LOUVOR E ADORAÇÃO

IB SHALOM – Araraquara.
por Sem. Joel C. de Araújo.

LOUVOR E ADORAÇÃO

Por que louvamos a Deus? Essa é a primeira pergunta e a última resposta desse encontro. Vamos tratar
de vários pontos que nos levam a ter uma vida de adoração e louvor a Deus, em conformidade com a
Bíblia.

Precisamos entender qual é a nossa condição diante de Deus, quando não temos noção ou real valor de
nossas atitudes diante de Deus, sem uma vida digna do nome Dele. Como em Isaías 1: 11-17. Nossos
pecados nos fazem estar distantes de Deus e de toda a Sua Glória. (Is 59:2). Não temos condições de
agradar a Deus sem conhecê-lo. Não adianta fazermos o melhor para Deus, se Ele realmente não é o
centro de nossa adoração.

Is 1:18 nos diz o seguinte: “Venham e vamos refletir juntos, diz o Senhor: embora seus pecados sejam
vermelhos como escarlate, eles se tornarão brancos como a neve; embora sejam rubros como a
púrpura, como a lã se tornarão”. – ISSO SE CHAMA PURIFICAÇÃO! LIMPEZA EM NOSSAS VIDAS! Se não
nos tornarmos puros, nossas atitudes, por mais que sejam “espirituais” não alcançarão o alvo que é a
adoração ao Deus vivo.

Onde está o nosso coração? Como está o nosso coração? O QUE NOS MOTIVA A LOUVAR A DEUS?

 Meu coração é de adorador por que é de adorador... ( uma ótima resposta, não é?)
 Eu sou levita por que toco na igreja? (realmente você sabe o que é um levita?)
 Quando eu louvo na igreja, toda a igreja louva junto! ( ah... então o louvor a Deus só funciona
com você no comando?)
 Nosso grupo/coral é tão abençoado... quando as pessoas nos ouvem, elas dizem que cantamos
tão bem... parecemos anjos cantando! ( é melhor nem comentar...)

Você já ouviu algumas respostas como essas? Ou você mesmo já disse justificativas como essas?

Vamos pensar um pouco!!!

O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE ADORAÇÃO?

1 – “...os verdadeiros adoradores adorarão em espírito e em verdade...” Não é possível adorar a Deus em
espírito sem conhecer a sua verdade (a Palavra de Deus). O quanto isso é importante em nossas vidas,
em nossos momentos de culto e em nossa adoração/devocional pessoal?

2 – Nossas atitudes só são válidas se são feitas em amor a Jesus (Jo. 14: 15, 21 e 23).

2.2 – nossas atitudes só podem servir de adoração se forem feitas em amor verdadeiro a Jesus acima de
todas as coisas. Nossos sacrifícios só são aceitos se forem feitos completamente voltados a adoração a
Deus, antes de qualquer um dos nossos valores ou pensamentos egoístas (para mim mesmo).

2.3 – É impossível a nós estarmos frutificando, se não estivermos baseados Nele. (Jo.15:3 e 4).

3 – Nossa adoração tem que acontecer racionalmente, mas de forma livre diante de Deus.
Hoje em dia a adoração é freqüentemente caracterizada como algo que  acontece bem longe do domínio
do nosso intelecto. Essa noção destrutiva têm criado vários movimentos perigosos na igreja
contemporânea. Talvez tenha chegado ao ápice no fenômeno conhecido como a Bênção de Toronto,
onde risos irracionais e outras emoções selvagens eram considerados a mais pura forma de adoração
e uma prova visível da bênção divina. Essa noção moderna de adoração como um exercício irracional
tem causado muito prejuízo às igrejas, implicando em um declínio na ênfase na pregação e ensino e
uma interessante ênfase em entreter a congregação e fazer as pessoas se sentirem bem. Tudo isso deixa
o crente no banco da igreja destreinado e incapaz de discernir, e muitas vezes
jubilantemente ignorante dos perigos ao redor dele ou dela. (Rm 12:1-2). Não existe uma adoração que
seja irracional... um modo de louvar a Deus que não seja ditado pela seu intelecto. (não estou falando
de tradicionalismos ou modismos liberais, mas sim de uma adoração verdadeira que vai além da idéia de
um momento de cânticos em um culto da igreja, mas sim de um estilo de vida).

Sua adoração não pode ficar restrita a um momento no culto da igreja, onde as pessoas estão juntas
para cantar alguns cânticos... aliás...quem disse que a adoração acontece somente nos momentos em
que estamos cantando na igreja??????

SALMOS, HINOS E CÂNTICOS ESPIRITUAIS

A perspectiva bíblica para música cristã se encontra em Colossenses 3.16: "A palavra de Cristo habite
em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros,
com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando ao Senhor com graça em vosso coração."
Este verso simplesmente pede por uma variedade de formas musicais - "salmos, hinos e cânticos
espirituais." Sobre o significado dessas expressões, Charles Hodge escreveu: "Os primeiros usos das
palavras psalmos, humnos e ode parecem ter sido tão livres quanto os termos correspondentes em
Inglês o são conosco, salmo, hino e cântico. Um salmo era um hino e um hino era um cântico. Ainda,
havia uma distinção entre eles."

Um salmo falava de uma música sagrada escrita para acompanhamento com instrumento musical.
(Psalmos é derivado de uma palavra que quer dizer tanger cordas com os dedos.) A palavra era usada
para referir a salmos do Antigo Testamento (Atos 1.20; 13.33), bem como canções cristãs (I
Cor 14.26) [14]. Um hino falava de uma música de louvor a Deus, um paion [hino alegre e exultante de
louvor, tributo, ação de graças ou triunfo] religioso. Um cântico, porém, podia ser música tanto sagrada
quanto secular. Então o apóstolo especifica: "canções espirituais". 

Devemos perceber que o real motivo de existirem os salmos, hinos e cânticos espirituais é para que “A
palavra de Cristo habite em vós abundantemente...”. Quais são os motivos que nos fazem cantar aos
domingos em nossas igrejas, em nossos carros, banheiros (durante os banhos), caminhadas... etc.

Cânticos com apelos emocionais (que foram pensados em fazer a pessoa ter reações) induzem a pessoa
a não usar o intelecto para adorar a Deus. A pessoa acaba sendo levada e ter determinadas atitudes em
reação aos efeitos dos ritmos e da melodia, e não diante do que a letra da música nos diz.

Se a função apropriada da música inclui "ensinar e admoestar", então a música na igreja deve ser muito
mais do que um estímulo emocional. Na verdade, isso significa que a música e a pregação devem ter o
mesmo alvo. Ambas pertencem à proclamação da Palavra de Deus. O compositor deve, portanto, ser tão
hábil nas Escrituras e tão preocupado com a precisão teológica quanto o pastor. E ainda mais, porque as
músicas que ele ou ela escreve provavelmente serão cantadas vez após vez (ao contrário de
uma pregação que é feita apenas uma vez).
COMO ADORAMOS A DEUS?

Hoje dizemos que existem os levitas que levam a igreja à adoração a Deus. Infelizmente esse nome hoje
traz algum tipo de status que não era o seu objetivo inicial.

I Cr. 15 nos mostra que os levitas não apenas eram músicos, mas sim todos os que exerciam funções
dentro do tabernáculo ou no pátio do Templo, onde eles trabalhavam como executores de holocaustos,
carregadores da arca, tocadores de instrumentos etc... Levitas eram todos os que trabalhavam para
Deus em Seu Templo, executando serviços de todos os tipos (braçais, limpeza, zelo, sacrifícios de
animais, etc). E ai? Você ainda se considera um levita?

No mesmo texto, vemos que os levitas para poderem servir ao Senhor tinham que se santificar antes de
praticar qualquer serviço na casa de Deus. Somos assim hoje? (v. 12-15).

Para adorarmos a Deus devemos adorá-lo em “espírito e em verdade”(Jo. 4:23 e 24). Esse modo é
demonstrado. Não importa o local (igreja) ou a quantidade de pessoas; o que realmente importa é a
motivação, direção e sinceridade do coração adorador.

POR QUE LOUVAMOS A DEUS?

Alguns exemplos:
1 – Por conhecer os decretos de Deus. – SL 119:171-172.
2 – Pelos livramentos do Senhor – SL 124:6-8.
3 – Pelas vitórias do nosso Deus diante dos outros deuses. (Dn 3:28)
4 – Por nossas vidas, pela presença de Deus em nossas vidas, pela Salvação em Cristo... etc. (SL 145).
5 – Você pode louvar a Deus por quais coisas em sua vida? – cite 5 coisas!

OITO PASSOS PARA DESENVOLVER O LOUVOR PESSOAL

1 – Marcar em sua Bíblia com uma cor (lápis, caneta colorida, etc) os textos que mencionam motivos
para adorarmos a Deus. – “Quem louva a Deus por acaso, de vez em quando, um dia vai notar que por
acaso deixou de louvar a Deus”.
2 – Inicie e termine o seu tempo devocional diário com um período de louvor. (lembre-se: louvor não é
só música!)
3 – Durante o seu louvor, orientem-se pelos nomes, figuras e características de Deus relatadas na Bíblia
(Ex: Deus Forte, Poderoso, Fiel, etc).
4 – Tente louvar a Deus também nos tempos difíceis – Veja os exemplos dos Sl 56-64, começam com
lamentação e por meio do clamor a Deus, terminam em tons de esperança e alegria.
5 – Louve a Deus diariamente por pelo menos três motivos pessoais.
6 - Aproprie-se de orações bíblicas de louvor – escreva trechos bíblicos em cartões para decorar.
7 – Cante e toque para Deus em seu período devocional.
8 – Louve a Deus com outras pessoas. – Há uma diferença qualitativa entre louvor a Deus sozinho e em
comunidade. Em grupos podemos usar instrumentos, divisões de vozes, ritmos, etc. Cada grupo
pequeno da igreja ou família deve experimentar ter momentos de adoração em conjunto, e esse louvor
familiar e também pessoal irá refletir no momento de adoração em comunidade na Igreja.

COMO VIVER EM UM GRUPO DE ADORADORES E MANTER O FOCO APENAS EM ADORAÇÃO?

1 – saber que você, por melhor que esteja desenvolvido seu dom, não será absolutamente nada
agradável a Deus se o seu coração não estiver voltado completamente à adoração.
2 – Saber compreender as limitações e os erros (musicais ou não) dos seus parceiros de coral.
3 – Ter a noção que você participa de um grupo, e que dentro de um grupo não há estrelas, mas sim
servos que adoram a Deus, e Ele é o centro das atenções e louvores.
4 – Crer que quem capacita as pessoas a fazerem as tarefas é o E. Santo, e que nós dependemos
completamente Dele para podermos ser adoradores.
5 – Saber que a adoração não é um momento, mas sim um estilo de vida.