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1
DURKHEIM, Émile. As Formas Elementares de Vida Religiosa: o sistema totêmico na Austrália. São
Paulo: Paulinas, 1989.
2
Para Durkheim todas as religiões são verdadeiras à sua maneira: todas respondem, ainda que de
maneiras diferentes, a determinadas condições de vida humana. (Cf. p. 31).
3
DURKHEIM, Émile. Op cit, p. 31.
4
DURKHEIM, Émile. Op cit, p. 38.
como memória e compromisso, subdividindo, esse ponto, em dois momentos, a
saber, celebrar é trazer à memória o Reino de Deus e celebrar é tornar concreto o
Reino de Deus. Discorreremos sobre as formas do discurso teológico para, depois
adentrarmos ao diálogo com Leonardo Boff para fundamentarmos a Teologia das
práxis. Por fim, agora com base na noção de Culto Negativo e Culto Positivo,
desenvolvida por DURKHEIM, falaremos sobre a Práxis religiosa e as manifestações
dos rituais e do discurso.
5
SILVA, Geoval Jacinto da. Aproprio-me aqui de parte da definição de Liturgia e Discurso dada em
sala de aula no dia 12/08/2004.
6
SILVA, Geoval Jacinto da. A inter-relação histórica e teológica da liturgia judaica e cristã. In: Estudos
de Religião. / Universidade Metodista de São Paulo / Pós-Graduação em Ciências da Religião. Vol. 1.
Nº 25. (dez. 2003). São Bernardo do Campo: UMESP, 2003, p. 159.
7
FLORISTAN, Casiano. TEOLOGIA PRACTICA:TEORIA Y PRAXIS DE LA ACCIÓN PASTORAL.
Segunda Edición. Salamanca: Ediciones Sigueme, 1993, p. 179.
presente, de manifestarmos o Reino de Deus ao mundo a exemplo de Jesus que
combateu a injustiça, o sexismo, a segregação racial etc. Seria utopia almejarmos
uma sociedade mais justa e igualitária? Que seja, se entendermos a utopia como “o
sonho perfeito, como paradigma, referencial para a construção de uma realidade
melhor.”8
8
Definição de Utopia dada pelo Prof. Dr. Geoval Jacinto da Silva em sala de aula, no dia 26/08/2004.
9
BUYST, Ione; SILVA, José Ariovaldo da. O Mistério Celebrado: Memória e Compromisso I. Espanha:
Siquem Ediciones, 2002, p. 11.
10
MARASCHIN, Jaci. A Beleza da Santidade: ensaios de liturgia. São Paulo: Aste, 1996, p. 133.
11
MOL, Hans J. Apud KEE, Howard Clark.. As Origens Cristãs em Perspectiva Sociológica. São
Paulo: Paulinas, 1983. (Coleção Bíblia e Sociologia – 1). Segundo este autor são quatro os
mecanismos: objetivação, comprometimento, ritual e mito. (cf. p. 86).
12
KEE, Howard Clark.. As Origens Cristãs em Perspectiva Sociológica. São Paulo: Paulinas, 1983.
(Coleção Bíblia e Sociologia – 1), p. 87.
Com relação aos mitos, MOL nos diz que dentre algumas funções eles
“banem a arbitrariedade e o caos e reforçam a identidade”. 13 KIRK14, por sua vez, faz
distinção entre três tipos de mito, a saber, (1)“narrativo”; (2)“operativo”, “iterativo” ou
“validatório”; (3)“especulativo” ou “explanatório”. Para o nosso objetivo nos interessa
mais de perto o que ele chama de “mito operativo, iterativo ou validatório”, que é
“relativo a ritual; recitação para garantir continuidade cósmica ou institucional”.15 Isso
porque tal definição nos conduz ao ritual, que na celebração litúrgica é processo
essencial para entendermos a relação entre a liturgia e a práxis cristã. Da mesma
forma que o mito, o ritual reforça a identidade, porque é uma “atuação repetitiva de
sistemas humanos de significação”.16
O Reino de Deus é Justiça e Paz (Sl 85,11; Is 32,17). Jesus torna esse
reino uma realidade ao alcance de todos. Por isso, aos nos reunirmos, como
comunidade cristã para celebrarmos a intervenção de Deus na nossa história,
rememoramos a realidade dessa intervenção em Jesus Cristo. Porém, para que a
práxis cristã seja completa, não basta trazermos à memória esses feitos de Deus
nas nossas liturgias, mas agirmos no mundo, como cristãos, pra que esse reino de
justiça e paz se concretize em meio aos seres humanos.
18
Utopia é aqui entendida como um “modelo de perfeição que nos permite ver o que está errado
agora, no presente.” (anotação de definição de Utopia dada pelo Prof. Dr. Jung Mo SUNG em sala de
aula, em 12/08/2004).
19
GROOME, Thomas H. Educação Religiosa Cristã: Compartilhando nosso caso e visão. São Paulo:
Paulinas, 1985, p. 67.
2.2. Celebrar é tornar concreto o Reino de Deus
Falamos acima que Jesus revela o Reino de Deus através da sua vida,
da sua mensagem e Paixão. Nós, cristãos, somos convocados, na celebração
comunitária, a concretizar com nossa ação esse reino em meio aos seres humanos,
porque, ao rememorarmos a ação salvífica de Deus em nosso favor, através da
ação do Espírito Santo, somos compelidos à práxis 20.
20
Toda Práxis indica uma transformação da realidade. (Anotação de aula dada pelo Prof. Geoval
Jacinto da Silva, em 05/08/2004).
21
BUYST, Ione; SILVA, José Ariovaldo da. O Mistério Celebrado: Memória e Compromisso I.
Espanha: Siquem Ediciones, 2002, p. 20.
22
Idem, ibidem.
relações humanas, na organização da vida em sociedade”. 23 Depreende-se dessa
afirmação que a verdadeira espiritualidade significa envolvimento na liturgia e
compromisso social. É Culto e Missão.
30
MARASCHIN, Jaci. A Beleza da Santidade: ensaios de liturgia. São Paulo: Aste, 1996, p. 133.
31
BOFF, Clodovis. Teoria do método teológico. Petrópolis: Vozes, 1998, p. 597.
TEOL. PROFISS. TEOL. PASTORAL TEOL. POPULAR
DESCRIÇÃO Mais elaborada e Mais orgânica Mais espontânea e
rigorosa. * ligada ao povo. difusa *
LÓGICA Da ciência Da ação e vida Da vida cotidiana
MÉTODO Mediações: Ver, julgar e agir. Confronto:
analítica Evangelho e Vida
hermenêutica e
prática
LUGAR Institutos teológicos Centros pastorais CEBs, grupos,
movimentos
MOMENTOS Congressos Assembléias Encontros de base
ALTOS teológicos pastorais
PRODUTORES Teólogos de Pastores e agentes Animadores e
profissão pastor. leigos em geral
PRODUÇÃO Cursos, Palestras, Testemunhos
ORAL assessorias relatórios celebrações
PRODUÇÃO Livros, Pregação, Roteiros,
ESCRITA artigos docum. pastor cartas, etc
32
BOFF, Clodovis. Teoria do método teológico. Petrópolis: Vozes, 1998, p. 605.
4. A Teologia das Práxis
39
Idem. Ibidem., p. 282.
40
Idem. Ibidem.
41
FLORISTAN, Casiano. TEOLOGIA PRACTICA:TEORIA Y PRAXIS DE LA ACCIÓN PASTORAL.
Segunda Edición. Salamanca: Ediciones Sigueme, 1993, p. 186.
atitude como participantes da proclamação do Reino de Deus? Afinal quando
falamos de fé, não falamos de salvação, de vida, de transcendência?
42
DURKHEIM, Émile. As Formas Elementares de Vida Religiosa: o sistema totêmico na Austrália.
São Paulo: Paulinas, 1989, p. 363.
43
Idem. Ibidem., p. 365.
44
Idem., p. 366.
45
Id., p. 374.
fato esse que lhe autoriza participar de uma cerimônia religiosa qualquer. A
participação no culto implica em contato com o sagrado, momento esse que só pode
ocorrer quando a pessoa está em pé de igualdade com esse sagrado, ou pelo
menos, bem menos impura.
46
DURKHEIM, E. As Formas Elementares de Vida Religiosa: o sistema totêmico na Austrália. São
Paulo: Paulinas, 1989, p. 388. Essa afirmativa está baseada na idéia da “contagiosidade do sagrado”.
Existe, porém, um fato que chama a nossa atenção. Os espaços onde
ocorrem as celebrações litúrgicas não são profanos, tais como são os espaços que
ocupamos no nosso cotidiano? O que torna o “espaço litúrgico” sagrado?
47
Baseamo-nos, aqui, na lei da contigüidade desenvolvida por Marcel MAUSS e Henri HUBERT, que
pressupõe que toda parte é equivalente ao todo a que pertence.” Apud MONTERO, Paula. Magia e
Pensamento Mágico. São Paulo: Ática, 1990 – (Série Princípios), p. 23.
48
BUYST, I. In: BUYST, Ione; SILVA, José Ariovaldo da. O Mistério Celebrado: Memória e
Compromisso I. Espanha: Siquem Ediciones, 2002, p. 123.
pobres reconhecem a presença e a ação transformadora do Deus-Conosco que lhes
dá força e coragem para se erguer... 49
49
BUYST, I. In: BUYST, Ione; SILVA, José Ariovaldo da. O Mistério Celebrado: Memória e
Compromisso I. Espanha: Siquem Ediciones, 2002, p. 127.
50
COMBLIN, José. A Força da Palavra – “No princípio havia a palavra”. Petrópolis: Vozes, 1986. O
autor desenvolve este tema no Capítulo V.
51
CAMPOS, Leonildo Silveira. In: STRECK, Danilo Romeu. Educação e Igrejas no Brasil: um ensaio
ecumênico. São Paulo: Ciências da Religião; Rio Grande do Sul: CELADEC; São Leopoldo: IEPG,
1995, p. 40.
52
BUYST, I. Op. Cit., p. 126.
CONCLUSÃO
CASTRO, Clovis Pinto de. Por Uma Fé Cidadã: A dimensão pública da igreja –
fundamentos para uma pastoral da cidadania. São Paulo: Loyola, 2000.
MONTERO, Paula. Magia e Pensamento Mágico. São Paulo: Ática, 1990 – (Série
Princípios).