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M
Teologia Básica-Maringá-2015
Sketch introdutória - Deus Criador
Personagens:

Narradora:

Professora:

Menina (principal):

Esposa do Prefeito:

Figurante 1:

Figurante 2:

Figurante 3:

Figurante 4:

Figurante 5:

Figurante 6:

Figurante 7:

Figurante 8:

**********************************************************************

N: Havia numa pequena cidade um renomado professor que, todas as tardes, reunia em
torno de si uma grande quantidade de discípulos, aos quais transmitia seus infindos
conhecimentos. O sábio apresentava dons pouco comuns: voz sonora com entonações
melodiosas, gestos elegantes, vocabulário agradável, olhar penetrante e, sobretudo, um
oceano de novas ideias que se sucediam sem fim.

Tão famosas se tornaram essas palestras, que as pessoas dos vilarejos próximos
passaram também a acorrer pressurosas para ouvi-lo, enchendo a pequena sala que
ficava defronte à sala do Magnífico Reitor. Mal se conseguia respirar sem roubar um
pouco de espaço do vizinho... Logo foi necessário utilizar a sala de conferências, um
pouco maior, mas ainda insuficiente.

Numa tarde dessas, especialmente iluminada pelos raios dourados do crepúsculo que
entravam pelas grandes janelas e arejada por uma suave brisa, começou o mestre a falar.

(Entram todas as figurantes, menina, esposa do prefeito e depois de um


burburinho de expectativa, entra o professor)
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P: Boa tarde a todas! Vamos primeiramente relembrar o assunto da palestra anterior.
Quem me diz algo a respeito?

F1: O senhor nos explicava a escala de tempo geológico e, sobretudo, o chamado


Paleozoico. Na escala de tempo geológico, o Paleozoico é a era do éon Fanerozoico que
está compreendida entre 542 milhões e 245 milhões de anos atrás, aproximadamente. A
era Paleozoica sucede a era Neoproterzoica do éon Proterozoico e precede a era
Mesozoica de seu éon. Divide-se nos períodos Cambriano, Ordoviciano, Siluriano,
Devoniano, Carbonífero e Permiano, do mais antigo para o mais recente.

P: Muito bem, Sofia! Agora, quem me responde: quais fora os eventos mais importantes
ocorridos durante o Paleozoico?

F2: Eu respondo professor.

O Paleozoico é conhecido por dois dos eventos mais importantes na história da vida
animal. No seu começo houve uma grande diversificação evolutiva dos animais, a
explosão cambriana, em que quase todos os filos animais atuais e vários outros extintos
apareceram nos primeiros milhões dos anos. Já no extremo oposto do Paleozoico
ocorreu a extinção maciça, a maior da história da vida na Terra, que extinguiu
aproximadamente 90% de todas as espécies animais marinhas. As causas de ambos
estes eventos ainda não são bem conhecidas... (falar esta última frase com reticências,
pois, nem a professora soube explicar.).

P: Está muito bem, Cícera! Mas, o tema de hoje é muito mais importante do que todos
os outros que tratamos até hoje.

(murmurinho de interesse entre todas)

P: O mundo não demonstra que Deus existe. Fez-se por si ou foi feito pelo acaso.

N: Silêncio, até nos corações. Será verdade o que ele diz? Ele nunca erra! (frisar bem
esta frase sublinhada) Até a brisa interrompeu seu passeio vespertino.

Como uma taça de cristal que se quebra na calma da noite, uma voz aguda, mas
decidida, rompeu o silêncio gritando, do meio da plateia:

M: Eu provo que isto não é verdade!

N: Era uma menina que frequentava o catecismo e dele se embebia como nenhuma
outra. Houve um prolongado silêncio. Todas se entreolhavam e pensavam:

F3: Quem esta menina pensa que é?

F4: Como ela ousa refutar a quem sabe tanto?

F5: Coitadinha... Vai se dar mal!


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F6: Silêncio! Vamos ver como o professor se sairá dessa.

N: Mal sabiam elas que a inocência aprimora o bom senso, que vale mais do que
qualquer estudo.

P: Suba aqui no estrado, pequena atrevida, para que todas a vejam... (sorrindo com um
pouco de insegurança)

N: Chegando à frente a pequena viu, sentada na primeira fileira, a esposa do prefeito da


cidade e, para surpresa geral, pediu-lhe seu rico relógio de ouro. A senhora hesitou em
colocar objeto tão valioso nas mãos de uma criança, mas, ante a pressão muda da
opinião pública – seu gesto simpático podia ter resultado para seu esposo nas próximas
eleições – cedeu. Quanto mais a menina se aproximava do estrado, mais a insegurança
do professor aumentava.

Mostrando o relógio da esposa do prefeito a todas, a menina perguntou ao professor:

M: O senhor acredita que este relógio tenha sido fabricado por si só? Ou que esta
universidade que nos acolhe debaixo de seu teto tenha podido ser construída por si só?

P: Ora essa, minha jovem, evidente que não! Sabia que você me traria problemas
infantis!

N: O público dividiu-se. Umas ficaram com pena da pobre novata que foi meter-se em
questões difíceis e que seria logo esmagada pelo intelectual; outras, mais sutis,
perceberam o intuito da menina, mas permaneceram à espera da continuação da cena.

Com um sorriso nos lábios a menina acrescentou:

M: O senhor não acredita que o acaso fez este relógio, mas pelo contrário acredita que o
acaso fez o universo? Agora eu vou lhe dizer como foi que o acaso fez o relógio da
esposa do prefeito.

Nos píncaros de uma alta montanha havia ouro. Este, arrastado ao rio pelas águas da
chuva, batido entre seixos, fez-se primeiro em pedaços; depois, desses pedaços surgiram
por acaso rodas dentadas, molas e parafusos; em seguida, ainda por acaso, combinaram-
se entre si e, por acaso, foi montado este relógio, que eu por acaso encontrei nas águas...

(aplausos de todas e manifestações de admiração)

(o professor olha irado para todas e sai nervosamente)

N: A ironia dispensava qualquer argumento. Se é ridículo admitir o acaso na fabricação


de um relógio, tanto mais o será no que diz respeito ao universo.

Como um Titanic que inesperadamente atinge um iceberg e naufraga, assim afundou


num instante a fama do falso sábio.
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Terminado o debate inesperado, adiantou-se o pároco da vila, com seus veneráveis
cabelos brancos e, louvando a resposta da menina ao ateísmo do pretenso mestre,
passou a explicar à multidão ali reunida a verdadeira doutrina sobre a criação do
universo. A paz instalou-se naqueles corações novamente. Mas, o que dizia ele?
Ouçamos suas palavras.

(começa a exposição)

AMDG

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