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MAÇÔNICO
n.º 23 Março-Abril/2003
Ano III
EDITORIAL ÍNDICE
historicamente (caça às bruxas, Inquisição, Índex dos livros proibidos, O que a imprensa
noticiou
campos de concentração etc.) atinge patamares de altíssima
perversidade. Pág. 5
A democracia, a tolerância e a fraternidade nos parece ser o Curiosidades
caminho a ser trilhado.
Dentro desta perspectiva, temos a grata satisfação de informar Pág6
aos IIr.: que foram definidos a data (23/08) e o tema (A Maçonaria, a Especial
Família e a Sociedade) do V FÓRUM MAÇÔNICO DE CABO FRIO Pág. 7 e 8
E REGIÃO. Para Pensar
O FÓRUM, que terá como anfitriã este ano a ARLS JAMIL
Pág. 9
KAUSS, do oriente de Araruama, tem tido a felicidade de congregar as
principais Lojas da nossa região, independentemente de qual Potência Gr. Dic.Enciclopédico de
Maç. e Simbologia
à que as mesmas pertençam, o que nos faz realçar os laços de
(Nicola Aslan)
fraternidade.A ARLS RENASCIMENTO Nº 08, embora fundadora do Biblioteca
FÓRUM, vem, através de um saudável rodízio, conseguindo que haja
uma participação de todas as Lojas da região, indistintamente. Pág10
O tema deste ano é bem pertinaz, dado que acreditamos que, Saúde é coisa séria
num mundo violento e inamistoso em que vivemos atualmente, Pílulas Maçônicas
qualquer gesto que nos faça aproximar fraternalmente do nosso
Pág. 11 à 15
semelhante, envolver a família e nos fazer repensar esse
relacionamento com a nossa sociedade, será bem vindo. Assim, na Trabalhos Maçônicos
Semana do Maçom, quando estaremos nos congraçando, estaremos, Pág. 16 à 20
também, ouvindo de IIr.: das mais diversas Lojas (da família Francês x Português
maçônica), palavras concludentes sobre o tema em tela.
Ganham todos: A Maçonaria, os Maçons, a Fraternidade e a Pág. 21 e 22
Democracia. História pura
Pág. 25
O Pesquisador Maçônico Biografia do mês
Fundação: Janeiro/2001
Editor: Ir.: Carlos Alberto dos Santos/M.: M.: Pág. 27 e 28
Revisor: Ir.: Ítalo Barroso Aslan/ M.: M.: O nosso planeta
Registrado na ABIM sob o n.º 060-J
Pág. 29
Informativo Cultural da SOCIEDADE DE ESTUDOS ANTHERO
• Depoimento
BARRADAS, e A... R...L...S... Renascimento n.º 08
Rua Nicola Aslan, 133
Braga – Cabo Frio (RJ) e-mail: carlosalberto@cabofrio.psi.br
1
O QUE A IMPRENSA NOTICIOU
Arqueólogos descobrem o calendário mais antigo do Japão
Arqueólogos japoneses encontraram na antiga capital do Japão, Nara, o mais antigo calendário
do país, que data do ano 689, anunciou o Instituto Nacional de Bens Culturais da cidade.
A peça é redonda, feita de madeira, com dez centímetros de diâmetro. Ela estava nas ruínas de
Ishigami, a 400 quilômetros de Tóquio.
"Os signos do zodíaco oriental para pelo menos sete dias foram desenhados em tinta chinesa
negra em cada um dos lados do calendário", informou Hiroki Ichi, arqueólogo do instituto.
Esses signos incluem as diferentes fases da Lua e o horóscopo do dia. "Ao decifrar as combinações
dos signos, chegamos à conclusão de que se trata de um calendário de março e abril de 689, ou seja, o
calendário mais antigo já encontrado no Japão", disse Ichi.
"Não sabemos como era utilizado, mas supomos que estava pendurado na parede de um
escritório público, para que os funcionários pudessem verificar a data ao redigir documentos",
explicou o arqueólogo.
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A Maçonaria Pernambucana aguarda, ansiosa, a presença dos IIr.: maçons de todo o País, como
também de Portugal e do Uruguai, que vêm participar do Encontro Nacional da Cultura Maçônica,
que se realiza, em Recife, nos dias 10, 11 e 12 de Abril de 2003. Comemoraremos a passagem do 32º
aniversário de fundação da revista maçônica “A TROLHA”, “engenho e arte” do Xico , cuja ausência
infindas saudades nos dá... Teremos o comparecimento dos escritores da UBRAEM; dos acadêmicos
da Associação das Academias Maçônicas; os pesquisadores e historiadores do INBRAPEM; e dos
jornalistas da ABIM. Lançamento de livros; defesa de teses; debates e pinga-fogo...
Serão ouvidos os mais categorizados mestres da Maçonaria brasileira, dentre eles o PhD
Castellani, o reitor Octacílio Schüller, o filósofo Raimundo Rodrigues. Venha conformar a profecia de
Castro Alves – “Pernambuco sonha a escada que também sonhou Jacó”.
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Veja a reação de dois ratos de laboratório diante de uma situação de vida ou morte:
O primeiro rato havia sido condicionado ao pessimismo. Sua vida no laboratório era um
inferno. A comida fornecida tinha um gosto extremamente amargo. Quando se aventurava para fora
do cativeiro, através das saídas entreabertas, recebia fortes choques. Como conseqüência, em pouco
tempo deixou de se aventurar, mantendo-se recolhido em sua gaiola, recusando comida. O segundo
rato tinha a vida que pediu a Deus. Comida a vontade. Amplo espaço. Brinquedos. Visitas periódicas
de ratas perfumadas e simpáticas. Era o verdadeiro paraíso.
A crise preparada no experimento consistia em jogar os dois ratos numa bacia d’água
aparentemente sem saída. O primeiro rato olhou a situação e, por força do seu pessimismo, entregou-
se logo às águas e afogou-se.
O segundo rato entrou nas águas com espírito recreativo, divertindo-se muito enquanto
aguardava a salvação que certamente viria. Sua última declaração antes de perceber que era tarde
demais: “Mas isto não pode estar acontecendo comigo!”
Existia no caso uma saída para ambos. Havia um dispositivo que, acionado por um leve
movimento, elevaria na bacia uma pequena plataforma submersa. Bastava encostar. Entretanto, o rato
pessimista desistiu antes de avaliar a situação e o roedor otimista gastou seu tempo divertindo-se
num mundo de fantasia, alheio à dura realidade que enfrentava.
Nenhum dos ratos avaliou duramente a situação em que se encontrava. Influenciados pelos
seus condicionamentos anteriores, eles enfrentavam a nova situação como se fosse uma continuação
do passado. E é justamente aí que reside uma grande causa da tomada de decisões inadequadas: “A
falta de avaliação com isenção de condicionamentos anteriores”.
3
Eis algumas sugestões para evitar este grande perigo de não situar-se adequadamente antes de
tomar as decisões:
Definir o Problema
Posicionar-se diante das situações perguntando-se : quais os fatores que cercam o problema?
Qual o ambiente físico? Emocional? Político? Cultural? Detalhes sutis nestes ambientes poderão
influenciar substancialmente o rumo da decisão final. Levante todas as possíveis informações em
torno do problema. Pergunte-se: “Qual é a real natureza do problema?”.
Comparar seus sucessos com os fracassos. Que fatores contribuíram para os resultados? Como a
situação atual difere das anteriores?
Você é dos que sempre buscam soluções “técnicas”, ou prefere chegar à resposta através de
abordagens comportamentais? Seu condicionamento cultural influencia? Você é conservador ou
tende a se arriscar?
Condicionamentos
N.: R.: Este artigo foi publicado pelo “O Estado de São Paulo”, edição de 02/07/1991.
Alfredo P. Cunha
Cirurgião Dentista – CRO 4679
Dr. Wagner Buono
Glaicy M. Cunha Ginecologista e Obstetra
CRM 52.27620-8
Periodontia e Endodotia –
Acompanhamento Pré-Natal
Atendimento: Tratamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis
2ª, 3ª, 5ª e 6ª 8h às 11h – 14h às 17h Prevenção do Câncer de Colo
Prevenção do Câncer de Mama
Avaliação Hormonal na Peri-Menopausa e Menopausa
Documento autêntico de sentença proferida pelo Juiz Manoel Fernandes dos Santos, em Vila de Porto da Folha,
Sergipe, em 15 de outubro de 1833
O adjunto de promotor público, representando contra o cabra Manoel Duda, porque no dia 11
do mês de Nossa Senhora Sant'Ana quando a mulher do Xico Bento ia para a fonte, já perto dela, o
supracitado cabra que estava de tocaia em uma moita de mato, sahiu della de supetão e fez proposta
a dita mulher, por quem queria para coisa que não se pode trazer a lume, e como ella se recuzasse, o
dito cabra abrafolou-se dela, deitou-a no chão, deixando as encomendas della de fora e ao Deus dará.
Elle não conseguiu matrimônio porque ella gritou e veio em assucare della Nocreto Correia e
Norberto Barbosa, que prenderam o cujo em flagrante. Dizem as leis que duas testemunhas que
assistam a qualquer naufrágio do sucesso faz prova.
CONSIDERO:
QUE o cabra Manoel Duda agrediu a mulher de Xico Bento para conxambrar com ella e fazer
chumbregâncias, coisas que só ao marido della competia conxambrar, porque casados pelo regime da
Santa Igreja Cathólica Romana;
QUE o cabra Manoel Duda é um suplicante deboxado que nunca soube respeitar as famílias de
suas vizinhas, tanto que quiz também fazer conxambranças com a Quitéria e Clarinha, moças
donzellas;
QUE Manoel Duda é um sujeito perigoso e que não tiver uma cousa que atenue a perigança
dele, amanhan está metendo medo até nos homens.
CONDENO o cabra Manoel Duda, pelo malifício que fez à mulher do Xico Bento, a ser
CAPADO, capadura que deverá ser feita a MACETE.
A execução desta peça deverá ser feita na cadeia desta Villa. Nomeio carrasco , o carcereiro.
Cumpra-se e apregue-se editais nos lugares públicos.
Praça Tiradentes 115, São Bento, Cabo Frio, RJ CEP. 28.906-290 Praça Porto Rocha, 37 - sala 109 – Centro – Cabo Frio - RJ
Cep: 28.905-250 - Tel/fax: (22) 2643.4878
(22) 2647.2931 Fax: (22) 2647.4285
e-mail: labolagos@uol.com.br
e-mail: javs@levendula.com.br
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VIRGÍLIO DE CASTRO
- Um Exemplo de Irmão-
Possui obras em coleções oficiais e particulares na Alemanha, Estados Unidos, Argentina, Portugal,
Itália, França e Paraguai.
Virgílio Castro trabalhou com Assistente Social, nas favelas do Rio de Janeiro, daí inúmeros de seus
quadros inspirados no tema e na problemática social.
Radicado em Cabo Frio, produziu muito em marinhas, flagrantemente de sua predileção.
A doença que o acometeu teve como conseqüência a amputação de um membro inferior. Mas, como
é um guerreiro, o Irmão Virgílio vem extravasando suas energias na pintura.
Como podemos ajudar ao nosso Irmão? Acreditamos nós que adquirindo algumas de suas obras,
por exemplo; se algum Irmão tiver acesso, conseguindo alguma exposição de seus quadros etc.
O Irmão Virgílio poderá ser contatado pelo e-mail de sua filha: biancadecastro@ig.com.br ou no
endereço abaixo:
Rua Governador Valadares, 434 – casa 3
São Cristóvão – Cabo Frio (RJ)
Tel.: (022) 2643. 1491.
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6
PARA PENSAR
O DIREITO À NEGRITUDE
Antonio Sepulveda
A imposição de quotas raciais para ingresso nas universidades pede o reexame dos padrões
morais e éticos que vínhamos, até aqui, adotando para a sociedade brasileira.
Entendemos que, dentre os valores fundamentais de uma nação democrática, destaca-se a
igualdade de todos perante a lei, assegurada como princípio constitucional pétreo. Qualquer regalia
extra, concedida a um grupo de cidadãos em detrimento dos demais, deriva do reconhecimento do
mérito, o qual deve estar ao alcance de todos que, por esforço próprio, consigam preencher os
requisitos exigidos, à luz dos mais altos interesses do país. A partir do momento em que passarmos a
favorecer um determinado segmento, por nenhuma outra razão que não seja a pigmentação da pele,
estaremos desrespeitando uma infinidade de dispositivos legais, ignorando as mais comezinhas
noções do senso comum e, sobretudo, premeditando uma série de atos jurídica e moralmente
inaceitáveis. Equivale a oficializar apartheid às avessas.
A desculpa esfarrapada de que essa medida se justifica pela necessidade do resgate de uma
imensa dívida social com os negros teria, talvez, algum respaldo em países onde as diferenças raciais
fossem facilmente distinguíveis. No Brasil, onde a maciça maioria miscigenada tem um ou os dois pés
fincados nas plagas africanas, esse tipo de alegação é risível. De mais a mais, a ciência ainda não
aprendeu a medir e comparar os diversos graus de negritude das pessoas, a fim de se estabelecer um
critério justo e coerente com a nova legislação racial, para maior ''lisura'' das aprovações nos
vestibulares. Se tal fosse possível, os candidatos ao curso superior poderiam ser selecionados de
acordo com a quantidade de melanina encontrada na epiderme. Por outro lado, qualquer brasileiro de
tez clara pode vir à boca de cena, impostar a voz e anunciar à platéia estupefata: ''Senhoras e
senhores, eu sou negro''. Talvez por receio de represálias, é o que alguns já estão fazendo. Teme-se,
entretanto, que, em breve, os brancos supostamente puros sejam obrigados a usar, no peito, uma
estrela amarela, para identificação imediata e tratamento consentâneo.
Os demais grupos étnicos - caburés, curibocas, índios, mamelucos, maurescos, orientais, tapuios
e brancos pobres - foram inexplicavelmente relegados pelos legisladores, o que é, definitivamente, um
contra-senso ante o suposto espírito da lei. Mas os disparates vão muito além desses excessos racistas.
Em nenhum dispositivo ficou esclarecido como a nova arrumação vai melhorar a qualidade do
desempenho dos nossos estudantes depois de formados. Ninguém se preocupou com a melhora ou
piora da capacitação dos profissionais que serão, doravante, entregues a todos os setores da
sociedade. Sabemos apenas que, se porventura um candidato branco tiver um aproveitamento melhor
do que o de um candidato negro, este ficará com a vaga, e aquele, com o suplício de um novo
vestibular. Em outras palavras, se antes havia um preconceito tácito contra os negros, a nova lei
tratou de corrigir a situação ao inverter os papéis e oficializar a discriminação escancarada contra os
brancos.
O sistema de quotas raciais já chegou às portas da administração pública em inúmeros setores.
Resta-nos confiar no sentimento de altivez e dignidade dos próprios negros que saberão repelir essa
lei.
Se nada mais der certo, existe sempre um meio infalível de reavermos a licitude isonômica.
Basta que todos nos declaremos legalmente negros e, por conseguinte, iguais perante a lei.
(*)Publicado no JB de 04/04/2003
7
O Desafio de Ser Honesto
Conta-se que por volta do ano 250 A.C., na China antiga, um príncipe da região norte do país,
estava as vésperas de ser coroado imperador, mas, de acordo com a lei, ele deveria se casar. Sabendo
disso, ele resolveu fazer uma "disputa" entre as moças da corte. No dia seguinte, o príncipe anunciou
que receberia, numa celebração especial, todas as pretendentes e lançaria um desafio.
Uma velha senhora, serva do palácio há muitos anos, ouvindo os comentários sobre os
preparativos, sentiu uma leve tristeza, pois sabia que sua jovem filha nutria um sentimento de
profundo amor pelo príncipe. Ao chegar em casa e relatar o fato à jovem, espantou-se ao saber que ela
pretendia ir a celebração, indagando incrédula:
- Minha filha, o que você fará lá? Estarão presentes as mais belas e ricas moças da corte. Tire
esta idéia insensata da cabeça, eu sei que você deve estar sofrendo, mas não torne o sofrimento uma
loucura.
- Não, querida mãe, - respondeu a filha - não estou sofrendo e muito menos louca, eu sei que
jamais poderei ser a escolhida, mas é minha oportunidade de ficar pelo menos alguns momentos
perto do príncipe. Isto já me faz feliz.
À noite, a jovem chegou ao palácio. Lá estavam, de fato, as mais belas moças, com as mais belas
roupas, com as mais belas jóias e com as mais determinadas intenções. Finalmente, o príncipe
anunciou o desafio:
- Darei a cada uma de vocês, uma semente. Aquela que, dentro de seis meses, me trouxer a mais
bela flor, será escolhida minha esposa e futura imperatriz da china.
A proposta do príncipe não fugiu às profundas tradições daquele povo que valorizava muito a
especialidade de "cultivar" algo, sejam costumes, amizades, relacionamentos etc...
O tempo passou e a doce jovem, que não tinha muita habilidade nas artes da jardinagem,
cuidava com muita paciência e ternura a sua semente, pois sabia que se a beleza da flor surgisse na
mesma extensão de seu amor, ela não precisaria se preocupar com o resultado.
Passaram-se três meses e nada surgiu. A jovem tentou de tudo, usou de todos os métodos que
conhecia, mas nada havia nascido. Dia após dia ela percebia cada vez mais longe o seu sonho, mas
cada vez mais profundo o seu amor.
Por fim, os seis meses se passaram e nada havia brotado. Consciente do seu esforço e dedicação
aquela moça comunicou à sua mãe que, independente das circunstâncias retornaria ao palácio, na data
e hora combinadas, pois não pretendia nada além de mais alguns momentos na companhia do príncipe.
Na hora marcada estava lá, ela e as demais pretendentes, só que seu vaso estava vazio, e todas
as outras pretendentes, tinham cada uma com uma flor mais bela do que a outra e das mais variadas
formas e cores. Ela estava admirada, nunca havia presenciado tão bela cena.
Finalmente chega o momento esperado e o príncipe observa o vaso de cada uma das
pretendentes com muito cuidado e atenção. Após passar por todas, uma a uma, ele anuncia o
resultado e indica aquela bela jovem, filha da serva do palácio, como sua futura esposa.
As pessoas presentes tiveram as mais inesperadas reações. Ninguém compreendeu porque ele
havia escolhido justamente aquela que nada havia cultivado. Então, calmamente o príncipe esclareceu:
- Esta foi a única que cultivou a flor que a tornou digna de se tornar minha imperatriz. A Flor da
Honestidade, pois todas as sementes que entreguei eram estéreis.
Se para vencer, estiver em jogo a sua honestidade, perca. Você será sempre um vencedor.
Autor Desconhecido
INFORMAÇÃO RELEVANTE
A A.R.L.S. RENASCIMENTO Nº 08, do Oriente de Cabo Frio, possui uma pequena farmácia, com
remédios de “amostra grátis” que são doados por IIr.: médicos do quadro da Loja, para serem
oferecidos a quem precisar, seja Irmão, familiar ou mesmo pessoas conhecidas e necessitadas.
8
Divulguem esta informação e, se possível, contribuam para o incremento desta micro– farmácia.
9
GRANDE DICIONÁRIO ENC. BIBLIOTECA
DE MAÇONARIA E
NAS TABERNAS DOS ANTIGOS
SIMBOLOGIA MAÇONS
Luiz Gonzaga d a Rocha
NICOLA ASLAN
O escritor como que tenta nos levar à
reflexão, não quanto à veracidade dos fatos
HO-HI– Trata-se, segundo Mackey, de uma históricos que ele conhece bem e expõe com
combinação de dois pronomes hebraicos: Ho clareza, e sim quanto ao que continha ou pudesse
(He, Vav), significando “ele”, e Hi (He, Iod), conter, o imaginário dos nossos IIr.: daquela
significando “ela”, que representam, época. Faz muito bem em caminhar nessa direção,
misticamente, o duplo sexo do Criador. É a mesmo porque, a que se elabore um novo livro,
transposição ou inversão cabalística do ele tem que ser novo mesmo, e ser visto e lido
Tetragamaton, Iod, He, Vav, He, ou IHOH.
como uma produção e não uma simples
Desta forma, Ho-Hi, assim obtido
reprodução como faz grande parte dos autores
cabalisticamente, denota os princípios macho
e fêmea, o vis genitrix, o falo e o lingham, o brasileiros. Tem razão o autor em citar o conhece-
ponto dentro do círculo, cuja noção, em uma te a ti próprio como modelo primeiro de atitudes
ou outra forma deste duplo gênero, penetra iniciáticas, modelo esse de principal uso por
todos os antigos sistemas para representar o outras secretas sociedades que nos antecederam
poder criador. envolvendo principalmente Alquimistas e Rosa-
E ainda sobre o mesmo Símbolo, em outra de Cruzes. Aliás, na nossa modesta opinião, eles
suas obras, Mackey (Symbolism of foram parte daqueles que fundaram a Ordem
Freemasonry( acresce: “Uma pronunciação Maçônica Especulativa.
cabalística do Tetragramaton, ou do inefável nome
(...)
de Deus; que é, muito provavelmente, a
Acerta em cheio o autor quando se detém
verdadeira; e como significa, literalmente, ELE-
ELA, supõe-se que denota a essência sobre as datas de 1275 e 1278 como documentais
hermafrodítica de Jehovah, contendo em Si mesmo da existência de Sociedades Organizadas de
os princípios macho e fêmea – a energia geradora e Maçons Operativos, tanto em Strasbourg como
prolífica da criação”. em Londres, porém mais uma vez torna-se
necessário frisar serem estas Organizações tão-
somente operárias e não especuladoras...
LIMBO – Nome dado na teologia católica ao
lugar limítrofe ao inferno, onde os justos
N.: R.: Os comentários acima foram
falecidos do Antigo Testamento esperavam o
extraídos de parte do texto escrito no final do
momento em que Cristo devia abrir o céu.
livro (como Apêndice), por Oswaldo Ortega,
Muitos teólogos buscam também o termo
limbo para indicar o lugar onde vão as para que houvesse uma melhor compreensão do
crianças sem batismo, sobre a sorte das quais conteúdo do citado livro.
nada diz a Escritura.
Editora Maçônica “A Trolha”.
10
SAÚDE É COISA SÉRIA
É VERDADE QUE O CHOCOLATE AJUDA A COMBATER A PRESSÃO ALTA?
Ainda não foi provado que ele abaixa a pressão – mas, pelo menos, evita que ela suba. “Isso
acontece porque o chocolate contém flavonóides, substâncias que estimulam a ação do óxido nítrico
produzido em nosso organismo.
Esse gás relaxa os vasos sanguíneos, mantendo a pressão arterial baixa”, diz o nefrologista Dante
Giorgi, da Universidade de São Paulo (USP).
A boa notícia foi revelada em fevereiro pelo radiologista Norman Hollenberg, da Univerdidade
de Harvard, nos Estados Unidos, depois de estudar a população indígena da ilha de Kuna, na América
Central, que ingere cerca de cinco xícaras de chocolate por dia e raramente apresenta pressão alta.
Mas não é qualquer chocolate que traz este benefício. “Os índios o consomem em estado bruto,
com altas doses de cacau, semelhante aos chocolates amargo e meio-amargo”, afirma Dante. Ao
contrário desses dois tipos, a maior parte do produto comercializado leva leite em sua composição, o
que aumenta o nível de gordura e reverte o efeito positivo.
“Enquanto os flavonóides evitam o entupimento dos vasos, a gordura faz justamente o
contrário”, diz a nutricionista Mônica Jorge, também da USP.
PÍLULAS MAÇÔNICAS
DIÁCONOS
Têm como função transmitir as ordens das Luzes (Ven.: e Vvig.: ao IIr.: e vigiá-los, para que estas
sejam cumpridas, nas colunas.
Suas insígnias são bastões encimados por uma pomba simbolizando as funções de mensageiros que
desempenham, numa alusão à pomba enviada por Noé, após o Dilúvio.
Nas Lojas inglesas, têm a denominação de Diácono Sênior o que fica a direita do Ven.: e tem como
distintivo o Sol, e o Diácono Júnior, auxiliar direto do 1º Vig.: que tem a Lua como distintivo.
BASTÕES
Segundo alguns estudiosos, os bastões portados pelos Diáconos e o Mestre de Cerimônias, são
invenções brasileiras, uma vez que não são usados na Europa e Estados Unidos.
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TRABALHOS MAÇÔNICOS
A MAÇONARIA OPERATIVA FOI ASSIM
Irm. Antônio do Carmo Ferreira (*)
É sabido que os símbolos maçônicos, quando analisados por maçons, têm, via de regra,
interpretações diferentes umas das outras. Outrossim, quando vistos por outras pessoas,
principalmente por anti-maçons, prevalecem as interpretações facciosas e preconceituosas.
Passemos a exemplos: o anti-maçom Edward Decker diz que está errado quando o maçom novo
diz desejar a LUZ, que lhe será concedida pelo Ven.:, porque, segundo ele, a LUZ é a salvação que
somente vem de Jesus. Uma inverdade ditada pelo radicalismo que alimenta o íntimo desses inimigos
gratuitos que, injusta e impiedosamente, extravasam o despeito que nutrem pela Maçonaria. Será que a
Bíblia que esse cidadão lê não é a mesma – a Verdadeira e Universal – que nós maçons professamos, e
em cujo texto, em imemoráveis passagens, a palavra LUZ é usada em vários sentidos significando
alegria, prosperidade, excelência moral, esperança, vida, conhecimento etc ? Portanto, é uma rematada
tolice e uma aleivosia, dizer que LUZ, em qualquer sentido, signifique SALVAÇÃO DE JESUS.
Outro inimigo, o também evangelista Pat Robertson, diz que o O Olho-que-tudo-vê, maçônico
(que, inclusive, está impresso no Grande Selo dos EUA, como pode ser visto no verso da cédula de 1
dólar), “é o olho de uma antiga divindade egípcia OSÍRIS, que é reverenciada nos ritos sagrados da
Maçonaria”. Com estas palavras, pretende o aludido evangelista, aleivosamente, fazer crer que a nossa
Ordem venera um símbolo pagão, incompatível com o cristianismo e com o judaísmo, já que pertence a
um deus egípcio.
E assim vão os nossos detratores, numa cantilenária que hoje já não surte efeito, tentando, em
vão, denegrir a imagem de nossa Sublime Ordem. Os cães ladram, mas a caravana segue incólume, em
busca da Verdadeira LUZ, sob a proteção do OLHO-QUE-TUDO-VÊ.
(*) Ir.: pertencente ao quadro da ARLS RENASCIMENTO Nº 08, do Oriente de Cabo Frio
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PRINCÍPIOS HERMÉTICOS
Ir.: ANTHERO BARRADAS / M.: M.: (*)
Na Alquimia três são os princípios herméticos conhecidos como : Enxofre , Mercúrio e Sal, os
quais têm grande importância na simbologia maçônica, com presenças permanentes na Câmara de
Reflexões, representando
O Enxofre – o símbolo do espírito;
O Sal – o da sabedoria; e
O Mercúrio (em forma de galo), representando a fonte da ciência e da Iniciação.
Estes três princípios herméticos, de acordo com a Alquimia, encontram-se em todos os corpos,
sendo o enxofre o princípio masculino, o mercúrio o princípio feminino e o sal, o princípio neutro.
Na Alquimia, o mercúrio teve várias designações, tendo sido a preferida AZOTH, palavra
escrita com as letras Alpha, Zeta, Omega e Thau, ou seja: a inicial comum a todos os alfabetos (A); a
última letra latina (Z); a grega Omega e a Hebraica Thau.
(*) Ir.: pertencente ao quadro da ARLS RENASCIMENTO nº 08, do Oriente de Cabo Frio
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A PALAVRA SAGRADA
Colaboração do Ir.: SÉRGIO GUIMARÃES (*)
A referência mais antiga que temos sobre a Palavra Sagrada é encontrada no Livro I Reis,
Capítulo 7, Versículo 21 da História Sagrada :
“... Depois levantou as colunas no Pórtico do Templo; e levantando a coluna direita, chamou seu nome
Jaquim...”
A sua tradução no vernáculo lhe dá o significado de estabilidade.
Autores há, que lhe dão origem grega: uma palavra composta de “JAH”, que significa Deus e
“IACHIN”, com o significado estabelecerá, ou seja, “Deus estabelecerá”.
A Bíblia não esclarece os motivos que Salomão tivera para colocar a palavra J.: na coluna do
“sul”, posto que, analisadas as escrituras, encontraremos muitos nomes iguais ou dele derivados: No
Livro de “Gênesis”, surge como o quinto filho de Simeão, filho de Jacó e pai dos Jaquinitas.
Os Jaquinitas formavam uma associação conhecida como “A dos Homens Justos”.
No livro das Crônicas, encontramos um chefe de uma família de sacerdotes a serviço do Templo
de Jeová.
A coluna denominada J.: e que se poderá resumir como coluna “J”, recebe outros significados,
como sendo: Da Estabilidade, Firmeza, Durabilidade, Eternidade, Imortalidade, Constância, Engenho,
Talento, Perseverança etc.
O consagrado princípio maçônico: “A minha perseverança está no bem”, constituiu a base
sólida para que Hiram gravasse a inicial “J” na coluna do Sul, no Templo de Salomão. Coluna que,
juntamente com a do Norte e inicial “B”, sustém o mundo simbólico maçônico.
Se a coluna “B” sustém o mundo material, a coluna “J” sustém o mundo espiritual.
Se a palavra sagrada do 1º Grau representa a matéria com todas as suas forças materiais, a
palavra sagrada do 2º Grau simboliza as forças espirituais. São, somadas, a definição áurea da
Maçonaria, de forma “Real e Verdadeira”. Real no sentido material; verdadeira no sentido espiritual.
Trata-se de assimilar o significado da palavra J.:, dentro do filosofismo profundo emanado de
um dos principais símbolos do 2º Grau, a sua coluna mestra.
Como o Aprendiz foi chamado para a prática de atos de elevada moral, magnitude e poder, o
Comp.:, já de posse daquelas virtudes, dirige seu interesse no sentido de desenvolver de forma
consciente, as obras sociais, científicas e morais que beneficiem a humanidade, preparando as
gerações vindouras.
A tarefa maçônica constitui o saber útil à sociedade, à Pátria e à humanidade, mesmo que isto
lhe traga sacrifícios e, em resumo, conscientizar-se o maçon de seus deveres para com o ser supremo,
para com seu semelhante e para consigo mesmo.
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TEMA: IGUALDADE
Ir Wenceslau da Cunha(*)
Em um de nossos livros encontrei uma página singular, matizada pelo seguinte texto:
“Na marcha do dia-a-dia, necessário se faz harmonizar as manifestações de nossas qualidades com o
espírito de proporção e proveito, a fim de que o extremismo não nos imponha acidentes no trânsito de nossas
tarefas e relações”.
Quando li as palavras “harmonizar as manifestações de nossas qualidades”, contidas no
texto, liguei o fundamento dessas expressões ao tema em pauta: Igualdade. Pois como é sabido esse
tema nos conduz a refletir sobre “harmonização de manifestações de nossas qualidades”.
Embora reconhecendo que simples seria definir a palavra Igualdade como o fazem os
dicionários, não o fizemos por achar por demais simplória essa forma.
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Assim, preferimos buscar o seu significado dentro dos anseios sociais.. E encontramos na
Carta Magna do Brasil, por exemplo, a palavra Igualdade implícita no seu artigo 5º, que diz: “Todos
são iguais perante à lei, sem distinção de qualquer natureza...”
A Constituição do Grande Oriente do Brasil, por seu turno, realça a palavra Igualdade como
um de seus fins supremos, que se traduz por uniformidade, nivelamento dos seres perante às leis,
perante às oportunidades.
O certo é que Igualdade entre os homens é uma das mais profundas e autênticas aspirações
democráticas, mas, como tantas outras, é também uma das mais exploradas por uma demagogia
irresponsável. O fundamento filosófico da Igualdade democrática é a identidade essencial de todos os
homens. Todos eles têm a mesma dignidade essencial, como seres racionais e livres, independente de
sua condição social ou econômica, de sua raça , de sua cultura ou de sua religião.
A história afirma que a Igualdade figurava entre as três reivindicações fundamentais da
Revolução Francesa, juntamente com liberdade e fraternidade. Pela, a Igualdade, interpretava uma
aspiração irresistível de justiça. Era o instrumento histórico de uma exigência de democracia política,
contra todas as formas de absolutismo e de privilégios sociais. Entretanto, ela se tornou um
instrumento de luta de uma burguesia mercantil que emergia, e uma nobreza de sangue que entrava
no ocaso. A Revolução sob a égide da Igualdade abriu um largo caminho irreversível para a
democracia social e econômica, mas na realidade, liderada pela burguesia, deixou a massa
proletariada nas mãos de um capitalismo liberal que a reduziu às mais tremendas condições de
desigualdades. Apesar de empolgante, a história da Revolução Francesa , devemos voltar a falar de
nosso tema chave: Igualdade; pois, para isso fomos convidados.
Hoje, a humanidade toma consciência de toda a extensão do problema da Igualdade, numa
escala mundial e das possibilidades técnicas e econômicas de realizá-la. Principalmente como seres
humanos, o que importa em ter possibilidade real de um trabalho justamente remunerado, de direitos
e de justiça.
Atualmente, no Brasil e no mundo, fervilham movimentos das mulheres, em busca de sua
Igualdade aos homens. Esses movimentos têm como imperativo que se ergue como prioridade o fim
da exploração da mulher no trabalho e luta pela Igualdade entre mulheres e homens em todas as
dimensões da vida social.
Haja vista o próprio sindicalismo nascer da convicção partilhada pelos trabalhadores de que
só unidos poderão fazer face à força do capital e impedir a exploração da sua força de trabalho.
O Estatuto da Criança e do Adolescente traz, também, um primor de redação sobre a
Igualdade da criança e do adolescente. Cuja exigüidade de tempo não nos permite explorar o
contexto desse instrumento regulador dos direitos de Igualdade de nossos infantes.
O certo é que a ausência de Igualdade é a discriminação explícita. Por isso, o combate aos
princípios da desigualdade deve começar a partir das famílias e da escola – primeiros espaços de
socialização das pessoas – da idéia da Igualdade de direitos, de dignidade e de partilha de
responsabilidades entre homens e mulheres. Todavia, reconhecemos que a Igualdade de pessoas não
se conquista de uma só vez, mas exige um trabalho persistente de conscientização de todos, a
começar pela educação. Isso evidencia, na minha interpretação, que a luta pela Igualdade é, em
primeiro lugar, uma luta de cultura. Mas a própria transformação da cultura para se impor exige,
concomitantemente, uma transformação das práticas sociais.
Para se conquistar a Igualdade têm-se que mover alguns valores fundamentais. É preciso
rechear-se os propósitos de: “Energia na fé; energia na convicção; energia na justiça; energia na
sinceridade e energia na coragem”. Aqui, ousei fazer essas afirmações, porém, reconheço-as como
objeto de sábia análise e de judiciosa apreciação e, para tanto, recorro aos meus Irmãos presentes,
fazendo-lhes as seguintes indagações:
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1. É preciso haver energia na fé para se conquistar a Igualdade ?
R.: Evidente que sim! Porém, não demais para que não se tombe em fanatismo.
2. Para se chegar a Igualdade é necessária a energia na convicção?
R.: Lógico que sim! Mas, não demais para que a convicção não se torne em teimosia.
3. É preciso desenvolver-se energia na justiça para atingir a Igualdade?
R.: Com certeza, sim! Porém não em excesso para que não se transforme em crueldade.
4. A conquista da Igualdade exige energia na sinceridade?
R.: Sim! Todavia, não demais que descambe no desrespeito.
5. Energia na coragem! Para se atingir a Igualdade é preciso coragem?
R.: Necessita-se de muita coragem, sim; porém, com muita prudência, para evitar
temeridade. A coragem vence o medo e faz-nos caminhar nas sendas das conquistas, pois
avalia o risco que corre, mas não se furta a ele, nem foge.
Meus Irmãos, essas são nossas singelas palavras que tínhamos para apresentar, contidos no
espaço de tempo que nos foi concedido. Que a conquista da Igualdade não seja uma utopia e que saia
dos sonhos para a realidade. Que tenhamos Igualdade no sentido pleno de seu significado.
Igualdade para nossa Pátria, Igualdade para a nossa sociedade, Igualdade para nossa família,
Igualdade para todos. Que o bom senso nos ordene conquistá-la aqui na terra com as armas da
solidariedade e que Deus nos a conceda nos seus mistérios celestiais.
Administração de Condomínios
Venda e Aluguel
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TEXTO EM FRANCÊS TEXTO EM PORTUGUÊS
DANS LE SIÈCLE, HORS DU SIÈCLE... NO SÉCULO, FORA DO SÉCULO...
Il faut nous convaincre néanmoins que toute É necessário nos convencermos, todavia, que
imitation, toute tentative destinée hypothétiquement à qualquer Iniciação, qualquer tentativa destinada
modifier les positions de telle ou telle obédience hipoteticamente a alterar as posições desta ou daquela
mondiale majeure nous concernant serait dérisoire et peu Obediência mundial superior que nos diz respeito, seria
digne, et dans le même temps œuvrer pour montrer à ces irrisório e pouco digno e, ao mesmo tempo, trabalhar
frères l'intérêt de la place que nous détenons et du rôle para mostrar a esses Irmãos o interesse pelo local que
original que nous jouons. Il nous faut cesser d'alimenter permanecemos e do papel original que desempenhamos.
les courants centrifuges qui nous écartent les uns des Só falta deixarmos de alimentar as correntes centrífugas
autres. Car cette union est plus que jamais nécessaire et que nos afastam uns dos outros. Porque esta união é por
souhaitable et la seule susceptible de combattre, avec demais necessária e desejável e a única suscetível de
quelque espoir, une mondialisation désastreuse quant à combater, com qualquer esperança, uma mundialização
ses effets pervers. desastrosa quanto aos seus efeitos perversos
O n a pu penser que je rejetais certains de ces Pode-se pensar que eu rejeitaria algumas destas
conduites et attitudes, définissant ainsi moi-même une condutas e atitudes, , definindo assim eu mesmo uma
hérésie de plus. En vérité, et ceux qui sont familiers heresia a mais. Na verdade, e os que são familiarizados
avec les constructions de pierre sèche le savent bien, com as construções de Pedra Bruta sabem-no
aucune d'elles, si baroque fut-elle, n'est à écarter et efetivamente, nenhuma delas, se tão barrocas foram,
toutes trouveront leur place. Et c'est bien ce qu'établit le não devem se afastar e todas encontrarão o seu lugar. E
rituel de l'Arc Royal avec le thème de la pierre rejetée, é isto que estabelece o ritual do Real Arco com o tema
une pierre que l'équerre n'aura pu vérifier, mais qui sera da pedra rejeitada, uma pedra que o esquadro não terá
pourtant indispensable, in fine, à la construction. podido verificar, mas que será, no entanto,
indispensável, in fine, à construção.
H. M.
H.M.
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HISTÓRIA PURA
AISSAUAS
Uma Organização Secreta Árabe (Organização Contra os Franceses)
Terrível, com alternativas, sofrendo mortes, com assaltos tremendos de improviso, foi a luta que
os franceses, então, sustentaram no Norte da África, na Argélia, na Tunísia, em Marrocos.
São atordoantes as notícias daquele período. Centenas de franceses foram mortos pelo chamado
Exército de Deus. Comboios vários foram assaltados e seus homens barbaramente assassinados. Os
inimigos surgiam, trucidavam e desapareciam ou no burburinho das cidades, onde ninguém os
denunciava ou recolhiam-se às montanhas, onde estavam seus chefes.
Era o misterioso Exército de Deus, como os franceses e alguns árabes diziam.
Mas por quem era dirigido o terrível Exército de Deus? Ao que parece, por uma sociedade
secreta ramificada através dos países do Norte da África, principalmente na Tunísia e na Argélia.
Trata-se da Aíssauas.
Jean Dresch, prefaciando L’Afrique du Nord, livro de Jean Despois (PUF, Paris, 1949) escreveu:
“Os franceses conhecem mal os países estrangeiros, pior ainda, os países da União
Francesa. Pior ainda, eles não se interessam por nada. Nas Assembléias
representativas,quando as questões de Além-Mar estão na ordem do dia, o público
retira-se e as cadeiras dos deputados esvaziam-se”.
Assim é. A ignorância do francês em matéria de geografia é enciclopédica, é uma tradição bem
conservada. A França está perdendo as suas colônias, justamente por desconhecê-las, por pretender
administrá-las do mesmo modo que o território continental.
Vamos reproduzir aqui, as informações fornecidas por Pierre Geyraud, um ex-padre, através
de um diálogo dele com um árabe culto, Tahar, tunisiano, aluno da Escola de Altos Estudos da
Sorbone, em Paris. Interrogado acerca da organização das sociedades secretas no Norte da África, o
tunisiano respondeu:
- Muito fortemente centralizadas. No alto, o xeque, Superior Geral, Grão-Mestre da Ordem.
Reside geralmente em Zania mãe, perto do túmulo do santo fundador da Sociedade. Ele é o Senhor
absoluto: “Tu serás entre as mãos do teu xeque como o cadáver entre as mãos do lavador dos mortos”. Ele é
ajudado pelo mokaddem, enviado aos distritos longínquos para conceder a uerd (iniciação) aos
postulantes. A ligação entre o xeque e mokadens provinciais é assegurada por chaud (criados, fâmulos),
rekabh (correio a pé) e nakib (enviados) que transmitem suas ordens secretas, sempre verbais.
Pierre Geyraud indagou:
- Mas qual o objetivo dessas confrarias?
- A maior glória de Deus e a exaltação da verdadeira fé. Os filiados devem esforçar-se para
seguir a trika, a via que, por fases, os conduz à perfeição, graças às regras, práticas, fórmulas, e sinais
especiais para cada congregação. Cada uma constitui o que se chama Ahles-Selselat ( o elo da cadeia).
Essa cadeia começa geralmente pelo anjo Gabriel, aquele que transmitiu ao profeta Mohamed a
ciência da verdade. Ela continua com o fundador da Ordem até os chefes atuais, conservando os
nomes de todos os seus predecessores. Certas Congregações chegam a atribuir o conhecimento da
cadeia à revelação direta. No mais das vezes, essa revelação ocorre por intermédio de Sidi-el-Khadir
(o vosso profeta Elias), que, como o profeta Idris (o Henoch da vossa Bíblia) bebeu na fonte da Vida e
foi, assim, isento da morte. Seu corpo astral é separado de seus despojos inertes. Eles se reúnem
somente uma vez por ano para receber a Khuan (a palavra) e conferir os dons de Baraka e sobretudo
Edifício de Tessaruf. Este é o mais preciso de todos, porque revela os mistérios da natureza e permite
aos Santos dispor de todas as forças de criação e mudar à sua vontade, a ordem estabelecida.
- As congregações têm o mesmo valor sob o ponto de vista iniciático?
- Creio que não. A melhor, segundo penso, é a que fundou em Mequinês (Meknés) no ano de
1500 da tua era cristã, Nosso Senhor M’Ahmed bem Aíssa, com quarenta discípulos. É a confraria dos
Aissauas. É a que pertenço.
Identificação
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Pierre Geyraud comentou com seu interlocutor que, em Paris, ele devia sentir-se isolado dos
seus confrades. E a resposta foi, que na capital francesa, eles também se reúnem, e Tahar esclareceu
como os Aíssauas se identificam:
_ Quando vou à Mesquita, aqui em Paris, pergunto a um fiel cuja devoção me impressionou:
“Que rosa trazes?” Se ele não é filiado a nenhuma sociedade, responde-me: “Não uso nenhuma rosa. Sou
simplesmente servidor de Deus”. Se ele é filiado, responde-me: “Trago a rosa de M’Ahmed e
M’Aíssa”.Então, para verificar, recito com a entonação prescrita, as primeiras palavras de certo verso
do Corão. Se o meu interlocutor concluir a frase e colocar-se à ordem unimo-nos de acordo com a
fórmula determinada.
Uma Iniciação Aíssauas
_ Vais presenciar a Deker de Ager. É o que se reza às quatro horas da tarde. Nos Zania, os Deker
distribuem-se assim, do alvorecer à noite, do Doha ao Acha, parando pelo Dohor, pelo Ager, e pelo
Maghreb.
Os muçulmanos substituem os seus chapéus moles e cobrem-se com chechia vermelha com
orla preta, porque, para a prece, é necessário estar de cabeça coberta, que permite prosternar-se com a
cabeça tocando o solo.
Com a chegada de mais um membro, há a apresentação:
_ Este, aqui, explica-me Tahar, é Medjedub, isto é, aquele que Deus preparou para ele. Sou
apenas Sufi (vidente). Há aqui um Murid (aspirante), dois Fakir (pobres pelo despreendimento dos
bens deste mundo), dois Salek (o que caminha pela estrada) e mais um Sufi. Cada um desses graus é
obtido depois de provas sucessivas.
_ Qual é o grau superior?
_ Acima desses graus, há ainda dois, aos quais poucos fiéis conseguem atingir, o de
Mohammedi (dominado pelo espírito de Deus) e o de Tuhidi (aniquilado na beatitude suprema).
Depois disto, torna-se Uali, isto é, amigo de Deus, Santo privilegiado com o dom da natureza.
Após um apelo do Medjedub, fez-se silêncio. Pus-me de pé em um canto. Os oito Aíssauas
sentaram-se de pernas cruzadas, voltados para o Oriente. Tocaram com a mão direita, a extremidade
do pé direito. Depois, com as mãos espalmadas sobre os joelhos, pronunciaram o nome de Alah, com
voz grave e prolongada, alongando a última sílaba.
Ergueram-se a seguir e o Medjedub disse em árabe: _ Em nome de Deus poderoso, e
misericordioso!
O Medjedub exclamou: _ Imploro o perdão de Deus e proclamo o louvor de seu mestre!
Foi repetida a frase cem vezes, com movimento de cabeça:
_Não há outro Deus a não ser Alah! O temível, o forte, o irresistível.
Os peitos não podiam mais. Ouviam-se apenas murmúrios. Enervavam-se os músculos. Sob a
epiderme, eles saltavam. É sob esse estado que os iniciados se entregam a torturas.
_ Quando estamos nesse estado de prece, é tal realmente como um cadáver entre as mãos do
lavador de mortos.
E é nesse estado que eles recebem ordens de Mokaddem ou uma instrução direta do Xeque!
É fácil imaginar-se o espírito de obediência desses fanáticos quando se encontram em tal
estado de exaltação mística e como eles são temíveis e temidos, não só pelos estrangeiros como pelos
seus próprios compatriotas!
E essa gente fanatizada e submetida a uma iniciação com torturas, com provas rigorosas,
constitui o chamado Exército de Deus contra o qual se batem os franceses. E os soldados da França têm
sido vítimas de mil e uma emboscadas e muitos são assassinados barbaramente com arma branca. E
os assassinos, em sua quase totalidade, desaparecem misteriosamente.
(*) Fonte: O livro “SOCIEDADES SECRETAS” (A. Tenório de Albuquerque) – Edifício. Aurora.
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Viagem ao nosso interior
A ARTE DE ENVELHECER
Lucy Dias Ramos
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Tenho procurado desenvolver o sentimento de generosidade e o da gratidão... Poucas pessoas são
agradecidas a Deus, à Natureza, à família, aos que lhe ajudaram ao longo de sua vida... São tantas as
dádivas recebidas e procuro recordá-las e agradeço a Deus evocando cada pessoa que foi importante
em minha infância, em minha juventude e me ensinaram a respeitar as leis divinas e a entendê-las...
Geralmente, o coração humano torna-se generoso através do exercício da gratidão.
Olhando-me no espelho da vida, neste amanhecer, percorri os recantos mais íntimos de meu ser e
concluí que sou feliz... Não a felicidade efêmera e fugaz da vida transitória, mas a que nos confere uma
consciência em paz de quem está fazendo o possível para ser feliz e a de fazer feliz ao seu próximo...
Esta compreensão maior que a Doutrina Espírita nos dá em torno do real sentido da vida, no trato
com os problemas do dia-a-dia, no enfrentamento das dificuldades e limitações que o envelhecimento
físico proporciona, é luz a direcionar nossos passos rumo ao nosso destino maior, neste entardecer da
vida...
“A velhice deve ser considerada inevitável e ditosa pelo que encerra de gratificante, após as lutas
cansativas das buscas e das realizações. É o resultado de como cada qual se comportou, de como foi
construída pelos pensamentos e atitudes, ou enriquecida de luzes e painéis com recordações ditosas ou
infelizes. (...) Envelhecer é uma arte e uma ciência, que devem ser tomadas a sério, exercitando-as a cada
instante,pois que, todo momento que passa conduz à senectude, caso não advenha a morte, que é a
cessação dos fenômenos biológicos” (“O Despertar do Espírito”, de Joanna de Angelis, psicografado por
Divaldo Pereira Franco).
Somente isto não podemos reverter...
(Fundada em 25/08/1995)
LOJA ITINERANTE
Reuniões trimestrais (meses de : Março, Junho, Setembro e Dezembro)
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BIOGRAFIA DO MÊS
FRANCISCO DE ASSIS CARVALHO (XICO TROLHA)
Nascido na Fazenda do Banco, na Água do Macuco, no Município de Cândido Motta, na divisa com o
Município de Assis, Estado de São Paulo, no dia 4 de outubro de 1934.
Filho de Antônio Amador Bueno de Carvalho e de Maria Aparecida de Jesus. De família humilde, o Xico
Trolha teve uma infância como a de milhares de brasileiros, morando na roça, em casas cobertas de sapê, e piso
de chão batido e paredes de pau-a-pique, às vezes barreadas, às vezes não.
Fez o primeiro ano do curso primário em Pântano, depois de Florínea, próximo a Assis e do Rio
Paranapanema, em 1943. Em abril de 1944, veio para Jaguapitã, no Norte do Paraná, a 50 quilômetros de
Londrina, onde ficou por um ano. Em 1945, foi para uma posse que o pai comprara de um mineiro que não se
adaptara ao lugar e queria voltar para Minas Gerais.
Ali o Xico Trolha trabalhou duro como gente grande, ajudando o pai abrir suas terras. Quando os
Agrônomos do Governo Moisés Lupion cortaram as terras, coube a eles 33 alqueires da melhor terra do norte
do Paraná.
Na roça, o Xico Trolha tentou estudar, mas sua professora, após 6 meses de aula, mudou-se da região e ele
ficou no “Ora, Veja”...
Em 1950, devido a um derrame cerebral no pai, Xico Trolha mudou-se com a família para Jaguapitã,
novamente. O sítio foi vendido barato, para poder fazer um tratamento adequado ao pai, e o Xico Trolha foi
aprender o Ofício de Alfaiate, uma das poucas profissões que não exigia escolaridade. Como alfaiate, o Xico
Trolha trabalhou por quase 15 anos. Em fevereiro de 1964, o Xico Trolha faz o curso de admissão, entra para o
ginásio. Em abril do mesmo ano é preso por participar do comando de uma greve de estudantes. No ano seguinte,
o Xico Trolha vai para Jandaia do Sul, com a esposa e duas filhas, pois casara em 1961.
Em 1968, recomeça a estudar, com 34 anos. Faz o Miniginásio, o Minicientífico e a Faculdade de Ciências e
Letras. Em dezembro de 1973, o Xico Trolha estava com um diploma de Professor de Português-Inglês, nas
mãos.
Como sua vida maçônica é extensa e profícua, nos limitaremos a fornecer os principais fatos da mesma:
Em 1964, recebeu convite para ingressar na Maçonaria, pelo Ir.: José Barreto dos Santos (falecido);
Em 1965 (27/11), foi Iniciado na Loja “Ciência e Trabalho”, do Or.: de Rolândia – PR;
Em 1966 (04/04) foi Elevado a Comp.: , pela Loja “Estrela do Norte II” , do Or.: de Mandaguari –PR; Foi
Exaltado ao Grau 3, em 25/11 do mesmo ano;
Desde o ano de 1968, quando iniciou sua trilha pelos Graus Filosóficos (04/04), culminou com a colação
do Grau 33 , em 20 de abril de 1979;
Pertenceu a diversas entidades maçônicas;
Ocupou diversos cargos nas Lojas por onde andou;
Começando com a Loja “Fraternidade Jandaiense” (1968), em Jandaia do Sul (PR), fundou ou ajudou a
fundar diversas entidades maçônicas;
No seu curriculum constam o recebimento de mais de 150 diplomas e medalhas;
Foi fundador e diretor da Revista “A TROLHA”, em 10/04/1971;
Escreveu e publicou mais de 30 livros com temática maçônica. O primeiro deles (em 1986) Intitulou-se
“CARGOS EM LOJA”;
Foi membro de diversas entidades culturais , sendo Membro Correspondente (desde 1978) da Loja
inglesa “Quatuor Coronati”.
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O NOSSO PLANETA
PARAÍBA DO SUL LEVARÁ MUITOS ANOS PARA SE RECUPERAR DO DESASTRE ECOLÓGICO
Um rio sem vida, semelhante a uma piscina suja com água corrente. Este pode ser o cenário do
Paraíba do Sul imediatamente após a passagem da onda negra e tóxica que atingiu a zona urbana de
Campos (RJ) na 4ª feira (02/04) e que já chegou a São João da Barra (RJ), na foz do rio.
A previsão é do biólogo Carlos Eduardo de Rezende, professor titular do Laboratório de Ciências
Ambientais da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), e de outros estudiosos da área
ambiental.
Mesmo com o acentuado grau de incerteza quanto ao futuro próximo, é possível antever o
tamanho do estrago na biodiversidade da região. Segundo a bióloga e professora Ana Paula Madeira
Di Beneditto, a bacia do rio Paraíba do Sul tem mais de 160 espécies de peixes catalogadas.
No Rio Pomba, diretamente atingido pelo derrame tóxico, são 56 espécies, sendo 16 com
importância econômica.
Os estudos indicam ainda que, das 160 espécies de peixes da bacia, 37 são típicas da região do
estuário (foz). Ali há registro de três espécies de caranguejo, uma de siri e três a quatro de moluscos
bivalves. "O camarão pitu (Macrobrachium sp) ocorre ao longo de todo o rio", informa.
Para Carlos Rezende, não é possível falar seguramente em prazo para recuperação do
ecossistema. "Tudo dependerá do tipo e da intensidade das políticas públicas a serem implementadas.
Desde menino ouço falar em despoluição da Baía da Guanabara", ilustra.
Para reconstituir a vida no médio e baixo Paraíba do Sul, será preciso refazer a cadeia alimentar.
O primeiro passo é a restauração dos organismos vegetais - o fitoplâncton, que está na base da cadeia.
Na opinião dos pesquisadores, o ressurgimento da vida vegetal, embora exija atenção, não deve
ser o maior problema. É que a própria água que desce o rio traz consigo estas plantas
microscópicas.
Quanto à vida animal, a perspectiva é de maior complexidade, já que o repovoamento de peixes
e crustáceos terá que levar em conta os diversos elos da cadeia alimentar, especialmente a interação
entre presas e predadores. Isto sem falar nos animais silvestres que estão morrendo ao se banhar ou
beber água dos rios atingidos. "Este não é um desastre qualquer. É um mega-desastre", opina o
geógrafo Marcos Antônio Pedlowski, doutor em Planejamento Ambiental e pesquisador do
Laboratório de Estudos do Espaço Antrópico (Leea) da Uenf.
Pedlowski sugere três níveis de atuação: o mapeamento e monitoramento de toda a bacia, para
identificar todos os focos de possíveis acidentes; a adoção de medidas efetivas de prevenção; e a
implementação de políticas públicas regeneradoras e compensatórias após este desastre. Vários
trabalhos de recuperação da vida no Rio Paraíba foram atingidos, como o Projeto Piabanha, baseado
em Itaocara (RJ), que tem a participação da Uenf, e o repovoamento de lagostas em São Fidélis,
realizado por pescadores com participação da Ong Ecos Rio Paraíba. A entidade também trabalha em
conjunto com pesquisadores do Laboratório de Ciências Ambientais da universidade.
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se verifica nos outros trechos do rio. Temo que a poluição se deposite e por lá permaneça por muito
mais tempo”.
Ele explica que, no trecho anterior ao derrame, a ictiofauna (população de peixes) não atingida
pode ajudar a repovoar a área afetada. “Mas um peixe busca locais com abundância de alimentação.
Se aqui não houver boa oferta, o repovoamento será mais difícil.” O pesquisador cita o caso das
lagostas típicas de São Fidélis (RJ). A base de sua alimentação deve ter sido destruída, com o
agravante de que o mangue - local de reprodução - também está afetado. Para piorar, não há técnicas
eficazes de reprodução desta espécie de lagosta em cativeiro.
Para o especialista, o horizonte não é nada animador. Dada a complexidade de se manejar um
sistema do porte do Rio Paraíba do Sul, na extensão afetada, o que vai ser mais decisivo é a
capacidade natural do ecossistema de se regenerar. E esta capacidade, como se viu, está altamente
comprometida.
Iniciativas como o Projeto Piabanha, que envolve diferentes segmentos de pescadores,
entidades e universidades, incluindo a Uenf, devem assumir papel estratégico e, segundo o
pesquisador, merecer atenção especial das instâncias de governo. Entre as espécies de maior
relevância socioeconômica do Paraíba do Sul estão o piau, a lagosta, o camarão pitu, curimatá, robalo,
dourado (muito procurado por adeptos de pesca esportiva) e outros como traíra, cascudo e os bagres
da região da foz.
CLÍNICO E CARDIOLOGISTA
27 Consultório:
Rua Silva Jardim, 78 Centro - Cabo Frio - RJ
DEPOIMENTO
O DOGMA
Leonardo Machado(*)
Em tempos modernos, sempre que se espera uma decisão radical do Vaticano, que é um Estado
independente, o que vemos são pedidos de orações, corações aflitos, conselhos, mas uma ruptura com
quem tem grana nem pensar.
Índia, África, América do Sul e todos os países muçulmanos estão na merda e nada têm a perder. O
mundo que segue as leis do Vaticano não representa o mundo cristão, haja vista, provavelmente Cristo
seria barrado na entrada da Praça de São Pedro devido à simplicidade dos trajes que imaginamos que
usasse.
A primeira porrada do Vaticano quem levou foi São Jorge. Sendo um dogma algo que não cabe
discussão, o que sabemos é o seguinte: o ex-santo católico ao chegar em Roma vindo da Capadócia (Ásia
menor) e tomar conhecimento das leis de Cristo achou-as interessante e resolveu segui-las. Na sua
inocência e humildade alistou-se com um grupo que talvez imaginasse fosse seguir os mandamentos. Doce
e ledo engano; o grupo destinava-se a matar, era bancado pelo Vaticano e denominava-se “Cruzada”. Era
o “exército de Cristo”.
Após alistar-se e ter descoberto qual seria a sua missão, desertou e questionou o Papa Clarêncio I,
mais ou menos assim: “ô papa, eu vim aqui para seguir as leis cristãs e uma delas proíbe matar”. O Papa
sabidão matou no peito e mandou: “meu jovem aspirante a santo, você interpretou mal a lei (agora que
estudo Direito, estou começando a entender). O que Cristo quis dizer é que não devemos matar cristão;
infiel do exército de Saladino é para passar o cerol’. Saibam antes que nos porões da Capela Sistina existem
histórias desse Papa proibidas para menores de 70 anos.
Recolheram-no imediatamente às masmorras. Prenderam-no com um dragão em um cubículo e, diz
a lenda, que após dez anos de luta naquele espaço reduzido, ao abrirem a porta saiu um homem a cavalo e
nada de dragão. Este é o dogma, não cabe discussão.
Anos mais tarde Henrique VIII, “o Devasso”, cismou com Ana Bolena e resolveu sair na gandaia,
separar-se daquele “mulherio” todo e casar-se na Igreja. Já havia casado com seis. Foi quando “o Devasso”
pediu autorização ao Vaticano. O Papa, do alto daquela autoridade que tinha com analfabeto e pensava
que também tivesse com quem tem grana, negou.
No outro dia “o Devasso” deu alta a todas elas, casou-se com Ana Bolena, mandou o Vaticano para
o inferno, nomeou-se e a todos os reis da Inglaterra que o sucedessem Chefe Supremo da Igreja Católica
Ortodoxa inglesa e chamou São Jorge para ser padroeiro da Inglaterra.
Isso não é dogma e é assim até hoje.
Do Equador para cima, o Vaticano é o paraíso “Fiscal”. Lembram-se daquele banquinho do Cardeal
Marcincus que quebrou lá dentro e não se falou mais nisso? Foi perdoado com duzentas Aves Marias de
penitência.
Do Equador para baixo, excluindo a Austrália que é território inglês, aí sim. O Vaticano manda,
amedronta e intimida. Só tem duro, faminto e analfabeto. Neste mundo, o paraíso é “do fiscal’.
Enquanto isso o exército de Saladino joga na retranca e prepara-se para contra-atacar. A sacanagem
que estão fazendo com aquelas crianças muçulmanas garante-nos uma certeza: o que sobrar, se sobrar, não
será gente, será puro ódio. Criança perdoa, mas não esquece.
Aquele povo “caga em cruz” para o verde “dólar”, por isso lá não tem grama. Alah é Deus, Maomé
é o profeta.
28
O PESQUISADOR
MAÇÔNICO
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