Performático
lideranças políticas entre
os cativos: intermediários
entre o poder colonial e os
escravos. Destas
organizações surgiram
muitas manifestações
culturais e de forte ligação
com a religiosidade. O
Grupo traz diversos
personagens do cortejo.

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23 Arreiamar – A fantasia representa o Comunidade Harmonia 2015


Maracatu Rural personagem: Arreiamar,
ou Caboclo de Penas que
junto com os caboclos de
lança figuram no
Maracatu Rural,
tradicional da cidade de
Nazaré da Mata, Zona da
Mata de Pernambuco.
Conhecido também como
Maracatu de Baque Solto.
Distingue-se do Maracatu
Nação ou Maracatu de
Baque Virado, em
organização, personagens
e ritmo. Formado por
trabalhadores rurais, os
mesmos cortam as
próprias fantasias, bordam
as golas de caboclo,
enfeitam guiadas e
chapéus.

24 Caboclinhos A fantasia é inspirada na Comunidade Harmonia 2015


dança folclórica executada
durante o carnaval
pernambucano, por grupos
fantasiados de índios, cuja
indumentária é composta
de saiotes, adereços
decorados com penas e
lantejoulas e vistosos
cocares. Representam
cenas de caça e combate,
marcadas pelo ruído das
preacas (espécie de arco e
flecha).

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25 Fervendo com o – “... vem dançar o frevo e Comunidade Harmonia 2015


Frevo a ciranda...” Original de
Recife, surgiu entre o final
do século XIX e início do
século XX, como um
ritmo carnavalesco
nascido a partir das
marchinhas de Carnaval.
O nome vem da palavra
"ferver, que popularmente
se pronuncia "frever" e foi
utilizado pela primeira vez
em um jornal chamado
"Pequeno", em 1907. Seus
malabarismos, rodopios,
gingados, passos curtos e
ritmo frenético e a
sombrinha colorida aberta
é outra característica
marcante. É Patrimônio
Imaterial da Humanidade
pela UNESCO desde
2012. A fantasia é uma
estilização do traje
tradicional.

26 Galo da Bloco carnavalesco que Comunidade Harmonia 2015


Madrugada sai todo sábado de
carnaval do bairro de São
José, em Recife. A
agremiação foi criada em
1978 e hoje arrasta
multidões de foliões. A
fantasia representa o
símbolo maior do bloco, o
galo.

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27 Compositores – A tradicional ala de Compositores Harmonia 2015


Folia compositores, presta uma
Pernambucana homenagem aos grandes
compositores da Folia
Pernambucana, como
Capiba; Matias da Rocha
e Joana Batista Ramos,
autores do famoso
“VASSOURINHAS”;
entre outros.

28 Misturando Assim como nos últimos Comunidade Harmonia 2015


Carnavais versos do samba enredo, Performático
trazemos a essência do
carnaval de rua, unindo a
alegria de pernambucanos
e cariocas, com fantasias
tradicionais dos blocos.
Tanto os daqui quanto os
de lá, celebrando o
centenário de Miguel
Arraes, como homem do
povo, com um festejo
popular.

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FICHA TÉCNICA

Fantasias

Local do Atelier
Rua Rivadavia Corrêa, nº. 60 – Barracão n.º 05 – Gamboa – Rio de Janeiro – Cidade do Samba
Diretor Responsável pelo Atelier
Arnaldo Motta
Costureiro(a) Chefe de Equipe Chapeleiro(a) Chefe de Equipe
Equipe de Barracão Equipe de Barracão
Aderecista Chefe de Equipe Sapateiro(a) Chefe de Equipe
Equipe de Barracão Seu José
Outros Profissionais e Respectivas Funções
Janaína - Compras
Gilmar e Cassio - Pintor de Arte
Carlos Júnior - Placas
Almir e Paulo - Arames
Arnaldo Motta - Atelier reprodução alas
Eliane de Oliveira - Atelier reprodução de alas
Maurício - Atelier reprodução de alas
Cláudia (Sereia) - Atelier reprodução de alas
Célio - Atelier reprodução de alas
Ivone - Atelier reprodução de alas
Leide - Atelier reprodução de alas.
Rosângela - Atelier reprodução de alas.
Juracy - Atelier reprodução de alas.
Bruno - Atelier reprodução de alas.
Jefferson - Atelier reprodução de alas.
Delfim, Sandro Carvalho, Ronaldo - Atelier reprodução de composições de carro
Tia Tânia e Simone - Almoxarifado de fantasias

Outras informações julgadas necessárias

Anderson Dourado - Protótipo

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Samba-Enredo

Autor(es) do Samba- Martinho da Vila, André Diniz, Martinália, Arlindo Cruz e


Enredo Leonel
Presidente da Ala dos Compositores
Eduardo Katata
Total de Componentes da Compositor mais Idoso Compositor mais Jovem
Ala dos Compositores (Nome e Idade) (Nome e Idade)
100 Tião Grande Thales Henrique
(cem) 79 anos 24 anos
Outras informações julgadas necessárias
Meus olhos ficavam rasos d’água
A seca minha alma castigava
O sol queimava e rachava o chão
Até os carcarás sofriam no sertão
Cresci, sonhando renovar os sonhos
Revitalizar a vida
Que se equilibra sobre palafita
Dar pra gente tão sofrida
Dignidade e amor
Acordei o campo pra haver justiça
Com o futuro santo, fé nos ideais
Despertei o povo para um novo dia
Brotou esperança nos canaviais
Com ternura me chamavam Pai Arraia
Onde os arrecifes desenham a praia
Um sentimento no coração, no pensamento, soluções reais
Liberdade se conquista com educação
Juntei os artistas e intelectuais
Pra fazer a cartilha no cordel,
Ensinar, abraçar a profissão
Buscando na arte a inspiração
Tão bom cantarolar, me emocionar, estar aqui
Pra ver na avenida, meu valor na mensageira Vila
Gente aguerrida que defende a tradição do seu lugar
Um movimento de cultura popular
Vem dançar o frevo e a ciranda
Silenciar jamais!!! Tem maracatu na batucada
Tem maracatu na batucada
E o Galo da Madrugada misturando os carnavais

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Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos de Vila Isabel – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Samba-Enredo

Outras informações julgadas necessárias

Saboreie o mais autêntico e tradicional samba da terra de Noel Rosa. Junte mais poesia e a força que
faz a Escola se emocionar e dançar. Acrescente doçura e riqueza harmônica. Com Martinho da Vila,
André Diniz e Leonel, e Arlindo Cruz, a Vila refaz a mistura que conduziu a agremiação ao título de
2013, e traz Martinália para reforçar o time de “artistas e intelectuais”. O resultado é saboroso e tem
pitadas dos ritmos pernambucanos. O samba elegantemente conta a dramaticidade da seca do sertão
nordestino. Passa pelas conquistas e sonhos do “Pai Arraia”, das lições de justiça na lavoura aos
campos da educação, regados com a arte e tradições culturais do estado. E emociona, com a chegada
do homenageado à avenida, vendo seu maior legado e a cultura de sua gente sendo cantados por
“gente aguerrida que defende as tradições do seu lugar”.

Avante Vila, silenciar jamais!!!

Defesa

MEUS OLHOS FICAVAM RASOS D’ÁGUA


A SECA MINHA ALMA CASTIGAVA
O SOL QUEIMAVA E RACHAVA O CHÃO
ATÉ OS CARCARÁS SOFRIAM NO SERTÃO
O samba inicia com a comoção de Arraes, ainda jovem, no interior do Ceará, em relação ao
flagelo dos retirantes da seca de 1932, e o cenário inóspito do sertão. Essa lembrança nunca saiu
de sua memória, mudando profundamente seu destino, transformando-o no homem público que
se tornou.

CRESCI, SONHANDO RENOVAR OS SONHOS


REVITALIZAR A VIDA
QUE SE EQUILIBRA SOBRE PALAFITA
DAR PRA GENTE TÃO SOFRIDA
DIGNIDADE E AMOR
Levado à vida pública, através Barbosa Lima Sobrinho, governador de Pernambuco (1948 -
1951), conheceu outra miséria, às margens dos rios de Recife, sobre palafitas.

ACORDEI O CAMPO PRA HAVER JUSTIÇA


COM O FUTURO SANTO, FÉ NOS IDEAIS
DESPERTEI O POVO PARA UM NOVO DIA
BROTOU ESPERANÇA NOS CANAVIAIS
Já com uma renomada carreira política, como governador de Pernambuco, estabeleceu o
chamado “ACORDO DO CAMPO”: um ajuste entre os interesses dos usineiros e os
trabalhadores rurais canavieiros. Arraes e o arcebispo de Olinda e Recife, Dom Hélder
Câmara, trabalharam juntos pela reforma agrária em Pernambuco. O verso: “COM O
FUTURO SANTO...”, se refere ao processo de beatificação e canonização, autorizado pelo
Vaticano a D. Helder.

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FICHA TÉCNICA

Samba-Enredo

Outras informações julgadas necessárias

COM TERNURA ME CHAMAVAM PAI ARRAIA


ONDE OS ARRECIFES DESENHAM A PRAIA
Após a assinatura do “Acordo do Campo” as pessoas beneficiadas viam Arraes como um
verdadeiro “pai”, por ter trazido benefícios sociais a eles. A denominação ‘“PAI ARRAIA”
provavelmente advém do jeito “matuto” de falar do homem do campo, o sobrenome Arraes
virou “ARRAIA”.

UM SENTIMENTO NO CORAÇÃO, UM PENSAMENTO, SOLUÇÕES REAIS


LIBERDADE SE CONQUISTA COM EDUCAÇÃO
JUNTEI OS ARTISTAS E INTELECTUAIS
PRA FAZER A CARTILHA NO CORDEL
ENSINAR, ABRAÇAR A PROFISSÃO
BUSCANDO NA ARTE A INSPIRAÇÃO
Aqui o samba faz referência ao MCP, Movimento de Cultura Popular, movimento este que
reuniu importantes artistas e pensadores de Pernambuco para que juntos estabelecessem
um plano de levar cultura e educação aos menos favorecidos. Entre tais personalidades
estavam: Paulo Freire, Ariano Suassuna, entre outros. Alfabetização; oficinas de: música,
teatro, dança, artes plásticas, eram as muitas atividades desenvolvidas para que a cultura
fosse difundida.

TÃO BOM CANTAROLAR, ME EMOCIONAR, ESTAR AQUI


PRA VER NA AVENIDA, MEU VALOR NA MENSAGEIRA VILA
GENTE AGUERRIDA QUE DEFENDE A TRADIÇÃO DO SEU LUGAR
UM MOVIMENTO DE CULTURA POPULAR
Neste trecho do samba, um agradecimento ficcional do homenageado à Unidos de Vila
Isabel, a propagadora de sua mensagem. E compara a força da comunidade, em manter
suas tradições, ao MCP.

VEM DANÇAR O FREVO E A CIRANDA


SILENCIAR JAMAIS!!!
TEM MARACATU NA BATUCADA
E O GALO DA MADRUGADA MISTURANDO CARNAVAIS
A escola comemora o centenário de Miguel Arraes, misturando folguedos pernambucanos
com a ginga da Swingueira da Vila, e designa um lema: “SILENCIAR JAMAIS” que no
contexto do enredo significa: que não se curva, não para de lutar, de arrojar.

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FICHA TÉCNICA

Bateria

Diretor Geral de Bateria


Wallan Conceição Amaral (Mestre Wallan)
Outros Diretores de Bateria
Rafael (Tamborim e Chocalho), Macaco Branco, Júnior Ratão, Mangueirinha e Alex Boca Azeda
(Caixa, Repinique e Tarol), Paulo Henrique, Anderson Cirilo e Clebinho (Instrumentos Graves)
Total de Componentes da Bateria
322 (trezentos e vinte e dois) ritmistas
NÚMERO DE COMPONENTES POR GRUPO DE INSTRUMENTOS
1ª Marcação 2ª Marcação 3ª Marcação Rece-Reco Ganzá
12 12 22 01 0
Caixa Tarol Tamborim Tan-Tan Repinique
90 60 36 03 36
Prato Agogô Cuíca Pandeiro Chocalho
01 0 24 01 24
Outras informações julgadas necessárias

Mestre Wallan:
Iniciou como componente da bateria mirim da Vila Isabel, no fim dos anos 1980 (ainda não existia a
“Herdeiros da Vila”). Em 1995, Wallan tornou-se ritmista da Unidos de Vila Isabel. Em 2007,
tornou-se diretor de bateria, a convite de Mestre Mug, que então comandava a “Swingueira de
Noel”. Dividiu, com o Mestre Paulinho, em 2012, a direção geral da bateria, assumindo o comando
no ano seguinte. Em 2016, segue à frente da bateria, prometendo arrepiar a Passarela do Samba.

Presidente de Honra da Bateria: Mestre Mug

Padrinho da Bateria: Marcos Peçanha

Diretores Administrativos da Bateria: Thiago Gegê e Cléber Pastor.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos de Vila Isabel – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Harmonia

Diretor Geral de Harmonia


Décio Bastos
Outros Diretores de Harmonia
Tio Júlio, Alair, Faquir, Magrão, Chicão, Mina, Joelma, Chico Branco, Gilberto, Sapatinho,
Nascentes, Cosme, Guará e Ed da Vila
Total de Componentes da Direção de Harmonia
40 (quarenta) componentes
Puxador(es) do Samba-Enredo
Intérprete Oficial: Igor Sorriso
Auxiliares: Pablo, Davi, Digão, Pepê Niterói, Gera e Gustavinho
Instrumentistas Acompanhantes do Samba-Enredo
Cavaquinho: Douglas e Carlinhos
Violão: Caio César
Outras informações julgadas necessárias

Diretor Geral de Harmonia


Décio Bastos participou por mais de vinte anos de comissões de frente de diversas agremiações.

Em 2005 fez parte do grupo de diretores de harmonia da Unidos do Porto da Pedra. No ano seguinte,
compôs a vitoriosa equipe de diretores de harmonia da Unidos de Vila Isabel. Para 2016, Décio
Bastos e seus colaboradores terão missão de conduzir a Vila Isabel a um grande desfile.

Intérprete Oficial
Vencedor do Estandarte de Ouro 2011, como revelação, entre outros prêmios, Igor Sorriso começou
sua história na Mocidade Unida de Santa Marta, em 2004. Passou pela escola mirim Aprendizes do
Salgueiro. Em 2009, teve uma passagem pela Vizinha Faladeira, como intérprete oficial. A partir de
2006, fez parte do time de cantores da São Clemente, onde se tornou em 2010, o intérprete oficial.
Com sua simpatia característica, que o levou a ser conhecido com o codinome “Sorriso”, estreará em
2016, como a voz principal da nossa Unidos de Vila Isabel.

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FICHA TÉCNICA

Evolução

Diretor Geral de Evolução


Décio Bastos
Outros Diretores de Evolução
Bolinha, Cátia, Suelen, Euza, Lenira, Bruno, João Jr., Edson
Total de Componentes da Direção de Evolução
66 (sessenta e seis) componentes
Principais Passistas Femininos
Vanessa de Oliveira, Kelly Amaral, Ana Carolina, Michelinha, Nina Passos, Jandira, Mayara do
Nascimento e Roberta Glória
Principais Passistas Masculinos
Luiz Manoel, Adilson, Hudson, Pedro Henrique, Valter Falcon e Clóvis Costa
Outras informações julgadas necessárias

A Ala de Passistas do G.R.E.S. Unidos de Vila Isabel é dirigida por Edson Santos Cunha e
Claudinha Chocolatte.

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FICHA TÉCNICA

Informações Complementares

Presidente
Luciano Ferreira
Vice-Presidente
Levi Junior
Presidente de Honra
Martinho da Vila
Comissão de Carnaval
Evandro Bocão, Décio Bastos, Leonel, Arnaldo Motta, Romário Matias e André Diniz
Total de Componentes da Quantidade de Meninas Quantidade de Meninos
Ala das Crianças
- - -
Responsável pela Ala das Baianas
Alair Farias
Total de Componentes da Baiana mais Idosa Baiana mais Jovem
Ala das Baianas (Nome e Idade) (Nome e Idade)
80 Clementina Ricardo Geysa Pereira
(oitenta) 80 anos 25 anos
Responsável pela Velha-Guarda
Aladyr Francisco Xavier
Total de Componentes da Componente mais Idoso Componente mais Jovem
Velha-Guarda (Nome e Idade) (Nome e Idade)
80 Elza Maria da Silva Marco Antônio da Silva
(oitenta) 90 anos 54 anos
Pessoas Notáveis que desfilam na Agremiação (Artistas, Esportistas, Políticos, etc.)
Martinho da Vila, Sabrina Sato, Martinália, Arlindo Cruz, Luisa Arraes, Ágatha Moreira, Paulo
Dalagnoli, entre outros.
Outras informações julgadas necessárias

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FICHA TÉCNICA

Comissão de Frente

Responsável pela Comissão de Frente


Jaime Arôxa
Coreógrafo(a) e Diretor(a)
Jaime Arôxa
Total de Componentes da Componentes Femininos Componentes Masculinos
Comissão de Frente
15 09 06
(quinze) (nove) (seis)
Outras informações julgadas necessárias

DEFESA DA COMISSÃO DE FRENTE:

“Na Cartilha do Cordel, o Milagre da Vida no Sertão de meu Deus”

A apresentação é ritualística, poética e dinâmica, tem gestual teatral e movimentos de dança


popular de Pernambuco. Trata-se de um cortejo fúnebre em algum lugar do sertão. Os figurinos e
a cenografia remetem ao estilo Armorial e com uma licença poética. Poderia ser uma história de
cordel.

A Comissão vem numa síntese da transição da tristeza e sofrimento da seca e evolui, assim como
no enredo, para a redenção através da educação, da arte e da cultura.

Sempre que a morte se vai, a vida retoma seu rumo e se renova.

Direção e Coreografia: Jaime Arôxa


Desenho de alegoria e figurino: Alex de Souza
Confecção de figurinos: Fernando Magalhães
Objeto de cena: Ricardo Denis

ELENCO:
Luana Rocha Micha Nunes Bernardo Santos Paulo Cristo
Marina Costa Semeda Rodrigues Renato Renan Damos
Riscilla Mendes Lais Priscilla Simone Lyra
Keise Castillos Tainá Carolayne Gel Lima
Hayanne Silva Waldeck Farias Josuel Scmithids

ELEMENTO CENOGRÁFICO:
Como apoio cenográfico a comissão de frente contará com um quadripé que tem a função de
complementar o conceito coreográfico criado para tal.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos de Vila Isabel – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Comissão de Frente

Outras informações julgadas necessárias

HISTÓRICO DO COREÓGRAFO:
JAIME ARÔXA
Bailarino, dançarino, coreógrafo e professor.
Nascido em Recife foi para o Rio de Janeiro onde descobriu a dança de salão. Em 1986, montou
sua própria escola. Paralelamente coreografa peças, filmes, novelas, shows. Em 1989/1990
coreografou e dançou seu primeiro trabalho para a televisão na abertura da novela Kananga do
Japão da extinta Rede Manchete, ganhando projeção nacional o que lhe proporcionou diversos
outros trabalhos e convites para o teatro e a televisão. Estudou salsa em Cuba e Costa Rica,
fazendo intercâmbio na Escola Nacional de Cuba. Viajou por diversos países da Europa
estudando dança de competição, entre eles: França, Itália e Alemanha. Estuda tango há mais de
dez anos na Argentina, fazendo de Buenos Aires sua segunda cidade. Introduziu a lambada no
Rio de Janeiro em 1989. Estudou jazz com Enid Sauer e ballet clássico com Jean Marie. Teve
vários conhecimentos desenvolvidos na área de contato e improviso.

Realizações:
 I e II Encontro Internacional de Dança de Salão.
 Cursos de Dança.
 Televisão: novelas; programas (júri e entrevistas); comerciais; minisséries.
 Cinema e Teatro: coreógrafo de filmes e peças.
 Festivais de dança.
 Congressos.
 Palestras; workshops

Coreógrafo da Comissão de frente:


 Unidos do Porto da Pedra
 Unidos de Vila Isabel
 Caprichosos de Pilares
 Estação Primeira de Mangueira (Estandarte de Ouro)
 Mocidade Independente de Padre Miguel
 União da Ilha do Governador

Títulos e Prêmios:
 Cidadão Carioca
 Cidadão Paulistano
 Notório Saber – Universidade Federal de Goiás
 1° Prêmio Cultura da Dança de Salão – (2011) - RJ
 Prêmio Incentivo à Cultura – (2005) - Niterói

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Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos de Vila Isabel – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

1º Mestre-Sala Idade
Phelipe Lemos 26 anos
1ª Porta-Bandeira Idade
Dandara Ventapane 24 anos
2º Mestre-Sala Idade
Jackson Senhorinho 30 anos
2ª Porta-Bandeira Idade
Amanda Poblete 19 anos
Outras informações julgadas necessárias

1º.Mestre-Sala da Unidos de Vila Isabel – Phelipe Lemos iniciou a trajetória na Acadêmicos do


Cubango em 1998. Dez anos depois, venceu o concurso para 2º Mestre-Sala da Vila Isabel, em
2010 conquistou a vaga de 1º Mestre-Sala da Imperatriz Leopoldinense, onde recebeu dois
prêmios consecutivos, em 2013 e 2014 do júri do Estandarte de Ouro de O Globo. Em 2016
Phelipe retorna à Vila Isabel, desta vez como 1o. Mestre-Sala, com a certeza que com sua
reconhecida competência, brilhará mais uma vez na passarela.

1ª Porta-Bandeira da Unidos de Vila Isabel - Dandara Ventapane -Graduanda do Bacharelado


em Dança pela UFRJ e professora de Dança de Salão na Vila Olímpica do Salgueiro. Como Porta-
Bandeira, Dandara Ventapane estreou com o 3º pavilhão da Escola em 2013, sendo campeã
daquele Carnaval pela Unidos de Vila Isabel. Em 2014 continuou como 3ª Porta-Bandeira na Vila
Isabel e assumiu o 1º pavilhão da Acadêmicos da Rocinha no Acesso. Após uma viagem de três
meses em turnê com o espetáculo-musical "Brasil Brasileiro" por Londres e Alemanha assumiu
faltando um mês para o Carnaval 2015 o 1º pavilhão de sua Escola, onde continua para este
Carnaval.
Dandara foi passista da Vila Isabel em sete Carnavais; Comissão de Frente em 2009, ganhando as
notas 10 e todos os prêmios do Carnaval. Desfilou em alas, carros alegóricos e outras Comissões
de Frente de Escolas como Portela, Estácio e Paraíso do Tuiuti. Além do Carnaval mantém
trabalhos como vocalista no show da tia Mart'nália e do avô Martinho da Vila. E como bailarina,
participando de shows e espetáculos que tem o samba como princípio gerador de movimento.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Unidos de Vila Isabel – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Outras informações julgadas necessárias

DEFESA DO 1º CASAL:
Fantasia: “Paisagem Sertaneja”
A fauna e a flora da caatinga representada pelo carcará e a vegetação nativa do sertão.
O Mestre-sala faz o papel da emblemática ave de rapina, que com seu bailado, paira em torno da
Porta-bandeira que representa a terra seca e sua natureza árida e resistente.

DEFESA DO 2º CASAL:
Fantasia: “Fantoches”
O casal representa os bonecos manipulados, conhecidos pelo nome de “mamulengos”, tão
característicos da cultura pernambucana.

51
G.R.E.S.
ACADÊMICOS
DO SALGUEIRO

Presidente
REGINA CELI DOS SANTOS FERNANDES
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“A Ópera dos Malandros”

Carnavalescos
RENATO LAGE E MÁRCIA LAGE
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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Enredo

Enredo
A Ópera dos Malandros
Carnavalesco
Renato Lage e Márcio Lage
Autor(es) do Enredo
Diretoria Cultural do G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro
Autor(es) da Sinopse do Enredo
Diretoria Cultural do G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro
Elaborador(es) do Roteiro do Desfile
Diretoria de Carnaval, Diretoria de Harmonia e Diretoria Cultural do G.R.E.S. Acadêmicos do
Salgueiro.
Ano da Páginas
Livro Autor Editora
Edição Consultadas

01 A Porção CRISTINO, ND 2005 Todas


Dionisíaca do Leandro
Malandro Nascimento
Carioca. II
Congresso de
Letras da UERJ.

02 No Fio da DEALTRY, Casa da Palavra 2009 Todas


Navalha: visões da Giovanna
malandragem na
literatura e no
samba.

03 O Brasil é um GOMES, Fábio Editora Câmara 2008 Todas


Luxo: Trinta Brasileira do
carnavais de Livro
Joãosinho Trinta

04 Uma Breve GONÇALVES, Editora Clube 2011 Todas


Viagem pela Robson dos Autores
História da Ópera
Barroca

05 Ópera do Malandro HOLLANDA, Editora Círculo 1978 Todas


Chico Buarque de do Livro

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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Enredo

Enredo
A Ópera dos Malandros
Carnavalesco
Renato Lage e Márcio Lage
Autor(es) do Enredo
Diretoria Cultural do G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro
Autor(es) da Sinopse do Enredo
Diretoria Cultural do G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro
Elaborador(es) do Roteiro do Desfile
Diretoria de Carnaval, Diretoria de Harmonia e Diretoria Cultural do G.R.E.S. Acadêmicos do
Salgueiro.
Ano da Páginas
Livro Autor Editora
Edição Consultadas

06 Malandro Divino: LIGIÉRO, Zeca Editora Nova Era 2004 Todas


a vida e a lenda de
Zé Pelintra,
personagem mítico
da Lapa Carioca

07 Dicionário da LOPES, Nei e Editora 2015 Todas


História Social do SIMAS, Luiz Civilização
Samba Antonio Brasileira

Acertei no Milhar: MATOS, Claudia Editora Paz e 1982 Todas


malandragem e Terra
samba no tempo de
Getúlio

08 The Social Life of STOREY, John European 2001 Todas


Opera Journal of
Cultural Studies

09 Teoria Cultural e ND Edições SESC 2005 Todas


Cultura Popular:
uma Introdução

10 Veneno Remédio: WISNIK, José Editora 2008 Todas


o futebol e o Brasil Miguel Companhia das
Letras

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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Enredo

Outras informações julgadas necessárias

Carnavalescos e carnavalescas. São eles os responsáveis pela concepção, execução e


desenvolvimento do enredo. São eles os responsáveis por dar o pontapé inicial naquele ritual que
dura quase um ano inteiro e vai desembocar lindamente na avenida iluminada.
São eles que trabalham – sozinhos, em dupla ou em comissões - todo o aspecto visual da escola.
Alguns contam com a ajuda de equipes numerosas; outros (espécie em extinção) ainda cumprem o
passo a passo do ritual dos desfiles solitariamente.
Descrever a história, roteirizar, desenhar figurinos, criar cenários, fazer a produção, dirigir o
show, ver o trabalho pronto na avenida e assistir à catarse coletiva de quatro mil componentes.
Algo fascinante para esse verdadeiro artista da folia. Sem dúvida.
Após muitos carnavais, a função do carnavalesco cresceu em proporção direta ao processo de
transformação de alguns aspectos dos desfiles das escolas de samba. Na corda bamba entre a
consagração e o fracasso de uma escola, os carnavalescos se enveredam em bibliotecas, na
internet ou situações do dia-a-dia na busca de ideias para seus desfiles. Cabe a eles encontrar
soluções visuais que causem tamanho impacto para agradar componentes, jurados, comentaristas e
público.
Berço das revoluções estéticas que mudaram para sempre o modo de fazer de carnaval, o
Salgueiro se orgulha de ter dado início a essa profissão. Foi do visionário Nélson de Andrade, ex-
presidente da escola, a ideia de convidar artistas plásticos - primeiro o casal Dirceu e Marie
Louise Nery, em 1959, e, depois, Fernando Pamplona e Arlindo Rodrigues, em 1960 - para se
aventurarem na doce delícia de fazer carnaval. Estes professores iniciaram outros carnavalescos –
Joãosinho Trinta, Renato Lage, Rosa Magalhães, Maria Augusta Rodrigues e Max Lopes -, que
beberam na fonte salgueirense para espalhar a luminosidade vermelha e branca por outras escolas
e, eternamente, por outros carnavais.

Um dos artistas que nasceram em berço salgueirense é Renato Lage. Em 1977, quando já fazia
trabalhos de cenografia para a televisão e para a decoração de carnaval da cidade, Renato foi
convidado por Fernando Pamplona, carnavalesco do Salgueiro, para desenhar carros alegóricos e
criar esculturas para a escola. Deixou o Salgueiro em 1979, quando foi para a Unidos da Tijuca e
se sagrou campeão do 2° Grupo. De lá, partiu rumo a Madureira, onde criou enredos memoráveis
para o Império Serrano. De volta ao Salgueiro em 1987, desenvolveu o abstrato “E por que não?”.
Mesmo com o bom desfile, Lage deixou o Salgueiro e seguiu para a Caprichosos de Pilares. O
grande artista já era reconhecido, mas sua estrela começou a brilhar com mais intensidade na
Mocidade Independente de Padre Miguel, para onde foi em 1990. Lá ganhou seus primeiros
títulos no Grupo Especial – 1990, 1991 e 1996 – e idealizou grandiosos e inesquecíveis desfiles.
Após 13 carnavais na Mocidade, Lage retornou à sua primeira casa para desenvolver o desfile de
2003 em comemoração os 50 anos de fundação do Salgueiro. Desde então, a escola vem
conquistando a admiração dos amantes do carnaval por apresentar belíssimos conjuntos de
alegorias e fantasias, como em Candaces, O Rio no Cinema, Cordel Branco e Encarnado, Gaia e
Tambor, carnaval campeão de 2009 e o quarto título de Lage no Grupo Especial.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Enredo

Outras informações julgadas necessárias

Márcia Lage - Ao lado de Renato, na produção do desfile do Salgueiro, está a companheira e


esposa Márcia Lage. Seu primeiro contato com o carnaval foi na Escola de Belas Artes, quando
foi aluna de grandes carnavalescos, como Fernando Pamplona, Maria Augusta, Marie Louise Nery
e Rosa Magalhães. O aprendizado com mestres do carnaval lhe valeu um convite, em 1981, para
trabalhar no Império Serrano, ao lado de Rosa Magalhães. Nos anos seguintes, Márcia continuava
como assistente e chegou a fazer trabalhos no Salgueiro e na Tradição. Já como cenógrafa de
televisão, conheceu Renato Lage, de quem se tornou assistente no show Golden Brasil e na
Mocidade Independente de Padre Miguel. A cada ano, sua participação no carnaval e na
elaboração do desfile da verde e branco se tornou mais ativa, até que em 2000, já casada com
Lage, Márcia passou a assinar o carnaval da escola. Após 12 anos na Mocidade, Márcia chegou ao
Salgueiro com a garra de uma novata para ajudar a desenvolver o carnaval do cinquentenário da
escola. Ficou no Salgueiro até o carnaval de 2008, quando saiu para assinar o carnaval do Império
Serrano, onde foi campeã no grupo de acesso A. Em 2011, Márcia retornou ao Salgueiro para
cuidar, ao lado do marido, de todo o projeto de cenografia e de fantasias da escola.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2016

HISTÓRICO DO ENREDO
Eis... o Malandro “no palco” outra vez.
Vem chegando assim de viés, sambando miudinho, dizendo no pé!
Pisa suave, riscando no asfalto os passos de uma ópera bem carioca.
Uma obra em seis atos, embalada por um samba em homenagem à nata da malandragem.
Por isso, se segura, Malandro!! Vem aí...

SALGUEIRO 2016
A ÓPERA DOS MALANDROS

Malandro...
É o tipo que entra faceiro na roda, abre o jogo e fecha com os seus.
É o Rei da Ginga, Rei da Noite, o Barão da Ralé!
Sagaz, invoca os personagens de um Rio lírico, nesta ópera tão pomposa que só um
Malandro poderia sonhar.
(Ou tão ordinária que qualquer plebeu poderia pagar).

Malandro...
Vai flanando triunfal por entre deuses e meretrizes, rainhas e monarcas, delirantes fidalgos
desta magnífica ópera das ruas.
É aquele que faz das calçadas o palco das ilusões.
Atento, não dorme no ponto, nem cochila na linha.
E que só baixa a guarda quando o sol dá o ar de sua graça.

Malandro...
É o mestre-sala das alcovas, o bailarino dos salões, o cavaleiro errante dos morros cariocas.
Atua nas madrugadas, caminhando na ponta dos pés, como quem pisa nos corações.
À luz do abajur, ama a todas que quiser.
Das muchachas de Copacabana às mimosas da Praça Tiradentes.

Malandro...
Dono de um jeito manso que é só seu de aparar os dilemas da vida no fio da navalha.
É o sujeito cordial que desfila macio entre dados, cartas e roletas.
É o rei de todos os naipes num carteado de damas, valetes e coringas.
Aquele que, mesmo quando o jogo vira contra, nunca joga a toalha...
Porque é o filho gerado no ventre da sorte, a imperatriz do mundo!

Malandro...
É o pensador dos botequins, filósofo das mesas de bar!
O dono de um mundo que aprendeu a domar.
Poeta, comanda o cortejo na cadência bonita do samba vadio que o luar lhe emprestou.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2016

Malandro...
Um homem de fé, que fecha o corpo e abre os caminhos ao próprio destino.
Que não foge à luta e que pede a paz!
Entidade saudada em mojibás, laroiês e saravás.
É aquele que entra na gira pra fazer o mundo girar.
Que guia a roda na palma da mão para sua gente ir adiante.
É o dono da rua que vive na alma de cada carioca da gema, povo que “TRABALHA
PACA”!!
Que vai pro batente de todo dia chacoalhando guias e cordões no trem da Central.

Malandro...
Astro maior desta ópera
Que segue rumo ao ato derradeiro

E quando a luz se apagar...


A orquestra silenciar...
A poeira assentar no chão...
A plateia, de pé, em delírio...
Bate palma e pede bis!
Pois a cada carnaval, ele renasce no coração de todo bamba.
Afinal, Malandro que é Malandro nunca sai de cena...
Vira samba!

Carnavalescos: Renato Lage e Márcia Lage


Enredo: Diretoria Cultural G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro

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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2016

JUSTIFICATIVA DO ENREDO
“Laroyê, Mojubá, Axé / Salve o povo de fé / Me dê licença”

Sob a proteção dos exus, senhor que abre todos os caminhos, o povo de rua pede licença
para apresentar o Malandro que existe em cada um de nós. O enredo começa ao cair da
noite, quando as ruas da cidade se transformam em grandioso palco sob as estrelas, onde
atuam os Malandros que habitam a alma de mendigos, meretrizes, travestis, enfim, todos os
tenores, sopranos, contraltos e barítonos desse maravilhoso espetáculo noturno.

São personagens anônimos que encenam o roteiro do cotidiano, em meio a dramas e


situações cômicas. Por isso, cada ato desta ópera apresenta aspectos da malandragem, com
cenários e personagens que se agregam à narrativa para mostrar características e situações
típicas do modo de vida da malandragem.

O enredo é costurado por citações à obra original de Chico Buarque de Hollanda, porém,
trata-se de uma adaptação livre e carnavalizada da Ópera do Malandro. Nosso objetivo é
apresentar a figura dos Malandros sob um ponto de vista romântico, com toques de bom
humor, sem perder o lirismo, jamais! São os astros principais desta ópera popular, tal como
fez Chico Buarque, inspirado na “Ópera dos Três Vinténs”, de Bertold Brecht e Kurt Weill, e
“A Ópera dos Mendigos”, de John Gay. A ideia é trazer para a avenida um enredo musical,
tendo como centro da cena esse personagem tão presente no cotidiano brasileiro, imerso em
cenários e paisagens bem cariocas.

JUSTIFICATIVA

Eis... o Malandro na praça outra vez


Caminhando na ponta dos pés
Como quem pisa nos corações
Que rolaram nos cabarés
Entre deusas e bofetões
Entre dados e coronéis
Entre parangolés e patrões
O Malandro anda assim de viés
Deixa balançar a maré
E a poeira assentar no chão
Deixa a praça virar um salão
Que o Malandro é o barão da ralé!
(A Volta do Malandro – Chico Buarque de Hollanda)

Um enredo sobre os Malandros reverbera alto no corpo social e na alma mística de uma
escola de samba. A identificação direta do sambista com o personagem foi fundamental para
trazer para a avenida temas e situações relacionadas a essa figura tão presente no imaginário
carioca e brasileiro. Por isso, o Salgueiro se lançou de corpo e espírito nessa história que nos
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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2016

leva a desfilar por aspectos sociais, culturais, históricos e religiosos dos Malandros, que
guardam em si um pouco de cada um de nós. Um enredo que, embora prime pela
simplicidade e pela linguagem direta, traz em si a complexidade de uma figura que reúne
malícia e jogo de cintura diante das dores e delícias do dia a dia.

OS BARÕES DA RALÉ – O Malandro é o herói e o anti-herói brasileiro. Tem em si, ao


mesmo tempo, o espírito romântico, estrategista, integrador, cordial e negociador. É
carismático, amado, invejado, desejado, temido, perseguido e cultuado. É o sujeito que
transita entre as altas castas da sociedade e as camadas mais populares, de onde emergiu para
conquistar o seu lugar no mundo. Caminha com desenvoltura entre as classes sociais, no
limite entre a polidez exigida pela ordem dos espaços da chamada burguesia com quem
convive e a informalidade do povo marginalizado que representa. Mergulhado sem culpa na
boemia, sempre às voltas com amores fugazes com mulheres para as quais não importa a
“reputação”, “o Malandro traz consigo as marcas do desejo e do prazer, além de representar
as pulsões sufocadas pelo homem civilizado, enfim liberadas nas aventurosas e lascivas
noites urbanas” (CRISTINO, 2005).

De acordo com o Dicionário da História Social do Samba (LOPES & SIMAS, 2015), uma
das hipóteses para a origem da palavra “Malandro” vem do termo malandrino, nome italiano
que, entre diversos significados, serve para caracterizar um indivíduo astuto, matreiro e
sagaz. Mas como esse tipo se agregou de forma tão definitiva ao tecido social brasileiro?
“Segundo Câmara Cascudo, a origem do Malandro surgiu a partir dos filhos dos escravos
urbanos alforriados, os quais rejeitando o trabalho formal, com horários rígidos e obrigações
definidas, procuravam representar, finda a ordem escravista, o papel do dominador branco”
(LOPES & SIMAS, 2015). E uma das estratégias para que esse fenômeno acontecesse de
fato, foi investir na própria imagem, desvencilhando-se da figura do “pé-de-chinelo”.

DA GINGA E DO BICOLOR NO PÉ – Foi no cenário carioca, especialmente entre os


anos de 1920 e 1930, que a caracterização do Malandro de chapéu de palheta, camisa
listrada, calça branca e sapato bicolor ganhou as ruas e tornou-se uma espécie de traje típico
do homem-sambista-carioca. “O Malandro, com sua indumentária e seus modos sempre
característicos e caricaturais, não deixa de ser um oprimido que permanece fantasiado o ano
inteiro” (MATOS, 1982). A “fantasia” do Malandro é, portanto, um meio de penetrar onde
jamais poderia, não fosse o processo de negociação claramente expresso na própria forma de
se apresentar. Não por acaso, tornou-se uma figura tão identificada com o sambista.

O Malandro é, entre outras diversas características, um sujeito galanteador ligado ao prazer,


às coisas do mundo e à satisfação imediata. É oprimido por um sistema em que muitas vezes
não se encaixa, mas no lugar da revolta, constrói um trajeto original para se afirmar. Afinal,
ser Malandro é “viver cada momento intensamente, gozar das delícias do aqui e agora sem
pensar nas consequências” (LIGIÉRO, 2004). É o bon vivant das madrugadas, o dono de um
universo paralelo onde é rei e senhor. Um mundo noturno, assimétrico, confuso,
desordenado, desvairado, desencaixado e, por isso mesmo, absolutamente irresistível.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2016

A ÓPERA E A RUA – Assim como o Malandro transita entre mundos socialmente distintos,
o nosso enredo desfila entre a veia erudita da ópera clássica e os códigos populares das
escolas de samba. A separação entre a alta e a baixa cultura cai por terra quando a cultura do
cotidiano, do povo, dos conhecimentos cultivados nas ruas, mexe despudoradamente com os
dogmas que insistem em separar aquilo que o saber popular teima em unir.

A palavra “ópera” surgiu na Itália, no século XVII, e é o plural de “opus”, ou “obra”, em


português. As óperas são peças de teatro musical, “às quais se referia, com formulações
universais, a dramma per música (drama musical) ou favola in música (fábula musical)”
(GONÇALVES, 2011). As montagens das óperas, por sua vez, remetem às tragédias gregas e
aos cantos carnavalescos italianos do Século XIV.

Ao traçarmos essa interseção entre a ópera e o carnaval, não há como deixar de lembrar de
Joãosinho Trinta. Foi ele, artista maior do espetáculo visual das escolas de samba, revelado
no carnaval pelas mãos de Fernando Pamplona, no Salgueiro, o primeiro a associar o desfile
à ópera clássica. “O réssigeur é o carnavalesco. O maestro é o mestre de bateria. O enredo é
o libreto. A bateria, a orquestra. Enquanto os passistas são o corpo de baile. As alas são o
coro e os destaques são os personagens principais da ópera. Os carros alegóricos são a
cenografia” (TRINTA apud GOMES, 2008).

É a partir desse cruzamento de linguagens artísticas a que o desfile das escolas de samba se
permite, que nos inspire a encenar uma ópera popular dividida em seis atos, abordando
aspectos da malandragem, tendo como ponto de partida o musical “Ópera do Malandro”, de
Chico Buarque de Hollanda. Assim, procuramos trilhar essa tentadora possibilidade em
nome da instigante opção de mostrar diversos aspectos da malandragem, nessa grandiosa
ópera de rua chamada carnaval. Mas para mergulharmos nas referências ao musical, é bom
entendermos o contexto de sua criação na cena teatral brasileira.

A ÓPERA DO MALANDRO – O ano de 1978 marca a estreia da “Ópera do Malandro”, de


autoria de Chico Buarque de Hollanda. A ideia da montagem do espetáculo surgiu de uma
conversa entre o autor e o cineasta moçambicano Ruy Guerra, que mais tarde adaptou a peça
para as telas do cinema. A Ópera do Malandro é inspirada na “Ópera dos Três Vinténs”, de
Bertold Brecht e Kurt Weill, que por sua vez foi adaptada da “Ópera dos Mendigos”, escrita
por John Gay, em 1724. Trata-se de uma ópera em formato de pastiche – jogo de imitações
com alusões históricas – sobre os grandes espetáculos operísticos da época, que cada vez
mais atraía um público burguês ávido por novas formas de entretenimento em obras teatrais
e musicais mais dinâmicas.

Foi nesse cenário, ainda no século XVIII, que o pastiche ganhou espaço no circuito das
óperas, firmando-se como “uma prática comum em encenações” (STOREY, 2001). Daí
surgiu o mote para a adaptação de espetáculos clássicos à realidade carioca, presentes no
segundo ato da nossa “Ópera dos Malandros”, com personagens consagrados da ópera
clássica incorporados pelo espírito malandreado da nossa gente.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2016

Mas voltando à montagem brasileira da Ópera do Malandro, a peça apresenta os amores,


aventuras, tropeços e trapaças de Max Overseas, o herói que vive de golpes e conchavos
com o chefe de polícia Chaves. Também fazem parte do musical personagens importantes,
como as prostitutas do cabaré dos cafetões Duran e Vitória, pais de Terezinha, jovem que se
envolve com o Malandro Max. Outra figura marcante no desenrolar da história é a travesti
Geni, apaixonada por Max e que, malandramente, ocupa um lugar de destaque na trama.

A trilha musical da “Ópera dos Malandros” é uma das mais importantes da história do teatro
brasileiro. Canções como “Folhetim”, “Terezinha”, “Geni e o Zepelim”, “O Meu Amor”,
“Tango do Covil” e “A Volta do Malandro” ecoaram além das salas de espetáculo e viraram
sucesso nas vozes de intérpretes consagrados da Música Popular Brasileira, como Gal Costa,
Maria Bethânia, Ney Matogrosso e o próprio Chico Buarque.

Vale a pena ressaltar que muitas dessas canções inspiraram fantasias e alegorias presentes no
enredo. Entretanto, o desfile das escolas de samba, como uma procissão que mexe
profundamente com a porção devota do sambista, também evoca o perfil espiritual da
malandragem, fundamental para completar o quadro de aspectos desses místicos
protagonistas das ruas.

LAROYÊ, MOJUBÁ, AXÉ! – A apoteose da nossa Ópera dos Malandros, isto é, nosso
último ato, representa as crenças e a divinização dos Malandros, cultuados em terreiros
espalhados pelo país. Entidades como Zé da Ginga, Zé Pelintra, Exu Giramundo, Pombas
Giras e outras variações geralmente não costumam ser tão abordadas diretamente no
carnaval por serem forças etéreas que trazem em si uma energia vital poderosa. Mas não
fugimos a esse desafio que nos exigiu muita responsabilidade espiritual.

A saudação ao povo de rua presente nesse desfile não poderia prescindir da apresentação
dessas entidades tão louvadas pelos sambistas, especialmente nestes tempos em que a
liberdade religiosa é violada no Brasil em diversos episódios recentes de intolerância. Por
isso, a Passarela do Samba é o palco maior do nosso canto de paz em respeito a todas as
religiões.

Em nome de toda uma nação, o Salgueiro encerra sua ópera pedindo tolerância e respeito,
declarando o samba como elemento agregador entre as diversas crenças que coexistem no
nosso país. Afinal, o brasileiro carrega na pele e no sangue a marca da diversidade de povos
que aqui se estabeleceram ao longo do tempo. Dessa mistura de saberes e credos, surgiu uma
sociedade que, acima de tudo, acredita no futuro. A crença no intangível e a fé inabalável no
amanhã conduzem nosso povo adiante.

Na luta de cada manhã, a luz do dia que surge após a infinita noite de ilusões, os
personagens vestem a fantasia da realidade, tornam-se corpo e carne. Enquanto isso, a alma
se guarda para outro momento em que a lua convocará seus reis e rainhas da noite para de
novo brilharem num palco sob as estrelas.

Salve a Malandragem!! Laroyê!

66
Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2016

ROTEIRO DO DESFILE

1º SETOR – ABERTURA – A NATA DA MALANDRAGEM

Comissão de Frente
PRELÚDIO – AO CAIR DA NOITE...

Guardiãs Guardiãs
1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira
DAMAS DAMAS
Sidclei Santos e Marcella Alves
DA CORTE DA CORTE
REI E RAINHA DA RALÉ
DAS RUAS DAS RUAS

Alegoria 01 – Abre-Alas
EIS O MALANDRO “NO PALCO” OUTRA VEZ...

Ala 01 – Velha-Guarda
A NATA DA MALANDRAGEM

Ala 02 – Ala dos Negões (Comunidade)


O BARÃO DA RALÉ

Ala 03 – Ala da Comunidade


A ÓPERA DOS MENDIGOS
(quatro figurinos)

Destaque de Chão
Ludmilla Oliveira
DIVA DAS RUAS

2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira


Vinícius Pessanha e Jackelline Pessanha
A NOBREZA DA PLEBE

Elemento Cenográfico (Tripé)


NUM PALCO SOB AS ESTRELAS

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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2016

2º SETOR – A ÓPERA CARIOCA

Destaque de Chão
Tia Glorinha
FEITIÇO CIGANO

Ala 04 – Ala das Baianas


ÓPERA CARMEN – A POMBA GIRA
DE BIZET

Ala 05 – Ala Inflasal


ÓPERA AÍDA – RADAMÉS E
AÍDA DO S.A.A.R.A.
(dois figurinos)

Ala 06 – Ala da Comunidade


ÓPERA MADAME BUTTERFLY –
BORBOLETEANDO COM
MR. PINKETON NA PRAÇA MAUÁ
(dois figurinos)

Ala 07 – Ala dos Estudantes


ÓPERA NABUCCO – O REI DO
MORRO DA BABILÔNIA

Destaque de Chão
Fernanda Figueiredo
FENEMA – A PRINCESA BABILÔNICA

Alegoria 02
OS JARDINS SUSPENSOS DO MORRO DA
BABILÔNIA – ÓPERA NABUCCO

3º SETOR – ... PRA SE VIVER DO AMOR

Ala 08 – Comunidade
O SAMBA DO COVIL – ESTRELANDO:
FELIPE MORRIS, GENERAL ELÉTRICO,
BIG BEN DA HORA E JOÃO WALKER
(quatro figurinos)

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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2016

Rainha de Bateria
Viviane Araújo
MAX OVERSEAS

Ala 09 – Bateria
GENI
(Elemento Cenográfico – Zepelim)

Ala 10 – Ala de Passistas


DANÇARINOS E VEDETES
(dois figurinos)

Ala 11 – Ala das Mariposas (Comunidade)


LAS MUCHACHAS DE COPACABANA

Ala 12 – Ala Narcisa


À LUZ DO ABAJOUR

Destaques de Chão
Edcléia Escafura e Milena Nogueira
TEREZINHA E LÚCIA

Alegoria 03
PRA SE VIVER DO AMOR

4º SETOR – ENTRE DADOS, CARTAS E ROLETAS

Ala 13 – Ala Furacão


O REI DO BARALHO

Ala 14 – Ala da Comunidade


O CURINGA

Ala 15 – Ala Raça Salgueirense


PULE DE DEZ

Ala 16 – Ala da Comunidade


DADOS

Ala 17 – Ala Com Jeito Vai


SINUCA DE BICO

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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2016

Ala 18 – Ala da Comunidade


RINHA DE GALO

Destaque de Chão
Bianca Salgueiro
QUEM DÁ AS CARTAS SOU EU

Alegoria 04
O FILHO DA SORTE

5º SETOR – FILOSOFIA DA MALANDRAGEM

Ala 19 – Ala Tati


PRA TIRAR O BRASIL DESSA
BADERNA, SÓ QUANDO O MORCEGO
DOAR SANGUE...

Ala 20 – Ala da Comunidade


URUBU MALANDRO

Ala 21 – Ala Show de Bola


CAMARÃO QUE DORME A ONDA
LEVA

Ala 22 – Ala da Comunidade


MALANDRO É O CAVALO MARINHO
QUE SE FINGE DE PEIXE PARA NÃO
PUXAR CARROÇA

Ala 23 – Ala Zuk


ACERTEI NO MILHAR

Ala 24 – Ala dos Compositores


VENDENDO BARATO – SOGRA NO
PARAGUAI

Destaque de Chão
Mônica Nascimento
DE BANDEJA

Alegoria 05
BAR, DOCE BAR
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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2016

6º SETOR – APOTEOSE AO MALANDRO DE FÉ E DE PAZ

Ala 25 – Ala Fina Estampa


COMIGO-NINGUÉM-PODE

Ala 26 – Ala do Lalá


PATUÁ

Ala 27 – Ala Guerreiros do Salgueiro


(Comunidade)
SÃO JORGE

Destaque de Chão
Carlinhos Salgueiro
SENHOR DAS ENCRUZILHADAS

Ala 28 – Ala do Maculelê (Comunidade)


EXU E POMBA GIRA

Ala 29 – Ala Pura Simpatia


POVO CIGANO

Ala 30 – Ala daComunidade


GLÓRIA AO REI DA GINGA

Ala 31 – Ala da Comunidade


UM MENSAGEIRO DA PAZ

Destaque de Chão
Mari Antunes
AXÉ – ENERGIA VITAL

Alegoria 06
MEU SANTO É FORTE

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FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo)


Renato Lage e Márcia Lage
Nº Nome da Alegoria O que Representa

01 EIS O MALANDRO “NO Abrindo alas para a Ópera dos Malandros, a primeira
PALCO” OUTRA VEZ... alegoria da escola é dividida em duas partes: a
primeira traz, em primeiro plano, o chafariz da Praça
Mahatma Ghandi, no Centro do Rio, em torno do qual
o povo de rua atua no grandioso espetáculo do
cotidiano. São personagens que incorporam o fiel
espírito da malandragem na luta pela sobrevivência
nas ruas, palco de grandes amores, conflitos, dramas e
comédias do dia a dia, em uma cena que culmina com
a coroação do Malandro, rei da corte imaginária das
ruas cariocas. Toda a movimentação é observada pela
Elite Carioca, espectadores na segunda parte da
alegoria, que reproduz a escadaria do Theatro
Municipal. É a plateia vibrante que, vestida em seus
trajes de gala, acompanha o desenrolar de cada ato
encenado nesta grandiosa ópera das ruas.
Destaque: Louise Duran – Noites Cariocas
Personagens: O Povo da Rua – Malandros,
Cavalheiros, Meretrizes, Travestis, Bêbados,
Mendigos, Vendedores e Guardas.
Composições Femininas (primeira parte): Água da
Fonte
Composições Femininas e Masculinas (segunda
parte): Elite Carioca

* NUM PALCO SOB AS Sob a atmosfera romântica inspirada no Rio Antigo, o


ESTRELAS Malandro castiga na ginga com a sua cabrocha, num
(Elemento Cenográfico) pas-de-deux “sambadeado” e riscado à luz de postes,
tendo o relógio da Glória como testemunha. É o Rei
da Noite que se manifesta com toda a sua graça, em
mais uma reprodução do cenário da ópera encenada
nas ruas cariocas.
Personagens: Malandro e Cabrocha (Ailton Graça e
Cristiane Alves)

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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo)


Renato Lage e Márcia Lage
Nº Nome da Alegoria O que Representa
02 OS JARDINS SUSPENSOS DO No segundo ato da ópera, o sonho de grandeza do
MORRO DA BABILÔNIA – Malandro o leva a incorporar o Rei Nabuccodonosor,
ÓPERA NABUCO personagem central da ópera Nabucco, de Giuseppe Verdi.
É nessa atmosfera delirante que ele se vê cheio de ginga
entre as ladeiras da sua Babilônia, o morro no Leme do
qual é soberano. Entre ornatos e esculturas de inspiração
babilônicas, surgem barracos erguidos em meio à
vegetação que compõe um exótico e suspenso jardim
tropical.
Destaque: João Hélder – Nabucco, o Senhor do Morro da
Babilônia
Semidestaque: Ana Beatriz – Princesa Amitis
Composições Femininas: Bonde das Babilônicas
Composições Masculinas: Assiriostentação
* Elemento Cenográfico Sobre a bateria salgueirense, desfila o Zepelim citado na
ZEPELIM canção executada por Geni na Ópera do Malandro, de
Chico Buarque de Hollanda. Representa o poder ditatorial
e opressor de um implacável comandante, que surge no céu
com seu veículo aéreo fascinante e amedrontador.

03 PRA SE VIVER DO AMOR Bem-vindos ao cabaré de Duran e Vitória, pais da


personagem Terezinha, um dos amores do Malandro Max
Overseas, personagem central da Ópera do Malandro, de
Chico Buarque. Inspirada na canção “Viver do Amor”, do
mesmo musical, a alegoria traz abajures e luzes como parte
da decoração dos antigos cabarés da Lapa. Com
predomínio de tons cor-de-rosa, o carro apresenta
meretrizes, cafetinas e os tradicionais frequentadores do
bordel. A intimidade das alcovas se mistura aos salões do
cabaré no cenário deste terceiro ato da Ópera dos
Malandros.
Destaque: Monique Lamarque – Se Acaso Me Quiseres
Semidestaques: Desireé Soares e Delma Barbosa -
Cocotes
Composições Femininas: Mulheres que só dizem sim e
Melindrosas
Performance: Travestis – Show no Cabaré
Personagens: Clientes do Cabaré
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FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo)


Renato Lage e Márcia Lage
Nº Nome da Alegoria O que Representa

04 O FILHO DA SORTE A alegoria referente ao quarto ato traz em um mesmo


cenário diversos jogos que fazem os Malandros da
ópera salgueirense arriscarem a sorte. Cavalos, roletas,
bolas de bilhar, cartas, galos de briga, dados e fichas
compõem os elementos desse excitante universo da
jogatina. O limite entre a vitória e a ruína, a fortuna e
o revés, é tênue, muitas vezes decidido pelos caprichos
do destino.

Destaque: Maurício Pina – Jogatinando com a Sorte


Composições Femininas: Coringatas
Composições Masculinas: Crupilantras

05 BAR, DOCE BAR É nas mesas de bar que a malandragem passa a limpo
os aspectos da vida cotidiana. Com bom humor e
sagacidade, esses pensadores interpretam o dia a dia.
Por isso, neste quinto ato, o Salgueiro apresenta e
reverencia os filósofos do botequim, aqueles que,
malandramente, traduzem em versos e melodias o
pensamento sobre as dores e delícias do nosso mundo.
Em primeiro plano, está uma representação
malandreada da escultura do Pensador, de Auguste
Rodin, cercado por musas-mulatas esculpidas como
nos traços inconfundíveis do cartunista Lan. Nesse
descontraído Botequim da Academia, entre notas
musicais, violas e goles de cerveja, nascem joias da
música que nos fazem refletir sobre o país e a vida.

Destaque: Maria Helena Cadar – Néctar da Inspiração


Semi-destaque: Aline Riscado – Samba 100% Verão
Composições Femininas: Cerveja Preta e Cerveja
Loura
Personagens: Tenores e Filósofos de botequim

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FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo)


Renato Lage e Márcia Lage
Nº Nome da Alegoria O que Representa

06 MEU SANTO É FORTE! No ato derradeiro, o Malandro se torna uma divindade


cultuada pelas religiões espíritas, especialmente a
umbanda. A representação em escultura dessa entidade
vem respeitosamente à frente da alegoria, em meio a
um gongá erguido em seu louvor. Entre atabaques e
velas, surge uma pomba da paz branca com a
mensagem de paz e tolerância entre as religiões. É o
gran finale da Ópera dos Malandros, que seguem seu
caminho na luta de cada manhã por uma vida melhor.

Destaque: Ronaldo de Paz – Malandro de Fé


Semidestaques: Luísa Duran e Denise Vilela –
Devoção
Personagem: Alda Anderson Alves – Zeladora de
Santo
Performance: Carlos Santos - Zé da Ginga (estátua
viva)
Composições: Ogãs e Filhas de Santo

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FICHA TÉCNICA

Alegorias

Nomes dos Principais Destaques Respectivas Profissões


Louise Duran – Alegoria 01 (Abre-Alas) Empresária
João Hélder – Alegoria 02 Cirurgião Plástico
Monique Lamarque – Alegoria 03 Atriz
Maurício Pina – Alegoria 04 Cabeleireiro
Maria Helena Cadar – Alegoria 05 Empresária
Ronaldo Barros – Alegoria 06 Colorista
Local do Barracão
Rua Rivadávia Correa, 60, - Barracão 08 – Gamboa, Rio de Janeiro – RJ – CEP 20.220-290
Diretor Responsável pelo Barracão
Alexandre Couto Leite
Ferreiro Chefe de Equipe Carpinteiro Chefe de Equipe
Sandro Maciel Edson de Lima Miguel (Futica)
Escultor(a) Chefe de Equipe Pintor Chefe de Equipe
Levi Moraes Gilberto Lima
Eletricista Chefe de Equipe Mecânico Chefe de Equipe
Beto Kaiser Marcos Paulo do Nascimento
Outros Profissionais e Respectivas Funções
Adalberto Ferreira (Salsicha), Luiz e Max - Aderecista de Alegorias
Alan Carvalho - Iluminação
Renato - Placas
Thomas e Diego - Fibras
Zeli - Movimentos
Jeferson (Jefinho) - Empastelação
Vitor - Vime
Batista - Talhas Hidráulicas
Alexandre Couto Leite - Almoxarife
Paulo Henrique Caetano - Comprador
Flavia Cirino - Assessora de Imprensa
Sidney e Henrique - Brigada de Incêndio
Marcos Amendola, André Anderson e Kléber - Portaria
Claudio, Wagner e André - Serviços Gerais
Aline Sundin - Secretária Administrativa
Angélica Cristina - Secretária Executiva
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FICHA TÉCNICA
Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Renato Lage e Márcia Lage
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável Ano de

Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

01 A Nata da “Eu vou pra rua, que a lua me Velha Guarda Maria Aliano 1953
Malandragem chamou...”. A nata da (Caboclinho)
malandragem do samba chega
à rua e pede passagem para
contar sua história na pista da
Sapucaí. O Salgueiro abre a
sua ópera com a tradição dos
sambistas da Velha Guarda,
que trazem na memória as
lembranças de outros
carnavais. É a nobreza do
samba entrando no palco desse
grandioso espetáculo de
música, cenários e
personagens tão cariocas.

02 O Barão da Ralé “Deixa balançar a maré / E a Ala dos Direção de 2010


poeira assentar no chão / Negões Harmonia e de
Deixa a Praça virar um salão
/ Que o Malandro é o Barão
(Comunidade) Carnaval
da Ralé”. Inspirado nesses
versos, desembarca na Sapucaí
o Barão da Ralé, o nobre
Malandro de uma corte
imaginária cuja elegância e
fino trato foram forjados na
escola das ruas. É o cavaleiro
errante das calçadas e cortiços,
que se impõe como um fidalgo
das esquinas, dos becos e das
vielas. Para não ser
confundido com um qualquer
“pé-de-chinelo”, o Malandro
investe na própria imagem.
Chegou o tenor de uma ópera
que, adaptando a famosa frase
de Bertold Brecht na abertura
da Ópera dos Três Vinténs, é
tão “pomposa que só um
Malandro poderia sonhar... ou
tão ordinária que qualquer
mendigo poderia pagar”.

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FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Renato Lage e Márcia Lage
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável Ano de

Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

03 A Ópera dos Esta ala da comunidade Ala da Direção de 2003


Mendigos salgueirense surge entre Comunidade Harmonia e de
farrapos para lembrar a Carnaval
Ópera dos Mendigos
(The Beggar’s Opera),
idealizada e escrita pelo
dramaturgo inglês John
Gay e pelo músico
Johann Cristoph Pepusch.
Encenada pela primeira
vez em 1724, a Ópera dos
Mendigos obteve grande
sucesso junto ao público,
justamente por satirizar
as pomposas óperas
convencionais. As
críticas às classes mais
abastadas, ávidas
consumidoras das óperas
burguesas do século
XVIII, inspirou o alemão
Bertold Brecht a
conceber, já na segunda
metade dos anos 1920,
“A Ópera dos Três
Vinténs” (Die
Dreigroschenoper, em
alemão). A adaptação
brasileira dos espetáculos
de John Gay e Bertold
Brecht surgiu em 1978,
com a criação da “Ópera
do Malandro”, de Chico
Buarque de Hollanda.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Renato Lage e Márcia Lage
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável Ano de

Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

04 Ópera Carmen – Incorporando o espírito Ala das Maria da 1953


A Pomba Gira de das influências de óperas Baianas Glória Lopes
Bizet clássicas na criação das de Carvalho
óperas dos Mendigos, dos (Tia Glorinha)
Três Vinténs e do
Malandro, adaptamos
personagens importantes
da ópera mundial ao
universo de personagens e
tipos cariocas. Na nossa
Ópera dos Malandros, a
espanhola Carmen, de
Georges Bizet, incorpora
na avenida uma Pomba
Gira que roda ao som da
batucada salgueirense.
Vestida em vermelho e
preto, ela é responsável
por feitiços de amor e
seduz a todos com sua
beleza e altivez, tal qual a
exuberante Carmen, a
linda cigana que usa
trejeitos e olhares para
conquistar o coração de
todos. Como diz a letra de
Habanera, a mais
conhecida entre as canções
de Carmen, “O amor é
filho do boêmio / Ele não
conhece lei alguma /(...) E
se tu me amas, cuidado”.
Por isso, se segura,
Malandro, que as baianas
cor de paixão vêm aí
fazendo a gira girar!

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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Renato Lage e Márcia Lage
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável Ano de

Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

05 Ópera Aída – Na obra original, de Ala Inflasal Paulo Soares 1989


Radamés e Aída autoria de Giuseppe Verdi, da Silva
do S.A.A.R.A. Aída é uma escrava etíope Carvalho
que se entrega à paixão
incontrolável pelo general
egípcio Radamés. Já na
ópera carioca, em tempos
de crise, o casal se vê em
pleno verão no
S.A.A.R.A. (Sociedade
dos Amigos das
Adjacências da Rua da
Alfândega), entre
badulaques e
penduricalhos, ganhando a
vida com o comércio de
bugigangas a R$ 1,99.
Malandramente,
“importam” itens e
especiarias num negócio
da China... ou das
Arábias!

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FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Renato Lage e Márcia Lage
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável Ano de

Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

06 Ópera Madame A famosa ópera de Ala da Direção de 1953


Butterfly – Giacomo Puccini narra a Comunidade Harmonia e de
Borboletando com história do tenente da Carnaval
Mr. Pinketon na Marinha Benjamin
Praça Mauá Franklin Pinkerton, que se
apaixona perdidamente
por uma exuberante
gueixa de nome Cio-Cio-
San, a bela Madame
Butterfly (borboleta). No
Rio de Janeiro, porém, a
nossa Butterfly vivia a
borboletear pelos lados da
Praça Mauá. Até que em
uma noite de verão,
perdida entre uma esquina
e outra da região, encontra
o belo marinheiro
Pinkerton, a quem jura
amor eterno. Se na ópera
original de Puccini a
heroína morre no final do
espetáculo, a nossa
“borboleta” fisga o gringo
com muita astúcia, amor,
e, claro, um toque da mais
pura malandragem
carioca.

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FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


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DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável Ano de

Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

07 Ópera Nabucco – Sonhar alto. Ser o maior, o Ala dos Joaquim Jaime 1960
O Rei do Morro melhor, o único. Eis o Estudantes Santos Fróes
da Babilônia Malandro soberano de um Cruz
reino incrustado em uma
montanha à beira do mar,
mais precisamente no
Leme, bairro da Zona Sul
onde fica o morro da
Babilônia. Dos seus
jardins suspensos, entre
folhas de bananeiras,
Nabucco comanda seu
domínio tropical
imaginário. Realiza o
sonho de uma noite de
carnaval ao ser o
protagonista de um
espetáculo tão grandioso
quanto imaginou
Giuseppe Verdi ao
conceber a obra inspirada
na heroica trajetória do rei
Nabucodonosor da
Babilônia. Na Sapucaí,
Nabucco se transforma em
um dos astros desta
delirante ópera dos
Malandros cariocas.

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FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


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DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável Ano de

Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

08 O Samba do “Ai, quem me dera ser Ala da Direção de 1953


Covil – cantor, quem me dera ser Comunidade Harmonia e de
Estrelando: tenor / Quem sabe ter a Carnaval
Felipe Morris, voz, igual aos
General Elétrico, rouxinóis”. Depois do
Big Bem da Hora delírio dos Malandros
e João Walker como personagens de
óperas clássicas, chegou
a hora de cair na real. A
corriola entra na pista
para entoar o “Samba do
Covil”, paródia do
“Tango do Covil”,
canção em que os
camaradas parceiros de
Max Overseas, o
protagonista da Ópera do
Malandro, apresentam-se
na montagem do
espetáculo musical. Em
quatro figurinos
diferentes, mas juntos e
misturados numa mesma
ala, desfilam Felipe
Morris (contrabandista
de cigarros e charutos),
General Elétrico (exímio
negociante de tudo o que
dá “choque”), Big Ben da
Hora (o Malandro que
não perde a hora e
trabalha com relógios de
marca duvidosa) e João
Walker (o sagaz
comerciante de whiskys
made in Paraguai).

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FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


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DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável Ano de

Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

09 Geni “De tudo que é nego torto / Bateria Marco 1953


Do mangue, do cais do porto Antônio Silva
/ Ela já foi namorada / O seu (Mestre
corpo é dos errantes / Dos
cegos, dos retirantes / E de
Marcão)
quem não tem mais nada”.
Um dos personagens mais
marcantes da trama da
“Ópera do Malandro”, Geni é
uma travesti que personifica
a opressão contra os
marginalizados. Com a
capacidade de negociação e
instinto de sobrevivência
típicos da malandragem,
defendeu a cidade do ataque
de um Zepelim comandado
por um forasteiro. “Foram
tantos os pedidos, tão
sinceros, tão sentidos”, que
Geni se entregou ao invasor e
devolveu a paz ao lugar. Mas
depois que tudo voltou ao
normal, foi novamente
desprezada pela população.
A personagem é uma
metáfora contra o falso
moralismo e a hipocrisia da
sociedade. Na ópera
salgueirense, a orquestra de
som e ritmo se veste de Geni
para valorizar uma das mais
belas e conhecidas canções
criadas por Chico Buarque. É
a manifestação do espírito de
luta contra o preconceito e
discriminação incorporada
pelos ritmistas da bateria
“Furi-Rosa”. Taca fogo na
avenida, Geni!

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FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


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DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável Ano de

Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

10 Dançarinos e Enquanto nas alcovas o Ala de Carlos Borges 1953


Vedetes amor está no ar, nos salões Passistas (Carlinhos
dos cabarés da Lapa e da Coreógrafo)
Praça Tiradentes o público
se diverte com os
espetáculos das revistas,
febre que atingiu o ápice
no Rio de Janeiro entre os
anos de 1930 e 1950. A
mistura de música, teatro,
dança e humor atraiu um
público ávido pela
sensualidade das vedetes e
pelas belas coreografias
executadas pelo corpo de
baile. Para compor a cena
e reviver os tempos áureos
dos cabarés e do teatro de
revista, entram em cena os
passistas da Academia do
Samba, que dizem no pé,
mantendo a tradição do
samba malandreado,
riscado no palco da
Marquês de Sapucaí.

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FICHA TÉCNICA

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Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


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DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável Ano de

Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

11 Las Muchachas de “Mamãe, talvez eu lhe Ala das Direção de 1953


Copacabana mande umas ‘economia’ / Mariposas Harmonia e de
lembrança da filha que (Comunidade) Carnaval
vive aqui na capital / É
uma estrela
internacional”. Os versos
da famosa canção “Las
Muchachas de
Copacabana” apresentam
as garotas do cabaré de
Vitória e Duran, donos do
estabelecimento onde
‘atuam’ as meninas de
vida nada fácil, grande
parte vinda da região
Nordeste em busca de
melhores condições de
sobrevivência na então
capital federal. Com um
visual exagerado e
sensual, procuram atrair o
público masculino que a
cada noite buscam as
“muchachas” para
momentos de diversão e
prazer.

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FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Renato Lage e Márcia Lage
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável Ano de

Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

12 À Luz do Abajour “Pra se viver de amor / Ala Narcisa Luiz Fernando 1990
Há que esquecer o amor Martins Kaden
(...) / Se precaver / que
amar não é um vício / O
amor é um nobre ofício /
O amor é um bom negócio
/ À luz do abajur”. Sobre
os criados mudos das
alcovas da Lapa, damas da
mais antiga profissão
encenam seu “Folhetim”
de cada noite. São
mulheres “que só dizem
sim” e exercem seu ofício
iluminadas por um abajur.
À meia luz, confessam
amores fugazes aos seus
companheiros. Mas na
manhã seguinte, não
contam até vinte...
Afastam-se dos seus
parceiros para que, ao cair
da luz no fim do dia, o
abajur volte a iluminar
mais um novo e efêmero
caso de amor.

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Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

13 O Rei do Baralho “Ê filho da sorte eu sou / Ala Furacão Vilma 1997


Vento sopra a meu favor”. Martorelli de
Depois de um setor Figueiredo
dedicado à presença
feminina na vida dos
Malandros, começa mais
um ato da nossa ópera,
que traz a paixão pelo
prazer de arriscar a sorte.
No jogo de ronda, por
exemplo, um dos
preferidos da
malandragem, o rei é a
carta mais valiosa. O bom
e velho Malandro, sempre
atento, é o soberano da
jogatina. Nas mesas de
carteado, ele reúne os
parceiros, joga conversa
fora, mas se mantém
sempre atento na
movimentação dos
adversários. Há sempre
uma carta na manga para
virar o jogo a seu favor,
pois a vida lhe ensinou a
lidar com todas as
possibilidades em busca
da grande cartada.

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DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
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14 O Curinga Malandro que é Ala da Direção de 1953


Malandro não se Comunidade Harmonia e de
embaralha nas Carnaval
armadilhas da vida.
Reaparece em diversas
posições, tal qual um
curinga num jogo de
cartas. Em diversos
jogos, muda de valores
de acordo com a
combinação que se tem
nas mãos. O curinga é,
portanto, malandramente
maleável, o sujeito
cordial que se adequa às
mais diversas situações
de acordo com a
conveniência e a
oportunidade. E quando
o jogo vira contra, muda
a estratégia e segue em
frente. Afinal, é ele
quem dá as cartas. Pode
apostar!

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15 Pule de Dez Foi dada a largada! O Ala Raça Luís Rogério 1989
turfe é uma competição Salgueirense Cordeiro
aristocrática, que cabe Moreira
direitinho no sonho de
todo apostador puro
sangue. É hora de
encarar o desafio e
entrar no páreo para
testar a emoção nas
pistas de corrida. É
barbada! O bom
Malandro sabe que o
cavalo preferido é
sempre pule de dez, ou
seja, o favorito da
disputa. Mas atenção!
Muitas fortunas já foram
perdidas nas patas dos
cavalos. Por isso, é bom
não empacar na pista.
Afinal, seja por vários
corpos de distância, ou
na adrenalina da
definição por photochart
(equipamento eletrônico
que define o vencedor
por meio de registro
fotográfico), o
importante é vencer.

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16 Dados Os dados rolam macio Ala da Direção de 1953


na pista de desfile com Comunidade Harmonia e de
esta ala de comunidade, Carnaval
numa alusão ao famoso
cubo de seis faces que
gera resultados
aleatórios de acordo com
a intensidade com que
são jogados. O acaso e o
infortúnio estão em jogo
nesse passatempo em
que o limite entre o azar
e a sorte depende apenas
de um pequeno gesto. E
se a disputa parece
perdida, não se engane:
ainda estão rolando os
dados e tudo pode
acontecer. Afinal, o
Malandro é filho da sorte
e o vento sempre sopra a
seu favor.

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17 Sinuca de Bico Adaptado da palavra Ala Com Jeito Tarcísio 1989


inglês snooker, a sinuca Vai Gonçalves dos
é um jogo de mesa que Santos
se tornou um dos
símbolos da boemia.
Com adeptos das mais
altas castas da
malandragem no país,
diversas expressões
utilizadas durante as
partidas se inseriram no
nosso cotidiano. Sinuca
de bico, por exemplo, ao
pé da letra significa uma
fase do jogo em que a
bola da vez está
protegida pelas outras
bolas, tornando-se
impossível acertá-la. No
jogo da vida, a sinuca de
bico é uma expressão
que define uma situação
sem saída. Mas o
Malandro de verdade
sabe se livrar de apuros e
consegue dar a volta por
cima.

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18 Rinha de Galo Proibida no Brasil desde Ala da Direção de 1953


1998, a rinha de galo era Comunidade Harmonia e de
uma competição muito Carnaval
popular no meio da
malandragem por testar a
força e o vigor dos
animais, que muitas vezes
lutavam até a morte. Na
fantasia, em posição de
ataque, os galos,
considerados ariscos,
mostram na verdade que
selvagem é quem se
distrai com esse tipo de
disputa. Trata-se de um
registro histórico de uma
competição polêmica, que,
embora exista ainda hoje
de forma clandestina em
várias regiões do país, não
tem mais razão de existir.
Entretanto, as rinhas
servem como uma espécie
de metáfora da vida, onde
cada galo luta com garra
pela própria
sobrevivência.

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19 Pra Tirar Meu Deixemos as mesas de jogo Ala Tati Janete Ribeiro 1997
Brasil Dessa de lado e vamos para as
Baderna, só mesas de bar para perceber
Quando o que nessas ilhas regadas a
cachaça, cerveja e petiscos,
Morcego Doar
entre um gole e outro, a
Sangue... vida é passada a limpo. E
temas políticos, claro, não
poderiam ficar de fora do
repertório dos filósofos dos
botequins. Muitas dessas
reflexões viram poesia que
ganham as ruas e caem na
boca do povo. Foi assim
que o Malandro sagaz
Bezerra da Silva criou
“Quando o Morcego Doar
Sangue”, sobre a
desesperança do brasileiro
diante da situação do país.
Com a palavra, o saudoso
sambista: “Toda nossa
esperança é somente
lembrança do passado / A
alta cúpula vive contagiada
pelo micróbio da
corrupção / O povo nunca
tem razão, estando bem ou
ruim o clima / Somente
quem está por cima é a tal
da dívida externa / E o
Malandro que faz aquele
empréstimo / E leva os
vinte por cento dela / Para
tirar meu Brasil dessa
baderna / Só quando
morcego doar sangue e
saci cruzar as pernas”.
Tem ou não tem razão?

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20 Urubu Malandro Com charme e Ala da Direção de 1953


malemolência a próxima Comunidade Harmonia e de
ala do Salgueiro chega Carnaval
para dar o seu recado.
Não é à toa que muitas
vezes o Brasil segue
devagar, devagarinho, no
passo do Urubu
Malandro, famosa polca
do início do Século 20.
Primeiramente
conhecida como canção
folclórica na região norte
do estado do Rio de
Janeiro, transformou-se
em uma das músicas
mais executadas nas
rodas de chorinho do
país. A letra,
posteriormente adaptada
por João de Barro, o
Braguinha, nos anos
1940, satiriza costumes
da época e continua
atual. “Urubu veio de
cima com fama de
dançador / Urubu
chegou na sala tirou
dama e não dançou”. E
em mais uma ala da
comunidade
salgueirense, como diz a
letra da música, o
“urubu chega de prosa e
vem cair na batucada”.

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21 Camarão que “Não pense que meu Ala Show de Renato Duran 2001
Dorme a Onda coração é de papel / Não Bola
Leva brinque com o meu
interior / Camarão que
dorme a onda leva / Hoje
é dia da caça / Amanhã do
caçador”. Foi com esses
versos que Arlindo Cruz e
Zeca Pagodinho
explodiram na década de
1980 com um sucesso que
até hoje, mais de trinta
anos depois, é cantado nas
rodas de samba. No
melhor estilo partido alto,
a obra caiu nas graças do
povo, especialmente pela
metáfora típica das
composições do gênero: a
observação das coisas que
estão no mundo e que se
aplicam ao cotidiano.
Inclusive no amor, como é
o caso desta canção. O
recado é direto e o papo,
reto: Malandro, é melhor
não cochilar e cuidar bem
do seu amor.

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22 Malandro é o Nos braços da boemia, o Ala da Direção de 1953


Cavalo Marinho Salgueiro se deixa levar Comunidade Harmonia e de
Que se Finge de e traz para a avenida o Carnaval
Peixe para Não bom humor presente nas
Puxar a Carroça tiradas nascidas nas
mesas dos bares país
afora. Nem o tranquilo
cavalo marinho escapou
da gozação e vem para o
desfile na maior
elegância, fingindo-se de
peixe para não puxar
carroça, ou seja,
escapulindo de mansinho
do trabalho duro e
levando a vida do jeito
que sempre quis: na
maior maré mansa.

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23 Acertei no Milhar Lançada em 1958, a Ala Zuk Roberto 1999


canção “Acertei no Vasconcellos
Milhar” fez a alegria do Dias
povo na voz de Moreira
da Silva. O samba narra
o bom e velho Kid
Morengueira avisando
para a patroa que a
família mudou de
situação após ganhar
quinhentas milhas na
conhecida aposta
zoológica criada pelo
esperto Barão de
Drummond – o
carioquíssimo jogo do
bicho. Eis o sonho de
levar uma vida de bacana
após acertar no milhar:
viagem pra Europa,
filhos em colégio
interno, aulas de
francês... Enfim, o
Malandro virou
magnata! Mas como diz
o sambista, desolado, no
fim na última estrofe,
“De repente, de
“repenguente”, Etelvina
me chamou / Está na
hora do batente / Disse:
Acorda, Vargulino / Mete
os peitos pelos fundos /
Que na frente tem gente /
Foi um sonho, minha
gente...”.

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24 Vendendo Barato “Tô vendendo barato / Ala dos Nilda 1953


– Sogra no Quem vai? / Tô levando Compositores Salgueiro
Paraguai minha sogra / Pra vender Baptista
no Paraguai”. Na Ferreira
maciota, a ala dos
compositores da
Academia se veste de
muambeiro para tentar
passar adiante uma
mercadoria bastante
desvalorizada no mercado
da malandragem: a sogra.
É pegar ou largar! A
promoção é aqui e agora
na avenida e é hora da
Xepa! A ala, além de uma
grande brincadeira feita
para alfinetar as mães das
mulheres do Malandro, é
uma homenagem ao
pensador e porta-voz da
rapaziada, o gozador
Carlos Roberto de
Oliveira, o eterno Dicró.

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25 Comigo- Chegou a hora do ato Ala Fina Claudio 2007


Ninguém-Pode derradeiro da Ópera dos Estampa Azevedo
Malandros. A apoteose
ao Malandro de fé e de
paz começa com um
pedido de proteção
espiritual, fechando o
corpo para os maus
agouros. A comigo-
ninguém-pode, como o
próprio nome sugere, é
uma erva que afasta e
quebra as energias
negativas. E Malandro
que é Malandro tem
sempre na porta ou nos
fundos do barraco um pé
de comigo-ninguém-
pode para fazer seus
banhos e afastar os maus
fluidos. No desfile, essa
ala vem para purificar a
avenida e abrir os
caminhos para o grand
finale.

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26 Patuá Depois das ervas, é a vez Ala do Lalá Jaime Srhur 1990
de garantir proteção com
um amuleto trazido da
África por seguidores
dos cultos aos orixás. No
Brasil, essa crença se
misturou a outras, como
o espiritismo, formando
um grande mosaico de
credos que é a umbanda.
O Malandro de fé traz
junto ao corpo um patuá,
que concentra o axé dos
seus guias espirituais
contra todos males. Na
ópera salgueirense, o
patuá é consagrado como
objeto de devoção e
simboliza a fé ancestral
que correu terras e
continentes, e até hoje
faz morada no coração
do Malandro que batuca
no compasso dos
atabaques.

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27 São Jorge Venerado, cultuado, Ala Guerreiros Direção de 1953


respeitado, reverenciado e do Salgueiro Harmonia e de
amado. O soldado Jorge, (Comunidade) Carnaval
nascido na Capadócia
(atual Turquia), foi
inquirido pelo imperador
Diocleciano sobre qual
crença seguia. Jorge
declarou-se cristão e a cada
nova investida de
Diocleciano, reafirmava
sua fé. A história de Jorge
se espalhou pela região e o
soldado transformou-se em
mártir entre os romanos,
especialmente após a sua
execução. Virou São Jorge
na Igreja Católica, símbolo
da luta contra os muitos
dragões do dia a dia. A fé
em São Jorge vai além do
catolicismo e o Santo
Guerreiro hoje é cultuado
por fiéis das mais diversas
religiões. No Brasil, foi
sincretizado com Ogum, o
orixá guerreiro. De
armadura prateada e
paramentos militares
romanos, São Jorge é
trazido para a avenida
como um dos símbolos da
devoção do Malandro.
Afinal, “Quem me protege,
não dorme / Meu santo é
forte / É quem me guia”.

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28 Exu e Exu é o senhor da Ala do Direção de 1953


Pomba Gira transformação e o ser Maculelê Harmonia e de
responsável pela (Comunidade) Carnaval
comunicação entre orum
(céu) e ayê (terra), o
portador das mensagens
dos deuses aos homens.
As pombas giras são a
manifestação feminina de
Exu e se exibem com
sensualidade e atitude.
Juntos, comandam na
avenida uma dança
reverente a essas entidades
tão presentes nos cultos de
origem afro-brasileira,
como o candomblé e a
umbanda. São os senhores
das ruas e sempre ajudam
a abrir os caminhos nas
encruzilhadas da vida. Por
isso, os Malandros sempre
os saúdam e a eles pedem
proteção. Em vermelho e
preto, representam o ego
de cada ser, a porção
humana das divindades,
onde convivem eternas
contradições. Saudados no
samba-enredo, entre “larôs
e saravás mojubás”, são
elos entre o etéreo e o
terreno, cuja magia se
manifesta em movimentos
dos corpos no terreiro
sagrado da Sapucaí.

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29 Povo Cigano Chega à avenida o povo Ala Regina Celi 2008


cigano com seu Pura Simpatia dos Santos
misticismo e sabedoria Fernandes
ancestral para fazer parte
da Apoteose ao Malandro
de fé e de paz. São povos
das ruas, andarilhos que
se espalharam em cada
palmo de chão, cujo
espírito guerreiro
ancestral é revivido em
festejos e celebrações
místicas. Sincretizados
em religiões como a
umbanda, os ciganos
trabalham pela evolução
espiritual dos seus
seguidores, com um
desenvolvido poder de
vidência e adivinhação.
Os Malandros procuram
os ciganos para saber o
futuro na vida, nos
negócios, no amor e no
jogo. São inspiradores
para os Malandros, que
assim como os ciganos,
cultivam a autonomia e a
independência. Como
nos aponta um antigo
ditado cigano, “o céu é
meu teto; a terra é minha
pátria; e a liberdade é a
minha religião”.

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30 Glória ao Com devoção e respeito às Ala da Direção de 1953
Rei da Ginga entidades, saudando os Comunidade Harmonia e de
guias que protegem a Carnaval
malandragem, o Salgueiro
traz para a avenida o Rei da
Ginga, cultuado em
terreiros do estado do Rio
de Janeiro, especialmente
na Baixada Fluminense.
Trazido para a avenida de
maneira carnavalizada, com
elegância, respeito e
altivez, é reverenciado
pelos foliões da ala de
comunidade. Toda honra e
toda glória a Zé da Ginga,
Malandro incorporado na
vibração dos componentes
salgueirenses.

31 Um Mensageiro O desfile do Salgueiro Ala da Direção de 1953


da Paz evoca os espíritos dos Comunidade Harmonia e de
Malandros cultuados nos Carnaval
muitos centros espalhados
pelo país. São mensageiros
da paz em nome da
tolerância religiosa,
pregando o respeito às
diversas crenças e à
liberdade dos cultos afro-
brasileiros, os quais
ultimamente têm sido alvo
de perseguição no Brasil.
São mensageiros da paz,
que cantam em favor de
todas as religiões, numa
ligação cósmica entre o
terreno e o divino.
Salve a malandragem! Axé!

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FICHA TÉCNICA

Fantasias

Local do Atelier
Rua Rivadávia Correa, 60 – Barracão 08 – Gamboa, Rio de Janeiro – RJ – CEP 20.220-290
Diretor Responsável pelo Atelier
Paulo Henrique Caetano da Silva Dias e José Leandro
Costureiro(a) Chefe de Equipe Chapeleiro(a) Chefe de Equipe
Arlete Miranda Paulo Henrique Caetano da Silva Dias e José
Leandro Pinheiro
Aderecista Chefe de Equipe Sapateiro(a) Chefe de Equipe
Paulo Henrique Caetano da Silva Dias, Daniel Washington
dos Santos, Marta Cristina, Paulo Cesar,
Andréia Marques, Claudio Azevedo, José
Leandro e Gilmar.
Outros Profissionais e Respectivas Funções

Ateliês: Roberto Benevides e Belizário Cunha (Chefes de Atelier)

Outras informações julgadas necessárias

A partir dos figurinos de fácil leitura e rápida identificação – e que traduzem fielmente a proposta
da Ópera dos Malandros – criados pela dupla de carnavalescos Renato e Márcia Lage, o Salgueiro
escolheu privilegiar o conforto ao desfilante, confeccionando fantasias leves, com especial
destaque aos cortes e à costura dos trajes.

Em 2016 há, no desfile do Salgueiro, uma grande variação de trajes ligados à figura do Malandro,
fruto de um trabalho de pesquisa sobre a caracterização típica do personagem central do enredo.
Convém chamar a atenção para os calçados: mais da metade das alas utiliza sapatos bicolores, que
proporcionam maior conforto ao componente e contribuem para uma caracterização ainda mais
fiel à figura do Malandro.

Para este desfile, o Salgueiro doará cerca de 2.600 fantasias para as alas da escola - bateria,
passistas, baianas, Velha Guarda, compositores -, Alas da Comunidade, Composições de Alegoria
e casais de Mestre-Sala e Porta-Bandeira. Dessas, mais de 2.000 roupas foram confeccionadas no
ateliê da própria escola, na Cidade do Samba, o que garante a qualidade na reprodução dos
figurinos.

106
Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Samba-Enredo

Autor(es) do Samba- Marcelo Motta, Fred Camacho, Guinga, Getúlio Coelho, Ricardo
Enredo Fernandes e Francisco Aquino.
Presidente da Ala dos Compositores
Nilda Salgueiro Baptista Ferreira
Total de Componentes da Compositor mais Idoso Compositor mais Jovem
Ala dos Compositores (Nome e Idade) (Nome e Idade)
115 Djalma Sabiá Antonio Gonzaga
(cento e quinze) 91 anos 21 anos
Outras informações julgadas necessárias

Laroiê, Mojubá, axé!


Salve o povo de fé, me dê licença!
Eu vou pra rua que a lua me chamou
Refletida em meu chapéu
O Rei da noite eu sou
Num palco sob as estrelas
De linho branco vou me apresentar
Malandro descendo a ladeira... Ê, Zé!
Da ginga e do bicolor no pé
“Pra se viver do amor” pelas calçadas
Um mestre-sala das madrugadas

Ê, filho da sorte eu sou


Vento sopra a meu favor
Gira, sorte, gira, mundo, malandro deixa girar
Quem dá as cartas sou eu, pode apostar!

O samba vadio, meu povo a cantar


Dia a dia, bar em bar
Eis minha filosofia
Nos braços da boemia, me deixo levar...
Eu vou por becos e vielas
Chegou o barão das favelas
Quem me protege não dorme
Meu santo é forte, é quem me guia
Na luta de cada manhã, um mensageiro da paz
De larôs e saravás!

É que eu sou malandro, batuqueiro


Cria lá do Morro do Salgueiro
Se não acredita, vem no meu samba pra ver
O couro vai comer!

107
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FICHA TÉCNICA

Samba-Enredo

Outras informações julgadas necessárias

Ele desce a ladeira dos morros cariocas e, à luz da lua, vai para rua, cenário da carioquíssima
Ópera dos Malandros que os Acadêmicos do Salgueiro riscam no asfalto.

Entidade saudada em Mojubás e Laroiês, é o próprio personagem que canta a sua gira e faz o
mundo girar em torno de um inspirado samba-enredo em homenagem à nata da malandragem.

Por entre becos e vielas, incorporado como o verdadeiro Barão das favelas, a caminhada do
Malandro no passo miudinho do samba é o espectro sobre o qual se projeta o samba-enredo do
Salgueiro, uma síntese da filosofia da malandragem.

É o olhar do sambista que crê na sua força (“vem no meu samba pra ver”); é aquele que faz das
calçadas o palco das ilusões, caminhando na ponta dos pés como quem pisa nos corações (“pra se
viver de amor pelas calçadas/um mestre-sala das madrugadas”); é gerado no ventre da sorte
(“vento sopra a meu favor”) e dá as cartas (“pode apostar!”) como quem domina o mundo que o
cerca.

Na linguagem simples que retrata o cotidiano, emanada em discurso direto, a composição transita,
com coesão, do tom descritivo ao subjetivo para sublinhar o sentimento do Malandro de se deixar
levar por “braços da boemia”, pontuando a rica narrativa da rua segundo a percepção psicológica
do homenageado, não como uma expressão ordenada da realidade exterior, mas à conotação da
realidade frente ao sujeito no mundo de grande força poética.

A ideia musical que a obra exibe segue essa liberdade de composição, de grande força intuitiva,
com rimas soltas nos versos, por vezes na ordem interna e predomínio do esquema A/B, A/B,
embaladas por uma melodia que desce/fecha e sobe/abre o tonal para desenhar melodicamente do
que fala o Malandro: da fé, do amor, de samba, da vida e da paz, que encerra a bela mensagem do
enredo.

Na licença poética à sinopse, os compositores deram à luz o Malandro batuqueiro, ser que transita
por diversos cenários – habitats naturais da malandragem - e iluminam as matrizes do enredo na
cria do Morro do Salgueiro, que a cada carnaval renasce no coração dessa gente bamba,
profundamente rendida ao significado do samba.

Saravá, nossa gente!

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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Bateria

Diretor Geral de Bateria


Mestre Marcão (Marco Antonio da Silva)
Outros Diretores de Bateria
André Luiz de Lima (Perereca), Bruno Monteiro (Marfim), Clair da Silva Basílio, Emilson Matos
da Silva (Showa), Eduardo José (Dudu), Evandro de Souza (Vando), Guilherme dos Santos
Oliveira, Gustavo dos Santos Oliveira, Kleber da Silva Basílio, Leonardo G. Araújo (Léo),
Luciano Oliveira (Japa), Luiz Carlos Irineu (Orelha), Marcelo de Paula (Celão), Marcos Antonio
da Silva Júnior (Markinhos Jr.) e Mariana Cristina
Total de Componentes da Bateria
285 (duzentos e oitenta e cinco) componentes (15 diretores e 270 ritmistas)
NÚMERO DE COMPONENTES POR GRUPO DE INSTRUMENTOS
1ª Marcação 2ª Marcação 3ª Marcação Rece-Reco Ganzá
12 12 14 0 0
Caixa Tarol Tamborim Tan-Tan Repinique
81 40 36 0 30
Prato Agogô Cuíca Pandeiro Chocalho
05 0 20 0 20
Outras informações julgadas necessárias

A Bateria do Salgueiro – A Furiosa, como é conhecida a Bateria do Salgueiro, é uma das grandes
orquestras do carnaval e uma das mais premiadas na história da folia carioca. É ela que acelera a
batida dos corações e arrepia os salgueirenses a cada vez que se posiciona na avenida para abrir os
caminhos do cortejo da Academia. Comandada em sua trajetória por grandes Mestres, como
Dorinho, Tião da Alda, Bira, Branco Ernesto, Almir Guineto, Arengueiro, Mané Perigoso, Louro e
Marcão, a Furiosa, recebeu incontáveis notas dez e diversas premiações, entre elas, nove
Estandartes de Ouro, maior prêmio do carnaval carioca.
Mestre Marcão - Nascido e criado no morro do Salgueiro, Marco Antônio da Silva, o Mestre
Marcão, é o comandante da Furiosa bateria Salgueiro. Marcão começou a tocar no bloco
“Moleque É Tu”, que congregava as crianças do morro. Anos depois, passou a desfilar na bateria
da escola mirim Alegria da Passarela (atual Aprendizes do Salgueiro). Cada vez mais íntimo da
batida do samba, Marcão ingressou na bateria da vermelho e branca, tocando tarol, repique e
surdo. Em 1999, Marcão foi convidado para ser um dos diretores da Furiosa e, cinco anos depois,
assumiu o apito da bateria do Salgueiro. Sua missão é dar continuidade ao ritmo firme, que
sempre caracterizou a agremiação, temperando a batida com o mais puro molho do samba do
morro do Salgueiro. Em 2008, Marcão teve seu talento reconhecido pelos jurados, conquistando
as quatro notas 10, e do Estandarte de Ouro. No comando de 270 ritmistas, Mestre Marcão conta
com o auxílio de Apoio de Bateria, componentes da Velha Guarda da Bateria do Salgueiro, que o
ajudarão na entrada e saída dos boxes e levarão peças (baquetas) sobressalentes, e com seus
diretores - Clair, Celão, Dudu, Guilherme, Gustavo, Japa, Kleber, Léo, Marfim, Mariana,
Markinhos Jr., Orelha, Perereca, Showa e Vando - para mostrar ao público o ritmo firme,
temperado com o mais puro molho do samba do morro do Salgueiro.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Bateria

Outras informações julgadas necessárias

Fantasia – Geni - “De tudo que é nego torto / Do mangue, do cais do porto / Ela já foi namorada
/ O seu corpo é dos errantes / Dos cegos, dos retirantes / E de quem não tem mais nada”. Um dos
personagens mais marcantes da trama da “Ópera do Malandro”, Geni é uma travesti que
personifica a opressão contra os marginalizados. Com a capacidade de negociação e instinto de
sobrevivência típicos da malandragem, defendeu a cidade do ataque de um enorme Zepelim
comandado por um asqueroso forasteiro. “Foram tantos os pedidos, tão sinceros, tão sentidos”,
que Geni se entregou ao invasor e devolveu a paz ao lugar. Depois que tudo voltou ao normal,
entretanto, foi novamente desprezada pela população da cidade. A personagem é uma metáfora
contra o falso moralismo e a hipocrisia da sociedade. Na ópera salgueirense, a orquestra de som e
ritmo se veste de Geni para valorizar uma das mais belas e conhecidas canções criadas por Chico
Buarque. É a manifestação do espírito de luta contra o preconceito e discriminação incorporada
pelos ritmistas da bateria “Furi-Rosa”. Taca fogo na avenida, Geni!

Rainha de Bateria – Viviane Araújo


Verdadeiro fenômeno do carnaval, Viviane Araújo é uma das maiores rainhas da história das
escolas de samba. Após sua estreia, em 1995, no Império da Tijuca, Viviane passou por Mocidade
Independente, União de Jacarepaguá e pela paulistana Mancha Verde, até chegar ao Salgueiro,
após o carnaval de 2007. Desde então reina absoluta à frente da bateria da escola. Referência
quando o assunto é rainha ou madrinha de bateria, Viviane reúne todos os atributos necessários
para o posto: é bonita, carismática, tem gingado de sobra e ainda desfila tocando tamborim.
Predicados mais que suficientes para enfeitiçar e hipnotizar o público que vai ao delírio a cada
passagem de Viviane pela avenida.
Em 2016, Viviane completa o nono carnaval na escola e virá vestida como Max “Overseas”,
personagem da Ópera do Malandro, típico malandro carioca que, na peça, tem uma apaixonada
Geni como aliada. E como qualquer Malandro que se preze, entende de samba como nenhum
outro!

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FICHA TÉCNICA

Harmonia

Diretor Geral de Harmonia


Comissão, formada por Alda Anderson Alves, Jomar Casemiro (Jô) e Siromar de Carvalho da
Silva (Siro de Carvalho)
Outros Diretores de Harmonia
Alexandre Couto Leite, Anderson Nobre, Antonio Freire (Da Bahia), Armando Lyra da Silva
(Armandinho), Carlos Cezar Bonfim Campos, Cláudio Alves, Edilberto Rosa Moraes, Edson
Alves dos Santos, Fagney L. da Silveira, Gilbier de Oliveira, Gilson Assis (Gaguinho), Gilson
Orozimbo da Silva, Ivaldo de Jesus Caetano da Silva, Jairo Pereira da Silva, João Batista Costa
(João do Bar), Joel Pereira da Silva, Joelmo Casemiro (Elmo), Jomilson Casemiro, Jorge da
Conceição (Caduza), Jorge Dias (Seu Jorge), José Carlos F. Cardoso, Jose Luiz de Souza Costa
(Costa), Jose Marinho de L. Neto (Marinho), Julio Marcos Schittini, Lourenço Lúcio Ananias de
Souza, Luiz O. dos S. Silva (Luizinho), Marcelo Marques da Silva, Marcelo Oscar Nasseh, Nilo
Sergio Coutinho, Nivaldo Ferreira, Odilon da Costa, Orlando Lyrio Eugenio (Limão), Paulo Cezar
Evangelista Junior, Reginaldo Ferreira dos Santos (Naldo), Roberto Moreira Barcelos, Robson
Santana, Roudney Adriano, Sérgio Silva da Costa e William Faria Ramos
Total de Componentes da Direção de Harmonia
43 (quarenta e três) diretores (03 diretores gerais e 40 diretores de harmonia)
Puxador(es) do Samba-Enredo
Oficiais: Leonardo Bessa, Serginho do Porto e Xande de Pilares
Auxiliares: Eduardo Dias, Tuninho Jr., Hugo Junior e Julia Alan
Instrumentistas Acompanhantes do Samba-Enredo
Cavaco – Diego Moura, Leo Antunes e Guto
Violão de Seis Cordas – Rafael
Violão de Sete Cordas – Nilson
Outras informações julgadas necessárias
Harmonia – Para o carnaval de 2016, os três integrantes da Comissão de Harmonia do Salgueiro
- Alda Anderson Alves, Jomar Casemiro (Jô) e Siromar de Carvalho (Siro de Carvalho) -
prepararam os componentes do Salgueiro em diversos ensaios e reuniões realizados na quadra da
escola, na Marquês de Sapucaí e na Cidade do Samba a partir da última semana de setembro de
2015.
Mais do que a simples presença do componente, o objetivo dos diretores responsáveis pela
Harmonia do Salgueiro (e dos 40 integrantes da Harmonia de Ala) foi ajustar o entrosamento e o
canto dos componentes – incluindo as Alas de Comunidade, o grupo de 270 Composições de
alegoria, Destaques, Semi-destaques e Destaques de Chão – com o ritmo do samba-enredo da
escola.
Com o objetivo de fazer com que cada componente compreendesse seu papel no desfile, a
Direção de Harmonia fez diversas reuniões com todos os componentes para apresentar a fantasia
com que cada componente se apresentará na Marquês de Sapucaí, e para dar conhecimento do
enredo, da letra do samba-enredo e do roteiro de desfile da escola.
Em 24 de janeiro, a escola também realizou um ensaio técnico oficial na Avenida Marquês de
Sapucaí, que serviu para simular as apresentações de Comissão de Frente, Mestre-Sala e Porta-
Bandeira e Bateria para cabine de julgadores, e entrada e saída da bateria dos boxes.

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FICHA TÉCNICA

Evolução

Diretor Geral de Evolução


Comissão, formada por Alda Anderson Alves, Jomar Casemiro (Jô) e Siromar de Carvalho da
Silva (Siro de Carvalho)
Outros Diretores de Evolução
Alexandre Couto Leite, Anderson Nobre, Antonio Freire (Da Bahia), Armando Lyra da Silva
(Armandinho), Carlos Cezar Bonfim Campos, Cláudio Alves, Edilberto Rosa Moraes, Edson
Alves dos Santos, Fagney L. da Silveira, Gilbier de Oliveira, Gilson Assis (Gaguinho), Gilson
Orozimbo da Silva, Ivaldo de Jesus Caetano da Silva, Jairo Pereira da Silva, João Batista Costa
(João do Bar), Joel Pereira da Silva, Joelmo Casemiro (Elmo), Jomilson Casemiro, Jorge da
Conceição (Caduza), Jorge Dias (Seu Jorge), José Carlos F. Cardoso, Jose Luiz de Souza Costa
(Costa), Jose Marinho de L. Neto (Marinho), Julio Marcos Schittini, Lourenço Lúcio Ananias de
Souza, Luiz O. dos S. Silva (Luizinho), Marcelo Marques da Silva, Marcelo Oscar Nasseh, Nilo
Sergio Coutinho, Nivaldo Ferreira, Odilon da Costa, Orlando Lyrio Eugenio (Limão), Paulo Cezar
Evangelista Junior, Reginaldo Ferreira dos Santos (Naldo), Roberto Moreira Barcelos, Robson
Santana, Roudney Adriano, Sérgio Silva da Costa e William Faria Ramos
Total de Componentes da Direção de Evolução
43 (quarenta e três) diretores (03 diretores gerais e 40 diretores de harmonia)
Principais Passistas Femininos
Ana Carolina do Nascimento Gonçalves, Ana Flavia Barcelos, Andressa Regina da Silva Marinho,
Carolane Silva de Santana, Caroline Henae dos S. Conceição, Cecília da Costa, Diene Rodrigues
da Conceição Pedro, Egili A. de Oliveira Conceição, Eloah da Conceição Rosa, Escarlet da
Conceição, Evelyn Pereira Meirelles, Fernanda Rodrigues Florentino, Gabriella da Silva Pereira,
Gislaine Raissa O. da Silva, Heloise Heleine da Silva Ferreira, Ingrid da Silva Machado, Isabela
Cristina da Costa dos Santos, Isabela Ramos de Oliveira, Isabelly de Sá Teixeira, Jéssica Alves
Pereira, Jéssica Azevedo dosSantos, Joyce Castelo Garcia, Joyce Elias Osorio dos Santos, Kellyn
Yasmim da Rosa Tavares, Larissa Lorraine Reis, Luana Estrela Seixas Oliveira, Maria Eduarda
Duarte da Silva, Mariana Ribeiro de Oliveira, Mariane Villela Marinho, Maryane R. Malaquias,
Maryanne Hipólito da Costa, Mayara de Lima Barros, Mayara Medeiros de Andrade Severo,
Megumi Kudo, Michelle Alves Nunes, Rafaela da Silva Dias, Raiane Menezes de Souza, Raisa
Medeiros de Oliveira, Rebeca Alves Louriçal, Rhuanda Monteiro Risso, Sabrina Bárbara de
Souza, Stephanie de Oliveira Timóteo, Suellen da Silva de Oliveira, Tainá da conceição
Patrocínio, Tais Luiza Moreira Bezerra, Tais Santos de Oliveira, Thais de Moura Emidio da Silva,
Thamara Regina Oliveira de Almeida, Vanessa Passos do N. Madeir e Wanessa Matheus da Silva
Principais Passistas Masculinos
Alex dos Santos, Alexandre Pereira dos Santos, Amauri Leonardo dos Santos,
Bruno Silva Saldanha Dias, Carlos Alberto José Annes, Carlos Alberto Pereira Alves, Emerson
Faustino N. Dos Santos, Gabriel Gomes da Silva, Henrique D. Geronimo Lameiras, Jonathan
Santos, Lucas José dos Santos Fernandes de Souza, Marcio Elias Osório dos Santos, Marcos
Correa Castanheira, Paulo Roberto de Sousa Filho e Thiago Reis Cavalcante.

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FICHA TÉCNICA

Evolução

Outras informações julgadas necessárias

O quesito Evolução foi alvo de bastante atenção para as diretorias de Harmonia e de Carnaval do
Salgueiro durante os preparativos para o desfile de 2016.

Nos ensaios técnicos, que aconteceram na quadra da escola, em ruas próximas à quadra e na
Avenida Marquês de Sapucaí, a ênfase do trabalho foi resgatar a espontaneidade de cada
componente, deixando-os livres para “brincar” o carnaval. A vibração, a empolgação, os
movimentos em conjunto e a dança dos integrantes da escola, sempre de acordo com o ritmo do
samba e a cadência da bateria, também foram alvos de ensaios para os integrantes da escola.

O objetivo da direção do Salgueiro para o carnaval de 2016 é fazer com que os componentes,
auxiliados por fantasias mais leves, resgatem a alegria dos antigos desfiles das escolas de samba e
desfilem “soltos”, sem coreografias ou amarras que prejudiquem sua espontaneidade.

Apenas a Ala 28, a já tradicional Ala do Maculelê (referência à fantasia utilizada no carnaval de
2009), com a fantasia Exu e Pomba Gira, apresentar-se-á coreografada. Sob o comando de
Carlinhos Coreógrafo, a ala teve atenção especial e redobrada durante os ensaios para o carnaval
2016.

O termo Passista surgiu com Paula do Salgueiro. Foi por causa de seus passos miudinhos que
aqueles que "diziam no pé" passaram a ser chamados de passistas. Além de Paula, a primeira de
todos, Narcisa, Roxinha, Vitamina, Damásio, Gargalhada, Flávia, Carlinhos e tantos outros
passistas da Academia do Samba brilharam na avenida, mobilizando o público com seus passos
durante os desfiles do Salgueiro e mostrando toda a ginga dos passistas da Academia do Samba.

A Ala de Passistas - Vencedora do Estandarte de Ouro em sete oportunidades e detentora de


diversos prêmios no carnaval, a Ala de Passistas do Salgueiro é coordenada por Carlos Borges, o
Carlinhos Coreógrafo, detentor de alguns prêmios de melhor passista no carnaval carioca. Em
2016, a Ala de Passistas do Salgueiro se apresenta com a fantasia Dançarinos e Vedetes.

Fantasia – Dançarinos e Vedetes – Enquanto nas alcovas o amor está no ar, nos salões dos
cabarés da Lapa e da Praça Tiradentes o público se diverte com os espetáculos das revistas, febre
que atingiu o ápice no Rio de Janeiro entre os anos de 1930 e 1950, embora tivessem surgido bem
antes, ainda no Século 19. A mistura de música, teatro, dança e humor atraiu um público ávido
pela sensualidade das vedetes e pelas belas coreografias executadas pelo corpo de baile. Como
números que faziam críticas aos costumes, eram comuns a utilização da paródia, tal como a
“Ópera do Malandro” executa em diversos momentos em relação às óperas clássicas. Para compor
a cena e reviver os tempos áureos do teatro de revista, entram em cena os passistas da Academia
do Samba, que dizem no pé, mantendo a tradição do samba malandreado, riscado no palco da
Marquês de Sapucaí.

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FICHA TÉCNICA

Informações Complementares

Vice-Presidente de Carnaval
Regina Celi dos Santos Fernandes
Diretor Geral de Carnaval
Luiz Eduardo Lima Azevedo (Dudu Azevedo)
Outros Diretores de Carnaval
Departamento de Carnaval: Leandro Lima, Russo, Odilon, José Luiz Azevedo, Rodrigo,
Wellington Pará, Cristiano Crema, José Carlos, Paulo Santos, Amauri Martins, Careca, Priscila,
Luis Claudio, Fábio, Marcelo Barbosa, Elaine, Gilliard, Luiz Baleia, Reynaldo, Jeferson Carlos e
Lima.
Responsável pela Ala das Crianças
-
Total de Componentes da Quantidade de Meninas Quantidade de Meninos
Ala das Crianças
- - -
Responsável pela Ala das Baianas
Maria da Glória Lopes de Carvalho (Tia Glorinha)
Total de Componentes da Baiana mais Idosa Baiana mais Jovem
Ala das Baianas (Nome e Idade) (Nome e Idade)
100 Marilda Gomes Lourenço Elizabeth Moreno
(cem) 83 anos 27 anos
Responsável pela Velha-Guarda
Maria Aliano (Caboclinha)
Total de Componentes da Componente mais Idoso Componente mais Jovem
Velha-Guarda (Nome e Idade) (Nome e Idade)
100 Jacaré Maria Helena
(cem) 88 anos 56 anos
Pessoas Notáveis que desfilam na Agremiação (Artistas, Esportistas, Políticos, etc.)
Galvão Bueno (locutor esportivo e apresentador), Ailton Graça (ator), Ludmila (cantora), Mari
Antunes (cantora) e Aline Riscado (bailarina e modelo)
Outras informações julgadas necessárias

Diretor de Carnaval – Luiz Eduardo Lima Azevedo, ou simplesmente, Dudu Azevedo.

Desde muito cedo, aos 10 anos, por influencia familiar já frequentava com os Limas os
ensaios dos blocos Canários das Laranjeiras e Mocidade dos Guararapes, este no Cosme Velho.
Após os 12 anos, pelas mãos do pai - o Azevedo, conviveu com os principais eventos ligados ao
samba, como o Banho de Mar à fantasia, o Terreirão do Samba e a "antiga" Marquês de Sapucaí.
Conheceu Reynaldo “Bola” de Carvalho - Rei Momo, assistiu as conversas de seu pai com Xangô
da Mangueira, Candonga, Valdomiro “Candomblé”, Tijolo da Portela, "seu" Waldir 59 e tantos
outros bambas.

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FICHA TÉCNICA

Informações Complementares

Outras informações julgadas necessárias

Se até ali sua participação era apenas diversão, daí em diante começariam a surgir
oportunidades que exigiriam aprendizado, dedicação e responsabilidade. Foi assim em 1995,
quando precisou aprender percussão, tocando caixa, na sua primeira ida ao Japão como integrante
do Grupo Rio Samba Show. Daí em diante foram vários os eventos representando o Rio de
Janeiro em outras cidades e internacionalmente representando o Brasil. O gosto pelo
samba/carnaval levou-o a rápida passagem pelo Unidos do Viradouro e logo após o desafio de
dirigir o Departamento de Harmonia do Acadêmicos do Grande Rio. Para o Carnaval de 2012 a
grande mudança, o convite da Presidente Regina Celi para que integrasse a Comissão de Carnaval
do Salgueiro. Era o início de uma nova e bem sucedida etapa. O trabalho bem desenvolvido até
2013 fez com que a Presidente o elevasse ao cargo de Diretor Geral de Carnaval, já em 2014. O
sonho que virou realidade para este Salgueirense fez com que a cada ano aprimorasse mais o
desenvolvimento do Carnaval da Escola, com a perfeita integração entre os seus segmentos,
principalmente com o carnavalesco Renato Lage, "o grande Mago". Esperamos o trabalho de um
ano ser traduzido em resultado, que 2016 seja o ano da realização. Viva o Salgueiro Campeão!

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FICHA TÉCNICA

Comissão de Frente

Responsável pela Comissão de Frente


Hélio Bejani
Coreógrafo(a) e Diretor(a)
Hélio Bejani
Total de Componentes da Componentes Femininos Componentes Masculinos
Comissão de Frente
15 03 12
(quinze) (três) (doze)
Outras informações julgadas necessárias

O Coreógrafo – A estreia de Hélio Bejani no carnaval foi como componente da comissão de frente
da União da Ilha em 1991. Em 2004, fez o trabalho coreográfico do 1º Casal de Mestre-Sala e Porta-
Bandeira da Mangueira. Em 2006 e 2007, foi assistente da bailarina e coreógrafa Ana Botafogo nas
comissões de frente da Mocidade Independente e Vila Isabel, respectivamente.

No ano seguinte, o ex-primeiro bailarino do Theatro Municipal do Rio de Janeiro foi convidado pelo
Salgueiro para assumir o comando da comissão de frente da escola. Com um trabalho baseado na
união entre a dança e o teatro, Bejani já apresentou algumas das melhores e mais criativas comissões
de frente do carnaval. Ele e sua equipe – formada por Elizabeth Tinoco, Adriana Salomão, Alex
Rangel, Marcelo Ferreira e Marcus Spagolla – receberam diversas notas máximas e vários prêmios
por seu trabalho na avenida, entre eles, o cobiçado Estandarte de Ouro de melhor Comissão de
Frente no carnaval de 2013.

A Fantasia – Prelúdio – Ao Cair da Noite...


A Comissão de Frente do Salgueiro representa o ato preliminar da nossa Ópera. Malandros e
Rainhas da Noite invadem a Passarela do Samba em um delirante cortejo operístico, num bailado
cheio de ginga, no compasso sedutor das paixões efêmeras. Exibem-se com intensidade e vigor,
comandados por uma energia mística transformadora que surge como um vento vermelho que os
envolve e conduz madrugada afora. Esse ser misterioso, e ao mesmo tempo fascinante, é a força que
abre os caminhos para o povo de rua atuar no palco noturno da avenida, onde é encenada esta Ópera
majestosamente popular.

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FICHA TÉCNICA

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

1º Mestre-Sala Idade
Sidclei Santos 39 anos
1ª Porta-Bandeira Idade
Marcella Alves 31 anos
2º Mestre-Sala Idade
Vinícius Pessanha 25 anos
2ª Porta-Bandeira Idade
Jackelline Pessanha 26 anos
Outras informações julgadas necessárias

1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira


Sidclei Santos – 1º Mestre-Sala: Sidclei começou no carnaval aos sete anos, como Mestre-Sala
do bloco “Vai Quem Quer”, do Estácio. Ainda criança, participou da escola mirim Corações
Unidos do Ciep e, em 1991, ingressou na escola de samba Império da Tijuca. Após um intervalo
de dedicação à carreira militar, Sidclei voltou ao carnaval em 1994, nos Acadêmicos do Salgueiro,
como segundo Mestre-Sala e, três anos depois, conquistou o posto de principal Mestre-Sala da
escola. Em 1998, a consagração maior: a conquista do Estandarte de Ouro de melhor Mestre-Sala
do carnaval carioca. Para encarar novos desafios, Sidclei deixou o Salgueiro e desfilou na São
Clemente e, no ano seguinte, nos Acadêmicos da Grande Rio. Em 2011, Sidclei retornou ao
Salgueiro e no próximo carnaval completará seu sexto carnaval como primeiro Mestre-Sala da
Academia.
Marcella Alves – 1ª Porta-Bandeira: Bailarina, formada em Educação Física, Marcella Alves
está no carnaval desde 1993, quando estreou na avenida, aos nove anos de idade, como segunda
Porta-Bandeira da Lins Imperial. Três anos depois, mesmo com a pouca idade, já assumia, o posto
de primeira Porta-Bandeira da escola, ainda nos grupos de acesso. Em 1998, desfilou pela
primeira vez no Grupo Especial, defendendo o pavilhão da Caprichosos de Pilares. Seu talento
começou a chamar atenção das grandes escolas e, em 2000, aos 17 anos, assumiu o posto de
primeira Porta-Bandeira do Salgueiro, quando ganhou seu primeiro Estandarte de Ouro. Após o
carnaval de 2005, deixou a escola e foi convidada pela Mocidade Independente de Padre Miguel.
Ainda defendeu a bandeira da Mangueira por quatro carnavais, onde recebeu mais um Estandarte
de Ouro. Retornou ao Salgueiro para o carnaval de 2014. Em 2016, Marcella Alves conduzirá,
mais uma vez, com todo seu brilho, o pavilhão salgueirense na avenida.
A Fantasia – Rei e Rainha da Ralé
Soberanos do povo de rua, a realeza da ralé estende a bandeira vermelha e branca para abrir os
caminhos aos personagens desta magnífica ópera, protegidos por Exu, o deus do povo de rua. Em
um dueto executado na forma da mais nobre dança das escolas de samba, o casal de monarcas
reina sobre a plebe carnavalesca. E assim exibem-se entre mesuras e meneios com uma fantasia
que remonta ao luxo das cortes tradicionais. Confeccionada com penas de ema torcidas – material
bastante utilizado pelos antigos pelos Destaques das escolas de samba e casais de mestre-sala e
porta-bandeira nos anos 80 e 90 -, a fantasia traz detalhes alusivos a trapos, farrapos e à turbidez
presentes nos figurinos daqueles que encenam a sublime ópera das ruas.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Outras informações julgadas necessárias

Guardiãs do 1º Casal
A Fantasia – D amas da Corte das Ruas
Damas acompanham o Rei e a Rainha da Ralé em seu cortejo soberano pelas ruas da cidade.

118
Abre-Alas – G.R.E.S. Acadêmicos do Salgueiro – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Outras informações julgadas necessárias

2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Vinícius Pessanha - 2º Mestre-Sala


Jackellyne Pessanha - 2ª Porta-Bandeira
Jackellyne e Vinicius são irmãos, nascidos e criados no bairro da Tijuca e dançam juntos há 17
anos. Crias dos Aprendizes do Salgueiro, onde deram os primeiros passos no carnaval
carioca. Iniciaram suas carreiras de Mestre-Sala e Porta-Bandeira no projeto Manoel Dionísio. A
primeira agremiação na qual ocuparam o cargo de Mestre-Sala e Porta-Bandeira, como 3º casal,
foi o Império da Tijuca. Em seguida, voltaram para os Aprendizes do Salgueiro como 1º casal.
Passaram por escolas como Caprichosos de Pilares, Império da Praça Seca. Estrearam no Grupo
Especial na Unidos da Tijuca, como 2º casal. Em 2014, foram convidados para ser o 1º casal do
Paraíso do Tuiuti onde defenderão o pavilhão pelo terceiro ano consecutivo. O casal passou pelas
três escolas do bairro da Tijuca. No final de 2015, o casal de irmãos desligou-se da Unidos da
Tijuca para se dedicar exclusivamente ao Paraíso do Tuiuti. Porém, ao receber o convite dos
Acadêmicos do Salgueiro para retornar à sua escola de origem, Jackellyne e Vinicius defenderão o
pavilhão da escola no carnaval 2016.

A Fantasia – A Nobreza da Plebe


Desfilando toda a nobreza do povo, o 2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira veste uma fantasia
que mistura o luxo de uma corte imaginária com os farrapos das ruas, inspirado na Ópera dos
Mendigos, de John Gay.

119
G.R.E.S.
SÃO CLEMENTE

Presidente
RENATO ALMEIDA GOMES
121
“Mais de mil palhaços no
salão”

Carnavalesca
ROSA MAGALHÃES
123
Abre-Alas – G.R.E.S. São Clemente – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Enredo

Enredo
“Mais de mil palhaços no salão”
Carnavalesco
Rosa Magalhães
Autor(es) do Enredo
Rosa Magalhães
Autor(es) da Sinopse do Enredo
Rosa Magalhães
Elaborador(es) do Roteiro do Desfile
Rosa Magalhães
Ano da Páginas
Livro Autor Editora
Edição Consultadas

01 O Elogio da Alice Viveiros de Família Bastos 2005 Todas


Bobagem - Castro
Palhaços no Brasil
e no Mundo

02 Grande Othelo - Roberto Moura Relume Dumará 1996 Todas


Um Artista Genial
03 Oscarito - O Riso e Flávio Marinho Record 2007 Todas
o Siso
04 Mazzaropí - O Jeca Glauco Barsalini Atomo 2002 Todas
do Brasil
05 Palhaços da Cara André Paula Bueno Edusp 2014 Todas
Preta: Francisco,
Catirina, Mateus e
Bastião, parentes
de Macunaíma no
boi,, cavalo
marinho e folia de
reis - MA - PE -
MG - SP
06 O Circo no Brasil Funarte 1998 Todas

Outras informações julgadas necessárias

125
Abre-Alas – G.R.E.S. São Clemente – Carnaval/2016

HISTÓRICO DO ENREDO
“Mais de mil palhaços no salão”

Tanto riso, oh, quanta alegria


Mais de mil palhaços no salão....
Não me leve a mal,
Hoje é carnaval!
Zé Keti

Na época medieval, os Misterios e as Paixões (representações religiosas realizadas no


interior das igrejas) podem ser vistos como a materialização da relação do homem com o
riso. Se por um lado havia o sagrado inabalável, por outro tinha-se a leveza da vida
comum – e as formas de expressão dessa alegria localizavam-se no polo oposto ao
sagrado. A alegria representava, assim, na vida do povo, o terreno e o material, o
grotesco, que era uma das formas de expressão dessa alegria, associada ao vulgar e à vida
secular.

Uma figura que encarnava por excelência os motivos do grotesco popular medieval era o
Diabo, por ser diametralmente oposto à Divindade. No carnaval, o diabo é festivo -
representando a glutonaria e a licenciosidade – o que fica expresso em sua representação
– metade homem, metade animal – e em sua presença constante como figura burlesca.
Foram tantas as diabruras, que faziam a plateia rir muito, que as representações
medievais foram transferidas para o exterior das igrejas, tal a irreverência provocada por
este senhor diabo.

Ainda durante a Idade Média, onde houvesse um poderoso, conde, barão, príncipe...
haveria pelo menos um bobo da corte para divertir o senhor e seus convidados. Na
cabeça, o bobo usava um chapéu com pontas e guizos, a roupa era colorida – geralmente
verde e amarela. O verde representava a cor dos chapéus dos devedores e dos
condenados a trabalhos forçados; o amarelo, a cor da traição e dos lacaios.

Quando os Milagres e Mistérios saíram do interior das igrejas, os artistas que circulavam
solitários pelas cortes e castelos passaram a se encontrar nas feiras em torno dos feudos, e
foram criadas verdadeiras companhias de saltimbancos. Apresentavam espetáculos em
que misturavam representação teatral, acrobacias, dança na corda etc. As feiras viram
ponto de encontro de artistas de todas as artes e habilidades – dançarinos de corda,
volantins, malabaristas, jograis, trovadores, adestradores de animais, pelotiqueiros,
músicos, domadores de ursos, dançarinos, prestidigitadores, bonequeiros e acrobatas.

126
Abre-Alas – G.R.E.S. São Clemente – Carnaval/2016

Os espetáculos dos Misterios e Moralidades incorporaram mais um personagem cômico:


o rústico. Até mais ou menos 1500, a comicidade desse tipo de espetáculo estava a cargo
do Diabo e do Vice. O Vice era um camponês velhaco, canalha, fanfarrão e covarde, e
representava todas as fraquezas humanas. Por algum motivo, ele acabava se deparando
com o Diabo, sempre acompanhado por um séquito de pequenos demônios e metido em
situações cômicas, que o transformavam em figura ridícula. Aparece então a palavra
clown, para designar o rústico. E ele passou a ser um tipo com características bem
definidas. Continuava um grosseirão, meio caipira, mas ganhou esperteza, sua linguagem
evoluiu, adorava palavras difíceis.

Em 1768, o sargento inglês Philip Astley construiu um anfiteatro ao ar livre, onde pela
manhã dava aulas de equitação e apresentava espetáculos equestres. Foi ele quem teve a
ideia que iria revolucionar o mundo dos espetáculos – num picadeiro de 13 mts de
diâmetro, mesclou exercícios equestres com proezas dos artistas de feira.

O espetáculo, baseado na disciplina militar e na valorização da destreza e do perigo,


deixava a plateia muito tensa, era preciso que o espectador tivesse momentos de
relaxamento. É aí que surge o palhaço do circo. O clown, o campônio de quem os artistas
itinerantes sempre gostaram de caçoar, veio a ser o protótipo do bufão do circo.

Esse novo tipo de espetáculo logo se espalhou pela Europa e pelas Américas. Os
primeiros palhaços: os pioneiros do circo moderno foram a princípio o palhaço a cavalo e
o palhaço de cena.

A cara branca tradicional, feita com farinha, ou a preta, com carvão, surgiu primeiro na
França, com o trio cômico que fazia cenas em que representavam padeiros, que
terminavam sempre com a cara enfarinhada, jogando farinha uns nos outros.

Na França, o clown equestre era chamado de paillasse –inspirado no Pagliaccio da


Comedia dell’arte.

Os palhaços se dividem em dois tipos – o branco e o augusto. O branco é mais elegante,


de roupas bordadas; o augusto representa quase sempre um vagabundo, com roupas
enormes, inclusive os sapatos, nariz vermelho e boca acentuadamente grande.

O palhaço brasileiro foi criado nas festas do Brasil Colônia. Eis a descrição de uma
dessas festas – “No domingo – palhaçadas! Saíam duas companhias de gente mascarada
e vestidas ao gracioso burlesco”. Todos se divertiam como palhaços, brincando pelas
ruas da cidade.

Não podemos esquecer os ciganos que, na Vila Rica de Ouro Preto, realizavam
comédias, bailes, máscaras etc..

127
Abre-Alas – G.R.E.S. São Clemente – Carnaval/2016

No Rio de Janeiro do século XIX, existiam casas de espetáculos com atividades


dedicadas quase que exclusivamente aos shows circenses.
As festas populares também tinham seus palhaços – como a folia de reis, pastoris, bois
bumbás, e sobretudo a da Festa do Divino.

E assim, pouco a pouco, começava a ser desenhado o jeito brasileiro de brincar.

Os palhaços cantavam a chula, cantigas entre as mais conhecidas, de versos cantados até
hoje:

O raia o sol, suspende a lua,


Olha o palhaço no meio da rua
E o palhaço, o que é?
É ladrão de mulher!

A diferença do palhaço europeu do brasileiro é que o nosso não só dialogava mas


também cantava! E cantavam eles muito bem... José Ramos Tinhorão, em seu livro,
observa que os primeiros cantores a gravarem discos no Brasil foram os palhaços de
circo. Bahiano teve a honra de ser o intérprete do primeiro samba gravado no Brasil: Pelo
telefone, de Donga.

O Brasil teve grandes palhaços, que não podemos deixar de mencionar e a quem
devemos apresentar nossos cumprimentos – Polydoro, cujo nome era inspirado no
General Polydoro Quintanilha Jordão; Alcebiades Pereira – que era também exímio
acrobata; Benjamim de Oliveira – o primeiro palhaço negro – exibia-se no circo Spinelli
- era negro mas pintava a cara de branco, como faziam os palhaços. Se Bahiano gravou o
primeiro samba, Benjamim participou do primeiro filme – baseado no Guarani de José de
Alencar – ele foi o Peri. E mais: Eduardo das Neves, Pompílio – que não conseguiu
aposentadoria, apesar das palavras de Joracy Camargo, pedindo pensão para ele – “que
obtenha dos políticos que tanto riram com ele, a pensão a que têm direito os verdadeiros
palhaços, mais úteis ao povo que os falsos palhaços da politicagem nacional”. E Oscarito,
Grande Otelo, Mazzaropi, Fred e Carequinha, entre tantos outros que nos deliciaram com
suas representações inesquecíveis.

E, por fim, não se pode deixar de citar a garotada que saiu de cara pintada, fazendo
barulho pelas ruas, seguindo o exemplo dos nossos palhaços. A eles, a pátria agradece.

128
Abre-Alas – G.R.E.S. São Clemente – Carnaval/2016

JUSTIFICATIVA DO ENREDO

O título do enredo foi tomado emprestado da música de Zé Keti, muito cantada nos
salões dos bailes carnavalescos e nas rádios, quando estas ainda tocavam muito samba no
período das festas de Momo.

"Quanto riso, oh quanta alegria,

Mais de mil palhaços no salão,

O arlequim está chorando pelo amor da colombina,

No meio da multidão..."

Assisti Carequinha e Arrelia na televisão, vi filmes de Chaplin, cheguei mesmo a assistir


filmes de Buster Keaton, o palhaço que jamais sorriu, e até me fantasiei de palhaço,
fantasia feita pela minha avó, com cetim estampado e gola de filó. Só nunca imaginei que
o palhaço fosse tão rico como tema, e foi lendo sobre eles, que fui me encantando cada
vez mais pelo assunto.

O diabo engraçado, ou pelo menos fazendo rir a plateia? Figura amedrontadora, o próprio
mal engraçado? Pois foi assim que os diabos medievais se apresentavam nos autos
religiosos.

O povo ria mas o clero desaprovava tal situação. Foi expulso das igrejas, tal como já fora
expulso no paraíso de Adão e Eva.

O livro "Elogio a Loucura", é um ensaio escrito em 1509, por Erasmo de Roterdão,


considerado um dos livros mais influentes da civilização ocidental e um dos catalizadores
da Reforma Protestante.

Acredito que assim como tomei emprestado parte da música de Zé Keti, para este enredo
da São Clemente, Alice Viveiros de Castro fez o mesmo com Erasmo, quando escreveu
seu livro "Elogio a Bobagem" traçando as origens dos palhaços e seus viéses. Assim
temos uma noção dos diferentes tipos de palhaços, suas características, o histórico
evolutivo dessa personagem tão complexa.

A palavra palhaço vem de "paille" palha, material que usavam para encher suas barrigas
falsas.

129
Abre-Alas – G.R.E.S. São Clemente – Carnaval/2016

E a cara branca vem dos enfarinhados, número de palhaços que jogavam farinha uns nos
outros. Virou uma marca registrada da personagem.

Palhaços quase nunca falavam, alguns emitiam ruídos engraçados, outros apitavam, mas
no Brasil, não só falavam como cantavam e até gravaram discos. Acredito que não tenha
sido por acaso que o primeiro samba, teve sua primeira gravação na voz de um palhaço.

O Brasil possui a primeira escola de circo da América do Sul, e vários livros já foram
publicados sobre o assunto.

E nós da São Clemente, vamos homenagear a todos os palhaços, brasileiros ou não, do


mais elegante ao mais pobre, do circo eletrônico ao circo de lona montado numa
cidadezinha distante, a eles, o respeitável público agradece...

Rosa Magalhães

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Abre-Alas – G.R.E.S. São Clemente – Carnaval/2016

ROTEIRO DO DESFILE

Comissão de Frente
PALHAÇOS, MÁGICOS E
CONTORCIONISTAS

Ala Abertura
DIABO REPRESENTAÇÃO MEDIEVAL

Ala 01 - Comunidade
ATORES DOS AUTOS RELIGIOSOS
VESTIDOS DE DIABO

Alegoria 01-A e 01-B


O INFERNO E O CÉU NOS AUTOS MEDIEVAIS

Ala 02 - Comunidade
DIABO REPRESENTANDO O VULGAR
E O GROTESCO

Ala 03 - Comunidade
NOBRE FEUDAL

Ala 04 - Comunidade
ARAUTO DOS BUFÕES

Ala 05 - Comunidade
BOBO DA CORTE

Ala 06 - Comunidade
MENESTREL

Ala 07 - Comunidade
BUFÕES MALABARISTAS

Alegoria 02
O CASTELO DOS BOBOS E
A CARROÇA DOS SALTIMBANCOS

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Abre-Alas – G.R.E.S. São Clemente – Carnaval/2016

Ala 08 - Comunidade
COLOMBINA E ARLEQUIM –
PERSONAGENS DA COMÉDIA
DELL’ARTE

Ala 09 - Comunidade
PALHAÇO DA COMÉDIA DELL’ARTE

Ala 10 - Comunidade
CIGANA DAS FEIRAS

Ala 11 - Comunidade
DOMADOR E SEU URSO AMESTRADO

Ala 12 – Baianas
O CIRCO

Ala 13 - Comunidade
O PALHAÇO EQUESTRE

Alegoria 03
O GRANDE CIRCO
E O RESPEITÁVEL PÚBLICO

Ala 14 - Comunidade
PHILIP ASTLEY – CRIADOR DO CIRCO

Ala 15 - Comunidade
CLOWN

Guardiões do 1º Casal de
Mestre-Sala e Porta-Bandeira
PALHAÇOS BALIZAS

1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira


Fabrício Pires e Denadir Garcia
AMOR DE PALHAÇO

132
Abre-Alas – G.R.E.S. São Clemente – Carnaval/2016

Rainha de Bateria
Raphaela Gomes
ESTRELA DO ESPETÁCULO

Ala 16 – Bateria
PALHAÇO DE CARA BRANCA

Ala 17 - Comunidade
PALHAÇO TRAPEZISTA

Ala 18 - Comunidade
PALHAÇO BRANCO

Alegoria 04
A PADARIA DOS ENFARINHADOS

Ala 19 - Comunidade
PALHAÇO DO FOLCLORE BRASILEIRO

Ala 20 - Comunidade
PALHAÇO DA FOLIA DE REI

Ala 21 - Comunidade
PALHAÇO DA FESTA POPULAR

2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira


Anderson Lima e Munike Namour
MATEUS E CATIRINA

Ala 22 - Comunidade
PALHAÇO BOI BUMBÁ – MATEUS E
CATIRINA

3º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira


Marcelo Tchechelo e Érica Duarte
PALHAÇOS FOLCLÓRICOS

Ala 23 - Comunidade
CLÓVIS – PALHAÇO DO CARNAVAL
DE RUA

133
Abre-Alas – G.R.E.S. São Clemente – Carnaval/2016

Ala 24 - Comunidade
PALHAÇOS MÚSICOS E CANTORES

Alegoria 05
OS PALHAÇOS BRASILEIROS

Ala 25 - Comunidade
ARTE CIRCENSE

Ala 26 - Comunidade
PALHAÇOS CARA PINTADA

Ala 27 - Comunidade
PALHAÇO DA COR DO BRASIL

Ala 28 - Comunidade
PANELAÇO

Ala 29 - Comunidade
O PALHAÇO SE MANIFESTA

Musa
Bruna Almeida
FOLIA BRASILEIRA

Alegoria 06
O MANIFESTO DO PALHAÇO

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Abre-Alas – G.R.E.S. São Clemente – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo)


Rosa Magalhães
Nº Nome da Alegoria O que Representa

01 O INFERNO E O CÉU NOS A alegoria representa o universo teatral da Idade


A AUTOS MEDIEVAIS Média quando os espetáculos, sempre de cunho
e religioso, mostravam a oposição entre o bem e o mal.
B Dividida em duas partes, a alegoria traz a frente a
representação do inferno, com demônios acrobatas, em
meio as chamas.
Na segunda parte o céu é representado através da
imagem de uma catedral com anjos em oração.

02 O CASTELO DOS BOBOS E Artistas típicos da Idade Média e do renascimento,


A CARROÇA DOS saltimbancos e bobos da corte atraíam a atenção de
SALTIMBANCOS todos com suas apresentações cômicas e satíricas.
A alegoria apresenta um castelo, onde os bobos
divertiam os nobres, tendo a frente uma feira popular
onde saltimbancos encenam seu espetáculo numa
carroça.

03 O GRANDE CIRCO E O O circo como conhecemos hoje surgiu na Inglaterra,


RESPEITÁVEL PÚBLICO criado por Philip Astley.
No princípio apenas para apresentação de acrobacias
sobre cavalos, o circo foi agregando outros números
com intuito de atrair mais público.
Philip Astley foi o primeiro a introduzir a figura do
palhaço no circo, para descontrair a plateia entre os
números de acrobacia que eram perigosos e
emocionantes.

135
Abre-Alas – G.R.E.S. São Clemente – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo)


Rosa Magalhães
Nº Nome da Alegoria O que Representa

04 A PADARIA A cara branca dos palhaços vem do habito de cobrir-


DOS ENFARINHADOS se de farinha para provocar o riso. Este costume
começou na França com um grupo de atores que
representavam padeiros e terminavam suas
apresentações cobertos de farinha.
A alegoria traz uma brincadeira com o tema
apresentando os palhaços como padeiros e
confeiteiros fazendo uma grande confusão enquanto
preparam seus pães e bolos.
Na parte traseira estão representados os palhaços
típicos das cavalhadas de Pirenópolis abrindo o setor
dos palhaços dos folclores brasileiro.

05 OS PALHAÇOS Em tom de homenagem saudamos os palhaços mais


BRASILEIROS famosos do Brasil.
Lembramos a ligação dos nossos palhaços com o
universo da música popular, do cinema e da TV.
Através da figura de Carmem Miranda que
acompanhada por um grupo de palhaços cantou um
baião em Hollywood.

06 O MANIFESTO DO Zé Pereira tocava bumbo no carnaval e o nosso


PALHAÇO palhaço encerra o desfile tocando pratos no panelaço
do circo Brasil.

136
Abre-Alas – G.R.E.S. São Clemente – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Nomes dos Principais Destaques Respectivas Profissões

João Helder (Alegoria 01A) Médico


Fantasia: Príncipe Infernatal

Hermínia Paiva (Alegoria 01B) Carnavalesca e Figurinista


Fantasia: Anjo Celeste

Silvinho Fernandes (Alegoria 02) Professor


Fantasia: Senhor Feudal

Geraldo Lima (Alegoria 03) Empresário


Fantasia: Philip Astley o Criador do Circo

Paulo Santi (Alegoria 04) Artista Plástico


Fantasia: Palhaço Branco

Kátia Lepletier (Alegoria 05) Advogada


Fantasia: Brilho das Estrelas

Samile Cunha (Alegoria 06) Professor e Figurinista teatral


Fantasia: Palhaçada

Local do Barracão
Cidade do Samba – Rua Rivadavia Correia, nº. 60 – Barracão nº. 09 – Gamboa – RJ
Diretor Responsável pelo Barracão
Ricardo Almeida Gomes
Ferreiro Chefe de Equipe Carpinteiro Chefe de Equipe
João da Silva Futica
Escultor(a) Chefe de Equipe Pintor Chefe de Equipe
Gliston e Ronildo Cassio e Rafael
Eletricista Chefe de Equipe Mecânico Chefe de Equipe
Fabiano José
Outros Profissionais e Respectivas Funções

Renato - Fibra
Tiago Martins - Decorador
Lili - Decorador
Cesar - Decorador
Adson - Parintins
Vilmar - Espelhos

137
Abre-Alas – G.R.E.S. São Clemente – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Rosa Magalhães
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável Ano de

Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

* Diabo Figura alegórica Comunidade Direção de 2011


Representação representando o diabo, Carnaval
Medieval personagem recorrente
dos autos religiosos
medievais que
mostravam a luta do bem
contra o mal.

01 Atores dos Autos Os atores que Comunidade Direção de 2011


Religiosos representam o Carnaval
Vestidos de Diabo personagem do diabo nos
autos religiosos
medievais
caracterizavam-se pela
comicidade sendo por
isso considerados
antecessores dos atuais
palhaços.

02 Diabo O personagem do diabo Comunidade Direção de 2011


Representando o caracterizava-se pela Carnaval
Vulgar e o grosseria e vulgaridade,
Grotesco em oposição dos
personagens sagrados,
causavam riso no
público, por isso foram
tirados do interior das
igrejas e transferidos para
o exterior.

138
Abre-Alas – G.R.E.S. São Clemente – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Rosa Magalhães
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável Ano de

Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

03 Nobre Feudal Na Idade Média os Comunidade Direção de 2011


nobres viviam em Carnaval
castelos, nos feudos, que
eram cidades estados.
Nesses castelos havia
sempre a figura do Bobo
da Corte.

04 Arauto dos Os arautos anunciavam a Comunidade Direção de 2011


Bufões chegada do Senhor Carnaval
Feudal; participavam de
desfiles pelas ruas e
festas da corte.
O som de sua trombeta
também anunciava a
chegada dos bufões.

05 Bobo da Corte Figura cômica que Comunidade Direção de 2011


animava as festas, porém Carnaval
tinha a liberdade de dizer
as verdades ao Seu
Senhor.
Quase todos os reis e
fidalgos de destaque
possuíam um bufão.
Shakespeare o torna
personagem em várias
peças teatrais.

139
Abre-Alas – G.R.E.S. São Clemente – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Rosa Magalhães
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável Ano de

Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

06 Menestrel Músicos que animavam Comunidade Direção de 2011


as festas da corte, as Carnaval
festas populares e as
feiras.

07 Bufões Os bufões animavam Comunidade Direção de 2011


Malabaristas suas apresentações com Carnaval
números de acrobacia e
malabarismo

08 Colombina e São personagens da Comunidade Direção de 2011


Arlequim Commedia Dell’arte, tipo Carnaval
Personagens da de teatro popular que
Commedia aparecem no século XV
Dell’arte na Itália e que se
apresentava nas ruas e
praças públicas.

140
Abre-Alas – G.R.E.S. São Clemente – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Rosa Magalhães
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável Ano de

Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

09 Palhaço da Os personagens da Comunidade Direção de 2011


Commedia Commedia Dell’arte, Carnaval
Dell’arte caracterizavam-se pelo
aspecto cômico e
caricatural englobando o
ancestral do Palhaço
Moderno.

10 Cigana das Feiras As feiras eram ocasião de Comunidade Direção de 2011


grandes encontros Carnaval
populares onde entre
vendedores e barracas,
artistas, músicos, e
videntes se
apresentavam. Entre eles
havia sempre a presença
dos ciganos com suas
danças típicas.
11 Domardor e o Os domadores de animais Comunidade Direção de 2011
Urso que mais tarde se Carnaval
tornariam presença
constante nos circos,
apresentavam-se em
praças públicas atraindo
grande público.

141
Abre-Alas – G.R.E.S. São Clemente – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Rosa Magalhães
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável Ano de

Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

12 O Circo O Circo foi criado por Baianas José Luiz 1961


iniciativa do inglês Philip
Astley, que nele
introduziu a figura do
palhaço para trazer o riso
e a descontração entre os
perigosos números de
acrobacia.

13 O Palhaço Representam os palhaços Comunidade Direção de 2011


Esquestre que divertiam o público Carnaval
no circo de Philip Astley.

14 Philip Astley Inglês, criador do Comunidade Direção de 2011


Criador do Circo primeiro circo, era Carnaval
militar e especialista em
treinamento de cavalos,
que eram a atração
principal do seu
espetáculo.

142
Abre-Alas – G.R.E.S. São Clemente – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Rosa Magalhães
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável Ano de

Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

15 Clown Palhaços Rústicos e Comunidade Direção de 2011


maltrapilhos, baseados Carnaval
nas figuras dos
camponeses, com trajes
gastos e remendados.
Fazem oposição aos
chamados palhaços
brancos, que são finos e
elegantes.

16 Palhaço de Cara Representava a tradição Bateria Caliquinho e 1961


Branca de pintar o rosto de Gil
branco, vinda dos
primeiros palhaços que
se cobriam com farinha,
os chamados
enfarinhados.

17 Palhaço Muitos palhaços têm Comunidade Direção de 2011


Trapezista outras aptidões além de Carnaval
fazer rir, são trapezistas,
malabaristas e acrobatas.

143
Abre-Alas – G.R.E.S. São Clemente – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Rosa Magalhães
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável Ano de

Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

18 Palhaço Branco Palhaço elegante e bem Comunidade Direção de 2011


vestido, sempre com Carnaval
roupas bordadas é o
contraponto à figura do
Clown.

19 Palhaço do Em quase todas as festas Comunidade Direção de 2011


Folclore folclóricas brasileiras Carnaval
Brasileiro está presente a figura do
palhaço, representado de
várias formas.
Folias de Reis,
Cavalhadas, Reisados e
Pastoris são algumas das
manifestações que trazem
os palhaços.

20 Palhaço da Folia A Folia de Reis é uma Comunidade Direção de 2011


de Rei das mais importantes Carnaval
manifestações folclóricas
do Brasil. Tendo sempre
um ou dois palhaços em
seu cortejo. Eles cantam
e dançam em frente às
casas visitadas pela Folia.

144
Abre-Alas – G.R.E.S. São Clemente – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Rosa Magalhães
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável Ano de

Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

21 Palhaço da Festa Os Pastoris e Reisados Comunidade Direção de 2011


Popular são disseminados por Carnaval
várias regiões do país.
Trazem sempre palhaços
que cumprem a função de
animar e apresentar o
espetáculo.

22 Palhaço Boi Casal de personagens Comunidade Direção de 2011


Bumbá Mateus e cômicos, típicos das Carnaval
Catirina festas de Boi Bumbá

23 Clóvis – Palhaço Corruptela de Clown – Comunidade Direção de 2011


do Carnaval de São palhaços típicos do Carnaval
Rua Carnaval de Rua do Rio
de Janeiro. Andam em
bandos e fazendo
arruaças.

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Abre-Alas – G.R.E.S. São Clemente – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Rosa Magalhães
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável Ano de

Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

24 Palhaços Músicos Na Europa os palhaços Comunidade Direção de 2011


e Cantores não falavam. No Brasil Carnaval
além de falar também
cantavam e gravavam
músicas populares, sendo
que um deles “Baiano”
gravou o primeiro samba
“PELO TELEFONE” de
Donga.

25 Arte Circense Os palhaços dos Comunidade Direção de 2011


pequenos circos que Carnaval
viajam pelo interior,
muitas vezes representam
a única oportunidade de
diversão e arte às
populações menos
favorecidas.

26 Palhaços cara A juventude brasileira Comunidade Direção de 2011


Pintada usa a maquiagem do Carnaval
palhaço e os tons de
verde e amarelo para
protestar e reivindicar em
manifestações políticas.

146
Abre-Alas – G.R.E.S. São Clemente – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Rosa Magalhães
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável Ano de

Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

27 Palhaço da Cor As cores da nossa Comunidade Direção de 2011


do Brasil bandeira tingem as Carnaval
roupas dos palhaços.

28 Panelaço As panelas são usadas Comunidade Direção de 2011


como instrumentos na Carnaval
nova batucada brasileira.

29 O Palhaço se E finalmente a figura Comunidade Direção de 2011


Manifesta tradicional do palhaço sai Carnaval
do palco e do picadeiro e
volta pra rua,
manifestando a sua
alegria, apesar de tudo.

147
Abre-Alas – G.R.E.S. São Clemente – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Local do Atelier
Cidade do Samba – Rua Rivadavia Correia, nº. 60 – Barracão nº. 09 – Gamboa – RJ
Diretor Responsável pelo Atelier
Roberto Gomes
Costureiro(a) Chefe de Equipe Chapeleiro(a) Chefe de Equipe
Silvia Bastos Diversos
Aderecista Chefe de Equipe Sapateiro(a) Chefe de Equipe
Diversos Washington
Outros Profissionais e Respectivas Funções

Vitor - Vime

Almir - Arame

Outras informações julgadas necessárias

148
Abre-Alas – G.R.E.S. São Clemente – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Samba-Enredo

Autor(es) do Samba- Rodrigo Índio, Alexandre Araújo, Fabio Rossi, Vinícius Nagem,
Enredo Amado Osman, Armando Daltro, Rodrigo Telles e Davi Costa
Presidente da Ala dos Compositores
Ricardo Góes
Total de Componentes da Compositor mais Idoso Compositor mais Jovem
Ala dos Compositores (Nome e Idade) (Nome e Idade)
30 Serginho Gabriel Mansilha
(trinta) 55 anos 26 anos
Outras informações julgadas necessárias
Que confusão, meu Deus do céu!
Foi travessura dos diabos
O bobo irreverente do reino fez piada
A corte encantada aplaudiu
Na feira, em cena, a arte
O céu de estrelas ilumina o chão
Espalha por todas as partes
Sorrisos pela multidão
Fascina meninos de qualquer idade
Suspense! O show começou!
Montado na felicidade, surge o palhaço!
O circo chegou!
Alô, alô! Alô, criançada, vai ter palhaçada
Quero ver você feliz...
Dou cambalhota, pirueta!
Se chorar, faço careta
Bravo! A plateia pede bis!
Tá certo ou não tá? Eu vou gargalhar
Oh! Quanta alegria!
Divino dom do riso, é Carnaval
Na festa dos “reis da folia”
A cara branca, o pastelão!
Cara-pintada, voz de uma nação
Sou saltimbanco brasileiro, me equilibro o ano inteiro
Tem marmelada e “faz-me-rir”
Acorda! Esquece a tristeza e vem cantar
“Pelo telefone” mandaram avisar
O palhaço o que é?
É ladrão de mulher!
Mas tem samba no pé
O palhaço o que é?
É doce ilusão
Sonho de criança, pura emoção
De preto e amarelo pintou meu amor!
Hoje tem São Clemente? Tem, sim senhor!
(O palhaço o que é?)
149
Abre-Alas – G.R.E.S. São Clemente – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Bateria

Diretor Geral de Bateria


Gilberto Caliquinho
Outros Diretores de Bateria
Tião Belo, Stalone, Kaká, Rafael, Patrick, David e Marcio
Total de Componentes da Bateria
270 (duzentos e setenta) ritmistas
NÚMERO DE COMPONENTES POR GRUPO DE INSTRUMENTOS
1ª Marcação 2ª Marcação 3ª Marcação Rece-Reco Ganzá
12 13 15 0 0
Caixa Tarol Tamborim Tan-Tan Repinique
100 0 36 0 35
Prato Agogô Cuíca Pandeiro Chocalho
01 10 34 0 14
Outras informações julgadas necessárias

A bateria da São Clemente se diferencia das demais por ser a única entre as escolas de samba do Rio
a não usar apito, somente conduzir a regência com gestos.

Rainha de Bateria: Raphaela Gomes

150
Abre-Alas – G.R.E.S. São Clemente – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Harmonia

Diretor Geral de Harmonia


Marquinho da São Clemente
Outros Diretores de Harmonia
Amendoim, Evandro, Gustavo, Regina, Zé Luiz e Jorginho
Total de Componentes da Direção de Harmonia
60 (sessenta) componentes
Puxador(es) do Samba-Enredo
Intérprete Oficial: Leozinho Nunes
Auxiliares: Anderson Paz, Maninho, Tinganá, Niu, Rosilene e Cecilia
Instrumentistas Acompanhantes do Samba-Enredo
Douglas – Cavaco
Hugo Bruno – Cavaco
Rafael Prates – Violão
Outras informações julgadas necessárias

A harmonia da São Clemente tem como objetivo levar a técnica e a alegria para todos os seus
componentes, fazendo com que a escola cante e encante a todos com amor, garra e muita vontade de
vencer.

151
Abre-Alas – G.R.E.S. São Clemente – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Evolução

Diretor Geral de Evolução


Roberto Gomes
Outros Diretores de Evolução
Vários
Total de Componentes da Direção de Evolução
20 (vinte) componentes
Principais Passistas Femininos
Diana Prado
Principais Passistas Masculinos
Rafael
Outras informações julgadas necessárias

A São Clemente trabalhou intensamente nos ensaios técnicos todas as terças e sábado, buscando
aperfeiçoar o samba no pé, a garra e a vibração dos nossos componentes.

152
Abre-Alas – G.R.E.S. São Clemente – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Informações Complementares

Vice-Presidente de Carnaval
Ricardo Gomes
Diretor Geral de Carnaval
Ricardo Gomes
Outros Diretores de Carnaval
-
Responsável pela Ala das Crianças
-
Total de Componentes da Quantidade de Meninas Quantidade de Meninos
Ala das Crianças
- - -
Responsável pela Ala das Baianas
José Luiz e Regina
Total de Componentes da Baiana mais Idosa Baiana mais Jovem
Ala das Baianas (Nome e Idade) (Nome e Idade)
90 Dona Maria José Bianca
(noventa) 78 anos 25 anos
Responsável pela Velha-Guarda
Luzia Carvalho
Total de Componentes da Componente mais Idoso Componente mais Jovem
Velha-Guarda (Nome e Idade) (Nome e Idade)
15 Mariazinha José Jorge
(quinze) 83 anos 61 anos
Pessoas Notáveis que desfilam na Agremiação (Artistas, Esportistas, Políticos, etc.)
-
Outras informações julgadas necessárias

153
Abre-Alas – G.R.E.S. São Clemente – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Comissão de Frente

Responsável pela Comissão de Frente


Sérgio Lobato
Coreógrafo(a) e Diretor(a)
Sérgio Lobato
Total de Componentes da Componentes Femininos Componentes Masculinos
Comissão de Frente
15 05 10
(quinze) (cinco) (dez)
Outras informações julgadas necessárias

Fantasia: Palhaços, Mágicos e Contorcionistas


O que representa: Grupo com fantasias variadas de palhaços e outros personagens circenses
como o mágico e as contorcionistas.

Inspirado nos Filmes:

BYE BYE BRASIL (1979) – Dirigido por Cacá Diegues – Considerada uma das mais importantes
produções da década de 70.

I CLOWNS (1970) - Dirigido por Federico Fellini – Sobre o fascínio humano com Palhaços.

THE CIRCUS (1928) - Escrito, Dirigido e Produzido por Sir Charles S. Chaplin.

A Caravana Rolidei São Clemente , chega a Cidade Nova , com sua Trupe de Artistas
Mambembes. Apresentam seu Grande Espetáculo de Humor, comédia e surpresas . Em grande
abertura, apresentam-se Palhaços diversos, com indumentárias e características diversas.

Em Segunda parte do Espetáculo, apresentam-se o Famoso e Galante Mágico , e o Palhaço seu


concorrente, que sonha se tornar um reconhecido Mestre das Mágicas. Tão determinado está , que
se coloca como um sombra do Mágico, a descobrir seus famosos segredos.

À partir disto, surgem surpresas, e Palhaços ao Salão.

COREÓGRAFO SÉRGIO LOBATO

Natural do Rio de Janeiro, teve sua formação Clássica, na Academia de Ballet Selma Monteiro, e
Escola Estadual de Danças Maria Olenewa (Theatro Municipal do RJ). Atuou como Bailarino no
BALLTE DO TEATRO MUNICIPAL DE NITERÓI, CIA. DO CENTRO DE DANÇA RIO,
REDE GLOBO DE TELEVISÃO, RENATO MAGALHÃES CIA. DE DANÇA, CIA. DE
BALLET DO RJ, BALLET DO RIO DE JANEIRO, entre outros.

154
Abre-Alas – G.R.E.S. São Clemente – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Comissão de Frente

Outras informações julgadas necessárias

Atualmente é BalletMaster convidado da CIA. DE BALLET DÉBORAH COLKER e Escolas


Nacionais.

Até Julho de 2015, foi Diretor do BALLET DO THEATRO MUNICIPAL DO RIO DE


JANEIRO. Sendo neste, anteriormente, Professor e Ensaiador.

Foi Diretor Artístico da ESCOLA DO BALLET BOLSHOI NO BRASIL.

Maitre de BALLET DA CIA. JOVEM DE BALLET DO RIO DE JANEIRO

Professor da ESCOLA ESTADUAL DE DANÇAS MARIA OLENEWA e BALLET DALAL


ACHCAR.

Fez estágios na ACADEMIA VAGANOVA E KIROV BALLET (SÃO PETERSBURGO -


RÚSSIA), ESCOLA DO ROYAL BALLET (LONDRES) e AMERICAN BALLET (NOVA
YORK).

Premiações como coreógrafo em concursos de Dança, Internacionais e Nacionais.

No carnaval Carioca, foi premiado com os seguintes: ESTANDARTE DE OURO, TAMBORIM


DE OURO, PLUMAS E PAETÊS, CARNAVALESCO, SAMBA NET, RÁDIO TUPY e outros.

ASSISTENTE : MARCELLA GIL

Bailarina do CORPO DE BAILE DO THEATRO MUNCIPAL DO RIO DE JANEIRO.

Foi Bailarina do GRUPO CORPO (BELO HORIZONTE)

Trabalha há nove anos com Sergio Lobato.

155
Abre-Alas – G.R.E.S. São Clemente – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

1º Mestre-Sala Idade
Fabrício Pires 33 anos
1ª Porta-Bandeira Idade
Denadir Garcia 33 anos
2º Mestre-Sala Idade
Anderson Lima 29 anos
2ª Porta-Bandeira Idade
Munike Namour 25 anos
3º Mestre-Sala Idade
Marcelo Tchechelo 42 anos
3ª Porta-Bandeira Idade
Erica Duarte 30 anos
Outras informações julgadas necessárias

1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira


Fantasia: “Amor de palhaço”
O que representa: O velho tema de amor entre o palhaço e a bailarina, estrela do espetáculo.

Guardiões do 1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira


Fantasia: “Palhaços balizas”
No grande desfile circense os palhaços balizas abrem alas para a apresentação do 1° Casal.

156
Abre-Alas – G.R.E.S. São Clemente – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Outras informações julgadas necessárias

2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira


Fantasia: “Mateus e Catirina”
São palhaços típicos das festas de boi-bumbá.

3º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira


Fantasia: “Palhaços folclóricos”
Representam a alegria das festas do interior do Brasil, principalmente no Nordeste.

157
G.R.E.S.
PORTELA

Presidente
SÉRGIO PROCÓPIO DA SILVA
159
“No voo da águia, uma viagem
sem fim...”

Carnavalesco
PAULO BARROS
161
Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Enredo

Enredo
“No voo da águia, uma viagem sem fim...”
Carnavalesco
Paulo Barros
Autor(es) do Enredo
Paulo Barros
Autor(es) da Sinopse do Enredo
Paulo Barros, Isabel Azevedo, Ana Paula Trindade e Simone Martins
Elaborador(es) do Roteiro do Desfile
Paulo Barros
Ano da Páginas
Livro Autor Editora
Edição Consultadas

01 Bíblia Sagrada Trad. Antônio P. Edição Barsa 1966 Todas


de Figueiredo
02 História das Victor Civita Abril Cultural 1975 Todas
Civilizações (I e II) (editor)
03 Grande História Nelson Alves Bloch Editores 1973 Todas
Universal (I e III) (dir. responsável)
04 Grandes Viagens: Andrew Bain e Editora Globo 2015 Todas
Conheça as mais Sarah Baxter
Espetaculares
Rotas do Mundo
05 Viagens e Silvio Lima Annablume 2010 Todas
Viajantes Figueiredo
06 Vinte Mil Léguas Júlio Verne Jorge Zahar Ed. 2011 Todas
Submarinas
07 As Viagens de Jonathan Swift Companhia das 2010 Todas
Gulliver Letras
08 O múltiplo Henrique Soares Revista História, 2001 Todas
imaginário das Carneiro Questões e
viagens modernas Debates/Ed.
UFPR
09 As veias abertas da Eduardo Galeano Paz e Terra 1991 Todas
América Latina

163
Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Enredo

Outras informações julgadas necessárias

Relação de sites
Abertura
http://alb.com.br/arquivo-
morto/portal/5seminario/PDFs_titulos/A_ODISSEIA_DE_ULISSES_O_HOMEM_E_O_MITO.pdf
www.ebooksbrasil.org/eLibris/odisseiap.html
www.telunb.com.br/mulhereliteratura/anais/wpcontent/uploads/2012/01/dulcilenebrito.pdf
https://pt.wikipedia.org/wiki/Livro_do_%C3%8Axodo#Data
www.abiblia.org/ver.php?id=1490&id_autor=2&id_utente&caso=perguntas
www.bibliaonline.com.br
http://bibliaportugues.com/kja/exodus/19.htm
http://bibliaportugues.com/deuteronomy/32-11.htm
https://pt.wikipedia.org/wiki/Deuteronômio
http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs/index.php/historia/article/view/2681/2218
https://pt.wikipedia.org/wiki/Antigo_Egito
http://filosofianodia-a-dia.blogspot.com.br/2015/04/viagens-namitologia-na-literatura-na.html
www.uel.br/pos/letras/EL/vagao/EL10B-Art3.pdf
Setor 1 – Mar adentro, mundo afora
www.historiadomundo.com.br/fenicia/civilizacao-fenicia.htm
www.sohistoria.com.br/ef2/fenicios/p2.php
www.brasilescola.com/historiag/fenicios.htm
www.historiazine.com/2012/08/os-fenicios.html
http://correntedahistoria.blogspot.com.br/2012/03/fenicios-povo-do-mar.html
www.eboat.com.br/nautica/historia.asp
http://educaterra.terra.com.br/voltaire/cultura/viajantes1.htm
http://mariliacoltri.blogspot.com.br/2012/08/grandes-navegacoes-e-expansao-maritima.html
www.klepsidra.net/klepsidra2/vikings.html
http://mundoestranho.abril.com.br/materia/quem-eram-os-vikings
www.visitnorway.com/br/sobre-a-noruega/historia-e-tradicao/cultura-viking-povos-e-historia
www.historiadomundo.com.br/idade-media/as-invasoes-vikings.htm
http://oridesmjr.blogspot.com.br/2012/08/navegacoes-chinesas-no-seculo-xv.html
www.dightonrock.com/aexpansaomaritimachinesanoseculo.htm
www.camarabrasilchina.com.br/noticias-e-publicacoes/artigos-e-opinioes/china-origens-da-navegacao-
marítima
www.jw.org/pt/publicacoes/revistas/g201309/zheng-he/#footnote1
www.mast.br/multimidia_instrumentos/bussola_historico.html
http://veja.abril.com.br/historia/descobrimento/era-das-navegacoes-impressao.shtml
www.brasilescola.com/historiag/expansao-maritima-europeia.htm
www.suapesquisa.com/grandesnavegacoes
www.instituto-camoes.pt/cvc/navegaport/index.html
http://seguindopassoshistoria.blogspot.com.br/2012/08/portugal-e-era-dos-descobrimentos.html
http://seguindopassoshistoria.blogspot.com.br/2014/01/piratas-e-corsarios-na-idade-moderna.html
http://prof-tathy.blogspot.com.br/2009/09/historia-da-pirataria.html
http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/piratas-terror-mares-433573.shtml

164
Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Enredo

Outras informações julgadas necessárias

Setor 2 – Viagens imaginárias


http://jvernept.blogspot.com.br/p/viagens-extraordinarias.html
http://revistacult.uol.com.br/home/2010/03/jules-verne-doutor-fantastico
www.din.uem.br/ia/a_correl/classicos/Pesquisadores-Julio&Verne.htm
www.ronaldomourao.com
www.folhetimonline.com.br/2012/03/24/julio-verne-e-suas-viagens
www.ihgrgs.org.br/artigos/contibuicoes/Ronaldo%20R.%20de%20F.%20Mour%C3%A3o%20-
%20Cem%20Anos%20da%20Morte%20de%20Julio%20Verne.pdf
http://historiahoje.com/?p=6511
www.scielo.br/pdf/sn/v20n2/a07v20n2
www2.anhembi.br/publique/media/mestrado_comunicacao/viagem_no_tempo.pdf
http://cinegnose.blogspot.com.br/2015/08/amor-e-paradoxos-quanticos-no-filme-em.html
http://escritaseleituras.weebly.com/blog/a-viagem-no-tempo-na-literatura
www.revistacapitolina.com.br/todo-o-tempo-e-o-espaco-viagens-em-ficcao-cientifica
www.contioutra.com/em-algum-lugar-do-passado-o-reencontro-entre-a-materia-e-o-sonho
http://retrotv.uol.com.br/series/o-tunel-do-tempo
http://ufosonline.blogspot.com.br/2015/10/a-viagem-no-tempo-e-um-elemento-de.html
http://cienciahoje.uol.com.br/revista-ch/2012/290/as-viagens-no-tempo
http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/verdadeira-historia-livro-viagens-gulliver-jonathan-
swift-683002.shtml
www.colegioobjetivocabreuva.com.br/Livros%20objetivos/viagens_de_guliver.pdf

Setor 3 – Viagens extremas


http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/ambiente/dama-flores-502111.shtml
www.infoescola.com/africa/tuaregues/
http://revistagalileu.globo.com/Galileu/0,6993,ECT705278-1716-3,00.html
http://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2015/07/veja-imagens-incriveis-do-deserto-do-saara-
captadas-por-um-satelite.html
http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2014/12/jornada-da-vida-viaja-ate-o-berco-da-humanidade-
etiopia.html
www.carnavalesco.com.br/noticia/por-dentro-do-ritmo-a-tabajara-do-samba/7260
http://viagem.hsw.uol.com.br/safari.htm
www.portelaweb.com/escola.php?codigo=32&cod_cat=3
www.africa-turismo.com/animais.htm
http://viajeaqui.abril.com.br/paises/antartica
www.trilhaseaventuras.com.br/filme-lendaria-expedicao-antartica-de-shackleton
www.amyrklink.com.br/no-fim-do-mundo-a-conquista-da-antartica
www.revistaplaneta.com.br/viagem-sem-volta-a-marte
www.megacurioso.com.br/marte/70384-morrendo-em-marte-saiba-todos-os-detalhes-antes-dessa-viagem-
sem-volta.htm
www.infantv.com.br/perdidos.htm
http://veja.abril.com.br/blog/temporadas/series/perdidos-no-espaco-celebra-cinquentenario-com-blu-ray-e-
livro

165
Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Enredo

Outras informações julgadas necessárias

Setor 4 – Em busca de mundos perdidos


http://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/pre-historia-2-o-surgimento-do-ser-humano-e-os-periodos-
pre-historicos.htm
http://ciencia.hsw.uol.com.br/homem-das-cavernas.htm
www.fascinioegito.sh06.com/mumiamal.htm
www.infoescola.com/mitologia/maldicao-do-farao
http://historiadomundo.uol.com.br/idade-antiga/santo-graal.htm
http://brasilescola.uol.com.br/curiosidades/o-que-e-a-lenda-do-santo-graal.htm
http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/saga-santo-graal-436036.shtml
http://viagem.hsw.uol.com.br/exercito-de-terracota.htm
http://oglobo.globo.com/sociedade/historia/soldados-de-terracota-seriam-reproducoes-de-pessoas-reais-
dizem-cientistas-14620298
www.asiacomentada.com.br/2015/11/famoso-exrcito-de-terracota-chins-em-exibio-em-tquio
http://umpouquinhodecadalugar.com/2013/12/16/os-guerreiros-de-terracota/
http://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Arqueologia/noticia/2015/06/fotos-revelam-que-moais-da-ilha-de-
pascoa-tem-tatuagens.html
http://viajeaqui.abril.com.br/cidades/chile-ilha-de-pascoa
www.infoescola.com/curiosidades/como-os-moais-eram-esculpidos-na-ilha-de-pascoa
www.infoescola.com/geografia/ilha-de-pascoa
www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/no-passado-detetives-buscam-o-elo-perdido-
ef23snf1udvf9fbak6gjlpdu6
www.colecionadoresdeossos.com/p/a-caca-aos-fosseis-e-de-longe-o-mais.html
http://cienciahoje.uol.com.br/colunas/cacadores-de-fosseis/a-descoberta-de-um-novo-elo-perdido

Setor 5 – O mapa da mina – Em busca de riquezas


http://almanaque.folha.uol.com.br/ilustrada_16mar1952.htm
www.colegioanchieta.com.br/recife/detalhes.php?id=11
http://www.narotadaseda.com
http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/rota-seda-infinita-highway-434345.shtml
http://brasilescola.uol.com.br/curiosidades/a-rota-seda.htm
http://pre.univesp.br/alimentos-que-mudaram-a-historia
http://viagem.uol.com.br/noticias/2011/10/17/em-potosi-na-bolivia-turista-pode-conhecer-o-esplendor-da-
colonia-e-o-inferno-mineiro.htm
www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=602
http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/bandeirantes-destruir-dominar-435260.shtml
www.universitario.com.br/noticias/n.php?i=15275
http://jornalareliquia.blogspot.com.br/2011/01/estrada-real-rota-dos-bandeirantes-em.html
http://vivabem.band.uol.com.br/turismo/noticia/100000594171/lago-colombiano-inspirou-lenda-do-
eldorado.html
www.bbc.com/portuguese/noticias/2013/01/130121_pesquisa_mito_eldorado_mv.shtml
http://globoplay.globo.com/v/2246789

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Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Enredo

Outras informações julgadas necessárias

Setor 6 – Eu não sou daqui, eu não sou de lá


http://diariodebiologia.com/2012/05/como-seria-nossa-visao-se-tivessemos-olhos-de-aguia/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Concorde
http://cafehistoria.ning.com/profiles/blogs/guia-e-hist-rias-de-guia
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81guia
http://www.suapesquisa.com/mundoanimal/aguia.htm
http://www.explicatorium.com/Constelacoes/Constelacoes-A-Aguia.php

167
Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2016

HISTÓRICO DO ENREDO
NO VOO DA ÁGUIA, UMA VIAGEM SEM FIM...

RESUMO

O voo da Águia da Portela, em 2016, nos conduzirá a lugares distantes, uma viagem sem fim
que atravessa a história da humanidade. Desde a Antiguidade, as viagens se tornaram uma
prática constante pela expansão de fronteiras, por conquistar novos horizontes e fortunas,
adquirir conhecimento. Movem mundos e mapas, trilhas e destinos. Inspiram fantasias e
trajetórias. Realidade e imaginação se provocam, se misturam em rotas e roteiros
fascinantes. Invadem terras e textos. Viajantes em busca de novas paisagens, de aventuras e
de riquezas, de planetas ainda inexplorados, talvez inexistentes, descrevem em seus relatos
os lugares que desenharam em seus mapas. Eles orientam o mundo através de narrativas que
atravessam o tempo e chegam até nós para que possamos saber o que encontraram e como
superaram todos os perigos e obstáculos. Os livros contam histórias reais que nos parecem
inacreditáveis e mostram um universo de fantasia que pode ser vivido como realidade.

O homem é um ser inquieto. Deseja, busca, vence desafios que encontra em seu caminho e
nunca desiste. Inventa e se reinventa para percorrer grandes distâncias, romper fronteiras,
ganhar o mundo. É capaz de criar um mundo virtual para navegar e chegar a todos os cantos
do planeta sem sair do lugar. Esse desejo de buscar o que não está ao alcance de sua mão faz
do homem um viajante que vive uma procura interminável. Avançar, descobrir, ir em frente,
continuar. Para viajar, basta existir... A viagem não acaba nunca... O fim de uma viagem é
apenas o começo de outra...

O DESFILE

ABERTURA

Nas asas da Águia, estão a força e a coragem para embarcar nessa viagem sem fim. Símbolo
de liberdade, de nobreza e de sabedoria, ela é a rainha dos céus. Seu voo é de magia e de
beleza, encanto que nos leva à emoção do tempo da mitologia grega, onde homens
invencíveis desafiavam deuses. O poema Odisseia, de Homero, é conhecido por ser a obra
fundadora das narrativas de viagem. Odisseu, ao voltar da Guerra de Tróia, viaja por 20 anos
para retornar a sua casa, na Ilha de Ítaca. Amaldiçoado por Poseidon, o bravo guerreiro
enfrenta tormentas e adversidades que, por vingança, a ele lança o deus dos mares. Nos
versos finais do poema, Ulisses, como ficou conhecido esse herói entre os romanos, é
comparado à águia rasgando as nuvens ao perseguir seus inimigos.

168
Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2016

O pássaro também está presente em mais uma viagem marcante, que está descrita na Bíblia:
a Travessia do Mar Vermelho em busca da Terra Prometida. Na chegada de Moisés ao
Monte Sinai, Deus lhe diz: “Vós tendes visto o que fiz aos egípcios, como vos levei sobre
asas de águias, e vos trouxe a mim...”.

E a Águia também nos conduzirá na viagem da Portela. Ela que “desperta sua ninhada, paira
sobre seus filhotes e, em seguida, estende as asas para apanhá-los, carregando-os sobre elas”,
nos guiará na Avenida. Segurem o mapa da história e realizem o seu desejo mais vital, a
Portela vai voar, é Carnaval!

MAR ADENTRO, MUNDO AFORA

O voo da Águia nos leva aos caminhos de quem atravessou continentes com seus barcos,
galeras, caravelas! Seguem, agora, os navegantes de diferentes povos que rasgaram os sete
mares desenhando mapas! O vento sopra em suas velas e o céu lhes serve como guia para
vencer a escuridão e chegar a terras distantes. Os corajosos comandantes superam o perigo e
o desconhecido para nos mostrar a rota mais segura. Se lançam mar adentro, descobrem o
mundo afora e deixam para a história o relato de suas viagens. Por mares nunca d’antes
navegados, nem mesmo o mais terrível monstro imaginado impede que continuem vencendo
águas violentas, a quem entregam o barco e a própria vida.

VIAGENS IMAGINÁRIAS

O sonho de pássaro é livre e surpreendente! Revela lugares fantásticos e misteriosos, de


onde surgem viagens eternas e envolventes, frutos da criação humana. São histórias
extraordinárias de tirar o fôlego, que nos levam a viajar no tempo, ao fundo do mar ou a uma
incrível jornada nas estrelas. Tudo pode acontecer com os personagens desse mundo de
sonho e de magia, que prende a atenção e liberta a fantasia.

VIAGENS EXTREMAS

Mas existem aqueles que preferem sentir na própria pele a emoção da aventura. Gostam do
prazer de correr riscos, alcançar terras inexploradas. Valentes viajantes levantam a poeira do
deserto, enfrentam a selva, entram em florestas sombrias, exploram as geleiras, entregam o
corpo a condições hostis para a sobrevivência. E, se nada mais os seduzir, quem sabe não
queiram atingir planetas distantes e deixar pegadas em lugares onde ninguém jamais pisou.
A viagem mais extrema está na incerteza de regressar ao ponto de partida.

EM BUSCA DE MUNDOS PERDIDOS

Enquanto alguns se aventuram por outras terras, rumo ao futuro, há aqueles que tentam
decifrar os sinais deixados pelos que aqui viveram muito tempo atrás. Quem procura por
vestígios do passado segue uma interminável trajetória na busca por respostas. Arqueólogos
pesquisam restos e ruínas de civilizações encobertas pelo tempo. Paleontólogos encontram

169
Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2016

seres pré-históricos que impressionam quando pensamos que habitaram a Terra. Atentos,
esses cientistas investigam marcas e sinais, desvendam culturas e costumes. E vão mais
longe, em seus estudos, para saber quem vivia no planeta antes de nós. Percorrem trilhas e
pistas de mundos perdidos que ficaram pelo caminho.

O MAPA DA MINA – EM BUSCA DE RIQUEZAS

E tantas outras trajetórias revelaram tesouros que fizeram muitas fortunas, em nome da
ambição e da cobiça. A maciez das sedas, o perfume dos incensos, o gosto das especiarias,
delícias pelas quais pagaram reis e rainhas. E o ouro e a prata que adornaram pescoços e
altares? Quem trazia? Que mundos exploraram e para onde rumaram em busca de riquezas?
As grandes rotas comerciais do passado foram responsáveis pelas trocas de produtos e
culturas. Abriram caminhos por terra e por mar. Exploraram tesouros de povos do outro lado
do mundo e saciaram desejos de impérios. É preciso percorrer essas rotas para, quem sabe,
descobrir o mapa da mina.

EU NÃO SOU DAQUI, EU NÃO SOU DE LÁ

Muitas são as formas de viajar criadas pelo homem, para navegar em todas as dimensões: na
realidade, no imaginário, no mundo virtual. E não faltarão roteiros, enredos, lugares,
estradas e ferrovias enquanto essa busca durar.

Hoje, com um toque apenas, é possível fazer muitas viagens: abrir janelas, percorrer
milhares de quilômetros em segundos e descobrir mares, países... se perder. Consultar a
história e o poema, assistir ao vídeo e ao espetáculo. Diante dos olhos dos internautas, o
virtual vira real, em sons, cores e movimentos. É possível voltar, avançar, procurar...
pessoas, coisas e locais. Digitar perguntas, descobrir respostas, encontrar lugares, ser
viajante, ser águia: livre, ágil, confiante. E ao final da travessia, escolher mais um destino e
recomeçar. E a Portela tão bonita vai voando na Avenida para o Carnaval conquistar!

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Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2016

JUSTIFICATIVA DO ENREDO
A Portela viaja, em 2016, nas asas da águia. O pássaro símbolo da Escola inspira liberdade,
sabedoria e nobreza. Superior a todas as aves em força e em coragem, a rainha dos céus e da
Avenida nos conduz a uma incessante aventura por busca de conhecimento. Seu voo é
mágico porque pode nos levar a todos os tempos e territórios conquistados pela humanidade,
na procura por novos caminhos. Essa ave soberana guarda o conhecimento de séculos, uma
experiência antiga, de muito antes da existência da humanidade.

Na Avenida, a águia nos ensina a voar, nos mostra o roteiro da viagem. Sua potente visão,
cinco vezes maior do que a de um ser humano, revela caminhos que cruzam céus e mares.
Seus olhos distinguem cores, objetos e ensinamentos imperceptíveis ao homem. Sua forte
presença habita importantes obras literárias, representadas na abertura do desfile.

Livros antigos, da mitologia à Bíblia, que atravessam milhares de anos para contar a história
de grandes viagens, mostram a importância da águia em suas narrativas. Nos versos finais do
poema grego Odisseia, de Homero, Ulisses, como ficou conhecido esse herói entre os
romanos, é comparado à águia rasgando as nuvens ao perseguir seus inimigos:

O herói, finda a oração, de Eupiteu rompe


De lança o elmo, à queda o arnês ressoa.
Ulisses e Telêmaco os mais bravos
Talham de espada e pique, e total fora
O estrago e perda, se a gritar Minerva
Não contivesse o povo: “Ítacos, basta,
Já da crua guerra separai-vos”.
Pálido susto, à voz divina, os toma;
Das mãos voando as armas, ansiosos
De resguardar as vidas, se retiram:
Furente Ulisses a bramir os segue,
Tal como águia altaneira as nuvens rasga. (Odisseia, de Homero, em verso português)

E esse é o ponto de partida representado pela Comissão de Frente da Portela: século VIII
a.C., na Grécia Antiga, tempo de narrativas mitológicas, onde homens invencíveis desafiam
deuses. O poema de Homero é conhecido por ser a obra fundadora das narrativas de
viagem. Odisseu, ao voltar da Guerra de Troia, viaja por 20 anos e, no seu caminho, enfrenta
a ira do Deus dos Mares, Poseidon, em seu regresso para casa, na Ilha de Ítaca.

Se a águia cruza o céu da mitologia, nas linhas da Bíblia, o pássaro também tem sua
presença eternizada em diversos textos que o revelam como exemplo de grandeza divina. No
livro Deuteronômio, que contém os discursos de Moisés ditados por Deus, a ave surge como
imagem e semelhança do Senhor, conduzindo os filhos de Israel através do deserto:

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Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2016

“Achou-o numa terra deserta, e num ermo solitário cheio de uivos; cercou-o, instruiu-o, e
guardou-o como a menina do seu olho. Como a águia desperta a sua ninhada, move-se sobre
os seus filhos, estende as suas asas, toma-os, e os leva sobre as suas asas. Assim só o Senhor
o guiou; e não havia com ele deus estranho.” (Deuteronômio 32:10-12)

Na Avenida, a águia está na abertura do desfile, conduzindo a extraordinária viagem descrita


no Velho Testamento, a Travessia do Mar Vermelho em busca da Terra Prometida. O
episódio, que teria acontecido no século XIII a.C., é contado em Êxodo 14 e mostra a fuga
dos hebreus do Egito, onde, segundo o livro sagrado, foram escravizados por mais de 400
anos.

O Povo de Deus deixa o Egito, liderado por Moisés, e ruma para a liberdade, percorrendo o
deserto. Os judeus, nessa fuga extraordinária, encontram seu maior obstáculo: transpor as
águas do Mar Vermelho para chegar a Canaã. Para salvá-los, uma força divina divide o mar
e abre o caminho pelo qual filhos de Israel seguem em segurança até o outro lado.

Por ser comparada à presença do Senhor em vários textos religiosos, a águia conduz os
hebreus na travessia. As ondas do mar se separam para abrir a passagem seca por onde
caminha o Povo de Deus. Em Êxodo 19:1-6, a fala de Deus a Moisés inspira a imagem que
percorre a Passarela: “como vos levei sobre asas de águias, e vos trouxe a mim”. A águia
representa o poder divino de nos conduzir a qualquer lugar. O pássaro, depois da Travessia,
pousa soberano no Monte Sinai. Como filhotes em suas asas e guiados por seus olhos
atentos a cada movimento da história, voamos com a Portela.

Livre de todos os grilhões, segue a viagem em busca da felicidade nas asas da poesia.
Surgem novos horizontes traçados nos mapas da história por indomáveis navegantes.
Enfrentando o desconhecido, cruzam oceanos e mares para descobrir outros continentes.
Velas ao vento, eles construíram embarcações incríveis. Na cabeça, um único objetivo:
cruzar o azul e continuar a navegar!

Dos portos do Mediterrâneo, partem os fenícios, com suas embarcações movidas a velas e
remos. Espalham por todos os lugares onde passam letras do que parece ter sido o primeiro
alfabeto no período de 1.550 a.C. a 300 a.C.

Os olhos da águia encontram a Idade Média marcada pela Era Viking, do final do século
VIII ao século XI, e nos mostram os guerreiros que invadem e colonizam grande parte da
Europa, das ilhas do Atlântico Norte. Navegam do extremo oriente ao extremo ocidente.
Seus “navios-dragão” fazem tremer aqueles que observam das praias as embarcações
ameaçadoras se aproximando para conquistar territórios.

Uma das mais antigas civilizações do mundo se lança ao mar e inaugura um intenso
processo de intercâmbio e difusão cultural entre os povos. Os chineses criam a maior
potência naval do mundo quinhentista. Suas esquadras transportam até 30 mil homens, que,

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Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2016

em gigantescos navios, atravessam a Ásia marítima, o Índico e a costa oriental da África.


Transportam e comercializam produtos que marcam a forte identidade cultural da China.
O mar é de quem sabe navegar. Os séculos XV e XVI assistem à Era das Grandes
Navegações e Descobertas Marítimas. Os navegadores europeus percorrem os oceanos do
mundo para conquistar riquezas e intensificar transações comerciais. Bússolas e astrolábios
guiam os comandantes temerosos de encontrar os perigos além-mar. Portugueses e
espanhóis levam suas fantásticas caravelas para praias desconhecidas onde tudo é mistério.

Mas ninguém está livre de encontrar terríveis piratas mar adentro. Eles podem surgir a
qualquer momento para saquear as embarcações. Como aves de rapina, aguardam suas
presas e estão sempre prontos para o próximo ataque.

Outros perigos também provocam o medo no silêncio e na solidão dos oceanos. Meses
navegando mundo afora, embalam pesadelos de naufrágios em que os barcos podem ser
engolidos por serpentes marinhas e tormentas. É preciso força e experiência para manter o
equilíbrio e não perder o prumo. Só os corsários são capazes de manter o sangue frio e não
entregar o barco às ondas que tentam engoli-lo.

A corajosa águia percorre céus, mares e nada teme. Ela pode evitar as tempestades e nos
transportar para a fantasia das histórias contadas por gênios da ficção científica e literária. Se
os navegantes temiam as criaturas das profundezas do oceano, o voo da Portela agora nos
revela Júlio Verne, o escritor que as criou em suas impressionantes narrativas de viagem.
Em meados do século XIX, ele escreve obras literárias inesquecíveis. Seu mergulho atinge
Vinte Mil Léguas Submarinas para levar o homem a imaginar a vida no fundo do mar.

O mundo abissal é desconhecido e inspira a imaginação. Mas, se olharmos as estrelas,


maiores serão os enigmas e o desejo de explorá-las, descobri-las. Os mistérios guardados em
planetas distantes habitados por seres extraterrestres desafiam o homem e são fonte de
criação para inúmeras aventuras interestelares. Séries da televisão e do cinema, livros e
revistas encontram inspiração no universo inatingível, para nos conduzir em incríveis
jornadas pelas galáxias.

Se a curiosidade por conhecer lugares longínquos do espaço desafia o homem, dominar o


tempo é um desejo sem fim. E a ficção está repleta desse tipo de viagens, onde passado e
presente se encontram, como se as horas nunca tivessem se tornado dias, meses e anos. Em
Algum Lugar do Passado, romance da década de 1980, é uma das mais belas obras sobre o
tema. Um relógio, peça fundamental na construção da passagem do tempo, vai unir um
homem e uma mulher de épocas diferentes. Ele descobre amar alguém que viveu muitos
anos atrás e viaja em busca de sua paixão.

Alucinantes roteiros que permitem viagens através de diferentes tempos e lugares têm sua
maior expressão na série de TV da década de 1960, O Túnel do Tempo, que encanta até hoje
diversas gerações. Sem saber se um dia vamos voltar, é hora de girar em todas as direções e
sentidos e descobrir onde esse rodopio pode nos lançar.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2016

Náufragos perdidos em ilhas distantes também são tema recorrente da literatura e do cinema.
As Viagens de Gulliver, obra satírica de 1726, escrita por Jonathan Swift, talvez seja a maior
representante desse tipo de criação ficcional. Em Lilliput, Gulliver é aprisionado por seus
pequenos habitantes.

Os olhos da águia nos revelam de terras inóspitas do nosso planeta a lugares longínquos do
espaço. A próxima aventura exige dos viajantes a resistência, a perspicácia e a ousadia dos
exploradores. Do alto, o pássaro observa com atenção a melhor forma de pousar e penetrar
na inexpugnável floresta amazônica, onde habitam espécies da rica biodiversidade, em
grande parte ainda não revelada. Muitos são os caminhos percorridos por desbravadores
corajosos em busca de exemplares desconhecidos da fauna e da flora brasileiras. Entre os
registros que nos deixam, está a pintura delicada e definitiva da Dama das Flores.

O clima úmido da floresta com suas cores deslumbrantes cede lugar às escaldantes areias do
deserto. O próximo destino esquenta a Sapucaí. A paisagem muda, a areia castiga o rosto. É
preciso se proteger do Sol causticante, como fazem os viajantes do deserto para vencer
grandes distâncias e não sucumbir ao calor sufocante.

Do solo ressequido começam a brotar as primeiras gramíneas, indicando que a viagem


continua por outros continentes. África! Terra da origem, dos mitos de criação, das histórias
antigas que atravessam gerações. África dos animais representados em padronagens
coloridas, que trazem para a indumentária o universo de suas savanas e selvas. Os viajantes
partem em safáris para conhecer a diversidade da fauna africana, com suas feras indomáveis,
reis e rainhas da natureza.

Viagens extremas, máximas e mínimas temperaturas! O clima congelante da Antártica, o


continente mais frio da Terra, exige sagacidade do destemido explorador. As enormes
geleiras, as tempestades e os ventos fortes que assolam o território explicam o atordoante
silêncio. O extenso deserto gélido não é lugar de passeio. Só um espírito invencível é capaz
de suportá-lo.

Nenhuma outra aventura do homem é tão extrema como a viagem a Marte. Sete meses no
espaço até o desembarque para colonizar o planeta vermelho: raios cósmicos,
microgravidade, temperatura de menos de 60 graus centígrados e sem oxigênio no ar.

A águia da Portela também habita o infinito. Segundo a mitologia, o pássaro ancestral, de


origem muito antiga, acompanhava Júpiter, líder dos deuses romanos, ou Zeus, como era
conhecido pelos gregos. Áquila (A Águia) é uma constelação que ocupa seu lugar na
eternidade e foi ali colocada por Júpiter, em homenagem a sua ave fiel. No azul da Avenida,
ela brilha e acompanha a trajetória sem volta de quem está perdido no espaço.

Os olhos da águia fitam o Universo à procura de desvendar seus mistérios. Atentos,


observam cada movimento que possa oferecer respostas a perguntas que persistem sobre a
sua existência. Há milhares de anos, os homens indagam aos céus sobre a origem da vida.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2016

Rezam aos deuses, estudam as estrelas. Vasculham por todo o planeta os sinais que
indiquem o começo de tudo, o ponto de partida.

Nas cavernas da pré-história, vestígios e inscrições nas pedras instigam a incessante busca
de pesquisadores para remontar a trajetória de nossos ancestrais.

Os enigmas encobertos pelo tempo desafiam os cientistas e nos revelam como viviam
incríveis civilizações do passado. Em seus sarcófagos, os antigos egípcios mantêm a riqueza
e a integridade dos faraós, para preservar seus corpos do desaparecimento, pois acreditam
que a morte não seria a última viagem. Conservadas pelas milenares técnicas de
embalsamento, as múmias continuam a despertar o fascínio do mundo inteiro.

Relatos da história também nos contam sobre a eterna busca de uma relíquia sagrada para os
cristãos. Estudiosos procuram localizar o simbólico cálice da Santa Ceia, que atravessa os
séculos protegido por legendários cavaleiros. O Santo Graal guarda até hoje o seu segredo.
Quem por ele procura, quer encontrar uma nova porta para o passado...

Enterrados pelo tempo ou preservados na natureza, alguns achados impressionam pela força
da tradição e grandiosidade de seus povos. Seja diante dos magníficos soldados de terracota,
em tamanho natural, que protegem o túmulo do primeiro imperador chinês, ou das
enigmáticas e imensas esculturas esculpidas nas pedras vulcânicas, da isolada Ilha de
Páscoa.

A viagem atinge incríveis dimensões e vai além... Pois nada é capaz de impressionar mais do
que a possibilidade de conhecer bem de perto os dinossauros que já habitaram a Terra.
Destemidos paleontólogos partem em expedições dignas das mais fantásticas aventuras da
ficção, dispostos a encontrar possíveis elos perdidos entre as espécies. Do que é capaz a
ciência quando busca incessantemente o segredo da vida? Que perigos podem assombrar a
humanidade quando o desejo se transforma em obsessão?

A majestosa águia avista outros caminhos percorridos pelo homem, em sua incessante busca
por riquezas. O brilho do ouro fascina e atrai a cobiça de exploradores que perseguem as
mais valiosas fontes de tesouros. Acredita-se que a imensa fortuna do rei Salomão, relatada
na Bíblia, tem origem na selva africana, mas apenas o sábio soberano conhece o mapa da
mina.

Ao longo da história, muitos são os destinos alcançados pela ambição. As rotas comerciais
do passado abrem o tráfego e a intensa troca de produtos e culturas entre o Oriente e o
Ocidente. Em suas narrativas de viagens, no século XIII, o italiano Marco Polo revela as
maravilhas da rota da seda. E, a partir do século XV, os europeus descobrem novos
caminhos para chegar às Índias, o tão almejado mundo das especiarias. Na conquista das
Américas, não há limites nem fronteiras para a exploração das inúmeras jazidas de ouro e
prata. As riquezas minerais das colônias saciam a sede de impérios.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2016

A jornada continua e o universo se desdobra em rede para alimentar o insaciável espírito


viajante dos homens. Todas as barreiras de tempo e espaço se diluem em um segundo. Olhos
voltados para o futuro, que parece tocar os calcanhares de caminhantes incansáveis que se
encontram na mesma estrada. O instrumento é o batuque do teclado. A velocidade está na
ponta dos dedos. A águia toca o coração de quem abrir uma janela para encontrar o lugar
mais desejado, o sonho, o azul que une céu e mar. Quem viaja é a mente atravessando
horizontes, páginas, sites.

O cidadão do mundo abre todos os mapas, todas as telas e percorre o planeta. A Internet é a
grande invenção para que todos naveguem em qualquer direção. Basta deslizar a seta, digitar
o destino e num único clique, partir e chegar, cruzar o céu da mitologia, fazer a travessia,
embarcar em galeões do passado, cruzar os mares nas caravelas dos descobridores, desenhar
os mapas e publicar roteiros! Mar adentro, mundo afora, refazer cada viagem e recomeçar!
Encontrar todos os textos, imagens, histórias de aventuras escritas pelo homem. Conhecer
territórios onde poucos estiveram e que só através desses intrépidos viajantes chegaram até
nós. Só um olhar de águia é capaz de encontrar vestígios, pesquisar sinais e revelar
civilizações, que jamais poderiam imaginar um dia receber nossas visitas em blogs e portais.

A viagem da águia não termina. Ela prossegue até o infinito. Pássaro adorado por seus
filhos, que, nessa apaixonante viagem, querem conquistar as estrelas. Guia o teu povo na
Avenida, voa, Portela, e me leva!

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Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2016

ROTEIRO DO DESFILE
ABERTURA

Comissão de Frente
ODISSEIA DE HOMERO

1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira


Alex Marcelino e Danielle Nascimento
DESTINO SEM FIM

Ala 01 – Comunidade
TRAVESSIA DO MAR VERMELHO
(elemento cenográfico: MONTE SINAI)

Alegoria 01 – Abre-Alas
EGITO ANTIGO

Ala 02 – Velha-Guarda
TRAJE TRADICIONAL

1º SETOR – MAR ADENTRO, MUNDO AFORA

Ala 03 – Comunidade
FENÍCIOS

2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira


Marlon Flores e Rosilaine Queiroz
VIKINGS

Ala 04 – Amor e Paz


VIKINGS

Ala 05 – Comunidade
CHINESES

Ala 06 – Comunidade
EUROPEUS

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Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2016

Ala 07 – Comunidade
PIRATAS

Alegoria 02
PERIGOS DO MAR

2º SETOR – VIAGENS IMAGINÁRIAS

Ala 08 – Comunidade
VINTE MIL LÉGUAS SUBMARINAS

3º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira


Douglas Barbosa e Camyla Nascimento
VIAGENS INTERESTELARES

Ala 09 – Comunidade
VIAGENS INTERESTELARES

Ala 10 – Comunidade
EM ALGUM LUGAR DO PASSADO

Ala 11 – Baianas
O TÚNEL DO TEMPO

Ala 12 – Comunidade
SOLDADOS DAS VIAGENS DE
GULLIVER

Alegoria 03
AS VIAGENS DE GULLIVER

3º SETOR – VIAGENS EXTREMAS

Ala 13 – Ala das Damas


AMAZÔNIA

Ala 14 – Águia na Folia


DESERTO

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Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2016

Ala 15 – Feijão da Vicentina


SENHORAS AFRICANAS

Ala 16 – Passistas
ÁFRICA

Rainha de Bateria
Patrícia Neri
NATIVA AFRICANA

Ala 17 – Bateria
SAFÁRI

Ala 18 – Comunidade
ANTÁRTICA

Ala 19 – Comunidade
MARTE

Alegoria 04
PERDIDOS NO ESPAÇO

4º SETOR – EM BUSCA DE MUNDOS PERDIDOS

Ala 20 – Comunidade
HOMEM DAS CAVERNAS

Ala 21 – Comunidade
MÚMIA

Ala 22 – Raízes da Portela


SANTO GRAAL

Ala 23 – Comunidade
EXÉRCITO DE TERRACOTA

Ala 24 – Comunidade
ILHA DE PÁSCOA

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Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2016

Alegoria 05
ELO PERDIDO

5º SETOR – O MAPA DA MINA – EM BUSCA DE RIQUEZAS


Ala 25 – Comunidade
MINAS DO REI SALOMÃO
Ala 26 – Comunidade
ROTA DA SEDA
Ala 27 – Mocotó
ROTA DAS ESPECIARIAS
Ala 28 – Comunidade
PRATA DE POTOSI
Ala 29 – Comunidade
CAMINHOS DO OURO
Alegoria 06
ELDORADO
6º SETOR – EU NÃO SOU DAQUI, EU NÃO SOU DE LÁ
Ala 30 – Comunidade
VIAJANTE – CIDADÃO DO MUNDO
Ala 31 – Comunidade
INTERNET
Ala 32 – Explode Coração
EM TODAS AS DIREÇÕES
Ala 33 – Comunidade
QUEM VOAR, VERÁ!
Ala 34 – Comunidade
OLHOS DA ÁGUIA
Alegoria 07
AONDE VOCÊ ME LEVAR EU VOU
Ala 35 – Compositores
TRADICIONAL

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Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo)


Paulo Barros
Nº Nome da Alegoria O que Representa

* MONTE SINAI: Elemento Monte Sinai: No texto sagrado da Bíblia, em Êxodo


Cenográfico 19:1-6, a fala de Deus a Moisés inspira a imagem que
Ala 01 – Travessia do Mar percorre a Passarela: “como vos levei sobre asas de
Vermelho águias, e vos trouxe a mim”. A águia representa o
poder divino de nos conduzir a qualquer lugar. O
pássaro acompanha os judeus na travessia do Mar
Vermelho e, depois, pousa soberano no Monte Sinai,
anunciando a viagem sem fim que encanta a
humanidade há milhares de anos...

* Essa imagem é do croqui


original e serve apenas como
referência, pois foram realizadas
modificações de estética e de cor
na execução do elemento
cenográfico.

01 EGITO ANTIGO O Egito é conhecido pela beleza de seus templos,


pirâmides e palácios construídos no Vale do Rio Nilo
e que existem desde a Antiguidade. Essas construções,
segundo os textos do Velho Testamento, foram
erguidas com grandes blocos de pedra, utilizando mão
de obra escrava. As narrativas da Bíblia afirmam que
os hebreus foram aprisionados por quatro séculos e
ajudaram a construir esse império, com a força de seu
trabalho e o suor de sua escravidão.
A Alegoria mostra a riqueza e a beleza de uma das
* Essa imagem é do croqui mais importantes civilizações do mundo antigo. As
original e serve apenas como incríveis cidades dos faraós, repletas de símbolos de
referência, pois foram realizadas adoração a deuses egípcios, guardam muitos segredos
modificações de estética e de cor e mistérios não revelados até hoje.
na execução da Alegoria.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo)


Paulo Barros
Nº Nome da Alegoria O que Representa

02 PERIGOS DO MAR Velas e mastros ao vento, os navegantes se lançam


aos oceanos para alcançar seus destinos em terras
distantes. Em busca de aventuras e glórias, desafiam
o desconhecido, vencem terríveis tormentas, superam
naufrágios e pesadelos com monstros e serpentes
marinhas. Nem mesmo os valentes piratas, ameaça
constante que ronda as viagens, estão livres dos
perigos do mar. Em águas turbulentas, e sem perder,
eles conquistam a embarcação da Portela e enfrentam
o balanço das ondas: “Oh, leva eu, me leva...”.
* Essa imagem é do croqui original e
serve apenas como referência, pois
foram realizadas modificações de
estética e de cor na execução da
Alegoria.

03 AS VIAGENS DE GULLIVER O sonho de viajar mundo afora e conhecer terras e


povos desconhecidos é eterno e inspira fantásticas
aventuras da ficção. A Alegoria da Portela brinca
com a imaginação e conduz pelas incríveis Viagens
de Gulliver, uma obra-prima da literatura que
atravessa os séculos e continua a encantar gerações,
em inúmeras adaptações ilustradas, em séries e
animações da televisão ou nas mais modernas
versões para o cinema. Publicado em 1726, pelo
escritor satírico Jonathan Swift, o popular romance
* Essa imagem é do croqui original e conta as histórias de Gulliver, que navega os mares e
serve apenas como referência, pois
foram realizadas modificações de
chega a estranhos e surpreendentes lugares. Em sua
estética e de cor na execução da viagem, ele sobrevive a um naufrágio na ilha de
Alegoria. Lilliput, terra de pequeninos habitantes. Ao
despertar, descobre ter sido aprisionado por
soldadinhos do rei, que o cercam por todos os lados
para que ele não consiga escapar. Para seguir seu
caminho, o grande aventureiro precisa se livrar das
amarras e se soltar na Avenida!

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Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo)


Paulo Barros
Nº Nome da Alegoria O que Representa

04 PERDIDOS NO ESPAÇO Narrativas de intrépidos exploradores que


embarcam rumo ao desconhecido sempre se tornam
sucesso. Clássico das produções de aventura, a série
Perdidos no Espaço completa 50 anos e tem fãs
apaixonados até hoje. A história se passa em 1997,
quando a Terra está superpovoada. A família
Robinson parte para colonizar um novo planeta, mas
um agente inimigo sabota a missão. O maligno Dr.
Smith acaba preso com os outros tripulantes e o
peso extra deixa a nave vagando sem destino por
* Essa imagem é do croqui original e todo o Universo.
serve apenas como referência, pois "Perigo! Perigo!", alerta o robô B9, sempre pronto
foram realizadas modificações de
para proteger os Robinson de ameaças alienígenas.
estética e de cor na execução da
Alegoria.

05 ELO PERDIDO Nenhuma outra forma de vida provoca tanto


fascínio como os dinossauros. Os paleontólogos
desbravam territórios desconhecidos para investigar
mais sobre esses grandes répteis que dominaram a
Terra muito antes de nós. Caçadores de fósseis
procuram por vestígios, pistas e elos perdidos, que
podem ajudar a contar a história da evolução de
nosso planeta.
Na ficção, os cientistas encontram a chave que traz
* Essa imagem é do croqui original e esses animais de volta à vida e permite uma viagem
serve apenas como referência, pois ao mundo dos dinossauros. E, na Alegoria da
foram realizadas modificações de Portela, os curiosos pesquisadores ficam frente a
estética e de cor na execução da frente com seu objeto de estudo. Mas descobrem
Alegoria. que a convivência entre homens e dinossauros não é
fácil...

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Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo)


Paulo Barros
Nº Nome da Alegoria O que Representa

06 ELDORADO Da mística cerimônia do povo muisca, que, desde


800 d.C., habita a parte central da Colômbia, nasce a
lenda do “El Dorado”. O cacique se cobre de ouro e,
em um lugar sagrado, oferece aos deuses joias e
pedras preciosas. Dourado como o Sol, ele é uma
santidade para sua tribo. As histórias sobre a região
perdida na selva sul-americana, com imensa
quantidade de ouro, atiçam a cobiça dos
* Essa imagem é do croqui original e conquistadores espanhóis. Muitos aventureiros se
serve apenas como referência, pois arriscam em territórios inóspitos e desconhecidos,
foram realizadas modificações de tentando encontrar tesouros cuja beleza nenhum
estética e de cor na execução da europeu jamais viu ou tocou.
Alegoria.

07 AONDE VOCÊ ME LEVAR, O lugar da águia é nas alturas! Seu destino é cruzar o
EU VOU! azul e tocar as nuvens, chegar ao ponto mais distante
do céu, planando contra o vento, enfrentando
desafios e tempestades, estável, segura, determinada.
E, se o homem descobre novas formas de prosseguir
em sua interminável viagem, o pássaro continua
inspirando a criação humana, inovando sua
performance para atingir a velocidade supersônica.
Nas asas da águia, as janelas se abrem, a rede se
estende e alcança o mundo inteiro. E quem estiver do
* Essa imagem é do croqui original e outro lado, saberá que um sonho é capaz de
serve apenas como referência, pois atravessar gerações apaixonadas e conquistar
foram realizadas modificações de milhares de passageiros que embarcam todos os anos
estética e de cor na execução da na viagem da águia na Avenida! Lá vem, Portela!
Alegoria. Oh, leva eu, me leva ao infinito, oh, leva eu, me leva,
aonde você me levar, eu vou!!!!

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Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Nomes dos Principais Destaques Respectivas Profissões


Abre-Alas
Carlos Reis – Fantasia: O Poderoso Faraó Hair Stylist
Alegoria 02
Waldir Cunha – Fantasia: Rumo ao Desconhecido Empresário
Alegoria 03
Marcília – Fantasia: A Monarquia Liliputiana (rainha) Aposentada
Rodrigo Toti – Fantasia: A Monarquia Liliputiana (rei Analista de Sistemas
Alegoria 04
Carlos Ribeiro – Fantasia: Ser Intergaláctico Empresário
Alegoria 05
Rogéria Meneghel – Fantasia: O Elo Perdido Atriz
Paula Glória – Fantasia: Vestígios do Passado Do Lar
Alegoria 06
Rosane – Fantasia: A Magnitude do Eldorado Empresária
Alegoria 07
Wagner Mendes – Fantasia: Janelas para um Novo Mundo Empresário
Local do Barracão
Rua Rivadavia Corrêa, nº. 60 - Barracão nº. 06
Diretor Responsável pelo Barracão
Moisés
Ferreiro Chefe de Equipe Carpinteiro Chefe de Equipe
Joãzinho Fábio
Escultor(a) Chefe de Equipe Pintor Chefe de Equipe
Rossi Leandro
Eletricista Chefe de Equipe Mecânico Chefe de Equipe
Light City Iluminação Cacau
Outros Profissionais e Respectivas Funções
Nino - Chefe de Fibra
Rogério Azevedo - Chefe de Adereços
André Fuentes - Efeitos Especiais
Outras informações julgadas necessárias:

As imagens dos croquis reproduzidas nas fichas são originais e servem apenas como referência, pois
foram realizadas modificações de estética e de cor na execução das Alegorias.

185
Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2016

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DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
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01 Travessia do Mar A viagem contida no Comunidade Marcelo 2015


Vermelho Êxodo 14 do Velho Sandryni e
Testamento da Bíblia, a Roberta
Travessia do Mar Nogueira
Vermelho em busca da
Terra Prometida, é
apresentada na Avenida.
O Povo de Deus deixa o
Egito, liderado por
Moisés, e ruma para a
liberdade, cruzando o
deserto. Os judeus, nessa
fuga extraordinária,
encontram seu maior
obstáculo: transpor as
águas do Mar Vermelho
para chegar a Canaã.
Para salvá-los, uma força
divina representada pela
águia divide o mar e abre
o caminho pelo qual
filhos de Israel seguem
em segurança até o outro
lado.

186
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02 Velha-Guarda A Velha-Guarda desfila Velha-Guarda Zilmar de São 1932


com seu traje Justo
tradicional.

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03 Fenícios Os maiores navegadores Comunidade DP Harmonia 2002


da Antiguidade seguem
mar aberto na Avenida.
De seus portos no
Mediterrâneo, os fenícios
são os primeiros povos a
explorar a extensa região
costeira até alcançar o
oceano Atlântico. Com
sua grande cultura e
sabedoria, constroem
resistentes embarcações
de madeira, inventam a
escrita para facilitar o
comércio marítimo e
sabem usar o céu como
guia nas longas travessias.
Mestres nas artes da
navegação, os fenícios
traçam seu destino e
lançam esse conhecimento
aos viajantes de todos os
tempos.

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04 Vikings A viagem se agita com a Amor e Paz Rosane 2014
passagem dos lendários Tavares
navegantes vikings na
Sapucaí. Entre os séculos
VIII e XI, esses temidos
guerreiros se lançam às
águas geladas do norte
europeu, dispostos a
invadir e explorar outras
terras. Navegam por longas
distâncias, em barcos
construídos para enfrentar
tormentas em alto-mar e
atacar litorais. As sagas
nórdicas assombram o
mundo, atravessam os
tempos e conquistam seu
lugar na história.
05 Chineses A impressionante frota Comunidade DP Harmonia 2002
chinesa domina os mares
da Ásia e do Índico, de
1405 a 1433. Antigos
relatos de bordo registram
a façanha: “Navegamos no
vasto oceano,
contemplando gigantescas
ondas, enquanto nossas
velas se elevavam
majestosas como
nuvens...”. Suas
expedições marítimas
demonstram o poder da
dinastia Ming, em
grandiosas embarcações
equipadas de lemes e
múltiplos mastros. Os
antigos chineses marcam a
história das navegações,
com sua esplendorosa
cultura e grandes
invenções.
189
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06 Europeus “No meu destino sem fim, Comunidade DP Harmonia 2002


cruzar o azul que é tudo
pra mim...”. Os olhos da
águia se voltam para as
grandes navegações
europeias, que expandem
o mapa do mundo, com a
chegada a novas terras e
continentes. Por mares
nunca d’antes navegados,
a partir do século XV,
pioneiros portugueses e
espanhóis se lançam em
busca de riquezas e glórias
para seus reinos. E, para
alcançar seus destinos,
navegar é preciso... Com o
desenvolvimento das
caravelas portuguesas e de
instrumentos náuticos
avançados, célebres
comandantes enfrentam o
desconhecido e os perigos
dos oceanos, para, enfim,
encontrar terra à vista e
mudar o rumo da história.

190
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07 Piratas Ao longo dos séculos, Comunidade DP Harmonia 202


terríveis piratas
aterrorizam os sete mares.
A bordo de temidos
galeões, rasgam os
oceanos para atacar navios
e saquear todo tipo de
mercadorias e riquezas.
No período das grandes
navegações, atraídos pelos
tesouros do Novo Mundo,
realizam inúmeras
pilhagens em mar aberto,
portos e litorais. Na
Avenida, os famosos
piratas celebram suas
façanhas, embriagados
pela folia. Mas todo
cuidado é pouco, afinal
eles estão sempre prontos
a atacar em qualquer
lugar!

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08 Vinte Mil Léguas Para viajar, imaginar é Comunidade DP Harmonia 2002


Submarinas preciso... Há mais de 140
anos, a imaginação de um
escritor francês leva o
mundo inteiro a embarcar
em suas extraordinárias
viagens. Em Vinte Mil
Léguas Submarinas, os
personagens de Júlio
Verne mergulham nas
profundezas dos oceanos,
com um incrível
submarino e seus
escafandros, enfrentando
desafios e criaturas
abissais. Considerada um
dos grandes clássicos da
literatura, a obra
antecipou invenções e
expedições ao fundo do
mar e continua a inspirar
fantasias de prender o
fôlego na Avenida!

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09 Viagens O que pode existir para Comunidade Marcelo 2015


Interestelares além das estrelas? Sandryni e
Viagens pelas galáxias, Roberta
em espaçonaves Nogueira
futuristas, desafiam o
homem em sua missão de
explorar novos planetas,
audaciosamente indo
onde ninguém jamais
esteve... Inspiradas nesses
mundos desconhecidos,
jornadas imaginárias
invadem o universo da
ficção científica da TV e
do cinema ou de livros e
revistas. Diversas
gerações continuam
vivendo aventuras
interestelares e fazendo
parte da tripulação de um
futuro imaginado.

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10 Em Algum Lugar do Uma inesquecível Comunidade DP Harmonia 2002


Passado história de amor
ultrapassa os limites do
tempo e transporta a
todos para outra época.
Em Algum Lugar do
Passado é um dos
clássicos da ficção que
realiza o eterno desejo
de viajar no tempo. No
romance de 1980, um
homem busca encontrar
o grande amor perdido
em outra vida. Com a
força do pensamento e
antigas lembranças,
como o simbólico
relógio de bolso, ele
consegue voltar ao
início do século XX e
reencontrar a mulher
amada. Embalados pelo
desfile da Portela, os
personagens vivem sua
emocionante história na
Passarela!

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11 O Túnel do As baianas giram na Baianas Jane Carla 1932


Tempo Avenida, simbolizando a
incrível passagem capaz
de levar a qualquer
tempo ou lugar. Na
década de 1960, a ficção
cientifica da televisão
marca o imaginário
popular, ao criar um
imenso túnel que
transporta ao passado e
ao futuro. Direto do
Túnel do Tempo,
cientistas americanos
viajam em arriscadas e
alucinantes missões para
diferentes períodos da
história. A fascinante
imagem de abertura da
série atravessa gerações
e segue girando o sonho
de viajar através dos
tempos.

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12 Soldados das O desejo de navegar pelo Comunidade Marcelo 2015


Viagens de mundo e encontrar terras Sandryni e
Gulliver e povos desconhecidos Roberta
inspira as mais Nogueira
fantásticas aventuras da
ficção. As Viagens de
Gulliver, publicada em
1726, por Jonathan
Swift, é uma obra-prima
da literatura que brinca
com a imaginação e
conduz por
surpreendentes histórias
e lugares, inspirando
inúmeras adaptações e
modernos roteiros de
cinema. Em sua viagem,
Gulliver sobrevive a um
naufrágio e chega a
Lilliput, a ilha de
pequeninos habitantes.
Na Sapucaí, o incansável
exército de soldadinhos
do rei segue em sua
missão de cercar e
aprisionar aquele gigante
por todos os lados!

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13 Amazônia Cercada de mistérios, a Ala das DP Harmonia 1967


Amazônia atrai Damas
aventureiros de todo o
mundo. Muitos
exploradores enfrentam
a densa mata,
fascinados pela
exuberância da
diversidade natural.
Apaixonada pela flora
brasileira, a inglesa
Margaret Mee revela
com tintas e pinceis
algumas das mais belas
espécies de plantas.
Desbrava a quase
desconhecida selva para
produzir suas incríveis
ilustrações. Nos
caminhos da artista, as
Damas da Portela
desafiam a floresta para
florir a Marquês de
Sapucaí.

197
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14 Deserto O Saara é o maior Águia na Renato 1997


deserto quente da Terra. Folia Vasconcelos
Aqueles que ousam
desafiar as extensas
dunas arenosas se
protegem com trajes
que cobrem todo o
corpo, para suportar
violentos ventos e
temperaturas extremas
que podem atingir mais
de 50°C durante o dia.
Destemidos viajantes se
misturam aos nômades
da região e seguem os
passos das caravanas
que atravessam a areia
escaldante. No oásis da
Passarela do Samba,
eles pedem passagem e
levantam poeira!

15 Senhoras Africanas Na África, começa a Feijão da Surica 2005


jornada do ser humano Vicentina
na Terra. As senhoras
africanas da Majestade
do Samba guiam os
aventureiros que partem
para conhecer o berço
de nossa civilização.

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16 África Com muito samba no pé, Passistas Valci Pelé e 1932
o gingado desses Nilce Fran
africanos desafia
qualquer viajante.

17 Safári É hora de percorrer as Bateria Nilo Sérgio 1932


savanas e florestas
africanas. Os safáris
permitem observar bem
de perto a vida selvagem.
Mas é preciso ficar
atento a qualquer
movimento, porque o
perigo está à espreita a
todo instante. Armados
de ritmo e coragem,
esses caçadores de
aventuras lançam-se
pelas selvas, no
andamento da Tabajara
do Samba.

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18 Antártica A vastidão do deserto polar Comunidade DP Harmonia 2002


desafia o homem. Muitos
exploradores enfrentam
enormes geleiras para
contemplar e compreender
as belezas naturais da
ainda tão desconhecida
Antártica. Memórias e
diários de bordo relatam as
épicas e sofridas travessias
dos primeiros
desbravadores da região.
Na Passarela do Samba,
novos aventureiros se
enchem de coragem e
disposição para encarar o
frio extremo e seguir rumo
ao continente branco.

19 Marte A águia mira a imensidão Comunidade DP Harmonia 2002


do espaço. “Em terras mais
distantes me aventurar,
sem saber se um dia vou
voltar”, cantam os
candidatos a participar da
primeira expedição para
colonizar Marte. O
projeto Mars One pretende
enviar, entre 2022 e 2024,
pessoas de diferentes
nacionalidades ao Planeta
Vermelho. Todas prontas
para enfrentar uma viagem
que pode durar meses e
desembarcar em um
mundo inóspito, sem
garantia de regresso. Os
tripulantes dessa missão
partem para o infinito e
além...

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20 Homem das A jornada da humanidade Comunidade DP Harmonia 2002


Cavernas começa há milhões de
anos. Com olhos de águia,
os cientistas procuram por
fósseis, investigam
vestígios, analisam
qualquer evidência para
ampliar o que
conhecemos sobre os
homens da pré-história.
Uma busca constante para
juntar peças perdidas no
tempo e traçar a trajetória
de nossos antepassados
das cavernas, que
descobrem assombrados a
Sapucaí.

21 Múmia Para preservar o corpo em Comunidade DP Harmonia 2002


sua viagem até o outro
mundo, os antigos
egípcios usam o processo
da mumificação. O
fascínio das múmias faz
pesquisadores dedicarem
suas vidas a encontrá-las.
Esses cientistas passam
anos procurando pistas,
resolvendo enigmas que
indiquem o paradeiro de
sepulturas de soberanos e
sacerdotes. Envoltas em
mistérios, as múmias se
deixam revelar na
Passarela do Samba.

201
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22 Santo Graal O cálice que Jesus Cristo Comunidade DP Harmonia 2002


usa na Última Ceia é
cercado de histórias. Ao
longo dos anos, os relatos
em torno desse objeto
sagrado ganham versões e
novos simbolismos,
alimentando o mito. As
lendas estimulam as
especulações e as buscas
de pesquisadores pela
peça. Muitos textos
relacionam as ordens
religiosas, criadas no
século XII para defender
Jerusalém, como guardiãs
do artefato. E, na Avenida,
eles seguem protegendo os
segredos do Santo Graal.

23 Exército de Aqueles que viajam em Comunidade DP Harmonia 2002


Terracota busca de vestígios do
passado também precisam
contar com a sorte. Uma
das maiores descobertas
da arqueologia, o Exército
de Terracota, foi
acidentalmente
encontrado. Mais de oito
mil soldados de argila, em
tamanho natural, guardam
o túmulo do primeiro
imperador da China
unificada. Enterrados há
cerca de dois mil anos
para proteger o soberano
depois de sua morte, os
Guerreiros de Xian se
alinham para a batalha na
Marquês de Sapucaí.

202
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24 Ilha de Páscoa A Ilha de Páscoa, ou Rapa Comunidade DP Harmonia 2002
Nui, no idioma nativo, é
um dos locais habitados
mais isolados do mundo.
Seus moais, grandes
estátuas esculpidas em
rocha vulcânica, despertam
fascínio e atraem
pesquisadores à procura de
respostas. Não se sabe ao
certo por que essas
esculturas, que podem
atingir 10 metros e pesar
80 toneladas, foram
construídas, nem como os
rapanuis conseguiam
transportá-las. Mas, no
carnaval do Portela, os
nativos usam a força
sagrada, como conta o
mito local, para levar os
moais pela Passarela do
Samba.

25 Minas do Rei Na Bíblia, há relatos sobre Comunidade DP Harmonia 2002


Salomão os tesouros de Salomão,
que reinou em Israel. O
poder e a riqueza desse
soberano alimentam
histórias sobre vastas e
inesgotáveis jazidas que
estariam ocultas em algum
lugar da selva africana.
Exploradores e caçadores
de tesouros se lançam à
aventura de encontrar essa
incrível fortuna em ouro.
E, na Passarela do Samba,
o rei Salomão indica os
caminhos do mapa da
mina.

203
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26 Rota da Seda A Rota da Seda é a via Comunidade DP Harmonia 2002


comercial mais
importante de todos os
tempos, que interliga
Oriente e Europa. Por
seu trajeto milenar,
circulam mercadores que
negociam o delicado e
brilhante tecido, cuja
técnica de fabricação os
chineses guardam em
segredo, e muitos
produtos valiosos. No
século XIII, o
comerciante Marco Polo
sai de Veneza e percorre
a longa rota. Ao voltar,
24 anos depois, narra as
maravilhas de sua
viagem até o outro lado
do mundo. No carnaval
da Azul e Branco, ele
parte para fazer mais um
negócio da China!

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27 Rota das A Índia é origem das Ala Mocotó Sérgio 1972


Especiarias especiarias mais Santana
cobiçadas pelos europeus
no século XV. Utilizados
na medicina e para
conservar e dar sabor aos
alimentos, os
condimentos são artigos
de luxo e vendidos a
preço de ouro. A
quantidade de
atravessadores
envolvidos na
comercialização torna o
valor desses produtos
ainda mais alto. Com
isso, os países buscam
novas rotas para
conseguir as mercadorias
direto do Oriente,
mudando o mapa do
mundo. O rajá indiano
chega para temperar a
Sapucaí.

205
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28 Prata de Potosi Conta a lenda que, Comunidade DP Harmonia 2002
quando o imperador inca
tenta extrair a prata das
minas de Potosi, uma voz
forte como o trovão diz:
“Deus reserva essa
riqueza para os que vêm
de longe”. E “os que vêm
de longe” não tardam a
chegar. Com a descoberta
das reservas argentíferas,
em 1545, os
conquistadores espanhóis
começam a desenfreada
caça por tesouros
ilimitados na cidade
boliviana. Na Avenida,
desfila o fascínio do metal
que constrói e derruba
impérios.

29 Caminhos do No Brasil Colonial, Comunidade DP Harmonia 2002


Ouro destemidos bandeirantes
desbravam o sertão à
procura de riquezas
minerais. Partem,
principalmente, de São
Paulo, enfrentando toda
sorte de perigos, para
penetrar as terras ainda
desconhecidas do interior
do país. Ampliam nosso
território e encontram as
primeiras jazidas que dão
início ao ciclo de
exploração do ouro. Esses
polêmicos sertanistas
abrem o caminho do
samba.

206
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30 Viajante – Cidadão O mapa se desenha a Comunidade DP Harmonia 2002
do Mundo cada nova viagem.
Caminhos traçados pelo
homem na aventura de
sua existência. Rotas,
rumos, roteiros a serem
seguidos pelos que
ainda virão. O viajante
não tem raízes, não
pertence a nenhum
lugar, é um cidadão do
mundo. Sempre há uma
nova direção a seguir,
porque, “para viajar,
basta existir...”.

31 Internet Ligar a máquina, linkar Comunidade DP Harmonia 2002


a mente. Ser um
viajante virtual
navegando pela Internet.
O lugar de buscar todas
as viagens, de seguir
todos os mapas, de
chegar a qualquer lugar
do planeta. Voltar,
avançar, procurar e
encontrar. São muitas as
formas inventadas pelo
homem para alcançar
seu destino. Mas a
Internet é o território
livre de acesso a todas
elas, onde o voo mais
alto depende apenas do
desejo de até onde se
quer chegar!

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Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2016

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32 Em Todas as Não há limites para o Explode Egídio 1972


Direções destino humano. A Coração
viagem pode seguir em
qualquer direção. No
final de cada estrada, há
sempre como escolher
por onde recomeçar a
caminhada. De estação
em estação, de janela em
janela, sempre é possível
abrir uma nova opção e
embarcar. Na ponta dos
dedos, é mágico conduzir
a seta, percorrer a tela e,
num clique, descobrir o
que nos separa do outro
lado do mundo: apenas
um segundo!

33 Quem Voar, Verá! Abra a janela e viaje com Comunidade Marcelo 2015
a poesia! Acesse o Sandryni e
Carnaval e ganhe o Roberta
mundo com a Portela na Nogueira
Avenida! Suas asas
batem no ritmo do samba
e essa emoção pode
alcançar os corações dos
destemidos viajantes que
navegam no ciberespaço.
De todos os países, de
todos os idiomas, de
qualquer canto... mas que
queiram cantar! De toda
parte, mas que desejem
como destino a arte. E
que, a cada passo,
descubram que podem
voar ainda mais alto!

208
Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2016

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34 Olhos da Águia Dizem que os olhos da Comunidade DP Harmonia 2002


águia refletem o brilho
do Sol. Sua potente
visão, cinco vezes
superior à do homem, é
nítida, aguçada, tudo ela
vê de longe, tudo ela
percebe: cores mais
intensas, luzes, seres
minúsculos, cada
movimento, o mínimo
detalhe. Viajar com
olhos de águia é abrir
horizontes, descobrir
novas paisagens,
adquirir conhecimento,
força e coragem. É
dominar a melhor
ferramenta de busca
para navegar, procurar,
ir e voltar. Avançar!

209
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Local do Atelier
Rua Rivadavia Corre, 60 – Barracão nº. 06 – Gamboa – Rio de Janeiro – Cidade do Samba
Diretor Responsável pelo Atelier
Rogério Azevedo
Costureiro(a) Chefe de Equipe Chapeleiro(a) Chefe de Equipe
Sueli -
Aderecista Chefe de Equipe Sapateiro(a) Chefe de Equipe
Rogério Azevedo José
Outros Profissionais e Respectivas Funções

Júnior - Arame

Almir - Arame

Paulo - Arame

Devilson - Corte

Outras informações julgadas necessárias

As imagens dos croquis reproduzidas nas fichas são originais e servem apenas como referência, pois
foram realizadas modificações na execução das fantasias, de acordo com materiais disponíveis no
mercado.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Samba-Enredo

Autor(es) do Samba- Samir Trindade, Wanderley Monteiro, Elson Ramires, Lopita 77,
Enredo Dimenor e Edmar Jr.
Presidente da Ala dos Compositores
Jane Garrido, Wanderlei Santana, Walter Alverca e Arlindão
Total de Componentes da Compositor mais Idoso Compositor mais Jovem
Ala dos Compositores (Nome e Idade) (Nome e Idade)
100 Noca da Portela Tiago da Fé
(cem) 83 anos 22 anos
Outras informações julgadas necessárias
Voar nas asas da poesia
Rasgar o céu da mitologia
E nessa Odisseia viajar
Meus olhos vão te guiar, na travessia
E no meu destino sem fim
Cruzar o azul que é tudo pra mim
Enfrentar tormentas e continuar a navegar
Oh, leva eu, me leva,
aonde o vento soprar, eu vou
Oh, leva eu, me leva,
sou livre, aonde sonhar, eu vou
Quisera ir ao infinito
Sentir lugares tão bonitos
Em terras mais distantes me aventurar
Sem saber se um dia vou voltar
E mais além, no elo perdido cheguei
No vai e vem, a chave da vida encontrei
Vou pedir passagem
Em busca do ouro
O seu brilho me fascina
Quero esse mapa da mina, pra achar tesouros
Abre a janela, pro mundo que Paulo criou
Do outro lado alguém pode ver esse amor
Meus filhos vêm me adorar
O samba reverenciar
Abram alas, vou me apresentar
Eu sou a Águia, fale de mim quem quiser
Mas é melhor respeitar, sou a Portela
Nessa viagem, mais uma estrela
Que vai brilhar no pavilhão de Madureira

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Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Bateria

Diretor Geral de Bateria


Nilo Sérgio
Outros Diretores de Bateria
Nilson Simões (responsável repiques e caixas), Jorge André (responsável marcações), Sampaio
Júnior (responsável caixas), Clailton Cacau (responsável chocalhos), Raul Cyrillo (responsável
tamborins), Demétrius (responsável caixas), Arsênio Netuno (responsável cuícas), Vinícius Rato
(responsável caixas), Vítor César (responsável terceiras), Douglas Jorge (responsável caixas),
Sidcley Fernandes (responsável agogôs)
Total de Componentes da Bateria
300 (trezentos) ritmistas
NÚMERO DE COMPONENTES POR GRUPO DE INSTRUMENTOS
1ª Marcação 2ª Marcação 3ª Marcação Rece-Reco Ganzá
12 12 16 0 0
Caixa Tarol Tamborim Tan-Tan Repinique
110 0 30 0 40
Prato Agogô Cuíca Pandeiro Chocalho
01 24 25 0 30
Outras informações julgadas necessárias

Bateria
Nome da Fantasia: Safári
O que representa: É hora de percorrer as savanas e florestas africanas. Os safáris permitem
observar bem de perto a vida selvagem. Mas é preciso ficar atento a qualquer movimento, porque o
perigo está à espreita a todo instante. Armados de ritmo e coragem, esses caçadores de aventuras
lançam-se pelas selvas, no andamento da Tabajara do Samba.

Rainha da Bateria: Patrícia Neri


Nome da Fantasia: Nativa Africana
O que representa: A bela nativa traça a rota dos mistérios das selvas da África, continente que
instiga, seduz e encanta.

Mestre Nilo Sérgio: Herdeiro de Mestre Marçal, Nilo Sérgio é três vezes vencedor do prêmio
Estandarte de Ouro de Melhor Bateria, em 2010, 2012 e 2013, além de ter ganhado o prêmio de
Revelação em sua estreia. É Mestre de Bateria da Portela, desde o Carnaval de 2006.

212
Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Harmonia

Diretor Geral de Harmonia


Tavinho Novelo, Leonardo Brandão, Jeronymo Patrocínio, Valci Pelé, Nilce Fran, Márcio Emerson,
Jorge Barbosa, Sérvolo Alves e Walter Moura
Outros Diretores de Harmonia
-
Total de Componentes da Direção de Harmonia
80 (oitenta) componentes
Puxador(es) do Samba-Enredo
Wantuir e Gilsinho
Instrumentistas Acompanhantes do Samba-Enredo
Vicente Felisberto (1º Cavaco)
Outras informações julgadas necessárias

Wantuir: Wantuir de Oliveira Tavares, mais conhecido no mundo do samba como Wantuir, iniciou
a carreira como intérprete, em 1994, na Acadêmicos da Cubango, agremiação de Niterói. Ao longo
dos últimos 20 anos, defendeu escolas como Porto da Pedra, Tradição, Império Serrano, Unidos da
Tijuca, Grande Rio e Inocentes de Belford Roxo, sendo contemplado duas vezes com o Estandarte
de Ouro, maior e mais importante premiação extraoficial do Carnaval carioca. 2016 é o segundo ano
de Wantuir como intérprete oficial da Portela.

Gilsinho: Filho de Jorge do Violão, músico da Velha-Guarda da Portela, Gilsinho começou sua
carreira em São Paulo, passando por escolas como Vai-Vai, Barroca da Zona Sul e Vila Maria. No
Carnaval carioca, estreou na Portela, em 2006, permanecendo como primeiro intérprete de nossa
agremiação até 2013. Nesse período, além de conseguir forte identificação com a Escola, foi
agraciado, em 2012, com o prêmio Estandarte de Ouro. Após breve passagem pela Unidos de Vila
Isabel, retorna para a Portela no Carnaval de 2016.

Diretor musical: Vicente Felisberto

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Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Evolução

Diretor Geral de Evolução


Tavinho Novelo, Leonardo Brandão, Jeronymo Patrocínio, Valci Pelé, Nilce Fran, Márcio Emerson,
Jorge Barbosa, Sérvolo Alves e Walter Moura
Outros Diretores de Evolução
-
Total de Componentes da Direção de Evolução
80 (oitenta) componentes
Principais Passistas Femininos
Fernanda Coelho, Deisiane Conceição, Tamires Ribeiro e Ana Paula Costa
Principais Passistas Masculinos
Felipe Nascimento, Flávio Portela, Anderson Costa e Vinícius Nascimento
Outras informações julgadas necessárias

Coordenadores da Ala de Passistas:

Valcir Pelé: Herdeiro da tradição de grandes passistas portelenses, em 2012, sagrou-se vencedor do
prêmio Estandarte de Ouro de Melhor Passista Masculino.

Nilce Fran: Passista consagrada na Portela, com passagem pela Estação Primeira de Mangueira, em
2012, foi vencedora do prêmio Estandarte de Ouro de Melhor Passista Feminino.

Nome da Fantasia dos Passistas: África


O que representa: Com muito samba no pé, o gingado desses africanos desafia qualquer viajante.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Informações Complementares

Vice-Presidente de Carnaval
Marcos Falcon
Diretor Geral de Carnaval
Luiz Carlos Bruno
Outros Diretores de Carnaval
Fábio Pavão, Claudinho e Moisés Carvalho
Responsável pela Ala das Crianças
-
Total de Componentes da Quantidade de Meninas Quantidade de Meninos
Ala das Crianças
- - -
Responsável pela Ala das Baianas
Jane Carla
Total de Componentes da Baiana mais Idosa Baiana mais Jovem
Ala das Baianas (Nome e Idade) (Nome e Idade)
86 Maria Inêz Luciana
(oitenta e seis) 87 anos 27 anos
Responsável pela Velha-Guarda
Zilmar de São Justo
Total de Componentes da Componente mais Idoso Componente mais Jovem
Velha-Guarda (Nome e Idade) (Nome e Idade)
110 Sebastião José de Lima Dayse Lúcia Ferreira Jeremias
(cento e dez) 88 anos 60 anos
Pessoas Notáveis que desfilam na Agremiação (Artistas, Esportistas, Políticos, etc.)
Monarco, Surica, Adriane Galisteu, Gracyanne Barbosa, Glória Pires, Sérgio Aguiar, Poliana
Abrito, Mara Luquet e Thais Heredia
Outras informações julgadas necessárias

Luiz Carlos Bruno: Começou no Carnaval, em 1981, como desfilante da Unidos da Tijuca.
Nessa mesma escola, exerceu as funções de Direção de Quadra, Barracão e Chefe de Atelier, até
assumir a Direção de Carnaval, entre 1999 e 2008. Em 2007 e 2008, além de comandar a Direção
de Carnaval, acumulou a função de Carnavalesco, exercendo-a até 2009. Conquistou, pela Escola
do Borel, no Carnaval de 2007, o prêmio Estandarte de Ouro de Melhor Enredo, além de ter feito
a agremiação conquistar o prêmio de Melhor Escola, no ano seguinte. Entre 2011 e 2014, foi
Carnavalesco da Acadêmicos da Rocinha, conquistando três prêmios Samba-net de Melhor
Enredo do Grupo de Acesso e o de Melhor Conjunto de Fantasia. 2016 é o terceiro ano de Luiz
Carlos Bruno como Diretor de Carnaval da Portela.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Comissão de Frente

Responsável pela Comissão de Frente


Paulo Barros
Coreógrafo(a) e Diretor(a)
Paulo Barros, Ghislaine Cavalcanti, Marcelo Sandryni e Roberta Nogueira
Total de Componentes da Componentes Femininos Componentes Masculinos
Comissão de Frente
15 0 15
(quinze) (quinze)
Outras informações julgadas necessárias
Nome da Fantasia: Odisseia de Homero
A Comissão de Frente representa a Odisseia, de Homero, obra literária da mitologia grega que
inaugura as narrativas de viagem. O regresso de Ulisses para sua casa na Ilha de Ítaca dura 20
anos porque o furioso Poseidon lança sobre ele ventos e tormentos. O herói resiste bravamente à
ira do Deus dos Mares para não naufragar e sucumbir ao seu implacável oponente.

Sobre os Coreógrafos:
Ghislaine Cavalcanti: É bailarina formada pela Escola de Danças Clássicas do Teatro Municipal
do Rio de Janeiro, atual Escola Estadual de Dança Maria Olenewa, e pela The Royal Academy of
Dancing. Estudou dança clássica, moderna, espanhola, afro-brasileira, teoria musical, história da
dança e ritmoplastia. Professora de dança e balé clássico, lecionou no AC Ballet Tatiana Leskova.
Trabalhou na Cia. Walt Disney Produções e participou de diversos espetáculos e programas na
televisão espanhola e da Rede Globo. No Carnaval carioca, coreografou a Comissão de Frente da
Beija-Flor de Nilópolis, de 1997 a 2010, conquistando seis campeonatos. Há três anos, Ghislaine
Cavalcanti é coreógrafa da Comissão de Frente da Portela.
Marcelo Sandryni: Ator, ator/dublador, bailarino cantor, coreógrafo e diretor. Formado pela
Escola de Teatro Rosane Goffman, estudou interpretação, com Atílio Riccó e Tizuka Yamazak, e
participou da Oficina de Atores da Rede Globo de Televisão, com Tônio Carvalho. Também é
formado pela Escola de Música Villa Lobos e estudou canto lírico no Conservatório Brasileiro de
Música do Rio de Janeiro, com Sérgio Lavour. No teatro, já foi dirigido por Bibi Ferreira e
Marcelo Saback. É ator/dublador, desde 1997, formado por Hamilton Ricardo. Entre seus
trabalhos, estão produções dubladas da DreameWorks Animations no Brasil, como Os Sem-
Floresta, Madagascar e Moonwalker, onde dublou a voz de Michael Jackson. No Carnaval,
estreou, em 1989, como bailarino, pelas mãos de Edvaldo dos Santos Reis (Mestre Baiano). Em
1999, conheceu Paulo Barros, no G.R.E.S. Arranco do Engenho de Dentro, quando atuava como
bailarino da Comissão de Frente. Desde então, vem acompanhando Paulo Barros em diversas
agremiações, como a Vizinha Faladeira, em 2002, e a Paraíso do Tuiuti, em 2003. Em 2004,
consolida sua parceria com o carnavalesco Paulo Barros e une-se a Roberta Nogueira, assinando a
coreografia da alegoria viva que marcou o Carnaval de 2004: o "DNA", da Unidos da Tijuca,
recebendo diversos prêmios.

216
Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Comissão de Frente

Outras informações julgadas necessárias

Em 2007, Marcelo Sandryni e Roberta Nogueira montam uma Equipe Coreográfica Teatral,
formada por mais de quarenta profissionais da dança e do teatro, e começam a assinar alas e
alegorias coreografadas das Escolas de Samba pelas quais passa o carnavalesco Paulo Barros,
como Unidos do Viradouro, em 2007 e 2008, e Vila Isabel, em 2009, conquistando os
campeonatos de 2010, 2012 e 2014, pela Unidos da Tijuca. Também coreografou as alegorias da
Parada de Natal da Prefeitura do Rio de Janeiro, em 2007, o show de lançamento do Fiat Palio
Adventure Locke, em Pernambuco, em 2008, e os shows de abertura e encerramento da Copa das
Confederações da FIFA, em 2013. Em 2016, atua, pela primeira vez, como coreógrafo da
Comissão de Frente da Portela.

Roberta Nogueira: Começou a carreira artística, em 1993, em Belo Horizonte, sua terra natal.
Fez cursos de teatro, circo, locução, dublagem, dança e vídeo. No teatro, trabalhou em diversos
gêneros: tragédia, comédia, drama e musicais. Dubla desde 1997, em todos os estúdios de
dublagem do Rio de Janeiro, deixando sua voz em filmes e séries, como Matrix, Super Homem, O
Homem Invisível, Dois Homens e Meio, Blacklist e outros. Dirigiu espetáculos de dança, como:
Madrugadas e Passatempo, na Faculdade Angel Vianna. Trabalha com preparação corporal para
atores, desde 2008, e já coreografou peças infantis e adultas. No Carnaval carioca, trabalha como
coreógrafa, desde 2004, com o carnavalesco Paulo Barros e o coreógrafo Marcelo Sandryni.
Juntos criaram uma nova estética para o Carnaval: as alegorias vivas. Ganhou prêmios por
originalidade, em 2004, 2007, 2008, 2010, 2013 e 2014, e foi campeã do Carnaval carioca, em
2010, 2012 e 2014, pelo G.R.E.S. Unidos da Tijuca. Coreografou alegorias vivas para a Parada de
Natal da Prefeitura do Rio de Janeiro, em 2007, o show de lançamento da Fiat, em 2008, e os
shows de abertura e encerramento da Copa das Confederações da FIFA, em 2013. É formada pelo
curso de Método Bertazzo, em 2014, e graduada em Licenciatura em Dança, na Faculdade Angel
Vianna, em 2009. No Carnaval de 2016, atua, pela primeira vez, como coreógrafa da Comissão de
Frente da Portela.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

1º Mestre-Sala Idade
Alex Marcelino 33 anos
1ª Porta-Bandeira Idade
Danielle Nascimento 40 anos
2º Mestre-Sala Idade
Marlon Flores 21 anos
2ª Porta-Bandeira Idade
Rosilaine Queiroz 31 anos
3º Mestre-Sala Idade
Douglas Barbosa 21 anos
3ª Porta-Bandeira Idade
Camyla Nascimento 27 anos
Outras informações julgadas necessárias

1º CASAL DE MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA


Nome da fantasia: Destino sem Fim
Criação do figurino: Paulo Barros
Confecção: Atelier da Escola
O que representa: O casal representa o voo da águia e a trajetória de uma viagem mágica e
inesquecível. A rainha dos céus, livre, ágil e segura, abre suas asas e cruza o azul, empunhando o
símbolo de nobreza e majestade que anuncia a presença da Portela na Avenida.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Outras informações julgadas necessárias

2º CASAL DE MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA


Nome da fantasia: Vikings
Criação do figurino: Paulo Barros
Confecção: Atelier da Escola
O que representa: Os lendários e temidos vikings dominam os mares gelados do norte europeu,
do final do século VIII ao século XI, dispostos a invadir e explorar novas terras. Na viagem da
Portela, o casal de guerreiros navegantes se lança na folia, para conquistar o Carnaval.

3º CASAL DE MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA


Nome da fantasia: Viagens Interestelares
Criação do figurino: Paulo Barros
Confecção: Atelier da Escola
O que representa: A ficção científica explora o universo da imaginação, em populares séries da
TV e do cinema, de revistas e livros. Imagens do espaço sideral ganham o mundo, levando
milhares de pessoas a embarcar em naves incríveis e viver aventuras intergalácticas. O casal da
frota estelar pede passagem e saúda a todos para mais uma fantástica jornada!

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Abre-Alas – G.R.E.S. Portela – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Outras informações julgadas necessárias

1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira:


Alex Marcelino: Começou a carreira como Mestre-Sala, em Nova Iguaçu. Desfilou na Leão de
Nova Iguaçu por dois anos, passando também pela famosa Escola de Manoel Dionísio. Desfilou
na Unidos do Cabral, até chegar ao Império Serrano, que defendeu por seis anos seguidos. Em
2015, estreou como 1º Mestre-Sala da Portela, ao lado de Danielle Nascimento, com quem já
formou par na Escola da Serrinha.
Danielle Nascimento: Filha de Vilma Nascimento, considerada por muitos a maior Porta-
Bandeira da história do Carnaval carioca, e neta de Natalino José do Nascimento, o famoso Natal
da Portela, Danielle Nascimento traz em seu DNA a essência portelense. Iniciou sua carreira, em
1994, no G.R.E.S. Tradição, ano em que conquistou o prêmio Estandarte de Ouro de Revelação.
Permaneceu na Escola de Campinho até 2007, quando se transferiu para G.R.E.S. Império
Serrano. Em 2016, Danielle Nascimento faz seu quarto desfile como 1ª Porta-Bandeira da Portela.
Apresentador: Rhuanderson
2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira:
Marlon Flores: Filho do Mestre-Sala Marcelinho, Marlon Flores aprendeu os primeiros passos
com apenas quatro anos de idade, na Escola do Mestre Manoel Dionísio. Aos sete anos estreou na
Avenida, dançando pela Escola Mirim Mangueira do Amanhã. Passou por agremiações como São
Clemente, Vila Rica e Acadêmicos do Dendê, até chegar a Unidos do Viradouro, Escola pelo
qual, em 2015, estreou como 1º Mestre-Sala do Grupo Especial. 2016 é o primeiro ano de Marlon
Flores na Portela.
Rosilane Queiroz: Iniciou a carreira no Império da Tijuca, em 2003. Entre 2004 e 2009,
defendeu a Inocentes de Belford Roxo, conquistando, em 2006 e 2008, o prêmio Samba-net de
Melhor Porta-Bandeira do Grupo B do Carnaval carioca. Em 2010 e 2012, defendeu a
Acadêmicos do Sossego, de Niterói, e, em 2013, a Unidos de Vila Santa Teresa. Em 2013,
também estreou como 2ª Porta-Bandeira da Portela.
Apresentador: Hélio
3º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira:
Douglas Barbosa: Oriundo do projeto social da Portela, foi Mestre-Sala da Escola de Samba
Mirim Infantes do Lins, sendo chamado para ingressar na escola mãe, Lins Imperial. Na Verde e
Rosa, ocupou, ao longo dos anos, as funções de 3º, 2º e 1º Mestre-Sala. Passou também pelo
Paraíso do Tuiuti, desfilando como 1º e 2º Mestre-Sala. 2016 é o terceiro ano de Douglas Barbosa
como 3º Mestre-Sala da Portela.
Camyla Nascimento: Deu seus primeiros rodopios como Porta-Bandeira na escolinha que a avó,
Vilma Nascimento, comandava na Tradição. Foi também na Escola de Campinho que estreou na
Avenida, sendo a 2ª Porta-Bandeira de sua tia, Danielle Nascimento. Com a arte e o talento da
família Nascimento correndo em sua veia, Camyla faz, em 2016, seu terceiro desfile como 3ª
Porta-Bandeira da Portela.
Apresentador: Eduardo Medeiros

220
G.R.E.S.
IMPERATRIZ
LEOPOLDINENSE

Presidente
LUIZ PACHECO DRUMOND
221
“É o amor...
... que mexe com minha cabeça e
me deixa assim... Do sonho de um
caipira nascem os filhos do Brasil”

Carnavalesco
CAHÊ RODRIGUES
223
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Enredo

Enredo
“É o amor... que mexe com minha cabeça e me deixa assim... Do sonho de um caipira nascem os
filhos do Brasil”
Carnavalesco
Cahê Rodrigues
Autor(es) do Enredo
Cahê Rodrigues, Marta Queiroz e Cláudio Vieira
Autor(es) da Sinopse do Enredo
Cahê Rodrigues, Marta Queiroz e Cláudio Vieira
Elaborador(es) do Roteiro do Desfile
Cahê Rodrigues, Marta Queiroz e Cláudio Vieira
Ano da Páginas
Livro Autor Editora
Edição Consultadas

01 Dicionário Cravo Ricardo Cravo http://www.dicion (On line) Diversas


Albin da Música Albin ariompb.com.br/
Popular Brasileira

02 O Livro de Ouro Ricardo Cravo Ediouro 2003 Diversas


da MPB Albin

03 Enciclopédia da Marcos Antônio Art Editora 1977 Diversas


Música Brasileira Marcondes

04 Viola, Minha Viola Inezita Barroso TV Cultura 1980 a Diversas


2014 gravações

05 Som Brasil Rolando Boldrim TV Globo 1981 Diversas


gravações

06 Empório Brasileiro Rolando Boldrim TV Bandeirantes 1984 Diversas


gravações

07 Empório Brasil Rolando Boldrim SBT 1986 Diversas


gravações

08 Globo Rural - TV Globo 2015 Diversas


gravações

09 Festas e Tradições Melo Morais Filho Ed. USP 1979 Diversas


Populares do Brasil

225
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Enredo

Ano da Páginas
Livro Autor Editora
Edição Consultadas

10 Anuário Estatístico - IBGE 2013 Diversas


do Brasil

11 Plano Municipal Prefeitura de 2012/2016 Diversas


Turístico de Pirenópolis, GO
Pirenópolis

12 Simplesmente Carolina Kotscho Planeta 2007 Diversas


Helena

13 Bem Sertanejo - Michel Teló e Planeta 2015 Diversas


A história da André Piunti
Música que
conquistou o
Brasil

Outras informações julgadas necessárias

Filme:
02 filhos de Francisco – Autor: Breno Silveira – Globo Filmes, Conspiração Filmes, ZCL
Produções e Columbia TriStar do Brasil - 2005

- Consultamos diversos informes sobre a economia de Goiás e, sobretudo, as manifestações


folclóricas e religiosas da cidade de Pirenópolis, GO.

- Ouvimos dezenas de músicas que pudessem, de alguma forma, retratar o universo sertanejo – até
fazer uma seleção que foi usada em trechos da sinopse do enredo.

- Visitamos por três vezes a cidade de Pirenópolis, documentando festas folclóricas e a antiga
residência da Família Camargo – e várias dessas informações estão sendo usadas em figurinos e
alegorias.

- Destaque especial para a reportagem da Revista ÉPOCA, de 01/11/2013, “O Brasil é sertanejo”,


de Luís Antônio Giron, de onde foram extraídos os dados estatísticos apresentados na Justificativa
do Enredo.

226
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

HISTÓRICO DO ENREDO

Se toda história tem início, meio e fim,


A nossa começou assim...

1 – INÍCIO
O universo sertanejo é do tamanho do Brasil. Como condensá-lo num desfile de Escola
de Samba, resumindo-o em seis capítulos, seis carros alegóricos e 32 fantasias?

Esse questionamento nos levou a vários caminhos e o nosso fio condutor era uma
homenagem que a Imperatriz Leopoldinense decidiu fazer à dupla Zezé Di Camargo &
Luciano, uma das mais dignas representantes da música sertaneja. Uma dupla que
cresceu ouvindo Tonico e Tinoco, Alvarenga e Ranchinho, Milionário e José Rico, e
tantas outras que conduziram os irmãos Camargo pelas estradas da vida.

Foi nesse momento de criação que resolvemos pesquisar com grande carinho as canções
que falam da vida sertaneja e não apenas, exclusivamente, aquelas que são rotuladas
como “sertanejas”. Foram muitas idas e vindas ao Dicionário Cravo Albin da Música
Popular Brasileira confrontando semelhanças e diferenças entre o caipira e o sertanejo,
coletando preciosidades que definiam uma mesma realidade: a do brasileiro que vive nas
lonjuras do país e, que, um dia, migra para a cidade grande.

Assistimos diversas vezes o filme 2 filhos de Francisco, dirigido magistralmente por


Breno Silveira. Assumimos, internamente, o compromisso de criar um roteiro próprio
para o desfile, direcionado para um público bem diferente do cinema. Foram muito
importantes, porém, as entrevistas do making of e aí podemos dizer que alguns aspectos
entre cinema e desfile se cruzam. Breno afirmava que entre os principais objetivos do
filme se destacavam a valorização da música sertaneja e, consequentemente, a qualidade
do cinema brasileiro, como porta-voz dessa mensagem.

Defendemos a mesma bandeira, a da Música Sertaneja, que será desfraldada pelo Samba
na Avenida. E quando a direção da Imperatriz decidiu escolher a composição de Zé
Katimba, Adriano Ganso, Jorge do Finge, Moisés Santiago e Aldir Senna como a porta-
voz dessa mensagem, ficamos felizes e orgulhosos. Não poderia ser melhor.

2 – MEIO
Depois de várias reuniões chegamos a uma conclusão importantíssima: a Música
Sertaneja – a Mãe Sertaneja! – seria a narradora do enredo. Falaria do universo sertanejo,
da humildade caipira e nos conduziria por esse Brasil a fora através das obras de seus
filhos: poetas, prosadores, repentistas, cordelistas... e todos os artistas que criaram peças
imortais, falando as coisas do povo, para o povo, do jeito que o povo fala e escreve (isso
227
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

explica o que possa ser interpretado como “erros de concordância” em alguns versos
selecionados).

Além do Dicionário Cravo Albin, recorremos também a gravações de programas de


Rolando Boldrin e Inezita Barroso, na TV. Um deles é emblemático. Depois de uma
apresentação extraordinária da música Ando Devagar, acompanhado por seis violas,
Sater foi entrevistado por Inezita. Ela perguntou como nascera aquela obra prima. O
compositor, então, respondeu com uma humildade caipira. Disse que fora fazer uma
visita ao parceiro Renato Teixeira. Encontrou um violão jogado num canto da sala.
Mesmo faltando uma corda, criou a melodia ali, de uma vez só. Renato ouviu, gostou,
largou o que estava fazendo e compôs a letra na hora também. Depois do jantar, Sater foi
para casa firmar a música. No dia seguinte, recebeu um telefonema de Maria Bethânia,
com quem nunca estivera. Ela queria gravar uma música da dupla. E gravou Ando
Devagar.

Sater arrematou a entrevista com uma observação fantástica (literalmente): “Você pensa
que fomos nós que fizemos, assim tão rápido?” – indagou a Inezita, arrematando: “Isso
já veio pronto lá de cima.”

Naquele mesmo período, nas pesquisas, encontramos um poema psicografado que nos
ajudou durante parte do roteiro, orientando que “nada acontece por acaso.”

Tivemos a oportunidade de conversar com Zezé Di Camargo sobre esses episódios


paralelos e ele deu uma gargalhada gostosa quando soube. Em seguida, lembrou da
madrugada em que compôs É o Amor. Na manhã seguinte, com o disco já quase pronto,
precisava entregar a música que iria estourar no mercado.

“Eu estava no sofá e o Luciano, dormindo no chão. Cantei baixinho para não acordá-lo.
Fiz a música em duas horas” – revelou. Bem, o resto foi com Seu Francisco e aquele
monte de fichas de orelhão, ligando para as emissoras de rádio tocarem a música.

O enredo foi entregue aos compositores em meados de maio. Procuramos dar o clima
mais intimista possível, como numa roda de repentistas. Quadra lotada, diretores,
compositores, ritmistas, componentes, a imprensa, todos lá. As músicas foram
interpretadas por uma dupla sertaneja e o texto lido por Cahê Rodrigues. Na cabeceira da
mesa, Zezé Di Camargo & Luciano que participaram de todo o processo de confecção do
enredo, até mesmo da gravação do CD oficial do Grupo Especial.

O texto do enredo – ou da “Sinopse”, como queiram - está publicado na íntegra, logo


após a Justificativa.

228
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

JUSTIFICATIVA DO ENREDO

3 – FIM
Em recente pesquisa, chamada de Tribos Musicais, o Ibope informou que 73% dos
brasileiros ouvem rádio. Resultantes de entrevistas realizadas nas principais capitais e
regiões metropolitanas, foram apresentados os seguintes percentuais de preferência por
estilos musicais:

Sertanejo – 58%
MPB – 47%
Samba/Pagode – 44%
Forró – 31%

Os números superam os 100% pelo fato de as pessoas ouvirem mais de um estilo e não
apenas um ou outro.

Se na Sapucaí já foram apresentados enredos sobre os mais diferentes estilos musicais,


abrindo as portas do Palco Sagrado do Samba , inclusive para ritmos estrangeiros, ficava
a pergunta: por que não dedicar um desfile para falar da música sertaneja, a preferida do
povo brasileiro, atualmente? A Imperatriz Leopoldinense resolveu enfrentar este desafio.
E o faz, orgulhosamente.

Entre tantos fatores que foram nos incentivando a apostar cada vez mais no sucesso desse
projeto, o que mais nos motivou foi a grande semelhança entre os admiradores do Samba
e do Sertanejo: são trabalhadores que enfrentam grandes dificuldades, mas mantém
sempre a esperança de dar a volta por cima.

Geralmente, são pessoas que fazem da música sua eterna companheira, na alegria e na
dor. Talvez por isso, Samba e Sertanejo sejam assimilados com tanta facilidade de Norte
a Sul do país. São realidades que se esbarram, harmoniosamente. E é chegado o
momento de entrarem na Avenida, de mãos dadas, como os mais autênticos
brasileirinhos.

Ao longo de todo o projeto, desde a sua anunciação ao público, passando pelo show de
apresentação da sinopse, o processo de definição do samba de enredo, o desfile de
protótipos das fantasias e o ensaio técnico no Sambódromo serviram para avaliar que
Samba e Sertanejo, na verdade, são irmãos. Foram criados em regiões diferentes, mas
têm a mesma história para contar: a do Brasil, feita por brasileiros.

Chora cavaco; ponteia, viola


Pega a sanfona, meu irmão, chegou a hora!
229
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

SINOPSE

"É o amor...
que mexe com minha cabeça e me deixa assim...
Do sonho de um caipira nascem os filhos do Brasil"

INTRODUÇÃO

Embalada por violas enluaradas


e sanfonas arretadas,
a Imperatriz foi buscar inspiração
na Música Sertaneja
pra falar com o coração.

Cantará para o povo


como o sonho de um caipira
se tornou realidade.
E enquanto o mundo gira,
o que “era uma vez”,
terá um final feliz.
E acredite: tudo isso foi verdade!

Sem fazer nenhum segredo,


pedimos à Música pra contar
a saga do nosso enredo -
escrito nas pontas dos dedos,
em cordas de dedilhar.

Meus senhores e senhoras,


venham pro meio dessa roda
e ajudem a versejar.
Nosso show começa agora,
e antes que a gente vá embora,
Mãe Sertaneja tem muito pra falar...

1o SETOR: SONHO CAIPIRA


”Prepare o seu coração
Pras coisas
Que eu vou contar
Eu venho lá do sertão
Eu venho lá do sertão
E posso não lhe agradar...”
- DISPARADA (Jair Rodrigues; Autores: Geraldo Vandré e Theo Barros)
230
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

Vou abrir o coração


como se fosse a porteira
da fazenda onde nasci...
Canto as coisas de minha gente.
Gente sofrida,
esquecida nas lonjuras desse país.
Gente que trabalha, semeia, ponteia
e encontra na viola,
um caminho pra ser feliz.
Gente que tem raça, que tropeça e levanta,
e ainda faz graça
quando abraça a sanfona,
embalando a vida que vem lá da raiz.

Não espere um lamento,


não vim aqui pra trazer sofrimento.
Vou falar de minhas andanças,
partidas e cheganças.
Venho com as minhas crianças
e trago na mala muita esperança!

Chego com uma imensa saudade


das riquezas que deixei por lá:
da família reunida em casa,
do rádio em cima da mesa,
da santinha que brilha no altar,
do galo que anuncia a certeza
de um novo dia para se trabalhar;
e da noite que chega,
pedindo cantoria
pra festejar o luar.

No amanhecer, vendo do alto da serra,


a terra parece uma colcha de retalhos.
Tem girassol, soja, sorgo, trigo
e muitos espantalhos se fingindo de amigos
para proteger o milharal.
Os corvos fogem, morrendo de medo
e vão se esconder por trás dos canaviais,
cercados de abelhas rainhas,
que reinam nesse estado verde-esperança,
chamado Goiás!

231
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

2o SETOR: TERRA - SEMEANDO SONHOS

“E a colheita que encheu a tulha,


Da tulha o grão para a cidade vai.
A terra dorme e ele não descansa
Sempre na esperança de colher bem mais...”
- A COLHEITA (Chitãozinho e Xororó; Autores: José Fortuna e Carlos Cezar)

Estamos celebrando a colheita


que nasceu em nossas mãos.
Plantamos grão por grão
e é por isso que festejamos.
Acreditamos que um sonho jamais será em vão.
É daí que vem a nossa união:
eles tocam, versam e eu canto
a nossa alegria!
Pura magia, doce encanto.
Pois “até o presidente come o que eu planto...” (*1)

Em cada plantação existe um segredo,


um pacto entre lavrador e semente,
do nascente ao poente.
O homem precisa de trabalho
para criar os seus filhos
e torná-los honrados,
dourados como a barba do milho.

3o SETOR: MÚSICA – MÃE SERTANEJA

Ponteio da viola, o hino brejeiro


O som brasileiro saudando a nação
Saúda o roceiro, que está na vanguarda
soldado sem farda, herói do sertão!”
- HINO SERTANEJO (Tonico e Tinoco)

Quando nasci,
ganhei uma sublime missão:
cantar o que o povo sente,
no compasso do coração.
Fiquei amiga das rimas,
das roças e vaquejadas,
ajudei a descrever

232
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

tanta terra abençoada...


Entendi o amor das pessoas
e a ele sou submissa,
porque a vida é feita de sonhos,
ideais e compromissos.

Amarro as coisas mais simples,


com as cordas de um violão.
Já falei de seca, do luar do sertão;
já contei muitas histórias, cotidiano banal.
Sou matuta, sou caipira, um rio em curso natural.
Tem gente que não gosta, fala mal do que nem viu.
Mas quem critica o que eu canto,
não conhece o meu Brasil. (*2)

4o SETOR: FÉ E FOLCLORE - PIRENÓPOLIS

“Sou caipira, Pirapora, Nossa


Senhora de Aparecida
Ilumina a mina escura e funda
O trem da minha vida”
- ROMARIA (Renato Teixeira)

Diante do rei, da rainha, seus generais e princesas,


cristãos e mouros cumprimentam Suas Altezas
e partem para o campo de batalha.
Nesta luta só existe uma certeza:
não haverá mortos nem feridos.
Daqui a pouco ouviremos estampidos
dos fogos que anunciam a cavalhada.
Mascarados fazem enorme alarido,
trazendo à rua muita gente interessada.

Salve o divino Espirito Santo, ai ai


Salve o divino Espirito Santo, ai ai
O divino Espirito Santo
Chegô aqui nesta morada
Veio guiando a bandeira
Na poeira das estrada
Veio trazer sua bença
Por nóis muito esperada
- DIVINO ESPIRITO SANTO (Inezita Barroso; Autores: Carlos Piavani, Canhoto, Torrinha
e Antônio Boaventura)

233
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

Não repare a falta de concordância


nem a pobreza de minhas rimas,
elas retratam a alma do povo.
E cantam a vida severina
enganam a saudade, a distância,
juntando mulheres, velhos, crianças
em torno da bandeira do Divino.
O tambor bate com a força
do coração de um menino
Marcando o vaivém
entre a fé e o destino.

Vem gente de toda parte,


pagando promessas de toda sorte,
desde os que brilham nas artes
aos que escaparam da morte.
Carregam cruzes, objetos de cera
e se misturam aos que cantam na feira,
corando as beatas, bulindo as mulatas,
embalando os carreiros
que vêm de longe tocando a boiada.

A fé se multiplica numa infinidade de santos,


Acalentados por Helena,
aos pés de Maria e o poder de seu manto.
E lá vamos nós, pé ante pé,
numa interminável romaria,
que se espicha pela estrada
em busca de uma estrela guia.
De mãos dadas, agradecemos a Deus,
abraçamos irmãos, semeamos a paz
para colher o que a vida nos traz.

5o SETOR: FILHOS DE FRANCISCO... E HELENA

“Nesta longa estrada da vida


Vou correndo não posso parar
Na esperança de ser campeão
Alcançando o primeiro lugar...”
- ESTRADA DA VIDA (Milionário e José Rico)

234
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

Todos querem conhecer a cidade


onde nasceram os filhos de Francisco.
Não o santo, mas o caipira
que acreditava num sonho de verdade.
Comprou sanfona para o mais velho
e uma viola pro irmão,
rogando a Deus que tivessem o dom
de arrastarem a multidão,
cantando as modas do sertão...

Estrearam num caminhão,


cantaram na praça e na estação
percorreram vilas e vilarejos.
Mas como bons sertanejos
se nada carregavam nos bolsos
tinham a família no coração.

“Eu bem queria continuar ali


Mas o destino quis me contrariar
E o olhar de minha mãe na porta
Eu deixei chorando a me abençoar...”
- O DIA EM QUE EU SAÍ DE CASA (Zezé Di Camargo e Luciano)

Longe de casa, escondendo a dor,


foram em busca da felicidade
na terra do progresso,
onde só vence quem é doutor.
Os dois filhos de Francisco
superaram sacrifícios
com justiça e autoridade.
Fizeram o maior sucesso
e venceram com louvor!

Venderam milhões de discos


Espalhando alegria pelo país
E como Dona Helena,
sou outra mãe envaidecida
Uma manteiga derretida...
Pois também ajudei
A gerar esse final feliz

235
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

6o SETOR: OS FILHOS DO BRASIL

Senhoras e senhores
Tenho a honra de convidá-los
Para uma festa sertaneja
Como aqui nunca se viu

O Maior Espetáculo da Terra


Abre as portas e cortinas
Mostrando a meninos e meninas
Que o sonho não partiu

Quero dar Flores em Vida


A essas duas estrelas matutinas
Que iluminam o caminho
da juventude tão querida,
os novos Filhos do Brasil!

E quando me perguntam:
Como é que eles conseguiram tudo isso, minha senhora?
Quem foi que os abençoou?
Ponteio na viola
E tiro a voz lá do fundo
Cantando pra todo mundo:
Foi Deus, Nosso Senhor....
Porque Deus... é Amor.

“É o Amor...
Que mexe com minha cabeça e me deixa assim
Que faz eu pensar em você e esquecer de mim
Que faz eu esquecer que a vida é feita pra viver...
- É O AMOR (Zezé Di Camargo)

Pesquisa, Roteiro e Desenvolvimento:


Cahê Rodrigues, Marta Queiroz e Cláudio Vieira
Maio 2015

Em homenagem à Música Sertaneja,


criada, composta e cantada pelos Filhos do Brasil.

236
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

ROTEIRO CONTEXTUALIZADO
Nosso enredo canta a música sertaneja, se encanta com a obstinação do retirante, conta a
história de pessoas humildes e sofridas, que chegaram à cidade grande para vencer. Ao
contrário da grande maioria de vencedores, eles não eram doutores. Eram caipiras. E
cantavam o amor.
Escolhemos o estado de Goiás como pano de fundo de nossa história e será lá que ela se
desenvolverá em quase toda a trama.
Abrindo as porteiras do coração, traçamos um caminho por uma verdadeira colcha de
retalhos, produzida com o suor dessa gente valente e trabalhadora. É aqui que sonhos
constroem a realidade.
Do alto da Serra Dourada contemplamos a pujança da economia de Goiás, simbolizada na
sua agricultura.
1o SETOR: “SONHO DE CAIPIRA”
A abertura do desfile mostra de forma lúdica alguns elementos que compõem o dia-a-dia da
fazenda, onde o caipira mistura sua fantasia à realidade. Tudo tem vida e alegria.
2o SETOR: “TERRA - SEMEANDO SONHOS”
Sonhos caipiras se encontram no triângulo formado pelas cidades de Goiânia, Anápolis e
Brasília, ponto estratégico do escoamento da produção goiana, uma das maiores áreas
agropecuárias do mundo. É ali que se concentram as maiores plantações do país e fazem
desse estado o recordista nacional de exportação de grãos.
3o SETOR: “MÚSICA – MÃE SERTANEJA”
Nosso enredo se propõe a contar uma história brasileira, feita por brasileiros para outros
brasileiros... pobres, esquecidos na lonjura do sertão. Mas são valentes, sonhadores,
cantadores... Convidamos a música sertaneja para contar a história de sua gente...
4o SETOR: “FÉ E FOLCLORE – PIRENÓPOLIS”
Nossa história começou nas porteiras de Goiás. Passamos por vastas plantações e
percorremos caminhos que só a música conhece. Agora, chegamos à cidade de Pirenópolis, a
terra da família Camargo e de nossos homenageados.
5o SETOR: “FILHOS DE FRANCISCO... E HELENA”
Chegamos a um vilarejo de Pirenópolis, chamado Capela do Rio do Peixe. Ali moram um
caipira chamado Francisco Camargo, sua mulher, Helena, e sete filhos. São muito pobres e
dependem do trabalho desse lavrador, que é um sonhador. Dali, os Camargo migram para
Goiânia. E de lá, Zezé Di Camargo e Luciano partem para São Paulo, onde conquistam o
sucesso.
6o SETOR: “OS FILHOS DO BRASIL”
Assim como Tonico e Tinoco inspiraram gerações sertanejas, Zezé Di Camargo e Luciano
viram exemplos para milhões de brasileiros que saem do interior para tentar uma vida
melhor na cidade grande. Vencem, chegam ao sucesso e inspiram os novos Filhos do Brasil.
A união e o amor de toda uma família são retratados em músicas, que espalham esse
sentimento pelo país.
237
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

ROTEIRO DO DESFILE

1º SETOR – SONHO DE CAIPIRA

Comissão de Frente
O SERTANEJO E SEU CHAPÉU

Tripé 01
PORTEIRA DA FAZENDA

Guardiãs do
1º Casal Mestre-Sala e Porta-Bandeira
DAMAS DA CORTE DA ROÇA

1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira


Rogério Dornelles e Rafaela Theodoro
CASAMENTO NA ROÇA

Ala 01 – Baianas
GIRASSÓIS DA ROÇA

Tripé 02
ABELHA-RAINHA

Alegoria 01 (Abre-Alas)
UNIVERSO CAIPIRA

2º SETOR – TERRA – SEMEANDO SONHOS

Ala 02 – Comunidade
MILHO

Ala 03 – Comunidade
SOJA

Ala 04 – Comunidade
CANA-DE-AÇÚCAR

238
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

Ala 05 – Comunidade
TOMATE

Ala 06 – Comunidade
ALGODÃO

Ala 07 – Nobre
LAVRADORES

Alegoria 02
DOURADA SERRA QUE RELUZ O MEU GOIÁS

3º SETOR: MÚSICA – MÃE SERTANEJA

Ala 08 – Amar é viver


VIOLEIROS

Ala 09 – Surgiu no ato


O CIRCO

Ala 10 – Comunidade
TRISTEZA DO JECA

Ala 11 – Velha-Guarda
TRIBUTO À INEZITA BARROSO

Ala 12 – Comunidade
ROMARIA

Ala 13 – Força Verde


REI DO GADO

Ala 14 – Comunidade
DANÇA SERTANEJA

Alegoria 03
FESTA SERTANEJA

239
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

4º SETOR: FÉ E FOLCLORE - PIRENÓPOLIS

Ala 15 – Comunidade
MASCARADOS

Ala 16 – Comunidade
CAVALHADAS

Ala 17 – Comunidade
PASTORINHAS

Rainha de Bateria
Cris Vianna
RAINHA SERTANEJA

Ala 18 – Bateria
SOU BRASILEIRO, CAIPIRA PIRAPORA

Ala 19 – Passistas
SEGURA, PEÃO!

Ala 20 – Comunidade
IMPERADOR DO DIVINO

Ala 21 – Comunidade
FESTA DO DIVINO

Alegoria 04
A FÉ QUE UNE E FAZ O POVO ACREDITAR

5º SETOR: FILHOS DE FRANCISCO E HELENA

Ala 22 – Comunidade
O RÁDIO

Ala 23 – Crianças
CAMARGO E CAMARGUINHO

Tripé 03
EM BUSCA DE UM SONHO

240
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

Ala 24 – Comunidade
A SAGA DE FRANCISCO E HELENA

Ala 25 – Caprichosos
FUI ENGRAXATE!

Ala 26 – Compositores
É O AMOR!

Ala 27 – Comunidade
O SUCESSO!

Alegoria 05
O SONHO DO CAIPIRA VIRA REALIDADE

6º SETOR – OS FILHOS DO BRASIL

Ala 28 – Tijolinho
SOU MALANDRO CAIPIRA

Ala 29 – Comunidade
ARRAIÁ DA IMPERATRIZ

Ala 30 – Comunidade
FLORES EM VIDA

Ala 31 – Comunidade
FILHOS DO BRASIL

2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira


Marcílio Diamante e Elaine Fernanda
25 ANOS DE AMOR

Ala 32 – Comunidade
CANTANDO O AMOR

Alegoria 06
É O AMOR... QUE MEXE COM A MINHA
CABEÇA E ME DEIXA ASSIM...

241
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo)


Cahê Rodrigues
Nº Nome da Alegoria O que Representa

Tripé PORTEIRA DA FAZENDA Abrindo a porteira do coração, a Imperatriz


01 Leopoldinense convida a todos para um passeio pelo
universo sertanejo. Acompanhado de seus amigos do
dia-a-dia, o caipira será o nosso mestre de cerimônias,
levando-nos a uma viagem contemplada pela
simplicidade, mas inesquecível. Sejam bem-vindos!

Tripé ABELHA-RAINHA Responsável pela polinização entre os girassóis, a


02 abelha sobrevoa, soberana, a plantação em
movimento. Essa majestade guarda o segredo da troca
de sementes e faz do girassol um símbolo de sorte,
sucesso, fama e felicidade em várias partes do mundo.
E esta sorte se espalhou também pelos campos
verdejantes de Goiás.

01 Abre-Alas Uma carroça em formato de viola abre a cortina do


UNIVERSO CAIPIRA Universo Sertanejo, onde tudo passa a ganhar vida ao
som da música. Regidos por um corvo, espantalhos –
sentados em bancos de espigas - formam uma
orquestra, que embala o canto afinado das galinhas.
Como bons caipiras, Francisco e Helena deixam os
sonhos fluírem nas ondas do rádio, que anuncia a
chegada da Coroa da Imperatriz – ornada em grãos de
milho, como pedras preciosas do campo. Os
espantalhos protegem, cantam e festejam a boa safra
que entra na Avenida!

242
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo)


Cahê Rodrigues
Nº Nome da Alegoria O que Representa

02 DOURADA SERRA QUE Aqui pulsa o coração de Goiás, recordista nacional em


RELUZ O MEU GOIÁS produção de grãos. O centro do carro é dedicado ao
lavrador, esculpido em quatro versões – todas
construídas com sementes. As laterais são decoradas
com sacas de soja e a traseira com gigantescos silos
(depósitos), guardando as sementes do amanhã.
Na parte frontal, mãos solidárias - em formato de
raízes -, oferecem parte da produção ao mundo. No
interior do globo, sementes se multiplicam na dança da
vida.
Na decoração, a harmonia entre o rústico e o moderno,
que bem caracterizam Goiás.

03 FESTA SERTANEJA Um gigantesco violão, companheiro inseparável do


sertanejo, serve de palco para a festa arretada. Os
convidados acenam das varandas, suspensas em três
níveis – cujas estruturas são ladeadas por peças da
indumentária do vaqueiro: botas, cintos e fivelas. Mais
de 200 chapéus complementam a decoração, onde
também se destacam 120 violões de verdade – que,
posteriormente, serão doados a projetos sociais.
Dois vaqueiros, com seus berrantes, anunciam que o
desafio nos touros-mecânicos vai começar!

04 A FÉ QUE UNE E FAZ O Trazendo à frente uma réplica da residência da família


POVO ACREDITAR Camargo em Sítio Novo, esta alegoria representa
Pirenópolis, GO. Serve de cenário à cerimônia de
coroação do Imperador, momento marcante da Festa do
Divino – que concentra a fé e a esperança do povo. A
coroa também é uma réplica da que é usada pelo
“Imperador”.
Como num sonho, a esperança é sagrada e, por isso
mesmo abençoada pelo Espírito Santo, simbolizado em
pombas brancas, que saem em revoada, entre estandartes
e ostensórios.
O carro também retrata o artesanato local, na união das
famílias em torno da festa.

243
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo)


Cahê Rodrigues
Nº Nome da Alegoria O que Representa
Tripé EM BUSCA DE UM SONHO Como os retirantes de Portinari, os Camargo deixam
03 Pirenópolis a caminho da capital, em busca de dias
melhores.
Ao centro: Helena, com Luciano ao colo; e Francisco,
segurando Wellington. A partir da esquerda, Walter no
colo de Emival (falecido), Marlene, Zezé e Emanoel,
hoje empresário da dupla. Luciele e Camargo Jr – que
não aparecem – nasceram em Goiânia.

05 O SONHO DO CAIPIRA Enfim, o sucesso! Que nasceu no trabalho incansável de


VIRA REALIDADE Francisco e seus companheiros, ligando insistentemente
de orelhões para as rádios de Goiânia, pedindo para tocar
É o Amor... A música estourou, revelando Zezé Di
Camargo & Luciano para o Brasil.
A dupla já vendeu mais de 25 milhões de discos, ganhou
Grammys latinos e também fez sucesso no cinema – na
parte traseira, a platéia assiste a cenas de 2 filhos de
Francisco. Capas de disco e diversas fotos em backlight
assinalam momentos marcantes da trajetória dos dois
irmãos.

06 É O AMOR... Corações unidos por notas musicais sintetizam o


QUE MEXE COM A MINHA grande Show da Família Camargo, apresentada em
CABEÇA E ME DEIXA quatro níveis: à frente, Francisco e Helena; no plano
ASSIM intermediário, os irmãos e parentes da Camargo; no
palco mais elevado, Zezé Di Camargo & Luciano,
protagonistas do enredo.
Atrás e abençoando a todos, Emival – o Anjo Caipira
citado no samba de enredo.
Era o Camarguinho da dupla inicial e faleceu, ainda
garoto, num acidente de automóvel, no interior de
Goiás. Ele não poderia estar fora desta grande
homenagem, feita com Amor.
A estrutura de ferro, vazada, e muita iluminação
sugerem um palco. E será nele que os homenageados
se apresentarão para o público do Maior Show da
Terra.

244
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Nomes dos Principais Destaques Respectivas Profissões


Simone Drumond Empresária
Nathália Drumond Empresária
Paola Drumond Estudante
Elymar Santos Cantor
Paula Fernandes Cantora
Zezé di Camargo e Luciano Cantores
Dira Paes Atriz
Ângelo Antônio Ator
Zilu Camargo Empresária
Wanessa Camargo Cantora
Camila Camargo Atriz
Igor Camargo DJ
Denilson Ex-Jogador
Luciele de Camargo Atriz
Sérgio Reis Cantor
Gustavo Lima Cantor
Fernando e Sorocaba Cantores
Local do Barracão
Rua Rivadavia Correa, 60 – Barracão 14 – Gamboa – Centro
Diretor Responsável pelo Barracão
Cláudia Cristina
Ferreiro Chefe de Equipe Carpinteiro Chefe de Equipe
Pedro Girão Jorge Machado
Escultor(a) Chefe de Equipe Pintor Chefe de Equipe
Daniel Soave Clécio Régis
Eletricista Chefe de Equipe Mecânico Chefe de Equipe
Kibe Franco
Outros Profissionais e Respectivas Funções

Ronan Marinho - Designer Gráfico em 3D


Ricardo Deniz - Arte em Espuma e EVA
Fabiano - Fibra
Edward Moraes - Chefe de Adereços
Ana - Chefe Almoxarife
Cátia Drumond - Responsável pelas compras
Wilmar - Trabalhos em espelho e acrílico
Juscelino - Esculturas com movimentos

245
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Cahê Rodrigues
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável Ano de

Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

01 Girassóis da Roça Aqui começa nossa Baianas Raul 1958


viagem, como se
estivéssemos
sobrevoando o estado de
Goiás.
Da terra brota o sol em
forma de flor, que faz
girar a economia… Mais
de 70% da produção
nacional de girassóis
vem
de Goiás.
02 Milho Foi no milharal que Comunidade Diretoria de 1959
nasceu o sonho de Carnaval
Francisco, um dos
protagonistas de nossa
história...
Prossegue o passeio
pelas plantações de
Goiás, estado recordista
na produção de grãos.

03 Soja A produção de soja fez Comunidade Diretoria de 1959


de Goiás o recordista Carnaval
nacional de exportação
de grãos... Esta cultura
ocupa mais de 3,2
milhões de hectares do
território goiano.

246
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Cahê Rodrigues
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável Ano de

Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

04 Cana-de-açúcar Lavoura que se espalhou Comunidade Diretoria de 1959


ao longo do litoral Carnaval
brasileiro desde a
chegada dos
portugueses, atualmente
é em Goiás que se
concentram alguns dos
maiores canaviais do
país...

05 Tomate Com a instalação de Comunidade Diretoria de 1959


indústrias alimentícias Carnaval
no Centro-Oeste, Goiás
passou a ser um dos
maiores produtores de
tomates do país...

06 Algodão Simbolizamos na cultura Comunidade Diretoria de 1959


algodoeira a relação do Carnaval
homem e a natureza de
seu trabalho. Catando
algodão, o lavrador
ajuda a vestir a nação...

247
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Cahê Rodrigues
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável Ano de

Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

07 Lavradores Eis o grande herói de Nobre Walter 2001


nossa história: o Pacheco
lavrador, esse
trabalhador determinado,
que enfrenta todos os
revezes para abastecer a
mesa do povo e até
mesmo a do presidente...

08 Violeiros Aqui, começa a segunda Amar é Viver Hélcio Correia 1959


parte dessa viagem,
agora pelo universo da
Música Sertaneja.
Companheira inseparável
de poetas, repentistas e
prosadores, a viola
embala os versos que
construíram a Odisseia
Sertaneja.

09 O Circo Foi o circo mambembe Surgiu no Ato Sandra Borges 1982


de lona desbotada e
remendada, que serviu de
palco para a apresentação
dos artistas populares.
Entre eles as primeiras
duplas sertanejas...

248
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Cahê Rodrigues
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável Ano de

Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

10 Tristeza do Jeca “Nestes verso tão Comunidade Diretoria de 1959


singelo/ Minha bela, Carnaval
meu amor/ Pra você
quero contar/ O meu
sofrer e a minha dor...”
Na voz de Tonico e
Tinoco, que inspirariam
outras duplas, o caipira
abriu o seu coração para
o país...

11 Tributo a Inezita Nossa homenagem à Velha-Guarda Adilson 1959


Barroso cantora, atriz, folclorista,
historiadora,
apresentadora de rádio e
TV, ícone da Velha
Guarda da Música
Sertaneja.

12 Romaria “Como eu não sei rezar/ Comunidade Diretoria de 1959


Só queria mostrar/ Meu Carnaval
olhar, meu olhar, meu
olhar…” Nos versos de
Renato Teixeira, o
caipira olha nos olhos da
santa e expõe toda a sua
verdade: Só lhe resta a
fé…

249
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Cahê Rodrigues
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável Ano de

Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

13 Rei do Gado O gado tem presença Força Verde Wilma 1982


marcante na vida
sertaneja e em sua
música, estabelecendo
paralelos entre patrão x
peão. Goiás possui o
terceiro maior rebanho
bovino do país.

14 Dança Sertaneja Ao som de violas e Comunidade Fábio Batista 2011


sanfonas, arrasta-pés se
espalharam de Norte a
Sul e celebram a música
sertaneja, uma
preferência nacional!

15 Mascarados Nossa próxima escala é Comunidade Diretoria de 1959


em Pirenópolis, terra de Carnaval
nossos homenageados e
uma das principais
referências do folclore
nacional. Com suas
roupas coloridas, os
mascarados vêm à rua
anunciar que a folia já
vai começar...

250
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Cahê Rodrigues
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável Ano de

Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

16 Cavalhadas Simbolizando a luta entre Comunidade Diretoria de 1959


cristãos e mouros, para Carnaval
que o cristianismo
voltasse a imperar na
Península Ibérica, a
cavalhada é um marco da
colonização portuguesa
que ficou em nossa
cultura...

17 Pastorinhas Com sua graça e beleza, Comunidade Diretoria de 1959


as pastorinhas anunciam Carnaval
que é chegada a Festa do
Divino, celebrada 50 dias
após a Semana Santa, no
Domingo do Divino...

* Rainha Sertaneja Rainha de Direção de 2011


Bateria Carnaval
Chris Viana

251
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

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Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Cahê Rodrigues
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável Ano de

Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

18 Sou Brasileiro, É tempo de festa, de Bateria Magno 1959


Caipira Pirapora comemorar a união que a
Imperatriz promove
entre o samba e o
sertanejo – duas marcas
registradas da cultura
brasileira. Nossos
caipiras vão sacudir a
Avenida!

19 Segura Peão Se a dança começou Passistas Diretoria de 1959


arretada, eles agora Carnaval
dizem no pé e mostram
como é que é... Segura,
peão!!

20 Imperador do Ao som de tambores, que Comunidade Diretoria de 1959


Divino a Festa do Divino arrasta Carnaval
multidões pelas ruas de
Pirenópolis, saudando a
figura do Imperador...
Diante do povo, ele será
coroado!

252
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

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Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Cahê Rodrigues
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável Ano de

Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

21 Festa do Divino A festa se materializa Comunidade Diretoria de 1959


num ato de fé, reunindo Carnaval
gente de todas as classes,
que saem em romaria,
conduzindo estandartes,
fazendo orações e
promessas ao Divino
Espírito Santo!

22 O Rádio Chegamos à casa dos Comunidade Diretoria de 1959


Camargo, onde o rádio Carnaval
era o único meio de
comunicação com o
mundo. E alimentava um
sonho: de que dois de
seus filhos formassem
uma dupla sertaneja...

23 Camargo e Com a fé de Francisco, a Crianças Diretoria de 1988


Camarguinho resignação de Helena e a Carnaval
graça de Deus, o sonho
começou a virar
realidade. Os irmãos
Zezé, na sanfona, e
Emival, na viola,
formaram uma dupla de
verdade!

253
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

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Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Cahê Rodrigues
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável Ano de

Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

24 A Saga de Com a perda da casa em Comunidade Bira Dance 2011


Francisco e Pirenópolis, Francisco e
Helena Helena tentaram a sorte
na cidade grande. Ela foi
trabalhar como
doméstica e ele, na
construção civil.
Levaram os filhos e, na
bagagem, o sonho.

25 Fui Engraxate! Com a morte de Emival Caprichosos Ilma 1959


num acidente de carro, o
projeto da dupla
sertaneja foi
interrompido. Nessa
época, Luciano, irmão
mais novo de Zezé,
trabalhava como
engraxate para ajudar à
família.

26 É o Amor! Da inspiração nascem as Compositores André Bonatte 1959


canções que traduzem a
alma do povo. Com Zezé
Di Camargo e Luciano,
os dois filhos de
Francisco que
protagonizam o nosso
enredo, não foi diferente.

254
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Cahê Rodrigues
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável Ano de

Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

27 O Sucesso! A canção É O AMOR Comunidade Diretoria de 1959


explodiu em todo o Carnaval
Brasil, vendendo
milhões de cópias. Zezé
Di Camargo e Luciano
fizeram shows na TV e
nas principais casas de
espetáculo do país,
conquistando os
principais prêmios da
música.

28 Sou Malandro A Imperatriz abre a Tijolinho Regina Cairo 1995


Caipira porteira de seu coração
para receber os irmãos
que vêm de longe. O
malandro de Ramos
veste a sua roupa caipira
e comanda a verdadeira
festa no interior!

29 Arraiá da O arraiá está formado. É Comunidade Diretoria de 2011


Imperatriz o samba colorido de Carnaval
sertanejo, e o sertanejo
na ginga do samba. De
mãos dadas, mostram ao
povo que a alegria é uma
só: o orgulho de ser
brasileiro!

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Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Cahê Rodrigues
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável Ano de

Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

30 Flores em Vida Dizem que a grande Comunidade Diretoria de 1959


homenagem é aquela Carnaval
prestada em vida. E para
representar a nossa
Escola nessa homenagem
a Zezé Di Camargo e
Luciano, aí vêm as
Damas de Ramos...

31 Filhos do Brasil Se os sonhos foram as Comunidade Diretoria de 1959


sementes que Carnaval
germinaram essa
história, eles agora se
transformam em
sementes de amor, que se
espalham pelo país
através de admiradores
da dupla e da música
sertaneja.

32 Cantando o Amor Se toda história tem Comunidade Diretoria de 1959


início, meio e fim, a Carnaval
nossa começou assim...
A Zezé Di Camargo e
Luciano, com o
reconhecimento, o
carinho e o amor da
Nação Leopoldinense!
Seguimos cantando o
Amor!

256
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Local do Atelier
Rua Rivadavia Correia, 60 – Barracão nº. 14 – Gamboa – Centro
Diretor Responsável pelo Atelier
Ray Menezes e Leandro Polycarpo
Costureiro(a) Chefe de Equipe Chapeleiro(a) Chefe de Equipe
Cristiane Machado Rivelino
Aderecista Chefe de Equipe Sapateiro(a) Chefe de Equipe
Leandro Polycarpo Regina
Outros Profissionais e Respectivas Funções

Ray Menezes - Modelagem

Marco Monte - Arte em espuma

Clécio Régis - Pintura de Arte

Paulo - Armações em arame

Vitor - Armações em Vime

Alan - Cortador

Outras informações julgadas necessárias

257
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Samba-Enredo

Autor(es) do Samba- Zé Katimba, Adriano Ganso, Jorge do Finge, Moisés Santiago e


Enredo Aldir Senna
Presidente da Ala dos Compositores
André Bonatte – Vice-Presidente Cultural
Total de Componentes da Compositor mais Idoso Compositor mais Jovem
Ala dos Compositores (Nome e Idade) (Nome e Idade)
85 Zé Katimba Luizinho
(oitenta e cinco) 83 anos 17 anos
Outras informações julgadas necessárias

Chora cavaco, ponteia viola


Pega a sanfona, meu irmão, chegou a hora
Sou brasileiro, caipira Pirapora

Sagrada lida, vida sertaneja


Guardo as lembranças lá do meu torrão
O galo canta anuncia novo dia
Abre a porteira do meu coração
Minhas andanças marejadas de saudade
Semeiam sonhos... felicidade
Ouvir a orquestra espantar, vibrar numa só voz
Dançar ao vento... os girassóis
No amanhã hei de colher, o que hoje for plantar
Visão que o tempo não desfaz
Dourada serra que reluz no meu Goiás

Minha terra...
Sou som do serrado brejeiro
Onde a lua inocente vagueia
Berrante, peão, vaquejada
Tocando a boiada
A estrela que clareia

Sou matuta, ribeira, caipira


Não desgoste de mim quem não viu...ô
Paixão derramada na rima
O encanto da menina
Um pedaço feliz do Brasil

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Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Samba-Enredo

Outras informações julgadas necessárias


Festa... tem cavalhada e romaria
Risos... os mascarados vêm brincar
Na fé que une e faz o povo acreditar
Que um grande sonho pode se alcançar
A esperança do pai... brilhou
Nos filhos que o Brasil... consagrou
Talento e arte, vitória e superação
Que um anjo caipira abençoou
Se toda história tem início, meio e fim
A nossa começou assim
É o amor...
A receita da alegria
Sentimento e magia
A razão do meu cantar
É o amor...
Minha escola na avenida
A paixão da minha vida
Verde é minha raiz
Imperatriz

O SAMBA NARRA A SAGA SERTANEJA


CHORA CAVACO, PONTEIA VIOLA
PEGA A SANFONA, MEU IRMÃO, CHEGOU A HORA
SOU BRASILEIRO, CAIPIRA PIRAPORA
O encontro de dois instrumentos musicais (Cavaco e viola) simbolizam a mistura entre o samba e
o ritmo sertanejo, sintetizando o nosso enredo e conduz ao universo caipira que será apresentado
durante o desfile.
SAGRADA LIDA, VIDA SERTANEJA
GUARDO AS LEMBRANÇAS LÁ DO MEU TORRÃO
O GALO CANTA ANUNCIA NOVO DIA
ABRE A PORTEIRA DO MEU CORAÇÃO
MINHAS ANDANÇAS MAREJADAS DE SAUDADE SEMEIAM SONHOS...
FELICIDADE
OUVIR A ORQUESTRA ESPANTAR, VIBRAR NUMA SÓ VOZ
DANÇAR AO VENTO... OS GIRASSÓIS
É a própria música sertaneja quem conduzirá e nos apresentará o tema abordado no desfile. A
primeira parte do samba nos remete ao bucólico sertão brasileiro, da lida do sertanejo, que como
em um ritual sagrado semeia o chão com sementes e sonhos e fantasias. Em sua imaginação uma
grande orquestra de espantalhos ao emitir sua sonoridade conduz o trabalho e protege a plantação.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Samba-Enredo

Outras informações julgadas necessárias

NO AMANHÃ HEI DE COLHER, O QUE HOJE FOR PLANTAR


VISÃO QUE O TEMPO NÃO DESFAZ
DOURADA SERRA QUE RELUZ NO MEU GOIÁS
É na dourada Serra do Centro-Oeste brasileiro que começamos nossa história. Em Goiás, nosso
sertanejo, sempre na esperança por uma boa colheita, semeia as sementes que alimentam sua vida
e sustentam uma nação.

MINHA TERRA...
SOU SOM DO SERRADO BREJEIRO
ONDE A LUA INOCENTE VAGUEIA
BERRANTE, PEÃO, VAQUEJADA
TOCANDO A BOIADA
A ESTRELA QUE CLAREIA
SOU MATUTA, RIBEIRA, CAIPIRA
NÃO DESGOSTE DE MIM QUEM NÃO VIU... Ô
PAIXÃO DERRAMADA NA RIMA
O ENCANTO DA MENINA
UM PEDAÇO FELIZ DO BRASIL
A trilha sonora para o difícil trabalho nas lavouras e plantações não podia ser outra: a música
sertaneja! O som que traduz todo o sentimento campestre, uma identidade nacional, que através
de suas rimas, versos e melodias difundem um pedaço do Brasil, rico em arte e cultura.

FESTA... TEM CAVALHADA E ROMARIA


RISOS... OS MASCARADOS VÊM BRINCAR
NA FÉ QUE UNE E FAZ O POVO ACREDITAR
QUE UM GRANDE SONHO PODE SE ALCANÇAR
Chegamos a Pirenópolis, dia da Festa do Divino.
A festa religiosa é o cenário para uma das maiores manifestações folclóricas brasileiras: a
Cavalhada. Mascarados, mouros e cristãos colorem a cidade, e une o povo em torno de fé e
esperança.
Pirenópolis, é a Cidade natal de Zezé de Camargo e Luciano. A dupla sertaneja homenageada pela
Imperatriz Leopoldinense no Carnaval de 2016.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Samba-Enredo

Outras informações julgadas necessárias

A ESPERANÇA DO PAI... BRILHOU


NOS FILHOS QUE O BRASIL... CONSAGROU
TALENTO E ARTE, VITÓRIA E SUPERAÇÃO
QUE UM ANJO CAIPIRA ABENÇOOU
SE TODA HISTÓRIA TEM INÍCIO, MEIO E FIM
A NOSSA COMEÇOU ASSIM
Além do talento e da determinação da dupla de cantores Zezé de Camargo e Luciano, um outro
fator foi fundamental para o reconhecimento nacional transformado em sucesso: A determinação
de Francisco e Helena.
O sonho de um pai que se transforma em realidade, abençoado por “um anjo caipira” (Emival,
que formou a primeira dupla - Camargo e Camarguinho - ao lado do irmão Zezé -, e morreu
prematuramente num acidente de automóvel), marcam a trajetória de arte e muita superação.

É O AMOR...
A RECEITA DA ALEGRIA
SENTIMENTO E MAGIA
A RAZÃO DO MEU CANTAR
É O AMOR...
MINHA ESCOLA NA AVENIDA
A PAIXÃO DA MINHA VIDA
VERDE É MINHA RAIZ
IMPERATRIZ
Fechando o desfile da Imperatriz é uma grande homenagem ao maior sucesso da dupla e uma das
maiores músicas brasileiras, reconhecida internacionalmente: É o Amor!
O título simples da composição traduz o maior dos sentimentos, unindo todos, sertanejos e
sambistas, brasileiros natos em busca de um mesmo sonho: ser feliz!

261
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Bateria

Diretor Geral de Bateria


Lolo – Luiz Alberto
Outros Diretores de Bateria
Andinho, Anderson, Clariana, Jean, Caio, Cabral, Tiquinho, Maurão, Júnior e Nego Ed.
Total de Componentes da Bateria
270 (duzentos e setenta) ritmistas
NÚMERO DE COMPONENTES POR GRUPO DE INSTRUMENTOS
1ª Marcação 2ª Marcação 3ª Marcação Rece-Reco Ganzá
12 12 15 01 01
Caixa Tarol Tamborim Tan-Tan Repinique
99 0 36 0 40
Prato Agogô Cuíca Pandeiro Chocalho
0 0 30 0 24
Outras informações julgadas necessárias

Estreando no comando da tradicional bateria gresilense, Mestre Lolo apresentará no desfile um


ritmo forte e cadenciado, permitindo a perfeita combinação entre os diversos instrumentos, e unindo
a tradicional identidade musical da Imperatriz aos elementos rítmicos versáteis, que prometem
sacudir a avenida.

Todas as bossas foram ‘desenhadas’ de maneira que pudessem destacar harmonicamente pontos
fortes do samba-enredo, mas sem deixar de lado a cadência e a manutenção rítmica, no momento de
suas execuções.

Mestre Lolo estreia no comando de uma bateria do Grupo Especial amplamente gabaritado, trazendo
consigo diversas premiações e, principalmente, notas 10 que fizeram dele um dos principais Mestres
da nova geração do carnaval carioca.

Sobre a Rainha da Bateria: Pelo quarto ano consecutivo à frente de nossa “orquestra de
percussão” ocupando o cargo de Rainha de Bateria, a atriz Cris Vianna empresta sua beleza e
simpatia ao desfile Leopoldinense.

262
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Harmonia

Diretor Geral de Harmonia


Junior Scafura
Outros Diretores de Harmonia
Alex, Dudu, Julinho, Serginho, Sergio Roberto, André, Mario, Vitor Hugo, Carlos Jorge, Fabinho,
Haroldo, Chico, Wagner, Coelho, Thiago, Victor, Ricardinho, Fernando, Valnei, Jorginho, Jorge
Luiz, Clebér, Luizinho, Jairo, Tony, Fábio, Wilson e Raul
Total de Componentes da Direção de Harmonia
30 (trinta) componentes
Puxador(es) do Samba-Enredo
Marquinho Art'samba
Instrumentistas Acompanhantes do Samba-Enredo
Primeiro Cavaco: Leandro Thomaz
Cavaco Base: Vinicius Marques
Violão de Seis Cordas: Pedro Marques
Violão de Sete Cordas: Ismael Santos Pandeiro
Tan Tan: PC da Imperatriz
Surdo: Marcelão
Outras informações julgadas necessárias

Puxadores auxiliares no carro de Som: Arthur, Meio Dia, Chicão, Jefinho, Rafael Tinguinha e
Henrique Cesar.

Direção Musical:
O produtor Mário Jorge Bruno é o responsável pela Direção Musical da Imperatriz, tendo como
missão a harmonia vocal e instrumental produzida pelo carro de som para que este encontre o
perfeito entrosamento com o ritmo impresso pela Bateria e o canto emitido pelo corpo de
componentes da Escola.

Mário Jorge é produtor do CD Oficial das Escolas de Samba do Grupo Especial desde 1994 e
acumula durante o Carnaval a responsabilidade de supervisão de mixagem e microfonação da
Bateria nos dias de desfiles na Marques de Sapucaí

Direção Harmonia e Evolução:


Vencedor de tradicionais premiações do carnaval carioca por seu desempenho à frente da
Harmonia da Imperatriz Leopoldinense no carnaval de 2015, Júnior Escafura manteve para o
2016 o mesmo comprometimento e determinação para que o canto e a evolução da escola atinjam
a perfeição e embale não só os componentes mas também todos na Avenida.

Júnior Escafura teve uma importante participação nos últimos carnavais do G.R.E.S. Portela, onde
foi cinco vezes campeão na disputa de samba-enredo, bem como produziu musicalmente a escola
e dirigiu sua harmonia entre os anos de 2006 a 2013.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Harmonia

Outras informações julgadas necessárias

Júnior também atuou como diretor de carnaval na Caprichosos de Pilares (2012/2013), levando a
escola ao campeonato do Grupo de acesso B em 2012, além de conquistar com a Estácio de Sá o
Vice-Campeonato do Grupo A em 2014.

Com o objetivo de unir à tradicional técnica de desfile da Imperatriz uma evolução vibrante e
livre, onde os componentes tenham a liberdade para “brincar” o carnaval, Júnior, através de um
trabalho coletivo com seus diretores auxiliares, realizou um incontável número de ensaios de alas,
na quadra e na avenida, para que no dia do desfile a Imperatriz possa fazer ecoar através dos seus
3200 componentes o canto forte da Corte Leopoldinense.

264
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Evolução

Diretor Geral de Evolução


Junior Escafura
Outros Diretores de Evolução
Alex, Dudu, Julinho, Serginho, Sergio Roberto, André, Mario, Vitor Hugo, Carlos Jorge, Fabinho,
Haroldo, Chico, Wagner, Coelho, Thiago, Victor, Ricardinho, Fernando, Valnei, Jorginho, Jorge
Luiz, Clebér, Luizinho, Jairo, Tony, Fábio, Wilson e Raul
Total de Componentes da Direção de Evolução
30 (trinta) componentes
Principais Passistas Femininos
Jéssica Cruz
Principais Passistas Masculinos
Jhonny Pereira
Outras informações julgadas necessárias

A perfeita evolução revelada pela Imperatriz Leopoldinense ao longo do desfile que apresentamos
tem como respaldo a rotina de ensaios praticados nos meses que antecedem o carnaval. Em função
dessa prática, nossa comunidade se conscientiza da importância individual de cada um daqueles que
compõem nosso quadro geral de desfile. Assim, cientes da responsabilidade da qualidade de sua
evolução para o sucesso do andamento de nossa apresentação oficial, nosso componente é
capacitado para tornar-se o personagem principal de um espetáculo que se expressa de forma mais
completa através do canto e da dança.

Responsável pela ala de passistas: Jorge Magno Bento (Magno)

265
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Informações Complementares

Vice-Presidente de Carnaval
Wagner Tavares Araújo
Diretor Geral de Carnaval
Wagner Tavares Araújo
Outros Diretores de Carnaval
Luiz Drumond Neto, André Bonatte e Paulo César (PC)
Responsável pela Ala das Crianças
Direção de Carnaval
Total de Componentes da Quantidade de Meninas Quantidade de Meninos
Ala das Crianças
100 50 50
(cem) (cinquenta) (cinquenta)
Responsável pela Ala das Baianas
Raul Cuquejo
Total de Componentes da Baiana mais Idosa Baiana mais Jovem
Ala das Baianas (Nome e Idade) (Nome e Idade)
100 Marleny Ferreira Jaqueline Copgue Galvão
(cem) 81 anos 19 anos
Responsável pela Velha-Guarda
Adilson Gomes da Silva
Total de Componentes da Componente mais Idoso Componente mais Jovem
Velha-Guarda (Nome e Idade) (Nome e Idade)
70 Roberto Lima da Costa Flávio Henrique
(setenta) 89 anos 45 anos
Pessoas Notáveis que desfilam na Agremiação (Artistas, Esportistas, Políticos, etc.)
Os cantores Zezé Di Camargo & Luciano, Elymar Santos, Paula Fernandes, Wanessa Camargo,
Sérgio Reis, Gustavo Lima, Fernando e Sorocaba; os atores Chris Vianna (Rainha de Bateria),
Dira Paes, Ângelo Antônio, Camila Camargo e Luciele Camargo; os ex-craques de futebol Zico,
Deco e Denílson; a empresária Zilu Camargo; e o DJ Igor Camargo
Outras informações julgadas necessárias

266
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Comissão de Frente

Responsável pela Comissão de Frente


Deborah Colker
Coreógrafo(a) e Diretor(a)
Deborah Colker
Total de Componentes da Componentes Femininos Componentes Masculinos
Comissão de Frente
14 06 08
(quatorze) (seis) (oito)
Outras informações julgadas necessárias
O sertanejo e seu chapéu

Deborah Colker
O sertanejo é um cara simples
Simples e sofisticado
Elegante e ambicioso
E perto da terra
E perto da estrada
Que leva ao céu
Gosta de uma viola
Gosta e precisa cantar a sua saga
Da pobreza ao sucesso
Merecido
E não perde seu caminho
Sua carruagem
Sua carroça
Seu chapéu
Ele tem um avião mas leva seu irmão
Sua bota e sua galinha
Sempre
Cantando sua sonoridade
Seus refrões
Suas luas sertanejas

Levar a música que preenche a solidão das noites na fazenda - e com ela lembranças, saudades e
desejos -, para ser apresentada nos principais palcos do país. Este, certamente, é um sonho que mora
sob o chapéu do sertanejo e o acompanha a vida inteira, onde quer que vá. Um sonho que, para uns,
vira realidade; e, para outros, ainda virará. Como bem disse Euclides da Cunha: “O sertanejo é, acima
de tudo, um forte.” E tomamos a liberdade para complementar: “É um sonhador também.”
O poema de Débora define o espírito da coreografia que abre a apresentação da Imperatriz, trazendo o
chapéu de palha (elemento cenográfico) como um símbolo da origem humilde dessa brava gente,
trabalhadora, tenaz, movida a esperança. O chapéu, que o protege do sol, é um companheiro
inseparável e, de noite, está presente também nas rodas de viola que se armam sob o luar do sertão.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Comissão de Frente

Outras informações julgadas necessárias

O chapéu é testemunha e companheiro nessa busca incessante por melhores dias, e também vai para a
cidade grande atrás do sucesso. Como num passe de mágica, surgem o palco, câmeras, luzes e muita
ação. A tristeza do Jeca dá lugar ao sucesso de duplas que conquistam a admiração de todo o Brasil – e
entre elas a mais emblemática de todas: Zezé Di Camargo & Luciano, filhos de Francisco e Helena,
homenageados pelo nosso enredo.

E para apresentar nossa Escola, abrindo as porteiras da fazenda e do coração da Nação Leopoldinense,
aí vêm os nossos sertanejos, contando a sua saga e trazendo na bagagem muitas saudades daquelas
noites gostosas, quando até a bicharada da granja e os espantalhos do milharal faziam parte da platéia!

Os dançarinos integram a Companhia Débora Colker. Destaque especial para dois personagens: a
Galinha, interpretada por Esther Dias, e o Espantalho, vivido por Geovani Carvalho.

Um pouco sobre Deborah


A inquietação e o gosto pela diversidade não se tornaram uma marca do trabalho Deborah Colker por
acaso. Criada entre a solidão do estudo do piano clássico e a prática de um esporte coletivo, o
voleibol, a coreógrafa carioca iniciou-se na dança contemporânea como bailarina do Coringa, da
uruguaia Graciela Figueroa, grupo que marcou época no Rio de Janeiro dos anos 1980. Em 1984, a
convite de Dina Sfat, deu início àquela que seria a principal vertente de sua carreira nos dez anos
subsequentes: diretora de movimento.

A rubrica, que acabaria se incorporando ao jargão cênico brasileiro, aplica-se também, e com precisão,
ao papel que desempenhou, por exemplo, na criação dos movimentos dos bonecos-cachorros da TV
Colosso – um marco na programação televisiva infantil brasileira dos anos 1990. Antes ou depois de
fundar, em 1994, a companhia que leva seu nome, Deborah Colker imprimiu sua marca ainda em
territórios tão distintos quanto o videoclipe, a moda, o cinema, o circo e o showbiz. Inscreveu seu
nome, também, na história do maior espetáculo de massa do planeta: o desfile das Escolas de Samba
do Rio de Janeiro, assinando a coreografia de comissões de frente de grandes agremiações, entre elas a
Imperatriz Leopoldinense.

A excelência de seu trabalho como coreógrafa foi honrada em 2001 com o Laurence Olivier Award na
categoria “Oustanding Achievement in Dance" (realização mais notável em dança). Cinco anos mais
tarde, motivava o convite da FIFA para dar vida ao único espetáculo de dança a figurar na grade de
atividades culturais da Copa do Mundo 2006, na Alemanha: Maracanã. Em 2009, assinava a criação
do novo espetáculo do Cirque de Soleil – Ovo, uma viagem lúdica pelo mundo dos insetos. Em 2011
estreou o espetáculo Tatyana adaptação de um clássico da literatura ocidental, e Belle, o balé mais
recente da companhia, de 2014, livremente inspirado em Belle de Jour.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

1º Mestre-Sala Idade
Rogério Dornelles 41 anos
1ª Porta-Bandeira Idade
Rafaela Theodoro 23 anos
2º Mestre-Sala Idade
Marcílio Diamante 31 anos
2ª Porta-Bandeira Idade
Elaine Fernanda 31 anos
Outras informações julgadas necessárias
CASAMENTO NA ROÇA
A história dos protagonistas do enredo, os irmãos Zezé di Camargo e Luciano começa com uma
linda história de amor, vivida por seus pais, o lavrador Francisco e Helena, sua mulher. Eles se
casaram, viveram numa casa humilde em Capela do Rio do Peixe, Pirenópolis-GO, entre um
milharal – fonte de sustento da família – e um rádio, que embalava os sonhos de Francisco de, um
dia, conseguir formar entre seus filhos uma dupla sertaneja que faria sucesso pelo Brasil.

O casamento simboliza a consolidação da família, sua união, perseverança e fé. Na roça,


prevalecem a alegria, cores, a leveza e a humildade, misturadas numa dança que destaca o
entendimento perfeito do casal. Na lapela do noivo, o girassol, símbolo de sorte, união e
harmonia; na barra da saia da noiva, borboletas – símbolos do sagrado ciclo da vida.

Damas da Corte da Roça compõem o séquito e cada uma delas traz para a festa um pouco de sua
produção, para que nada falte aos convidados!

O casamento será celebrado em plena Avenida, na presença de milhares de testemunhas...

1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira


CASAMENTO NA ROÇA

269
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Outras informações julgadas necessárias

Guardiãs do 1o Casal MS-PB


DAMAS DA CORTE DA ROÇA

SOBRE O PRIMEIRO CASAL


O casal Rogério Dornelles e Rafaela Theodoro – Somando o talento e a experiência de vários
Carnavais, esta será a primeira vez que os premiados Rogerinho e Daniela dançarão juntos, com
a responsabilidade de defender o pavilhão leopoldinense. Cada um ao seu estilo acrescentam à
dança que executam as vocações pessoais que garantem o sucesso da apresentação de um casal
que já desfruta do prestigio e do reconhecimento da crítica especializada.

Rogério Dornelles foi formado na base da Mocidade Independente, tendo sido o primeiro mestre-
sala da agremiação ao longo de vários anos, período em que colecionou muitos prêmios, entre
eles o Estandarte e o Tamborim de Ouro.Seu bailado elegante remete ao samba clássico, sendo
considerado um dos mais brilhantes mestres-salas da Era Sambódromo.Tem passagens também
pela Unidos da Tijuca e Portela. Passa a maior parte do ano na Europa, onde mantém uma
oficina de danças brasileiras, com destaque para o Samba.

Rafaela Theodoro é uma das porta-bandeiras mais talentosas do Carnaval Carioca. Sua carreira
se inicia no conceituado projeto de dança comandado pelo mestre Manuel Dionísio, e ganha
destaque com a vitória obtida no concurso promovido pela Vila Isabel com o objetivo de escolher
a segunda porta-bandeira da Agremiação. Convidada para ocupar o cargo de primeira porta-
bandeira da Imperatriz Leopoldinense em 2011, tem recebido ao longo dos anos o merecido
reconhecimento em função da evolução de sua dança.

270
Abre-Alas – G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Outras informações julgadas necessárias

25 ANOS DE AMOR
A dupla Zezé di Camargo & Luciano está comemorando 25 anos de carreira, celebrando Bodas de
Prata com o sucesso! Tudo começou com o hit É o Amor, responsável direto pela venda de mais
de um milhão de cópias no país. No setor dedicado às homenagens à dupla, Marcílio e Elaine
vestem o vermelho da paixão, e dançam entre corações e notas musicais, consolidando um
sentimento que sempre uniu os Camargo. Se a nossa história começa falando de Amor será assim
que ela terminará também.

SOBRE O SEGUNDO CASAL


Marcílio Diamante e Elaine Fernanda formam o segundo casal de mestre-sala e porta-bandeira da
Imperatriz Leopoldinense. A Imperatriz investe em uma dupla de dançarinos capacitados e
gabaritados, ambos formados por escolas tradicionais de dança, e de experiência reconhecida pelos
anos em que atuam no Carnaval Carioca. Marcílio já ocupou o posto de primeiro mestre-sala da
Agremiação.

271
G.R.E.S.
ESTAÇÃO
PRIMEIRA DE
MANGUEIRA

PRESIDENTE
FRANCISCO MANOEL DE CARVALHO
273
“Maria Bethânia – A menina
dos olhos de Oyá”

Carnavalesco
LEANDRO VIEIRA
275
Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Enredo

Enredo
Maria Bethânia – A menina dos Olhos de Oyá
Carnavalesco
Leandro Vieira
Autor(es) do Enredo
Leandro Vieira
Autor(es) da Sinopse do Enredo
Leandro Vieira
Elaborador(es) do Roteiro do Desfile
Leandro Vieira e Comissão de Carnaval
Ano da Páginas
Livro Autor Editora
Edição Consultadas

01 Maria Bethânia - Reynaldo Jardim, MÓBILE 2011 TODAS


Guerreira Ramon Mello e EDITORIAL
Guerrilha Marcio Debellian

02 A Síncope das Marcos Napolitano Editora 2007 TODAS


Ideias: a Questão Fundação Perseu
da Tradição na Abramo
Música Popular
Brasileira.

03 Segredos Reginaldo Prandi São Paulo: 2005 TODAS


Guardados: Orixás Companhia das
na Alma Brasileira Letras

04 Samba de Roda do Dossiê Iphan Dossiê Iphan 2006 TODAS


Recôncavo Baiano

05 Omara & Bethânia Vários Nova Fronteira 2008 TODAS


– Cuba & Bahia
(2008)

06 Maria Bethânia Fotógrafa Marisa 1981 TODAS


Alvarez Lima

07 A Religiosidade Marlon de Souza Tese de - TODAS


Popular na Obra de Silva Mestrado em
Maria Bethânia História pela
UFSJ

277
Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Enredo

Enredo
Maria Bethânia – A menina dos Olhos de Oyá
Carnavalesco
Leandro Vieira
Autor(es) do Enredo
Leandro Vieira
Autor(es) da Sinopse do Enredo
Leandro Vieira
Elaborador(es) do Roteiro do Desfile
Leandro Vieira e Comissão de Carnaval
Ano da Páginas
Livro Autor Editora
Edição Consultadas

08 Verdade Tropical Caetano Veloso Cia das Letras 1997 TODAS

09 Seguindo a Marcos Napolitano Fapesp 2001 TODAS


Canção:
Engajamento
Político e Indústria
Cultural na MPB
(1959 – 1969)

10 Semiótica, Éthos e Rafael Batista Editora CRV 2015 TODAS


Gêneros de Andrade
Discurso nas
Canções-Poemas
de Maria Bethânia

Outras informações julgadas necessárias

Para a realização da pesquisa conceitual e artística que direciona o trabalho de Carnaval


desenvolvido para a Estação Primeira de Mangueira, além da bibliografia citada, vale destacar o
uso das seguintes fontes de consulta:

DOCUMENTÁRIOS SOBRE MARIA BETHÂNIA:

 Pedrinha de Aruanda - Maria Bethânia, de Andrucha Waddington.


 Bethânia Bem de Perto de Eduardo Escorel e Júlio Bressane.
 Maria Bethânia - Música é perfume, de Georges Gachot.

278
Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Enredo

Outras informações julgadas necessárias

MATÉRIAS JORNALÍSTICAS:

 Nelson Motta - “Bethânia em Cena: Esperança, Liberdade e Corações Apaixonados” - O


Globo (Rio de Janeiro) 24 de Janeiro de 1977.
 Ela canta, manda e borda, Revista Marie Claire, Outubro de 2001.
 Maria Bethânia e Fauzi Arap: Em cima do muro, o encontro da música com o teatro”,
Tânia Pacheco. O Globo, 13 de Janeiro de 1977.
 Entrevista Concedida à Revista Playboy,1996
 Uma rainha para o rei. O Pasquim, 05/09/1969

ENTREVISTAS DISPONÍVEIS NO YOU TUBE:

 Homenageada pelo 26º Prêmio da Música Brasileira, Maria Bethânia concede entrevista
exclusiva a José Maurício Machline. A cantora fala sobre a obra, a religião e a infância.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=27Ns3c3BD-Y
 Maria Bethânia entrevistada por: Roberto D'Ávilla; Nélida Piñon e Hermínio Bello de
Carvalho. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=JGdNhnkZlx4
 Entrevista concedida a Marília Gabriela em 1982 – TV MULHER. Disponível em:
http://www.youtube.com/watch?v=Esq_7qcGg6I>. Acesso em: 12 set. 2012.
 Entrevista concedida a Leda Nagle/TV Manchete - década de 1990. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=mrKoDKUNZ5Q
 Programa Ensaio com Maria Bethânia, gravado em 1993. Direção: Fernando Faro.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=fMUsN-_uGtQ

EXPOSIÇÃO MARIA DE TODOS NÓS


Exposição em homenagem aos 50 anos de carreira de Maria Bethânia. Organizada pela cenógrafa
Bia Lessa e pela produtora Ana Basbaum, reuniu 980 fotografias, 302 obras e 120 objetos de 160
artistas, espalhados por 12 salas do Paço Imperial. (Praça XV de Novembro, 48, Centro, Rio de
Janeiro - Em cartaz de três de Julho a treze de setembro de 2015).

DISCOGRAFIA:
(2014) Meus quintais • Biscoito Fino • CD
(2012) Oásis de Bethânia (Maria Bethânia) – Biscoito Fino - CD
(2012) Noite luzidia (Maria Bethânia) – Biscoito Fino – DVD
(2010) Amor, Festa e Devoção (Maria Bethânia) – Biscoito Fino – DVD e CD duplo
(2009) Tua (Maria Bethânia) • Biscoito Fino • CD
(2009) Encanteria (Maria Bethânia) • Quitanda • CD

279
Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Enredo

Outras informações julgadas necessárias

DISCOGRAFIA (CONTINUAÇÃO)
(2008) Omara Portuondo e Maria Bethânia (Omara Portuondo e Maria Bethânia) • Biscoito Fino
(2006) Mar de Sophia (Maria Bethânia) • Quitanda/Biscoito Fino • CD
(2006) Pirata (Maria Bethânia) • Quitanda/Biscoito Fino • CD
(2006) Música é perfume (documentário Maria Bethânia) – Biscoito Fino – DVD
(2005) Que falta você me faz (Maria Bethânia) • Biscoito Fino • CD
(2005) Tempo Tempo Tempo Tempo (Maria Bethânia) • Biscoito Fino • DVD
(2004) Brasileirinho (Maria Bethânia) • Quitanda/Biscoito Fino • DVD
(2004) Outros (Doces) Bárbaros (Doces Bárbaros) • Biscoito Fino • DVD
(2003) Maricotinha ao vivo (Maria Bethânia) • Biscoito Fino • DVD
(2003) Cânticos, preces e súplicas á Senhora dos Jardins do Céu (Maria Bethânia) • Biscoito Fino.
(2003) Brasileirinho (Maria Bethânia) • Quitanda/Biscoito Fino • CD
(2002) Maricotinha ao vivo (Maria Bethânia) • Biscoito Fino • CD
(2001) Maricotinha (Maria Bethânia) • BMG Brasil • CD
(1999) Diamante verdadeiro (Maria Bethânia) • BMG • CD
(1999) A força que nunca seca (Maria Bethânia) • BMG Brasil • CD
(1997) Imitação da vida (Maria Bethânia) • EMI-Odeon • CD
(1996) Ambar (Maria Bethânia) • EMI/Odeon • CD
(1995) Maria Bethânia ao vivo (Maria Bethânia) • PolyGram • CD
(1993) As canções que você fez pra mim (Maria Bethânia) • PolyGram • CD
(1992) Olho-d´água (Maria Bethânia) • PolyGram • CD
(1990) Maria Bethânia - 25 anos (Maria Bethânia) • PolyGram • CD
(1989) Memória da pele (Maria Bethânia) • PolyGram • CD
(1988) Maria (Maria Bethânia) • BMG/Ariola
(1987) Dezembros (Maria Bethânia) • BMG/Ariola
(1984) A beira e o mar (Maria Bethânia) • PolyGram
(1983) Ciclo (Maria Bethânia) • PolyGram
(1982) Nossos momentos (Maria Bethânia) • PolyGram
(1981) Alteza (Maria Bethânia) • PolyGram
(1980) Talismã (Maria Bethânia) • PolyGram
(1979) Mel (Maria Bethânia) • PolyGram
(1978) Maria Bethânia e Caetano Veloso (Maria Bethânia e Caetano Veloso) • PolyGram
(1978) Álibi (Maria Bethânia) • PolyGram
(1977) Pássaro da manhã (Maria Bethânia) • PolyGram
(1976) Pássaro proibido (Maria Bethânia) • PolyGram
(1976) Doces Bárbaros ao vivo (Doces Bárbaros) • Phonogram • LP
(1975) Chico Buarque e Maria Bethânia (Chico Buarque e Maria Bethânia) • PolyGram
(1974) Cena muda (Maria Bethânia) • PolyGram • LP
(1973) Drama 3º ato (Maria Bethânia) • PolyGram
(1972) Quando o carnaval chegar (vários artistas) - participação • PolyGram • LP

280
Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Enredo

Outras informações julgadas necessárias

DISCOGRAFIA (CONTINUAÇÃO)
(1972) Drama (Maria Bethânia) • PolyGram
(1971) Vinícius Bethânia Toquinho (Vinicius de Moraes, Maria Bethânia e Toquinho) • RGE • LP
(1971) A tua presença (Maria Bethânia) • PolyGram
(1971) Rosa dos ventos (Maria Bethânia) • PolyGram
(1970) Maria Bethânia - Ao vivo (Maria Bethânia) • EMI-Odeon
(1969) Maria Bethânia (Maria Bethânia) • EMI-Odeon
(1968) Recital na Boite Barroco (Maria Bethânia) • EMI-Odeon
(1967) Edu e Bethânia (Edu Lobo e Maria Bethânia) • Elenco
(1965) Carcará/De manhã (Maria Bethânia) • RCA Victor • Compacto simples
(1965) Carcará/No Carnaval/Mora na Filosofia/Só eu sei (Maria Bethânia) • RCA Victor •
Compacto simples
(1965) Maria Bethânia (Maria Bethânia) • RCA Victor
(1965) Maria Bethânia canta Noel Rosa.

281
Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

HISTÓRICO DO ENREDO

Filha caçula de José Telles Velloso e Claudionor Vianna Telles Velloso – a popular Dona
Canô – Maria Bethânia Vianna Telles Velloso nasceu numa cidade do Recôncavo
baiano, chamada Santo Amaro da Purificação. Batizada “Maria Bethânia” - por causa da
famosa canção do pernambucano Capiba – por vontade do irmão, o menino de quatro
anos batizado Caetano - a menina franzina de temperamento intempestivo vislumbrou,
num picadeiro de circo mambembe, que seu caminho era o palco.

Em cinquenta anos de carreira, os palcos foram muitos. Do teatro Opinião aos mais de
quarenta espetáculos que estreou, a cantora baiana ganhou notoriedade pela integridade
com que conduziu uma carreira invejável que chega à marca de meio século com o
fôlego e o frescor de quem inicia.

Filha de Oyá – a popular Iansã que comanda o vento e as tempestades - iniciada num
candomblé de ketu, devota dos santos católicos; guarda o Brasil na voz, e em tudo que
leva consigo. Épica, dramática, intensa, seu canto é uma árvore que queima, como tão
bem definiu o poeta Vinícius de Moraes.

Enredo que a Mangueira se orgulha em desenvolver e apresentar no desfile de 2016, sua


vida e obra, é a fina matéria que nos debruçamos para construirmos a narrativa
carnavalesca que propomos. A seguir, a sinopse que apresenta de forma lúdica e poética
os caminhos artísticos e conceituais do enredo batizado MARIA BETHÂNIA – A
MENINA DOS OLHOS DE OYÁ.

Maria Bethânia - A Menina dos Olhos de Oyá

“Baila no vento a mistura perfumada de mel, pitanga e dendê. O morro desce a ladeira
guiado pela filha de Oyá. Cavalga em búfalos de ouro e bronze sobre o raio de Iansã. O
abebé de Oxum faz luzir o caminho que leva à passarela, e por isso, minha gente não
teme quebranto. O alfanje erguido nos defende. O mal se esconde. Arruda, alfazema e
guiné abrem os caminhos. As águas de cheiro perfumam o verde e o rosa. Os tambores
de ketu derramam o axé no cortejo. Cortejo de santo, xirê de orixá. Seu canto é o brado
que saúda quem faz da Avenida o terreiro. Pra quem chega, agô e saravá! O branco reluz.
O opaxorô de Oxalufã firma nossos passos. Nele, apoio seguro: “XEU ÈPA BÀBÁ!”

Corações ao alto. Valei-me meu Senhor do Bonfim. Doces para os santos meninos. Os
balaios erguidos levam as flores. Tal qual na Baixa do Sapateiro - quando o calendário
marca o quarto dia de Dezembro – o “dengo” da baiana se embala no chacoalhar dos
balangandãs. Salve Santa Bárbara! No peito, a guia de contas e o Rosário de Maria.

282
Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

A voz de Bethânia ecoa. Voz ancestral, ventre de águas claras onde repousa o Brasil
menino. Voz que é o Brasil matuto, caboclo e sertanejo. Pátria indígena onde Tupã reina.
Voz que é solo africano, caroço de dendê, água de moringa, búzio de enfeitar trança
nagô. Expressão do Brasil épico e dramático. Colorido feito o cetim que adorna quem
brinca o reisado. Árido, como o barro seco. Grave como o voo sonoro do carcará, rapina
do sertão, música inaugural, grito que se alastra desde o Opinião.

Mergulhada nas canções, Mangueira dá asas aos versos cantados, e, a partir deles, ergue
a fantasia que é o pilar de seu carnaval. Prova do mel puro, doce e cristalino – néctar
musical - da Abelha Rainha. Desfolha o velho livro. Declama a poesia, seleciona poetas,
oferece os mais belos versos. Dá vez ao gesto, faz da folia teatro. Reconstrói o palco,
solo sagrado onde a “bordadeira da canção” reina soberana.

O vento sopra a cortina de confetes e serpentinas, o Recôncavo deságua no Rio tal qual
as águas que lavam os caminhos. Ao longe, a imagem de Nossa Senhora da Purificação.
As vozes da novena; o frescor carregado de axé das águas das quartinhas; os pés que
fazem a poeira subir junto à pele de ouro marrom. No cortejo - em louvor à filha de
Santo Amaro - o “prato-e-faca” ditam o ritmo do samba de roda. Dia de festa, folia e
vadiação. O puxador tira o verso. A flor de chita roça a pele mulata. O cavaco embala a
massa, o pandeiro convoca os bambas.

O palco, a velha Avenida - de tantas homenagens, de tantos carnavais. Espetáculo que


passa. Alegria que desfila. Festa de Momo, mambembe. Errante feito o circo que lhe
encantou quando menina. Céu de lona que a folia ergue agora, palco circense que lhe
dedicamos. Fina poesia onde o trapezista se equilibra. Delírio de Morfeu. Ilusão de
carnaval. Sonho que finda nas cinzas, mas vive eterno, enquanto o verde e o rosa
reinarem na colina.

P.S: Este enredo é uma “rosa sem espinhos” dedicada à Maria Bethânia. Voz que é o
perfume do dendê. A joia encrustada na coroa do Rei. O coité, onde a canção é
“macerada” tal qual folha bendita, e o sumo é a densa pasta verde que tinge a canção
brasileira."

Leandro Vieira (pesquisa, desenvolvimento e texto)

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Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

JUSTIFICATIVA DO ENREDO
O enredo que a Estação Primeira de Mangueira apresenta no carnaval de 2016 é uma
homenagem a uma das mais significativas vozes da Música Popular Brasileira, a cantora
Maria Bethânia.

Com o enredo “Maria Bethânia – A Menina dos Olhos de Oyá” a Estação Primeira de
Mangueira se debruça no universo pessoal e artístico da cantora para construir uma
narrativa carnavalesca que lança luz em aspectos religiosos, em dados associados à
carreira da intérprete, e a sua ligação afetiva com a cultura baiana, sobretudo, com a
cultura local de sua cidade natal, a pacata Santo Amaro da Purificação, localizada na
região do Recôncavo da Bahia.

Sendo assim, o enredo propõe uma trama que “amarra” tudo aquilo que Bethânia tem de
mais intenso para construir uma abordagem artística capaz de traçar um perfil que vá
além da simples sequência de dados históricos com a intenção de narrar sua trajetória
singular.

A Bethânia que a Mangueira apresenta é a Bethânia consagrada à Iansã e Oxum. A


Bethânia “menina” de Oyá tal qual sugere o samba que apresentamos. A Oyá que,
quando em sua versão animalesca, é búfalo, cuja força não pode ser mensurada. A
Bethânia que louva Oxum. Que louva a mão da Oxum que a iniciou, a mão de ouro e
doçura de Mãe Menininha do Gantois.
A Bethânia que saúda o “santo que baixa" nos terreiros. A mesma que se curva diante do
“santo” que se mostra erguido no altar católico. De Santa Bárbara e de Iansã. Dos orixás
e de Nossa Senhora. Do branco que veste o Oxalá mais velho. Da rica veste que cobre o
corpo criança da imagem do Menino Deus.

A Bethânia cuja voz traz a memória do Brasil. Voz que é aquilo que fomos, e que traz
aos ouvidos o sabor daquilo que somos. Brasil indígena, folclórico, mestiço, nordestino e
sertanejo. Voz que soprou o agreste e a poeira do barro seco para os ouvidos de um Rio
urbano e bossa-novista ao estrear soltando sua voz na noite do dia 13 de Fevereiro de
1965 no lendário espetáculo Opinião. Voz que deu contorno autoral e personalíssimo à
canção de João do Vale e fez do “Carcará” uma assinatura que se tornou marca da
dramaticidade e da força interpretativa de seu canto.

Bethânia de tantas canções, de tantos compositores. Do nobre título de Abelha Rainha.


Da discografia que assegura a inclusão de seu nome na história da MPB. Voz que rasga
em protesto, que sangra os corações dilacerados pelas paixões intensas, que consola as
dores dos que amam, que faz rezar, que une o religioso, e o profano. A “cantriz” –
mistura de cantora e atriz como ela se define. A Bethânia do palco. Dos shows
transformados em recitais poéticos. Das apresentações públicas impregnadas da
284
Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

dramaticidade teatral que fizeram com que a escritora Clarice Lispector traduzisse a
presença de Bethânia no palco com a expressão “faíscas”.

A todas essas “Bethânias” soma-se a Bethânia de Santo Amaro da Purificação. A


Bethânia da novena, devota de Nossa Senhora da Purificação, amante dos festejos
populares tradicionais. A “Bethânia bem à brasileira” com a “cara” da Mangueira. A
Bethânia que traz a Bahia para o Rio. A Bethânia que no título que batiza nosso enredo
chamamos de “menina” – deixando-a tão próxima de nós - e a quem dedicamos nosso
carnaval, cuja permissividade e poesia nos permite que a ofertemos um circo em verde e
rosa, para que ela encontre – cinquenta anos depois - o palco circense que a fez sonhar,
desejar, e vislumbrar, a carreira que escolheu para seguir.

A seguir, um resumo setorizado da construção artística e conceitual daquilo que


propomos enquanto enredo. Para cada setor, uma contextualização distinta, a fim de
ilustrar o desdobramento da narrativa carnavalesca que apresentamos.

PRIMEIRO SETOR – “CABEÇA FEITA” NUM CANDOMBLÉ DE KETU.

Mergulhada na complexidade que envolve o universo religioso de origem africana, a


Estação Primeira de Mangueira inaugura a abordagem de seu carnaval debruçada em
referências que apresentam aspectos religiosos da cantora que homenageia. Iniciada num
candomblé de Ketu pela famosa ialorixá baiana popularmente conhecida como Mãe
Menininha do Gantois, Maria Bethânia é iniciada a Oyá e Oxum, tendo em Oyá – ou
Iansã como é mais conhecida - o seu eledá (guardiã ancestral) e a sua personificação
mais definidora. A cantora professa publicamente sua fé no candomblé – nos deuses e
nos ritos que envolvem a prática – levando para a vida particular, para o palco, e para a
sua extensa obra musical, as marcas de sua ligação com o candomblé ancestral de uma
das mais populares casas de Ketu da Bahia e a sua particular veneração pelas orixás de
seu orí (cabeça).

SEGUNDO SETOR – BETHÂNIA: DOS ORIXÁS E DOS SANTOS DE ALTAR.

Ainda mergulhada nos aspectos religiosos e devocionais da cantora, a narrativa


carnavalesca que propomos enquanto enredo lança luz em outro dado fundamental para o
entendimento da religiosidade presente na vida e na obra de Maria Bethânia: a devoção
católica e o sincretismo religioso. Ao mesmo tempo em que é “filha de Iansã”, adepta e
praticante do candomblé, a cantora consagra-se como filha de Nossa Senhora e devota de
santos católicos que, juntos, formam a totalidade de sua fé. Bethânia transita entre o
catolicismo e a religião afro-brasileira de maneira bem próxima ao modo que a cultura
popular os une: o pertencimento a uma não significa a exclusão da outra. Para apresentar
tal particularidade, as alas que abrem o setor saúdam os orixás enquanto as que encerram,
dão vez a signos comumente associadas à devoção de santos católicos como São João,
Santa Bárbara, São Cosme, São Damião, e ao Menino Deus.
285
Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

TERCEIRO SETOR – UM BRASIL GUARDADO NA VOZ, UM BRASIL NO


OPINIÃO.

Maria Bethânia traduz a identidade brasileira na voz e sua arte é um testemunho de


registro histórico no Brasil. Entendendo que seu canto aponta para a tradução da
formação cultural e musical brasileira em letra e música, o setor mergulha nas referências
musicais de sua formação plural para apresentar os “traços” de reconhecida brasilidade
na voz da intérprete. Assim, apresentamos a genética tupi da raiz de seu canto e o sabor
nordestino da voz que “sopra o agreste” em nossos ouvidos. Voz que resgata a tradição
rural e interiorana de um Brasil original, de gosto afro-brasileiro, sertanejo e festivo. O
setor se encerra com a Alegoria que traz o Carcará – ave sertaneja, estrela da composição
de João do Vale – música inaugural, e marco da trajetória artística da cantora, por ser a
canção que apresentou ao Brasil o talento interpretativo da baiana que surgiu como um
berro de brasilidade brotando da experiência de um pedaço de Brasil em estado bruto.

QUARTO SETOR – CELEBRANDO A OBRA MUSICAL DA “ABELHA


RAINHA.”

O setor lança luz em alguns sucessos da trajetória artística da cantora. Conceitualmente, a


sequência de fantasias se apresenta como um “pot-pourri” de sucessos musicais
associados à carreira de Bethânia. Canções como Explode Coração (Gonzaguinha), Mel
(Caetano Veloso e Wally Salomão), Esotérico (Gilberto Gil), Fera Ferida (Roberto e
Erasmo Carlos), Rosa dos Ventos (Chico Buarque de Holanda) e Oração à Mãe
Menininha (Dorival Caymmi) ditam a construção estética do setor que apresenta um
perfil musical que contempla os principais compositores gravados por Maria Bethânia ao
longo de sua trajetória musical. Sem preocupar-se com a cronologia das canções, o
“medley” musical transformado em material para a construção conceitual do setor
encerra-se com a alegoria que festeja os cinquenta anos de carreira da cantora brasileira
celebrada com o titulo de Abelha Rainha da MPB.

QUINTO SETOR – MANGUEIRA APRESENTA “O PALCO” DE MARIA


BETHÃNIA.

Ao longo de sua carreira, Maria Bethânia protagoniza espetáculos cujos roteiros são
pensados a partir da minuciosa organização intertextual de excertos literários e canções
que geram uma dramaturgia integral em suas apresentações. O quinto setor apresenta “o
palco” como lugar para literatura, poesia e teatro. Aborda a paixão de Bethânia pela
palavra dita, revela a predileção e a presença de Fernando Pessoa e Clarice Lispector em
sua obra, além de lançar luz nos célebres espetáculos de carreira da cantora. Shows que
reforçam a marca de sua atuação de "cantriz" - mistura de cantora e atriz – como o
antológico Rosa dos Ventos, Drama-Luz da Noite, A Cena Muda, Pássaro da Manhã, e
os mais recentes, Brasileirinho e Dentro do Mar tem Rio, são abordados entre as fantasias
e a Alegoria que encerra o setor.
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Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

SEXTO SETOR – SANTO AMARO E O CÉU DE LONA VERDE E ROSA.

O último setor apresenta aspectos culturais da cidade natal da cantora que


homenageamos. Nesse contexto, Santo Amaro da Purificação – no Recôncavo Baiano –
“desfila” suas principais tradições em louvor a sua ilustre filha. A Devoção que saúda
Nossa Senhora da Purificação, as baianas da Lavagem do adro da Igreja, o terno de Reis
de Dona Canô, o folguedo popular intitulado Nego Fugido, e as saias multicoloridas das
baianas do samba de Roda, dão o tom festivo que finda nossa apresentação trazendo o
Recôncavo para o desfile da Mangueira. O setor encerra-se com a passagem de um circo
mambembe, lúdica reinvenção do circo que passou em Santo Amaro, fazendo com que a
menina “franzina” batizada Maria Bethânia Vianna Telles Velloso despertasse interesse
pelos palcos, e pela carreira artística.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

ROTEIRO DO DESFILE
PRIMEIRO SETOR – “CABEÇA FEITA” NUM CANDOMBLÉ DE KETU

Comissão de Frente
A MÃE DO ENTARDECER – O BALÉ DAS
GUERREIRAS OYÁ

1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira


Raphael Rodrigues e Squel Jorgea
O AXÉ DO CANDOMBLÉ

Guardiões do
1º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira
EKEDIS

Ala 01 – Nação Mangueirense


(Comunidade)
TAMBORES DE KETU

Ala 02 – Velha-Guarda
HERANÇA ANCESTRAL

Tripé Tripé
Personalidade ligadas à Mangueira
GRUPO DE
MANGUEIRENSES ILUSTRES
Tripé Tripé

Abre-Alas
OYÁ E OXUM – ORIXÁS DE FRENTE

SEGUNDO SETOR – BETHÂNIA: DOS ORIXÁS E DOS SANTOS DE ALTAR

Ala 03 – Carcará / Estrela Iluminada


SAUDAÇÃO AOS ORIXÁS
MASCULINOS

288
Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

Ala 04 – Sempre Mangueira (Comunidade)


SAUDAÇÃO AOS ORIXÁS VELHOS

Grupo de Musas
EWÁ / IEMANJÁ / OBÁ

Ala 05 – Baianas Granfinas / Embaixadores


SAUDAÇÃO AS YABÁS

Ala 06 – Coração Verde Rosa


XÊU ÈPA BÀBÁ (OXALÁ)

Elemento Cenográfico
ESTANDARTE DE DEVOÇÃO CATÓLICA

Ala 07 – Ala das Crianças


SALVE COSME E DAMIÃO

Ala 08 – Baianas
VIVA SANTA BARBARÁ!

Alegoria 02
ALTAR DE DEVOÇÃO CATÓLICA

TERCEIRO SETOR – UM BRASIL GUARDADO NA VOZ, UM BRASIL NA


OPINIÃO

Ala 09 – Pantera / Realidade


VOZ DO BRASIL MENINO - INDÍGENAS

Ala 10 – Raiz Mangueirense


VOZ DE UM BRASIL REGIONAL

Elemento Cenográfico
BALANGANDÃ – SÍMBOLO DE
NEGRITUDE

Ala 11 – Acnã / Amigos do Embalo


SABOR NORDESTINO

289
Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

Ala 12 – Somos Mangueira


“TOQUE” SERTANEJO

Grupo de Musas da Comunidade


“O VOO DE UMA CANÇÃO”

Alegoria 03
VOA CARCARÁ

QUARTO SETOR – CELEBRANDO A OBRA MUSICAL DA ABELHA


RAINHA

Ala 13 – Compositores
HOMENAGEM AOS CANTORES DO
RÁDIO

2º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira


Matheus Olivério e Débora de Almeida
“MEL”

Ala 14 – Eles e Elas / Nós Somos Assim


“EXPLODE CORAÇÃO”

Ala 15 – Passistas
“ESOTÉRICO”

Rainha de Bateria
Evelyn Bastos

Ala 16 – Bateria
“FERA FERIDA”

Ala 17 – Grupo Teatralizado


“ROSA DOS VENTOS”

Ala 18 – Amor à Mangueira (Comunidade)


“ORAÇÃO À MÃE MENININHA”

290
Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

Destaques de Chão
Alcione e Rosemary

Alegoria 04
ABELHA RAINHA

QUINTO SETOR: MANGUEIRA APRESENTA “O PALCO” DE MARIA


BETHÂNIA

Ala 19 – Sambar Com a Mangueira


(Comunidade)
“POESIA EM CENA”

3º Casal de Mestre-Sala e Porta-Bandeira


Matheus Silva e Vitória Viana
IMAGENS POÉTICAS DE FERNANDO
PESSOA E CLARICE LISPECTOR

Ala 20 – Vendaval / Aliados


DRAMA – LUZ DA NOITE / SHOW DE
1973

Ala 21 – Moana / Au Au Au
A CENA MUDA / SHOW DE 1974

Ala 22 – Seresteiros / Vem Comigo


PÁSSARO DA MANHÃ / SHOW DE 1977

Alegoria 05
BETHÂNIA “EM CENA”

SEXTO SETOR: SANTO AMARO E O “CÉU DE LONA VERDE E ROSA”

Ala 23 – Brasinhas e Brasões / Gatinha e


Gatões
“ALÔ MEU SANTO AMARO”

Ala 24 – Mimosas / Depois Eu Digo


SALVE NOSSA SENHORA DA
PURIFICAÇÃO

291
Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

Ala 25 – Avante Mangueira


LAVAGEM DA PURIFICAÇÃO

Ala 26 – Apaixonados pela Mangueira


(Comunidade)
VIOLEIROS DO TERNO DE REIS

Ala 27 – Sangue Verde e Rosa


(Comunidade)
NEGO FUGIDO

Ala 28 – Explode Coração


SAMBA DE RODA

Alegoria 06
CÉU DE LONA VERDE E ROSA

Grupo de Encerramento
AMIGOS DE BETHÂNIA

292
Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo)


Leandro Vieira
Nº Nome da Alegoria O que Representa

01 OYÁ E OXUM – ORIXÁS DE O ABRE-ALAS da Estação Primeira de Mangueira


FRENTE apresenta-se contextualizado com o conceito de uma
abertura de desfile que aborda questões associadas à
ligação entre a homenageada e o candomblé.
Louvando às Orixás mais celebrados por Bethânia, lança
luz nas deusas iorubanas “donas de sua cabeça.”
Iniciada num candomblé de Ketu, Maria Bethânia é
consagrada a Oyá (também conhecida como Iansã) e
Oxum. Assim sendo, a estética geral da alegoria dialoga
com o universo estético “afro” tendo o primeiro modulo
debruçado nos mitos e signos associados à Oyá, e o
segundo, debruçado no universo que envolve Oxum.
Orixá das tempestades, Oyá é a deusa do panteão
africano que, em sua porção animalesca, apresenta-se
como um búfalo selvagem tal qual narram os mitos
iorubás que tentam dar conta de seu aspecto valente e
arredio. O búfalo, simboliza o aspecto viril, instintivo e
combativo da orixá. Segundo a mitologia, o bambuzal é
o seu domínio, e nele, seus filhos buscam proteção. Em
função disso a alegoria apresenta a arrebatadora imagem
de búfalos arredios em meio a um bambuzal. Em
destaque, a escultura de uma cabeça negra ricamente
adornada faz menção à presença da deusa, senhora dos
ventos por nós saudada, “orixá de frente” da
homenageada, e apresentada por meio de elementos
associados aos mitos e signos que envolvem sua
mitologia especifica.
A seguir, o segundo módulo saúda Oxum e debruça sua
construção estética na mitologia que a apresenta como a
deusa que habita as águas doces. Cantada e celebrada por
Bethânia ao longo de sua carreira, a orixá tem
preferência pelo ouro e seus atributos estão associados à
riqueza. Para mencionar o universo associado a orixá, as
águas correm pela alegoria a fim de revelar a “rainha”
dona dos rios e das cachoeiras. As variadas tonalidades
de ouro e os búzios que enfeitam a vaidosa orixá marcam
a cenografia geral da alegoria que conjuga rusticidade e
luxo para apresentar uma versão africanizada do
universo de uma das mais populares deusas do panteão
africano.

293
Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo)


Leandro Vieira
Nº Nome da Alegoria O que Representa

01 OYÁ E OXUM – ORIXÁS DE Destaque de Luxo Central (Primeiro Módulo) –


FRENTE Eduardo Leal / O Mito da transformação de Oyá em
(Continuação) búfalo: Os mitos iorubás apresentam Oyá/Iansã como uma
deusa cheia de encantos. Um dos mais afamados e célebres
poderes atribuídos à “rainha dos raios” é sua capacidade de
transformar-se em búfalo – animal associado à virilidade.
Não é à toa que um dos símbolos da orixá é o chifre do
animal que ela carrega pendurado. Segundo as lendas,
assim ela vivia, como um búfalo na beira de um riacho.

Personalidade principal (Primeiro Módulo) – Nelson


Sargento / O axé da Mangueira: O baluarte, presidente de
honra e ilustre sambista, representa a realeza ancestral
Mangueirense em contato com a ancestralidade da religião
de base africana.

Fantasia de composição sobre búfalos (Primeiro


Módulo) - Oyá, negra sensual: Formado por belas
mulheres negras, apresenta o arquétipo que associa Oyá ao
símbolo de sensualidade, outra das características de Iansã.
Arrebatadora, sensual e provocante, a imagem de mulheres
negras semi-nuas montadas sobre búfalos traduz muito do
universo ardente e impetuoso da orixá.

Fantasia de Composição (Traseira do Primeiro Módulo)


– Oyá, mulher guerreira: Apresenta o arquétipo de Iansã
como mulher guerreira. Revela a força feminina associada à
deusa. De evidente inspiração africana, apresenta-se numa
cenografia que remete aos domínios da orixá: o bambuzal.

Destaque de Luxo Central (Segundo Módulo) – Tânia


Índio do Brasil / O Brilho de Oxum: Rainha de todas as
riquezas, o figurino faz uso de símbolos associados à orixá
em associação com o ouro e o amarelo que caracterizam a
deusa.

Composições (Segundo Módulo) – O Ouro de Oxum:


Em tons de ouro, o figurino faz menção ao metal nobre
consagrado à orixá.

294
Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo)


Leandro Vieira
Nº Nome da Alegoria O que Representa

* Elemento Cenográfico: Apresentando as marcas de uma religiosidade plural


ESTANDARTE DE que une harmonicamente os ritos do candomblé ao
DEVOÇÃO CATÓLICA universo católico, o elemento cenográfico acrescenta
ao desfile, até então envolvido com mitos, signos e
deuses associados às tradições das religiões afro-
brasileiras, as imagens católicas de Santa Bárbara e do
menino São João. Santos populares festejados
frequentemente pela cantora homenageada, os
estandartes abrem caminho para a apresentação de
uma Bethânia sincrética, católica, e devota dos santos
de altar.

02 ALTAR DE DEVOÇÃO De família católica - sendo batizada e crismada –


CATÓLICA herdou da mãe, a famosa Dona Canô, a devoção cristã
e a crença na intercessão dos santos. Em sua carreira,
cantou uma significativa variedade de músicas que
remetem à devoção católica, tendo celebrado
publicamente os santos por quem tem afeição,
sobretudo, Nossa Senhora, a quem dedicou um disco
inteiro - lançado em 2003 e intitulado Cânticos,
Preces, Súplicas à Senhora dos Jardins do Céu. Para
abordar essa face da religiosidade da cantora, a
alegoria se apresenta como uma espécie de altar, tendo
as igrejas da Bahia, fonte de riquíssima inspiração.
Artisticamente, conjuga arte sacra, azulejaria, e
conjunto escultórico que remete ao gosto barroco. À
frente, o sagrado coração faz menção à devoção
dedicada por Bethânia à Virgem Maria.
No topo, ergue-se a imagem do Menino Deus - espécie
de Menino Jesus ricamente enfeitado e acompanhado
de uma penca de amuletos chamados de tetéias. Em
Santo Amaro da Purificação – cidade natal da
homenageada – a imagem tem devoção privilegiada,
sendo um dos mais populares santos da região do
Recôncavo da Bahia.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo)


Leandro Vieira
Nº Nome da Alegoria O que Representa

02 ALTAR DE DEVOÇÃO Destaque Central – Ludmila Aquino / Devoção


CATÓLICA Mariana: Uma importante dimensão da religiosidade
(Continuação) da cantora que apresentamos é a devoção à Maria. A
destaque apresenta figurino livremente inspirado nas
vestes popularmente associadas à imagem de Nossa
Senhora

Destaques Laterais – Fábio Lima e José Neto /


Arcanjos: Os destaques laterais apresentam versão
carnavalesca da figura dos Arcanjos. Citado pela
liturgia como espécie de “anjo-chefe” são seres
espirituais constantemente celebrados pelas práticas
católicas.

Fantasia de Composição – Anjos de Altar Barroco:


Dentro da logica católica, anjos são mensageiros e
executores das ordens de Deus. A figura comum em
meio às opulentas decorações das igrejas da Bahia
ganha versão carnavalesca através figurino que
complementa o visual geral da alegoria.

Baluartes – Fé em Verde e Rosa: O tradicional grupo


de baluartes desfila na alegoria representando a
devoção que o grupo alimenta pela Estação Primeira
de Mangueira.

Beth Carvalho: Participação Especial da iluste


cantora, retornando aos desfiles da Sapucaí.

296
Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo)


Leandro Vieira
Nº Nome da Alegoria O que Representa
* Elemento Cenográfico: Em meio ao setor que apresenta “traços” de reconhecida
BALANGANDÃ – SIMBOLO brasilidade na voz da intérprete que homenageamos, uma
DE NEGRITUDE penca de balangandãs é erguida para representar o sabor
afro-brasileiro presente e evidenciado em seu canto e obra.
Famoso penduricalho, espécie de amuleto, reúne frutas,
figas, patuás, dentes de animais – e outras “tetéias” -
confeccionadas em metal. Trazidos para o Brasil pelos
negros escravizados, tornou-se um dos mais famosos
símbolos da tradição baiana, sendo um simbólico e
pertinente objeto de representação da cultura afro-
brasileira.

03 VOA CARCARÁ No dia 13 de fevereiro de 1965, o Rio de Janeiro viu o


Brasil guardado na voz de Bethânia subir ao palco. Um
canto agreste e enigmático a favor da denúncia nordestina
contra a dureza do êxodo rural apresentado com a
ferocidade dos versos da canção Carcará. O país, que sofria
a miséria social e a política de exclusão e repressão, viu
nascer uma voz surpreendente, épica, dramática – “meio
água, meio sertão” - alçada ao posto de protagonista de um
dos mais importantes espetáculos do teatro moderno
nacional.
O show Opinião - que nascera poucos meses após o Golpe
Militar de 64 - era um musical que contava com a
participação da bossa novista Nara Leão, do compositor do
morro Zé Ketti e do nordestino João do Vale. Espécie de
show-protesto com letras engajadas que mostravam as
realidades duras do Brasil urbano e do Brasil rural, foi tido
como a primeira expressão artística de protesto contra o
regime de 1964, “o show contra a ditadura” - assim
definido por Augusto Boal, diretor do espetáculo.
Convidada pela própria Nara (que, com problemas de
saúde, precisava repousar) para lhe substituir no show –
uma baiana de dezenove anos, nascida em Santo Amaro da
Purificação, irmã de Caetano Veloso, atendendo por Maria
Bethânia Vianna Telles Velloso, deixava a plateia
impressionada tamanha interpretação ao entoar os versos da
canção Carcará. Nascia nacionalmente, dentro de um
contexto inesquecível, a dona da voz que “seis meses e um
diretor” fariam dela a maior cantora brasileira tal qual
profetizou Millôr Fernandes à época do aparecimento de
Bethânia.
297
Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo)


Leandro Vieira
Nº Nome da Alegoria O que Representa

03 VOA CARCARÁ Para abordar o importante episódio que marca o inicio


(Continuação) oficial da carreira da personalidade que homenageamos,
a ave símbolo da canção que projetou Bethânia ganha
destaque na alegoria que apresenta o contexto musical
em que seu aparecimento está envolvido. Em formato
arrojado e original, propositalmente construído de forma
não convencional, a “águia do sertão” apresenta os
movimentos articulados de forma aparente, sendo
executados por “operários” que vestem figurino de clara
inspiração nordestina. A intenção é aproximar a exibição
ao teor espantoso que caracterizou a marca autoral do
canto de Bethânia invadindo os ouvidos dos cariocas e
lançar luz ao ponto alto de Bethânia durante o show
Opinião: a abordagem da vida difícil dos sertanejos
evidenciada pela letra da canção que a projeta para o
grande público.

Destaque Central – Nabil Habib / Fantasia –


Carcará: Personagem central da canção que projeta
nacionalmente o nome de Maria Bethânia no cenário
artístico brasileiro. Composta por João do Vale é lançada
no Teatro Opinião ainda nos anos 60, a exuberância do
“pássaro negro” que “pega mata e come” direciona a
execução artística do figurino.

Fantasia das Composições / Missa Agrária: Os versos


“Glória a Deus Senhor nas alturas / E viva eu de
amarguras / Nas terras do meu senhor” da canção "Missa
Agrária" - de Carlos Lyra e Gianfrancesco Guarnieri –
antecediam a exuberante interpretação de Bethânia para
a canção Carcará. O ponto alto e mais aguardado da
exibição da estrela estava envolvido com a abordagem da
vida difícil dos sertanejos, razão pelo qual o figuro faz
menção à estética que caracteriza.

298
Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo)


Leandro Vieira
Nº Nome da Alegoria O que Representa

04 ABELHA RAINHA A canção "Mel" tornou-se um marco na carreira musical


da cantora que homenageamos não apenas por ser a faixa
de abertura do antológico disco homônimo de 1979, mas
também por conter os versos que acabaram por ser
responsáveis pelo titulo majestoso atribuído à Bethânia:
A Abelha Rainha da MPB.
Consolidada como uma das mais significativas
intérpretes da sua geração, primeira cantora brasileira a
atingir a marca de um milhão de discos vendidos – fruto
das vendas do disco Álibi de 1978 - reconhecida pelo
público, aclamada pela crítica, dona de uma invejável
carreira que atinge a marca de cinquenta anos de atuação,
o “título” que sugere realeza parece fazer jus ao trabalho
da diva que apresentamos como enredo. Encerrando o
setor que celebra alguns dos mais significativos sucessos
que compõem a obra da artista, a quarta alegoria reúne
compositores, intérpretes, diretores teatrais, cenógrafos e
personalidades das mais variadas atividades artísticas
que, de alguma forma, estiveram presentes ao longo da
trajetória pessoal de Maria Bethânia para celebrar a obra
da artista que homenageamos. Reunidos em torno de
uma construção artística que mescla símbolos de realeza
associados ao universo das abelhas, a alegoria reluz em
tons dourados a fim de dar contorno majestoso à
homenagem que prestamos.
Destaque Central alto – Santinho / Fantasia – Abelha
Rainha: Soberana personagem da canção composta por
Caetano Veloso e Waly Salomão – “Mel” - lançada pela
cantora no LP de mesmo nome no ano de 1979. A
expressão “abelha rainha”, presente na primeira parte da
referida composição, acabou por se tornar o título
majestoso concedido à Maria Bethânia.
Fantasia das Composições / Abelhas: Faz menção aos
variados tipos de abelhas mencionados nominalmente na
canção “Mel.” Gravada em ritmo caribenho, a música
sugere um clima romântico e permissivo onde o eu lírico
da canção se entrega de forma libertina à abelhas
majestosas como “Lambe-olhos” “Torce cabelo” e
“feiticeira.”

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Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo)


Leandro Vieira
Nº Nome da Alegoria O que Representa
05 BETHÂNIA “EM CENA” A alegoria que encerra o setor que lança luz nos shows
estrelados por Maria Bethânia segue abordando o aspecto
cênico/dramático de suas apresentações. Para reforçar a
importância do aspecto teatral nas montagens dos
espetáculos da homenageada, a concepção artística geral do
carro alegórico remete ao universo das marionetes para
apresentar de forma original e poética a questão da
teatralidade. Composta por um elaborado sistema de signos,
o conceito artístico da alegoria dialoga com os figurinos e
com a cenografia de alguns representativos shows da
carreira da artista para criar uma linguagem particular e
teatral.
No palco frontal, o antológico Show Rosa dos Ventos
ocupa destaque por ser um marco significativo do primeiro
de uma série de shows originados através do encontro de
Maria Bethânia com o diretor Fauzi Arap, responsável pela
concepção impregnada pelo teor teatral que consagraria a
cantora ao longo de sua carreira. Nos palcos laterais,
espetáculos mais recentes como “Brasileirinho” e “Dentro
do Mar tem Rio” se apresentam recriados em lúdica versão
teatralizada. Para ambos os shows apresentamos elementos
visuais que mencionam o universo dos referidos
espetáculos: No “Brasileirinho”, a cantora traça um perfil
de nossa identidade num trabalho que apresenta um olhar
etnográfico sobre a cultura brasileira erguida nas raízes de
um país, cujo a base é indígena. No “Dentro do Mar tem
Rio” louva Iemanjá, canta as águas, os seres místicos e a
religiosidade popular.

Personagem Central - Serginho do Pandeiro: No palco


frontal da alegoria o internacional artista apresenta a arte do
samba teatralizado, que tanto sucesso faz pelo mundo.

Destaque de Luxo Central: Ednelson Pereira / A Hora


da Estrela – Show de 1984: A fantasia do destaque faz
menção ao espetáculo A Hora da Estrela. Dirigido por
Naum Alves de Souza e baseado na obra de Clarice
Lispector. O título do show remete ao famoso livro
homônimo da escritora e a apresentação revelou-se um
ambicioso projeto que associava música e linguagem teatral
densa. O repertório trazia canções de Chico Buarque e
Caetano Veloso feitas especialmente para o roteiro que
estreou no Canecão(RJ) no ano de 1984.

300
Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Criador das Alegorias (Cenógrafo)


Leandro Vieira
Nº Nome da Alegoria O que Representa
05 BETHÂNIA “EM CENA” Destaques Laterias (baixo) – Meime dos Brilhos e
(Continuação) Dianelly Braga / Dramaticidade Cênica: A fantasia da
dupla de destaques laterais apresenta versão carnavalesca
que exalta o aspecto dramático presente nos espetáculos
estrelados pela cantora.
Fantasia de Composições / Teatralidade Musical: Faz
menção à teatralidade associada ao canto de Bethânia.
Certamente, uma das marcas mais vigorosas de suas
apresentações públicas.

06 CÉU DE LONA VERDE E Em tom lúdico a alegoria que encerra o desfile da Estação
ROSA Primeira oferece à Bethânia o tal “céu de lona verde e rosa”
que o samba-enredo que apresentamos menciona a fim de
concluir a homenagem que lhe prestamos. O circo, tem
significado especial dentro do contexto biográfico da
cantora: Foi a partir da passagem de um circo mambembe
por Santo Amaro da Purificação que a intérprete – ainda
criança - despertou o interesse pela vida artística e
vislumbrou o desejo de tornar-se uma mulher dos palcos.
Em inúmeras entrevistas concedidas ao longo de sua vida
pública a cantora manifestou o desejo de ser uma artista
circense, tendo buscado na carreira artística musical, parte
da realização desse sonho.
Em função disso, a Estação Primeira de Mangueira,
mergulhada na poética permissiva possibilitada pela
narrativa carnavalesca, ergue um picadeiro em verde e rosa,
para que a estrela por nós homenageada reine em meio a
um conjunto cenográfico que une poesia e lirismo, para
construir um circo com contornos estéticos infantis.
Personagem Principal: Maria Bethânia – Acompanhada
por duas crianças que representam o seu desejo infantil de
ser uma artista de circo, a cantora por nós homenageada
atravessa a Avenida.
Destaque de Luxo Central Alto – Alain Taillard /
Fantasia: A Magia do Circo: A fantasia do destaque
central apresenta o encantamento mágico que o circo
proporciona.
Composições gerais: A Alegria do Circo (Palhaços) – A
célebre figura ganha festivo contorno estético para compor
o visual geral da alegoria. O colorido de um dos mais
representativos personagens do universo circense inspira o
figurino que revela o lado mais alegre e divertido do circo.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Alegorias

Nomes dos Principais Destaques Respectivas Profissões


Eduardo Leal Psicólogo

Tânia Indio do Brasil Funcionária Pública

Ludmila Aquino Jornalista

Nabil Habib Empresário

Santinho Costureiro

Ednelson Pereira Psicólogo

Alain Taillard Empresário

Local do Barracão
Rua Rivadavia Correa, Gamboa – Cidade do Samba – Barracão nº. 13
Diretor Responsável pelo Barracão
Robson Saturnino
Ferreiro Chefe de Equipe Carpinteiro Chefe de Equipe
Devalcyr Ribeiro Futica
Escultor(a) Chefe de Equipe Pintor Chefe de Equipe
Flávio Polycarpo e Rodrigo Bonan Leandro de Assis
Eletricista Chefe de Equipe Mecânico Chefe de Equipe
Paulo Ferraz
Outros Profissionais e Respectivas Funções

Renato - Laminação
Vitor - Equipe de Vime
Vilmar - Equipe de Espelho
Batista - Hidráulico
Manoelzinho - Empastelação

Observação Geral: As imagens aqui apresentadas são ilustrações que caracterizam a ideia
das alegorias, e não necessariamente serão reproduzidas integralmente nas alegorias
apresentadas.

302
Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Leandro Vieira
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável Ano de

Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

* Ekedis Dentre os cargos Guardiães do Fabio Baptista 2015


hierárquicos do 1º Casal de
candomblé há uma função Mestre-Sala e
feminina importante: a Porta-Bandeira
Ekedi. Na realidade
EKÉJÌ ÒRÌSÀ – a
segunda pessoa do orixá –
é um cargo cujo os
afazeres são a ponta do
processo de trazer para o
terreiro os deuses. Elas
puxam cantigas sagradas,
cozinham, vestem os
orixás, auxiliam os
babalorixás ou iyalorixás,
além de preparar a pintura
dos ìyàwós. Vestindo
roupas
predominantemente
brancas associadas a
materiais comumente
utilizados nos preceitos do
axé. O grupo, formado
exclusivamente por
mulheres, acompanha o
primeiro casal de mestre-
sala e porta-bandeira,
levando consigo, balaios
de oferendas.

303
Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Leandro Vieira
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável Ano de

Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

01 Tambores de Iniciada num candomblé Ketu Ala Nação Nany, 2013


Ketu - a maior e a mais popular Mangueirense Cesinha e
"nação" do Candomblé – por
Maria Escolástica da
(Comunidade) Robson
Conceição Nazaré, a famosa
iyalorixá conhecida como
Mãe Menininha do Gantois,
Maria Bethânia é uma adepta
da filosofia do axé de uma das
mais antigas e tradicionais
casas de santo da Bahia.
Mergulhada nesse rico
universo, a Estação Primeira
de Mangueira traz para seu
desfile uma série de
associações com o universo
dos ritos do candomblé. Nesse
contexto, a ala Tambores de
Ketu, além de apresentar a
ancestral nação em que
Bethânia é “feita” - utilizando
a estética africana primitiva
para compor o visual geral do
grupo - traz os ilús
(tambores), para apresentar a
sonoridade rítmica como
uma das mais
importantes expressões do
conteúdo mais profundo dos
ritos religiosos
de matriz africana.
O toque dos tambores constrói
o começo da festa, o espaço
sagrado e o convite aos orixás
a descer. É o som dos
atabaques o meio através do
qual o homem coloca-se em
contato com a divindade. O
som é o condutor do Axé do
Orixá. Assim, os “tambores”
da ala que apresentamos
invocam todos os orixás para
a festa que promovemos.

304
Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Leandro Vieira
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável Ano de

Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

02 Herança Inserida no contexto de Velha-Guarda Gilda 1953


Ancestral desfile que apresenta
mitos e signos
associados à prática do
candomblé, a Velha
Guarda da Estação
Primeira de Mangueira
representa – por tudo o
que significa para a
história da Mangueira e
do samba carioca - a
importância do respeito à
ancestralidade para as
religiões de matriz
africana.

* Grupo de Entre os tripés que Personalidades Conselho de 2013


Mangueirenses compõem parte da ligadas à Carnaval
Ilustres cenografia frontal do Estação
Abre-Alas, o grupo Primeira
constituído por
mangueirenses com
histórico representativo
dentro da Agremiação
saúda o publico e
anuncia a passagem da
Estação Primeira de
Mangueira.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

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Leandro Vieira
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável Ano de

Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

03 Saudações aos A temática do Alas Carcará Rafael 1992


Orixás candomblé centraliza-se e e e
Masculinos em grande parte dos Estrela Isabel 2005
trabalhos de Bethânia. Iluminada
Desde 1970 ela já
cantava pontos e
saudava os variados
deuses do panteão
africano em seus discos
e apresentações
públicas. A capa dos
antigos LP’s - Pássaro
Proibido (1976), Álibi
(1978), Mel (1979),
Talismã (1980) Alteza
(1981), Olho d’água
(1992) - e de alguns
nascidos como CD’s -
Âmbar(1996), A força
que nunca seca (1999),
Brasileirinho (2003),
Dentro do mar tem rio
(2007), Encanteria
(2009) e Meus Quintais
(2014) - podem ser
exemplificados como
acoplagens da imagem
da cantora a símbolos
sagrados da
religiosidade afro-
brasileira.

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DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
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Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

03 Saudações oas Para abordar essa Alas Carcará Rafael 1992


Orixás importante face do e e e
Masculinos trabalho da Estrela Isabel 2005
(Continuação) homenageada, e seguir Iluminada
apresentando a fé que
ela professa
publicamente, as alas
que iniciam o segundo
setor de nosso desfile
pedem licença e saúdam
os orixás.
Para tal, a fantasia em
questão inaugura o setor
e apresenta um figurino
que mescla a rusticidade
aparente de um
resplendor de vime
(espécie de madeira),
motivos afros, e signos
associados à
indumentária
característica de alguns
orixás masculinos.
Como exemplo,
bombaixo como calça,
saiote, e insígnias
representativas como o
ochê de Xangô –
elemento que inspira a
construção da “cabeça”
da fantasia.

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04 Saudação aos De excepcional Ala Sempre Bárbara 2013


Orixás Velhos popularidade na Bahia, Mangueira
arquetipicamente velhos, (Comunidade)
Omulu e Nanã são
deuses respeitados pelos
poderes a eles
atribuídos. Segundo
mitos iorubanos ambos
revelam o mistério da
morte e do
renascimento. Na
indumentária ritualística
surgem com amplas
vestes feitas com palha
da costa e suas insígnias
características são
ricamente enfeitadas de
búzios, tal qual sugere o
figurino da ala
apresentada.

* Ewá / Iemanjá / Vestindo as cores que Musas Sarinha 2013


Obá caracterizam as orixás
Ewá, Iemanjá, e Obá, as
musas Ana Cristina,
Renata Santos e
Alexandra Ricete,
apresentam-se a frente
da ala “Saudação as
Yabás“ para revelar
algumas outras orixás
celebradas e cantadas
por Bethânia ao longo de
sua carreira fonográfica.

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05 Saudação às No repertório gravado por Alas Baianas Tidinha 1952


Yabás Bethânia que tem as Granfinas
religiões afro-brasileiras e e e
como tema, encontramos Embaixadores Brandão 1957
referências e louvação
constante a todas as orixás
femininas. No Brasil –
dentro da tradição jeje-nagô
- esse grupo
especificamente é
conhecido como “as
Yabás.” O termo vem do
iorubá “ìyáàgba”, que
significa “matrona”,
“senhora”, “mulher idosa”;
“avó materna ou paterna.”
As yabás mais conhecidas
são Oxum, Iansã, Iemanjá,
Nanã, Obá e Ewá. Para
saudar as deusas-mulheres
do candomblé, a ala
apresentada conjuga
estética afro às cores
tradicionalmente associadas
às yabás numa única
fantasia. Ao laço feito de
vime, e aos motivos
geométricos que servem de
adorno para a concepção do
figurino, soma-se o amarelo
de Oxum, o azul de
Iemanjá, o terracota
associado ao fio de contas
de Iansã, o lilás associado à
Nanã, o laranja que
caracteriza Ewá, e o
vermelho de Obá, para a
construção do conjunto
visual que compõem a ala.

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06 Xêu Èpa Bàbá Xêu Èpa Bàbá é a Ala Coração Catarina, 2013
(Oxalá) saudação para aquele que Verde e Rosa Gugu e
é considerado e cultuado Simone
como o maior e mais
respeitado de todos os
Orixás do panteão
africano: Oxalá. É o orixá
iorubá da criação da
humanidade. Rei e pai de
todos os orixás. Em
respeito a oxalá, seus
filhos – e o de todos os
outros orixás - guardam a
sexta-feira como um dia
consagrado ao orixá maior
e por esta razão todos
devem vestir branco. No
figurino da ala predomina
o branco – cor
popularmente atribuída ao
orixá – observa-se a coroa
– por seu direito de Rei –
e, como adereço de mão, a
estilização do opaxorô –
apetrecho da cultura Nagô
em forma de cajado,
símbolo máximo do orixá.

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07 Salve Cosme e Após o elemento Ala das Valéria 1987


Damião cenográfico que ergue as Crianças
imagens católicas de Santa
Bárbara e do menino São
João, a ala das crianças da
Mangueira segue
introduzindo no contexto
que apresenta a fé da
cantora que
homenageamos a questão
da devoção católica e do
sincretismo religioso.
Padroeiro das crianças,
Cosme e Damião são
santos populares queridos
no Brasil e especialmente
na Bahia. A devoção de
Bethânia aos “santos
meninos” é herança da
mãe, Dona Canô. Na casa
da matriarca da família
Velloso nunca faltou o
tradicional “caruru de
Cosme e Damião” no dia
27 de Setembro.
Sincretizado com os ibejis
do candomblé, uma das
mais populares maneiras
de festejar os santos é a
tradicional prática da
distribuição de doces. Para
celebrar os “santos gúris”
a ala infantil da Mangueira
apresenta uma lúdica e
divertida versão do santo
protetor das crianças.

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08 Viva Santa Devota de Santa Bárbara, a Ala das Neuci 1958


Bárbara! cantora expõe de forma Baianas
constante e pública sua
reverência à santa
sincretizada como Iansã.
Sua participação pública em
procissões e festejos
tradicionais associados à
celebração da mártir cristã -
além da constante citação à
“protetora dos relâmpagos e
das tempestades” através de
canções gravadas ou
apresentadas em shows -
reitera sua veneração à
santa, e a filiação a orixá
Oyá/Iansã sincretizada com
a mesma. Para lançar luz
nesse aspecto importante da
religiosidade da cantora que
homenageamos, as baianas
da Mangueira vestem uma
fantasia inspirada no
exuberante traje de festa
utilizado pelas baianas de
Salvador nas cerimonias
festivas do dia 04 de
Dezembro - data que marca
a festa da santa.
Tradicionalíssima, trajando
torço, saia rendada, babado,
e ostentando o indefectível
pano da costa – onde a
imagem de Santa Bárbara
ganha notoriedade
junto ao amarrado
de “rosas
vermelhas.”

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08 Viva Santa Merece destaque a penca de Ala das Neuci 1958


Bárbara! balangandãs – artigo de luxo Baianas
(Continuação) e ostentação utilizado pelas
baianas mais tradicionais em
dias festivos na Bahia - que
“enfeita” as costas do
figurino e enche de
baianidade e brasilidade a
apresentação de uma das
mais tradicionais e
respeitadas alas do carnaval
carioca.

09 Voz do Brasil Carregada de sentimento e Ala Pantera Guanayra 1978


Menino – simbolismo, a voz de e e e
Indígenas Bethânia faz da música uma Realidade Perci 1986
experiência que é
aprendizado musical,
emocional, e retrato de nosso
país. Nesse sentido, seu
canto aponta para a tradução
da formação cultural e
musical de um Brasil
“original.” O setor que se
inicia mergulha nas
referências musicais de sua
formação plural para
apresentar os “traços” da
reconhecida brasilidade da
voz e do repertório da
cantora. Nesse contexto, a
ala “Voz do Brasil Menino
– Indígenas” apresenta o
canto de Bethânia como uma
imersão nas raízes
brasileiras, além de revelar a
genética tupi da “raiz” de
sua voz.

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10 Voz de um Brasil Bethânia aproxima nossa Ala Raiz Juiara, 2013


Regional audição a um pedaço de Mangueirense Sérgio e Laura
Brasil de formação
cultural plural e seus
nuances musicais nos traz
aquilo que ela guarda na
intimidade de suas
memórias afetivas. O
Canto livre, a malícia do
samba de roda, o terno de
Reis, as chulas, as
cantigas do folclore que
nos remetem a
ingenuidade das
brincadeiras brasileiras,
são matrizes vivas da base
regional de seu canto e
obra. A ala “Voz de um
Brasil Regional” se
utiliza da estética dos
festejos regionais e
folclóricos – matéria
prima da inventividade de
seu canto - para apresentar
essa marca do universo
artístico da cantora.

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11 Sabor Nordestino Desde o princípio de sua Ala Acnã Nilcemar 2001


carreira musical a raiz e e e
nordestina da baiana de Amigos do João Vitor 1971
Santo Amaro da Embalo
Purificação apresentou-se
como uma marca de seu
contexto artístico. Sua
aparição no cenário
musical brasileiro soprou
o “sabor agreste e
nordestino” de seu canto
no meio musical urbano e
bossa novista do Rio de
Janeiro dos anos sessenta.
“Marca” presente ao
longo de seus cinquenta
anos de carreira, variadas
canções e interpretações
de Bethânia trazem o
sabor do nordeste
brasileiro para o universo
musical da cantora. Como
fantasia para a ala que
aborda a questão, a típica
indumentária associada
aos costumes e a figura do
nordestino brasileiro.

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12 “Toque” A vida do interior do Ala Somos Paulo, Selma 2013


Sertanejo Brasil sempre foi fonte Mangueira e Sandra
de inspiração para o rico
universo musical de
Maria Bethânia. Filha do
interior – como ela
mesma se traduz - ao
longo da carreira a
cantora gravou
compositores que
debruçaram sua linha
poética em cima de um
olhar atento ao Brasil
interiorano, de tradições
rurais, que se contrapõe
ao aspecto urbano das
grandes cidades e
aproxima sua voz da
tradução de um Brasil de
sabor sertanejo.

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* O Voo de uma Junto da terceira Musas da Bisteka 2013


Canção alegoria, as musas da Comunidade
comunidade verde e rosa
apresentam-se como
uma revoada de
carcarás. Ave sertaneja,
águia do sertão, o
pássaro é a estrela da
composição que se
tornou o marco que
inaugura a aparição de
Maria Bethânia no
cenário musical
brasileiro. Graças à voz
gravíssima misturada a
um excesso de
dramaticidade, o grito de
“Carcará, mais coragem
do que homem / Carcará,
pega, mata e come”
tornou-se um berro de
brasilidade brotando da
experiência seca do
sertão invadindo o
ouvido bossa novista e
urbano dos cariocas até
então acostumados ao
canto contido e intimista
de Nara Leão.

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13 Homenagem aos A estampa do terno que Ala dos Nino 1939


Cantores do veste a ala presta Compositores
Rádio homenagem a nomes da
chamada época de ouro
da música brasileira cujo
repertório é
frequentemente
revisitado pela
homenageada. Sucessos
intimamente associados
à carreira de Bethânia –
tais como Negue (de
Adelino Moreira e Enzo
De Almeida Passos),
Loucura (de Lupicínio
Rodrigues) Volta Por
Cima (de Paulo
Vanzoline) e Atiraste
uma Pedra ( de Herivelto
Martins e David Nasser)
- são regravações de
artistas associados à era
do rádio da MPB. Isto se
deve a influência
exercida pelos antigos
cantores da música
nacional em sua carreira,
principalmente, as
cantoras dos rádios e
boites das décadas de
1940 e 1950, como
Dalva de Oliveira, Nora
Ney e Aracy de
Almeida.

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14 Explode Coração Cantora das canções ultra- Alas Eles e Gilberto 1990
amorosas, voz que fala às Elas
emoções dos corações e e e
apaixonados, dos lençóis Nós Somos Nilda 2001
molhados de suor e amor, Assim
a fantasia da ala “Explode
Coração” revela um dos
maiores sucessos musicais
do repertório romântico da
cantora. A figura de um
pierrot em tons de
vermelho e rosa é
utilizada para apresentar a
canção apaixonada e
inicialmente magoada de
Gonzaguinha (1945 -
1991) que ganhou tons
românticos e conquistou
de fato o Brasil na voz da
cantora.

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15 Esotérico “Esotérico” é uma canção Ala dos Queila Mara 1928


de Gilberto Gil composta Passistas
especialmente para o
encontro sugerido por
Maria Bethânia a fim de
reunir os quatro baianos
mais famosos de sua
geração. A música tornou-
se um dos momentos mais
sublimes e apoteóticos
protagonizados por Gal
Costa e Maria Bethânia no
memorável espetáculo
“Doces Bárbaros.” A letra
- uma tentativa de transpor
a ideia do mistério divino,
místico-religioso, para o
campo do amor terreno -
conta com a voz grave e
passional de Maria
Bethânia para revelar o
humano, enquanto a voz
doce de Gal Costa enaltece
o divino.
Para abordar o universo
poético da canção, os
passistas da Estação
Primeira de Mangueira
apresentam-se com um
figurino inspirado na
indumentária das
divindades hindus, ícones
comumente associados ao
universo do misticismo e
do esoterismo.

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* Fera Ferida Evelyn Bastos apresenta- Rainha de - -
se a frente da bateria da Bateria
Estação Primeira de
Mangueira usando
figurino que faz menção a
canção Fera Ferida
gravada por Maria
Bethânia.

16 Fera Ferida Tal qual a estética felina Ala da Bateria Rodrigo 1959
que compõe a cabeça do Explosão e
figurino da bateria sugere, Vitor Art
os ritmistas da Estação
Primeira de Mangueira
personificam a canção
“Fera Ferida.”
Considerada um dos
maiores sucessos da
carreira fonográfica da
cantora, a interpretação
para a canção - composta
por Roberto e Erasmo
Carlos - ganhou destaque
ao ser incluída na abertura
da novela homônima da
TV Globo. A popularidade
da versão para a música
originalmente lançada
pelo próprio Roberto
Carlos em 1982 alavancou
as
vendas do célebre disco de
carreira da cantora
intitulado “As canções que
você fez pra mim.”

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16 Fera Ferida O álbum tributo lançado Ala da Bateria Rodrigo 1959
(Continuação) pela baiana contendo Explosão e
somente criações da dupla Vitor Art
Roberto Carlos / Erasmo
Carlos a incluiu na galeria
das maiores intérpretes da
obra construída com
dobradinha musical
formada entre os lideres
da jovem guarda.

17 Rosa dos Ventos A presença de “Rosa dos Grupo Fabinho 2015


Ventos” – canção de Teatralizado
Chico Buarque de
Holanda – no setor
dedicado aos sucessos
marcantes da cantora
Maria Bethânia lança luz
em dois aspectos
importantes da trajetória
musical da homenageada:
O fato das canções de
Chico Buarque serem uma
constante em seu
repertório, e a questão do
posicionamento politico
ser uma marca que à
associou ao canto de
protesto. Sucesso de
carreira constantemente
inclusa no roteiro de seus
shows, a composição dá
titulo a um dos mais
celebres espetáculos da
cantora – transformado
em disco ao vivo
homônimo lançado pela
PolyGram (então
Phonogram).

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17 Rosa dos Ventos A canção mostra uma Grupo Fabinho 2015


(Continuação) reflexão a respeito da Teatralizado
censura e da repressão
exercida pela ditadura
militar vivida no Brasil
dando ênfase a sensação
de desorientação que
perdurava entre os
brasileiros oprimidos
pela falta de expressão.
Para abordar a questão e
ilustrar a canção, a ala
apresenta uma versão
bem humorada e
carnavalesca de um
grupo de militares que
“carregam” a
significativa e alegórica
imagem de uma Rosa dos
ventos estampada junto à
sombrinha apresentada
como adereço.

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18 Oração à Mãe Em seu repertório musical a Ala Amor à Patrícia, 2013


Menininha cantora registrou a canção Mangueira Valéria
Oração à Mãe Menininha (Comunidade) Simpatia e
– composta por Dorival Rosana
Caymmi em homenagem à
famosa ialorixá do Gantois
– em gravação feita em
dueto com Gal Costa
durante o show Phono 73 e
lançada em disco em Maio
do mesmo ano. A versão
tornou-se uma das mais
populares canções
brasileiras e um dos
maiores sucessos de
carreira da cantora Maria
Bethânia. Como a fantasia
da ala revela, a canção
narra os atributos
associados a Oxum – orixá
da beleza, do ouro e da
riqueza – para prestar
homenagem a ialorixá
apresentada em versos
musicais como “a Oxum
mais Bonita.”

* Alcione e As cantoras - e ilustres Destaques de - -


Rosemary Mangueirenses – Chão
apresentam-se a frente da
alegoria que festeja os
cinquenta anos de carreira
daquela que é celebrada
como a “Abelha Rainha” da
MPB. Alcione e Rosemary
personificam os
mangueirenses e a própria
Mangueira em festa diante
do enredo que
apresentamos.

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19 Poesia em Cena Maria Bethânia sempre Sambar com a Valéria 2013


demonstrou que seu Mangueira Virine, Bigu e
gosto por poesia vai além (Comunidade) Vivian
de uma simples leitura.
Em seus discos e shows,
costuma intercalar a
música que canta com a
recitação inspirada de
trechos poéticos. Para
iniciar o setor que
apresenta “o palco”
como lugar para
protagonizar espetáculos
cujo roteiro são pensados
a partir de minuciosa
organização intertextual
a fim de gerar uma
dramaticidade cênica
constante, o figurino da
ala aborda a paixão que
a cantora tem pela
literatura clássica e pela
palavra dita.

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20 Drama – Luz da Ao longo de sua carreira, Alas Vendaval Clarisse 1982
Noite / Show de Maria Bethânia protagoniza e e e
1973 espetáculos cujos roteiros Aliados Édio Dória 1958
são pensados a partir da
minuciosa organização
intertextual de excertos
literários e canções que
geram uma dramaturgia
integral em suas
apresentações. O show
"Drama - Luz da Noite" é
um bom exemplo da forma
com que a cantora põe em
diálogo teatro e música. A
musicalidade, acrescida da
teatralidade cênica da baiana,
reforça a marca de sua
atuação de "cantriz" -
mistura de cantora e atriz,
como ela se define. Bethânia
dramatiza e representa toda a
apresentação, dando vida e
energia a cada canção.
Preenchendo o espaço do
palco com movimentos
teatrais de pura
autenticidade, intercalando
textos entre espetaculares
pot-pourris, o show - misto
de música, recital poético, e
teatro - lotou o Teatro da
Praia/ RJ em 1973 e está
registrado no disco "Luz da
Noite" lançado em dezembro
do mesmo ano. Para abordar
o universo citado que
envolve o espetáculo, o
figurino da ala utiliza-se de
elementos visuais
comumente associados à
dramaticidade teatral e a
noite.

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21 A Cena Muda / O espetáculo segue a linha Alas Moana Paulo Ramos 1980
Show de 1974 teatral que caracterizaria e e e
Bethânia anos setenta a Au Au Au Guezinha 1986
fora e acabaria sendo uma
marca de suas
apresentações públicas. O
tema central do show -
estreado no Teatro Casa
Grande em 1974 - é a
relação do artista com o
sucesso e o poder. Para
Fauzi Arap, diretor do
espetáculo, trata-se de “o
artista sobrevivendo entre
o ouro do poder e o ouro
do alquimista.” A
apresentação, registrada
em disco ao vivo - e
lançada em novembro do
mesmo 1974 - é
considerado um dos
espetáculos musicais mais
ousados feitos no Brasil.
O figurino da ala faz
menção ao referido show
ao debruçar seu
desenvolvimento estético
no conceito de luxo e
opulência que marcava a
cenografia e o figurino do
show - obra de Flávio
Império – tendo como
referencia as mesmas
metáforas visuais do ouro,
e a figura do Rei Midas.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Leandro Vieira
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável Ano de

Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

22 Pássaro da No dia 13 de janeiro de Alas Deise 1973


Manhã / Show de 1977 estreava no Teatro Seresteiros
1977 da Praia, Pássaro da e e e
Manhã. Dirigido por Fauzi Vem Comigo Miriam 1991
Arap e com cenários de
Flávio Império, o show
está registrado num LP de
mesmo nome. A
montagem de “Pássaro da
Manhã” conjugava
canções e textos literários
para a elaboração de uma
dramaturgia intertextual,
com subtexto político,
pró-anistia. Concebido
para ser mais um clamor
pela Anistia, a intérprete
surge como um pássaro
que anuncia a chegada do
sol após uma longa noite –
a ditadura que tardava
terminar. Como define
Fauzi Arap - diretor do
espetáculo - "um show
que transpire liberdade,
pois a gaiola de um
homem só ele mesmo
pode abrir". A montagem
trabalhava alegoricamente
com a imagem de pássaros
que aspiram à liberdade e
a “luminosidade.” Para
tanto, tal qual sugere a
fantasia da ala em questão,
evocava imagens poéticas,
como a das aves que
desejam voltar aos seus
lares.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

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Fantasias

Criador(es) das Fantasias (Figurinistas)


Leandro Vieira
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável Ano de

Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

23 Alô meu Santo A ala inaugura o setor Alas Brasinhas Léa 1966
Amaro que encerra o carnaval da e Brasões
Mangueira trazendo para e e e
o desfile o clima dos Gatinha e Zélia 1974
festejos religiosos e das Gatões
manifestações culturais
da cidade natal da
cantora homenageada,
Santo Amaro da
Purificação, localizada
no recôncavo baiano.
Para iniciar a abordagem,
o figurino da ala “Alô
meu Santo Amaro” recria
em tom carnavalesco a
figura do santo católico
que batiza a histórica
cidade localizada a
setenta quilômetros de
Salvador. Festejado com
novenário e quermesse,
sua Igreja é um dos
destaques das inúmeras
construções históricas
que fazem parte da
paisagem da pacata
cidade.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

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Leandro Vieira
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável Ano de

Fantasia Representa Ala pela Ala Criação
24 Salve Nossa A tradicional festa de Alas Mimosas Chininha 1963
Senhora da Nossa Senhora da e e e
Purificação Purificação, com a Depois eu Derly 1964
famosa novena - Digo
popularmente conhecida
como "a novena de Dona
Canô" graças à música
Reconvexo de Caetano
Veloso lançada por
Bethânia no LP Memória
da Pele em 1989 -
lavagem do adro da
igreja, e procissão; se
mantém firme na
celebração em torno da
padroeira de Santo
Amaro: Nossa Senhora
da Purificação. A
tradição secular leva às
ruas diversas
manifestações religiosas
e exaltações culturais
marcadas pelos nove dias
de celebração religiosa
que atrai os devotos que
participam do ciclo de
orações e ladainhas. No
estandarte que compõe a
fantasia da ala, a imagem
da santa por quem
Bethânia guarda devoção
especial, dá o tom
devocional do figurino, e
insere a forte tradição
religiosa de Santo Amaro
no contexto de nossa
apresentação.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

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Leandro Vieira
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável Ano de

Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

25 Lavagem da A lavagem da Avante Rogério 2013


Purificação Purificação, em Santo Mangueira
Amaro, é historicamente (Comunidade)
datada de 1750. Com
mais de dois séculos de
realização, a festa reúne a
parte profana e religiosa,
tendo a “lavagem” como
ponto alto das
comemorações. Durante
as ultimas décadas, até a
sua morte em 2012 - aos
105 anos de idade - os
festejos estiveram sobre
o comando de Dona
Canô. Do número 179 da
Rua do Amparo,
residência da família
Veloso, saiam as baianas
vestindo
predominantemente o
branco e portando sobre
as cabeças as louças
contendo água de cheiro
e flores, tal qual a
fantasia da ala sugere.
Vestidas com trajes
típicos, as baianas lavam
as escadarias do templo
e, em procissão,
percorrem as principais
ruas da cidade num ato
de cultura, devoção e
história.

331
Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

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Leandro Vieira
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável Ano de

Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

26 Violeiros do Tradição local, Ala Vânia 2013


Terno de Reis preservado pela luta apaixonados
pessoal da matriarca da pela
família Veloso, o Terno Mangueira
de Reis - também (Comunidade)
chamado de Folia de Reis
ou Reisado - faz parte
dos festejos religiosos
natalinos praticados pelos
adeptos e simpatizantes
do catolicismo. Em Santo
Amaro, a visitação das
casas dura do final de
dezembro até o Dia de
Reis e é realizada por
grupos organizados por
músicos tocando a
tradicional viola caipira
tal qual sugere o figurino
que serve de fantasia para
a ala. O Terno de Reis é
um sucesso na cidade e o
Reisado Filhos do Sol, da
família Veloso, liderado
pela matriarca D. Canô
até a sua morte, é hoje
uma tradição da
localidade que une
Caetano e Bethânia, os
irmãos, os sobrinhos, e os
anônimos da cidade em
torno de cantoria, festa, e
devoção popular.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

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Leandro Vieira
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Nome da O que Nome da Responsável Ano de

Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

27 Nego Fugido O “Nego Fugido” é uma Ala Sangue Ricardo 2013


manifestação da cultura Verde e Rosa
popular santamarense (Comunidade)
que funde elementos de
dança, música,
candomblé e teatro, que
esta guardada nas
memórias juvenis de
Bethânia em Santo
Amaro. Trata-se de uma
encenação que recria em
dias festivos a luta pela
libertação dos escravos.
Com as cabeças pintadas
com carvão, e saias de
folhas secas, o folguedo
revive a época da
perseguição feita aos
habitantes dos quilombos
pelos capitães-do-mato e
pelos militares, com a
dramatização da fuga, da
caça, da captura e da
libertação dos escravos.
O figurino da ala se
utiliza dos elementos
básicos que compõem o
personagem principal do
folguedo: o figurino “à
moda” cangaceiro, o uso
da farta saia simulando
folhas secas, a arma, e a
“cabeça de nego.”

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Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

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Leandro Vieira
DADOS SOBRE AS FANTASIAS DE ALAS
Nome da O que Nome da Responsável Ano de

Fantasia Representa Ala pela Ala Criação

28 Samba de Roda O recôncavo baiano é Ala Explode Fabinho 2016


historicamente marcado Coração
pela presença do samba-de-
roda e o patrimônio musical
de Santo Amaro da
Purificação é uma das mais
belas representações dessa
raiz. Ao longo de sua
trajetória musical, Bethânia
incluiu em shows e discos
diversos sambas de
domínio publico
tradicionais de sua cidade
natal. Memórias afetivas de
seu tempo de criança, a
menção aos sambas que
animam a maioria das
festividades da região,
encerra o conjunto de alas
do setor que celebra a
cidade natal da cantora que
homenageamos. Para tal, a
ala recria a figura das
famosas “sambadeiras.”
Trajando torço e amplas
saias com motivos florais
multicoloridos, o conjunto
apresenta ainda uma
coreografia inspirada na
malícia e na alegria da
dança.

* Amigos de Após a última alegoria, Grupo de Soca 2015


Bethânia familiares, profissionais Encerramento
que acompanham os
bastidores da trajetória de
Bethânia, fãs anônimos
formam o grupo que
encerra nosso desfile.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Fantasias

Local do Atelier
Rua Rivadávia Correa, 60 – Barracão 13 – Gamboa/RJ
Diretor Responsável pelo Atelier
Júlio Cerqueira
Costureiro(a) Chefe de Equipe Chapeleiro(a) Chefe de Equipe
Dona Sirlei, Vanessa e Eliana Equipe de adereço
Aderecista Chefe de Equipe Sapateiro(a) Chefe de Equipe
Augusto, Rogério, Júlio Cerqueira, Hudson, Alberto e Gomes
Wellington, Adriano e Gustavo
Outros Profissionais e Respectivas Funções
Leandro de Assis - Pintura
Vitor Negromonte - Vime
Almir - Arame
Observação Geral: As imagens aqui apresentadas são ilustrações que caracterizam a ideia
da fantasia, e não necessariamente serão reproduzidas integralmente nas fantasias
apresentadas.
Outras informações julgadas necessárias
Dados sobre o carnavalesco:
Engana-se quem pensa que Leandro Vieira é um novato no mundo do carnaval. Em 2016, com sua estreia na
Mangueira, o carnavalesco celebra uma década de atuação no universo das escolas de samba. A estreia solo foi em
2015, como carnavalesco da Caprichosos de Pilares, com o enredo ‘Na minha mão é + barato’. Leandro Vieira foi a
grande revelação do ano, como atestam os prêmios que venceu em 2015, nada menos do que seis: Sambanet
(Revelação e melhor enredo), SRZD (Destaque da Série A), Estrela do Carnaval – Site Carnavalesco (Revelação),
Plumas e Paetês (Melhor figurinista da série A) e Gato de Prata (Revelação).
Artista plástico formado pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro, (EBA/UFRJ),
Leandro Vieira é ainda Gestor em carnaval, com graduação pela Universidade Estácio de Sá. Participou da equipe
responsável por desenvolver o projeto artístico da Portela nos anos de 2007 e 2008. Em 2009, passou a integrar o
quadro criativo da Acadêmicos do Grande Rio, atuando na supervisão do desenvolvimento cenográfico de alegorias,
assim como em 2010, ano no qual teve dupla jornada, participando também do projeto artístico de alegorias da
Unidos do Porto da Pedra. Em 2011 e 2012, seguiu na equipe artística da Escola de Caxias. Em 2013, Leandro Vieira
teve uma tripla jornada: foi o autor da sinopse e figurinista da Imperatriz Leopoldinense, responsável pelo projeto
artístico das alegorias do Império Serrano, além de atuar na execução do projeto de caricaturas da São Clemente, no
enredo em homenagem às novelas - Leandro Vieira desenvolve um trabalho paralelo como caricaturista.
No ano seguinte, o artista novamente assinou a sinopse e foi autor dos figurinos da Imperatriz Leopoldinense, além de
coordenar o trabalho de barracão, supervisionando o desenvolvimento das alegorias (a escola obteve notas máximas
em enredo e fantasias). Ainda em 2014, voltou à Grande Rio, sendo co-autor da sinopse, figurinista responsável pelo
conjunto de fantasias de ala e responsável também pelo desenvolvimento do projeto artístico de alegorias (A Grande
Rio gabaritou em fantasias e alegorias e Leandro Vieira foi agraciado com dois troféus Plumas e Paetês: Melhor
desenhista e figurinista de 2014, do Grupo Especial). Neste mesmo ano, atuou ainda na Acadêmicos do Cubango,
sendo responsável pelo projeto artístico das alegorias e pelo conjunto de fantasias de ala. Em 2015, além de assinar o
carnaval da Caprichosos de Pilares e assumir um elogiado carnaval de forma autoral, foi ainda figurinista da Unidos
da Tijuca e autor da sinopse da Grande Rio.
Na estreia na Mangueira para o carnaval 2016, Leandro sugeriu à escola homenagear uma das mais importantes
artistas brasileiras, Maria Bethânia, além de ser o pesquisador, autor da sinopse e desenhista de todos os figurinos e
alegorias do projeto artístico.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Samba-Enredo

Autor(es) do Samba- Alemão do Cavaco, Almyr, Cadu, Lacyr D Mangueira, Paulinho


Enredo Bandolim e Renan Brandão.
Presidente da Ala dos Compositores
Júlio César Ferreira Asco (Nino)
Total de Componentes da Compositor mais Idoso Compositor mais Jovem
Ala dos Compositores (Nome e Idade) (Nome e Idade)
50 Nelson Sargento Renan Brandão
(cinquenta) 92 anos 31 anos
Outras informações julgadas necessárias

Raiou... Senhora Mãe da Tempestade


A sua força me invade, o vento sopra e anuncia
Oyá... Entrego a tia a minha fé
O abebé reluz axé
Fiz um pedido pro Bonfim abençoar
Oxalá, Xeu Êpa Babá!
Oh, Minha Santa, me proteja, me alumia
Trago no peito o Rosário de Maria
Sinto o perfume... Mel, pitanga e dendê
No embalo do xirê, começou a cantoria

Vou no toque do tambor... Ô ô


Deixo o samba me levar... Saravá!
É no dengo da baiana, meu sinhô
Que a Mangueira vai passar

Voa carcará!
Leva meu dom ao Teatro Opinião
Faz da minha voz um retrato desse chão
Sonhei que nessa noite de magia
Em cena, encarno toda poesia
Sou Abelha Rainha, Fera Ferida, Bordadeira da canção
De pé descalço, puxo o verso e abro a roda
Firmo na palma, no pandeiro e na viola
Sou trapezista num céu de lona verde e rosa
Que hoje brinca de viver a emoção
Explode, coração!

Quem me chamou... Mangueira


Chegou a hora, não dá mais pra segurar
Quem me chamou... Chamou pra sambar
Não mexe comigo, eu sou a menina de Oyá
Não mexe comigo, eu sou a menina de Oyá

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Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Samba-Enredo

Outras informações julgadas necessárias


A ala de compositores da Estação Primeira de Mangueira é a mais antiga ala de compositores do
Grupo Especial. Fundada em 20 de janeiro de 1939 por Cartola, Carlos Cachaça, entre outros, tem
como maior ganhador de sambas-enredo, o presidente de honra do grupo, o compositor Hélio
Turco - com 16 sambas vencidos na quadra.
Em 2016, os compositores Alemão do Cavaco, Almyr, Cadu, Lacyr D Mangueira, Paulinho
Bandolim e Renan Brandão assinam a obra que apresentamos como trilha para o enredo “Maria
Bethânia – A Menina dos Olhos de Oyá.”

JUSTIFICATIVA E INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES:


Esta justificativa se divide em três partes. Na primeira, expusemos a defesa de cada trecho. Na
segunda, construímos uma narrativa baseada na letra do samba, contextualizando o enredo e o
próprio desfile. Na terceira, propomos uma análise sobre o ponto de vista melódico.
A construção do samba foi feita essencialmente em primeira pessoa. Nele, cada componente da
Estação Primeira de Mangueira encarna Maria Bethânia nesta noite de magia para mergulhar em
seu relicário, passando pelos aspectos de sua religiosidade, pela rica obra musical e relembrando
suas origens e sonhos infantis. No fim da viagem carnavalesca, é a própria Bethânia, marejada
pela emoção da homenagem verde e rosa, que surge para agradecer e abraçar a nação
mangueirense.

PARTE 1 - DEFESA TRECHO A TRECHO


“Quem me chamou... Mangueira
Chegou a hora, não dá mais pra segurar
Quem me chamou... chamou pra sambar
Não mexe comigo, eu sou a menina de Oyá
Não mexe comigo, eu sou a menina de Oyá”
Chegou a hora! É carnaval e hoje cada mangueirense é Maria Bethânia, a "Menina dos Olhos de
Oyá", para dar voz a uma das mais belas homenagens que já passou por esta avenida. Não dá mais
pra segurar... A Mangueira me chama para a consagração nos braços do povo. Lá vou eu, que não
ando só: eu sou a menina dos olhos de Oyá!

“Raiou... Senhora Mãe da tempestade


A sua força me invade
O vento sopra e anuncia
Oyá... Entrego a ti a minha fé
O abebé reluz axé”
Raiou... No meio da multidão, sinto a presença de Oyá. Oh, senhora da tempestade, dona dos raios
e trovões... A sua força me invade e me guia. O vento sopra e anuncia, em harmonia com as
sirenes da Marquês de Sapucaí, a chegada da Estação Primeira. Mergulho nas profundezas da
minha fé, num elo com as forças que me governam. Epa hei, Oyá! Entrego a ti o nosso destino. O
abebé de Oxum reluz axé e ilumina nossos caminhos rumo à vitória.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Samba-Enredo

Outras informações julgadas necessárias

“Fiz um pedido pro Bonfim abençoar


Oxalá, Xeu Êpa Babá!
Oh, Minha Santa, me proteja, me alumia
Trago no peito o Rosário de Maria
Sinto o perfume... Mel, pitanga e dendê
No embalo do xirê, começou a cantoria”
Faço um pedido ao Senhor do Bonfim. Minha escola pisa forte, apoiada no cajado de Oxalá. Rezo
pela proteção de Santa Barbara. No peito, trago o amor e o Rosário de Maria. É cortejo de santo, é
xirê de orixá. Um doce perfume baila no ar. Ouço o povo cantando e me deixo levar...

“Vou no toque do tambor... ô ô


Deixo o samba me levar... Saravá!
É no dengo da baiana, meu sinhô
Que a Mangueira vai passar”
Rufam os tambores e o povo vai ao delírio. Sinto meu corpo tomado pela cadência do samba,
sinto meu coração pulsar no compasso do surdo de primeira. Saravá pra quem chega! Minha
querida Verde-e-Rosa pede passagem... É no dengo da baiana que a Mangueira vai passar!

“Voa, carcará! Leva meu dom ao Teatro Opinião


Faz da minha voz um retrato desse chão
Sonhei que nessa noite de magia
Em cena, encarno toda poesia
Sou abelha rainha, fera ferida, bordadeira da canção”
Alas e alegorias despertam minhas lembranças. O Brasil conhece minha voz, um retrato de sua
diversidade “nas asas de um Carcará.” Viajo no tempo num voo triunfal até o Teatro Opinião.
Nessa noite de magia, encarno a poesia que declamo nos palcos da vida. Sou abelha rainha, fera
ferida...Posso ser tantas mesmo sendo uma só. Sou Maria Bethânia, a bordadeira da canção,
encenando minha própria trajetória.

“De pé descalço, puxo o verso e abro a roda


Firmo na palma, no pandeiro e na viola
Sou trapezista num céu de lona verde e rosa
Que hoje brinca de viver a emoção
Explode coração”
Volto às minhas origens. Salve Santo Amaro da Purificação, reduto do samba de roda. De pés
descalços abro a roda e revivo a ternura daquele tempo de tantas brincadeiras e manifestações
populares. Meu sonho de criança se torna realidade...Estou no circo, imenso teatro de lona verde e
rosa. Sou uma menina a “brincar de viver” a emoção que já não cabe em mim. Obrigado,
Mangueira... Explode, coração!

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FICHA TÉCNICA

Samba-Enredo

Outras informações julgadas necessárias

PARTE 2 - NARRATIVA

Chegou a hora! É carnaval e hoje cada mangueirense é Maria Bethânia, a "Menina dos Olhos de
Oyá", para dar voz a uma das mais belas homenagens que já passou por esta avenida. Não dá mais
pra segurar... A Mangueira me chama para a consagração nos braços do povo. Lá vou eu, que não
ando só: eu sou a menina dos olhos de Oyá!

Raiou...No meio da multidão, sinto a presença de Oyá. Oh, senhora da tempestade, dona dos raios
e trovões... A sua força me invade e me guia. O vento sopra e anuncia, em harmonia com as
sirenes da Marquês de Sapucaí, a chegada da “escola de samba mais querida do planeta”, como
cantava o saudoso Luizito. Mergulho nas profundezas da minha fé, num elo com as forças que me
governam. Epa hei, Oyá! Entrego a ti o nosso destino. O abebé de Oxum reluz axé e ilumina
nossos caminhos rumo à vitória.

Faço um pedido ao Senhor do Bonfim. Minha escola pisa forte, apoiada no cajado de Oxalá. Rezo
pela proteção de Santa Barbara. No peito, trago o amor e o Rosário de Maria. É cortejo de santo, é
xirê de orixá. Um doce perfume baila no ar. Ouço o povo cantando e me deixo levar...
Rufam os tambores e o povo vai ao delírio. Sinto meu corpo tomado pela cadência do samba,
sinto meu coração pulsar no compasso do surdo de primeira. Saravá pra quem chega! Minha
querida Verde-e-Rosa pede passagem... É no dengo da baiana que a Mangueira vai passar!
Alas e alegorias despertam minhas lembranças. O Brasil conhece minha voz, um retrato de sua
diversidade “nas asas de um Carcará.” Viajo no tempo num voo triunfal até o Teatro Opinião.
Nessa noite de magia, encarno a poesia que declamo nos palcos da vida. Sou abelha rainha, fera
ferida...Posso ser tantas mesmo sendo uma só. Sou Maria Bethânia, a bordadeira da canção,
encenando minha própria trajetória..

Volto às minhas origens. Salve Santo Amaro da Purificação, reduto do samba de roda. De pés
descalços abro a roda e revivo a ternura daquele tempo de tantas brincadeiras e manifestações
populares. Meu sonho de criança se torna realidade...Estou no circo, imenso teatro de lona verde e
rosa. Sou uma menina a “brincar de viver” a emoção que já não cabe em mim.
Obrigado, Mangueira... Explode, coração!

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FICHA TÉCNICA

Samba-Enredo

Outras informações julgadas necessárias

PARTE 3 – PONTO DE VISTA MELÓDICO


Construída em tonalidade maior, a melodia foi concebida de forma a equilibrar aspectos como
força e dolência em função das idéias de enredo abordadas na letra, além de primar pela
criatividade ao trazer variações nos desenhos melódicos, nas divisões das células rítmicas e nos
encadeamentos harmônicos, sempre respeitando a essência da alma musical presente na grande
maioria dos sambas da história mangueirense.

“Quem me chamou... Mangueira


Chegou a hora, não dá mais pra segurar
Quem me chamou... chamou pra sambar
Não mexe comigo, eu sou a menina de Oyá
Não mexe comigo, eu sou a menina de Oyá”
O refrão principal é aberto com a citação a “Brincar de Viver”, um dos principais sucessos de
Maria Bethânia, tendo a mesma melodia/letra do verso que abre a referida música. Os versos 1 e 3
apresentam paralelismo por usarem a mesma estrutura pergunta-resposta. O refrão se encerra com
a repetição de um verso que apresenta uma característica rítmica dos sambas de roda, tão
presentes na obra de Bethânia, além da própria referência melódica ao famoso refrão “Não mexe
comigo, eu não ando só” de “Carta de Amor”.

“Raiou... Senhora Mãe da tempestade


A sua força me invade
O vento sopra e anuncia
Oyá... Entrego a ti a minha fé
O abebé reluz axé
Fiz um pedido pro Bonfim abençoar”
Oxalá, Xeu Êpa Babá!
A primeira parte tem na força da sua melodia o seu principal traço, com o uso de figuras mínimas
e semínimas (“Rai-ou”, “Oy-á”) que propiciam um canto mais aberto, característica marcante dos
sambas da escola, buscando dar a valentia necessária à abertura do samba, momento em que a
bateria toca numa dinâmica mais forte. No sexto verso há uma passagem para o acorde anti-
relativo que traz uma interessante variação melódica e harmônica para o fechamento do conjunto.

“Oh, Minha Santa, me proteja, me alumia


Trago no peito o Rosário de Maria
Sinto o perfume... Mel, pitanga e dendê
No embalo do xirê, começou a cantoria”
Aqui inicia-se uma nova ideia melódica em consonância com a mudança para a temática do
catolicismo/sincretismo que ocorre na letra. Os dois primeiros versos imprimem um tom de
lamento que traduz a ideia de oração a Nossa Senhora. Em seguida há uma variação para o acorde
relativo, que reforça o clima introspectivo desejado.

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FICHA TÉCNICA

Samba-Enredo

Outras informações julgadas necessárias

“Vou no toque do tambor... ô ô


Deixo o samba me levar... Saravá!
É no dengo da baiana, meu sinhô
Que a Mangueira vai passar”
O refrão do meio é construído a partir do quarto grau na cadência harmônica. Nos dois primeiros
versos a melodia apresenta uma estrutura paralela: ambos possuem uma terminação complementar
(“ô ô” /“Saravá”) recaindo nos tempos fortes dos respectivos compassos, o que proporciona força
para o canto do componente. No bis, a melodia é deslocada para uma região mais aguda, com
algumas diferenciações em relação à primeira passagem, além de uma terminação no acorde
relativo.

“Voa, carcará! Leva meu dom ao Teatro Opinião


Faz da minha voz um retrato desse chão
Sonhei que nessa noite de magia
Em cena, encarno toda poesia
Sou abelha rainha, fera ferida, bordadeira da canção”
A segunda parte se inicia com melodias mais desenhadas em harmonia com a dinâmica da bateria,
que toca mais leve com a saída do chocalho e o tamborim mais desenhado. Aqui também se
fazem presentes as mínimas e semínimas (“so-nhei”, “em ce-na”) que propiciam força no canto
em uma crescente, cujo ápice (“em cena”) acontece na preparação para o acorde anti-relativo sem
finalmente recair sobre este, o que traz interessante e inesperada variação harmônica.

“De pé descalço, puxo o verso e abro a roda


Firmo na palma, no pandeiro e na viola
Sou trapezista num céu de lona verde e rosa
Que hoje brinca de viver a emoção
Explode coração”
O trecho final se inicia com o uso da função mixolídia no sétimo grau menor após o acorde de
quarto grau maior, que esboça o início de um “ciclo de quintas” ou “ciclo de dominantes” e,
assim, transmite uma cadência característica das músicas regionais nordestinas, numa referência à
origem de Maria Bethânia no Recôncavo Baiano. Em seguida (“Sou trapezista...”), a melodia
ganha um sabor mais doce para acompanhar a idéia da letra, que é lembrar o sonho de criança da
homenageada. Por fim, a melodia faz uma “escada” no último verso (“Explode coração”) em
preparação para o refrão principal.

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FICHA TÉCNICA

Bateria

Diretor Geral de Bateria


Rodrigo Explosão
Outros Diretores de Bateria
Vitor Art, Alex Explosão, Alexandre Marrom, Biraney Conceição, Jaguara Filho, Maurício Macalé,
Nielson Alves, Reinaldo Nenem, Taranta Neto e Zé Campos
Total de Componentes da Bateria
280 (duzentos e oitenta) ritmistas
NÚMERO DE COMPONENTES POR GRUPO DE INSTRUMENTOS
1ª Marcação Surdo Môr Timbal Rece-Reco Ganzá
23 35 20 0 20
Caixa Tarol Tamborim Tan-Tan Repinique
0 70 32 0 30
Prato Agogô Cuíca Pandeiro Chocalho
0 10 20 0 20
Outras informações julgadas necessárias

Mestre de Bateria
Rodrigo Explosão – Nosso Mestre Rodrigo Explosão é mais um dos frutos dessa Mangueira, árvore
tão frondosa e traz o DNA do grande Mestre Alcir Explosão. Oriundo da Mangueira do Amanhã,
desde 2000 desfila na bateria adulta e, há 9 anos, faz parte da Coordenação da Ala, composta apenas
por ritmistas criados em Mangueira, e chega em 2016, aos 26 anos, ao posto máximo de Diretor de
Bateria, com a missão de manter vivas as tradições dos Grandes Mestres, que estiveram à frente de
nossa Orquestra de Percussão, como Waldomiro, Taranta, Saratoga, Ximbico, Ailton e seu pai Alcir
Explosão. Mais uma vez, “Um Menino da Mangueira” fará ecoar na Sapucaí, a marca registrada de
nossa bateria – a batida do surdo sem resposta, (criada por Lúcio Pato e China Florípedes) e os
desenhos dos tamborins. Como está presente no nosso Samba Hino “Todo mundo te conhece ao
longe pelo som de seus tamborins e o rufar do seu tambor” Exaltação a Mangueira – Enéas Brites e
Aluísio da Costa.

A Bateria
Mantendo a batida do surdo sem resposta, marca da singularidade inigualável de nossa Bateria - fiel
a suas tradições, tendo, ainda 35 surdos môr incumbidos de realizar os cortes de acordo com a
melodia do samba, a fim de gerar o “balanço” inconfundível da Verde e Rosa fazendo uma “levada”
acentuada no “contratempo” e tendo seus tamborins como diferenciais, a Bateria da Estação
Primeira de Mangueira segue a evolução rítmica do samba.
Os ensaios para o Carnaval 2016 se iniciaram em setembro de 2015, sob o comando do Mestre
Rodrigo Explosão; nossos ritmistas dedicaram muitas de suas noites aos ensaios, a fim de que o
desenvolvimento, a afinação dos instrumentos e a sintonia entre eles mantenha a cadência, para
realização de um grande desfile com perfeito entrosamento e evoluções rítmicas criativas.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Bateria

Outras informações julgadas necessárias

Mestre Rodrigo Explosão, e toda a Coordenação da Ala da Bateria desenvolveram as convenções


e as bossas que serão apresentadas em desfile e contaram com a participação de todos os ritmistas
nos ensaios que se intensificaram a partir da segunda quinzena de outubro, logo após a definição
do Samba Enredo para o Carnaval 2016.
Além das noites de sábado, no Palácio do Samba, quando a Bateria abrilhanta os Ensaios da
Verde e Rosa, a Coordenação da Ala programou dois dias de ensaio por semana, sendo um só
para a Ala e outro em conjunto com os diversos segmentos da Escola, contribuindo para o
desenvolvimento da Harmonia de nossa escola.
Mestre Rodrigo Explosão, seu segundo diretor Vitor Art e os demais diretores auxiliares e
ritmistas não mediram esforços para chegarem ao grande dia de desfile, preparados para todos os
momentos, de modo a brindar a todos com uma apresentação, capaz de conjugar tradição e
ousadia, e cumprir a função de sustentar o ritmo durante o desfile, sempre preocupados em
enriquecer a beleza melódica do samba e sem comprometer o andamento da Escola. A Direção da
Escola preocupada em obter excelência em qualidade, foi buscar o maestro Jorge Cardoso, grande
arranjador, produtor do CD das Escolas de Samba e antigo julgador do quesito Bateria, trazendo
sua experiência para somar forças com a direção da Bateria e a Harmonia junto ao carro de Som.

Rainha de Bateria
Evelyn Bastos - Com Evelyn à frente de nossa Bateria, a Estação Primeira mantém mais uma de
suas tradições: encontrar nas belas meninas de nossa comunidade aquela que ocupará o posto de
Rainha. A menina Evelyn, nascida e criada no Morro de Mangueira, foi aluna dos Projetos
Sociais da Verde e Rosa até concluir o curso superior. Passista de primeira linha, Evelyn foi Musa
do programa Caldeirão do Huck e consagrada no Concurso de Rainha do Carnaval do Rio de
Janeiro, em 2013, e agora em casa, pelo terceiro ano, abrilhantará nossa bateria com sua beleza,
espontaneidade e muito, mas muito mesmo samba no pé. Evelyn Bastos, em seu figurino, fará
menção à canção Fera Ferida, imortalizada por Bethânia.

Apoio: Ao longo do desfile a coordenação de bateria auxilia e hidrata os ritmistas sendo


necessário que seus membros, em alguns momentos, circulem no meio da Bateria.

Dados históricos sobre a bateria da Estação Primeira de Mangueira:


A Mangueira é a única escola de samba que possui uma “ala de bateria” - fundada em, 03 de
Março de 1959, por Raymundo de Castro, Sinhozinho, Homero José dos Santos (Seu Tinguinha),
Waldyr José Claudino, Zé Crioulinho e outros mangueirenses de tradição, que sob a regência do
Grande Mestre Waldomiro Tomé Pimenta, desde 1938 fez escola formando gerações de ritmistas
que perpetuaram a tradição verde e rosa. Waldomiro dono de uma musicalidade extraordinária -
regia e tocava seu instrumento ao mesmo tempo. Preocupado com a formação de ritmistas criou
junto com o grande Mestre Tinguinha a bateria mirim, imortalizada nos versos de Menino da
Mangueira de Sérgio Cabral e Rildo Hora.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Harmonia

Diretor Geral de Harmonia


Sergio Lucchesi e Dimichel Velasco
Outros Diretores de Harmonia
Thiago Miranda, Victor Santos, Renato Korte, Bernard Oliveira, Edson Lobo, Fábio Vinicius,
Vladimir Rodrigues, Greg Tavares, Martins, Nilso, João Carlos, Miranda Ed, Paulo Asprilla,
Moreira, Lacyr, Edson dos Santos, Marcelinho Emoção e José Carlos.
Total de Componentes da Direção de Harmonia
21 (vinte e um) componentes
Puxador(es) do Samba-Enredo
Intérprete Oficial: Ciganerey
Apoio: Leandro Santos, Hudson, Lequinho, Douglas, Deivid Domenico e “Bico Doce.”
Instrumentistas Acompanhantes do Samba-Enredo
Cavaquinho – Digão e Luiz Paulo
Violão – Thiago Almeida
Outras informações julgadas necessárias
Direção Musical e Arranjos – Maestro Jorge Cardoso
Vice-Presidente de Harmonia – Edson Goes (Edinho)

Destacamos o importante trabalho das tradicionais alas técnicas da Estação Primeira de Mangueira: Periquitos,
Bohêmios e Só Para Quem Pode. Com função primordial no suporte à direção de Harmonia da Mangueira, seus
componentes, são bases importantes para o processo de evolução e harmonia de nosso desfile.
Harmonia em desfile de Escola de Samba é o entrosamento entre o ritmo e o canto, Esta é a definição do Manual
do Julgador da LIESA para o Quesito.
No passado quando do inicio dos Desfiles das Escolas de Samba existiram aquelas personalidades que dominavam
toda cena na apresentação da Agremiação, como podemos citar no âmbito da Mangueira Seu Júlio, Chico Porrão e
o maior de todos, Mestre Xangô, que, ao trilar o apito reunia todo povo de Mangueira. Nos dias atuais o
crescimento das Agremiações e a grandeza das estruturas não permite que apenas uma pessoa seja a responsável
pela escola.
Na verdade podemos afirmar que, atualmente, a Harmonia é um compromisso de toda Escola, mas para isso torna-
se necessário um longo processo de preparação de cada segmento para que tudo esteja perfeitamente adequado no
desfile.
Após a definição do Samba Enredo a Direção de Harmonia deu inicio aos ensaios de canto. Tais ensaios,
realizados, inicialmente, no Palácio do Samba, envolveram os integrantes do carro de som e as alas da
comunidade; posteriormente foram recebendo os grupos teatralizados que terão a missão de engrandecer alguns
momentos de nosso enredo, até que deles passaram, a participar os ritmistas do Mestre Rodrigo Explosão. Assim,
nosso ensaio de canto integrou os diferentes segmentos que participarão de nosso desfile, mas apenas isso não era
o bastante.
Chegou o momento de ultimarmos a preparação do desfile foram marcados vários ensaios de rua, em área próxima
a Visconde de Niterói, aos pés do Morro de Mangueira. Assim, simulando o desfile da Sapucaí, estabelecemos as
metas para o grande treino no campo de jogo, ou seja, o ensaio técnico na Sapucaí, quando mais uma vez
aproveitamos o momento para ajustar os mínimos detalhes de nossa apresentação. Após os ensaios sempre fizemos
reuniões de avaliação, com o objetivo de oferecer a todos um grande desfile, no qual o “chão” de nossa Escola
mostre que além de samba no pé tem o samba no gogó e um coração que pulsa no ritmo de nossa bateria.
Ressaltamos, que esse ano a beleza melódica de nosso samba aliada a sua linda poesia facilita sobremaneira o
desempenho do componente permitindo um perfeito entrosamento entre o canto e o ritmo em nossa escola.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Evolução

Diretor Geral de Evolução


Função desenvolvida pela Equipe de Harmonia
Outros Diretores de Evolução
Função desenvolvida pela Equipe de Harmonia
Total de Componentes da Direção de Evolução
21 (vinte e um) componentes
Principais Passistas Femininos
Evelyn Bastos (Rainha de Bateria), Renata Santos, Queila Mara, Alessandra Risette, Ana Cristina,
Amanda Mattos, Carla, Claudiene Steves, Fernanda Oliveira, Flávia Santos, Gláucia Fernanda
Bastos, Juliana Carvalho, Rafaela Bastos, Luciana, Angele, Laisa (Musa do Calderão 2016),
Dominick e Carla Souza
Principais Passistas Masculinos
Alan Pereira, Jofre e Sorriso (Passista show).
Outras informações julgadas necessárias

A comunidade da Mangueira assumiu o enredo “Maria Bethânia – A Menina dos Olhos de Oyá” e
vai para a Avenida feliz, com determinação e muita garra para disputar o título do Carnaval 2016.

Garra, determinação, trabalho e AMOR à Verde e Rosa, deram base para a preparação da Mangueira
no quesito Evolução. Realizamos inúmeros ensaios de canto e outros tantos técnicos – com a
participação de todos os segmentos e, diversos ensaios específicos – para os grupos teatralizados
(que enfatizam a apresentação de algumas passagens do enredo), composições das alegorias,
comissão de frente e casais de mestre-sala e porta-bandeira. Em todos esses ensaios a direção de
evolução estimulou a individualidade dos componentes de modo a permitir que o todo a ser
apresentado em desfile seja a soma da alegria e da criatividade com que cada componente pisa na
Avenida, uma vez que Samba no Pé é uma das características mais marcantes de nossa escola.

Falar em Evolução na Estação Primeira de Mangueira é valorizar nossa comunidade, os esforços dos
componentes e diferentes segmentos, que se prepararam, desde a escolha do Samba Enredo, para
desfilar com a alma feliz. Apresentaremos a pureza de nossas Crianças, o garbo da Velha Guarda, as
surpresas da Comissão de Frente, a elegância do Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira, o Samba no
Pé de nossos Passistas, a beleza de nossos Destaques e Composições, o trabalho de nossos Diretores,
a energia de nossas Baianas, embalada por nosso carro de som tudo isso ao ritmo da Bateria.
Mangueira evoluirá com fluência e harmonia de forma a ocupar os espaços não só na Sapucaí, mas,
também, nos corações e nas mentes de todos. Como deixa claro nosso Samba seremos milhares de
Bethânias em desfile simultaneamente homenageando e sendo homenageados por essa fantástica
diva da Música Popular Brasileira.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Evolução

Outras informações julgadas necessárias

Sobre a Ala de Passistas

Diretora da Ala de Passistas: Queila Mara


Assistentes da Coordenadora: Mônica, Dalcimar, Glorinha, Bruno e Pérola.

A tradicional ala de passista da Estação Primeira de Mangueira tem uma raiz legítima de “samba
no pé” que se apresenta no gingado, no rebolado e na essência de uma tradição que vem de berço.

Nos dois últimos anos a ala tem mostrado seu valor fazendo de sua apresentação um verdadeiro
show de nossa Agremiação. Em 2014, a ala de passistas da verde e rosa foi a mais premiada do
Carnaval carioca conquistando todos os prêmios oferecidos ao segmento, tendo ganhado
inclusive, o Estandarte de Ouro. Repetindo o “feito” em 2015, a ala conquistou mais um
Estandarte, aumentando assim, a galeria de troféus que assegura a permanência do grupo entre os
mais legítimos representantes da tradição do “samba no pé.”

Ao longo de sua história, diversos passistas (masculinos e femininos) da Estação Primeira de


Mangueira conquistaram o reconhecimento do respeitado júri do prêmio oferecido pelo jornal O
Globo. Entre eles, vale destacar os nomes de: Carlinhos do Pandeiro (1972); Laerte (1980); Índio
(1981 e 1984); Gargalhada (1987); Serginho do Pandeiro (1990); Janaína (1991); Celsinho
(1992); Ana Paula (1997) – Rainha de Bateria; Tânia Bisteka (1999) – Rainha de Bateria; Fabiana
(2000); Fabiana Oliveira (2001); Reinaldo (2002); Juliana Clara (2003); Mateus Olivério (2004) e
Fábio (2010).

Vale destacar a premiação coletiva da ala através dos dois últimos Estandartes de Ouro
consecutivos (2014 e 2015) e os nomes de Evelyn Bastos – atual Rainha de Bateria - e Laisa,
como ganhadoras do concurso de passistas promovido pelo programa televisivo Caldeirão do
Hulk nos anos de 2013 e 2015 respectivamente.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Informações Complementares

Vice-Presidente de Carnaval
Aramis dos Santos (Vice-Presidente)
Diretor Geral de Carnaval
Junior Schall
Outros Diretores de Carnaval
Conselho de Carnaval
Responsável pela Ala das Crianças
Valéria Cristina de Souza
Total de Componentes da Quantidade de Meninas Quantidade de Meninos
Ala das Crianças
80 50 30
(oitenta) (cinquenta) (trinta)
Responsável pela Ala das Baianas
Nelcy da Silva Gomes
Total de Componentes da Baiana mais Idosa Baiana mais Jovem
Ala das Baianas (Nome e Idade) (Nome e Idade)
100 Tia Suluca Naomi
(cem) 78 anos 21 anos
Responsável pela Velha-Guarda
Ermenegilda Dias (Dona Gilda)
Total de Componentes da Componente mais Idoso Componente mais Jovem
Velha-Guarda (Nome e Idade) (Nome e Idade)
69 Dona Ilka Carlos Alberto
(sessente e nove) 90 anos 65 anos
Pessoas Notáveis que desfilam na Agremiação (Artistas, Esportistas, Políticos, etc.)
Nelson Sargento, Rosimery, Alcione, Zélia Duncan, Gringo Cardia, Regina Casé, Adriana
Calcanhoto, Moacyr Luz, Renata Sorrah, Lúcia Veríssimo, Leda Nagle, Bia Lessa, entre outros.
Vale destacar a presença da cantora Maria Bethânia, homenageada com o enredo que
apresentamos
Outras informações julgadas necessárias

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Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Comissão de Frente

Responsável pela Comissão de Frente


Junior Scapin
Coreógrafo(a) e Diretor(a)
Junior Scapin
Total de Componentes da Componentes Femininos Componentes Masculinos
Comissão de Frente
15 15 0
(quinze) (quinze)
Outras informações julgadas necessárias

A Comissão de frente da Estação Primeira de Mangueira exalta a orixá Oyá. Conhecida como
Iansã, a deusa africana possui intima ligação com a cantora baiana que apresentamos como
enredo. Iniciada no candomblé, sendo consagrada à orixá considerada a “rainha dos raios e das
tempestades”. Maria Bethânia nunca deixou de reverenciar aquela que rege seu orí (palavra da
língua ioruba que significa literalmente cabeça).
Formado por mulheres negras, o grupo apresenta o arquétipo que associa Oyá ao símbolo de
sensualidade e valentia. A dança apresenta vigorosa movimentação que faz menção ao expressivo
gestual característico da orixá. Conjuga elemento alegórico, estética-afro e dinâmica de
movimento coreográfico a fim de revelar uma vigorosa apresentação que exalta os mitos, os
signos, e a imagem de Oyá/Iansã.

DADOS SOBRE O COREÓGRAFO JUNIOR SCAPIN

Registro Profissional concedido pelo Sindicato dos Profissionais da Dança como Coreógrafo /
Bailarino Clássico: 44029/RJ

Formação:
 Academia de Dança Jazz Carlota Portella
 Centro de Artes Nós da Dança
 Stúdio de Dança Adriana Tereza
 Escola Municipal de Danças Maria Olenewa (Teatro Municipal)
 Atualmente é coreógrafo do programa Esquenta (desde 2012) e do programa humorístico
Zorra - Rede Globo.

Trabalhos recentes como Coreógrafo:


 Criança Esperança - Rede Globo (2014 / 2012 / 2011 / 2010)
 JMJ - Jornada Mundial da Juventude / Apresentações dos Atos Centrais e Via-Sacra para o
Papa Francisco
 Show de inauguração do novo estádio do Grêmio Futebol Clube - Arena Grêmio / Porto
Alegre.
 1ª e 2ª temporada do Programa Humorístico Casseta & Planeta Vai Fundo - Rede Globo

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Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Comissão de Frente

Outras informações julgadas necessárias

No carnaval carioca atuou como coreógrafo nas seguintes comissões de frentes:

 Gres Paraíso do Tuiuti (2016 / 2015)


 Gres Império da Tijuca (2014 / 2013 / 2010)
 Gres Estácio de Sá (2012 / 2011)
 Gres Arranco do Eng. De Dentro (2007 / 2006)

Prêmios recebidos no carnaval:

2015
 Estrela do Carnaval - Site Carnavalesco (melhor comissão de frente)
 Samba Net (melhor comissão de frente)
 Plumas & Paetês (melhor coreógrafo Série A)
 Jorge Lafond (melhor comissão de frente)
 Gato de Prata (melhor comissão de frente)

2013
 Estrela do Carnaval - Site Carnavalesco (melhor comissão de frente)
 Samba Net (melhor comissão de frente)
 Plumas & Paetês (melhor coreógrafo Série A)
 Jorge Lafond (melhor comissão de frente)

2010
 Estrela do Carnaval - Site Carnavalesco (melhor comissão de frente)
 Plumas &a Paetês (melhor coreógrafo Série A)
 Jorge Lafond (melhor comissão de Frente)

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Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

1º Mestre-Sala Idade
Raphael Rodrigues 31 anos
1ª Porta-Bandeira Idade
Squel Jorgea 30 anos
2º Mestre-Sala Idade
Matheus Olivério 28 anos
2ª Porta-Bandeira Idade
Débora de Almeida 29 anos
3º Mestre-Sala Idade
Matheus Silva 19 anos
3ª Porta-Bandeira Idade
Vitória Viana 18 anos
Outras informações julgadas necessárias

PRIMEIRO CASAL DE MESTRE SALA E PORTA BANDEIRA – O Axé do Candomblé

Inseridos no setor que aborda a prática religiosa professada publicamente pela cantora que
apresentamos como enredo, o casal de mestre-sala e porta-bandeira Raphael Rodrigues e Squel
Jorgea apresentam uma fantasia que faz menção direta aos ritos, signos, e aos personagens do
universo das “casas de santo”.

Ele, um rico sacerdote com fantasia inspirada no traje dos ogãs dos terreiros. Ogã é o nome
genérico para as diversas funções masculinas dentro de uma casa de candomblé. É o sacerdote
escolhido pelo orixá para estar lúcido e colocar-se em contato com o divino através do som do
atabaque.

Ela, uma “iaô” vestida com a exuberância de um figurino inspirado no traje dos iniciados em sua
saída do roncó – espaço onde ficam recolhidos aqueles que se iniciam. Apresenta a cabeça
consagrada e pintada de pemba – espécie de giz branco - com as marcas que adornam os corpos
dos iniciados com a feitura. Ostenta ainda uma única pena junto à testa: o Ekodidé, simbolizando
a realeza e a honra adquirida pelo fato de ter se iniciado.

Juntos, Ogã e iaô, Raphael e Squel, bailam emanando a vibração do axé e a ancestralidade da
Estação Primeira. Embalados pelo som, pelo canto e pela dança, evidenciam um espetáculo
particular que louva com propriedade e beleza, a realeza e dignidade daquilo que representam.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Outras informações julgadas necessárias

DADOS SOBRE O CASAL


Aos 31 anos, Raphael Rodrigues realiza seu sétimo desfile consecutivo com a responsabilidade
de proteger o pavilhão mangueirense. A dança está presente em sua vida desde os oito anos de
idade, quando ainda menino se encantou pela arte da dança do casal responsável por conduzir o
pavilão das Escolas. Formado pela escola do Mestre Manoel Dionísio, ao completar a maior
idade, recebeu o convite para ser o primeiro mestre-sala do GRES Unidos de Vila Isabel em 2005.
Em 2006 sagrou-se campeão com o título da escola e conquistou o Estandarte de Ouro concedido
pelo júri do jornal o Globo.
Com passagens pelo GRES Unidos do Viradouro e pelo GRES Mocidade Independente de Padre
Miguel, Raphael estreou na Mangueira em 2010, onde pode conviver com o lendário mestre-sala
Delegado - de quem tornou-se discípulo e aluno aplicado – e passou a incorporar ao seu bailado
pessoal alguns dos passos eternizados pelo mestre.

Squel Jorgea mergulhou no universo do carnaval carioca ouvindo as estórias e memorias de seu
avô, o lendário partideiro e diretor de harmonia da Estação Primeira de Mangueira, Mestre Xangô
da Mangueira. O sangue de sambista falou mais alto e aos nove anos de idade ingressou no GRES
Acadêmicos do Grande Rio para fazer do samba uma opção de vida. Na Escola de Caxias
construiu uma história de vinte anos, tendo ocupado o cargo de primeira porta-bandeira da escola
por mais de década. Em 2013 apresentou-se renovada ao cruzar a Avenida defendendo o pavilhão
do GRES Mocidade Independente de Padre Miguel. No ano seguinte estreia na Mangueira, escola
do DNA de sua família, incorpora o “calor” e a “garra” das grandes porta-bandeiras da casa,
incluindo no gestual de suas apresentações, a memória das históricas Neide e Mocinha.
Conquistou a nação mangueirense e o público, abrindo caminho para o reconhecimento
evidenciado pelos prêmios que não tardaram a chegar, tendo sido agraciada no último ano com o
Estandarte de Ouro.

SOBRE A ORIENTADORA DO PRIMEIRO CASAL


Ana Paula Lessa – ex-bailarina e atualmente professora e coreografa da Escola de dança
Maristela Lobato - estreou no carnaval na equipe dos bailarinos e coreógrafos Hélio e Beth
Bejane, assistindo ao primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira do Salgueiro em 2013 e ao
primeiro casal da Mangueira em 2014. Assumiu o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira
para o carnaval de 2015, desenvolvendo um trabalho de lapidação do movimento e coreografia
respeitando o bailado tradicional e especial do quesito.

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Abre-Alas – G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira – Carnaval/2016

FICHA TÉCNICA

Mestre-Sala e Porta-Bandeira

Outras informações julgadas necessárias

SEGUNDO CASAL DE MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA – “Mel”

“Mel" é uma canção com letra escrita por Waly Salomão e música composta por Caetano Veloso.
A canção é um dos maiores sucessos do repertório da cantora Maria Bethânia, que a lançou no seu
famoso álbum de mesmo nome. Na canção, o “eu-lírico” dos autores entrega-se com prazer a uma
mulher que eles chamam de Abelha-rainha. Débora - nossa segunda porta-bandeira - personifica
essa mulher soberana, enquanto Matheus - nosso segundo mestre-sala - a corteja como um súdito
enamorado pronto para saborear seu néctar brilhante, puro e cristalino.

TERCEIRO CASAL DE MESTRE-SALA E PORTA-BANDEIRA – Imagens Poéticas de


Fernando Pessoa e Clarice Lispector

Apaixonada por poesia e literatura, Bethânia sempre cultuou o poder e a beleza da palavra dita.
Os roteiros de seus espetáculos são pensados a partir de minuciosa organização intertextual de
excertos literários e canções onde ela recita textos poéticos evidenciadas por sua ênfase
interpretativa. Nesse contexto, Fernando Pessoa e Clarice Lispector são autores que merecem
destaque no universo musical de Bethânia por serem constantemente declamados em suas
apresentações. Em função disso, nosso terceiro mestre sala personifica de forma lúdica a figura de
Fernando Pessoa, enquanto nossa terceira porta bandeira traduz o universo literário de Clarice
Lispector. Em meio à permissividade poética possibilitada pelo carnaval, Fernando e Clarice
bailam enamorados pelo chão da Avenida.

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