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O PESQUISADOR

MAÇÔNICO
Ano II n.º 19 Setembro/2002

EDITORIAL ÍNDICE

U ma vez Iniciados maçons, sempre seremos maçons!


Pág. 2
 O que a imprensa

O
Mas como é difícil “estarmos” maçons todo tempo... noticiou

Poderemos estar (transitório) ocupando um cargo, por exemplo, Pág. 3


mas ser (perene) maçom , por exemplo, é totalmente diferente, no  Curiosidades
nosso humilde entendimento.
Pág. 5
A explicação é simples: não podemos dissociar nossa vida de
 Para pensar
Iniciados da vida profana, uma vez que as duas se entrelaçam, sendo
aquela um aprimoramento para esta. E o nosso comportamento ético Pág. 6
tem que ser 24 horas por dia idêntico.  Frases que marcaram
Mas como, se, por exemplo, às vezes, somos “obrigados” (por força Pág. 7
das contingências) a pagar um título em cartório? ; se eventualmente  Gr. Dic.Enciclopédico de
(por desacordo comercial, ou motivo mais forte) somos “forçados” a Maç. e Simbologia
sustar um cheque dado em pagamento de algum produto ou serviço? (Nicola Aslan)
(etc. ...)  Biblioteca

Como ser solidário (isto é um Landmark) e ajudar um Ir.: em Pág. 8


dificuldades financeiras, por exemplo, se a vida quotidiana hodierna  Saúde é coisa séria
inflige dificuldades homéricas para a grande e esmagadora maioria de  Pílulas Maçônicas
nós?
Pág. 9 à 13
Mas as crises, sejam materiais, espirituais ou mesmo existenciais  Trabalhos Maçônicos
passam com o tempo (a cura da maioria dos males), mesmo que não
Pág. 14
sejam no curto espaço .
 Viagem ao nosso interior
O fundamental é termos FÉ e ESPERANÇA sempre; confiarmos em
nós mesmos e levarmos adiante os nossos projetos, nossos sonhos (o Pág. 15
que seria, afinal, a vida sem sonhos?) que conquistaremos a PAZ  História pura
desejada. E temos que ser TOLERANTES para conosco e para com os Pág. 16
outros IIr.: que atravessam alguns “despenhadeiros” difíceis.
 Biografia do mês

Pág. 17
Carlos Alberto dos Santos/ M...M...  O nosso planeta
Pág. 18
• Depoimento
O Pesquisador Maçônico
Fundação: Janeiro/2001
Informativo Cultural da SOCIEDADE DE ESTUDOS ANTHERO
BARRADAS, e A... R...L...S... Renascimento n.º 08
Rua Nicola Aslan, 133
Braga – Cabo Frio (RJ) e-mail: carlosalberto@cabofrio.psi.br
1
O QUE A IMPRENSA NOTICIOU
GENOMA: UMA BOFETADA NA EVOLUÇÃO
Elói S. Garcia (*)

Foi divulgada recentemente, pela Celera Genomics e pelo projeto público Genoma Humano, a seqüência
genômica completa do ser humano. No início deste projeto, o número de genes do homem foi estimado entre 80
mil e 100 mil. Com a obtenção dos primeiros resultados, alguns cálculos reduziram este número a 60 mil genes,
outros aumentaram esta cifra para 120 mil. Estes dados estão definitivamente descartados. O número de genes
contido no DNA humano é na realidade bem menor: somos controlados por somente 35 a 40 mil genes.
Projetos genomas de outros animais já vinham sinalizando que a evolução das espécies não é
determinada pelo número de genes. Por exemplo, a mosca da fruta, a Drosophila, possui 14 mil genes e dez
milhões de células e é considerada mais complexa biologicamente que o minúsculo verme chamado C. elegans,,
que tem 19 mil genes e um décimo do número de células da mosca. Simplificando a questão, temos um cérebro
com dez bilhões de neurônios e somente o dobro de genes de um verme que tem cérebro de 300 neurônios.
Mas o nosso egocentrismo cultural nos coloca como seres evoluídos, inteligentes e dominadores do
Universo. Deveríamos ter muito mais genes que qualquer outro ser vivo. Na realidade temos, mas não tanto.
Curiosamente, o verme C. elegans tem mais de 50% de seus genes homólogos aos encontrados no ser
humano. O surpreendente é que tantos genes de um verme sejam semelhantes ao do ser humano. Cerca de 10
mil dos 35-40 mil genes humanos são semelhantes aos do verme. Além disso, vários genes humanos têm
funções não relevantes ou são redundantes. Assim, menos de 25 a 30 mil genes são os que fazem a diferença. Ou
seja, o ser humano é pouco mais que 1,5 verme em material genético exclusivo. Ao criar o ser humano, a
natureza foi sábia e racional, simplificando as instruções genéticas necessárias para nascer, crescer e reproduzir
como uma pessoa – e não como chimpanzé ou mesmo camundongo, que têm 98,5% e 75% de genes semelhantes
ao do homem, respectivamente.
As semelhanças e diferenças entre os DNAs dos seres humanos e entre o genoma humano e o de outras
espécies animais devem ter significado biológico. Se não têm, o papel dos genes reguladores da síntese de
proteínas e as interações destas moléculas com outras, estudo denominado proteoma, é relevante. Assim, o ser
humano é o resultado da regulação e de várias interações entre genes e seus produtos – e não do número deles –
e das interações entre eles e o meio ambiente. Esta conclusão tirada do projeto Genoma Humano é uma
verdadeira bofetada na teoria evolutiva conhecida.
Foi encontrado que 99,9% dos genes são idênticos entre todas as pessoas. A pequena diferença detectada
no DNA mostra a diferença individual, por exemplo, entre irmãos e entre as pessoas. Esta diferença
microgenética permite explicar por que uma vacina pode agir de modo eficaz em milhares de pessoas e em um
número muito reduzido induzir infecção vacinal ou apresentar efeitos colaterais. A microvariação genética é
importante para entender uma determinada doença, sua emergência, que influência têm os fatores ambientais
sobre ela e que tipo de população genética pode ser afetada pela patologia.
Como resultado, essa nova visão reduz as diferenças genéticas entre os homens – por exemplo, acaba
com o conceito de raça – e entre o ser humano e outras espécies animais.

Fonte: O GLOBO

Alfredo P. Cunha
Cirurgião Dentista – CRO 4679
Dr. Wagner Buono
Glaicy M. Cunha Ginecologista e Obstetra
CRM 52.27620-8
Periodontia e Endodotia –

 Acompanhamento Pré-Natal
Atendimento:  Tratamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis
2ª, 3ª, 5ª e 6ª  8h às 11h – 14h às 17h  Prevenção do Câncer de Colo
 Prevenção do Câncer de Mama
 Avaliação Hormonal na Peri-Menopausa e Menopausa

Rua Prof. Miguel Couto, 257 Centro - Cabo Frio - RJ


Consultório:
Tel: (22) 2643.1786
Tel: (22) 2647.2164
(manhã)Clínica Santa Helena:
Tel: (22) 2643.3504
2 (tarde)
CURIOSIDADES

AS SETE MARAVILHAS DO MUNDO ANTIGO

As Sete Maravilhas do Mundo, famosas obras de arte e engenharia antigas, receberam essa
denominação por escritores de viagens do período helenístico, do IV ao I século a. C., que queriam
maravilhar e assombrar os turistas gregos da época. A mais antiga lista existente relativa às
Maravilhas é a do escritor Antipater de Sídon, do século II.

 AS PIRÂMIDES DO EGITO – a maior das pirâmides é a do Faraó Quéops, ou Khufu.


Situada em Gizé, perto do Cairo atual, a Grande Pirâmide foi construída por volta de 2680 a. C.
e é a mais antiga e única sobrevivente das Maravilhas do Mundo. É uma massa sólida de blocos
de calcário que ocupa mais de 5 hectares e originariamente media 230m de largura em cada
linha de sua base, alcançando uma altura de 147m. Era decorada com uma fachada de pedra
altamente polida, que foi destruída por um terremoto em 1301 d. C.

 O MAUSOLÉU DE HALICARNASSO – o túmulo de Mausolo Cária, sátrapa persa na Ásia


Menor, deu o nome de mausoléu a todos os túmulos grandiosos erigidos desde então. O
mausoléu original, construído em cerca de 352 a. C. pela mulher do sátrapa, Artemísia, era uma
magnífica estrutura de mármore branco, sustentadas por 36 colunas jônicas e ricamente
adornada com as obras de dois grandes escultores gregos, Escopas e Praxíteles.O túmulo foi
destruído por um terremoto antes do século XV e seu mármore novamente utilizado. Mas parte
de suas esculturas foi recuperada e está agora no Museu Britânico. A antiga localização do
Halicarnasso é a de 152 km ao sul de Esmirna, na Turquia.

 O GRANDE TEMPLO DE ÁRTEMIS EM ÉFESO – o culto de Ártemis, deusa da terra na


Ásia Menor, centralizava-se na cidade de Éfeso, onde foi construído, em cerca de 550 a. C. um
grande templo. Sustentado por 96 colunas de mármore, o templo, lindamente decorado com
esculturas, media 110m de comprimento e 55m de largura. Peregrinos de todas as partes do
Mediterrâneo levavam dádivas de ouro, prata e marfim para Éfeso, e a riqueza do templo
tornou-se lendária. Sob o domínio romano, o templo foi rebatizado com o nome da deusa
Diana. Foi incendiado no século IV a. C. , reconstruído e depois completamente destruído pelos
bárbaros godos em 262 d. C. O lugar de Éfeso fica a 56 Km a sudeste de Esmirna, na Turquia.

 OS JARDINS SUSPENSOS DA BABILÔNIA – Durante o reinado de Nabucodonossor II,


no século VI a. C., a Babilônia era a maior cidade do mundo antigo. A maravilhosa capital da
Mesopotâmia, defendida por muralhas concêntricas de 18 Km de extensão, era famosa por sua
via de procissões, seu portão de Ishtar e seus zigurates ou torres em terraços. Os jardins
suspensos, atribuídos por tradição a Semíramis, porém, foram a realização mais notável deste
período. Elevando-se a uma altura de 102m, os jardins, dos quais cada um abrangia uma área
de um hectare e meio, encerravam flores, árvores e hortaliças. O local da Babilônia, a uns 88 Km
ao sul da moderna Bagdá, está, em parte, escavado. Restam apenas ruínas de suas grandes
muralhas.

 O COLOSSO DE RODES - o Colosso era uma estátua de bronze maciço de Hélio, deus do
Sol, que era adorado em Rodes. Com uma altura de cerca de 32m, e construída toda ou em parte
por Chares de Lindo, em cerca de 285 a. C., a estátua ficava num promontório que dominava a
Baía de Rodes – e não sobre a baía, como relatado numa lenda medieval. O Colosso foi
derrubado por um terremoto em cerca de 244 a. C., e permaneceu em ruínas até a tomada de
Rodes pelos sarracenos, em 653 d. C. As ruínas foram vendidas.

3
 O ZEUS OLÍMPICO – Olímpia, local dos primeiros jogos olímpicos, foi desde os tempos
mais remotos, centro de culto de Zeus. Ali foi erigido um grande templo, que se tornou famoso
devido a uma colossal estátua incrustada de ouro e marfim, feita pelo escultor grego Fídias
entre 437 e 425 a. C. O templo, com sua célebre estátua, foi destruído pelos vândalos, ou godos
saqueadores. Nas antigas moedas gregas, o Zeus Olímpico é representado como uma majestosa
figura barbada, sentado sobre um trono ricamente ornamentado.

 O FAROL DE ALEXANDRIA – Concluído em cerca de 280 a. C. por Ptolomeu II, rei grego
do Egito, o Farol ficava situado numa pequena península que se estendia de Alexandria para o
Mar Mediterrâneo. Era uma estrutura elevada, medindo de 60 a 180m de altura, cujos fachos de
luz, dizia-se, eram visíveis a uma distância de 65 Km. O Farol foi destruído por um terremoto
no século XIV.

Trabalho de pesquisa: Ir.: Carlos Alberto dos Santos.

Laboratório Indústria e Comércio Ltda.

JAVS – Assessoria Contábil Análise de água, produtos


químicos de processos e para
tratamento de águas industriais
Escritório Contábil
(Biocidas, dispersantes, anti-
incrustantes, inibidores de
corrosão, alcalinizantes,
José Augusto Vieira dos Santos floculantes, etc.)
TC – CRCRJ 28.476-2
Ildo Aranha de Souza
Diretor

Praça Tiradentes 115, São Bento, Cabo Frio, RJ CEP. 28.906-290 Praça Porto Rocha, 37 - sala 109 – Centro – Cabo Frio - RJ
Cep: 28.905-250 - Tel/fax: (22) 2643.4878
(22) 2647.2931 Fax: (22) 2647.4285
e-mail: labolagos@uol.com.br
e-mail: javs@levendula.com.br

4
PARA PENSAR
FELICIDADE REALISTA
Por Mário Quintana

A princípio, bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos
desejos são ainda mais complexos.
Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados,
irresistíveis.
Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina
olímpica e uma temporada num spa cinco estrelas.
E quanto ao amor... Ah, o amor... não basta termos alguém com quem podemos conversar,
dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho
maiúsculo. Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações
e presentes inesperados, queremos jantar à luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo
selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito. É o que dá ver tanta televisão.
Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista.
Ter um parceiro constante, pode ou não, ser sinônimo de felicidade. Você pode ser feliz solteiro,
feliz com uns romances ocasionais, feliz com um parceiro, feliz sem nenhum. Não existe amor
minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio.
Dinheiro é uma bênção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo. Usufruí-lo. Não perder tempo
juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado. E se a
gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de
graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de criatividade.
Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável. Fazer exercícios sem
almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno.
Olhe para o relógio: hora de acordar.
É importante pensar-se ao extremo, buscar lá dentro o que nos mobiliza, instiga e conduz mas
sem exigir-se desumanamente. A vida não é um jogo onde só quem testa seus limites é que leva o
prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade.
Se a meta está alta demais, reduza-a Se você não está de acordo com as regras, demita-se.
Invente seu próprio jogo.
Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento
simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade. Ela transmite
paz e não sentimentos fortes, que nos atormenta e provoca inquietude no nosso coração. Isso pode ser
alegria, paixão, entusiasmo, mas não felicidade...

AUGUSTA E RESPEITÁVEL LOJA SIMBÓLICA DE PESQUISAS MAÇÔNICAS DO


ESTADO DO RIO DE JANEIRO “NICOLA ASLAN”

(Fundada em 25/08/1995)
LOJA ITINERANTE
Reuniões trimestrais (meses de : Março, Junho, Setembro e Dezembro)

5
FRASES QUE MARCARAM

“A única limitação às nossas realizações de amanhã são as nossas dúvidas de hoje”

Franklin Delano Roosevel (1882-1945)

*******************************************************************
“Vence quem crê que pode”.

Virgílio (70-19 a. C.)

*********************************************************************
“É melhor ser um ninguém que realiza alguma coisa do que um alguém que não realiza coisa
alguma”

A. Pundit

*******************************************************************

“Melhor morrer de pé do que viver de joelhos”.

Emiliano Zapata (1880-1919)

*************************************************************************

“Deus é sutil, mas não é malicioso”.

Albert Einstein (1879-1955)

****************************************************************************************

“Só há duas famílias no mundo, dizia minha avó: os que têm o os que não”.

Miguel Cervantes (1547-1616)

****************************************************************************************

2645.2700 2645.1953

Av. Teixeira e Souza, 383 - Centro - Cabo Frio - RJ


6
GRANDE DICIONÁRIO ENC. BIBLIOTECA
DE MAÇONARIA E
SIMBOLOGIA
NICOLA ASLAN ENTRE COLUNAS
José Anízio de Araújo

SANCTORUM SANCTORUM– Diz-se da Primeira Parte:


parte mais interna e mais sagrada das três em
que Moisés dividiu o Tabernáculo erigido no Prosa: Colunas; Escrutínio Secreto; Iniciação;
deserto e da do Templo de Jerusalém em que Os Três Passos;O Painel; O Livro da Lei; A
era guardada a Arca da Aliança, separada do Escada de Jacó; O Número 3; O Templo; O
Sanctum Sanctorum por um véu. Essa parte Avental; A Corda de 81 Nós; Submeter a
era reservada a Deus e nela só podia penetrar Vontade; Ser Venerável; Os Ritos; O Galo e a
o Grande Sacerdote, uma vez por ano. Ampulheta;Cargos em Lojas; Ser Maçom;
Nem 8 nem 80; A Destruição do Templo; A
O Sanctum Sanctorum foi considerado o Reconstrução do Templo; Exaltação;
Símbolo mais expressivo de perfeição pelos Saudação ao Pavilhão Nacional; Minha Loja
Maçons bíblicos, e especialmente por aqueles Evolução e Trabalho nº 80;
da escola salomônica, que o destacam em Jerusalém; A Mulher e a Maçonaria;
todos os Graus dos vários Ritos desse Equinócios e Solstícios; Loja de São João;
sistema. Liberté-Egalité-Fraternité; Lojas e Veneráveis;
Landmarks.
Durante a segunda metade do século XVIII,
este ideal veio a ser patrimônio de todos os
principais Ritos e sistemas. Sobre ele escreve Segunda Parte:
Mackey:
Versos: À Minha Mãe; Triângulos Maçônicos;
O Aprendiz; O Filho; o Grande Construtor; O
“Situado na parte mais ocidental do Templo, Jarro de Flor; Ele e Ela; Trovas aos Grandes
separado do resto da construção por uma pesada Mestres; Academia Maçônica de Letras;
cortina, e fechado pelos três lados por três paredes A Escolha Mulata; A Mulher e a Vida;
sem qualquer abertura ou janela, continha a Testamento.
sagrada Arca da Aliança, sendo isolado e
preservado de toda intrusão, a não ser a do sumo
sacerdote que nele entrava somente em certas
solenes circunstâncias. Sendo a mais sagrada das
três partes do Templo, foi considerada o Símbolo Livraria Maçônica Paulo Fuchs
de uma Loja de Mestres (Câmara do Meio), na
qual são realizados os mais sagrados Ritos
Iniciáticos da Maçonaria”.

7
SAÚDE É COISA SÉRIA

Muito além do feijão com arroz


A dupla ainda é preferência nacional, mas novos hábitos estão deixando o prato do brasileiro menos nutritivo
Por Regina Pereira • Fotos Dula

O Brasil é um país de muitas riquezas naturais — e nutricionais. É de encher os olhos a variedade de


alimentos desta terra, onde — dizem — tudo dá. Infelizmente a população pouco tira proveito dessa diversidade.
“A mesa tupiniquim tem sido trocada por guloseimas calóricas”, observa o nutrólogo Mauro Fisberg, da
Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “Acabamos importando hábitos alimentares”, lamenta o pediatra
Jamal Wehba, também da Unifesp. Resultado: o brasileiro anda comendo mal e está cada vez mais gordo.
Intrigados, os dois especialistas se uniram à nutricionista Silvia Cozzolino, da Universidade de São Paulo, além
de outros 61 pesquisadores, para investigar a dieta do país. Desse trabalho nasceu o livro Um, Dois, Feijão com
Arroz. Inspirada na idéia, a SAÚDE! ouviu 19 especialistas que participaram da obra para fazer um raio X do
prato de 15 estados. Confira!

Colaboração do Ir.: Wagner Buono/M.: M.: (*)


(*) Membro da ARLS RENASCIMENTO Nº 08

PÍLULAS MAÇÔNICAS

OS DEGRAUS

Os quatro degraus que separam o Ocidente do Oriente não são obrigatórios nos Templos
Maçônicos, o que não acontece com os três que conduzem ao altar do Venerável Mestre.

MAÇONARIA TOLERADA
Em Cuba, onde a Maçonaria não é proibida, mas apenas tolerada, as Lojas sofrem,
periodicamente, inspeções governamentais que as sujeitam a multas, suspensões e até dissoluções, por
infrações à lei, motivadas, muitas vezes, pelo auxílio que as Lojas dão aos familiares dos maçons presos
como inimigos do regime de Fidel Castro.

Colaboração do Ir.: ANTHERO BARRADAS/ M.:M.(*)


(*) Membro da ARLS RENASCIMENTO N º 08

8
TRABALHOS MAÇÔNICOS
PARANORMALIDADE E MAÇONARIA 2

Irm. Hércule Spoladore (*)

Conforme frisamos em nosso artigo anterior, abordaremos os casos apresentados à luz da


Parapsicologia científica seguindo a linha do americano J. B. Rhine, grande estudioso do assunto, que
durante toda a sua vida pesquisou os fenômenos paranormais na Universidade de Duke em
laboratórios dedicados a este tipo de experiência, realizados sempre de forma científica.
Ele conduzia suas experiências com total rigor, sob controle total, para evitar que os resultados
fossem alterados pelas tendências pessoais dos observadores e pesquisadores.
Assim sendo, quando nos propusemos a falar do assunto com relação à Maçonaria,
inicalmente temos que afirmar que a Maçonaria nada tem a ver com a Paranormalidade, mas como
existem Maçons paranormais, há que definir bem os fenômenos, não confundindo-os como sendo
coisas da própria Ordem.
Os fenômenos paranormais podem acontecer em qualquer lugar.

Com a devida autorização para publicação do Irmão que nos enviou a carta, estamos aqui
transcrevendo-a e comentando-a:

"Brazilandia, 24 de junho de 1986.

Caro Irmão Hércule Spoladore,

Gostaríamos de lhe relatar um acontecimento belo e insólito ocorrido com o nosso Ir\ Gerson Neves
Pinto, pertencente ao quadro de nossa Loja, a União e Concórdia 2337 no Or\ de Brazilandia - D. F..
Por ocasião da reforma que fizemos em nossa Loja, no ano de 1985, resolvemos por unanimidade em
Sessão Ritualística, que trocaríamos a corda de 81 nós por uma nova. E assim foi feito.
A corda velha foi dada ao nosso Ir.: Gerson que a pediu para esticar num varal de roupas no quintal de
sua casa.
Depois de alguns dias o Ir.: Gerson contou-me o seguinte fato: ele levou para sua casa a corda com os 81
nós atados e a deixou guardada num armário.
Certo dia, quando ele foi buscá-la para esticar no varal, ficou surpreso pois a mesma não apresentava
nenhum nó, estavam todos desfeitos, sem nenhuma intervenção da mão humana. Intrigado ele a guardou
novamente.
Depois de alguns dias foi verificar e encontrou-a com os 81 nós atados novamente.
Mais intrigado ainda ele resolveu não mais mexer na corda e a mesma encontra-se guardada no mesmo
lugar como um importante souvenir paranormal.
Se o Ir\ achar este relato importante, divulgue-o.

Carlos Pereira das Graças 10oGr\


Secretário da Loja União e Concórdia 2337

Comentários:
A Parapsicologia Moderna e científica procura comprovar os fenômenos, esperar a sua
repetição, para em seguida catalogá-los e estudá-los cientificamente, inclusive com aparelhagem
sofisticada.
Se o fenômeno relatado pelo Irmão que nos escreveu, fosse estudado por um parapsicólogo,
teria problemas de comprovação, pois o Irmão Gerson não procurou comprová-lo, ou seja, verificar

9
várias vezes se o fenômeno dos nós desfeitos se repetia, e também não solicitou mais alguns Irmãos
para a comprovação do fenômeno referido.
Entretanto, se tudo ocorreu conforme está escrito, o fenômeno se enquadra na faculdade
chamada psicocinésia, ou seja, houve influência da mente do Irmão sobre a matéria (corda de nós).
Alguém poderia também alegar que o Irmão sentindo-se culpado inconscientemente em usar
um símbolo até certo ponto sagrado para os Maçons como varal, tivesse tido uma alucinação visual,
sendo portanto um fenômeno subjetivo.
Já que este tema é pouco usual na Maçonaria, possivelmente por ser considerado "tabu",
gostaríamos de raciocinar com os leitores pelo lado fantástico e pela ficção. Certa feita, em diálogo
com um gnóstico (adepto da doutrina de Samuel Ben Veor), contamos ao mesmo o fato da corda de
nós que se desfez. Ele, dentro de suas convicções, nos disse que este fato era perfeitamente possível,
alegando que o gnosticismo atual respeita muito a Maçonaria pelo que ela realizou no passado
quando ela era mágica. Ainda conceituou que os Maçons possuem até hoje símbolos poderosos
dentro de seus Templos, só, que já não tem mais a noção deste fato porque a Maçonaria materializou-
se perdendo todo aquele poder místico de outrora.
Com relação a esta afirmação este Senhor, ao nosso ver, está absolutamente correto. Realmente
temos símbolos poderosos em nossos Templos e quanto ao fato de termos nos materializado no
sentido de consumismo, festas, politicagem interna nas Lojas, não se tem a menor dúvida. Estamos há
muito tempo, esquecendo a parte bela, mística, ritualística e espiritual da Ordem.
Entretanto com relação à Maçonaria mágica, esta apenas foi constituída por um número muito
pequeno de Lojas, no Século XVIII, de valor maçônico discutível. Temos o caso de Schroepfer (não
confundir com Schroeder) que fundou uma Loja que tinha por objetivo colocar seus adeptos em
relação com os anjos infernais e as potências celestes. "Ele semeou o terror em Berlim e em toda a
Prússia predizendo, por meio de fantasmas, a morte próxima de alguns grandes personagens, morte
que se realizava sempre...". Foi proibido pela Rainha da Prússia de realizar seus presságios. Acabou
se suicidando, com um tiro na cabeça.
Outro "Maçom Mágico" foi o Conde de Cagliostro ou também conhecido como José Bálsamo,
considerado por alguns como mago e por outros como um grande charlatão. Ele fundou a Loja Mãe
do Rito Egípcio onde assumiu a título de Grande Copta. Seu rito era composto de três graus, onde
através de médiuns, que eram geralmente rapazes (pupilos) e moças (pombas), praticava a magia
caracterizada por predições, aparições, curas, etc..
Talvez fosse deste tipo de Maçonaria, que infelizmente aconteceu, que o gnóstico nos falava.
Mas, mesmo nos obscuros séculos XVIII e XIX esta Maçonaria não foi nem tradicional e nem a
predominante. Estes ritos mágicos desapareceram com seus autores e tiveram poucos adeptos.
Mesmo no seu tempo eram considerados como impuros. Já havia na ocasião a Maçonaria tradicional
que hoje conhecemos. Não é esta a Maçonaria mágica que nós professamos.
De qualquer forma, uma corda de nós, quando usada em uma Loja por muito tempo ela
adquire um caráter solene, não deve servir de varal. Ela deveria ficar no museu da Loja, como
relíquia. . Mas no caso em questão, possivelmente foi mais uma auto punição por parte do Irmão, já
que o seu subconsciente o advertiu em forma de provável alucinação visual. Se de fato ocorreu um
fato sobre natural (sic) foi a mente do Irmão Gerson que atuou na corda de nós, caracterizando o que
se chama em Parapsicologia de psicocinésia.

(*) Loja de Pesquisas Maçônicas BRASIL

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A PUJANTE MAÇONARIA NORTE- AMERICANA


Ir.: ANTHERO BARRADAS/ M.: I.: (*)

Os EUA se constituem na maior Potência Maçônica do mundo, com seus quase cinco milhões de
maçons. Para se ter uma idéia das dimensões da Maçonaria norte-americana, vale transcrever
10
informações relativas às Grandes Lojas Estaduais dos EUA, segundo o pesquisador brasileiro Erwin
Signemarti, da Grande Loja de São Paulo, com dados relativos à década de 1908:
- A Grande Loja de Ohio, com 690 Lojas e, aproximadamente, 240 mil membros, possui um
abrigo com 297 pessoas internadas. O Fundo Beneficente da Loja tem um saldo de 18 milhões
de dólares;
- A Grande Loja de Hampshire, com apenas 80 Lojas e 14.000 membros, também mantém um
abrigo para idosos, com patrimônio de mais de 2 milhões de dólares;
- O edifício da Grande Loja de Michigan/Detroit é o maior do mundo em seu gênero. Conta
com dois auditórios com capacidade para 1.600 e 4.500 pessoas cada um;
- Sempre que há no Capitólio uma cerimônia de inauguração de mais uma nova dependência,
é a Maçonaria que a preside, de acordo com a tradição que remonta ao ano de 1851, quando o
nosso Irmão George Washington, então presidente dos EUA e Grão-Mestre de sua Loja, com
seu malhete, presidiu a cerimônia de lançamento da pedra fundamental de um novo anexo
do Capitólio. O presidente Filmore convidou o Grão-Mestre da Grande Loja do distrito de
Colúmbia a presidir a cerimônia, preservando a tradição. Mais recentemente, em 1959, com a
construção de mais um anexo, realizou-se cerimônia idêntica, sob a presidência do Grão-
Mestre e com a presença do presidente Eisenhover, também maçon;

(*) Ir.: pertencente ao quadro da ARLS RENASCIMENTO Nº 08,


do Oriente de Cabo Frio

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TRILOGIA DO BOM SENSO

Colaboração: Ir.: Francisco José Póvoas, MM (*)

Três coisas se devem cultivar: a sabedoria, a bondade e a virtude;


Três coisas se devem ensinar: a verdade, o trabalho e o otimismo;
Três coisas se devem desenvolver: o valor, o cavalheirismo e o desinteresse;
Três coisas se devem governar: o caráter, a língua e a conduta;
Três coisas se devem apreciar: a cordialidade, a amizade e o bom humor;
Três coisas se devem defender: a Pátria, a honra e os amigos;
Três coisas se devem respeitar: o lar, a mulher e a velhice;
Três coisas se devem amar: a beleza, a natureza e a fraternidade;
Três coisas se devem admirar: o talento, a dignidade e a benevolência;
Três coisas se devem aborrecer: a crueldade, a insolência e a ingratidão;
Três coisas se devem desprezar: a injúria, a embriaguez e a gula;
Três coisas se devem perdoar: a ofensa, a inveja e a petulância;
Três coisas se devem imitar: a honestidade, a constância e a lealdade;
Três coisas se devem combater: a mentira, a farsa e a calúnia;
Três coisas se devem possuir: a cultura, urbanidade e a honradez;
Três coisas se devem praticar: a caridade, a justiça e a verdade;
A tudo isso, pois, é que a Maçonaria chama de moral; moral em que tem firmado os seus
postulados, através das raças e dos tempos.

(*)Loja Amizade Fraternal II

*****************************************************************

NÃO VIOLARÁ A SUA PALAVRA

Ir.: Simon Beer( Loja Philantropia e Ordem nº 1664

11
Quando um homem fizer qualquer promessa, voto ou juramento não violará a sua palavra; aquilo
que prometeu cumprirá.
O tema central de todo este parágrafo é a santidade da palavra, a pureza da linguagem.
Toda a problemática das promessas abordadas nas Escrituras Sagradas e na Literatura Maçônica,
gira em torno da santidade da palavra do homem.
Os mestres ensinam: “Violar a palavra significa profaná-la; não cumprir o que foi prometido e combinado,
equivale a desonrar a palavra”.
Assim como a santidade e crença são conceitos relacionados intimamente, assim também o valor da
verdade depende da Fé.
Relações sociais, comerciais e políticas são sujeitas à Fé implícita na palavra do nosso próximo.
Uma vez que esta confiança é mal usada, ou abusada, surge a sombra do menosprezo do nosso
convívio social. Sede circunspectos no nosso convívio com gente que diz uma coisa, mas pensa o contrário.
Eles pertencem àqueles três caracteres desonestos que, segundo as Escrituras Sagradas Deus detesta:
aquele que fala uma coisa com a boca, mas no coração planeja o oposto.Esta gente é hipócrita, que se vale
da nossa amizade para o seu próprio benefício, e destarte a amizade não pode ser recíproca.
Os mestres opinam insofismavelmente que a base do negócio é a honestidade, o respeito, e o
cumprimento das combinações contraídas e das responsabilidades assumidas.
O sim deve ser sim, e o não deve ser não.
E as Escrituras concluem: diga sim ou não, mas não deixe de cumprir o prometido.
Os compromissos assumidos, as resoluções tomadas, os contratos, as promessas verbais ou
combinadas são assuntos sagrados e devem ser cumpridos ao pé da letra, pois só assim poderá haver
harmonia entre os povos e a paz duradoura.
No mundo em que vivemos, um mundo de tanta redundância viciosa e perigosa de linguagem, de
conferências nacionais e internacionais, de reuniões, de encontros políticos na sede das Nações Unidas,
onde o verbo é usado para fomentar guerras frias e quentes, e não promove infelizmente aquele diálogo
harmonioso para o bem estar das nações numa era em que o Dom Divino, a palavra é profanada.
Nunca antes se pecou tanto no abuso da palavra como atualmente.
A superioridade do ser humano sobre o animal consiste na palavra.
Só aquele que possui o poder da palavra é capaz de formular idéias.
A comunicação consegue-se principalmente através da palavra..
Uma alma viva tem que ser uma alma expressiva.
É expressiva em que sentido? Intelectualmente? Emocionalmente ou talvez racionalmente?
Confesso que ficaria muito embaraçado, se tentasse responder a essa complexa pergunta no curto lapso de
tempo duma prédica, tomando em consideração a divergência dos filósofos e a diversidade de opiniões a
este respeito.
Nós, como Maçons, acreditamos que a expressão da alma deve consistir numa harmoniosa ligação
entre o sentimento e intelecto, pois ambas, a alma e a palavra, derivam de Deus, ambas são sagradas, e
ambas não podem ser profanadas.
Palavras são também um instrumento de poder, honestamente usadas; elas podem ser uma
tremenda força criativa, mas quando abusadas, são capazes de destruir o mundo. A exatidão desta
afirmativa encontramos nos provérbios de Salomão: a morte e a vida estão no poder da língua, o que bem
a utiliza, como do seu fruto.
Em um dos livros sagrados lê-se: o mundo foi criado por dez palavras. E por que nos ensinam isto?
Não bastaria uma só?
Foi para tornar mais severo o castigo dos ímpios que podem causar a ruína deste mundo, que foi
criado por dez palavras divinas. Ensinam a verdade, a palavra na boca do homem pode ser criativa; usada
para doutrina demagógica, que perturba o intelecto e a sensibilidade, ela é simplesmente destrutiva.

12
A santificação do verbo e o uso cuidadoso da linguagem preocuparam nossos Mestres; a Literatura
Ética-Filosófica da Maçonaria cita centenas de admoestações a este respeito.
A maior desgraça desta nossa geração é o abuso da palavra, é o fato lamentável de usarmos a boca
antes dos olhos, de acreditarmos naquilo que os outros nos contam, sem verificarmos primeiro com os
nossos próprios olhos, se o que acabamos de ouvir é ou não verídico.
Em nenhuma outra época da história, a humanidade esteve tão desnorteada, tão desorientada, pela
palavra demagógica e política, como acontece atualmente.
A dialética da nossa geração, o modo de argumentar e de discutir, é um palavreado vazio; opera-se
com slogans hipócritas, a controvérsia carece de lógica ou de raciocínio, e este dom maravilhoso, que o
Criador outorgou ao homem, o verbo, é abusado para envenenar o meio ambiente.
Estando expostos a este ininterrupto dilúvio de palavras que só magoam, só causam danos terríveis,
ao contrário do Verbo Divino, que só cura, como canta o salmista, o “eterno envia a sua palavra e os cura,
livrando-os dos perigos”, não sabemos qual crime é maior, o da “Geração dos que viviam no deserto”,ou os
delitos da sociedade atual, que vive a “geração falatória”.
Esta consideração motivou o Rei Salomão a fixar a máxima tão popular: “A MORTE E A VIDA
ESTÃO NO PODER DA LÍNGUA”, e é essa nossa intenção, ao pedirmos perdão no dia da expiação, pelas
transgressões do pronunciamento da língua e da impureza dos lábios.
Este deveria ser o motivo que levou o compilador do nosso Livro da Lei a determinar para
começarmos a silenciosa oração com o pedido: “OH, ETERNO, ABRE MEUS LÁBIOS E QUE MINHA
BOCA PROCLAME O TEU LOUVOR; e de encerrarmos esta prece com a súplica: “MEU DEUS,
PRESERVE MINHA LÍNGUA DE FALAR MAL, E OS MEUS LÁBIOS DE DIZER COISAS FALSAS”.
No código de ética dos pais lemos: Shoimeon filho do mestre Gamliel dizia: “o mundo mantem-se por
três princípios: justiça (sabedoria), Verdade (força) e Paz (beleza).
Pela harmonia, como se acha dito: que Justiça, a Verdade e a Paz reinem nas nossas portas.

Colaboração: Ir.: Humberto Bertola (*)


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do Oriente de Arraial do Cabo.

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14
HISTÓRIA PURA
O ILUMINISMO NA FRANÇA
A. Tenório de Albuquerque

Mirabeau, grande tribuno francês, iniciou-se no Iluminismo, em uma viagem realizada à Alemanha
(?). De retorno, Mirabeau resolveu implantar o Iluminismo na França para que nele ingressassem os
descontentes contra o regime e organizar, assim, uma sociedade secreta poderosa.
Dados os seus característicos mais amplos, de vez que não exigia que os seus adeptos fossem crentes, o
Iluminismo poderia reunir maior número de elementos, recebendo-os de todos os grupamentos sociais.
Mirabeau compreendeu que, de acordo com o temperamento dos franceses e com a situação de
efervescência política, de preparativos revolucionários, o Iluminismo devia ser uma sociedade de ação.
Weishaupt organizou o Iluminismo de sorte tal que o grau em que estudavam a revolução a processar-se
na Humanidade era o de Cavaleiro Escocês. Nele Mirabeau concentrou a atenção. Modificou a iniciação, dando-
lhe um caráter mais violento, um juramento mais vigoroso, visando preparar homens para a Revolução.
Adelino de Figueiredo Lima, à págs. 134 e 135 de os “Templários”, assim nos descreve uma iniciação
do Iluminismo na França:
- O “Iluminado Maior” entrou no “Synhedrio” por uma porta secreta, e viu-se de
repente cercado pelos “Cavaleiros Escoceses” armados de espadas e punhais. Envoltos em
balandraus vermelhos e com máscara verde a ocultar-lhe o rosto, o recepiendário não pode
identificar ninguém.
- “Nós te saudamos em nome da Pátria e da Humanidade. A tua vinda ao nosso meio
significa que estás disposta a dar o teu sangue pela causa da redenção da França. Significa que o teu
braço se levantará ao nosso primeiro sinal para vingar as vítimas da opressão.
- “Somos poucos aqui, mas somos incontáveis lá fora. Há legiões imensas a nós ligadas
por laços indissolúveis, mas o nosso dever é ocultá-las até o momento preciso em que tenhamos de
convocá-las para a missão libertadora em que nos vamos empenhar.
- Aceitas enfrentar com destemor as contingências do destino?
- Aceitas. A nossa sociedade congratula-se contigo e pede-te por meu intermédio que
prestes o seguinte juramento:
“Prometo obediência cega às ordens que receber dos altos chefes invisíveis da Ordem. Esforçar-me-ei na
propaganda dos nossos propósitos e na defesa dos nossos princípios, mostrando-me sempre pronto a combater a
tirania, de olhos postos na França imortal, e de alma aberta a todos os sofrimentos humanos...
Seguia-se depois a “consagração” do novo “cavaleiro escocês” que, de joelhos, recebia a senha
secreta correspondente à palavra sagrada dos maçons.
“Levanta-te e ouve esta recomendação final:
“Nunca mais dobres o teu joelho diante de homem algum. Todos os homens são iguais por mais
alta que seja a posição em que se encontrem.”
Por último, vinha um interrogatório que permitia conhecer as idéias do novo “cavaleiro”.
É indubitável, pois, que todos juravam verter o sangue pela causa santa da Humanidade sofredora.
O sangue, a sua cor, foi pois, a idéia motriz da Revolução Francesa e refletiu-se em sua bandeira.

(*) Extraído do livro “SOCIEDADES SECRETAS”

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INSTRUMENTOS DIVINOS
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Senhor! Fazei-me um instrumento de Vossa Paz.


A belíssima Oração de São Francisco de Assis é, com certeza, um norte para todos nós1
Observando o comportamento das pessoas de nossa atualidade, podemos até questionar se o ser
humano sabe o que é a Paz... Parece que as pessoas condicionaram viver em PAZ somente em determinadas
situações, como, viverei em paz com essa ou aquela pessoa SE ela for meu irmão de raça, credo, de posição
social, de conhecimento... Nivelando na horizontalidade da vida material as criaturas! Será, assim, tão difícil
entender e viver em paz com o outro, respeitando as diferenças que nos são próprias?
Com certeza, Francisco de Assis entendia que o homem estabelece barreiras desnecessárias, mas que
muitas vezes tornam-se intransponíveis, fazendo-o esquecer que, em verdade, somos todos irmãos até
mesmo no sentido antropológico, quando a ciência está a comprovar as origens primeiras da raça humana
terreal. Suplicava ele, ao Senhor, na proposta de servi-Lo: “Fazei-me instrumento de VOSSA PAZ!”. A paz
no sentido mais profundo da palavra, seguida da ação direta preconizada pelo Mestre Jesus, quando atendia
à mulher pecadora, o cobrador de impostos, o leproso, o jovem rico, o centurião romano, a dor de Maria na
hora de sua partida, testemunhando assim seu ensinamento: “ama ao próximo como a ti mesmo! Faz ao
outro o que gostaria que o outro te fizesse!” Discurso conhecido por todos os cristãos e vivenciado por uns
poucos seres humanos, como Francisco de Assis, Irmã Dulce, Madre Tereza de Calcutá, Gandhi, Buda,
Martin Luther King, Chico Xavier e, com certeza, alguém que no anonimato está a doar-se ao próximo,
vivenciando os mesmos preceitos ensinados por Jesus. Exemplos dignos do amor sobre a Terra!
No entanto, muitos de nós ainda se prendem aos preconceitos; obstáculos criados pelo orgulho,
vaidade e egoísmo humanos, entraves que dificultam o entendimento do sentido maior das palavras de
Jesus e conseqüentemente da prática natural e irrestrita do amor divino que existe, de forma latente, em cada
alma criada por Deus. Em Assis, Francisco quando entendeu a proposta do Mestre Amado, repudiou este
estado de coisas, essa situação absurda gerada pela pequenez humana. Observando em cada um a causa da
sua dor – ódio, ofensa, trevas, tristeza, desespero, erros, dúvidas - , procurou, a partir dessa tomada de
consciência, levar-lhes o medicamento ideal: perdão, união, luz, alegria, esperança... Bálsamo para a alma em
conflito e, muitas vezes, associado ao alimento e conforto materiais; convocando outras pessoas a
participarem da mesma alegria – SERVIR ao amor, a Jesus e a Deus!
Muitas criaturas do mundo têm entendido a mensagem do amor, transformando-a em gestos
humanitários de solidariedade, respeito e dedicação; despindo-se dos falsos conceitos e condicionamentos,
enxergando no outro um filho de Deus, um ser necessitado da sua colaboração material, intelectual, moral
ou religiosa. Abraçaram a causa do Bem tornando-se “voluntários do Amor”, agindo nas mais variadas
frentes de socorro ao ser humano. O chamamento é geral, a dor campeia em numerosos lares, “ninguém é
tão pobre que não tenha o que oferecer, nem tão rico que não tenha o de que necessitar”.
Resta-nos tomar posição diante da vida e, como Francisco, ter discernimento para saber exatamente
como agir. Para isso, existem hoje cursos para voluntários nas mais diferentes instituições.
Fica aqui a sugestão às mais variadas entidades que lidam com o sofrimento humano: - Procurem
aproveitar a vontade de servir que já existe em tantos corações! Facilitem a aproximação das criaturas umas
das outras, pois todos necessitam do calor humano! É justo que haja ordem, que haja disciplina, pois a
própria vida para ser vivida corretamente cobra de cada um disciplina e responsabilidade; deve-se, contudo,
ajudar o mais possível o fluir dessa onda gigantesca de afetividade que começa a despertar muitos corações
para os trabalhos humanitários, pois já descobriram que “é dando que se recebe”. O prazer de dar e receber
amor, amizade, presença humana, calor amigo é que dá um verdadeiro sentido à vida e que, de todos os
cantos da Terra se possa ouvir: “Senhor, FAZEI-NOS instrumentos de vossa paz!”.

16
Publicado no boletim semanal “SEI”, nº 1794 (17/08/2002)

17
BIOGRAFIA DO MÊS
NICOLA ASLAN
Uma Pequena Biografia de Um Grande Maçom

Nascido em 8 de junho de 1906, na ilha grega de Chio, era, no entanto,


filho de italianos (Sr. Pedro Aslan e Srª Josefina Carneri Aslan) e considerava-
se “cidadão do mundo”, pois julgava que os cidadão italianos têm a
qualidade de se adaptar em toda a parte, criando raízes na terra que os acolhe,
onde nascem seus filhos e que escolhem como sua pátria.
Apesar de nascer na ilha grega, tinha a nacionalidade italiana dos pais,
por um motivo prosaico: por estar a ilha de Chio sob o domínio turco, na
época do seu nascimento, a religião dominadora então, impedia a
nacionalização dos estrangeiros, razão pela qual teve que ser oficializada a
mesma nacionalidade italiana de seus pais.
Confiados (Nicola Aslan e seu irmão) aos cuidados do avô materno, Salvador Carneri, em função
das necessidades profissionais de seus pais, quis o destino que, com o advento da Primeira Grande Guerra
(1914), separasse pais e filhos por longos 5 anos, só sendo possível o reencontro em 1919. As dificuldades
pós-guerra foram enormes para a família de Nicola Aslan que, apesar das privações e sofrimentos,
conseguiu terminar o equivalente ao 2º grau, não sendo-lhe possível cumprir os desejos paternos que o
queriam formado em dentista ou médico.
Inteligente e sagaz, no entanto, com 17 anos, com um ótimo emprego no Banque Imperiale Otomano, já
falava o grego, o francês, o italiano, o inglês e o turco.
Aos 23 anos, com as dificuldades políticas do regime turco, que o fizeram perder o emprego, e sem
opção na capital Ankara, emigrou Nicola Aslan para o Brasil, em 1929, sem dinheiro e cheio de esperanças.
Sem conhecer o idioma, as dificuldades de adaptação foram enormes, mas aprendeu lendo jornais nos
bondes, exercendo atividades em escritórios comerciais, dando lições de francês, até culminar
(profissionalmente) com o trabalho de Representação Comercial.
Em 1941, casou-se com D. Guiomar Barroso Aslan, que lhe deu os filhos Ítalo Barroso Aslan e Licy
Aslan de Drumond.
Ingressou na Maçonaria em 1956, aos 50 anos de idade, na Loja Evolução, no Oriente de Niterói. Esta
Loja que, inicialmente pertencia ao Grande Oriente do Brasil, passou depois ao controle da Grande Loja do
Estado do Rio de Janeiro.
Exaltado a Mestre Maçom em 01/03/1957, concluiu todos os Graus do filosofismo maçônico, tendo
concluído o Grau 32 em 15/05/1972.
Reconhecidamente incentivador da Cultura Maçônica, sempre a ela se dedicou, participando dos
principais eventos ligados à mesma.
Eleito diversas vezes para os mais diversos cargos, recebeu igualmente inúmeros títulos honoríficos
(suficientes para completarem umas três laudas).
Com apenas dois anos de Maçonaria (1958), escreveu uma obra de grande importância: HISTÓRIA
DA MAÇONARIA, Cronologia, Documentos, pela Editora Espiritualista Ltda. E só parou quando passou
para o Oriente eterno.
É (até hoje) reconhecido como um dos maiores e renomados escritores maçons e dicionaristas do
mundo, tendo sua obra GRANDE DICIONÁRIO ENCICLOPÉDICO DE MAÇONARIA E
SIMBOLOGIA, sido elogiada pela Academia Maçônica de Letras, tendo sido comparada à obra de Albert
Mackey.
Ajudou a fundar (21/03/1972) a Academia Maçônica de Letras, vindo a ocupar a cadeira nº 06, que
tem como patrono Gonçalves Ledo. Deixou uma biblioteca invejável!
Nicola Aslan faleceu em 02 de Maio de 1980. .
É, com certeza, um dos maiores maçons de toda a história da Maçonaria.

CARLOS ALBERTO DOS SANTOS/ M.: M.:

18
O NOSSO PLANETA

COLÔMBIA: A REPRESA URRÁ E A MORTE DO RIO SINÚ


Por Peter Phillips (*)

O mega-projeto da represa Urrá no rio Sinú, no Departamento (município) de Córdoba, situado


na região atlântica da Colômbia, constitui uma catástrofe ambiental assim como um desastre
completo para a população local. A represa, construída pela empresa Urrá e apoiada abertamente
pelo governo colombiano – que considera o projeto vital para a economia do país – inundará mais de
7 mil hectares de bosques e afetará diretamente os meios de vida e a própria existência do povo
indígena Embera Katío e as comunidades de pescadores da área.
A história de Urrá é grande e dolorosa. O projeto gerou preocupações e resistências desde seu
início, em 1977. Os Embera Katío, moradores ancestrais da zona afetada, que vivem da caça e pesca, e
as comunidades de pescadores do Alto Sinú, apoiados por organizações nacionais e internacionais,
têm se pronunciado reiteradamente contra este mega-projeto e têm recorrido a todas as vias pacíficas
possíveis, entre as quais processos em tribunais, entrevistas com autoridades, ocupação de edifícios
ministeriais e resistência a abandonar suas terras. Entretanto, tanto Urrá quanto o Ministério do
Ambiente têm ignorado-os, da mesma forma como fizeram com várias resoluções da Alta Corte
Constitucional de Colômbia. Os trabalhos seguiram adiante e, em novembro de 1999, começaram a
encher o reservatório da represa Urrá 1 sobre o rio Sinú.
Enquanto isso, Urrá também tem procurado gerar discórdia entre os Embera Katío para
debilitar sua resistência, mediante a celebração de acordos parciais com alguns dos grupos em
detrimento do resto. Durante esta luta desigual, os Embera Katío e os pescadores, assim como muitos
dos que os apóiam, têm sido objeto de graves violações dos direitos humanos. Pessoas morreram,
outras foram ameaçadas e forçadas ao exílio. O departamento de Córdoba, onde se levanta a represa,
está controlado por grupos paramilitares.
O reservatório foi cheio sem se remover previamente a biomassa existente, o que determinará a
eutrofilização das águas e o aumento das emissões de metano e dióxido de carbono, os mais
importantes gases de efeito estufa. Em vários lugares, próximos à represa, bosques estão sendo
cortados e queimados, o que promove ainda mais o processo de sedimentação do reservatório.
A perda das terras por parte dos Embera Katío é total. Por outro lado, os que vivem a montante
não têm como evitar a inundação de seus campos, casas, lugares sagrados e cemitérios. Os efeitos são
também evidentes a jusante. Devido à alteração do sistema hídrico, o fluxo natural diminuiu e a
qualidade da água deteriorou, afetando desse modo a rede “trófica”. Teme-se impactos ulteriores no
plâncton, na vegetação ribeirinha, invertebrados, pássaros e outros animais. O rio Sinú está
morrendo.
Que acontecerá com os povos indígenas e pescadores deslocados de seu mundo em contato
com a natureza? Sem terra nem recursos e privados de sua própria cultura, vêem-se forçados a
instalar-se nos cinturões de miséria existentes nas principais cidades do país.
“Dueda tu beu ea embera neta Embera ea”. (A vida e a dignidade dos Embera Katío não serão
sufocadas) é o lema de uma luta que continua para evitar um futuro tão terrível.

19
(*)Fonte: Revista Digital Água Online

20
DEPOIMENTO
O ANALFABETIZADO
Por Leonardo Machado(*)

Por mais incrível que pareça a situação da educação no Brasil está diretamente dependente de
resultados políticos, não da situação política;e transformou-se em uma faca de dois gumes.
O político tem que promover a cultura e temê-la.
Em países subdesenvolvidos a cultura fica totalmente atrelada ao poder. Se der cultura, o risco
de perder o poder é alto. Ao mesmo tempo, tem que demonstrar a intenção de fazê-lo.
Outro grande golpe do poder nacional constituído, além da não necessidade de
desencompatibilizar-se para concorrer à reeleição, que significa ficar com a chave do cofre na mão até
abrirem-se as urnas é o voto do analfabeto.
Entenda-se como analfabeto todos que só sabem desenhar o nome. Neste país se souber
desenhar o nome é considerado alfabetizado porque não precisa sujar o dedão. Exemplo: Luis da
Silva ele escreve, mas Luis da Silva Vieira, o bicho pega.
Este voto é politicamente nocivo mas eleitoralmente fundamental e decisivo, pois é maioria.
A cultura oral ou verbal tradicional em países subdesenvolvidos, como a Índia, Paquistão,
Afeganistão é passada de geração a geração sem ser contestada. Se observarmos bem, por aqui tem
secretário de governo que vota em quem “papai mandar”. É quase a mesma coisa.
Aqueles calhamaços que indianos, paquistaneses e afegãos levam sob os braços não são para
ler, fazem parte do ritual. O que fazem é repetir o que falou o tataravô, bisavô, avô e pai. Ele, os filhos
e netos falarão a mesma coisa folheando o livro sem saber o que é. Noventa por cento da população
da Índia é analfabeta mas têm a bomba nuclear. Nós temos a usina.
Aqui, um país de 8 milhões de Km2, construíram, por interesse político, uma usina nuclear em
uma praia de Angra dos Reis chamada Itaorna. Esta palavra em Tupi-Guarani quer dizer “pedra
mole’. Os índios há 500 anos sabiam que aquele solo movia-se, era instável. Nossos políticos
alfabetizados, não. Fizeram um acordo nuclear com a Alemanha de mais de 20 bilhões de dólares que
pagamos há quase 30 anos e aquelas usinas não têm um parafuso alemão.
As usinas são sucatas obsoletas americanas da Westinghouse que nos foram empurradas goela
abaixo (Brasília engoliu), em acordos casados sob o pano com direito a manutenção. Vejam bem:
temos a maior bacia hidrográfica do mundo. Os reatores nucleares não podem ser refrigerados com
água salgada. Criam-se “cracas” no interior dos canos diminuindo sua luz e, consequentemente, o
fluxo de água para a refrigeração. Esse acende-apaga é para limpar os canos e tirar as cracas,
manutenção prestada pelos USA. Todas as usinas nucleares americanas são em beira de rios (água
doce), só a nossa é na praia. O problema todo é que sou médico e sei disso.
O risco de um acidente nuclear no Estado do Rio é muito maior do que havia em Chernobyl.
Qualquer temporal de verão, a primeira estrada a ser interditada por queda de barreiras é a Rio-
Santos que vem a ser a primeira rota de fuga da população de Angra e adjacências em caso de
acidente. Estão esperando acontecer como sempre e eu esperando que Bin Laden não leia isto.
O ócio e a desinformação estão comprometendo a nossa juventude. Até o padrão televisivo
despencou. Não adianta saber ler e escrever.
Canso de ouvir de adolescentes iniciados nos vícios da vida: Cabo Frio e Arraial não têm nada
para fazer. Búzios, não digo nada por uma questão de sensibilidade.
Estão errados não, a culpa é nossa.

(*) Médico neurologista


Artigo extraído do “JORNAL DE SÁBADO”, Edifício. De 27/07/2002.

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