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Fogueiras e Balões — ACC — 7/7/96 — Domingo


Advertência:
1. Esta reunião não visa propor ao expositor que ela seja dada exatamente como vem no
texto, nem dar uma última palavra a respeito do assunto; ela serve de mera sugestão.
2. Ela vem em linguagem semifalada para facilitar a exposição. Claro está também que é
preciso enriquecê-la com a criatividade de quem vai dar a reunião.

Razão do tema que será exposto


Se bem que a finalidade desta reunião sejam várias, duas são mais salientes: uma é sem
dúvida a de avivar nos apostolandos a idéia do maravilhoso. Pois o balão, embora tão simples,
evoca a idéia do mítico. Outra é na linha de enaltecer as tradições brasileiras — com os
devidos descontos do caipirismo — as festas juninas, por ter sua origem nas festas de Santo
Antonio, São João, São Pedro e São Manuel, herdadas de nossa mãe, Portugal, fazem muito
parte da psicologia brasileira. E, na linha de contenção do desfiguramento da personalidade
do País, que vem sendo feito pelas FFSS, a matéria tem muito de contra-revolucionário;
sobretudo se for bem explanada.
A fogueira, por exemplo, convida muito à reflexão, a um tipo de meditação própria ao
feitio do espírito brasileiro.

(Introdução: Mostrar como é interessante conhecer as causas de uma determinada


coisa. Para não entrar “ex abrupto” no tema, seria interessante começar por algo que eles
estão mais colados no dia a dia; por exemplo, a origem do café. Contar a origem do café bem
rapidamente e dizer:)
É interessante conhecer a origem de algo que já faz parte da tradição brasileira, não é?
Agora, há uma festa bastante tradicional no Brasil, que nós participamos, que nós assistimos,
etc., mas que pouca gente conhece a sua origem: a festa junina.

[A matéria que segue em boa parte foi extraída do “Catolicismo” de junho de 1987.
Portanto, é só recorrer a este número para obter mais detalhes, pois o que segue é mais um
programa do que propriamente uma exposição.]
* Origem das festas juninas
Foram trazidas para o Brasil por nossos antepassados portugueses. Comemora-se
Santo Antonio, dia 13; São João, dia 24; São Pedro, dia 29.
* Como eram comemoradas antigamente no Brasil
A festa junina antigamente era cercada de muita religiosidade: Na fazenda ou num
outro local estabelecido, hasteava-se a figura do santo comemorado naquele dia num mastro,
bem próximo da fogueira. Participavam da comemoração os parentes, vizinhos e amigos.
Normalmente começava-se por um terço, depois era seguido de fogos e balões. Serviam-se
bebidas como quentão e comidas típicas em quantidade.
Na festa de São João Batista, até a proclamação da República, as pessoas costumavam

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trocar presentes entre si, mais ou menos como no Natal.


Por incrível que pareça, a comemoração destas festas, principalmente a de São João
Batista, data do início do Cristianismo.
* São João Batista e Nosso Senhor
Nos falamos muito em fogueiras de São João, mas qual São João?... Nos conhecemos
muito São João Apóstolo e Evangelista, entretanto, houve um João que teve um papel enorme
na preparação do povo judeu para a vinda de Nosso Senhor.
Na Sagrada Escritura existem muitas profecias sobre a vinda de Nosso Senhor e sobre o
próprio São João Batista.

“Eis que envio meu anjo diante de ti, o qual preparará o teu caminho.”

O próprio Arcanjo São Gabriel, que anunciou à Nossa Senhora, também anunciou a
São Zacarias o nascimento do precursor do Messias.

[Aqui conta-se a história de São João.]


* Elogio de Nosso Senhor a São João Batista
“Em verdade vos digo que entre os nascidos das mulheres, não veio a este mundo outro
maior que João Batista”. (Mat. 11, 7 a 12).
* Comemoração na Europa
Na Europa, em cidades e aldeias, celebra-se a festa do santo em praças públicas, vales e
montanhas. Acendem a tradicional fogueira que simboliza o que dele diz o Evangelho: “Era
uma luz ardente e luminosa”.
Alguns séculos atrás, inclusive, quem acendia a fogueira era uma pessoa de certa
importância na sociedade. Por exemplo, em 1648, em Paris, o próprio Rei Luís XIV foi quem
acendeu a fogueira.
Era muito interessante o fato de um sacerdote benzer a lenha, antes de ser acesa.
Essa festa era tão respeitada, que no ano de 841, a batalha de Fontenoy que estava
marcada para o dia 24 de junho, foi adiada para o dia 25.

[Aqui conta-se a história de São João.]


* Elogio de Nosso Senhor a São João Batista
“Em verdade vos digo que entre os nascidos das mulheres, não veio a este mundo outro
maior que João Batista”. (Mat. 11, 7 a 12).
[Leitura de um trecho dos Meus Romanos — Ina Von Binzer. “Catolicismo” - junho de
1987, pg. 8. O expositor pode aproveitar o texto da Ina e fazer um comentário RCR, na linha do
quanto a vida era mais orgânica naqueles tempos.]
OS BALOEIROS

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— Um grupo de baloeiros pode ter de 30 a 150 membros.


— Tem um lider e hierarquia própria.
— Ligação da inocência com a admiração ao balão.
— Hereditariedade.
— Os balógrafos.
— Um balão pode levar meses e até um ano para ser confeccionado.
— Calculado para cair com bucha apagada.
— Equipe de “salvamento” do balão. Disposição de pagar possíveis prejuízos.
— O mesmo balão pode ser solto 4 ou 5 vezes.
— Segurança e lei antibalões. (Contar o caso dos policiais que foram prender os
baloeiros em guarulhos e acabaram por ajudar a soltar os balões.)
— Quatro mil pessoas já formaram platéia para assistir um balão subir.
— Oração do baloeiro: ...”Livrai-me da chuva, do vento, e da polícia, também”.
— Entre Rio e Niterói há 500 grupos de baloeiros

[Artigo do mesmo “Catolicismo”: “Junho, época dos balões...”]


[Os comentários do artigo podem também serem usados durante a projeção de slides.]
Balões:
— Também trazidos pelos portugueses.
— Hipóteses da invenção do balão: Chineses, fenícios, árabes...
— Um balão pode ter até 50ms. de altura.
— Parada de uma composição de trem de subúrbio para ver o balão “Tabuleiro de
Xadrês”
— Um equílibrio feito de beleza: as lanterninhas (um balão pode chegar a ter 5 mil
delas).
— A cangalha de fogos de artifício.
— Formas de balões: Cruz, Caixa, pião, aranha, tangerina, etc.
[Segue-se a reunião com projeção de slides.]

[Um comentário que pode ser interessante para a projeção de slides.]

“É interessante notar que Deus colocou na natureza muitos reflexos dEle e do próprio
homem. [Contar o caso do extase de Santa Mônica e Santo Agostinho em Óstia, e depois
concluir:] “Assim também são os balões, eles são soltos a 3 metrôs do chão, depois vão
subindo, subindo até quase dois mil...”

Conclusão: Alguém poderia perguntar: “Qual a utilidade prática de um balão? Eu



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entendo que a memória de um santo deve ser celebrada; então está claro, fazemos uma festa
junina; mas qual a utilidade de um balão concretamente? Gastam-se centenas de reais com um
balão que, depois de voar imbecilmente pelos céus — sem contar os riscos de incêndio —, vai
para o lixo...”
[Resposta:] É bem verdade, porém o homem não é só feito de carne e osso, ele tem alma
também. O homem tem uma vida ativa, mas não pode viver sem algum recreio, algum
entretenimento onde a alma dele descanse. Nós alimentamos o corpo, entretanto é preciso
alimentar também a alma. E o fato de alguém confeccionar um balão, gastar um dinheiro que
ele sabe bem qual será o destino, mostra muita generosidade, mostra um antiegoísmo da parte
dele; pois não está preocupado só com os poucos momentos que ele desfrutará vendo o balão
subir até que suas vistas não possam mais alcançá-lo. Ele quer também que os outros
participem do maravilhamento dele, e se não houver ninguém que possa ver o seu balão, ou se
ele soltar um balão numa cidade cheia de pessoas como esta que fez a pergunta, ele não se
importará, Deus, Nossa Senhora e os Anjos são testemunhas de sua ousadia...

Responsável por este ACC: Marcos Antonio Fiorito

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