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GÊNEROS TEXTUAIS

ELIEL MARCOS DA SILVA


EXEMPLO 01
UMA LIÇÃO DE VIDA

Coprodução entre EUA, Quênia e Reino Unido, e dirigido por Justin Chadwick (Mandela: O
Caminho para a Liberdade), Uma Lição de Vida promete emocionar com história verídica.

Num vilarejo do Quênia, Maruge (Oliver Litondo) ouve no rádio o anúncio da educação gratuita para
todos. Não tendo tido oportunidade de estudar no passado, o senhor de 84 anos – um veterano da tribo
Mau Mau que lutou para libertar o Quênia dos ingleses –  bate à porta da escola primária e espera uma
chance de poder aprender a ler. Rejeitado de início, Maruge não desiste: já de uniforme escolar e uma
pequena bolsa a tiracolo, volta a pedir por uma vaga e insiste até ser aceito pela professora Jane (Naomie
Harris). Em meio a lembranças do doloroso passado, Maruge tem de enfrentar a revolta e as ameaças
das autoridades, dos moradores da região e dos pais dos alunos, inconformados por um idoso ter sido
aceito em uma classe de crianças de seis anos de idade.

A despeito da péssima escolha do título em português – seria mais interessante um que se aproximasse
do original, The First Grader –, o longa nos brinda com uma trama de superação que, para nosso alívio,
está bem distante da fórmula “autoajuda para assistir”.
Muito poderia ser dito acerca das belezas deste filme. Seja com relação à trama tocante, sem jamais escorregar no
sentimentalismo piegas; ou então sobre os belíssimos planos fechados, capazes de causar sensações as mais diversas
e que exprimem mais que palavras. Prefiro, no entanto, dar ênfase à força dos personagens e à entrega dos atores,
aspectos capazes de arrepiar o espectador. Os protagonistas – o idoso Maruge e a professora Jane – colocam a
determinação como base para se operar mudanças e apontam a educação como a ferramenta principal para isso.

Através de flashbacks bem situados, adentramos o passado de Maruge e somos confrontados com a chocante
realidade da luta pela liberdade da ex-colônia britânica. A crueldade extrema e as condições mais desumanas foi o
que Maruge encontrou nos campos de detenção na década de 50, após ter tido sua esposa e filhos cruelmente
assassinados. Veio a liberdade para o Quênia, a vida continuou. O passado, porém, nunca foi de todo extinto e
permanece como uma ferida que dói, além de uma dívida histórica.

Uma Lição de Vida é a história de uma luta que atravessa gerações. A luta de Maronge para superar seu passado,
ir à escola e aprender a ler; a luta de Jane pelo amor à educação; a luta diária das crianças em face das condições
precárias da escola, em que cinco alunos dividem uma carteira e tantos outros estudam sentados no chão. Mas
também, trata-se de uma inspiradora história de conquista, portadora de uma verdade incontestável: “o aprendizado
só termina quando tivermos terra nos ouvidos”.
Ficha Técnica

Uma Lição de Vida (The First Grader) – 104 min.                                

EUA / Quênia / Reino Unido – 2010

Direção: Justin Chadwick

Roteiro: Ann Peacock

Elenco: Naomie Harris, Oliver Litondo, Tony Kgoroge, Vusi Kunene, Alfred Munyua, Shoki Mokgapa.

Aline T.K.M. Disponível em: http://www.cinemanarede.com.


EXEMPLO 02

Marcos Vinícius de Melo Morais, que completou seu centenário de nascimento em outubro
deste ano, nasceu em 1913, no Rio de Janeiro, se formou em Direito e ingressou na carreira
diplomática. Versátil, foi cronista, poeta, dramaturgo, compositor, intérprete e letrista.
Alguns de seus sonetos, como o “Soneto de Fidelidade”, tornaram se bastante conhecidos e
são considerados obras-primas de nossa literatura. Ganhou popularidade como um dos
precursores do movimento Bossa Nova e por estabelecer parcerias musicais com nomes
como Chico Buarque, Edu Lobo e Toquinho. Com o maestro Tom Jobim, compôs a canção
“Garota de Ipanema”, que está entre as músicas mais conhecidas e admiradas do mundo.
Morreu em 1980, deixando uma vasta obra musical e literária.
EXEMPLO 03

PANQUECA

Ingredientes:
1 xícara de farinha de trigo
1 xícara de sal
1 xícara de leite
1 colher de sopa de óleo
1 pitada de sal
1 ovo
 
Modo de Preparo:
Coloque todos os ingredientes em um liquidificador e bata-os até a mistura ficar homogênea. Em seguida,
leve uma frigideira untada com um pouco de óleo ao fogo baixo.
Coloque aos poucos a massa na frigideira untada e aquecida mantendo uma camada fina de massa bem
esparramada pela frigideira. Doure os dois lados da panqueca e retire com uma espátula assim que estiver ao
seu agrado.
Coloque a panqueca cuidadosamente em um prato e sirva com um recheio de sua preferência.
Recomendamos geleia, carne moída com cebola e pimentão, queijo ou ovos mexidos.
EXERCÍCIOS
Um dia em sala de aula

Magricela como a Olívia Palito de Popeye, parecia um galho seco dentro do vestido escuro. Era antipática e
ranzinza. Usava óculos de lentes grossas; não enxergava direito, vivia confundido um aluno com o outro.

A aula de religião não contava ponto nem influía na nossa média, mas a diretora nos obrigava a frequentar.

Um dia apareceu uma barata na sala de aula. Descobrimos então que Dona Risoleta tinha verdadeiro horror de
baratas: soltou um grito, apontou a bichinha com o dedo trêmulo e subiu na cadeira, pedindo que matássemos.
Era uma barata grande, daquelas cascudas.

A classe inteira se mobilizou para matá-la. Foi aquele alvoroço: empurrões, cotoveladas, pontapés, risos e
gritaria, todos querendo atingi-la primeiro. E a coitada, feito barata tonta, escapando no chão. Até que, de
repente, tive a sorte de dar com ela passando a correr entre meus pés__ esmigalhei-a em uma pisada só.

Fui aclamado como herói, vejam só: herói por ter matado uma barata. Até Dona Risoleta me agradeceu trêmula,
descendo da cadeira e me dando um beijo na testa. Esse beijo a turma não me perdoou, durante muito tempo
fui vítima da maior gozação: diziam que dona Risoleta estava querendo me namorar.
Deste episódio nasceu uma brincadeira que passamos a fazer em toda aula de religião, duas vezes por semana.
Alguém trazia uma barata viva dentro de uma caixa de fósforos vazia, para soltar na sala de aula entre as
carteiras, até que um aluno denunciasse a sua presença. Quando não era a dona Risoleta que soltava um
gritinho:

- Uma barata

(...) Um dia ela foi reclamar providências da diretora, dizendo que o prédio era velho, estava precisando de
uma limpeza em regra, vivia cheio de baratas. Naquele tempo não havia dedetização, de modo que a diretora
não tomou providência nenhuma, nunca tinha visto barata na escola. Aquilo eram fricotes de Dona Risoleta.

E a coisa ficou por isso mesmo, de vez em quando aparecendo uma baratinha, para alegrar a aula de religião.
Houve uma que subiu pela perna da professora e foi se esconder debaixo da sua saia. A mulher deu um pulo de
três metros de altura se sacudindo toda, aos berros, como se estivesse louca, por pouco não se atirou pela
janela.

Até que o Dico um dia esqueceu na carteira uma caixa de fósforos com a barata dentro. Sem saber para que
diabo aquele aluno havia de ter trazido fósforos de casa, se todos nós éramos crianças, não fumávamos, dona
Risoleta, curiosa, abriu a caixa. A barata saltou em sua cara num voo aflito, largando pedaços de asas no ar, e se
refugiou nos seus cabelos. A coitada só faltou desmaiar de susto. Saiu correndo feito doida com barata e tudo e
foi nos denunciar à diretora.

O Dico acabou suspenso por uma semana, como responsável por todas as baratas que já tinham aparecido.
Com isso, ficou sob ameaça de perder o ano, por falta de frequência.  

Fernando. Sabino. O Menino no espelho. 58 ed.112-5


1. Complete o quadro abaixo com os elementos que formam a estrutura da narrativa lida:

Tipo de Narrador Narrador testemunha


Personagem Principal Dona Risoleta
Personagens secundários o aluno narrador, a diretora, Dico e os alunos

Local onde ocorreu os fatos Na sala de aula

Quando ocorre os fatos No passado, provavelmente na infância do narrador

2. Numere os fatos abaixo, colocando-os na mesma sequência em que ocorreram na


narrativa:
a. A consequência da descoberta do plano dos garotos. ( 5 )
b. A transformação do narrador da história em herói. ( 2 )
c. Confusões constantes durante a aula de religião causadas pelas atitudes dos alunos. ( 4 )
d. Alvoroço na sala de aula causado pelo surgimento de uma barata. ( 1 )
e. A descoberta do plano dos alunos.  ( 3 )
3. Relacione cada fato abaixo a sua consequência:

FATO CONSEQUÊNCIA
(1) Aparecimento de uma barata na classe. Suspensão do Dico. ( 5 )
(2) Descoberta do pavor da professora em relação às Algazarra na sala de aula. ( 1 )
baratas.
(3) Primeira reclamação de dona Risoleta à diretora. Não houve consequência. ( 3 )
(4) O esquecimento da caixa de fósforo na sala de aula. A descoberta do plano. ( 4 )
(5) A reclamação final de dona Risoleta. Elaboração de um plano. ( 2 )

4. Desenvolva um parágrafo argumentando/ dissertando das seguintes frases:

a. O jornal pode ser um excelente meio de conscientização, a não ser que este veicule notícias falsas e/ou
distorcidas, além de ser parcial, favorecendo um lado em detrimento do outro e não expondo a verdade
como um todo.

b. As mulheres, atualmente ocupam cada vez mais funções de destaque na vida social e política de muitos
países; no entanto, o atraso da sociedade no sentido de valorizá-las ainda é absurdo quando comparadas aos
homens. Séculos passaram e as mulheres continuam sendo vistas como inferiores e ocupando cargos de
menor importância em várias áreas da sociedade

c. Se não souber preservar a natureza, o ser humano estará pondo em risco sua própria existência, porque
justamente os seres humanos dependem da natureza no geral para sobreviverem, como animais irracionais
para o alimento, plantas, água etc. Ou seja, se a preservação da natureza for ausente, claramente irá
prejudicar componentes cujo os humanos necessitam para a sua sobrevivência.
d. O uso de drogas pelos jovens é, antes de tudo, um problema familiar porque a partir do momento que o
jovem começa a usar algum tipo de droga, seja ela lícita ou não, algo dentro da casa deste indivíduo está
errado, pode ser falta de orientação e acompanhamento de seus pais ou responsáveis, pode ser alguma
frustração que o levou a este caminho, por muitas vezes sem volta. É preciso analisar casa a caso, mas
sem dúvida faltou alguma coisa para que este jovem se desvirtue desta maneira. Responsabilizar
somente os pais não é o mais apropriado, pois por influências de outros jovens já envolvidos neste
mundo, acabam puxando-os para o abismo, sem que seja percebido inicialmente. Por este e outros
motivos, os jovens devem ser acompanhados, orientados, e alertados desde muito cedo de que as
drogas não podem entrar em suas vidas, jamais. 

e. O uso de drogas pelos jovens é, antes de tudo, um problema familiar, embora muitas vezes a família faça
de tudo por esses jovens e eles acabam caindo nessa vida por meio a sociedade em qual convive.

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