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A VERDADEIRA ADORAÇÃO

Tributai ao SENHOR a glória devida ao seu nome, adorai o SENHOR na beleza da


santidade.
Salmos 29:2
INTRODUÇÃO
Sábado passado conversamos um pouco sobre almas marcas da natureza
do verdadeiro adorador. Aprendemos que adoração é o adorador é uma pessoa
a quem Cristo salvou, libertou e deu uma nova vida. Aprendemos também que o
verdadeiro adorador é conhece o Deus que adora, isto é, tem intimidade,
comunhão com o Pai; ele também adora da maneira correta - em espírito e em
verdade – ou seja, ministram com suas vidas submissas e conjugadas com a
vontade do Pai, e oferece-se a si mesmo ao Senhor como oferta e cheiro suave,
sem hipocrisia e representação. Vimos que é esse tipo de adorador que Deus
está buscando. Que Deus quer.
Hoje quero conversar um pouco com você sobre a natureza da verdadeira
adoração. O vocábulo referente à adoração, na Bíblia, é muito extenso, porém o
conceito essencial, tanto no AT como no NT, é o de “serviço”. Os termos usados
no AT e no NT, respectivamente, são o hebraico ‘avodah e o grego latreia, cada
um dos quais originalmente significava o trabalho efetuado pelos escravos ou
empregados. E a fim de prestar essa “adoração” a Deus os seus servos devem
prostrar-se – no hebraico hishtahawah; no grego proskyneo – e assim manifestam
temor reverente e admiração e respeito próprios da atitude de adoração.
Representa então o serviço e a honra que prestamos a Deus, em público ou
individualmente. A verdadeira adoração é prestada a Deus somente por aqueles
que nasceram do Espírito de Deus. "Aquele que é nascido da carne, é carne",
disse Jesus e portanto, toda assim chamada adoração feita por pecadores não
regenerados é carnal. Somente um coração regenerado pode cantar a nova
canção (Sl.40:3).
Mas qual é a natureza da verdadeira adoração? O que é mesmo adorar?
Qual a diferença entre cantar e adorar? Vamos destacar 5 marcas da verdadeira
adoração (e não adulação). Geoffrey Thomas
1. A verdadeira adoração é centralizada em Deus e não e nós mesmos. Não é
centralizada na "inspiração", tampouco nos sentimentos; nem mesmo é
centralizada em Jesus (ou no Espírito Santo) - não somos adoradores só de
Jesus (ou só do Espírito Santo). Ela se centraliza no Pai. Disse Jesus: "os
verdadeiros adoradores adoram o Pai". Naturalmente, o Pai só pode ser
adorado através do Filho e o objeto de nossa adoração é a Divindade
como um todo: Pai, Filho e Espírito Santo. Certamente nós adoramos a
Jesus, mas é errado adorarmos somente a Jesus e torná-lo o centro de
nossa adoração, negligenciando ao Pai. É sempre produto de uma
perspectiva da grandeza de Deus e da nossa pequenez. O profeta Isaías vê
a grandeza de Deus e clama: "Ai de mim! Estou perdido! Porque sou
homem de lábios impuros, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos
Exércitos! (Is.6:5). João, na ilha de Patmos, vê o Senhor e diz: "Quando O vi,
caí a seus pés, como morto"(Ap.1:17). Qualquer coisa de novo que
introduzimos na adoração, que não tenha como objetivo exaltar a Deus, é
simplesmente uma concessão ao desejo por novidade que, caracteriza
todos os homens naturais.
2. A verdadeira adoração só pode ser realizada através do Espírito Santo e
não pela carne humana. "Os verdadeiros adoradores adoram o Pai em
espírito" disse Jesus e, portanto, unicamente através da iluminação que o
Espírito Santo concede a nossas mentes, e os sentimentos dela produzidos
em nossos corações é que nossa adoração pode ser edificante para nós e
agradável a Deus. Os dons de liderança concedidos pelo Espírito a
pastores e mestres são uma parte essencial de adoração pública. Ela surge
a partir de um contínuo andar com Deus. Um homem que dificilmente
pensa em Deus durante seis dias da semana, não está apto a adorá-lo
corretamente no sétimo dia. Se tal pessoa fala o quanto está se
"regozijando" na adoração, alguma coisa está errada com ele! Ele está se
entretendo ou está recebendo aquela vaga sensação de desafio que o
homem natural desfruta. Por outro lado, em meio à verdadeira adoração,
tal pessoa deveria sentir o quanto está afastada de Deus e sentir uma
tristeza santa por sua negligência com a glória do Senhor.
3. A verdadeira adoração é estruturada pelas Escrituras e não pela nossa
tradição religiosa. "Os verdadeiros adoradores adoram... em verdade",
disse Jesus. A Bíblia nos revela a Deus a Quem devemos adorar e como
devemos fazê-lo: "com reverência e santo temor". As Escrituras porduzem
a atmosfera e fornecem os temas, as orações, os louvores e a pregação.
Dessa forma, possuímos um padrão para conhecer o que é certo e o que é
errado em tudo o que é falado e cantado. Desfrutamos, também, uma
maravilhosa liberdade de todas as tradições e artefatos que são
introduzidos por homens não espirituais, na inútil tentativa de "tornar" a
adoração mais "importante" e "significativa". A verdadeira adoração é
essencialmente simples.
4. A verdadeira adoração requer preparação e reverência . Um homem não
pode simplesmente achegar-se à presença de Deus sem qualquer
preparação de coração e alma e esperar, então , por uma "adoração
instantânea". Davi disse: "Ao meu coração me ocorre: buscai a minha
presença; buscarei, pois, Senhor, a Tua presença"(Sl.27:8). A verdadeira
adoração, no dia do Senhor, surge de uma mente preparada para Deus,
encorajada por uma oração ardorosa pela bênção do Senhor sobre a noite
do Sábado e a manhã do dia do Senhor.
5. A verdadeira adoração sempre é aceita por Deus. Devemos ser muito
cuidadosos para não abrigar pensamentos que inferiorizam a nossa
adoração! Expressões depreciativas, tais como aquelas que descrevem a
adoração como um "sanduiche de hinos", somente encorajam a atitude
que revela que nossa adoração é formal, exterior e sem liberdade e que ,
se nós estivéssemos realmente adorando, então deveríamos ter barulho,
liderança espontânea e excitação. Na realidade, na verdadeira adoração,
as pessoas não ficam sempre sentadas na ponta dos bancos imaginando
quem será o próximo a dizer ou fazer algo inesperado. Não, eles não
devem concentrar-se muito nos meios de adoração; seus pensamentos
devem estar centralizados em Deus. A verdadeira adoração é caracterizada
pelo esquecimento de si mesmo e a ausência de qualquer concentração no
homem. O publicano permaneceu em pé, distante, abaixou sua cabeça e
orou: "'O Deus, sê misericordioso comigo, pecador". Em nossos cultos,
dirigidos pelas Escrituras e dependentes de Cristo, estamos
verdadeiramente adorando a Deus; não deixamos simplesmente que as
coisas caminham, mas unicamente queremos adorar; nós adoramos o
Deus vivo em espírito e em verdade, sabendo que o Pai está buscando
ativamente tais pessoas que O adorem! Nós não cremos que todas essas
novas ênfases na espontaneidade e na condução da adoração por
homens, mulheres e jovens nos esteja levando a uma conscientização
maior sobre Deus e à verdadeira adoração. Pelo contrário, existem
abundantes evidências de que a adoração se encontra em declínio.
Consideremos, por exemplo, a mudança em nosso modo de nos
endereçarmos a Deus, o que tem ocorrido nos últimos vinte anos. Será
que isso representa um progresso e um amadurecimento no culto e
oração públicos? O que será que significa esssa nova linguagem utilizada
para orarmos: "Nós só queremos Te adorar, Te louvar", "Somente a Ti,
Jesus, queremos adorar"? As frases truncadas e curtas podem ser
comparadas desfavoravelmente com os argumentos bem construídos e
confiantes, acoplados com a reverência constante observados nas orações
das gerações anteriores.

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