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I - Na plenitude dos tempos, aparece o Salvador do mundo

Lalande
O Vos omnes -- coro

Há dois mil anos... (Pe. Berthe).


Porém, antes que estes fatos maravihosos se passassem, uma tragédia havia se abatido sobre toda a
humanidade: era o pecado original, a desobediência de Adão e Eva a Deus, Criador e Senhor de todas
as coisas.
Pela voz da serpente o demônio os arrastou ao pecado.
Desde, então, eles foram expulsos do Paraíso e privados da graça de Deus. Fechadas estavam as
portas do Céu!
E toda a humanidade, que cada vez mais afastava-se de Deus, caiu nas trevas do paganismo e na
crueldade dos impérios pagãos.
* * *
Cena de um imperador pagão em seu trono, sendo abanado, etc. Entra um escravo.
I -- Infeliz escravo, demorastes muito!
E -- Ó grandiosíssimo imperador sei que não sou nada, que valho menos do que uma poça de
lama pisada por vosso cavalo. Sei que não sou digno de beijar a sola das sandálias de vossos pés, que
não sou digno de beijar o casco de vosso cavalo. E, sabendo que dos objetos que possuis, eu sou o que
valho menos, beijo o pó pisado por vosso cavalo, mas vos peço, ó divino, que não vos zangueis
comigo!!!
I -- Basta escravo! Preciso que faças um trabalho para mim!
Estou muito preocupado com a batalha que traverei daqui há dez dias contra o rei Otkar II. Temo
que suas tropas vençam a minha, e que eu venha a morrer em suas mãos. Mas, não quero sofrer a dor
do ferro inimigo em minhas carnes. Quererei, isto sim, morrer envenenado. Mas, tão pouco quero
sofrer com um veneno que me faça ter contorções desagradáveis!!!
Tenho aqui este veneno. Preciso descobrir se ele me fará sofrer muito. Tome! Ficarei vendo quais
são as reações que ele provoca.
E -- Mas, senhor...
I -- Ande, tome!
E -- Por favor, senhor...
I -- Ande logo, tome! Se não mandarei lhe esfolar vivo e jogar sal em cima das carnes!!!
O escravo toma o veneno e morre com horríveis contorções.
* * *
Terrível noite era esta, em que caira o gênero humano. O vício dominara a Terra, a virtude há
muito não se praticava e o desespero era pois o termo final de todos os caminhos.

Mas, lux in tenebris lucet -- a luz brilhou no meio das trevas.


Foi no meio desta escuridão que Jesus Cristo apareceu como a verdadeira luz da salvação!
E o esplendor desta luz inaugura uma aurora que triunfalmente se transformou em dia.
Numa bendita noite, nasce na gruta de Belém, o Salvador da humanidade!

Imensa alegria -- coro

Eis que nasceu o menino Deus, e Ele está deitado sobre uma manjedoura, sorrindo enternecido
para a Virgem Mãe e São José.
Deus, ei-lo ao nosso alcance. Aquele quem os céus não podem conter, fez-se pequenino e habitou
entre nós.

Vós Repousais -- coro

II - Passagem do 1o. para o 2o. milênio. A civilização espalha-se, em boa parte, graças ao
cântico gregoriano

Nascido Jesus, deu-se início à obra da Redenção.


Depois de passar 33 anos fazendo o bem, Nosso Senhor Jesus Cristo salva toda a humanidade
morrendo no alto da Cruz, para que se cumprisse a sua profecia: "Quando Eu for levantado no alto do
madeiro, atrairei a mim todas as nações".
Tal foi o que sucedeu.
Mas, antes, a Igreja Católica Apostólica e Romana continuadora da obra redentora de Jesus Cristo,
tinha que espalhar-se em todo o mundo, vencendo pela fé, esperança e caridade, a maldade daqueles
povos bárbaros e pagãos.
Depois de 3 séculos de terríveis perseguições, a Igreja, vitoriosa, vê-se livre para pregar o
Evangelho em todas as partes.
Foi, então, que as hordas bárbaras começaram a invadir o Império Romano, espalhando a morte, a
destruição e o pânico. Todo aquele mundo pagão ruiu, ficando de pé só a Santa Igreja Católica
Apostólica e Romana!
E, oh, maravilha, as hordas bárbaras, através do angélico cântico gregoriano começaram a ser
convertidas pelos mininstros de Deus.
* * *
Cena em que aparecem uns bárbaros fazendo alguma "barbaridade". Entram alguns monges
cantando gregoriano, em seguida os bárbaros acalmam-se, fazem o sinal da Cruz, etc.
* * *
Nas bodas de Caná, Jesus Cristo a pedido de sua Mãe, transmudou a água em vinho. Assim fez a
Igreja Católica com aquele mundo bárbaro, transformando-o na Civilização Cristã.

O Maria Virgo Pia -- coro

Esta Civilização em que Cristo era Rei (e Maria Rainha), não poderia ter recebido maior elogio do
que o que lhe fora dado pelo Papa Leão XIII: "Tempo houve em que a filosofia do Evangelho
governava os estados".
O preciosíssimo Sangue de Cristo e as piedosas lágrimas de Maria fizeram nascer na alma
daqueles homens de então, o amor a Deus e ao próximo.
A Igreja era respeitada em todos os lugares graças à legítima proteção dos princípes e magistrados.
Por sua vez, a sociedade era conduzida nas vias da justiça e da salvação eterna.
A doçura de Cristo reinava em todas as almas.

Angelus ad Virginem -- coro

III - No triste ocaso do 2o. milênio, uma aurora de esperança surge no horizonte

Música triste -- século XX


Dois mil anos depois do nascimento de Cristo, parecemos ter voltado ao ponto inicial. A adoração
do dinheiro, a procura desordenada (e pecaminosa) dos prazeres mais vãos, o domínio despótico da
força bruta, as superstições, o crime, o ódio, enfim, o neo-paganismo em todos os seus aspectos
invadiram novamente a Terra.
Da grande Luz sobrenatural que começou a fulgir em Belém, muito poucos raios brilham ainda
(sobre as leis, os costumes e a cultura). Bem se pode dizer que os homens novamente esqueceram-se de
Deus...
Diante deste triste fim de 1999, perguntamo-nos:
Como será o próximo milênio?
Trágica pergunta, seguida, talvez, de uma resposta acabrunhada pela dúvida.

Para além de todas as angústias deste final de milênio, surge para o mundo opresso, uma aurora de
esperança que faz renascer entre nós as alegrias do primeiro Natal!
A voz de Nossa Senhora de Fátima, a Aurora do Terceiro milênio, que aparecendo em Portugal no
ano de 1917 prometeu: "Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará!"
Esse triunfo de Maria o que é senão o próprio Reino de Cristo, que a dois mil anos pedimos no
Pai-nosso?
Esse reinado de Cristo e de Maria, será uma era de virtude em que a humanidade, reconciliada
com Deus, viverá na Terra segundo as Leis, preparando-se para as glórias do Céu!

Coroação
Alleluia -- Handel

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