Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
MAÇÔNICO
Ano II n.º 21 Nov.-Dez./2002
EDITORIAL ÍNDICE
Q Pág. 2
u ando do fechamento desta edição, o ano de 2003 já se O que a imprensa
E
iniciara. Mas a mensagem que desejamos passar poderia ser passada noticiou
em qualquer ocasião:
-Após o recesso maçônico, ao retornarmos às nossas Lojas, Pág. 3
encontraremos os mesmos “velhos problemas”, como ausência de IIr.:, Curiosidades
as dificuldades financeiras para a execução de obras nas Lojas, assim Pág. 4
como para obras filantrópicas e sociais etc; e ainda o velho/novo
Para pensar
questionamento sobre “ o que podemos fazer hoje em dia pela
Frases que marcaram
sociedade e pelo próximo ... com todas as dificuldades que o cotidiano
hodierno nos impõe... “ Pág. 5
- A Maçonaria tem várias “faces” e objetivos, tais como: Gr. Dic.Enciclopédico de
transformar a Pedra Bruta que somos em indivíduos melhores, mais Maç. e Simbologia
burilados, para que o nosso comportamento seja exemplar...; ela tem (Nicola Aslan)
cunho filantrópico, de auto-ajuda...; seu passado é garboso e grandioso Biblioteca
(é importante conhecê-lo) etc. Pág. 6
A sua principal característica, no entanto, é ser uma sociedade
Saúde é coisa séria
Iniciática. E muitos ainda continuarão saindo dos quadros das Lojas e
Pílulas Maçônicas
outros tantos permanecendo como “profanos de aventais”, por não
compreenderem isto, que é o principal mister da Maçonaria, pois Pág. 7 à 9
aquele que “busca”, que acredita que o homem, a sua inteligência e o Trabalhos Maçônicos
seu espírito transcendem à vida material; aquele que busca encontrar a
Pág. 10 e 11
Divindade... este vai ser sempre um eterno “iniciando’, pois que
a“busca” não tem fim. E o polimento da pedra já cúbica também é Francês x Português
infinito na busca da Perfeição. Pág. 12
E este objetivo é a mola propulsora e motivadora para o estudo e o
História pura
conhecimento dos “mistérios”, que em última análise é subjetivo,
embora, como uma grande e unida família, devamos buscar juntos, Pág. 13
interagindo e fazendo uma simbiose dos nossos conhecimentos Viagem ao nosso interior
adquiridos.
Pág. 14
Carlos Alberto dos Santos/ M. .M. .
. . Biografia do mês
Pág. 15
O nosso planeta
Cientistas indianos descobriram construções do ano de 7.500 antes de Cristo, sugerindo que as cidades
mais antigas do mundo existiram 4.000 anos antes do que se acredita atualmente, afirmou uma autoridade do
governo no início deste ano.
Os cientistas encontraram pedaços de madeira, restos de cerâmica, fósseis de ossos e o que parecia ser
material de construção na costa de Surat (oeste da Índia), afirmou Murli Manohar Joshi,ministro da Ciência e
Tecnologia do país.
“Alguns desses artefatos recolhidos pelo Niot (Instituto Nacional de Tecnologia Oceânica) do local, como
um pedaço de madeira datam de 7.500 a. C., o que indica uma cultura muito antiga no hoje golfo de Cambay,
que acabou submersa”, declarou Joshi.
Atualmente, acredita-se que as primeiras cidades apareceram por volta de 3.500 a. C. no vale de Sumer,
onde se encontra atualmente o Iraque.
“Podemos dizer com segurança, com base nos objetos e nas imagens acústicas das estruturas geométricas,
que havia atividade humana na região há mais de 9.500 anos atrás”, afirmou S.N. Rajguru, um arqueólogo
independente.
Fonte: REUTERS
*************************************************************************************************
AÇÃO ACADÊMICA
Alfredo P. Cunha
Cirurgião Dentista – CRO 4679
Dr. Wagner Buono
Glaicy M. Cunha Ginecologista e Obstetra
CRM 52.27620-8
Periodontia e Endodotia –
Acompanhamento Pré-Natal
Atendimento: Tratamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis
2ª, 3ª, 5ª e 6ª 8h às 11h – 14h às 17h Prevenção do Câncer de Colo
Prevenção do Câncer de Mama
Avaliação Hormonal na Peri-Menopausa e Menopausa
Praça Tiradentes 115, São Bento, Cabo Frio, RJ CEP. 28.906-290 Praça Porto Rocha, 37 - sala 109 – Centro – Cabo Frio - RJ
Cep: 28.905-250 - Tel/fax: (22) 2643.4878
(22) 2647.2931 Fax: (22) 2647.4285
e-mail: labolagos@uol.com.br
3
e-mail: javs@levendula.com.br
4
PARA PENSAR
UMA LENDA
(Autor desconhecido)
Diz uma lenda árabe que dois amigos viajavam pelo deserto e, em determinado ponto da viajem,
discutiram. O outro, ofendido, sem nada a dizer, escreveu na areia: “Hoje, o meu melhor amigo me bateu no rosto”.
Seguiram e chegaram a um oásis, onde resolveram banhar-se. O que havia sido esbofeteado
começou a afogar-se, sendo salvo pelo amigo. Ao recuperar-se, pegou um estilete e escreveu numa pedra:
“Hoje, meu melhor amigo me salvou a vida”.
Intrigado, o amigo perguntou:
- Por que depois que lhe bati, você escreveu na areia e agora escreveu na pedra?
Sorrindo, o outro amigo respondeu:
- Quando um grande amigo nos ofende, deveremos escrever na areia, onde o vento do
esquecimento e do perdão se encarregam de apagar; Porém, quando nos faz algo grandioso,
deveremos gravar na pedra da memória do coração, onde vento nenhum do mundo poderá apagar.
(*) Ir.: pertencente à Loja AMIZADE FRATERNAL II nº 12, do Oriente de Cabo Frio
*************************************************************
6
GRANDE DICIONÁRIO ENC. BIBLIOTECA
DE MAÇONARIA E
SIMBOLOGIA
NICOLA ASLAN
MANIAS E CRENDICES
Em nome da Maçonaria
José Castellani
7
SAÚDE É COISA SÉRIA
Pitadas de saúde
Por Regina Pereira
Além de conferir aroma e gosto aos mais variados pratos, o orégano está chamando a atenção de
especialistas por conter um mistura exemplar de substâncias antioxidantes. "São mais de 15 compostos
fenólicos com atividades protetoras", festeja a nutricionista Ana Vládia Moreira, da Universidade de
São Paulo. Entre eles destacam-se os ácidos salicílico, protocatequínico, cumárico e caféico. Ana Vládia
anda investigando diversas especiarias e descobriu que o orégano está entre as mais benéficas. Para
cientistas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, que avaliaram 39 ervas, ele ocupa o
primeiro lugar no ranking de vegetais capazes de combater a ação de temidas moléculas conhecidas
como radicais livres. Dessa forma, não permite que ocorra a danificação de células, brecando o
envelhecimento precoce e impedindo que gorduras se oxidem e se acumulem nas artérias. Depois de
analisar a especiaria, os cientistas americanos afirmaram que até aclamados alimentos como a maçã e a
cenoura perdem para o orégano nesse quesito. Uma das explicações para tanta potência é que, assim
como os humanos, a planta precisa se proteger da ação danosa do sol. Para isso produz tais
substâncias, que servem de barreira contra a ameaça dos raios ultravioleta. O melhor é que para
usufruir de todos esses benefícios vale tanto a erva fresquinha como a industrializada, pois mesmo
quando é processada ela conserva muitos de seus atributos. E ninguém precisa lotar o prato de
orégano. "Bastam pitadinhas diárias, na salada ou na massa", ensina Ana Vládia. Até porque o exagero
no consumo pode atrapalhar a absorção de proteínas — uma dica: se o tempero estiver
comprometendo o sabor dos outros alimentos é sinal de que você carregou na mão.
PÍLULAS MAÇÔNICAS
O CHAPÉU
Somente o Venerável desfruta do privilégio de usar chapéu nas Lojas de primeiro e segundo Graus,
como símbolo da autoridade e da superioridade. Tal costume tem origem nas cortes antigas, onde o rei era o
único que mantinha a cabeça coberta. Segundo Oswald Wirth, o chapéu substitui a coroa, significando que
quem o usa não é detentor de um poder despótico, mas de um poder que lhe advem da vontade de seus
súditos.
Assim, o chapéu, usado pelo Venerável nas Lojas de 1º e 2º Graus, simboliza o comando concedido
pelos demais componentes da Oficina e reflete, pois, a vontade de todos os Irmãos que, assim aceitando este
comando, colaboram para que a ordem e a disciplina dos Trabalhos sejam garantidos.
8
TRABALHOS MAÇÔNICOS
AOS NEÓFITOS
Irm. José Augusto Melo/M.: M.: (*)
Quando sabemos que o Maçom deve pugnar pela pesquisa em busca da VERDADE, quando o
próprio Regulamento Geral da Ordem, no item II do seu Art. 107 (*N.R.: das Grandes Lojas) mostra
claramente sua preocupação com a instrução maçônica sobre história, legislação, simbologia e filosofia da
Ordem, é lastimoso se admitir que ainda se evidenciam procedimentos sob a égide do “FAÇO PORQUE
VEJO FAZER”.
Os afazeres profanos na luta pela subsistência, a escassez de literatura maçônica, ou, quando
disponível, distante da precisão e objetividade almejadas; a dificuldade de se ministrar em Loja todos os
novos conhecimentos sobre a sublime Ordem, mercê do número cada vez mais constante de profanos que
recebem a VERDADEIRA LUZ e, sejamos realistas, o MAIS CONTUNDENTE, por vezes o desinteresse de
muitos que aqui adentram, pelos nossos Aug.: Mistérios.
Há poucos dias, quando determinados neófitos assinavam pela primeira vez o Livro de Presença,
pude observar um dos M.: M.: da Loja sugerir: “BOTE OS TRÊS PONTINHOS”; e assim se fez. Nada mais
lhes foi acrescentado a título de orientação – O QUE SIGNIFICAM? O PORQUÊ DOS TRÊS PONTINHOS
NAS ABREVIATURAS DA TERMINOLOGIA MAÇÔNICA E QUE APOMOS EM NOSSA ASSINATURA,
APÓS RECEBERMOS A LUZ?
Significam eles, mm.: IIr.:, O VÉRTICE DE UM TRIÂNGULO, OS TRÊS PONTOS BÁSICOS DE
UMA PIRÂMIDE. O PONTO SUPERIOR, simboliza a VONTADE; O PONTO INFERIOR, lado direito, A
INTELIGÊNCIA; o lado esquerdo, O AMOR ou A SABEDORIA, elementos fundamentais que norteiam e
emolduram a vida maçônica. Em nossa Sublime Ordem, esse ternário é uma constante.
Tanto é que:
Três (3) são os membros da Trindade Cristã: Pai, Filho e Espírito Santo;
Três (3) são os componentes do tempo: passado, presente e futuro;
Três (3) são os membros da família: pai, mãe e filho;
Três (3) são os graus simbólicos: Apr.:, Comp.: e Mestre, estabelecidos desde 1813, pela Grande Loja
da Inglaterra;
Três (3) são as colunas, onde tomam assento o Ven.: M.: , o 1º Vig.: e o 2º Vig.:, que sustentam o
Templo, representação do Universo: Jônica – que é a SABEDORIA, representa SALOMÃO, que idealizou
o Templo edificado em honra e glória do Grande Arquiteto do Universo; a DÓRICA – representando a
FORÇA, recorda a resolutiva participação de HIRAM, rei de Tiro, na edificação do Templo; A CORÍNTIA
- a BELEZA, rememorando o vigor e a devoção de HIRAM-ABIF, dotando aquela obra de refulgência
descomunal;
Três (3) são as grandes verdades da vida: NASCIMENTO, EXISTÊNCIA E MORTE.
Como sabem os IIr.:, além de ser uma Instituição humanitária de caráter fraternal, é a Maçonaria
também possuidora de grande profundidade filosófica. Daí podermos concluir que, tudo que nos rodeia
em nosso Aug.: Templo, tem o seu significado filosófico, por ser uma representação simbólica de tradições.
Os paramentos, como o LIVRO SAGRADO, o COMPASSO, o ESQUADRO; jóias fixas, como as
PEDRA BRUTA e POLIDA; as COLUNAS “B” e “J”, no pórtico do Templo; as jóias móveis, como o
ESQUADRO , o NÍVEL e o PRUMO, que ornam os colares das três LUZES da casa; a CORDA DE 81 NÓS
que rodeia o Templo por toda a extensão da parede. A Simbologia Maçônica, evidentemente, encerra
verdades profundas, excelsos segredos, mistérios que nos vão sendo desvendados, sistemática e
progressivamente, nesta Aug.: escola de aperfeiçoamento que é a MAÇONARIA.
Certo é, meus IIr.:, que não se pode admitir uma escola sem estudos. É preciso que aperfeiçoemos os
nossos conhecimentos, saibamos o significado de cada símbolo, de cada objeto existente na Loja. E é a
necessidade de melhor compreender a beleza encantadora da Maçonaria, que nos intima a ler bastante e a
pesquisar em busca da VERDADE, insigne contribuição para sermos autênticos construtores sociais,
verdadeiramente LIVRE E DE BONS COSTUMES.
9
MAÇONARIA/ESPIRITUALISMO
Ir.: ANTHERO BARRADAS/ M.: I.: (*)
A Maçonaria, apesar de não ser religião, tem caráter eminentemente espiritualista. A crença em Deus
(GADU) é o ponto de partida para a espiritualidade pregada pela ORDEM MAÇÔNICA.
O maçom, para praticar o seu espiritualismo, pode escolher entre as muitas religiões que existem, ou
pode até optar por não professar nenhuma. A crença em um SER SUPREMO, que a Maçonaria exige, não
implica em ter uma religião, mas em admitir a existência de um SER CRIADOR.
As religiões se constituem, em essência, numa só, porque, não obstante suas várias denominações,
dogmas e preceitos, todas induzem o homem a amar a LUZ DIVINA.
Apenas o UNIFICANTE SILÊNCIO deve ser o CONDUTOR e o GUIA do homem que, buscando a si
próprio, caminha em busca de sua FONTE CRIADORA.
Quando o Ven.: M.: adverte, fraternalmente, ao recém-Iniciado que ele não poderá falar em Loja,
que ele deverá passar um período, desde sua Iniciação até sua Exaltação a Mestre, sem falar, que ele
deverá ouvir, somente ouvir e observar, ele, o Ven.:, está simplesmente dando prosseguimento a um dos
mais antigos hábitos das mais remotas sociedades iniciáticas que a história registra e este hábito é o
silêncio.
Voltando para si mesmo, calado, em posição de reflexão e recepção, o Aprendiz está longe de se
mostrar em atitude passiva ou abúlica. Pelo contrário, todos os outros sentidos devem estar atentos para
tudo o que se passa ao seu redor em Loja. Ver, ouvir, sentir, receber, refletir e calar. Procurar juntar todas
essas informações que lhe chegam ao cérebro, informações estranhas e diferentes de tudo o que conhecia
até então e tirar daí as conclusões que lhe lancem a posições mais elevadas de observação devem ser a
preocupação e o interesse maior do Iniciado.
A Lei Iniciática do Silêncio a que se submete o Iniciado tem o seu início quando o Recipiendário
penetra na Câmara das Reflexões. Obrigado a permanecer sozinho, ladeado por símbolos, palavras e
frases, é estimulado a pensar e a penetrar fundo em seu interior. No silêncio da meditação vai de encontro
ao seu Ego e perscruta sua alma. Depara-se então com a sigla V.I.T.R.I.O.L. (Visita Interiora Terrae,
Retificando, Invenies Occultum Lapidem) – “Visita o interior da Terra e, retificando, encontrarás a Pedra
Oculta”. Nesta situação de semi-prostração, o Recipiendário é o hermetista, é o ocultista, é o alquimista na
sua busca incessante da Pedra Filosofal que, uma vez descoberta, o teria transformado no homem perfeito.
É o que o Maçom busca quando luta para transformar sua Pedra Bruta em Pedra Cúbica que poderá ser
utilizada e se encaixará perfeitamente na construção do seu novo mundo interior.
“Lege, lege, relege, ora, labora et invenies” (Lê, lê, relê, ora, trabalha e encontrará). Era esse o
conselho dado ao eleito para conhecer e para penetrar nos mistérios da Alquimia. E eram poucos os
escolhidos. E continua sendo este o conselho dado ao Iniciado de hoje. O Maçom é o alquimista que deixa
digerir em Banho-Maria todas as suas paixões, todos os seus vícios, todos os seus desejos incontroláveis
para vê-los transformarem-se em virtude, domínio de si mesmo, tolerância e prudência, no silêncio de sua
introspecção, o Recipiendário distingue as palavras “Vigilância e Pesrseverânça”, atitudes constantes em
seu estágio de observação. Mas, adverte o escritor Nicola Aslan , “calar não consiste somente em nada dizer,
mas também em deixar de fazer qualquer reflexão dentro de si, quando escuta alguém falar”. Entendemos esta
atitude como uma forma salutar de disciplina, pois assim não incorreremos no erro de negar
antecipadamente, às vezes até sem ao menos dar a oportunidade de chegar até nós as idéias. Em um
trecho do “Manual Del Aprendiz”( Magister, Editora Kier, Buenos Aires), lê-se:
“A disciplina do silêncio é um dos ensinamentos fundamentais da Maçonaria. Quem fala muito
pensa pouco, ligeira e superficialmente, e a Maçonaria quer que seus adeptos se façam melhores
pensadores que faladores”.
(*) Ir.: da ARLS RENASCIMENTO Nº 08
Faz parte dos usos e costumes de muitas Lojas Maçônicas realizarem uma ou mais
confraternizações em cada ano. Normalmente a época mais propícia é a de final de ano. Reúnem-se
todos os Irmãos da Loja com seus familiares não só para um almoço ou jantar festivo aonde domina a
alegria do encontro de “irmãos e amigos” como também se pratica uma reflexão séria e agradável
sobre um tema atual, espiritualizante e que reforça as convicções profundas que animam e dão raízes
à instituição maçônica.
Confraternização deriva de confraternidade, isto é, mútua amizade de irmãos; união fraterna;
amizade como de irmãos; conviver fraternalmente; concordar em sentimentos ou idéias.
Confraternização é amizade; é sentimento de quem é amigo; é afeição recíproca entre as pessoas; é
estima; é boas relações; é dedicação; é amor; é benevolência.
O conceito de confraternização maçônica vai muito além de uma reunião festiva
acompanhada de um ágape em qualquer ocasião do ano. Esta reunião festiva é uma simples
demonstração daquilo que deve existir dentro de uma Loja Maçônica no dia a dia, nas sessões
semanais, nos cuidados com as atividades desenvolvidas pela Loja no correr do ano, no
relacionamento de cada Irmão com o outro, no governo da Loja, na admissão de novos membros, no
relacionamento com os familiares, no trabalho da Hospitalaria...
Não resta a menor dúvida que as reuniões festivas de confraternização são oportunas, são
necessárias e fazem parte da vida dos Maçons desde os tempos mais remotos. O Grau 18 ensina para
quem já chegou a este degrau da Escada de Jacó, que os Rosa Cruzes, que nos antecederam e depois
se uniram aos maçons, tinham a prática de uma reunião anual, aonde confraternizavam cada um
relatando suas atividades anuais, estimulando os demais a continuar o trabalho de pesquisa nas
ciências e no desenvolvimento humano. O encontro era encerrado com um ágape, gesto que é
repetido na Maçonaria até hoje, por todos que conquistaram o Grau Rosa Cruz.
As confraternizações sempre foram imprescindíveis em todos os agrupamentos humanos,
desde o mais simples até o mais complexo. Como exemplo citamos a família cujos membros
confraternizam intensamente por ocasiões de nascimentos, casamentos, aniversários, bodas de 25
anos, de 50 anos de qualquer fato de relevância na família. As confraternizações encontramos nos
agrupamentos maiores como associações de classe, de trabalho, encontramos nos agrupamentos
religiosos aonde se festeja intensamente os fatos mais relevantes da Religião como o Nascimento de
Cristo, Sua Paixão e Morte que são celebradas com muita pompa e solenidade pelas religiões cristãs.
Voltando as confraternizações maçônicas, é bem verdade que muitos Maçons de valor,
passaram o ano inteiro nos encontros com seus Irmãos só no “bom-dia”, “boa-tarde” ou “boa-noite”. É
verdade e todos sabemos disso, muitos não conseguiram uma comunicação coloquial, esqueceram de
sorrir, de encantar o outro. Nos apertos de mão deixaram de transmitir o confortante calor da
sensibilidade, a afabilidade de Irmão para Irmão. Tudo isso acontece porque rodeados de
adversidades para sobreviver, somos levados a esquecer a nossa essência maior: “somos todos irmãos
e amigos”.
As confraternizações são importantes para a Loja Maçônica porque são ocasião propícia de
construir o nosso ser, de superar questiúnculas. São momentos gratificantes e de generosidade para
cada um. São fundamentais, onde uma energia nova envolve a todos, onde a emoção brota carinhosa
para redimir as nossas eventuais falhas, desatar amarras ocultas, transcender dificuldades que
impedem o progresso e irradiar a maravilhosa vida do homem maçom que supera as dificuldades, se
dedica com fé e amor aos postulados da Sublime Ordem. As confraternizações indicam sentimentos
da mais terna amizade e uma desejável predisposição para a Fraternidade.
*********************************************************
11
TEXTO EM FRANCÊS TEXTO EM PORTUGUÊS
DANS LE SIÈCLE, HORS DU SIÈCLE... NO SÉCULO, FORA DO SÉCULO...
Qu'une très étroite relation existe entre la Franc- Que uma relação estreita existe entre a Franco-
Maçonnerie et la société dans laquelle elle est implantée Maçonaria e a sociedade na qual ela está implantada é
est une évidence, à mes yeux tout au moins. Le Maçon uma evidência, no meu ponto de vista pelo menos. O
étant issu de la société ne peut qu'en reproduire les Maçom tendo vindo da sociedade só pode reproduzir os
schémas, les convictions, les préjugés. La culture en un esquemas, as convicções, os preconceitos. A cultura, em
mot. Il n'existe pas, à proprement parler, de modèle uma palavra, não existe, propriamente falando, de
universel maçonnique. À culture donnée, Maçonnerie maneira maçônica universal. A cultura permitida,
donnée, c'est clair. Plus avant, cette Maçonnerie Maçonaria permitida, claro. Mais adiante, esta
reproduira constamment la dynamique de sa société, Maçonaria reproduzirá constantemente a dinâmica desta
avec plus ou moins de fidélité, par un phénomène sociedade, com maior ou menor fidelidade, em um
résolument évolutionniste. fenômeno resolutamente evolucionista.
Cada país deste planeta, cada cultura neste
Chaque pays de cette planète, chaque culture dans ce país, absorveu o princípio maçônico lançado nos anos
pays, recevant le principe maçonnique s'est lancé dans de 1700 e tantas “poeiras”, numa adaptação do
les années 1700 et quelques poussières, dans une fenômeno sociológico maçônico que lhe será original.
adaptation du phénomène sociologique maçonnique qui Quer dizer, cada país tem colorido de sua própria
lui sera originale. C'est-à-dire que chaque pays a coloré cultura, de seu talento podemos dizer, à exemplo de
de sa propre culture, de son génie pourrait-on dire, à Chateaubriand, este sentimento, esta prática
l'instar de Chateaubriand, ce sentiment, cette pratique eminentemente plástica e polimorfa, que alguns
éminemment plastique et polymorphe, que certains desejam ne varietur (N.R.: invariável), chamada
souhaitent ne variatur, appelée Maçonnerie spéculative. Maçonaria Especulativa. No que se tornou o século das
Ce qu'en fera le siècle des Lumières en France est un Luzes na França é um fenômeno original, como o que
phénomène original, comme ce qu'en fera l'esprit se tornou o espírito alemão, o espírito escandinavo ou
allemand, l'esprit scandinave ou celui des États-Unis aquele dos Estados Unidos mais tarde.
plus tard. As culturas britânica e francesa eram a este
ponto diferentes que puderam dar nascimento ao século
Les cultures britannique et française étaient-elles à ce XVIII à momentos também diferentes? É uma
point différentes qu'elles aient pu donner naissance au verdadeira pergunta que jamais suscitou interesse.
18ème siècle à des mouvements aussi différents? C'est Esta idéia maçônica assim criada virá
une vraie question qui n'a jamais suscité d'intérêt. completar um sentimento nacional (nacionalista?) e
patriótico de cada um dos maçons em questão. Levará,
Cette idée maçonnique ainsi créée va venir compléter assim, ao Grande Oriente de França a recusar o status
un sentiment national (nationaliste?) et patriotique de de Loja-Mãe à Grande Loja Unida da Inglaterra. E, se
chacun des maçons concernés. Elle conduira ainsi le pode-se acentuar, justificadamente, as diferenças entre a
Grand Orient de France à refuser le statut de mère Loge Maçonaria francesa e a que é da competência da
à la Grande Loge Unie d'Angleterre. Et si on peut tradição anglo-saxona, são completamente comparáveis
souligner, à bon droit, les différences entre la às que existem, aliás, entre as Maçonarias africanas e do
Maçonnerie française et celle relevant de la tradition Grande Oriente de França, ou ainda, a do Brasil e a de
anglo-saxonne, elles sont tout à fait comparables à Portugal, cada uma destas emanações que não
celles existant par ailleurs entre les maçonneries constituem mais que uma tradução, viva e dinâmica, na
africaines et celle du G.O.D.F., ou encore celle du cultura considerada, da qual o início não fora mais que
Brésil de celle du Portugal, chacune de ces émanations um fenômeno do mundo anglo-saxônico do século XVII
ne constituant qu'une traduction, vivante et dynamique, ou XVIII.
dans la culture considérée, de ce qui au départ, n'était Esta idéia maçônica assim criada virá
qu'une phénomène du monde anglo-saxon du 17ème ou completar um sentimento nacional (nacionalista?) e
18ème siècle. patriótico de cada um dos maçons em questão. Levará,
assim, ao Grande Oriente de França a recusar o status
de Loja-Mãe à Grande Loja Unida da Inglaterra. E, se
pode-se acentuar, justificadamente, as diferenças entre a
Maçonaria francesa e a que é da competência da
tradição anglo-saxona, são completamente comparáveis
às que existem, aliás, entre as Maçonarias africanas e do
Grande Oriente de França, ou ainda, a do Brasil e a de
Portugal, cada uma destas emanações que não
constituem mais que uma tradução, viva e dinâmica, na
cultura considerada, da qual o início não fora mais que
um fenômeno do mundo anglo-saxônico do século XVII
ou XVIII.
À continuer à la édition nº 22 Continuará na edição nº 22
13
HISTÓRIA PURA
NASSER: A MORTE DE UM LÍDER
Em 1970, em meio à grande crise do mundo árabe, a guerra civil na Jordânia entre o governo e
os fedayins, desapareceu o maior líder dos povos árabes. O presidente Gamal Abdel Nasser, então
com 52 anos, vítima de um colapso cardíaco, no dia 28 de setembro, após encerrar as conversações
que convocara para debater o conflito jordaniano. Sua morte foi anunciada pela Rádio do Cairo, em
comunicado oficial do Vice-Presidente Anwar Sadat.
A notícia causou enorme impacto e em poucas horas o Cairo ficou congestionado. Nasser, que
depôs o general Naguib em 1954, assumindo o poder e decretando nova Constituição, transformou-se
em um ídolo nacional com as suas reformas, sobretudo a construção da represa de Assuã e a
nacionalização do Canal de Suez, ponto nevrálgico da crise entre Egito e Israel.
Até mesmo da derrota dos Seis Dias com Israel, em 1967, Nasser saiu politicamente vitorioso,
ao apresentar ao país a dramática opção entre a sua renúncia e a permanência com novos poderes.
Consolidou o seu prestígio com a aclamação popular. Nos últimos anos de sua vida, contudo, a
liderança egípcia sofreu um contínuo desgaste com as cisões do mundo árabe, por interesses
nacionais ou divergências ideológicas. Nasser não conseguiu também sustentar sua antiga política de
eqüidistância entre as potências ocidentais e a URSS: o apoio dado pelas primeiras a Israel conduziu-o
a uma aliança com os soviéticos. Assim mesmo exerceu uma ação moderadora no Oriente Médio, se
comparada à radicalização da Síria, da Argélia, do Iraque e sobretudo dos guerrilheiros palestinos,
que, discordando frontalmente do Egito, rejeitaram o Plano Rogers de paz apresentado pelos EUA.
O ano de 1970 foi particularmente tenso para Nasser: a possibilidade de acordo com Israel foi
parcialmente prejudicada pela crise da Jordânia. Nasser condenou a violenta repressão do governo
jordaniano, denunciando as tropas do Rei Hussein por genocídio contra os palestinos, segundo as
informações que deram o presidente sudanês El Numeiry e o líder palestino Yasser Arafat. Mas
condenou também o extremismo palestino pelo seqüestro dos aviões para o deserto de Zarka, na
Jordânia.
Nasser, portanto, colocou-se como fiel da balança política no mundo árabe. Sua morte gerou
conseqüências gravíssimas na região do Levante. Mas não gerou a anunciada luta pelo poder no
Egito.
Após o seu tumultuado cortejo fúnebre, acompanhado por dois milhões de pessoas e
caracterizado por violentas reações emotivas, foi criado um governo colegiado, com o apoio da
URSS, culminando mais tarde com a posse definitiva de Anwar Sadat no governo egípcio.
Administração de Condomínios
Venda e Aluguel
O artigo primeiro da Declaração Universal dos Direitos Humanos, aprovada pela Assembléia Geral
das Nações Unidas em 1948, tem a seguinte redação: “Todos os homens nascem livres e iguais em dignidade
e direitos. São dotados de razão e consciência devendo agir em relação uns aos outros com espírito de
fraternidade.” E o lema da Revolução Francesa de 1789 foi “Liberdade, Igualdade, Fraternidade”.
As referências à igualdade decorrem de uma aspiração arraigada no ser humano pois todos
percebemos – e não gostamos disso – quando sofremos qualquer tipo de discriminação.
Por outro lado, convivemos, há milênios, com acentuadas desigualdades, seja em termos econômicos
e sociais – riqueza e miséria - seja no plano individual onde se observam profundas diferenças quanto a
inteligência, habilidade e iniciativa, considerando injustas as primeiras e inexplicáveis estas últimas.
Habitualmente ligada ao poder, a religião chegou a sancionar alguns desses desníveis, como o direito
divino dos reis ao governo de seus respectivos povos, atribuindo também os aspectos positivos de nossa
personalidade – por exemplo fé, humildade ou aptidão acentuada para algum ramo da ciência – a uma
concessão especial do Criador.
Quanto aos traços negativos do caráter, não podendo provir de Deus, essencialmente bom,
constituiriam uma característica da condição humana ou decorreriam da ação de Satã, e seu séqüito de
subordinados, seres intrinsicamente maus e dotados de imenso poder para enganar e seduzir as pessoas,
levando-as ao mal e à condenação eterna.
Soa estranho, sem dúvida, qualificar de má a natureza humana, pois nossa origem é divina, bem
como imaginar a existência de uma fonte autônoma para o mal que não pudesse ser neutralizada pelo Poder
Supremo.
Com as noções de livre-arbítrio, reencarnação e progresso, a Doutrina Espírita veio oferecer
conceituação nova, lógica e abrangente, para esta questão esclarecendo que todos são criados simples e sem
conhecimentos e percorrem uma trajetória na qual, empregando a liberdade e a vontade, caminham para a
vivência integral das leis divinas com aprimoramento incessante da inteligência e dos sentimentos. Por isso,
bondade espontânea ou pendor para a música ou para matemática representam conquistas anteriormente
realizadas e que não mais se perdem por se acharem incorporadas ao nosso patrimônio espiritual. Títulos
honoríficos e propriedades materiais são transitórios sendo abandonados, juntamente com o corpo, ao ensejo
da morte.
A igualdade é assim uma lei divina que se manifesta na identidade de origem, destinação e
tratamento que Deus dá a todos os seus filhos respeitando, ao mesmo tempo, sua liberdade, que singulariza
o percurso que cada um realiza da infância à plena maturidade espiritual.
(Fundada em 25/08/1995)
LOJA ITINERANTE
Reuniões trimestrais (meses de : Março, Junho, Setembro e Dezembro)
15
BIOGRAFIA DO MÊS
2645.2700 2645.1953
Troca de ar
Os insetos também apresentaram uma boa capacidade de trocar ar com o meio ambiente e uma
boa flexibilidade da estrutura torácica, que expande e contrai durante o processo de respiração.
A tecnologia do aparelho de raios X - desenvolvida nos Estados Unidos - chama-se sincrotron.
O processo acelera quase à velocidade da luz as partículas de raios emitidas pela máquina.
"Isso fez com que pudéssemos estudar insetos de forma nunca antes possível", elogiou Mark
Westneat, um dos cientistas envolvidos no projeto.
O sistema respiratório foi observado em besouros, cigarras, formigas, borboletas, baratas e
libélulas.
Segundo os cientistas, a descoberta pode ajudar na criação de inseticidas mais poderosos,
capazes de matar insetos mais rapidamente, asfixiando-os.
Os pesquisadores também esperam poder, no futuro, adaptar a tecnologia para que ela seja
usada na avaliação do corpo humano.
CLÍNICO E CARDIOLOGISTA
Consultório:
Rua Silva Jardim, 78 Centro - Cabo Frio - RJ
17
DEPOIMENTO
UM SER CHAMADO POLICIAL...!
MARCO ANTÔNIO SCALIANTE FOGOLIN (*)
Ser Policial é apaixonante, mas é uma profissão de risco e que incomoda muita gente,
principalmente os delinqüentes e os traidores da Pátria. É saber a hora de sair, sem saber a hora de
voltar, se voltar ! É presenciar tragédias, sem se poder comover; é socorrer enfermos, sem poder
sofrer; é estar diante de emoções, sem poder chorar; é estar acordado enquanto todos dormem; é amar
sem ser amado; é compreender sem ser compreendido; é ser punido no reino da impunidade. Ser
Policial é conviver com a inversão de valores sociais, onde o delinqüente é protegido pelos Direitos
Humanos, Direitos esses que não se apresentam às vítimas, aos cidadãos , aos Policiais mortos nem a
suas famílias, mas é eficiente em se apresentar contra a atuação do Estado de Direito, que pune seus
criminosos. É ter estrutura para suportar a demagogia e a hipocrisia. Ser policial é ter idealismo, é
acreditar numa sociedade que dele se lembrará, não somente para resolver interesses particulares ou
para criticá-lo, mas que o enxergará como um amigo, uma pessoa com qualidades e defeitos iguais a
outras, que não merece ser discriminado e generalizado como alguns infelizes e que, juntos (Polícia e
Sociedade) possam construir um Brasil melhor, cavando masmorras ao vício e erguendo templos à
virtude...
(I)
Ser Policial é viver para a sociedade, combatendo o marginal, reprimindo a criminalidade.
(II)
Ser Policial é defender a família, protegendo-a contra o mal, livrando-a de qualquer armadilha.
(III)
Ser Policial é um exercício gratificante, que, em convívio social, não dá oportunidade ao delinqüente.
(IV)
Ser Policial é um sacerdócio, acreditando num ente espiritual, e da virtude ser sócio.
(V)
Ser Policial é cavar masmorras ao vício, usando a força intelectual, buscando a paz, desde o início.
(VI)
Ser Policial pode não ser compreendido, mas deve ser leal à sua Pátria e ao seu País.
O PESQUISADOR
MAÇÔNICO
O PESQUISADOR
18
MAÇÔNICO