Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
mais maurydepaulasantos@gmail.com N
Mas é nesse ponto que reside a diferença entre o pecado de Adão e a vitória do Último Adão. O primeiro, através de sua desobediência, fez
com que a morte e o pecado entrassem no mundo, sendo a morte uma referência ao corpo físico. O homem, conforme dito, foi criado para
viver eternamente nessa Terra, e assim o será na eternidade.
Em relação ao Último Adão, através de sua obediência, Ele trouxe a Vida Eterna, porém, para aqueles que N ´Ele cressem. Como Deus não
interfere na vontade do ser humano, a aceitação do sacrifício da Vida Eterna concedida pelo Último Adão, precisa de ato volitivo de nossa
parte, em receber Jesus Cristo como nosso Senhor e Salvador.
Assim, como o pecado de Adão trouxe a morte física ao homem, a recusa em receber a Jesus Cristo, que é ato pessoal - pois cada um
dará conta de si a Deus, conforme Romanos 12:14 - trará como implicação àquele que ressuscitou dos mortos, as consequências da
Segunda Morte, que é diferente da primeira que ingressou no mundo com o pecado de Adão, pois, afinal, estamos tratando de corpos
espirituais.
O pecado de Adão, e a morte, passaram a todos os seus descendentes, sem qualquer excepcionalidade, ao passo que a Vida Eterna
oferecida pelo Último Adão, apesar de possível de ser alcançada por toda a humanidade, mediante a simples confissão de Fé em Jesus
Cristo, se recusada, produz como ato pessoal, as consequências da segunda morte.
É importante ressaltar que a vitória de Jesus Cristo na cruz do calvário produziu dois efeitos: o primeiro é conceder a Vida Eterna para todos
àqueles que N´Ele crê. O segundo, é abolir a morte física e o pecado que entraram no mundo através do primeiro Adão. Dessa forma, a
própria ressurreição, quer seja dos justos ou dos ímpios, é reflexo da vitória de Jesus sobre a morte.
Mas assim como o pecado de Adão gerou a Morte, a vitória do Último Adão trouxe a Vida Eterna, porém, de igual forma a morte eterna. A
segunda morte, portanto, não é consequência do pecado cometido por Adão, mas do ato volitivo de seus descendentes de recusarem a
Vida Eterna oferecida pelo Último Adão.
É algo bastante interessante, afinal, o pecado original foi cometido por Adão, e a morte e o pecado passou a todos nós, indiferente de
aceitarmos ou não - ou conforme o Apóstolo Paulo, termos cometido a mesma transgressão - o que, a princípio, poderia parecer injusto.
Contudo, o Último Adão veio e nos trouxe vida, a eterna, deixando-nos agora a opção de escolher entre ela, ou a morte eterna que é o
Lago de Fogo, ou seja: a morte natural herdamos de Adão, a espiritual e eterna somente se por ato individual optarmos por ela: Que é
recusar a Jesus Cristo.
Não serão corpos físicos que serão lançados no Lago de Fogo e Enxofre, uma vez que, com a morte em decorrência do pecado de Adão
https://maurydepaulasantos.blogspot.com/2020/03/a-doutrina-do-aniquilamento.html 1/3
15/07/2023, 16:26 A SEGUNDA VINDA DE JESUS CRISTO: A Doutrina do Aniquilamento- os ímpios serão exterminados?
esse corpo foi desfeito, mas, sim, os corpos espirituais daqueles que ressuscitarão para o Juízo Final sem que optassem por escolher a
Vida Eterna, que custou um alto preço, mas foi oferecida de graça a todos nós.
Assim, como os ressuscitados em Cristo, terão corpos glorificados espirituais, aqueles que ressuscitarem sem Ele, terão corpos espirituais,
os quais sofrerão dano da segunda morte, que já não é mais física. A discussão acerca dos corpos espirituais, como funcionam, a
ressurreição de Jesus Cristo pode nos dar uma pequena visão.
O Senhor Jesus Cristo em Mateus 25:41 deixa evidente que aqueles que não o receberam serão lançados no lago de fogo e enxofre, que
fora preparado para o diabo e seus anjos. Note que não foi preparado para os homens, se Adão não tivesse pecado, Satanás e seus Anjos
já estariam no lago de fogo eternamente.
A propósito, certa vez os discípulos interrogaram a Jesus Cristo acerca de uma mulher que teve sete maridos[v], como seria na eternidade.
Em resposta, Jesus Cristo disse que eles seriam como os anjos nos céus, que não se casam e não se dão em casamento. Pode-se afirmar,
portanto, que os ressuscitados terão corpos semelhantes aos dos anjos, e em ambos os casos.
Assim como Satanás e seus anjos estarão eternamente no lago de fogo, aqueles que rejeitaram a Vida Eterna, por ato pessoal, ao contrário
da morte física que passou a todos pelo ato de Adão, farão companhia para eles, e naturalmente, o sofrimento será eterno e igual para
todos eles, e com detalhe: Sem hierarquia. Como descreve, Isaías 66:24, Apocalipse 20:10, 21:08, Mateus 13:41-42.
A consequência do pecado de Adão é a morte física, cuja abolição foi sacramentada por Jesus Cristo na Cruz do Calvário, sendo a morte
eterna, entretanto, fruto não do pecado do Primeiro Adão, mas da recusa do homem em receber o Último Adão.
Em relação a segunda objeção, são citados os seguintes textos do livros de Salmos:3-6; 2:9-12; 11:1-7; 34:8-22; 58:6-10; 145:17-20; 69:22-
28 e outros com conotações semelhantes. Contudo, tais textos não servem como suportes para essa doutrina, pois, são alusivos ao fato de
que a Terra será herdada pelos Justos. Em outras palavras, a vida continuará nessa Terra, porém, os ímpios não tomarão parte dela.
Em relação aos supostas implicações do tormento eterno, elas se pautam no que seria uma incompatibilidade entre um Deus de amor
infinito com o castigo eterno dos ímpios.[vi] Mas Deus é, também, Justiça! E como vimos, a morte física e o pecado passou a todos,
indiferente de termos cometido a mesma transgressão de Adão.
Por outro lado, a Vida Eterna foi concedida mediante o pagamento de um alto preço por Jesus Cristo na Cruz do Calvário e oferecida de
graça a todos que a quisessem, bastando recebe-lo como Senhor. O pecado que entrou no mundo por ato único, e com ele a morte física,
tem o contraste na Vida ou sofrimento eterno, mas por
ATO PESSOAL.
Como podemos condenar a Deus se Ele ofereceu a Vida Eterna á todos, através da entrega de Seu Único Filho para morrer na cruz por
nossos pecados, se de forma deliberada os homens recusam essa graça? Deus é amor, sim, mas é Justiça, e concedeu a todos a
oportunidade de não sofrerem os danos da segunda morte através do reconhecimento do sacrifício de Seu único Filho na cruz do calvário.
Não há, por outro lado, injustiça na pena aplicada, pois, não se trata de comparar os pecados cometidos pelo ímpio com a pena de
sofrimento eterno que será aplicada, pois, a segunda morte alcança aqueles que através de ato pessoal, recusaram aceitar o Sacrifício de
Jesus Cristo na Cruz do Calvário e alcançar a Vida Eterna: Este é o erro ou "pecado" essencial.
Outro ponto interessante é que a morte física, decorrente do pecado original de Adão, que passou a todos os homens encerra a carreira
humana nesta terra. Com a devida vênia, será que Deus iria ressuscitar os impios (que já deixaram de existir com a morte física), para
depois julgá-los, e repô-los ao status quo anterior de inexistência? Você poderia dizer, ah, bom, seria para reconhecerem que Jesus é
Senhor, dobrar os joelhos e confessá-lo!
Por outro lado, reconhecê-lo no Juízo Final e passar a eternidade em sofrimento é consequência do ato volitivo dessa pessoa que recusou
o dom gratuito de Deus que é a Vida Eterna oferecida pelo Seu Filho. Isso será motivo para sofrimento eternamente!!!
Logo, não há qualquer incompatibilidade entre a coexistência da Vida Eterna com o Castigo Eterno.[vii] Inicialmente, convém destacar que a
Parábola do Rico e o Lázaro[viii] apresenta uma situação interessante, pois, é o ímpio que consegue enxergar os outros na Vida Eterna,
não o contrário. Em outras palavras, isso aumentará o sofrimento daqueles que forem lançados lá.
Mas em relação aqueles que irão gozar a Vida Eterna, saber que determinado parente foi condenado, por vontade própria ao sofrimento
eterno – pois recusou a Vida Eterna que lhe foi oferecida de graça, apesar do alto preço que Jesus Cristo pagou - ou que foi
aniquilado [deixou de existir], não faz a menor diferença em termos de eventual tristeza ou angústia por partes de seus parentes que foram
salvos.
A razão é que na eternidade nós, naturalmente, não seremos outra pessoa, pois, do contrário, seria o mesmo que Fulano passar sua vida
na terra, com todas as suas implicações, receber a Jesus Cristo, e depois na eternidade o Ciclano gozar a vida eterna em seu lugar, pois, o
Fulano não se lembraria do que ele foi, o que nos afigura despropositado.
Por essa razão encontramos em Apocalipse algo sintetiza muito bem essa situação, cujo alcance, creio que somente na eternidade
poderemos compreender:
E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor;
porque já as primeiras coisas são passadas.
Apocalipse 21:4
Assim como haverá a Vida Eterna, haverá o sofrimento eterno, não havendo qualquer incompatibilidade. Isso, na realidade, aumenta a
nossa responsabilidade em pregar o Evangelho a toda a criatura para que através do Espírito Santo possam ser convencidas do pecado e
receberem a Vida Eterna que é dada a todos de graça.
[i] https://biblia.com.br/perguntas-biblicas/inferno-tormento-eterno-ou-aniquilamentocd/
[ii] Diversos salmos descrevem a destruição final dos ímpios com imagens dramáticas (Salmos 1:3-6; 2:9-12; 11:1-7; 34:8-22; 58:6-10; 69:22-28;
145:17, 20). No Salmo 37, por exemplo, lemos que os ímpios logo “murcharão como a verdura” (v. 2); eles “serão desarraiga-dos…e…não existirão”
(vv. 9, 10); eles “perecerão…e em fumo se desfarão” (v. 20); os transgressores “serão a uma destruídos” (v. 38). O Salmo 1 contrasta o caminho do
justo com o dos ímpios. Dos últimos ele diz que “não subsistirão no juízo” (v. 5); mas serão “como a moinha que o vento espalha” (v. 4); “o caminho dos
ímpios perecerá” (v. 6). No Salmo 145, Davi afirma: “O Senhor guarda a todos que o amam; mas todos os ímpios serão destruídos” (v. 20). Esta
amostra de referências sobre a destruição final dos ímpios está em perfeita harmonia com o ensinamento do resto das Escrituras. Os profetas
https://maurydepaulasantos.blogspot.com/2020/03/a-doutrina-do-aniquilamento.html 2/3
15/07/2023, 16:26 A SEGUNDA VINDA DE JESUS CRISTO: A Doutrina do Aniquilamento- os ímpios serão exterminados?
freqüentemente anunciam a destruição final dos ímpios em conjunção com o dia escatológico do Senhor. Isaías proclama que os “transgressores e os
pecadores serão juntamente destruidos, e os que deixarem o Senhor serão consumidos” (Isaías 1:28). Descrições semelhantes se encontram em
Sofonias 1:15, 17, 18 e Oséias 13:3. [apud https://biblia.com.br/perguntas-biblicas/inferno-tormento-eterno-ou-aniquilamentocd/ ]
[iii] I Tessalonicenses 4:15-18
[iv] I Corintíos 15:52
[v] Mateus 22:25
[vi] https://biblia.com.br/perguntas-biblicas/inferno-tormento-eterno-ou-aniquilamentocd/
[vii] As implicações cosmológicas do tormento eterno. Uma razão final para crer no aniquilamento dos perdidos é que tormento eterno pressupõe um
dualismo cósmico eterno. Céu e inferno, felicidade e dor, bem e mal continuariam a existir para sempre lado a lado. É impossível reconciliar esta
opinião com a visão profética da nova terra na qual não mais “haverá morte, nem pranto, nem clamor, porque já as primeiras coisas são passadas”
(Apocalipse 21:4). Como poderiam pranto e dor serem esquecidos se a agonia e angústia dos perdidos fossem aspectos permanentes da nova
ordem? A presença de incontáveis milhões sofrendo para sempre tormento excruciante, mesmo se fosse bem longe do arraial dos santos, serviria
apenas para destruir a paz e a felicidade do novo mundo. A nova criação resultaria defeituosa desde o primeiro dia, visto que os pecadores
permaneceriam como uma realidade eterna no universo de Deus.
[viii] Lucas 16:19-31
Nenhum comentário:
Postar um comentário
2,760
► fevereiro (5)
Esse estudo pode ser reproduzido em parte, ou integralmente, com ou sem a citação da fonte original. Tecnologia do Blogger.
https://maurydepaulasantos.blogspot.com/2020/03/a-doutrina-do-aniquilamento.html 3/3