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MAÇÔNICO
Ano III n.º 22 jan./fev./2003
EDITORIAL ÍNDICE
Pág. 19
O nosso planeta
O Pesquisador Maçônico
Pág. 20
Fundação: Janeiro/2001
• Depoimento
Editor: Ir.: Carlos Alberto dos Santos/M.: M.:
Revisor: Ir.: Ítalo Barroso Aslan/ M.: M.:
Informativo Cultural da SOCIEDADE DE ESTUDOS ANTHERO
BARRADAS, e A... R...L...S... Renascimento n.º 08
Rua Nicola Aslan, 133
Braga – Cabo Frio (RJ) e-mail: carlosalberto@cabofrio.psi.br
1
O QUE A IMPRENSA NOTICIOU
ASSEMBLÉIA GERAL DA COMAB
O Ir.: José Mattos Silva, Soberano Grão-Mestre do Grande Oriente Paulista e Presidente da
Confederação Maçônica do Brasil, nos informa que a COMAB realizará sua próxima Assembléia Geral
Ordinária nos dias 13 e 14 de fevereiro de 2003, em Brasília/DF. A Confederação realiza duas Assembléias
Gerais Ordinárias por ano. Uma: no mês de fevereiro, na Capital Federal, para a eleição de sua Diretoria,
constituída de Presidente, Vice Presidente, Secretário e Tesoureiro, além de um Conselho Fiscal. Outra:
para a posse de sua Diretoria, que se realiza no mês de junho no Oriente sede da Obediência, cujo Grão-
Mestre tenha sido eleito Presidente. A COMAB está constituída de 17 Potências Maçônicas, 990 Lojas e
29.000 maçons. ( O Sob.: Irm.: Mattos é fundador e Editor do periódico GOP EM REVISTA, registrado na
ABIM sob nº 018-R. Rua Barão de Tatuí, 94, Santa Cecília – São Paulo/ SP. CEP 01226-030)
Fonte: REUTERS
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Foi realizado no dia 27 de julho de 2002, no Templo “Palácio da União Maçônica”, situado em Campo
Grande – Ministério da Saúde, o 5º Encontro das Grandes Lojas Unidas Maçônicas do Brasil, sendo o primeiro
sediado na Região Centro Oeste do Brasil.
O ponto alto deste encontro foi a fundação da CONFEDERAÇÃO DA MAÇONARIA UNIDA DO
BRASIL – COMUB (que apesar de ser do Brasil, por entender ser a Maçonaria universal, agregará maçons de
toda a parte do Orbe), originando a CARTA DE CAMPO GRANDE que em seus considerandos afirma
taxativamente respeito total à liberdade dos Maçons, tanto assim que NÃO DESCONHECE e respeita cada
uma das Obediências confederadas e suas Legislações próprias, o que faz que respeite, também, suas
SOBERANIAS em suas jurisdições, jamais imiscuindo nos assuntos internos de cada uma, deixando-as em total
e plena liberdade de ação.
A COMUB tem na figura de seu Presidente apenas um ponto de referência que jamais causará ônus ou
interferirá nas decisões das afiliadas, tanto assim que não cobra captação ou qualquer outra forma de
arrecadação pecuniária, bem como não dita normas JURÍDICAS, LITÚRGICAS e RITUALÍSTICAS.
A proposta da COMUB é liberdade ampla, geral e irrestrita, TORNANDO OBSOLETA a necessidade de
qualquer tipo de tratado ou garante de amizade.
O mandato do Presidente é de 1 ano, sem direito à reeleição, o que significa dizer que cada Obediência
afiliada tem a plena certeza de que cedo ou tarde assumirá o mesmo tipo de Presidência, independentemente da
densidade demográfica da Obediência.
O primeiro Presidente da COMUB vem de há muito defendendo a idéia de que: onde houver três ou mais
Lojas Regularmente Constituídas é aí o Território para a Constituição de mais uma Obediência Maçônica.
Tomou posse como 1º Presidente da COMUB o Sereníssimo Grão-Mestre da GLUMS, ficando decidido
que o 6º ENCONTRO será realizado na cidade do Rio de janeiro – RJ, na segunda quinzena do mês de julho de
2003, quando assumirá a Presidência da COMUB o Sereníssimo Grão-Mestre daquele Estado.
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A COMAB INFORMA
A Confederação Maçônica do Brasil – COMAB – informa que acolheu, em seu seio, mais duas
Potências Maçônicas sediadas nos Estados do Pará e do Amapá, dando-se a filiação definitiva das mesmas
na Assembléia Geral que se realizará, em Teresina/PI, nos dias 19, 20 e 21 de junho. Na mesma
oportunidade, tomará posse a Diretoria que tem como Presidente o Grão-Mestre Sebastião Moreira Feitosa
(GOINPI) e como Vice o Grão-Mestre Ward de Souza Gusmão (GOIRJ).
Alfredo P. Cunha
Cirurgião Dentista – CRO 4679
Dr. Wagner Buono
Glaicy M. Cunha Ginecologista e Obstetra
CRM 52.27620-8
Periodontia e Endodotia –
Acompanhamento Pré-Natal
Atendimento: Tratamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis
2ª, 3ª, 5ª e 6ª 8h às 11h – 14h às 17h Prevenção do Câncer de Colo
Prevenção do Câncer de Mama
Avaliação Hormonal na Peri-Menopausa e Menopausa
Chiang Ching e Eva Perón poderiam ser personagens de Vidas Paralelas, o grande clássico no qual o
escritor grego Plutarco(46-120) cotejou personalidades históricas de perfil parecido, como Júlio César e
Alexandre Magno. Chiang Ching e Evita Perón eram ambas atrizes. Ambas pobres de nascimento. Ambas
atraentes e ambiciosas. Cada qual conquistou o homem mais poderoso e mais influente de seu país: o
chinês Mão Tsé-Tung e o argentino Juan Perón. As duas excederam amplamente o papel habitual de
primeiras-damas. Elas utilizaram a influência sobre o marido como arma de poder político. Fizeram, tal
como as cortesãs, da cama seu principal instrumento de ascensão. As duas são figuras de extremo relevo e
fascínio na história recente de seus países.
Chiang Ching sobreviveu a Mão, mas seu sonho de substituí-lo no comando chinês terminou em
pesadelo. Tão logo Mão morreu, em 1976, sua sorte mudou, e para pior. Em vez do palácio, a prisão, onde
passou os últimos 15 anos de vida no ofício de fazer bonecas para exportação. Ao longo de seus dias,
Chiang Ching acumulou inimigos, dos quais apenas a presença de Mão a protegia. Morto ele, seus
sucessores acertaram velhas contas com a viúva. Ela foi uma das peças centrais num dos episódios mais
sangrentos dos tempos modernos, a chamada Revolução Cultural chinesa. Milhões de chineses foram
assassinados pelo regime de Mão em nome da preservação do comunismo. Comunistas devotados à causa
e ao maoísmo, mas alvos da desconfiança paranóica e mortal de Mão e de sua mulher, não escaparam.
Chiang Ching fez o que pôde para manter o prestígio perante Mão, com quem foi casada por 38
anos. Quando ela já não mais o atraía sexualmente, conta-se que arrumava resignadamente amantes para o
velho marido lascivo. Essa e outras histórias estão escritas num livro recentemente lançado no Brasil: A
Construção de Madame Mao (Rocco), da chinesa radicada nos EUA Anchee Min. É uma obra instrutiva e
gostosa de ler. Pouca gente, além de seu punhado de seguidores, chorou a queda de Chiang Ching. E nisso
ela se distingue extraordinariamente de Eva Perón.
Porque os argentinos choraram, e ainda choram, por Eva, a Santa Evita dos Descamisados, como
eram chamados os pobres argentinos que a veneravam como uma mistura de mãe e deusa. Evita morreu
jovem, de câncer, aos 33 anos, em 1952. O pungente e duradouro lamento argentino encontrou uma doce
expressão musical na canção Don’t Cry For Me Argentina, da ópera-rock inspirada em Evita. Loira, bonita,
vivaz, Evita trouxe um charme exuberante ao governo de seu marido, Juan Perón, um caudilho populista.
Perón daria, ele também, um personagem de Vidas Paralelas ao lado do brasileiro Getúlio Vargas: mesma
época, mesmo apelo, mesma inclinação fascista. Tudo aconteceu muito rápido para Evita: o nascimento
humilde, o esplendor palaciano, a adoração dos descamisados, a doença e a morte. O único item na vida
de Evita que parece desafiar a passagem do tempo é o incansável pranto argentino.
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PARA PENSAR
ORAÇÃO INDÍGENA
Colaboração: Ir.: ROBERTO GOMES)
(autor desconhecido)
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DEUS EXISTE?
Relato de um cientista (Razões para Crermos em Deus)
Por A. CRESSY MORRISON(*)
"NÓS AINDA ESTAMOS NO AMANHECER da era científica, e todo o aumento da luz revela
mais e mais a obra de um Criador inteligente.
Nós fizemos descobertas estupendas; com um espírito de humildade científica e de fé
fundamentada no conhecimento estamos nos aproximando de uma consciência de Deus.
Eis algumas razões para minha fé:
Através da lei matemática podemos provar sem erro que nosso universo foi projetado e foi
executado por uma grande inteligência de engenharia.Suponha que você coloque dez moedas de um
centavo, marcadas de um a dez, em seu bolso e lhes dê uma boa agitada.
Agora tente pegá-las na ordem de um a dez, pegando uma moeda a cada vez que você agita o
bolso.
Matematicamente sabemos que a chance de pegar a número um é de um em dez; de pegar a um
e a dois em seqüência é de um em 100; de pegar a um, dois e três em seqüência é de um em 1000 e
assim por diante; sua chance de pegar todas as moedas, em seqüência, seria de um em dez bilhões.
Pelo mesmo raciocínio, são necessárias as mesmas condições para a vida na Terra ter acontecido
por acaso.
A Terra gira em seu eixo 1000 milhas por hora no Equador; se ela girasse100 milhas por hora,
nossos dias e noites seriam dez vezes mais longos e o Sol provavelmente queimaria nossa vegetação
de dia enquanto a noite longa gelaria qualquer broto que sobrevivesse.Novamente o Sol, fonte de
nossa vida, tem uma temperatura de superfície de10.000 graus Fahrenheit, e nossa Terra está distante
bastante para que esta "vida eterna" nos esquente só o suficiente!
Se o Sol desse somente metade de sua radiação atual, nós congelaríamos, e se desse muito mais,
nos assaria.
A inclinação da Terra a um ângulo de 23 graus, nos dá nossas estações; se a Terra não tivesse
sido inclinada assim, vapores do oceano moveriam-se de norte a sul, transformando-nos em
continentes de gelo.
Se nossa lua fosse, digamos, só 50.000 milhas mais longe do que hoje, nossas
marés poderiam ser tão enormes que duas vezes por dia os continentes seriam submergidos; até
mesmo as mais altas montanhas se encobririam.Se a crosta da Terra fosse só dez pés mais espessa,
não haveria oxigênio para a vida.
Se o oceano fosse só dez pés mais fundo o gás carbônico e o oxigênio seriam absorvidos e a vida
vegetal não poderia existir.
É perante estes e outros exemplos que NÃO HÁ UMA CHANCE em um bilhão que a vida em
nosso planeta seja um acidente.É cientificamente comprovado, o que o salmista disse:
"Os céus declaram a Glória de Deus e o firmamento as obras de Suas mãos."
Pensem na Grandeza desse Deus que FEZ e FAZ tudo por Vocês!!!
JESUS Veio para lhes Fazer mais que Vencedores.
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GRANDE DICIONÁRIO ENC. BIBLIOTECA
DE MAÇONARIA E
SIMBOLOGIA
PAU-BRASIL
NICOLA ASLAN Eduardo Bueno
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SAÚDE É COISA SÉRIA
UM COMPRIMIDO COM SEU NOME
A indústria farmacêutica está tentando transformar três dos acontecimentos mais marcantes da
última década – a proliferação do vírus da AIDS, o mapeamento do genoma humano e o
desenvolvimento da informática - em ótimas notícias para os pacientes. A tentativa de eliminar o HIV
deu aos cientistas informações detalhadas sobre como funciona o sistema imunológico e novas
perspectivas de vacinas. Com isso, é possível que nas próximas décadas surjam formas de se imunizar
contra o vírus ebola, a tuberculose, a malária, tumores, alguns tipos de câncer e até doenças cardíacas
(o acúmulo de colesterol nas artérias pode ter origem em uma inflamação causada por bactérias).
Já existem empresas que mapeiam o genoma de qualquer pessoa por algumas centenas de
milhares de dólares. Quando o método baratear, será possível obter o perfil genético não só de cada
paciente como também do vírus ou bactéria que o infectou. “Os medicamentos de hoje são um sucesso
para alguns pacientes e um fracasso para outros. No futuro, eles serão projetados de acordo com o
perfil do paciente”, diz o clínico geral Antônio Lopes, da Unifesp.
Na hora de ministrar os remédios, chips microscópicos implantados no organismo poderão
distribuir os medicamentos na hora, na dose e no local exato em que sejam necessários. Já existem
vários protótipos em teste, mas ainda há dificuldades a serem superadas, como a garantia de que eles
funcionarão sempre e não serão rejeitados pelo organismo.
PÍLULAS MAÇÔNICAS
MAÇOM ILUSTRE
Um grande vulto da história da humanidade, cujo nome nem sempre é lembrado nas listas dos
grandes maçons do mundo, foi FLEMING. Sir Alexander Fleming (1881 – 1955), nasceu na Escócia. Teve
toda sua vida dedicada à pesquisa científica, culminando com a grande descoberta da penicilina, fato que
revolucionou a medicina moderna, permitindo o salvamento de muitas vidas, a partir daí.
Fleming foi grande maçom, com importantes postos ocupados nas Lojas por onde passou, tendo
exercido o cargo de Grande Diácono da Grande Loja da Inglaterra, em 1942.
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TRABALHOS MAÇÔNICOS
O PENSAMENTO LIBERTÁRIO DE FREI CANECA
Irm. Antônio do Carmo Ferreira (*)
Há quase dez anos, o Grande Oriente Independente de Pernambuco vem realizando sessão
pública, nos dias 6 de março e 13 de janeiro, no Oriente de Itambé e no Recife, objetivando difundir,
no seio da comunidade, o significado e a importância da Revolução Pernambucana de 1817 e a
Confederação do Equador, tanto para nosso Estado, como para a formação social e política do Brasil.
No segundo semestre do ano passado, publiquei artigo na imprensa maçônica, tratando da
necessidade de se reenergizar, agora, o sentido da pátria, esmaecido, como se encontra, diante da
avalanche dominadora da globalização que permeia todos os espaços. Meses antes, os editores da
revista A VERDADE (São Paulo, Capital) já haviam alertado para isto, ressaltando que pouco se tem
escrito, e menos se tem lido, a respeito desses movimentos ocorridos no Recife, nada obstante a sua
contribuição para a existência da pátria brasileira.
Este ano, o esforço resultará mais fecundo. É o que esperamos, dado que foi desenvolvido,
conjuntamente, pelos maçons do GOÍPE e pelos Carmelitas, sob a coordenação do Museu da Cidade
do Recife, que é um departamento de cultura da Prefeitura da Capital. Reporto-me ao 13 de janeiro,
quando se comemora o arcabuzamento do Frei Joaquim do Amor Divino Caneca, ocorrido em 1825.
O programa coordenado pelo Museu centrou seu enfoque num Seminário, onde se discutiu “o
pensamento libertário do Frei Caneca”, cabendo ao Ir.: Antônio do Carmo Ferreira a dissertação sobre
o aspecto maçônico, e, ao frade carmelita Tito Figueiroa, a visão religiosa. Foram três horas de
exposição e debates, perante um grande auditório constituído de estudantes de história, professores,
políticos, religiosos e maçons, mostrando o quanto o povo já despertou para este assunto.
O Seminário foi seguido por uma caminhada de todos até o busto do Frei Caneca, que se
encontra na parte externa sul do Forte Cinco Pontas, onde está instalado o Museu da Cidade do
Recife. Aí, às 17 horas, o Sr. Prefeito Municipal depositou uma coroa de flores; a Maçonaria do GOÍPE
e os carmelitas prestaram ao Frei as homenagens póstumas. As cerimônias se concluíram com o
hasteamento da Bandeira do Recife; a fala do Prefeito; o canto de parabéns para o Museu que
completava 21 anos de existência; e finalmente o teatro do “auto do frade”.
Recordamos que o Frei Joaquim do Amor Divino Caneca pertenceu à Ordem Carmelita. Foi
professor de Retórica e Geometria, gramático, poeta, historiador, jornalista, missivista, político e
revolucionário. Fundou e editou o jornal Tuphis Pernambucano. Suas obras políticas e literárias foram
enfeixadas num volume de mais de 600 páginas e mandadas publicar pelo Estado de Pernambuco,
em face da Lei Provincial nº 900 de 25 de junho de 1869.
Participou da Revolução Pernambucana de 1817, quando integrava o quadro da Academia
Suassuna, a qual, segundo os historiadores Padre Dias Martins (Mártires Pernambucanos, 1853) e Mário
Melo (A Maçonaria no Brasil, Prioridade de Pernambuco, 1909), já era então uma Loja Maçônica e na qual
o Frei havia sido Iniciado. Vejam seu saber maçônico na X Carta de Pítia a Damão (livro Artesanatos
maçônicos, Editora A Trolha). Foi preso e permaneceu como tal nos calabouços da Bahia até 1821. Três
anos depois, combateu o absolutismo revelado na dissolução da Constituinte e outorga, pelo
Imperador, da Constituição de 1824. Liderou o movimento gerador da República da Confederação do
Equador, sendo novamente preso, mas desta feita condenado à forca, da qual escapou porque os
carrascos se negaram à executá-lo, sendo, no entanto, cumprida a sentença de morte, por
arcabuzamento, em 13 de janeiro de 1825.
9
ALTAR DOS JURAMENTOS
Ir.: ANTHERO BARRADAS/ M.: I.: (*)
O Altar dos Juramentos que antes situava-se fora do Templo de Salomão, em algumas Lojas
modernas, absorveu o Altar dos Perfumes, ou o afastou para o Oriente, ocupando o lugar deste sobre o
Pavimento Mosaico. Antes disto, porém, no REAA, o Altar dos Juramentos já esteve no Oriente, à frente
do Trono do Venerável, como também já esteve no Sul.
À época que precedeu a existência dos primeiros Templos maçônicos, as Lojas reuniam-se em
qualquer local, de preferência, em tabernas ou cervejarias, onde, após as reuniões, comia-se e bebia-se, à
parte. Os trabalhos maçônicos se desenvolviam sobre uma grande mesa à cabeceira da qual situava-se o
Venerável; na outra cabeceira, o 1º Vigilante e no centro (esquerda), o 2º Vigilante. Ao lado da mesa, no
chão, com carvão, desenhava-se o Painel da Loja.
O Altar dos Juramentos, hoje, substitui a grande mesa, e, por isso, ocupa o centro da Loja.
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OS DOGMAS MAÇÔNICOS
10
Uma das palavras cognatas dele é o dogmatismo, cujo conceito em sua origem era a Filosofia que
afirmava e aceitava como verdade, sem nenhuma reflexão crítica, preconceitos baseados em autoridades
discutíveis.
Durante a Idade Média, o dogmatismo é religioso e teológico, baseando-se na censura do
pensamento, na condenação das teses julgadas heterodoxas, na proibição de ensinar, na inclusão das obras
dissidentes no Index Librorum Prohibitorum, na condenação à morte dos hereges queimados em praça
pública para escarmento e edificação dos fiéis. A “Santa Inquisição” simboliza, historicamente, o
dogmatismo levado às suas últimas conseqüências, até à morte, por aqueles que julgam ter o monopólio
da verdade, e detêm circunstancialmente o monopólio do poder. Giordano Bruno, representante do
inconformismo, do espírito crítico, da liberdade de pensamento, cujas idéias estavam em consonância com
as necessidades e aspirações de sua época, foi uma das vítimas mais ilustres do dogmatismo e da
intolerância religiosa.Contemporaneamente, o dogmatismo tem assumido mais um caráter ideológico e
político. Vimos que no século atual, convertendo-se em ideologia, a filosofia política torna-se doutrina
oficial do Estado, ortodoxa a ser defendida pela censura e pelo sistema policial-militar. Embora não inclua
dogmas religiosos, cuja aceitação depende da fé, mas apenas teses de conteúdo econômico, social e
político, discutíveis como quaisquer teses, a dialética da institucionalização leva à intolerância e à
violência, suscitando um novo tipo de dogmatismo que, em suas conseqüências pouco difere do medieval,
numa demonstração cabal que o homem continua irracionalmente apegado ao seu atavismo ancestral.
Fruto das idéias predominantes no momento atual, a Ordem Maçônica não pode fugir para o seu
destino de liberdade de pensamento e opinião, consubstanciado pelo racionalismo iluminista do século
passado e os Maçons criaram vários dogmas fundamentados, ora disse no “Magister Dixit”, ora nas
proposições de Potências Maçônicas imperialistas, ora em suas arbitrárias e profanas legislações, ora na
própria ignorância da verdadeira Maçonaria.
Poderíamos enumerar como alguns dos dogmas mais aceitos: o critério de Obediências regulares e
irregulares, o uso obrigatório da Bíblia nas Sessões Maçônicas, a doutrina de um Deus revelado, a lenda de
Hiram, os Landmarques, a obrigação de vestimentas, paramentos e alfaias, que fogem dos usos e costumes
modernos, a criação de várias Maçonarias...
Ainda citaríamos outros tabus de menor amplitude, como o cálice da amargura, ou a taça sagrada,
ou “Coupe des Libations” (N.R.: taça das libações); a câmara ardente ou mortuária no REAA, termos
usados indevidamente, mas consagrados pelo uso como circonvolução em lugar de circum-ambulação,
balaústre significando ata das reuniões dos Graus inferiores ao 31º, escocesismo para escocismo, e
poderíamos alongar-nos infinitamente, porém, trataremos os casos individualmente e seletivamente.
Temos a salientar que estas sandices não ocorrem somente com os povos subdesenvolvidos, mas
também entre os mais cultos e aparentemente mais civilizados.
Poder-se-ia dizer: isto não é dogma!
São leis, princípios básicos, entretanto os mesmos foram impostos sem uma aprovação pela maioria,
sem a análise da validade e benefícios para a coletividade atingida, portanto caracterizando o dogma.
Contudo, todo este dogmatismo inconscientemente criado, tornando obrigatório e aceito, é o
resultado estulto da falta de uma crítica mais acurada sobre o critério de valor real, feito pelas Obediências
atingidas, ou pelos Irmãos, que também consideram este ou aquele escritor como mestre sapiente e
onisciente de todas as verdades.
Nenhuma organização Maçônica pode obrigar as outras a aceitarem suas regras; nem existe um
Aristóteles nos dias de hoje; pois o conhecimento científico, filosófico, antropológico, histórico... são
demasiadamente abrangentes e as múltiplas relações entre eles obrigam a formação de equipes
multidisciplinares.
Tendo o homem uma vida produtiva de quarenta a cinquenta anos, tempo curto para poder
abranger toda a cultura humana. E a Maçonaria representa uma síntese desse acervo cultural; assim não
há conhecedores absolutos de todo o saber Maçônico, mas curiosos, mais ou menos eruditos em alguns
ramos da informação existente.
Na sua vertente inglesa e francesa os Maçons especulativos são resultantes do deísmo e do
racionalismo, e logo não podem dar a outrem o direito de pensar e decidir por eles, não podendo deixar de
buscar sempre a verdade, que lhe é inerente; porque as ciências biológicas mostram-nos a unidade do ser
humano, na multiplicidade de línguas, etnias, composição orgânica, sistemas sócio-econômicos, fruto de
um processo criador, enigmático para o nosso átimo de vida material.
1. Um dos maiores desafios com que nos deparamos como pedreiros livres, é o de conseguirmos
realizar a UNIDADE da DIVERSIDADE;
2. Até hoje se discute entre nós a real função da ORDEM MAÇÔNICA, uns vendo-a como
formadora de NOVOS HOMENS, outros como mentora da Sociedade desejável, adquirindo
então tinturas POLÍTICAS,. SOCIAIS, FILANTRÓPICAS etc.;
3. Tudo isso porque se admite como princípio da Ordem, como inalienável “landmark” a
liberdade de pensamento e sua absoluta expressão;
4. Para alguns a Loja é sinônimo de laboratório, onde, fiéis à etimologia do termo, se ora e se
trabalha. Nesse laboratório, se devidamente adequado, se conseguirá o ouro espiritual mais
fino;
5. O trabalho de busca do desconhecido, do sinal perdido e prometido, emblematizado pelo
nosso avental, está lidando a todo momento com o imponderável, com o inesperado, e
portanto deverá ter a agilidade e a disponibilidade científicas necessárias à realização;
6. É necessário que cada sinal, cada gesto, cada encenação no trabalho grupal de uma Loja em
funcionamento, tenha SIGNIFICADO, que somados todos eles acabem por formar um todo
harmônico que constitui o que alguns denominam EGRÉGORA DA LOJA e que a preside
determinando o sabor dos seus frutos;
7. É bom e suave ver uma Loja trabalhando em espírito de liberdade e em função dessa mesma
liberdade, dobrar as vontades particulares de cada componente aos lindeiros da Grande
Escola;
8. Esses lindeiros sim, para não descaracterizar o grande e vital movimento devem ser
respeitados como ingredientes indispensáveis à consecução da grande obra. Sua fiscalização
por todos deve estar sempre em pauta.
Esses lindeiros são:
• SUBORDINAÇÃO AO BEM
• A IDÉIA DA CONSTRUÇÃO DO TEMPLO e O SIMBOLISMO INICIÁTICO DOS
INSTRUMENTOS DO PEDREIRO
• AS IDÉIAS DE LIBERDADE – IGUALDADE – FRATERNIDADE
• A TRADIÇÃO INICIÁTICA: O SECRETO – OS SINAIS DO SECRETO – A
LINGUAGEM SIMBÓLICA – A LENDA HIRÂMICA – A BUSCA DA LINGUAGEM
ESCONDIDA (palavra perdida).
• A PRESENÇA DO LIVRO DA LEI MORAL (como supremo sinal).
9. Por tudo isso, bom irmão, sempre defendi a relativa liberdade de cada Loja. A orientação que
procuro seguir, a aprendi dos rituais com os quais lidamos e procuramos interpretar há mais
de 20 anos.
Fazer do ritual “camisa de força”, parece-nos contrário à tradição que nos foi comunicada.
No meu entender, nós que somos do jovem GOIRJ, não imobilizados ainda pela burocracia que
entrava e pode convir a paquidérmicas, esclerosadas e oligárquicas instituições, devemos aproveitar a
situação privilegiada e definirmo-nos como “ecléticos” procurando atingir o objetivo que reconheço
da mais difícil conquista, o de realizarmos a “unidade da diversidade”.
Aos irmãos que eu puder alcançar, solicitando inclusão das sábias sugestões de que são
capazes, objetivando o encontro da excelência maçônica.
12
MAÇONARIA FISIOLÓGICA
Ir.: Agentil Ferreira Rabelo(*)
13
TEXTO EM FRANCÊS TEXTO EM PORTUGUÊS
DANS LE SIÈCLE, HORS DU SIÈCLE... NO SÉCULO, FORA DO SÉCULO...
HÉNRI MÉDIONI /M. : M. : Henri Médioni/ M.: M.;
CONTINUACION... Continuação...
La nature impérialiste de la Maçonnerie A Natureza Imperialista da Maçonaria.
Mais dans le même temps où la Maçonnerie, Mas ao mesmo tempo onde a Maçonaria,
arrivant dans une nouvelle culture, s'adapte et chegando numa nova cultura, adapta-se e torna-se
devient une pratique originale, propre au pays uma prática original, própria ao país em questão,
considéré, elle continue à être vue par l'Institution continua a ser vista pela Instituição que a implantou
qui l'a implantée comme le véhicule de sa propre como o veículo de sua própria cultura, desejando
culture, souhaitant percevoir en quelque sorte des receber em certa medida royalties, direitos autorais,
royalties, des droits d'auteur, et s'étonnant, à bon e que surpreendem, justificadamente, parecendo-lhe
droit lui semble-t-elle, de ce qu'elle considère que considera como desvios desnaturados e
comme des déviations hors nature et insuportáveis. Esta luta de influência cultural não
insupportables. Cette lutte d'influence culturelle cessou jamais, na verdade. A Maçonaria é
n'a jamais cessé en vérité. La Maçonnerie est indiscutivelmente um instrumento imperialista
indiscutablement un outil impérialiste puissant et poderoso e será utilizada permanentemente como
elle sera en permanence utilisée comme tel. C'est tal. É assim que se nota, nos países onde as culturas
ainsi que l'on note, dans les pays où des cultures se se encontram antagônicas, num dado momento,
sont trouvées antagonistes à un moment donné, en devido a guerras (o Portugal da época napoleônica,
raison de guerres (le Portugal de l'époque por exemplo), de conquistas coloniais, ou campos
napoléonienne par exemple), de conquêtes aparentemente disponíveis e abertos (a Alemanha
coloniales, ou de champs apparemment disponibles ou a Itália dos anos 50; os países do Leste hoje em
et ouverts (l'Allemagne ou l'Italie des années 50, les dia), as batalhas dissimuladas de disfarce ideológico,
pays de l'Est aujourd'hui) des batailles sournoises à que estas diferentes tendências se entregam ainda
déguisement idéologique, que ces différentes hoje1. Essas lutas sob as conveniências maçônicas,
tendances se livrent encore aujourd'hui. Ces luttes, são realmente culturais e imperialistas, com
sous des dehors maçonniques, sont en réalité fundamentos muito claramente colonialistas.
culturelles et impérialistes, avec des fondements A França (e o Grande Oriente de França), vão
très clairement colonialistes. apostar tudo ao longo da história da Instituição, a
La France, (et le Grand Orient de France), vont sua parte nesta luta. Ocorrerá simplesmente que o
jouer tout au long de l'histoire de l'Institution, leur número não jogará a nosso favor2. Muito
partie dans cette lutte. Il se fera simplement que le rapidamente uma Santa Aliança vai se constituir
nombre ne jouera pas en notre faveur. Très em nosso detrimento. Porque se o modelo da
rapidement une Sainte Alliance va se constituer à Revolução Francesa vai conquistar para além de
notre détriment. Car si le modèle de la Révolution nossas fronteiras, o modelo maçônico não terá o
Française va conquérir au-delà de nos frontières, le mesmo sucesso. Esta aposta à parte terá, para as
modèle maçonnique n'aura pas le même succès. nossas idéias, um efeito desastroso.
Cette mise à l'écart aura, pour nos idées, un effet
désastreux. 1 As Maçonarias inglesa e Americana
concordam, quando trata-se de manter a sua
1. "Les Maçonneries anglaise et américaine predominância no mundo por meio do seu
s'accordent, lorsqu'il s'agit de maintenir leur conceito de “regularidade”, e agem de
prédominance dans le monde par le biais de leur comum acordo para neutralisar, tanto na
concept de "régularité", et elles agissent de concert Europa como nas Américas, qualquer
pour neutraliser, tant en Europe que dans les veleidade de agrupamento de Obediências
Amériques, toute velléité de regroupement que escapariam à sua influência...[ ...],
d'obédiences qui échapperaient à leur emprise...[...], servem-se das diferentes políticas e
elles servent des politiques différentes et enfrentam-se numa luta de influência... [...]
s'affrontent dans une lutte d'influence..[...] en em função de considerações que são muito de
fonction de considérations qui ne sont pas toutes ordem tradicional... Em “Crônica de um Cisma
d'ordre traditionnel...In Chronique d'un schisme Maçônico Contemporâneo”, Raoul L. Mattei,
maçonnique contemporain, Raoul L. Mattéi, collection Coleção particular, 1994.
privée, 1994 2 Segundo um provérbio provençal que traduz
2. Suivant un proverbe provençal qui traduit bem os efeitos cumulativos, “A pedra vai ao
bien les effets cumulatifs, "la pierre va au colhedeiro ”, o colhedeiro sendo o pedreiro
clapier", le clapier étant le pierrier que que constitui o agricultor na extremidade da
constitue l'agriculteur en bout de parcelle. parcela
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Ce qui se passe très rapidement en France, en plus O que se passa muito rapidamente na França,
de la prise en compte du "génie gallican", c'est além da consideração por conta do “gênio gallican”, é
l'irruption dans ce mouvement d'un principe qui y a irrupção neste movimento de um princípio que era
était auparavant étranger. Je veux dire que anteriormente estrangeiro. Quero dizer que a
l'Institution et la Tradition dont elle se réclamait, qui Instituição e a Tradição à qual ela se atribui, que
se voyaient cloisonnées en quelque sorte depuis les eram compartimentadas de certa maneira desde os
débuts entre deux principes, un principe religieux et inícios entre os dois princípios, um princípio religioso
un principe qu'on pourrait qualifier de magique e um princípio que se poderia qualificar de mágico,
faute d'un meilleur mot, (avec par exemple des na falta de uma palavra melhor (como, por exemplo,
attendus alchimiques, kabbalistes, ésotériques etc.), relativo aos alquímicos, cabalistas, esotéricos etc.), vai
va intégrer une nouvelle donnée, le principe de integrar uma nova causa , o princípio da razão que
Raison qui devient rapidement une exigence se torna rapidamente uma exigência fundamental.
fondamentale. A introdução deste princípio no seio da Instituição
L'introduction de ce principe au sein de vai rapidamente tomar, lá para o fim do século XIX,
l'Institution va rapidement prendre, vers la fin du que é o período mais fecundo nesta significação, vários
19ème siècle qui est la période la plus féconde dans aspectos. Vai-se particularmente assistir a um
cette acception, plusieurs aspects. On va notamment envolvimento concernente ao indivíduo maçom nos
assister à une implication concernée de l'individu problemas do século, envolvimento sentido como
maçon dans les problèmes du siècle, implication eminentemente racional e de acordo com os ideais da
ressentie comme éminemment rationnelle et Instituição.
conforme aux idéaux de l'Institution. A Ordem, mas também a Sociedade como um
L'Ordre, mais aussi la Société dans son ensemble, todo, vão ter em conta esta evolução para valorizar a
vont prendre en compte cette évolution pour ciência e as suas conquistas. É nessa época que o
valoriser la science et ses conquêtes. C'est à cette conflito com o Vaticano será mais agudo, com a
époque que le conflit avec le Vatican sera le plus rejeição que faz este último do “modernismo”. É
aigu, avec le rejet que fait ce dernier du nessa época que se introduz nas reuniões até então
"modernisme". C'est à cette époque que s'introduisent atribuídas à prática do ritual e ao desenvolvimento
dans des réunions jusqu'alors dévolues à la pratique da sociabilização, dos debates, às vezes acalorados,
du rituel et au développement de la sociabilisation, sobre a sociedade. É igualmente nesta época que
des débats quelquefois vifs, portant sur la société. aparece no seio da Instituição o conceito de
C'est également à cette époque qu'apparaît au sein de humanismo social, aliás socialista, progressista e
l'Institution le concept d'un humanisme social, sinon sobretudo republicano, conceito que irá irrigar uma
socialiste, progressiste et surtout républicain, concept parte não negligenciável da Franco-Maçonaria
qui va irriguer une partie non négligeable de la F.M. continental até os nossos dias.
continentale jusqu'à nos jours. A atitude assim descrita, da compaixão em
L'attitude ainsi décrite, de compassion concernée, questão, humanista e socializante, há muito tempo se
humaniste et socialisante, s'est longtemps acomodou do mundo que lhe era oferecido. As coisas
accommodée du monde qui lui était offert. Les choses eram simples, binárias. Os bons de um lado, os maus
étaient simples, binaires. Les bons d'un côté, les do outro. Um verdadeiro Pavimento Mosaico. Os
méchants de l'autre. Un vrai pavé mosaïque. Les combates eram sem ambigüidades. Há muito tempo
combats étaient sans ambiguïtés. On a très longtemps atrás, poderíamos optar simplesmente nas nossas
pu simplement choisir dans nos loges, sans états Lojas, sem estados de alma e sem grandes debates,
d'âme et sans grands débats, pour une laïcité por uma laicidade (R.R.: sistema que excui as igrejas
libératrice contre un dogmatisme religieux, pour un do exercício do poder político ou administrativo, e
progrès infiniment bon et salvateur, contre un principalmente da organização do ensino) libertadora
obscurantisme stérile, pour une République contra um dogmatismo religioso, por um progresso
libératrice et démocratique, contre une monarchie infinitamente bom e salvador, contra um
asservissante etc. obscurantismo estéril, por uma república libertadora e
La lutte contre l'esclavage alors, ou contre la peine democrática, contra uma monarquia dominadora etc.
de mort et une certaine libéralisation de l'avortement, A luta contra a escravidão então, ou contra a pena
plus récemment, satisfaisaient également cette société de morte e uma certa liberalização do aborto, mais
de pensée qui se voulait un peu société d'action, qui recentemente, satisfaziam igualmente esta sociedade
ne se consolait pas de l'absence d'une mise en de pensamento que se achava um pouco uma
pratique de ses .idéaux, quels qu'ils puissent être ou sociedade de ação, que não se consolava com a
compris. Cette implication va aussi clairement ausência de uma aposta na prática de seus ideais,
s'étendre vers certains régimes politiques pour les quaisquer que pudessem ser ou compreender. Este
approuver ou les dénoncer et cela lui sera reproché. envolvimento vai também, claramente, estender-se
Ces préoccupations "sociales", en prise sur le siècle et para alguns regimes políticos para lhes autorizar ou
la cité étaient, loin de là, non dénuées d'un caractère lhes denunciar, e aquilo lhes será censurado. Essas
sacré. preocupações “sociais”, tomadas sobre o século e a
cidade, não eram, longe disso, privadas de um
À continuer à la édition nº 23 caráter sagrado.
Continuará na edição nº 23
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HISTÓRIA PURA
A CAMORRA
A Camorra é originária da Espanha, onde foi fundada por Juan Gamur.
Miguel de Cervantes, em Rinconete y Cortadillo, que se encontra em Novelas Ejemplares, narra-nos a
história de uma associação de delinqüentes de Sevilha, que dividiam o produto de seus assaltos com o
clero e com a polícia, cordialmente.
Cervantes expões a fundação da sociedade em meio dos esplendores de festas com a presença de
padres, monjes e prelados. Os seus homens praticavam atos heróicos de cavalheirismo, com que se
cercavam de admiração.
Da Espanha, a Camorra foi levada para a Itália.
A Camorra foi uma associação de pessoas de má vida que asseguravam a sua existência com a prática
de assaltos, de extorsões.
O seu centro principal era em Nápoles mas estendeu-se através de outras cidades e regiões da Itália.
Não se tratava de uma sociedade secreta de fins políticos, e sim para beneficiar economicamente os seus
filiados, mediante imposições feitas aos fracos endinheirados. Assaltavam os castelos e grupos de viajantes.
A iniciação na Camorra era feita em refúgios no alto das montanhas, em cavernas. Os antigos
compareciam com balandraus vermelhos, com máscara preta e armados de punhal. O candidato era
submetido a uma série de provas para demonstrar não só a sua dextreza como a sua valentia, o seu
destemor face do perigo. Depois de transpor todas as provas, o candidato fazia o seu juramento,
assinando-o com o próprio sangue, que fazia sair do braço esquerdo, com um punhal.
A Camorra era denominada também, Sociétá del l’umirtá. Os seus componentes distribuíam-se em 3
grupos ou graus: Giovinoto, onorato e piccinoto.
Os camorristas tinham um chefe, de poucos conhecidos mas cujas ordens deviam executar sem
vacilação, pois que os candidatos em seu juramento comprometiam-se a observar obediência absoluta.
“Os Bourbons toleraram a Camorra, porque lhes foi, por vezes, útil. Serviam-se dela com freqüência
para ajudá-los a instalar-se até nas províncias e mais reinados de seu novo reino; era um apoio que não
poderia ser desprezado. Foi de importância capital. A polícia real era quase inteiramente recrutada entre
os camorristas.
Quando o cardeal Ruffo, em 1799, foi encarregado de expulsar os franceses, organizou as suas
melhores tropas com homens tirados das fileiras da Camorra” (Alberto Falcionelli, Lês Socétés Secrètes
Italiennes). O mesmo autor declara, linhas a seguir: “Houve uma época em que, para um jovem napolitano,
nada era mais honroso do que pertencer à Camorra”.
O apoio da polícia deu à Camorra, uma força excepcional, inclusive política. “Em Nápoles, qualquer
pessoa que tivesse ambições políticas, devia contar primeiro com o amparo da Camorra, com a qual
assumia compromissos que a fortaleciam ainda mais”.
Mussolini combateu todas as sociedades secretas. Fechou brutalmente a Maçonaria, porque ela lutava
em prol da liberdade, mas sempre com propósitos elevados, sem recorrer aos atentados violentos; e
investiu também (nem era possível outra atitude) contra as sociedades secretas dedicadas à prática de atos
atentatórios às leis. Cesare Mori, chefe de polícia, desenvolveu luta tenaz contra a Máfia, na Sicília, e
contra a Camorra, em Nápoles.
A Máfia conseguiu sobreviver, apoiada pela população, mas a Camorra foi exterminada.
(*) Fonte: O livro “SOCIEDADES SECRETAS” (A. Tenório de Albuquerque) – Edifício. Aurora.
Administração de Condomínios
Venda e Aluguel
Durante a Idade Média, ciência e religião estavam intimamente associadas. Os intelectuais eram
clérigos ou mesmo teólogos, cabendo-lhes apenas elaborar justificativas para as afirmações contidas,
sobretudo, no primeiro livro de Moisés, o Gênesis, que descreve a Criação. Era desnecessária a pesquisa, pois
a verdade já estava pronta nos textos bíblicos.
A Terra era como o centro imóvel do universo e a Europa o centro do mundo conhecido, que os mapas
da época apresentavam envolvido pelo oceano (do grego okeanos, que significa envoltório). Duvidava-se da
existência de seres humanos abaixo do equador.
Com a proposta heliocêntrica de Copérnico e a descoberta feita por Cristóvão Colombo, esse quadro se
altera radicalmente, passando a Terra e a Europa a ser apenas, e respectivamente, um planeta e um
continente, como os demais. Altera-se também, profundamente, a visão acerca do próprio homem, visto
agora como um ser natural, passível de exame, superando-se a proibição medieval de estudo do corpo
humano. Novas questões eram propostas à religião.
O dilúvio, um fato até então indiscutível, levantava algumas delas. Afinal se, com exceção dos
familiares de Noé, todos haviam morrido e se todas as espécies de animais foram preservadas graças à
enorme embarcação do patriarca, como explicar a presença, em terras americanas, de animais antes
desconhecidos e, sobretudo, dos indígenas, diferentes dos europeus? Teria havido uma outra Criação? E
quanto aos demais planetas, se fossem povoados, estariam seus habitantes manchados pelo pecado original?
Não havia respostas. A ciência, lentamente – e não sem conflitos -, começou a emancipar-se da tutela
religiosa até ganhar plena autonomia, passando, mais tarde, a ironizar a fé, dadas a fragilidade e incoerência
de suas teses.
Foi num clima de desprestígio da religião junto às camadas mais cultas, no século XIX, que surgiu a
Doutrina Espírita, com suas características de lógica e objetividade, como resposta do Alto às necessidades
humanas.
A religião afirma que o homem é composto de corpo e alma, mas qual a origem desta última?
A Bíblia fala do sopro divino que comunicou vida ao homem de barro, episódio hoje entendido como
simbólico pelos cristãos.
A Doutrina Espírita apresenta um panorama coerente da vida mostrando que a ação do Criador se
exerce – sempre perfeita – através de leis sábias e justas que dispensam o milagre e o sobrenatural.
O Espiritismo não se propõe a explicar integralmente a origem do espírito humano, cuja realidade
demonstra por meio de provas irrecusáveis, esclarecendo que tal conhecimento escapa, ainda, às nossas
possibilidades de compreensão. Faz, no entanto, o estudo de sua trajetória, informando que ele realiza
sucessivos estágios no plano material através do ciclo nascimento-morte, intercalados de períodos na
Espiritualidade, caminhando, assim, da infância para a madureza espiritual, caracterizada pelo
conhecimento e vivência plena das Leis Divinas.
(Fundada em 25/08/1995)
LOJA ITINERANTE
Reuniões trimestrais (meses de : Março, Junho, Setembro e Dezembro)
18
BIOGRAFIA DO MÊS
ANDRADA MACHADO E SILVA (Dr. Antônio Carlos Ribeiro de)
Nasceu em Santos, São Paulo, sendo filho do Cirurgião-Mor Bonifácio José de Andrada e de D.
Maria Barbosa da Silva.
Foi iniciado na Maçonaria quando estudava na Universidade de Coimbra.
Formou-se Bacharel em Direito pela mesma Universidade, em 1797.
Em 1812, era um dos membros da Loja Distintiva, fundada em Niterói por patriotas brasileiros,
entre os quais o Padre Belchior, J.J. da Rocha e Luís Pereira da Nóbrega.
Transferido para a Bahia, em 1813, foi eleito Grão-Mestre do primeiro Grande Oriente
Brasileiro, fundado em Salvador.
Em 1816, foi nomeado ouvidor em Olinda, na Capitania de Pernambuco. Neste mesmo ano,
fundou em Pernambuco a sociedade secreta política Universidade Democrática.
Em 10/02/1821, por ordem de D. João VI, os presos na Revolução de Pernambuco são
libertados pelo Tribunal da Relação da Bahia, estando entre eles Antônio Carlos.
Em 12/01/1812, por sugestão de José Bonifácio, e por ele não ser ministro, D. Pedro agracia
Antônio Carlos com a Grã-Cruz da Ordem Imperial do Cruzeiro, que acabara de criar.
Voltando ao Brasil, Antônio Carlos reorganiza a “Nobre Ordem dos Cavaleiros de Santa Cruz”,
sob a denominação de Apostolado, do qual fez parte.
Entre 1831 e 1833, em artigos de jornais e em opúsculos, Antônio Carlos combate a revolução de
7 de abril, que provocou a abdicação de D. Pedro I.
Com o pleno conhecimento da Regência Trina Permanente, Antônio Carlos vai a Portugal, em
1833, pedir a D. Pedro para voltar ao Brasil e assumir a Regência do Império. Mas D. Pedro, já então
Duque de Bragança, responde a Antônio Carlos, em carta, que nunca tivera intenção de declarar nula
a sua abdicação e que desejava respeitar o juramento que tinha prestado à Constituição brasileira.
Depois dessa recusa, Antônio Carlos conservou-se na Europa.
Em 12/11/1835, tendo regressado ao Brasil, no decorrer do ano, Antônio Carlos é reconhecido e
proclamado pelo Supremo Conselho do Brasil como Sob.: Gr.: Com.:, em sucessão a Montezuma,
demitido em 5 de outubro de 1835.
Em 24/07/1840, é organizado o primeiro Gabinete liberal do 2º Reinado, chamado “Ministério
da Maioridade”. Antônio Carlos ficou com a pasta do Império e Martin Francisco com a da Fazenda.
Antônio Carlos Ribeiro de Andrada Machado e Silva morreu no Rio de Janeiro, em 1845, sendo
sepultado com grande pompa no mosteiro de São Bento.
2645.2700 2645.1953
Um relatório publicado pela ONU - Organização das Nações Unidas , como parte dos
preparativos para o 3º Fórum Mundial da Água - que ocorrerá em Kyoto (Japão), de 16 a 23 de março,
faz um alerta sobre a crise mundial que afeta os recursos hídricos. De acordo com o relatório, reservas
de água do planeta estão secando rapidamente, e explosões populacionais, poluição e aquecimento
global vão combinar-se de tal forma que o suprimento de água por pessoa vai cair em um terço nos
próximos 20 anos.
O relatório critica os líderes políticos por não tomarem atitudes e, em alguns casos, negarem a
existência de uma crise da água. Atualmente, cerca de 1 bilhão de pessoas não têm acesso à água
potável. Segundo Gordon Young, diretor do Programa de Avaliação da Água da Unesco, que
compilou o relatório, não há água suficiente para saneamento e higiene para 40%da população do
mundo.
De acordo com o documento, a escassez de água estará afetando, em 2050, de 2 bilhões a 7
bilhões de pessoas, dependendo de fatores como o crescimento da população e das medidas tomadas
pelos governantes para lidar com a crise.
O Nordeste brasileiro é mencionado nas duas projeções, embora o País possua 12% das reservas
de água doce do planeta. "Problemas de atitude e comportamento estão no coração dessa crise", diz o
relatório, "A inércia no nível das lideranças e uma população mundial não totalmente consciente do
tamanho do problema significam que falhamos em tomar as ações corretivas a tempo.
Num ranking de 180 países sobre a quantidade anual de água disponível per capita, o Brasil
aparece na 25ª posição - com 48.314 m³. O mais pobre em água é o Kuwait.
Na outra ponta, excetuando-se a Groenlândia e o Alasca, a Guiana Francesa é o país com maior
oferta (812.121 m³), seguida por Islândia (609.319 m³), Guiana (316.698 m³) e Suriname (292.566m³).
CLÍNICO E CARDIOLOGISTA
Consultório:
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DEPOIMENTO
(*) In Memoriam
O PESQUISADOR
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MAÇÔNICO